QUAL A TEMPERATURA DE SEU CORAÇÃO?
2. O Identificador de uma Igreja ativista.
Ap. 2.1-7
OBJETIVO: Desafiar cada cristão a ter um coração aquecido com o
amor ao Senhor.
INTRODUÇÃO:
CONTEXTO: A cidade de Éfeso:
 Se localizava a leste da Ásia Menor, hoje atual Turquia.
 Era uma cidade rica e grande centro comercial devido a um
bom porto localizado no Mar Egeu.
 Era um grande centro político, considerada cidade sede do
tribunal romano para a província da Ásia.
 Era um grande centro religioso, onde havia o templo da deusa
Diana (113 x 54 mts), considerado uma das sete maravilhas do
mundo antigo. Possuía ainda dois grandes templos de adoração
ao César romano (culto ao imperador).
 População eclética com pessoas de todas as camadas.
 Cidade culta, abastada e corrompida.
TRANSIÇÃO: A quantas anda sua paixão para com o Evangelho de
Jesus? Quero refletir nesta oportunidade sobre o tema QUAL A
TEMPERATURA DE SEU CORAÇÃO?
I – O ATIVISMO NÃO APONTA A TEMPERATURA REAL.
a – A realidade da Igreja de Éfeso.
1. A Igreja foi fundada pelo apóstolo Paulo.
1.1 – Entre os anos 45-51 o apóstolo Paulo dedicou três anos
de seu ministério para a implantação e solidificação da
Igreja de Éfeso.
1.2 – At. 18-20
1.3 – Foi pastoreada por Timóteo.
1.4 – Foi pastoreada por João.
1.5 – Teve a presença importante de Maria, a mãe de Jesus.
2.1 – Quem é o Diagnosticador da Igreja.
a) ‘Aquele que conserva ... as sete estrelas’ (Ap. 1.16),
indicando que Ele é o sustentador do ministro,
mensageiro ou anjo da Igreja.
b) ‘Aquele que anda no meio dos sete candeeiros’ (Ap.
1.12-13), indicando Aquele que conhece
pessoalmente sua Igreja (cada ovelha).
3. Diagnóstico de uma Igreja ativa.
3.1 – ‘Conheço as tuas obras’.
a) Bons trabalhos prestados, mesmo em meio as
perseguições. Do Império.
b) Uma Igreja ativa e agressiva.
3.2 – Conheço ‘assim ... o teu labor’.
a) Κόπος – Testemunho sob dificuldades.
b) Serviço pesado em circunstâncias difíceis.
3.3 – Conheço ‘a tua perseverança’.
a) Paciência.
b) Persistência – fidelidade apesar de...
c) Não é um mero cruzar de braços e esperar o tempo ou
as dificuldades passarem.
3.4 – Conheço a tua pureza doutrinária.
a) Vs. 2 Gnósticos reprovados.
 Éfeso na época de João era diferente da época de
Paulo.
b) Vs. 3 – ‘Não te deixaste esmorecer’.
 Ante a perseguição do Império romano.
 Ante a invasão doutrinária.
c) Vs. 6 – Nicolaítas: promotores do antinomianismo.
 Libertinagem.
 Não precisa de santificação.
 Esqueciam-se da mensagem de Hb. 12.14 ‘... sem a
qual ninguém verá o Senhor’
4. Até parece uma Igreja perfeita. O que há de errado?
II– UMA QUEIXA PARA UMA IGREJA ATIVISTA.
a – O primeiro amor.
1. Amor fervoroso e caloroso do princípio.
2. Amor original, puro, fervoroso, alegre.
b – O abandono do primeiro amor.
1. Estavam ativos. Mera rotina.
2. Serviço feito sem amor.
3. ‘Acabou-se a lua de mel’.
4. Jr. 2.2 ‘Eu me lembro de sua fidelidade quando você era
jovem: como noiva, você me amava e me seguia pelo deserto,
por uma terra não semeada’.
c – Porque?
1. Perdeu o relacionamento pessoal com Deus.
1.1 – Relacionamento = Andar em comunhão pessoal com o
Espírito Santo de Deus.
1.2 – Relacionamento = Leitura e meditação prazerosa na
Palavra de Deus.
1.3 – Relacionamento = Tempo de oração com coração aberto
e derramado diante de Deus.
2. Assumindo a forma do mundo.
2.1 – Ilustração: ‘Há um Deus em tua vida’ Myrtes Mathias.
Quando te vejo tão acomodado ao mundo que te cerca, como água
tomando a forma do vaso que a contém, me lembro de um Rei,
coroado de espinhos, arrastando uma cruz pelos caminhos de
Jerusalém.
Quanto te vejo tão preocupado com rótulos e comodidades, tão
desejoso de aparecer, eu me lembro de um jovem Deus, perdido no
deserto, onde só feras e anjos o podiam ver.
Um jovem Deus que te entregou um dia o privilégio da grande
missão, o qual negas com a tua covardia, sucumbindo as promessas
que te falam à carne e ao coração.
Quando te vejo tão ocupado em construir celeiros, ajuntando bens,
fortunas que o ladrão pode roubar, eu me lembro de um Deus caído
sob tuas culpas, sem o conforto de uma pedra para repousar.
Quando eu te vejo conivente com aquilo que Ele aborrece a ponto
de ocultar a herança que Ele te legou, pergunto: Seria falsa a
promessa que fizeste, ou o amor que lhe tinhas era pouco e se
acabou?
Onde está o teu grito de protesto que já não mais escuto?
Será que te esqueceste do santo compromisso ou te parece pouco o
privilégio da tua missão?
Porque tremes diante do mundo, temendo por valores que só servem
aqui?
Será que Cristo te escolheu em vão, ou será que não existe um Deus
dentro de ti?
Tu estás no mundo, mas não és do mundo!
Não escolheste, foste escolhido!
Porque te encolhes a ponto de seres grande, tão grande perante o
padrão dos homens, comprometendo tua autoridade de condenar um
mundo corrompido?
Foste escolhido para uma missão tão grande que nem aos anjos dói
dada a executar.
Não te assutem ameaças!
Não te seduzam promessas!
Numa obra eterna é melhor morrer do que negar!
Lembra-te: Há um Deus em tua vida e os teus atos O devem
glorificar!
III – UM CONSELHO PARA UMA IGREJA ATIVISTA.
a – Lembra-te de onde caíste.
1. Da alegria e do entusiasmo.
2. Do amor por Cristo e sua obra.
3. Da poderosa força deste amor.
3.1 – ‘O amor de Cristo nos constrange’.

b – Arrepende-te de tua condição atual.
1. Da rotina.
2. Do serviço feito sem amor, por mera obrigação religiosa.
3. Da anomalia, da letargia, da frigidez e apatia espiritual.
c – Volta a condição primeira.
1. Ao primitivo espírito de serviço movido por um coração
apaixonado e amável.
2. A um coração dedicado e agradecido pelo que Deus fez por ti.
2.1 – Ilustração: ‘Boa Noite ou Adeus’.
‘O Dr. Langdalle, de Nova York, conta de um consagrado crente no
Senhor Jesus, homem de negócios, que foi atropelado por um
automóvel e levado às pressas para o hospital. Informaram-no que
teria apenas mais umas duas horas de vida. A sua fé na bondade de
Deus e a certeza do povir eram bem manifestas. Mandou chamar a
família e, dirigiu-lhes as seguintes palavras de despedida:
- Boa noite, querida esposa. Nos dias de sol e pelas sombras, temos
andado juntos. Tens sido a minha inspiração em todos os meus
empreendimentos. Tantas vezes tenho visto como que o Espírito de
Deus brilhando no teu rosto. Boa noite, querida esposa. Hei de
tornar-te ver-te amanhã. Boa noite.
- Boa noite, Maria. És a nossa primogênita. Tens sido de grande gozo
para teu pai. Que boa crente és, Maria. Nunca poderás esquecer o
quanto teu pai te queria. Boa noite, Maria, boa noite.
Voltou-se para o filho mais velho.
- Boa noite, Guilherme. A tua vinda para o nosso lar foi de uma
bênção inexcedível. Amas ao Deus de teu pai. Continuarás a crescer
em toda a graça e virtude cristã. Tens de teu pai o amor e a bênção.
Boa noite, Guilherme, boa noite.
Era Carlos que se seguia a Guilherme, mas tinha andado em más
companhias, entristecendo sobremaneira os pais. O homem,
moribundo passou-o por alto, e dirigiu-se a filha mais nova, uma
linda menina, deixando Carlos para o fim.
- Gracinha, há muito que tens sido um cântico de alegria, e um lindo
raio de luz. Quando ainda há pouco, te entregaste de todo coração a
Cristo, o cálice de felicidade de teu pai transbordava. Boa noite,
filha querida, boa noite.
Adeus Calos. Chamou então o Carlos para junto de si. Oh,
Carlinhos. Que rapazinho belo e prometedor tu eras. Teus pais
confiavam que virias a ser um homem nobre. Demos-te todas as
oportunidades que concedemos a teus irmãos. Se alguma diferença
tiver havido, hás de admitir que foi sempre a teu favor. Causaste-nos
desilusão. Enveredaste pelo caminho largo que conduz a perdição.
Desprezaste os avisos da Santa Palavra de Deus. Não quiseste
escutar o convite do Salvador. Mesmo assim, sempre te amei, e
continuo ainda a amar-te, Carlinhos. Só Deus sabe o quanto te amo.
Adeus, Carlinhos, adeus.
Carlos agarrou-se à mão do pai, e entre soluços exclamou:
- Meu pai, porque disseste boa noite aos outros e a mim, adeus?
- Pelo simples motivo que encontrarei os outros membros da família
pela manhã; mas todas as promessas de Deus quanto a tal encontro,
nenhuma esperança me dão de que te venha a encontrar-te ali.
Adeus Carlinhos, adeus.
Carlos prostrou-se de joelhos junto a cama do pai moribundo, e
clamou em grande angústia de alma, rogando a Deus o perdão de
seus pecados.
- Carlos, estás a pedir com sinceridade?
- Deus bem sabe que sim – disse o jovem de coração quebrantado.
- Então Deus te ouvirá e te salvará, Carlinhos, pelo que já não te
digo adeus, mas boa noite. Boa noite Carlinhos, boa noite.
E com estas palavras nos lábios, faleceu’.
CONCLUSÃO: Não importa onde ou como estás.
Volta para Cristo em consagração e dedicação a fim de viver e
proclamar o Evangelho da salvação a tantos que estão próximos de
você e distantes de Deus.