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Metodologia BIM aplicada à preparação,

controlo e gestão de obra

ARMANDO JOSÉ ESTEVES DA SILVA


Outubro de 2012
INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

Mestrado em ENGENHARIA CIVIL – Gestão da Construção

Relatório de Estágio

METODOLOGIA BIM, APLICADA À PREPARAÇÃO, CONTROLO E

GESTÃO DE OBRA

Armando Esteves

Nº 1070889

Novembro de 2012

Orientador: Eng.º António Ruivo Meireles (Mota-Engil Engenharia – Dep. de Inovação)

Co - Orientador: Eng.º José Carlos Pinto de Faria (ISEP/DEC)


Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

A informação constante dos anexos 2 a 39 é confidencial.

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Dedicatória

À minha família em geral e aos meus filhos em particular por todo o apoio, carinho e

incentivo nos momentos mais difíceis.

Obrigado!

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Agradecimentos

Agradeço em primeiro lugar à Mota-Engil Engenharia, por me ter proporcionado a

realização deste estágio, ao abrigo do protocolo realizado com o ISEP, numa área

tecnológica tão emergente do setor da construção.

Aos seus colaboradores, com quem me relacionei durante o trabalho desenvolvido, pela

disponibilidade e elevado profissionalismo.

Ao meu orientador, Eng.º António Ruivo Meireles, por todo o apoio e disponibilidade

demonstrada.

Ao meu co – orientador, Eng.º José Carlos Pinto de Faria, sempre disponível para apoio e

revisão das matérias desenvolvidas e pelas importantes sugestões e orientações dadas

durante a realização do trabalho.

À minha família pelo apoio incondicional sempre presente.

Por fim agradeço aos meus colegas de curso, com quem dividi alegrias, tristezas e

principalmente os sucessos, pelo apoio e incentivo que sempre partilhamos.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Resumo e Palavras-
Palavras-Chave

Palavras-chave Preparação de obra, BIM - Building information model , Gestão de Obra,


Palavras-chave:

Execução de obra

Resumo

O âmbito deste trabalho envolve o teste do modelo BIM numa obra em construção pela

Mota-Engil – Engenharia, na extração experimental de peças desenhadas de preparação e

apoio à execução de obra.

No capítulo 1 deste relatório são definidos o âmbito e os objetivos deste trabalho, é feito

um enquadramento histórico do tema e abordados conceitos e atividades da preparação de

obra, na sua forma tradicional.

O estado do conhecimento da preparação de obras e mais em concreto da tecnologia BIM

a nível nacional e internacional é abordado no capítulo 2. Nesse sentido procura-se definir

os conceitos principais inerentes a esta nova metodologia, que passa por identificar e

caraterizar a tecnologia envolvida e o seu nível de desenvolvimento.

Com suporte em casos práticos de preparação de obra na sua forma tradicional,

identificados e desenvolvidos no capítulo 3, foi compilado um processo tipo de peças

desenhadas de suporte identificadas e caracterizadas no capítulo 4, frequentes e comuns à

execução de diversos tipos de obras de edifícios.

Assente na compilação baseada em casos práticos e no estudo do projeto de execução da

empreitada que sustenta o presente trabalho, com base no qual o modelo BIM foi

concebido, identificou-se um conjunto de peças desenhadas de preparação e apoio à

execução dos trabalhos, em 2D, a extrair do modelo. No capítulo 5, é feita uma descrição

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do modo como foi estudado o projeto da obra, com evidência para os fatores mais

relevantes, especificando os desenhos a extrair.

Suportada pelo programa de modelação ArchiCAD, a extração do conjunto de desenhos

identificados anteriormente foi conseguida com recurso às funcionalidades disponíveis no

software, que permite a criação de desenhos 2D atualizáveis ou não automaticamente a

partir do modelo. Qualquer alteração introduzida no modelo virtual é automaticamente

atualizada nos desenhos bidimensionais, caso o utilizador assim o pretenda.

Ao longo desse trabalho foram detetados e analisados os condicionalismos inerentes ao

processo de extração, referidos no capítulo 6, para estabelecimento de regras de modelação

padrão a adotar em futuras empreitadas, que possam simplificar a obtenção dos elementos

desenhados de preparação necessários à sua execução. No ponto 6.3 são identificadas

melhorias a introduzir no modelo.

Em conclusão no capítulo 7 são abordadas especificidades do setor da construção que

sustentam e evidenciam cada vez mais a necessidade de utilizar as novas tecnologias com

vista à adoção de práticas e ferramentas padrão de apoio à execução de obras.

Sendo a tecnologia BIM, transversal a todo o setor, a sua utilização com regras padrão na

conceção dos modelos e na extração de dados, potencia a otimização dos custos, do tempo,

dos recursos e da qualidade final de um empreendimento, ao longo de todo o seu ciclo de

vida, para além de apoiar com elevada fiabilidade as tomadas de decisão ao longo desse

período. A tecnologia BIM, possibilita a antevisão do edifício a construir com um elevado

grau de pormenor, com todas as vantagens que daí advêm.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Keywords e Abstract

Keywords:
Keywords Preparation of works, BIM - Building information model, Construction

management, Building Construction

Abstract

The scope of this work involves testing the BIM model of a construction in progress by

Mota-Engil - Engineering, on the extraction of experimental preparation drawings to

support the construction execution.

In Chapter 1 of this report are defined the scope and objectives of this work, is made a

historical framing of the issue and discussed concepts and activities of work preparation,

in its traditional form.

The state of knowledge of works preparation and more specifically of BIM technology,

nationally and internationally, is presented in chapter 2. In this sense seeks to define key

concepts inherent this new approach to identify and characterize the technology involved

and their level of development.

With support on practical works preparation in its traditional form, identified and

developed in chapter 3, was compiled a process type of support drawings identified and

characterized in Chapter 4, frequent and common of various types of building works.

Based on the compilation of case studies and the study of contractual project design,

based on which the BIM model was designed, were identified a set of preparation and

support drawing to carry out the work in 2D to extract the model. Chapter 5 is a

description of how the project design of the building was studied, with evidence for the

most relevant factors, specifying the drawings to extract from de model.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Supported by the modeling program ArchiCAD, the extraction of previously identified set

of drawings was achieved using the features available in the software, which allows you to

create 2D drawings automatically updatable or not from the model. Any change made to

the virtual model is automatically updated in two-dimensional drawings, if the user so

wishes.

Throughout this work were detected and analyzed the constraints inherent in the

extraction process, referred to in Chapter 6, to establish standard modeling rules to adopt

in future contracts that can simplify obtaining the drawn elements of preparation

necessary for execution of works on site. In Section 6.3 are identified improvements to the

model.

In conclusion in chapter 7 are discussed specifics of the construction sector and supporting

evidence increasingly need to use new technologies with a view to the adoption of

standard practices and tools to support the execution of works.

Being BIM, across the entire sector, its use with default standard rules in the design of

models and data extraction, power optimization of costs, time, resources and quality of a

final project throughout their life cycle, in addition to supporting high reliability decision

making throughout this period. The BIM technology enables the foresight to build the

building with a high degree of detail, with all the advantages arising.

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Índice de texto

Capítulo 1. Introdução .................................................................................................... 3

1.1. Justificação .......................................................................................................... 3

1.2. Campo de Aplicação ............................................................................................ 4

1.3. Enquadramento histórico ..................................................................................... 4

1.4. A preparação da obra na sua forma tradicional.................................................... 7

1.4.1. Conceitos Principais ...................................................................................... 7

1.4.2. Gestão da informação ................................................................................... 9

1.4.3. Preparação e Planeamento .......................................................................... 10

1.5. Âmbito e objetivos ............................................................................................. 11

1.5.1. Âmbito ....................................................................................................... 11

1.5.2. Objetivos .................................................................................................... 13

Capítulo 2. Estado do Conhecimento ............................................................................ 17

2.1. Definições e Conceitos ........................................................................................ 17

2.1.1. BIM (Building Information Model) ............................................................. 17

2.1.2. Interoperabilidade ....................................................................................... 28

2.1.3. Relações paramétricas ................................................................................. 28

2.1.4. IFC (Industry Fondation Classes) ............................................................... 31

2.1.5. Aplicações associadas ao BIM que suportam a base IFC ............................. 34

2.1.6. IFD (International Framework for Dictionaries) ......................................... 38

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2.1.7. IDM (Information Delivery Manual) .......................................................... 38

2.1.8. MVD (Model View Definitions) .................................................................. 38

2.1.9. IPD (Integrated Project Delivery) .............................................................. 40

2.2. Estado do conhecimento no âmbito da preparação, controlo e gestão de obras .. 42

2.2.1. Estado do conhecimento em Portugal ......................................................... 42

2.3. A internacionalização do BIM ........................................................................... 45

2.3.1. Os Standards .............................................................................................. 45

2.3.2. A implantação do BIM internacionalmente ................................................ 46

2.4. O papel da tecnologia BIM na globalização ....................................................... 50

2.5. Software de modelação 3D ................................................................................. 51

2.6. Aplicações periféricas de extração e tratamento de dados e respetivas

funcionalidades............................................................................................................. 56

2.7. Técnicas e Metodologias .................................................................................... 60

Capítulo 3. Identificação das exigências de informação para execução de obra, relativas a

cada especialidade............................................................................................................ 63

3.1. Gestão da informação de projeto ....................................................................... 64

3.1.1. Na relação com a fiscalização (dono de obra, projetistas, entidades oficiais) 65

3.1.2. Na relação com os subempreiteiros e fornecedores ...................................... 66

3.1.3. Na relação com as frentes de obra .............................................................. 66

3.2. Peças escritas e desenhadas para apoio à execução dos trabalhos ...................... 67

3.2.1. Betão armado ............................................................................................. 67

3.2.2. Alvenarias .................................................................................................. 72

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3.2.3. Acabamentos .............................................................................................. 73

3.2.4. Redes de abastecimento de água e incêndio ................................................ 77

3.2.5. Rede de esgotos e águas pluviais ................................................................. 80

3.2.6. Redes de ar, ventilação e ar condicionado ................................................... 81

3.2.7. Redes de gás ............................................................................................... 81

3.2.8. Pavimentação e arranjos exteriores ............................................................. 82

3.3. Planeamento ...................................................................................................... 83

3.3.1. Planos de microplaneamento ....................................................................... 85

3.3.2. Datas-chave ................................................................................................ 86

Capítulo 4. Compilação pormenorizada das necessidades típicas de preparação de obra

na sua forma tradicional................................................................................................... 89

4.1. Informação a incluir nos desenhos ...................................................................... 89

4.2. Peças desenhadas típicas de preparação de obra ................................................ 89

Capítulo 5. Teste do Modelo BIM, na obtenção da informação necessária ao

desenvolvimento dos trabalhos ......................................................................................... 93

5.1. Estudo do projeto da obra ................................................................................. 93

5.1.1. Projeto de arquitetura................................................................................. 93

5.1.2. Projeto de estruturas de betão armado ....................................................... 97

5.1.3. Desenhos de preparação de obra a extrair experimentalmente do modelo . 100

Capítulo 6. Análise de resultados ................................................................................ 109

6.1. Extração e compilação de desenhos relativos à execução das fundações............ 111

6.2. Extração e compilação de desenhos relativos à execução da estrutura elevada . 112

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6.3. Extração e compilação de desenhos relativos à execução das alvenarias............115

6.4. Extração e compilação de desenhos relativos à execução dos acabamentos .......118

6.5. Identificação de melhorias ao modelo ................................................................121

Capítulo 7. Conclusões .................................................................................................127

Capítulo 8. Proposta de trabalhos a desenvolver no futuro ..........................................131

Capítulo 9. Referências Bibliográficas ..........................................................................135

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Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Títulos habilitantes na construção em Portugal – Fonte:(InCI.IP, 2011) ........ 43

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Índice de Figuras

Figura 1 - Atividades de preparação de obra .................................................................... 10

Figura 2 - Planta de localização do edifício ...................................................................... 11

Figura 3 - Extração de peças desenhadas 2D a partir do modelo BIM [Fonte:(Hermogenes,

2007)] ............................................................................................................................... 13

Figura 4 - O BIM no ciclo de vida do edifício [Fonte: (BIM'nCAD, 2012)] ....................... 17

Figura 5 - Plataforma IFC [Fonte:(BuildingSMART, 2012)] ............................................ 32

Figura 6 - IFC2X4 - [Fonte: (MSG, 2010)] ....................................................................... 33

Figura 7 - Model View Definition [Fonte: (GeorgiaTech, 2012)] ....................................... 39

Figura 8 - IPD - Integrated Project Delivery [Fonte:(BluEnt, 2012)] ............................... 40

Figura 9 – IPD System - A relação entre os intervenientes no empreendimento [Fonte

(BluEnt, 2012)] ................................................................................................................ 41

Figura 10 - BIM no mundo – [Fonte: (WSP, 2012)] ......................................................... 49

Figura 11 - O papel do BIM na internacionalização ......................................................... 50

Figura 12 - Gestão da informação de projeto ................................................................... 64

Figura 13 - Gestão da informação de projeto na relação com a fiscalização ...................... 65

Figura 14 - Gestão da informação de projeto na relação com os subempreiteiros e

fornecedores ..................................................................................................................... 66

Figura 15 - Gestão da informação de projeto com as frentes de obra................................ 66

Figura 16 - Corte de escada tipo - Superfície de betão versus acabamento final ............... 70

Figura 17 - Desenho tipo de preparação de uma rampa com desenvolvimento circular ..... 71

Figura 18 - Exemplo - Layout de equipamentos a instalar numa lavandaria .................... 79

Figura 19 - Níveis de Planeamento [Fonte:(Nunes, 2010)] ................................................ 84

Figura 20 – LOB-Line of Balance obtido a partir do software VICO (Exemplo)

[Fonte:(Nunes, 2010)] ....................................................................................................... 86

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Figura 21 - Imagem 3D do modelo de arquitetura do edifício [Fonte: Mota-Engil] ..........100

Figura 22 - Imagem 3D do modelo de estrutura do edifício [Fonte: Mota-Engil] .............100

Figura 23 – Imagem 3D do modelo das fundações do edifício [Fonte: Mota-Engil] ..........101

Figura 24 - Vista 3D - Alvenarias do 2º Piso [Fonte: Mota-Engil] ..................................103

Figura 25 - Extração de informação do modelo [Fonte: Mota-Engil] ...............................109

Figura 26 - ArchiCAD - Mapa de projeto e Mapa de vistas [Fonte: Mota-Engil] ............110

Figura 27 – ArchiCAD - Mapa de Layout's e Publicador [Fonte: Mota-Engil] ................110

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Índice de Quadros

Quadro 1 - Level Of Detail - Níveis Genéricos [traduzido de (Van, 2008)] ....................... 19

Quadro 2 - Model Progress Specification [Fonte: (Bedrick, 2008)] .................................... 22

Quadro 3 - Level of Detail do model progress Specification - Exemplos [Fonte: (Bedrick,

2008)] ............................................................................................................................... 23

Quadro 4 – Famílias de objetos base da maioria das aplicações BIM [Fonte: (Eastman et

al, 2011)] .......................................................................................................................... 29

Quadro 5 - Objetos de modelação pré-definidos em ferramentas de modelação BIM [Fonte:

(Eastman et al, 2011)] ...................................................................................................... 30

Quadro 6 - Aplicações de modelação de arquitetura que utilizam a base IFC [Fonte: (BS-

ModelSupportGroup, 2012)] ............................................................................................. 35

Quadro 7 - Aplicações de modelação de especialidades que utilizam a base IFC [Fonte:

(BS-ModelSupportGroup, 2012)] ...................................................................................... 36

Quadro 8 - Aplicações de cálculo e modelação de estruturas que utilizam a base IFC

[Fonte: (BS-ModelSupportGroup, 2012) ........................................................................... 37

Quadro 9 - Vantagens da implementação do conceito IPD [Fonte:(BluEnt, 2012)]........... 41

Quadro 10 - A implantação internacional do BIM [Fontes: (Khemlani, 2012, WSP, 2012)]

........................................................................................................................................ 46

Quadro 11 – Aplicações periféricas BIM para avaliação do desempenho em edifícios

[Fonte:(BS-ModelSupportGroup, 2012) ............................................................................ 56

Quadro 12 - Aplicações periféricas BIM de gestão da construção [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)] ............................................................................................. 56

Quadro 13 - Aplicações periféricas BIM de gestão de dados [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)] ............................................................................................. 57

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 14 - Aplicações periféricas BIM de ferramentas de desenvolvimento [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)]............................................................................................. 57

Quadro 15 - Aplicações periféricas BIM de gestão de edifícios [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)]............................................................................................. 58

Quadro 16 - Aplicações periféricas BIM de Sistemas de informação geográfica [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)]............................................................................................. 58

Quadro 17 - Aplicações periféricas BIM de suporte específico [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)]............................................................................................. 58

Quadro 18 - Aplicações periféricas BIM de visualização de modelos [Fonte:(BS-

ModelSupportGroup, 2012)]............................................................................................. 59

Quadro 19 - Desenhos de preparação das fundações do edifício.......................................101

Quadro 20 - Desenhos de preparação da estrutura elevada .............................................102

Quadro 21 - Desenhos de preparação de paredes e alvenarias .........................................103

Quadro 22 - Desenhos de preparação de acabamentos ....................................................104

Quadro 23 - Desenhos de preparação de elementos diversos............................................105

Quadro 24 - Sintese da extração dos desenhos de preparação relativos à fase das fundações

.......................................................................................................................................111

Quadro 25 – Síntese da extração dos desenhos de preparação relativos à fase da estrutura

elevada ...........................................................................................................................112

Quadro 26 - Síntese da extração dos desenhos de preparação relativos à fase de alvenarias

.......................................................................................................................................116

Quadro 27- Síntese da extração dos desenhos de preparação relativos à fase de

acabamentos ...................................................................................................................118

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Índice de Anexos

• Anexo 1 – MPS implementado na Mota-Engil Engenharia, com os níveis de detalhe

a adotar nas diferentes fases do projeto e para as diversas especialidades.

Desenhos tipo característicos da preparação de obra na sua forma tradicional

• Anexo 2 – Planta de fundações – implantação com coordenadas topográficas

• Anexo 3 – Planta de fundações com implantação dos elementos verticais

• Anexo 4 – Planta de fundações com eixos de implantação

• Anexo 5 – Planta de eixos dos pisos superiores

• Anexo 6 – Planta de negativos das lajes

• Anexo 7 – Planta de cofragens de laje aligeirada - Conjunto

• Anexo 7.1 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Vigas “Alsina”

• Anexo 7.2 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Fundos de vigas

• Anexo 7.3 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Vigas “Doka”

• Anexo 7.4 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Painéis “Alsina”

• Anexo 7.5 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Vigas de madeira

• Anexo 7.6 – Planta de cofragens de laje aligeirada – Cofragem tradicional

• Anexo 8 – Pormenorização de caixa de escadas

• Anexo 9 – Pormenorização de reservatório enterrado

• Anexo 10 – Pormenorização das rampas de acesso às caves

• Anexo 11 – Planta de alvenarias – Piso tipo

• Anexo 12 – Pormenorização das alvenarias da caixa de escadas

• Anexo 13 – Plantas de compatibilização de especialidades 2D

• Anexo 14 – Planta de redes enterradas

• Anexo 15 – Layout tipo de espaços técnicos

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

• Anexo 16 – Layout tipo de espaços de serviço

• Anexo 17 – Planta e pormenorização de coberturas

Desenhos de preparação de obra extraídos experimentalmente do modelo BIM

• Anexo 18 – Desenho nº 0101 – Planta de base das fundações

• Anexo 19 – Desenho nº 0102 – Planta de eixos

• Anexo 20 – Desenho nº 0201.3 – Planta estrutural do teto do piso 0

• Anexo 21 – Desenho nº 0201.4 – Planta estrutural do teto do piso 1

• Anexo 22 – Desenho nº 0202 – Alçados de muros de suporte

• Anexo 23 – Desenho nº 0204 – Pormenorização de rampas

• Anexo 24 – Desenho nº 0205.1 – Pormenorização de escadas

• Anexo 25 – Desenho nº 0301 – Planta de juntas do pavimento térreo

• Anexo 26 – Desenho nº 0302.4 – Alvenarias do piso 1 / Pormenores

• Anexo 27 – Desenho nº 0302.5 – Alvenarias do piso 2 / Pormenores

• Anexo 28 – Desenho nº 0302.6 – Alvenarias do piso 3 / Pormenores

• Anexo 29 – Desenho nº 0303.4 – Paredes de gesso do piso 1 / Pormenores

• Anexo 30 – Desenho nº 0303.5 – Paredes de gesso piso 2 / Pormenores

• Anexo 31 – Desenho nº 0303.6 – Paredes de gesso do piso 3 / Pormenores

• Anexo 32 – Desenho nº 0304.1 – Fachada sul – Estereotomia

• Anexo 33 – Desenho nº 0304.2 – Fachada poente - Estereotomia

• Anexo 34 – Desenho nº 0304.3 – P14 – Fachada Nascente - Estereotomia

• Anexo 35 – Desenho nº 0304.4 – P16 – Parede interior - Estereotomia

• Anexo 36 – Desenho nº 0304.5 – P20 – Fachada Nascente - Estereotomia

• Anexo 37 – Desenho nº 0401.5 – Acabamento de paredes – Piso 0

• Anexo 38 – Desenho nº 0405.3 – Acabamento de tetos – Piso 0

• Anexo 39 – Desenho nº 0407.3 – Acabamento de pavimentos – Piso 0

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Lista de siglas

BIM - building information model (modelo de informação da construção)

AEC – Architecture, Engineering and Construction (Arquitectura, Engenharia e

Construção)

VDC – Virtual Design and Construction (Desenho virtual e construção)

IPD - Integrated Project Delivery (Entrega de Projeto Integrado)

PLM - Product Life Management (Gestão do ciclo de vida do Produto)

ERP - Enterprise Resourse Planning (Planeamento empresarial de recursos)

IFC - Industry Foundation Classes (Base de dados de Produtos da Construção)

IFD - International Framework for Dictionaries

IDM - Information Delivery Manual

MDV - Model View Definitions

LOD – Level of detail

MPS – Model Progress Specification

AIA – American Institute of Architects

DP – Digital Project

MEP – Mechanical, electrical, and plumbing

PTC – Parametric Technologies Corporation

LOB – Line of Balance (Linha de Balanço)

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

MEA – Model Element Author

2D – Duas dimensões

3D – Três dimensões

4D – Quatro dimensões – agregação do tempo ao modelo BIM tridimensional

5D – Cinco dimensões – agregação dos custos ao modelo BIM tridimensional

CAD – Computer Aided Design

FF&E – Furniture, Fixtures & Equipment (mobiliário, equipamento fixo e móvel)

LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (Sistema de certificação

ambiental de edifícios – Estados Unidos da América)

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 1 - Introdução

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 1. Introdução

1.1. Justificação

A rápida evolução tecnológica que atualmente se evidencia e reflete nos mais diversos

setores de atividade, obriga a uma cada vez mais rápida atualização dos processos de

gestão e controlo das atividades produtivas por parte das entidades envolvidas, sejam

estas organismos públicos, empresas privadas ou profissionais ativamente envolvidos.

Na indústria da construção, ao contrário de outras indústrias, não é possível estabelecer

linhas de montagem que se aperfeiçoam, no sentido de produzir um determinado produto,

de forma cada vez mais eficiente e rentável, por um período mais ou menos longo.

Cada empreitada é objeto de um projeto único, diferente de qualquer outro, e mesmo que

aparentemente o volume a construir, a sua compartimentação interior e utilização futura

sejam as mesmas, diversos outros fatores internos e externos são distintos durante a sua

execução. Este facto torna difícil a adoção de processos construtivos que se repitam e

tornem mais rentáveis em obras subsequentes.

Outro dos fatores que condiciona largamente a rentabilidade dos processos construtivos

relaciona-se com a frequente adoção de elementos e pormenores únicos, não enquadráveis

ou executáveis com materiais provenientes da indústria estandardizada.

A forma inevitável de otimizar a qualidade, o custo e o prazo das construções passa por

estudar virtualmente a sua execução com antecedência, e assim proporcionar as tomadas

de decisão que se vislumbrem necessárias, antes do início dos trabalhos. Nesse sentido a

tecnologia BIM – Building Information Modeling, vem possibilitar o estudo antecipado das

soluções de projeto, a compatibilização das diferentes especialidades, a quantificação de

todos os trabalhos e materiais que compõem a obra, a ligação das diferentes fases de

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

execução com o planeamento e a antevisão dos riscos associados aos diversos processos

construtivos.

1.2. Campo de Aplicação

Este trabalho englobará o acompanhamento e a colaboração na modelação BIM do

Edifício Central da UPTEC, Associação de Transferência de Tecnologia da Asprela, cuja

construção está a cargo da Mota-Engil Engenharia, com o intuito de definir o conjunto de

peças desenhadas de preparação de obra para apoio à execução dos trabalhos passiveis de

serem obtidas a partir do modelo.

1.3. Enquadramento histórico

A preparação de obra, tal como atualmente reconhecemos, foi uma atividade que surgiu

nos anos 70 do século passado, associada à execução de empreitadas de construção civil,

com o objetivo de detetar e suprir deficiências dos projetos, compatibilizar as diversas

peças que os constituem e em larga medida colmatar a falta de formação específica

adequada de uma grande parte dos intervenientes na execução das obras. Sendo notória

nessa altura a dificuldade na interpretação de desenhos, na coordenação das diversas peças

e na sua transposição para o contexto da execução, foi necessário criar uma atividade de

ligação entre o projeto e a execução no terreno.

De acordo com Cardoso (2007) adaptar o projeto à obra é, para além da óbvia eliminação

de dúvidas, erros e omissões, decompô-lo nos seus diferentes aspetos escritos e desenhados,

definindo fases e métodos de execução, preparando desenhos distintos de fabricação e

colocação (de cofragens e de armaduras, por exemplo), desenhando pormenores de

execução, enfim, é prepará-lo para que fique perfeitamente legível e adequado às

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

responsabilidades e conhecimentos de quem vai executar os diferentes trabalhos de

gabinete e de campo.

Até então, a execução das obras tinha como figura central o encarregado, e eram

executadas com recurso a projetos generalistas, adequados às práticas e ao grau de

formação dos intervenientes da época.

A necessidade de técnicos preparadores de obras surgiu de um conjunto de fatores

relativamente recentes na realidade das construções modernas(Reis, 2010).

O âmbito dessa atividade foi-se alargando com o decorrer do tempo, em função dos cada

vez mais elaborados projetos, das mais exigentes condições de execução, da envergadura

das obras em causa, dos prazos de execução e dos plafonds cada vez mais limitados.

Na década de 90, com a evolução das aplicações informáticas associadas à execução dos

projetos e à gestão das obras, foram também evoluindo as técnicas de apoio à execução,

suportadas pela informatização dos processos de preparação de obra. A elaboração das

peças desenhadas planificadas assentava na conjugação da informação dos diferentes

projetos, numa base bidimensional com recurso a software CAD.

Atualmente é cada vez mais vasta a informação a tratar, resultado de projetos com

elevada complexidade, fruto da transversal e acelerada evolução tecnológica das últimas

décadas. Hoje em dia os projetos de construção são cada vez mais complexos, sendo os

edifícios construídos com estruturas tecnologicamente avançadas combinadas com uma

marcante componente artística (Reis, 2010).

Neste contexto vislumbra-se cada vez mais necessário a utilização de ferramentas que

aproximam o projeto concebido e os seus diversos componentes, do modelo real.

5
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

A metodologia BIM, associada ao ciclo de vida de um projeto, procura com base num

modelo virtual tridimensional, antever a promoção, a conceção, a execução e a exploração

do modelo real, congregando todos os seus componentes e interações exteriores em cada

fase.

A modelação de edifícios é reportada à década de 70 do século passado e tem como grande

impulsionador a primeira autoridade a nível mundial nesta matéria, Chuck Eastman1. No

entanto o termo BIM foi utilizado pela primeira vez pelo arquiteto da Autodesk, Phil

Berstein, sendo depois generalizado por Jerry Laiserin, como um nome comum para a

representação digital dos processos de construção, característica de um pequeno conjunto

de aplicações então disponíveis no mercado (Sousa et al, 2011).

1
Trabalha na área da modelação de edifícios desde a década de 1970, ligado a universidades dos Estados
Unidos, incluindo a UCLA e a Carnegie-Mellon. Publicou diversos livros ligados ao tema, é co-autor do BIM
HandBook 2011 (2ª edição). Atualmente é professor no Colleges of Architecture and Computing at Georgia
Institute of Technology, Atlanta, e Director do Georgia Tech’s Digital Laboratory. Colabora ainda com as
associações da indústria AEC Norte Americana, como a AISC, NIBS, FIATECH, e AIA TAP. É
frequentemente orador em diversas conferências promovidas pelas associações representativas da indústria
AEC.

6
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

1.4. A preparação da obra na sua forma tradicional

1.4.1. Conceitos Principais

Os processos de preparação de obra iniciam-se com a elaboração de elementos de

base na fase inicial da obra (Dias, 2008)::

• Organização do dossier de empreitada;

• Preparação do livro de registo da obra;

• Análise do contrato e caderno de encargos da obra;

• Estudo do projeto da obra e respetivas especificações técnicas;

• Estudos dos processos construtivos mais adequados;

• Identificação dos fornecedores de materiais, subempreiteiros e tarefeiros;

• Elaboração do projeto de estaleiro;

• Projeto de sinalização de carater temporário;

• Plano de demolição;

• Plano de escavação e contenção periférica;

• Projeto de implantação e piquetagem da obra;

• Plano definitivo de trabalhos;

• Plano de pagamentos e cronograma financeiro da obra;

• Diagramas de cargas de mão-de-obra por especialidades;

• Cronograma de mão-de-obra total;

• Curva de progresso físico da obra;

• Plano de utilização de equipamentos de estaleiro afetos à obra;

• Sistema de gestão ambiental;

• Sistema de gestão da qualidade;

• Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho;

7
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

• Procedimentos de execução dos trabalhos;

• Sistema de controlo de subcontratados;

• Sistema de controlo de custos;

• Sistema de controlo de tempos de execução;

• Reorçamento da obra;

• Elaboração do planeamento da execução dos trabalhos nas suas diversas

frentes, previsão de recursos;

• Revisão das medições de projeto.

A preparação da obra, na sua forma tradicional, ainda em uso pela maioria das empresas

construtoras inicia-se numa fase bastante prematura no ciclo de vida de um

empreendimento. Muitos são os casos em que se inicia com o próprio projeto. Sendo

empreitadas de conceção-construção, a equipa de preparação de obra inicia o seu trabalho

apoiando a equipa de projeto na adoção das soluções construtivas mais adequadas às

tecnologias construtivas dominadas pela empresa construtora. Noutras formas de

adjudicação de obras, em que a obra é posta a concurso após a elaboração dos projetos, a

preparação de obra inicia-se na fase de elaboração da proposta, onde são planeados os

trabalhos, estimados os recursos necessários, preconizadas as metodologias de execução,

planeado o estaleiro e as construções provisórias a afetar e elaborada a pormenorização de

eventuais alternativas ou variantes ao projeto, bem como a elaboração do orçamento para

execução da obra.

Na fase de execução da obra, o processo de preparação de obra é definido como a

adaptação do projeto à obra, decompondo-o nos seguintes aspetos (Cardoso, 2007):

• Eliminação de dúvidas, erros e omissões;

• Análise das peças escritas e desenhadas para a definição das fases e métodos

de execução;

8
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

• Elaboração de desenhos distintos de fabrico e colocação, pormenores de

execução, de modo legível e adequado aos conhecimentos de quem vai

executar os diferentes trabalhos;

• Medição e retificação das quantidades de trabalho a executar em cada

tarefa;

• Elaboração das notas explicativas dos aspetos particulares, pouco usuais ou

desconhecidos.

1.4.2. Gestão da informação

Para além das atividades descritas, uma das ações fundamentais da preparação da obra, é

a gestão da informação relativa ao projeto. É de importância extrema a garantia de que os

intervenientes na execução dos trabalhos possuam a informação atualizada, em todos os

instantes da execução. É frequente a ocorrência de sucessivas alterações aos projetos no

decorrer da execução dos trabalhos. Em obras complexas e de envergadura significativa,

uma ineficaz gestão da informação do projeto impõe desperdício de recursos, quebra de

ritmos de produção e a perda de confiança dos responsáveis pela execução dos trabalhos,

com o consequente acréscimo dos custos de produção.

De uma forma resumida a preparação da obra deve garantir a existência da informação

correta e estritamente necessária à completa caracterização dos trabalhos, no momento em

que se inicia a sua execução, para além de garantir as quantidades de recursos necessários

nesse mesmo momento. As atividades de elaboração de desenhos de preparação,

quantificação de materiais, planeamento e gestão da informação de projeto devem por isso

estar devidamente coordenadas como evidenciado na figura 1.

9
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

1.4.3. Preparação e Planeamento

Uma preparação cronológica do trabalho, bem estudada, constitui um processo de

aumentar a produtividade, na medida em que contribui para dar uma aplicação aos meios

da empresa e assegurar a continuidade de emprego de pessoal (Reis, 2009).

Este autor associa a preparação de obra ao planeamento da obra. De facto as duas

atividades são indissociáveis e complementares no âmbito da execução da obra. Está no

entanto a preparação de obra longe de se limitar a planear a execução. Para além de

sequenciar as tarefas, este trabalho define o seu modo de execução, os materiais e outros

recursos a incorporar, antevê o seu custo, estabelece os seus objetivos e suporta a execução

das tarefas subsequentes.

Respeitando a preparação cronológica dos trabalhos, a entrega dos elementos para

execução deve efetivar-se no momento o mais próximo possível do início da execução. A

finalização dos elementos com demasiada antecedência pode torná-los obsoletos antes de

serem necessários na obra (Figura 1).

É frequente haver necessidade de introduzir alterações nos elementos de preparação devido

a duas razões principais:

• Introdução de alterações de projeto que surgem no último momento;


• Alteração das condições ou sequência da execução em obra por imposição de
fatores condicionantes.

Figura 1 - Atividades de preparação de obra


10
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

1.5. Âmbito e objetivos

1.5.1. Âmbito

O âmbito deste trabalho – Relatório de estágio inserido na unidade curricular


curricul DIPRE do

Mestrado de Engenharia Civil – Gestão da Construção, refere-se


se à aplicação da

metodologia BIM a uma das fases do ciclo de vida de um projeto, a execução da obra, no

que respeita à sua preparação, controlo e gestão. A Mota-Engil


Engil Engenharia, mais

concretamente o Departamento de Inovação, está neste período em que decorre o estágio a

implementar o seu modelo BIM, na empreitada de construção promovida pela UPTEC –

Associação de Transferência de Tecnologia da Asprela, designada como “Edifício


“ Central”.

O Edifício é constituído por duas alas, sul (2A) e poente (2B), desenvolvendo-se
desenvolvendo segundo

uma implantação ortogonal em L.

Figura 2 - Planta de localização do edifício

11
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

As duas alas são interligadas por “plataformas” envidraçadas em cada nível do edifício

acima da cota do arruamento. O piso superior do edifício destina-se à instalação de

empresas de forte componente tecnológica.

O edifício no seu conjunto é constituído por dois pisos enterrados e quatro pisos acima da

cota do arruamento. A cobertura em terraço destina-se parcialmente à instalação de

equipamentos de climatização entre outros. Este edifício será a continuidade do edifício

existente, o Centro de Incubação de Base Tecnológica no que respeita à volumetria e

acabamentos exteriores, sendo as duas caves essencialmente destinadas a parque

automóvel, incluindo algumas áreas técnicas na primeira cave.

Tendo em conta a natureza diversa das funcionalidades a instalar com o decorrer do

tempo, com exigências técnicas e espaciais específicas, os espaços dos pisos estão

modulados de forma a permitir várias formas de associação e compartimentação de áreas.

Na sua constituição estão integradas diversas prumadas de ductos técnicos com dimensões

generosas, acessíveis, preparadas para as diversas e exigentes instalações futuras.

Na sua totalidade a construção alvo do presente trabalho representa uma área de 6.300

m2 de pisos enterrados destinados a estacionamento e 8.500 m2 de áreas destinadas à

instalação de empresas de base tecnológica.

Do ponto de vista estrutural o edifício é constituído por lajes maciças de betão armado, do

tipo fungiforme, apoiadas em pilares e paredes resistentes. Como elementos verticais de

suporte existem paredes de betão e pilares de secção circular e retangular. Junto às

fachadas existem vigas com vista a diminuir as deformações nessas zonas. Parte das

paredes resistentes do edifício serão em betão branco aparente, assim como algumas vigas

ou bordos de laje. Parte significativa das fachadas é revestida com painéis pré-moldados

em betão branco, que serão fixados às paredes de betão do seu tardoz.

12
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

1.5.2. Objetivos

Nesse âmbito o estágio terá como objetivo principal a identificação de eventuais alterações

ao modelo, que possibilitem uma melhor adaptação às necessidades reais de informação

para a execução da obra no terreno. A identificação das necessidades típicas de preparação

de uma obra deste tipo será por isso uma das fases inerentes a este estágio.

Numa primeira fase será feita uma recensão bibliográfica com vista a aferir o estado do
conhecimento no que respeita à implementação da tecnologia BIM, no âmbito nacional e
internacional, procurando constatar o nível de utilização da tecnologia e a efetiva
amplitude de utilização das suas potencialidades.

Por forma a comparar as necessidades típicas de desenhos de preparação de obra no


âmbito das diversas especialidades com os elementos extraíveis do modelo BIM, será
compilado o conjunto de desenhos que tipicamente suportam a execução de um edifício.

Figura 3 - Extração de peças desenhadas 2D a partir do modelo BIM [Fonte:(


[Fonte:(Hermogenes, 2007)
2007)]

13
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

O controlo e gestão de obra suportada na metodologia BIM serão abordados sucintamente


no decorrer deste trabalho, unicamente como forma de evidenciar as potencialidades
inerentes ao BIM nessa área. Pretende-se também focar a forma como toda a informação
contida no modelo BIM pode ser articulada e extraída de forma útil e coordenada com as
necessidades da gestão corrente da obra.

Numa fase mais adiantada de elaboração do modelo BIM, e para cada fase de execução da
obra (betão armado, alvenarias, acabamentos e instalações especiais) será testada a
extração das peças desenhadas de preparação de obra identificadas anteriormente,
utilizadas na preparação de obra da forma tradicional. No decurso da extração dos
desenhos serão identificadas eventuais melhorias ou simples alterações nas técnicas de
modelação a integrar futuramente o conjunto de boas práticas (BP) para conceção dos
modelos BIM da Mota-Engil Engenharia.

14
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 2 – Estado do Conhecimento

15
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

16
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 2. Estado do Conhecimento

2.1. Definições e Conceitos

2.1.1. BIM (Building Information Model)

Um modelo BIM é acima de tudo uma base de dados relativa às fases da vida de um

edifício, desde o surgimento da ideia de o promover até à sua extinção. O BIM congrega a

informação relativa a um determinado edifício, incorporando sob a forma digital

características físicas e funcionais de modo semelhante à forma como se integram e

interagem na construção real. Para além da modelação tridimensional paramétrica podem

ainda ser associadas ao modelo BIM as dimensões 4D e 5D, relativas ao tempo e aos

custos. A tecnologia não se encerra no modelo e nos objetos que o constituem relacionados

parametricamente, é também integrada por aplicações periféricas interoperáveis que têm

como objetivo a extração e o tratamento da informação a cada instante, para utilização

com os mais diversos objetivos.

Figura 4 - O BIM no ciclo de vida do edifício [Fonte:


Fonte: (BIM'nCAD, 2012)
2012)]

17
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.1.1. Nível de detalhe (LOD)

Um dos mais importantes conceitos da tecnologia BIM é o nível de detalhe (Level Of

Detail). A informação passível de ser obtida a partir do modelo 3D para posterior

utilização, depende do nível de detalhe com que este foi concebido.

Antes de iniciar a modelação, é necessário definir, com clareza, a finalidade e os resultados

a alcançar com a elaboração do edifício virtual.

O nível de detalhe de um modelo BIM, deve corresponder às necessidades do modelador,

do engenheiro de projeto, da equipa de gestão da obra, do promotor, do arquiteto, dos

responsáveis pela gestão do edifício, dos fornecedores e dos demais parceiros relacionados

com o empreendimento.

O LOD identifica qual a quantidade de informação que será obtida relativamente a um

objeto do modelo, num dado momento. Esta quantidade de informação dos objetos de

modelação cresce normalmente à medida que o projeto se aproxima da sua efetiva

concretização.

De uma forma crescente, em termos de quantidade e detalhe da informação, os diversos

tipos de modelo de um edifício poderão genericamente organizar-se pela seguinte ordem:

1. Modelo de promoção do empreendimento

2. Modelo de projeto de licenciamento

3. Modelo de projeto de execução

4. Modelo de construção

5. Modelo de gestão do edifício

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro
Quadro 1 - Level Of Detail - Níveis Genéricos [traduzido de (Van, 2008)
2008)]

Ilustração Descrição

LOD 100 - Essencialmente, é o equivalente ao projeto


concetual, o modelo consiste na volumetria geral do
edifício. A este nível os utilizadores estão autorizados
a conceber diversos tipos de edifícios completos para
análise em termos de volume, orientação, estimativa
de custo por metro quadrado, etc.

LOD 200 - Semelhante ao desenho esquemático ou de


desenvolvimento, o modelo consiste em sistemas
generalizados ou conjuntos com quantidades
aproximadas, tamanho, forma, localização e
orientação. Pode inclusive ser usado para análise das
soluções preconizadas pela aplicação de critérios
gerais de desempenho.

LOD 300 - Os elementos do modelo são adequados à


extração de documentos inerentes ao processo de um
projeto tradicional e desenhos de execução e consulta
ao mercado. Pode também ser usado para análise
detalhada dos sistemas e elementos previstos.

LOD 400 - Este nível de detalhe é considerado como


apropriado para o fabrico e para a montagem. O
MEA mais provável para este LOD será o empreiteiro
ou o fornecedor de módulos pré-fabricados.
Normalmente este nível de detalhe está fora do
âmbito da equipa de projeto, que a acontecer
constituiria uma exposição ao risco excessiva no que
respeita à distinção entre áreas distintas de
intervenção de responsabilidades.

LOD 500 - O nível final de desenvolvimento


representa o projeto como ele foi construído – em
condições as-built. O modelo é com este nível de
detalhe é adequado para operações de gestão e
manutenção das instalações.

19
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Segundo Bedrick (2008), os níveis de detalhe das várias fases de conceção do modelo, a

integrar o model progress specification, conceito a seguir definido, também podem ser

estabelecidos da seguinte forma:

• LOD 100 – Modelo conceptual

• LOD 200 – Modelo de geometria aproximada

• LOD 300 – Modelo de geometria mais precisa

• LOD 400 – Modelo de fabrico

• LOD 500 – Modelo as-built

Estas definições encontram-se mais desenvolvidas no contexto da utilização do modelo. O

estado atual da definição LOD está identificado no quadro 2.

2.1.1.2. Model Progress Specification - MPS

Uma questão nuclear na conceção e desenvolvimento de um modelo BIM é o processo de

incrementar progressivamente o nível de detalhe nas sucessivas fases do empreendimento.

O documento que define em cada estágio do desenvolvimento do modelo, as especificações

correspondentes ao nível de detalhe desejado chama-se model progress specification –

MPS.

Para atender a esta necessidade no desenvolvimento do modelo, a Vico Software começou

a trabalhar em 2004 num MPS. Os representantes dos construtores norte-americanos em

equipa com a Vico desenvolveram mais profundamente o modelo de especificações e

submeteram-no à apreciação da organização Californiana representativa dos arquitetos,

AIA Califórnia Council para o desenvolvimento do IPD. Nessa altura foram reunidos os

pontos de vista dos arquitetos, empreiteiros, engenheiros, subempreiteiros, fornecedores,

promotores e representantes dos softwares, sobre a aplicabilidade do MPS. O documento

20
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

final foi adotado pela AIA como a norma E202, que formaliza o processo de

desenvolvimento e uso do BIM num projeto específico.

Este documento ajuda a equipa de gestão a definir os objetivos a alcançar com o

desenvolvimento do modelo, o nível de detalhe para os diferentes elementos do BIM tendo

em conta os objetivos de cada fase, e quem desenvolverá os elementos específicos do BIM

nos diversos níveis de detalhe.

Enquanto o MPS é fundamental em qualquer projeto BIM, a profundidade com que é

obtida a colaboração em IPD, cria uma abordagem sistemática que é de extrema

importância.

Tendo em conta esta abordagem o MPS foi desenvolvido para atender a dois princípios do

IPD(Bedrick, 2008):

1. Os requisitos dos outputs em cada fase, ou em cada etapa do desenvolvimento do

modelo sejam sucintamente definidos, para que a equipa entenda em que nível de

detalhe cada colaborador deve trabalhar, e que decisões devem ser concretizadas.

2. A ideia de atribuir tarefas ao modelador com melhor perfil para o nível de detalhe

e outputs pretendidos, ainda que essa tarefa se situe fora da sua atividade habitual.

Este procedimento melhora o desempenho global do modelo sob a forma,

quantidade, qualidade e fiabilidade da informação passível de ser obtida a partir

das formas modeladas.

No quadro 2 é apresentado o MPS baseado na norma E202, onde estão especificados os

níveis de detalhe genéricos exigidos para cada fase do projeto, que permitirão refletir no

modelo o esquema de dados que possibilita a obtenção da informação necessária em cada

estágio do desenvolvimento do empreendimento. No quadro 3 são apresentados dois

21
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

exemplos de objetos com as especificações que são exigidas à sua representação, em cada

nível de detalhe definido no MPS.

Quadro 2 - Model Progress Specification


Specification [Fonte: (Bedrick, 2008)
2008)]

Nível de Detalhe> 100 200 300 400 500


Conteúdo do modelo
Conceção e coordenação Dados não- Elementos Elementos Desenho da As-Built
(função/forma/comportamento) geométricos genéricos específicos loja/fabrico
ou linhas de representados em confirmando -Compra
trabalho, três dimensões a geometria -Fabrico -atual
áreas e -Tamanho máximo do objeto 3D -Instalação
volumes, etc. -Propósito -Dimensões -Especificações
-Capacidades
-Conexões
Usos autorizados
Planeamento 4D Duração A maioria das As execuções Detalhes de
total de atividades e montagens montagem e
construção principais detalhadas e fabrico,
de projeto ordenadas na escala ordenadas na incluindo
Faseamento temporal. escala meios e
dos temporal. métodos a
principais utilizar.
elementos.
Estimativa de custos Estimativa Custo estimado Custo Estimativa Custos
na fase de com base na estimado com baseada em registados.
conceção. medição dos base na consultas ao
Exemplo: elementos medição do mercado dos
€/m2 de área genéricos. tipo de preços de
útil, €/ cama Exemplo: parede trabalho compra dos
disponível, interior genérica. específico. produtos e
€/lugar Exemplo: trabalhos
estacionam. tipo de específicos.
parede
específico.
Cumprimento do programa Áreas brutas Requisitos FF&E,
por tipo de específicos da tratamento
utilização. compartimentação. de dados,
utilidade das
conexões.
Materiais sustentáveis Estratégias Quantidades Quantidades Seleção Documentação
LEED. aproximadas de precisas de específica do de compra.
materiais por materiais com fabricante.
categorias LEED. percentagem
de reciclados
e comprados
localmente.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 2 - Model Progress Specification


Specification [Traduzido de Bedrick (2008)
(2008)] (continuação)

Nível de Detalhe> 100 200 300 400 500


Usos autorizados
Ambiental: iluminação, energia, Estratégia e Projeto baseado em Simulação Simulação Registo do
utilização, análise/simulação da critérios de sistemas e aproximada precisa com desempenho
renovação do ar desempenho geometria baseada em base no medido.
baseados em assumidos. sistemas de fabricante
volumes e engenharia e específico e
áreas. componentes nos
específicos. componentes
de sistema
detalhados.

No quadro seguinte são apresentados dois exemplos de objetos com as especificações que

são exigidas à sua representação, em cada nível de detalhe definido no MPS.

Quadro 3 - Level of Detail do model progress Specification - Exemplos [Fonte: (Bedrick, 2008)
2008)]

Nível de detalhe> 100 200 300 400 500


Elemento
Parede interior Não modelado. Uma parede Detalhes de É modelada a
Custo e outras interior fabrico são parede realmente
informações genérica, modelados executada.
podem ser modelada com quando
incluídos como uma espessura necessário.
um valor por nominal
m2 de área. assumida. O
custo pode ser
estabelecido
com um valor
dentro de um
intervalo
assumido.
Ductos Não modelado. Ducto Ducto modelado Ducto Representação
Custo e outras modelado com com dimensões modelado com dimensional do
informações as dimensões precisas de dimensões de ducto
podem ser aproximadas. projeto da precisas e com efetivamente
incluídos como especialidade. detalhes de instalado.
um valor por fabrico.
m2 de área.

Atualmente existem já MPS com definições mais extensas do LOD, e enquadradas nos

resultados de diversos casos práticos. No caso da Mota-Engil - Engenharia está

23
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

definido o LOD padrão adaptado à sua atividade e aos resultados dos modelos

entretanto desenvolvidos desde o início da implementação da tecnologia BIM. A matriz

relativa aos níveis de detalhe adotados pela empresa pode ser consultada em

BIMforumPortugal (2012) e será integrada como anexo a este relatório (Anexo 1).

2.1.1.3. Principais requisitos para implementação


implementação da metodologia BIM

Segundo o BIM Handbook 2011 (Eastman et al, 2011), a substituição de uma cultura

empresarial baseada num ambiente CAD 2D ou 3D, para a tecnologia BIM, envolve muito

mais do que a simples aquisição de software, treino e atualização de hardware.

O uso efetivo do BIM exige mudanças em todos os aspetos da atividade de uma empresa.

Não passa apenas por fazer a mesma coisa mas de uma forma diferente. Exige alguma

compreensão da tecnologia BIM e dos processos relacionados e um plano para a sua

implementação, antes da mesma se efetivar.

As especificações concretas de alterações a implementar dependem da atividade da

empresa em causa, no entanto há aspetos e etapas gerais que se podem considerar

transversais aos diversos setores de atividade da indústria AEC, e que são os seguintes:

• Atribuir a responsabilidade de gestão do desenvolvimento do plano de adoção do

BIM a um nível superior da organização, que cubra todas as áreas de negócio da

empresa, bem como de que modo as mudanças afetarão os diversos departamentos

internos e externos, parceiros e clientes.

• Criar uma equipa interna com os principais gestores responsáveis pela

implementação do plano, para gestão do planeamento e orçamento de modo a

controlar o seu desempenho.

24
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

• Iniciar a utilização do BIM num ou dois projetos pequenos, em paralelo com a

tecnologia existente, e procurando produzir os documentos tradicionais a partir do

modelo do edifício. Desta forma será revelado onde há deficiências nos objetos de

modelação, nas capacidades de output e nas ligações com os programas de análise,

entre outros. Também permitirá à empresa determinar a modelação padrão que

mais se ajusta à sua atividade, assim como o nível de detalhe necessário para as

diferentes utilizações do modelo. Este processo proporcionará igualmente

oportunidades de aprendizagem para a equipa que lidera o processo de

implementação.

• Usar os resultados iniciais como formação e guia contínuo na adoção do software

BIM. Manter a gestão de topo informada do progresso, dos problemas e de novas

oportunidades que surjam durante o processo.

• Alargar o uso do BIM a novos projetos e começar a trabalhar com membros não

pertencentes à equipa de implementação, promovendo a colaboração sob uma nova

perspetiva mais diretamente ligada às construções em curso, permitindo uma

integração mais rápida e a partilha de conhecimento baseada no modelo.

• Continuar a integrar as capacidades da tecnologia BIM, em aspetos adicionais das

atividades da empresa, e refletir esses novos processos no relacionamento com

clientes e parceiros de negócio.

• Rever periodicamente o processo de implementação, fazendo-o refletir as boas

práticas e os problemas observados até então, e demarcar novas metas para a

performance, para o tempo de implementação e o respetivo orçamento.

Continuar a alargar a introdução das mudanças relativas ao BIM, a novos

departamentos e funções da empresa.

25
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.1.4. Modelos de dados e modelos de informação

O BIM é uma aplicação de um modelo de dados na definição de uma estrutura para um

sistema de informação ou modelo de informação. Em termos conceptuais, um modelo de

informação pode ser visto como um conjunto de representações formais de tipos de

entidades que incluem propriedades, relações, constrangimentos, regras e funções, para a

definição semântica de dados, podendo corresponder a objetos reais ou abstrações(Sousa et

al, 2011).

2.1.1.5. Modelação orientada por objetos

A atual geração de ferramentas BIM, desenvolvida pela maioria dos fornecedores de

software, baseia-se na modelação orientada por objetos suportada por relações

paramétricas. Enquanto no CAD 3D tradicional todos os aspetos da geometria de um

elemento são editados pelos utilizadores, a forma e assemblagem geométrica num modelo

paramétrico são automaticamente ajustadas para se adaptarem às indicações base do

utilizador. Neste sentido o objeto edita-se a si próprio, baseado nas regras usadas para o

definir. Uma parede, por exemplo, tem propriedades que podem ser editadas pelo

modelador, ao contrário de ser representada apenas por duas linhas paralelas como

acontece no desenho 2D. Podem ser-lhe atribuídas propriedades de espessura, altura e

comprimento, acabamento superficial, camadas que a compõem, especificações dos

materiais constituintes e a forma como se ligam aos objetos da sua vizinhança.

Existe uma distinção entre esses objetos que interagem com outros objetos, tais como

paredes, vigas, lajes, pilares, que têm comportamento complexo que são os

núcleo de uma ferramenta de projeto BIM e outros objetos que não precisam de ter

comportamentos paramétricos, tais como louças sanitárias, portas e janelas que têm

dimensões e características fixas, assim como outros objetos que não variam de acordo com

26
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

o contexto onde se inserem. Esta segunda classe, às vezes chamada de modelos de objetos

de construção, são mais facilmente criados e disponibilizados em bibliotecas externas

porque eles não dependem fortemente dos parâmetros dinâmicos de outros objetos. Esta

segunda classe é amplamente disponível em websites de objetos de construção (Eastman et

al, 2011).

2.1.1.6. Abstrações nos BIM

As abstrações num modelo BIM, lidam com a especificidade e integralidade da

representação de um objeto. É um conceito importante dentro dos vários conceitos de

modelação, uma vez que interfere diretamente com o nível de definição pretendido para

cada objeto. As abstrações podem ser de alto ou de baixo nível. Adotando como exemplo o

objeto “porta”, uma abstração de baixo nível considera-se quando poucas das suas

características são dispensadas, ou seja, será um objeto com um elevado grau de definição.

Ao contrário, uma abstração de alto nível define uma porta de forma genérica, incluindo

apenas características elementares (GeorgiaTech, 2012).

A estrutura de uma hierarquia de abstrações pode ser de vários tipos (Sousa et al, 2011):

 Especialização: Definição da hierarquia inferior de um elemento. Por exemplo, em

relação a uma viga, associar os elementos betão e aço.

 Agregação: Agrupamento dos parâmetros definidores de um elemento. Por

exemplo, em relação a uma parede, definir a cor, o tipo de material e o tipo de

acabamento.

 Composição: Define um agrupamento de tipos de elemento. Por exemplo, agrupar

vários tipos de espaços – espaço de circulação, espaço de utilização, espaço de

armazém.

27
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.2. Interoperabilidade

No caso da tecnologia BIM a interoperabilidade define-se como a capacidade de diferentes

sistemas ou programas informáticos trocarem informação entre si, e de a reutilizar para

diferentes objetivos. Este conceito é a base do sucesso de implementação dos BIM.

Dada a variedade de aplicações de base e periféricas que concebem e interagem com os

modelos BIM 3D, 4D e 5D, a inexistência desta capacidade limitaria irremediavelmente o

contributo e as vantagens da utilização dos BIM na indústria AEC global.

2.1.3. Relações paramétricas


paramétricas

Os projetos BIM são elaborados com uma modelação orientada por objetos. A forma como

esses objetos se relacionam, interagem e interligam são definidas por um conjunto de

parâmetros próprios que lhes são comuns, coordenáveis e conciliáveis. A forma como estes

objetos são agregados no modelo BIM, rege-se pelas relações paramétricas inerentes às

propriedades que são definidas para cada objeto.

Conceitualmente, as ferramentas BIM são diferentes de outros sistemas de modelação

paramétricos. Eles são diferentes porque possuem o seu próprio conjunto de predefinições

de classes de objetos, cada um tendo diferentes comportamentos possíveis programados no

seu interior. Uma lista bastante completa das famílias de objetos pré-definidos fornecidos

pelos principais ferramentas BIM para o projeto de arquitetura é dada no quadro 4. Estes

conjuntos de famílias de objetos predefinidos são aqueles que podem ser facilmente

aplicados para a construção de modelos, em cada sistema. Além das famílias de objetos

fornecidas pelas marcas de software, existem websites que disponibilizam famílias de

objetos adicionais disponíveis para download e utilização. Estes são o equivalente moderno

de bibliotecas de blocos de desenho que estavam disponíveis para desenho em sistemas 2D.

28
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

No entanto estes, são muito mais uteis e poderosos. Incluem, por exemplo, canalizações,

mobiliário, equipamento elétrico e de climatização. Encontram-se disponíveis tanto

como objetos genéricos como modelos de produtos específicos(Eastman et al, 2011).

Eastman et al, 2011)


Quadro 4 – Famílias de objetos base da maioria das aplicações BIM [Fonte: (Eastman 2011)]

Ferramenta de Revit
Desenho BIM Bentley Architecture Digital Project V1,
Objetos Base ArchiCAD v14 Architecture v8.i v2011 Vectorworks 2010 R4, SP 7
Modelo do local Ferramenta de Modelo de Contorno Superfície do No programa Modelo de
Malha, Objetos terreno e específico- Superfície
do local Objetos do local Landmark
Definição do Espaço
(manual) (manual) (automático) (manual) (automático)
Parede
Pilar
Telhado
Escadas
Laje
Zona Zona Zona Área Área
Viga
Objetos Únicos Betão in-situ, Paredes de Cortina, Área, Janela Parede, Canalização,
Para Cada Betão Pré- Treliça, Componente, Equipamentos de Equipamentos de
Plataforma moldado, Aço, Canalização, Sistema de elevação, Armários elevação,
Alvenaria, Acessórios de WC, Cortina de Teto, de Cozinha, Corrimões,
Térmica e Corrimãos, Cortina em Corrimão, Abertura,
Humidade, Prateleiras Grelha, Treliça, Elevador, Escada Equipamentos para
Mobiliário, Objetos de Rolante, Grade, abertura de
Equipamentos, fundações de Acessórios para atravessamento
Sistemas de Sistemas de Tubos, Acessórios específicas
Transporte, Vigas, Rampa, para Canalização,
Canalização, Corrimão Equipamentos
Elétrica, Mecânicos
AVAC, Local

Cada aplicação de modelação tridimensional possui objetos pré-definidos para conceção do

modelo, consoante as áreas de aplicabilidade do respetivo programa - modelação de

arquitetura, estruturas de betão armado ou outra especialidade específica. No quadro

seguinte são apresentados objetos base de algumas aplicações de modelação e as

funcionalidades que os mesmos permitem no tratamento posterior da informação.

29
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 5 - Objetos de modelação pré-


pré-definidos em ferramentas
ferramentas de modelação BIM [Fonte:
(Eastman et al, 2011)
2011)]

Ferramentas
Detalhadas do
do BIM Design Data Revit MEP v9.1 AutoCAD MEP Bentley Mechanical
Objetos Base Tekla v16.1 SDS/2 (Objects) (Objects & Blocks) and Electrical v8.i
Objetos Base Viga Grelhas Terminais aéreos Conjunto de cabos Mecânica:
Mecânica
Poliviga Membro Dispositivos de comunicação Instalação de cabos Dutos
Contorno Material Caminhos de cabos Conduta Tubos
Armadura Conexão Conectores Encaixe de Conetores
Soldas Parafusos Conduta canalização Válvulas
Cargas Buracos Acessórios de ductos Dispositivo Grelhas e difusores
Parafusos Soldas Dispositivos e equipamentos Canal Amortecedores
Matriz Parafuso Cargas elétricos Adaptação Filtros
Circulo Parafuso Momentos Alarme de incêndio personalizada do Silenciadores
Lista Parafuso Ducto flexível ducto Elétrica:
Elétrica
Reforçando Tubos flexíveis Ducto flexível Conjuntos de cabos
Vergalhões Fio Zonas de climatização Cabide Distribuição de
Vergalhões Único Dispositivos de iluminação Painel energia
Vergalhões Grupo Equipamentos mecânicos Tubo Iluminação
Tipo de Tarefa Dispositivos de chamada Tubo de encaixe Telecomunicações
Acessórios de tubulação personalizado Tecnologias de
Tubo de conectores Encaixe de tubulação informação
Canalizações Linha de canalização Segurança
Espaço Linha esquemática Vídeo, intrusão
Funcionalidades
Funcionalidades no Deteção de Projeto de Horários sincronizados Horários Troca de dados
tratamento da conflitos conexão Duto e cálculos de sincronizados com programas
informação Simulação 4D automática dimensionamento/pressã Interfaces de de análise de
Trabalho de Quantidade o da tubulação fabrico energia, térmica,
coordenação de descolagens HVAC e design do Dimensionamento Trace 700,
pacotes Suporta sistema elétrico automático de Carrier HAP,
Quantidade de fabrico Canalização e condutas com Studio Green
extrações automatizad modelação de cabos base na procura Building, etc
Suporta fabrico o (gbXML) interface para de espaço Alimentador e
automatizado Interfaces uso com o programa Gestor de circuito ramo do circuito
Interfaces para para várias Autodesk Ecotect elétrico Circuito e
várias ferramentas Analysis Verificação de rotulagem
ferramentas de de análise Análise Autodesk Green interferência automatizados
análise estrutural Building Studio Web- Dimensionamento Verificações on-
estrutural based e IES e número dos line de projeto
radiadores para carga do
Dimensionamento circuito,
da canalização comprimento e
número de
dispositivos
Arranjo de
fixação
automatizado
Links
bidirecionais para
programas de
análise de

30
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Fou
2.1.4. IFC (Industry Fo undation Classes)

A plataforma web buildingSMART2 tem desenvolvido um esquema de base de dados,

comum, que torna possível a troca de informação entre diferentes aplicações de software

BIM sem perdas de conteúdo relevantes. O esquema de base de dados compreende

informação que abrange as diversas áreas que interagem com um edifício em todo o seu

ciclo de vida, desde a promoção, passando pela conceção, construção, exploração,

manutenção e terminando na sua demolição e eventual reutilização.

O IFC é o principal modelo de base de dados padrão da buildingSMART. O formato IFC

é registado como norma ISO designada por ISO/PAS 16739 e está em processo de se

tornar oficialmente uma Norma Standard Internacional ISO/IS 16739.

Open é a chave para o verdadeiro valor do padrão standard da buildingSMART. A base

IFC pode ser usada para troca de dados e partes BIM entre aplicações desenvolvidas por

diferentes marcas de software sem que os programas tenham que suportar vários formatos

nativos. Como um formato aberto que é e pretende ser, a base IFC não está inerente a um

único fornecedor de software, mas é sim uma plataforma comum de comunicação entre os

diversos programas que interagem na modelação e desenvolvimento de uma modelo BIM.

Cada implementação de uma troca IFC deve seguir o que é conhecido como uma

"exigência de troca". Esta exigência especifica a informação que precisa estar presente

numa troca ou partilha de dados numa determinada fase do projeto. É importante ser

específico sobre as informações necessárias. A exigência de troca não pactua com lacunas e

incertezas.

2
BuildingSMART é uma plataforma de internet difundida a nível mundial, já implantada em inúmeros países.
Afirma-se como uma organização internacional neutra e não lucrativa que suporta o conceito openBIM, ou seja
disponibiliza conteúdos padrão interoperáveis entre diversas aplicações e periféricos da tecnologia BIM, em
todo o seu ciclo de vida [buildingSMART.com].

31
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Os modeladores e usuários dos diversos softwares BIM podem ter a certeza que o

programa que usam é compatível com o padrão aberto IFC e verdadeiramente

interoperável.

Na plataforma buildingSMART correm um esquema de certificação que testa diversos

produtos de software para verificar se eles são compatíveis com o padrão IFC e clarifica o

âmbito da sua interoperabilidade. O esquema foi renovado em 2010, para torná-lo mais

rigoroso e indica precisamente que partes do trabalho produzido são interoperáveis.

(BuildingSMART, 2012)

Figura 5 - Plataforma IFC [Fonte


[Fonte:
Fonte:(BuildingSMART, 2012)
2012)]

2.1.4.1. Industry Foundation Classes 2x4 (IFC4) RC3


RC3

A título de exemplo será abordada sucintamente uma das versões IFC, o IFC 2x4 versão

3.

O IFC do setor da construção representa uma especificação aberta para os dados dos BIM

que são trocados e compartilhados entre os diversos participantes na cadeia da construção

de um edifício ou na gestão das instalações. As IFC são o padrão openBIM internacional.

A especificação consiste num esquema de dados, representado como um esquema de

32
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

especificações expressas, e dados de referência, representado como definições XML, de

propriedade e quantidade. Uma aplicação compatível de software é necessária para

suportar um subconjunto bem definido do esquema de dados e os dados referenciados. O

subconjunto é referido como uma model view definitions. Uma particular model view

defnition é definida para apoiar um ou muitos fluxos de trabalho reconhecidos na indústria

AEC. Cada fluxo de trabalho identifica necessidades de troca de dados que estão a ser

suportados pelas aplicações de software compatíveis.

Figura 6 - IFC2X4
IFC2X4 - [Fonte: (MSG, 2010)
2010)]

33
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

O modelo IFC foi desenvolvido com base num pressuposto de interatividade com o

utilizador. O âmbito do modelo é demasiado abrangente para incluir todas as

especificações existentes a nível mundial na indústria da construção, logo, o modelo foi

estruturado de forma a possibilitar a entrada de informação de forma expedita. A

alteração de entidades nucleares do modelo só pode ser feita segundo um rigoroso processo

de avaliação e certificação, no entanto, a adição de propriedades pode ser realizada por

cada utilizador sem precisar de submeter as especificações à buildingSMART, visto que

todo o processo se desenvolve ao nível das aplicações de modelação BIM. Este processo

designa-se por adição de property sets (Sousa et al, 2011).

2.1.5. Aplicações associadas ao BIM que


que suportam a base IFC

Os produtores de sofware ligados à indústria AEC desenvolveram nos últimos anos

aplicações interoperáveis, utilizando a base IFC. O desenvolvimento dessas aplicações não

se limita apenas à modelação tridimensional dos edifícios, abrange também o suporte a

áreas relacionadas com a gestão e exploração da construção ao longo de todo o seu ciclo de

vida.

Segundo a BS-ModelSupportGroup (2012), existem sofwares que utilizam a base IFC, nas

seguintes áreas:

 Modelação de Arquitetura
 Avaliação da Eficiência de Edifícios
 Modelação de Especialidades
 Gestão da Construção
 Gestão de Dados
 Ferramentas de Desenvolvimento
 Gestão de Instalações
 Modelação Geral
 Visualização de Modelos
 Modelação e Cálculo de Estruturas

34
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.5.1. Aplicações de modelação de projetos de arquitetura que


que suportam a base

IFC

De entre as aplicações mais utilizadas internacionalmente, destacam-se duas, representadas

pela GRAPHISOFT e pela AUTODESK, que estão mais amplamente implantadas em

Portugal, principalmente pela sua utilização na área de projeto. No quadro abaixo (quadro

6) estão indicadas as aplicações de sofware para modelação de projetos de arquitetura que

utilizam a base IFC, desenvolvida da BuidingSMART Internacional.

As funcionalidades principais de algumas das aplicações indicadas estão referidas mais à

frente, no ponto 2.5 deste relatório. Como se pode constatar a escolha do sofware de

modelação deve assentar fundamentalmente nas exigências dos projetos que se preveem

modelar e no nível de detalhe que se pretende atingir.

Quadro 6 - Aplicações de modelação de arquitetura que utilizam a base IFC [Fonte: (BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
4M IDEA Architecture 4M SA
Allplan Architecture Nemetschek Deutschland GmbH
ArchiCAD GRAPHISOFT
AutoCAD Architecture Autodesk, Inc.
Bentley Architecture V8i Bentley Systems, Inc.
Bentley speedikon V8i (SELECTseries4) Bentley Systems, Inc.
DDS-CAD Architect Data Design System ASA
Digital Project Gehry Technologies
EliteCAD AR Roland Messerli AG Informatik
GTX Gehry Technologies
IFC-to-RDF Web Service UGent SMARTLAB
NTItools Arkitekt (Revit plug-ins) NTI Nestor AS
Revit Architecture Autodesk, Inc.
SPIRIT STI / SOFTTECH
Vectorworks Architect Nemetschek Vectorworks, Inc.
VisualARQ Asuni CAD, S.A.
cadwork wood cadwork

35
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.5.2. Aplicações de modelação de projetos de especialidades que


que suportam a base

IFC

Para modelação dos projetos de especialidades, genericamente canalizações e equipamentos

de água, instalações de climatização e ventilação e instalações elétricas, são utilizadas

aplicações com requisitos direcionados à instalação em causa, que utilizam objetos de

modelação caraterísticos da especialidade a modelar. Existem aplicações com capacidades

que possibilitam a incorporação de várias especialidades, como aplicações específicas para

modelar uma única especialidade, com um grau de detalhe necessariamente superior.

Quadro 7 - Aplicações de modelação de especialidades que utilizam a base IFC [Fonte: (BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
4M FineELEC 4M SA
4M FineHVAC 4M SA
4M FineSANI 4M SA
AutoCAD MEP Autodesk, Inc.
Benchmark ITI International Training Institute
Bentley Building Electrical Systems V8i Bentley Systems, Inc.
Bentley Building Mechanical Systems V8i Bentley Systems, Inc.
CADS Planner Electric Kymdata Oy
CADduct MAP Software
CADiE Sähäkkä Cad-Quality Oy
CADmep+ MAP Software
DDS-CAD MEP Data Design System ASA
Design Master Electrical Design Master Software, Inc.
Design Master HVAC Design Master Software, Inc.
Design Master Plumbing Design Master Software, Inc.
DuctDesigner 3D QuickPen
MagiCAD Progman Oy
PipeDesigner 3D QuickPen
Raumtool 3D SOLAR-COMPUTER GmbH
Revit MEP Autodesk, Inc.
Trimble Design Link QuickPen
nova Plancal GmbH

36
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.5.3. Aplicações de modelação de projetos de estruturas que


que suportam a base

IFC

As marcas de programas de cálculo estrutural começaram a associar aplicações de

modelação tridimensional, que possibilitam o cálculo e a visualização 3D do projeto

durante o seu desenvolvimento.

Quadro 8 - Aplicações de cálculo e modelação de estruturas que utilizam a base IFC [Fonte: (BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)

Aplicação Fabricante
4M STRAD 4M SA
Advance Concrete GRAITEC SA
Advance Design GRAITEC SA
Advance Steel GRAITEC SA
Allplan Engineering Nemetschek Deutschland GmbH
AxisVM InterCAD Kft.
Bentley Structural Modeler v8i Bentley Systems, Inc.
CAD/QST TQS Informática Ltda.
CSiBridge Computers and Structures, Inc. (CSi)
CYPECAD CYPE Ingenieros, S.A.
ETABS Computers and Structures, Inc. (CSi)
FEM-Design Structural Design Software in Europe AB / StruSoft
InfoCAD InfoGraph GmbH
NTItools Konstruksjon (Revit plug-ins) NTI Nestor AS
RFEM Ing.-Software Dlubal GmbH
RSTAB Ing.-Software Dlubal GmbH
Revit Structure Autodesk, Inc.
SAP2000 Computers and Structures, Inc. (CSi)
SDS/2 Design Data
SOFiSTiK Structural Desktop (SSD) SOFiSTiK AG
SPACE GASS SPACE GASS
ScaleCAD Jidea Ltd.
Scia Engineer Nemetschek Scia
SteelVis National Institute of Standards and Technology-NIST
StruCad AceCad Software Ltd.
Structural Modeler V8i Bentley Systems, Inc.
Tekla Structures Tekla Corporation
Tilt-Werks Tilt-Up Design Systems, LLC
Tricalcar Arktec, S.A.
bocad-3D bocad Software GmbH
ssiIFC - Rhino 3D Smart Structur Interpreter GeometryGym

37
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.6. IFD (International Framework for Dictionaries)

O IFD, a estrutura internacional para dicionários, é, em termos simples, um padrão para

bibliotecas de terminologias ou definições. O conceito para a biblioteca IFD é derivado de

padrões internacionalmente aceites e abertos que foram desenvolvidas com base nas

normas ISO, sendo a ISO 12006-3:2007, de todas, a mais importante. A Biblioteca IFD é

um dos principais componentes da tecnologia buildingSMART, sendo complementada

pelos componentes IFC, IDM e MVD (IFDLIBRARY, 2012).

2.1.7. IDM (Information Delivery Manual)

Os processos standard da plataforma buildingSMART, formalmente denominados

Information Delivery Manual, especificam quando certos tipos de informação são

necessários durante a construção de um projeto ou operação de um projeto construído.

Eles também oferecem especificação detalhada da informação que um determinado usuário

(arquiteto, engenheiro, empreiteiro, entre outros) deve fornecer num determinado

momento e agrupa informações que são necessárias em atividades associadas: estimativa de

custos, quantidades de materiais e programação de trabalhos são algumas dessas

atividades indissociáveis (BuildingSMART, 2012).

2.1.8. MVD (Model View Definitions)

Uma definição de vista IFC, ou Model View Definition, define um subconjunto do

esquema IFC, que é necessário para satisfazer uma ou mais características do intercâmbio

de requisitos da indústria AEC. O método utilizado e divulgado pela plataforma

internacional buildingSMART para definir os requisitos de intercâmbio é o IDM, definido

e caracterizado no ponto anterior, também conhecido como a norma ISO/DIS 29481.

38
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Um IFC Model View Definition define um subconjunto integrado do esquema IFC e

fornece a orientação de implementação (ou acordos de aplicação) para todos os conceitos

do IFC (classes, atributos, relacionamentos, conjuntos de propriedades, definições de

quantidade e demais propriedades) utilizados dentro deste subconjunto. Desta forma

representa a especificação de requisitos de software para a implementação de uma

interface IFC para satisfazer as necessidades de intercâmbio de informação.

Considerando que a exigência de intercâmbio geral é independente de um comunicado do

IFC particular, a realização (ou ligação) dentro da definição do model view é específico

para um determinado esquema IFC.

As definições de visualização de modelo ou são definidos dentro da plataforma

buildingSMART, ou por outras organizações e grupos de interesse. Os MVD’s definidos

externamente não são considerados como buildingSMART MVD’s, até que sejam

submetidos à buildingSMART Internacional, revisto e aprovado pelas equipas

buildingSMART. (BuildingSMART, 2012)

Figura 7 - Model View Definition [Fonte: (GeorgiaTech, 2012)


2012)]

39
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.1.9. IPD (Integrated Project Delivery)

Um projeto elaboradoo sob o conceito de IPD subentende a colaboração e o trabalho

simultâneo das diferentes equipas de projeto e dos diversos stakeholders sobre a mesma

plataforma virtual. O maior desafio na implementação atual do BIM é a aceitação da

colaboração total
al como método base de trabalho, isto é, permitir
permitir a possibilidade de reunir

todos os consultores, empreiteiros, engenheiros e o arquiteto numa plataforma de trabalho

comum.

Figura 8 - IPD - Integrated Project Delivery [Fonte:(


[Fonte:(BluEnt, 2012)
2012)]

Na indústria AEC são ainda poucos os gestores


gest que conseguem estimar e gerir um projeto

com precisão. A principal razão é que há uma falta de integração entre os promotores,
pro

arquitetos, engenheiros e equipas


equipa de gestão de construção. O conceito IPD não é conivente

com individualismo no desenvolvimento


desenvolvime de um empreendimento. Para o sucesso do

conceito IPD todos os indivíduos ou entidades relacionados com o ciclo de vida do edifício

tem de ser uma parte dele (BluEnt,


BluEnt, 2012).
2012

40
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Figura 9 – IPD System - A relação entre os intervenientes no empreendimento [Fonte (BluEnt,


2012)
2012)]

O conceito IPD, quando adotado de uma forma ampla pelo conjunto dos stakeholders

ligados ao empreendimento, adiciona vantagens significativas aos processos inerentes e

agiliza fortemente a troca e atualização de informação. O seu potencial é crescente à

medida e inversamente proporcional à eliminação de constrangimentos à utilização do

modelo por parte dos utilizadores.

Enumeram-se no quadro seguinte, algumas das mais importantes vantagens na

implementação do IPD.

Quadro 9 - Vantagens da implementação do conceito IPD [Fonte:(


[Fonte:(BluEnt, 2012)
2012)]

Vantagens do conceito IPD – Integrated Project Delivery

Para o Promotor Para os Projetistas Para os Empreiteiros

Comunicação direta entre o Comunicação direta entre a equipa Comunicação direta entre a equipa
promotor e a equipa de projeto. de projeto e o empreiteiro. de projeto, empreiteiros,
intermediários, fornecedores e
subempreiteiros.

41
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 9 - Vantagens da implementação do conceito IPD [Fonte:(


[Fonte:(BluEnt, 2012)
2012)] (continuação)

Vantagens do conceito IPD – Integrated Project Delivery

Para o Promotor Para os Projetistas Para os Empreiteiros

Obtenção da estimativa de custo Disponibilidade de dados mais Gestão mais eficiente da


do empreendimento numa fase fiáveis em cada fase do processo de construção, devido à comunicação
inicial da conceção. conceção. mais direta entre os membros da
equipa.
Evita concertação de preços. Projetos documentos mais precisos Mais sincronizado planeamento da
e coerentes. construção.
Flexibilidade na formação dos Decisões baseadas em melhor Melhor relacionamento com
concursos. informação. fornecedores e intermediários.
Redução dos custos de construção Demarcação de papéis e Redução da ocorrência de
e manutenção, aumentando as responsabilidades dos reclamações e defeitos de
margens de comercialização. intervenientes. construção.
Conclusão mais rápida do Menor dispêndio de recursos Melhor gestão da estrutura de
empreendimento sem perda de durante o licenciamento dos apoio à execução, mais bem
qualidade e economia. projetos. definida e mais eficiente.

2.2. Estado do conhecimento no âmbito da preparação, controlo e gestão de obras

2.2.1. Estado do conhecimento em Portugal

Na indústria AEC – Architecture, Engineering and Construction, em Portugal, a

integração de metodologias baseadas em modelos tridimensionais, está ainda numa fase

bastante incipiente. O facto do setor da construção civil ser constituído na sua grande

maioria por empresas de pequena dimensão, torna-se um entrave à implementação de

sistemas de informação que requerem para além de um conhecimento mais profundo destas

novas tecnologias e uma maior abertura à mudança por parte dos gestores, um

investimento em recursos que essas empresas não dispõem.

No âmbito do setor em Portugal, 86,4% das empresas de construção civil pertencem às 3

primeiras classes de alvará, que permitem executar obras até um valor limite de 664.000 €.

Se a estas empresas com alvará, adicionarmos as empresas que possuem apenas título de

registo, a percentagem atrás indicada sobe para 95% (InCI.IP, 2011).

42
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Ano 2011 - Titulos Habilitantes


2% 2% 1% Titulo de Registo
4% Classe 1
6%
Classe 2
Classe 3
24%
61% Classe 4
Classe 5
Classe 6
Classe 7
Classe 8
Classe 9

Gráfico 1 - Títulos habilitantes na construção em Portugal – Fonte:(


Fonte:(InCI.IP, 2011)
2011)

Na maioria destas empresas, a preparação de obra ou não existe ou é exercida de uma

forma ineficiente. Os conflitos existentes nos diferentes projetos, a análise das soluções

preconizadas, o estudo de alternativas de melhoria, o planeamento, o detalhe


de da

interligação entre as diferentes atividades e materiais, a coordenação dos trabalhos com a

necessária antecedência são atividades que na maioria das situações são deixadas ao acaso,

ao critério dos executantes diretos, exercidas sob a pressão da necessidade


necessidade imediata de

execução ou então numa fase posterior à execução dos trabalhos. Este procedimento (ou

inação) invalida a tomada das decisões mais adequadas e obriga na maioria desses casos à

aceitação inconformada das soluções deficientemente concebidas,


concebidas, de modo a minorar o

acréscimo de custos afetos à reconstrução.

A diversidade dos materiais, das técnicas de construção e das exigências das entidades

oficiais têm obrigado à intervenção cada vez maior do número de participantes. A opção

por outras atividades


ividades mais rentáveis e por as obras terem aumentado de dimensão, tornou-
tornou

se necessário a utilização de meios e de métodos conducentes à industrialização (Reis,

2009). Neste âmbito


bito o passo que está a ser implementado neste momento engloba cada vez

43
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

mais a utilização dos modelos tridimensionais alargados às dimensões do custo e do tempo,

baseados na metodologia BIM.

Ao longo do tempo têm vindo a ser introduzidas na preparação, controlo e gestão de obra,

ferramentas informáticas que apoiam e agilizam estas atividades no terreno. Atualmente

são diversas as ferramentas para elaboração dos projetos, do planeamento, do orçamento,

da gestão de encomendas, da análise e controle contabilístico, entre outros.

Desta evolução e multiplicidade de ferramentas para atividades semelhantes, surgiu o

problema de relacionamento e interação entre estas ferramentas, que a não existir dificulta

a atualização de dados e a sua coordenação nas diversas bases de trabalho e nos momentos

distintos de evolução do projeto ou empreendimento.

Dada a quantidade de informação a tratar neste contexto e a necessidade de obter dados

fiáveis com a rapidez que os prazos impostos obrigam, é evidenciado um pressuposto que

urge garantir para agilização e fiabilidade da informação – a interoperabilidade das

diferentes aplicações informáticas.

A interoperabilidade, como já referido, define-se como a capacidade de vários sistemas

trocarem informação entre si e de a utilizarem posteriormente para atingir diversos

objetivos.

Com base nessa funcionalidade comum, a capacidade de intercâmbio e utilização de

informação partilhada, permitirá a utilização de aplicativos de apoio à gestão de um

empreendimento nas suas diferentes fases e a produção, de forma automática, de diversa

documentação de suporte, como sejam, cadernos de encargos, mapas de quantidade e

preços, planeamento. As alterações introduzidas no modelo podem de imediato ser

refletidas nas aplicações periféricas e nos documentos que produzem.

A direção de obra deve controlar e gerir a principal informação da obra, sendo três as

principais áreas a focar:

44
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 O projeto;

 As quantidades e o orçamento;

 O planeamento.

Adiante será aprofundada a forma como o BIM, através da interoperabilidade dos

sistemas, pode apoiar a gestão das três áreas fundamentais da execução de obra.

2.3. A internacionalização do BIM

A tecnologia BIM tem a nível internacional essencialmente dois países como pioneiros, os

Estados Unidos e o Reino Unido, onde a utilização desta tecnologia já está amplamente

difundida pelos stakeholders da indústria AEC, e onde os organismos estatais assumem

esta tecnologia como uma prioridade para o futuro do setor. Como resultado da pesquisa

realizada recorrendo à informação disponível na internet, foi possível verificar a existência

de inúmeros organismos oficiais e empresas impulsionadoras da implementação das

tecnologias BIM.

2.3.1. Os Standards

Na bibliografia consultada verifica-se, de uma forma geral, uma elevada preocupação com

a estandardização de processos, procedimentos e técnicas que permitam uma utilização

mais eficiente da tecnologia, uma melhor interoperabilidade entre sistemas e softwares de

tratamento da informação e a uniformização de práticas comuns entre os intervenientes

nos processos de conceção, construção, promoção e exploração. O IFC (Industry

Foundation Classes) é atualmente a plataforma de classificação dos produtos da

construção mais utilizada nas aplicações BIM para a troca de informações entre os

modelos tridimensionais e as aplicações periféricas.

45
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.3.2. A implantação do BIM internacionalmente

O nível de implantação do conceito BIM, no seio da indústria AEC, em países com níveis

de desenvolvimento tecnológico distintos é reflexo em grande parte da recetividade dos

principais organismos intervenientes, assim como resultado de uma cultura generalizada

assente na utilização das ferramentas tecnológicas de apoio a concretização dos projetos

com uma superior qualidade, eficiência, eficácia, economia e sustentabilidade. A

informação relevante, recolhida neste âmbito, está compilada no quadro seguinte:

Quadro 10 - A implantação internacional do BIM [Fontes: (Khemlani, 2012,


2012, WSP, 2012)
2012)]

País Nível de Implementação da Tecnologia BIM

Índia Algumas empresas Indianas estão a aproximar-se do BIM, essencialmente com vista à

prestação de serviços de modelação para empresas no exterior. Dada a existência de

mão-de-obra especializada barata os gabinetes locais são alvo de outsorcing por parte de

empresas internacionais para a modelação dos seus projetos. A recetividade do mercado

local perante esta tecnologia é ainda muito pouco significativa. Constata-se, no entanto,

a perspetiva de execução de grandes infraestruturas no país que irá gerar projetos com a

consequente necessidade do incremento de utilizadores locais do BIM.

China A China opera com planos que definem objetivos por períodos de cinco anos. Neste

momento decorre o período que se iniciou em 2011 e termina em 2015. No plano relativo

a este período não existe nenhuma menção à utilização dos BIM, sendo as prioridades

efetivamente declaradas a eficiência energética dos edifícios e a largamente desejada

sustentabilidade. Com estes ambiciosos e exigentes objetivos a China está, no entanto,

indiretamente a propor a utilização da alta tecnologia da indústria AEC, como os BIM,

com o intuito de os atingir.

Singapura A principal organização que gere a construção em Singapura é a BCA (Building and

Construction Authority). Foi um dos primeiros países a explorar as potencialidades do

desenho baseado em modelo tridimensional, ainda antes do termo BIM ser utilizado. Na

década de 1990 Singapura tinha um projeto de CORENET, que era um sistema de

verificação automática da codificação do desenho. Entretanto, o BIM começou a ser

46
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

usado, e a BCA traçou uma estratégia de implementação,

Quadro 10 - A implantação internacional do BIM [Fontes: (Khemlani, 2012,


2012, WSP, 2012)
2012)]
(continuação)

País Nível de Implementação da Tecnologia BIM


Singapura que pretende impulsionar o uso generalizado do BIM na sua indústria até 2015.

Com a colaboração da plataforma BuildingSMART Singapura, a BCA está a

desenvolver uma base de dados de objetos virtuais, assim como regras de boas práticas a

integrar nos BIM.

Ao nível do ensino foi criado um fundo para incentivar as entidades que iniciam o

desenvolvimento do BIM. As universidades estão igualmente a ser incentivadas a

integrar nos seus cursos o ensino do BIM, e a organizar seminários regulares sobre o

tema. O BCA está também a trabalhar com os departamentos públicos para estabelecer

os requisitos dos BIM, para todos os projetos de edifícios públicos.

Austrália O BIM está numa fase inicial de implantação nos diversos setores da indústria AEC,

com os organismos governamentais e as associações do setor a empenharem-se na

aceleração do processo de implementação. O edifício da Opera de Sydney é um exemplo

brilhante de como o BIM pode ser usado na gestão de edifícios na fase de exploração.

Países Os Países Nórdicos (Noruega, Dinamarca, Suécia, Holanda e Finlândia), são a origem de

importante tecnologia da indústria AEC. Os softwares Tekla e Solibri, e o Archicad,


Nórdicos
adotado da vizinha Hungria, estão largamente implantados nestes países. Os países do

norte da Europa iniciaram desde muito cedo o uso da modelação tridimensional, a

interoperabilidade e os standards para a tecnologia da indústria AEC, assentes na

plataforma IFC. As condições climatéricas adversas, que condicionam largamente o

funcionamento do sector, levaram a um grande desenvolvimento da indústria de pré-

fabricação, que é em grande parte suportada e simplificada pelo uso da tecnologia BIM,

resultado da sua antecipada implantação. Os Governos destes países estão já a emitir

legislação relativa ao uso do BIM.

Reino Unido Em contraste com a maioria dos países o governo do Reino Unido regulamentou

recentemente o uso do BIM. Em Maio de 2011, o governo publicou a Estratégia

Governamental para a Construção (Government Construction Strategy), onde dedicou

um capítulo inteiro ao BIM. É indicada a data de 2016 para a exigência de todos os

47
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

projetos em BIM 3D. O documento reconhece que a falta de sistemas compatíveis,

Quadro 10 - A implantação internacional do BIM [Fontes: (Khemlani, 2012,


2012, WSP, 2012)
2012)]
(continuação)

País Nível de Implementação da Tecnologia BIM


Reino Unido standards e protocolos, e diferentes requisitos, têm inibido a adoção dos BIM, uma

tecnologia que tem a capacidade de assegurar que todos os intervenientes estão a

trabalhar a mesma informação. Para isso o governo irá desenvolver standards que

permitirão a todos os intervenientes da cadeia AEC trabalhar em colaboração através da

plataforma BIM. Este mandato governamental é gerido por um comité AEC (UK) BIM

Standard, que já editou o AEC (UK) BIM Standard (2009), o AEC (UK) BIM Standard

para REVIT (2010) e o AEC (UK) BIM Standard for Bentley Products (2011). Estão

igualmente a trabalhar nos standards para outras aplicações BIM, como o ArchiCAD e o

Vectorworks. A indústria AEC-BIM no Reino Unido está já bastante avançada. Londres

é atualmente a base de inúmeras empresas internacionais que lideram na sua área de

atuação e privilegiam a utilização da metodologia BIM no desenvolvimento dos seus

projetos.

Estados O departamento estatal GSA (General Services Administration) é responsável pela

construção e exploração de todos os edifícios federais nos Estados Unidos. Em 2003


Unidos
estabeleceu um programa nacional para o BIM - 3D-4D, através do seu departamento de

arquitetura. Este departamento estatal reconhece que a representação 3D é apenas uma

parte do conceito BIM, a dimensão 4D é atingida com a agregação do tempo ao modelo

tridimensional. O GSA, no entanto, determinou o uso do BIM para validação espacial

dos empreendimentos, antes da apresentação do projeto final, a partir de 2007. Para isso

o GSA providenciou um guia com regras para a conceção do programa espacial de

validação dos seus projetos. Este é um de uma série de guias que o GSA disponibilizou

para os diferentes aspetos do seu programa BIM-3D-4D, como a varredura a laser, o

desempenho energético, a circulação, gestão de instalações, entre outros.

Para além das iniciativas dos governos em alguns dos países acima citados, existem

paralelamente iniciativas de organismos e associações do setor privado, nomeadamente os

48
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

representativos da indústria que se movem no sentido de apoiar a implantação e evolução

do conceito BIM. São exemplo disso, nos Estados Unidos, as organizações representativas

dos construtores, como a AGC of América (The Associated General Contractors of

América) que intensificaram a disponibilização de formação específica na área do BIM,

para apoiar as empresas associadas na implementação desta tecnologia com sucesso.

Recentemente vários fornecedores de software BIM, associaram-se para o lançamento da

plataforma OpenBIM, com o objetivo de permitir a troca de informação entre as suas

diferentes aplicações de uma forma mais simples e eficiente. Esta plataforma está associada

à plataforma web BuildingSmart que disponibiliza objetos para incorporar nos modelos

BIM, utilizando a base IFC, esta plataforma é conhecida internacionalmente como a IAI,

International Alliance for Interoperability (Aliança Internacional para a

Interoperabilidade).

O fato do BIM estar a ser reconhecido e promovido por governos de diferentes países serve

apenas para reforçar que ele está inegavelmente a substituir o CAD como a ferramenta

padrão na indústria AEC em todo o mundo (Khemlani, 2012).

Figura 10 - BIM no mundo – [Fonte:


[Fonte: (WSP, 2012)
2012)]

49
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.4. O papel da tecnologia BIM na globalização

Na atual economia global, rapidamente as novas tecnologias se propagam através dos

canais da indústria colmatando as necessidades de acordo com o contexto onde se inserem.

A indústria da construção tem do mesmo modo,


modo, cada vez mais uma atuação global. Fruto

da conjuntura atual do setor,


tor, nomeadamente no nosso país, a adoção de tecnologia que

simplifique os processos de internacionalização e implantação das técnicas inovadoras, sem

porventura ter que deslocar os detentores


deten do know-how, serão sempre um veículo

prioritário para assegurar o sucesso das operações. O BIM está a ajudar a tornar a

globalização da fabricação de componentes pré-montados


pré montados cada vez mais complexos,

economicamente viáveis.

O BIM vai contribuir para uma maior utilização da pré-fabricação,


pré fabricação, maior flexibilidade e

variação dos métodos e tipos de construção, menor utilização de suporte em papel,

eliminação de grande parte dos erros nos processos, menos desperdícios e maior

produtividade (Eastman et al, 2011).


2011

Figura 11 - O papel do
do BIM na internacionalização

50
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.5. Software de modelação 3D

De entre as diversas plataformas de modelação de edifícios, atualmente existentes na

indústria AEC, destacam-se algumas pelo facto da sua utilização estar mais difundida a

nível internacional, de entre as quais é feita a seguir uma sucinta descrição do seu

funcionamento e capacidades. Algumas aplicações possuem interfaces entre si para troca

de informação, mas a sua maioria utiliza a base IFC para o fazer. A seguinte informação

foi compilada a partir do BIMforumPortugal (2012) e do BIM Handbook (2011).

 Archicad

O ArchiCAD é um software de modelação que suporta bibliotecas de materiais e objetos

paramétricos de forma a gerar desenhos 2D e modelos 3D. Capacidades como:

mapeamento do modelo; classificação de elementos; modelos de referência IFC;

rastreamento de versões e gestão de alterações são algumas das funções deste software que

permite uma melhor modelação e análise. O ArchiCAD permite também uma plataforma

de colaboração em equipa, facilitando assim a criação de equipas de trabalho a partilhar o

mesmo projeto BIM.O IPD (Integrated Project Delivery), colaboração aberta e fluxo de

trabalho em BIM são funcionalidades adicionais que potenciam o trabalho neste software.

Há vários módulos (addons) ao ArchiCAD, tais como o MEP Modeller, que permite

integrar projetos de instalações especiais e diagnosticar e corrigir incompatibilidades com o

modelo.

 Revit

O Revit é uma plataforma para atividades BIM com vertentes de arquitetura, estrutura e

MEP (instalações de mecânica e eletricidade e canalizações). É um software que permite o

planeamento da construção, verificação de colisões, gestão de alterações, renderings em

alta definição. O Revit Architecture permite também uma plataforma de colaboração em

51
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

equipa, facilitando assim a criação de equipas de trabalho a partilhar o mesmo projeto

BIM. Esta plataforma aceita formatos em DWG, IFC e FBX.

 Digital Project

O Digital Project é um programa desenvolvido pela Gehry Technologies, é um modelador

de arquitetura e personalização de edifícios da Dassault’s CATIA, a primeira plataforma

mundial de modelação paramétrica para sistemas de grande porte das indústrias

aeroespacial e automóvel.

O DP requer uma estação de trabalho poderosa para correr nas melhores condições, sendo

no entanto capaz de manipular os maiores projetos. É uma ferramenta complexa que tem

que ser aprendida em pequenas etapas. Tem um cursor inteligente que apresenta inúmeras

opções de seleção.

Como modelador paramétrico, o DP suporta parâmetros globais para definir as classes de

objetos, modo de assemblagem, regras e relações a manter entre objetos de modelação. Os

sub-tipos de classes de objetos podem ser gerados e a sua estrutura, regras e definições

podem ser alterados.

Esta plataforma é excelente a modelar superfícies curvas. Inclui igualmente capacidades de

modelação das especialidades de MEP.

 Vectorworks
Vectorworks

A Vectorworks tem uma divisão ligada à indústria naval, que apoia a produção de formas

mecânicas para a construção naval.

Em 2009 adotou o motor de geometria Parasolid para a sua plataforma de modelação

geométrica.

52
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Neste momento o Vectorworks é uma plataforma de modelação paramétrica semelhante a

muitas outras existentes no mercado, mas com uma utilização mais simples, e com um

interface muito mais “amigável” para o utilizador, cujas características têm vindo a ser

bastante apreciadas.

Como plataforma de modelação o Vectorworks oferece alguma variedade de ferramentas,

organizadas como produtos separados, mas que funcionam como um só programa

integrado, que inclui os seguintes módulos:

 Arquitetura – Para modelação de projetos de arquitetura e aplicações BIM.

 Desenho – Desenho de objetos e interiores´

 Paisagismo – Ferramenta de paisagismo, com acesso a bibliotecas 2D e 3D.

 Iluminação e Luz – Simulador de iluminação local e eventos luminotécnicos.

 Desenho de máquinas – Ferramenta de modelação de máquinas, com classes de

peças paramétricas, também com capacidades de controlo numérico de

maquinação.

 Render – Ferramenta de rendering Vectorworks.

 DProfiler

DProfiler é uma aplicação e uma plataforma que evoluiu do sofware adquirido à PTC –

Parametric Technologies Corporation.

A funcionalidade e versatilidade do DProfiler são únicas. Ele aborda a conceção, a partir

de um orçamento da construção e em certa medida também baseado no custo de

exploração. Ele suporta definições expeditas do desenho de conceção de diversos edifícios

tipo, baseado nas características base consoante o tipo de construção e a sua finalidade

prevista, baseada em parâmetros como o tipo de compartimentos, solução estrutural, e

dados do local, entre outros. Os componentes de primeira linha de um projeto são:

53
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Relativos ao local: Tipo de solo, parqueamento previsto, estado hídrico.

Relativos ao Volume: Revestimentos, características de instalações mecânicas, solução

estrutural, compartimentos.

Estes são objetos do modelo que contêm link’s para a definição dos custos. Um modelo de

conceção deste nível pode ser definido através de um esboço 3D, de elaboração

relativamente simples, realizado através de operações de edição extremamente intuitivas.

Um edifício pode ser composto por como um conjunto de espaços, distribuídos em

diferentes pisos, ou pode ser constituído por um volume constituído por piso aos quais é

atribuída a compartimentação desejada, ou ainda pode ser modelado como uma mistura

das duas metodologias. A morfologia do terreno de implantação pode ser importada dum

modelo do local ou através de um segmento do Google Earth. Em ambos os casos pode ser

adotado um maior ou menor nível de detalhe.

 Tekla

O software Tekla permite a criação de modelos estruturais 3D. Assiste também na gestão

da construção. A plataforma da Tekla permite o planeamento e controlo logístico do

estaleiro, nomeadamente no controlo do aço e do betão. Permite adicionar pormenores de

projeto, sequências do processo construtivo, gerir planeamentos temporais e materiais.

 DDS Suite

O DDS Suite fornece ferramentas para modelar, parametricamente, projetos de

arquitetura, construção e instalações especiais. Está especialmente vocacionado para

edifícios com estruturas em madeira. O software traz uma biblioteca de ferramentas que

facilitam no projeto no que se refere a junções, painéis, tetos e pavimentos, para os

mesmos. Acompanha não só processo de construção, mas também o de fabricação. O

54
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

programa permite ainda um interface em IFC facilitando a comunicação com outros

softwares externos.

 Bentley Suite

Este software oferece funcionalidades de modelação para infra-estrutura, arquitectura,

estrutura e instalações especiais. Está vocacionado para a deteção de incompatibilidades,

assim como para listagem de quantidades e planeamento. Para além da modelação em 3D,

permite o planeamento em 4D. Esta plataforma permite a colaboração e comunicação

entre equipas pluridisciplinares. Possibilita uma interoperabilidade com software de gestão

de projetos como o Primavera e o Triforma.

 Google SketchUp

O Google SketchUp é um software desenvolvido para a criação de modelos em 3D. É

extremamente versátil e fácil de usar, sendo utilizado na área de arquitetura, devido à sua

facilidade de modelação de estudos de formas e volumes tridimensionais, e por Engenheiros

Civis, cujo trabalho requer visualização em 3D. É utilizado principalmente em fase de

estudo inicial na criação de esboços de modelos.

 Allplan Architecture

Este software procura satisfazer as necessidades do mercado, numa plataforma central com

diversas ferramentas que integram disciplinas como modelação em 3D, listagem de

quantidades, estimativas e orçamentos e soluções de gestão de edifícios. Estas aplicações

têm por base a internet, permitindo uma forte colaboração entre equipas de projeto

geograficamente distribuídas. Este produto oferece ainda, para além da visualização, a

hipótese de fazer renderings e criação de “Cinema 4D”.

(BIMforumPortugal, 2012); (Eastman et al, 2011)

55
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.6. Aplicações periféricas de extração e tratamento de dados e respetivas

funcionalidades

À semelhança das aplicações de modelação tridimensional, existem aplicações periféricas

para extração, tratamento e posterior utilização para outros objetivos, da informação

extraída do modelo. Nos quadros seguintes são indicadas as principais aplicações

periféricas que utilizam a base IFC para o intercâmbio de informação:

Quadro 11 – Aplicações periféricas BIM para avaliação do desempenho em edifícios


edifícios [Fonte:(
[Fonte:(BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)

Aplicação Fabricante
IDA ICE Equa Simulation AB

RIUSKA Granlund

Quadro 12 - Aplicações periféricas BIM de gestão da construção [Fonte:(


[Fonte:(BS-
BS-ModelSupportGroup,
2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
AutoBid SheetMetal QuickPen

BIMProject evolution AceCad Software Ltd.

CostOS BIM Estimating Nomitech

CostX Exactal Technologies Pty Ltd

DDS-CAD Construction Data Design System ASA

DProfiler The Beck Group / Beck Technology

EcoDomus PM EcoDomus

GALA Construction Software GALA Construction software

IFC Takeoff for Microsoft Excell Digital Alchemy

ISY Calcus Norconsult Informasjonssystemer AS

Navisworks Autodesk, Inc.

SUperPlan Deliver Simulation Ltd

SmartKalk Holte Byggsafe AS

Tekla BIMsight Tekla Corporation

Vico Office Suite Vico Software, Inc.

56
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 13 - Aplicações periféricas BIM de gestão de dados [Fonte:(


[Fonte:(BS-
BS-ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
ACTIVe3D Build Server GROUPE ARCHIMEN

ActiveFacility ActiveFacility

BIM Collaboration Hub Eurostep Group AS

BIMserver BIMserver.org

Constructivity Model Server Constructivity.com, LLC

EDMserver Jotne EPM Technology AS

Horizontal Glue Horizontal Systems, Inc.

IfcWebServer Ismail, Ali

cBIM Manager Asite Solutions Ltd.

Quadro 14 - Aplicações periféricas BIM de ferramentas de desenvolvimento [Fonte:(


[Fonte:(BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
BSPro Granlund

ECCO Toolkit PDTec GmbH

HOOPS Exchange Tech Soft 3D

IFC Engine DLL TNO

IFC SDK Centre Scientifique et Technique du Batiment (CSTB)

IFC Toolbox Eurostep Group AS

IFCsvr ActiveX Component SECOM CO., LTD. / Secom IS Lab

IfcGears Bauhaus Universität Weimar

IfcOpenShell Krijnen, Thomas

Open IFC Tools Bauhaus Universität Weimar / HOCHTIEF AG

ST-Developer STEP Tools, Inc.

ifc-dotnet Sproat, Ian

simplebim.Developer Datacubist Oy

57
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 15 - Aplicações periféricas BIM de gestão de edifícios [Fonte:


[Fonte:((BS-
BS-ModelSupportGroup,
2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
ACTIVe3D Facility Server GROUPE ARCHIMEN

ArtrA Field BIM & Life Cycle Management ARTRA BIMProducts Ltd

DaluxFM Dalux

EcoDomus FM EcoDomus

FaMe Facilities Management Software GmbH

MORADA SMB AG

Real Estate Vizelia

Synchro Professional Synchro Ltd.

TRIRIGA Facilities TRIRIGA Inc.

Quadro 16 - Aplicações periféricas BIM de Sistemas de informação geográfica [Fonte:(


[Fonte:(BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
ArcGIS Desktop Esri
FME Safe Software Inc.

Quadro 17 - Aplicações periféricas BIM de suporte específico [Fonte:


[Fonte:((BS-
BS-ModelSupportGroup,
2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
AEC3 BimServices AEC3

BIMsurfer WebGL viewer BIMsurfer.org

IFC BIM Validation Service Digital Alchemy

IFC Model Exchange for Microsoft Visio Digital Alchemy

Onuma System Onuma, Inc.

ROOMEX Granlund

Solibri Model Optimizer Solibri, Inc.

Space Layout Editor for Microsoft Visio Digital Alchemy

dRofus Nosyko AS

58
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 18 - Aplicações periféricas BIM de visualização de modelos [Fonte:(


[Fonte:(BS-
BS-
ModelSupportGroup, 2012)
2012)]

Aplicação Fabricante
3D PDF Converter (for Adobe Acrobat X) Tetra 4D

AutoVue 3D Professional Advanced Oracle

BIMReview evolution AceCad Software Ltd.

Bimshare Perfect Blue B.V.

Constructivity Model Viewer Constructivity.com, LLC

DDS-CAD BIM-Enhancer Data Design System ASA

DDS-CAD Viewer Data Design System ASA

Dalux BIM Checker Dalux

Dalux Building View Dalux

FZK Viewer Karlsruhe Institute of Technology

IFC Engine Viewer TNO


National Institute of Standards and Technology
IFC File Analyzer (NIST)

IFC Quick Browser GEM Team Solutions GbR

IFC2SKP plugin SECOM CO., LTD. / Secom IS Lab

Nemetschek IFC Viewer Nemetschek Deutschland GmbH


National Institute of Standards and Technology
IFC File Analyzer (NIST)

IFC Quick Browser GEM Team Solutions GbR

IFC2SKP plugin SECOM CO., LTD. / Secom IS Lab

Nemetschek IFC Viewer Nemetschek Deutschland GmbH

Solibri Model Checker Solibri, Inc.

Solibri Model Viewer Solibri, Inc.

StruWalker AceCad Software Ltd.

simplebim Datacubist Oy

59
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

2.7. Técnicas e Metodologias


Metodologias

A metodologia BIM implementada na Mota-Engil Engenharia rege-se por um conjunto de

boas práticas adotadas ao longo do tempo de implementação dos processos de modelação e

extração de dados do modelo. As regras de modelação são estabelecidas por forma a obter

do modelo a diversa informação necessária no decurso da execução de uma obra, quer seja

para a sua gestão económica corrente, estudo e apresentação de alternativas, extração de

desenhos de preparação, extração de quantidades de trabalhos executados ou reorçamento

numa dada fase da empreitada.

As técnicas de modelação tem vindo a ser testadas e desenvolvidas pela empresa em

diferentes obras, procurando obter-se informação para utilização futura no melhoramento

da metodologia.

60
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 3 - Identificação das exigências de


informação para execução de obra, relativas
a cada especialidade

61
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

62
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 3. Identificação das exigências de informação para execução de

obra, relativas a cada especialidade

A compilação que se segue, relativa aos elementos informativos necessários à execução da

obra no que diz respeito à preparação e organização prévia dos trabalhos, pressupõe que já

se encontra realizada uma das etapas fundamentais no início de qualquer empreitada, que

é a compatibilização das peças desenhadas das diferentes especialidades do projeto,

nomeadamente a compatibilização do projeto de estruturas de betão armado com o projeto

de arquitetura e destes com os das restantes especialidades. No anexo 13 deste trabalho, é

apresentada uma planta tipo com a compatibilização de especialidades em 2D.

Na preparação de obra, da forma tradicional, uma das primeiras fases do trabalho é a

sobreposição bidimensional das plantas de projeto relativas às diversas especialidades, nos

seus diferentes níveis. Assim, na mesma base bidimensional, com as plantas de cada

especialidade em diferentes layer’s e com cores distintas, é possível visualizar duas ou até

mesmo todas as especialidades do edifício, em simultâneo.

Esta forma de deteção de incompatibilidades de projeto torna-se desnecessária nos BIM,

uma vez que com a modelação tridimensional essas incompatibilidades são

automaticamente detetadas.

Na forma tradicional, quando é introduzida uma alteração numa das especialidades do

projeto, obriga à substituição de todas as plantas 2D dessa especialidade no ou nos

ficheiros CAD utilizados.

Nos modelos 3D a introdução de alterações limita-se à adaptação dos objetos modelados,

exclusivamente na zona ou área alterada, o que constitui uma vantagem importante no

que respeita à otimização de tempo e recursos na análise das alterações sucessivamente

introduzidas durante a execução da obra.

63
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Com a modelação do edifício em 3D, nas suas diferentes especialidades, muitas das

incompatibilidades são automaticamente detetadas e corrigidas. Suportada pelas relações

paramétricas que regem a forma como se conjugam, a associação dos diversos objetos que

constituem o modelo é processada com base nos parâmetros estabelecidos para as relações

de vizinhança das diversas entidades nas suas diferentes dimensões.

3.1. Gestão da informação


informação de projeto

Uma das áreas da gestão da obra, enquadrada na atividade de preparação dos trabalhos é

a gestão da informação de projeto.

No decurso da execução são frequentemente introduzidas alterações aos projetos, pelas

mais diversas razões e podendo ter como origem os diversos intervenientes no

empreendimento, sejam por iniciativa do promotor, do empreiteiro, dos fornecedores ou

subempreiteiros, dos projetistas ou das entidades oficiais. A garantia de que na obra são

utilizados os elementos de projeto na sua versão mais recente é devida à gestão do projeto,

no que respeita ao controlo da distribuição das peças escritas e desenhadas para execução

dos trabalhos. Este controlo é responsabilidade do empreiteiro geral, que terá de adotar

métodos práticos que garantam que assim aconteça. Com a utilização da tecnologia BIM,

sendo as alterações integradas no modelo assim que surgem, a gestão da informação de

projeto é em grande parte assegurada pelo próprio modelo.

Promotor

Entidades
Fiscalização
Oficiais

OBRA Empreiteiro Geral Subempreiteiros Projetistas

Fornecedores

Figura 12 - Gestão da informação de projeto

64
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.1.1. Na relação com a fiscalização (dono de obra, projetistas,


projetistas, entidades oficiais)

Da relação contratual entre o empreiteiro e o promotor, representado pela fiscalização,

caso exista, resulta um fluxo significativo de informação de projeto. Através deste canal o

empreiteiro apresenta eventuais dúvidas de interpretação das peças do projeto, assim como

propostas de alternativa que julgue convenientes.

Desta forma, por parte do empreiteiro é nuclear o domínio da informação atualizada,

assim como do historial relativo às alterações introduzidas durante a vigência da relação

contratual.

O domínio desta informação visa garantir, do ponto de vista da realização dos trabalhos,

que estes são executados com todos os elementos de projeto atualizados à data. Do ponto

de vista económico, as alterações introduzidas refletem, normalmente, impacto nas

quantidades e recursos necessários à realização da obra com os custos que lhe são

inerentes. Dominando a informação de projeto a cada momento, o empreiteiro pode

utiliza-la igualmente para a gestão económica da empreitada.

Outro fator onde a informação de projeto pode ter impacto é no tempo. As alterações

impostas podem incidir de uma forma mais ou menos significativa na duração da execução

dos trabalhos. A gestão da informação é neste caso também utilizada para a gestão do

tempo.

Promotor

Entidades
OBRA Empreiteiro Geral Fiscalização
Oficiais

Projetistas

Figura 13 - Gestão da informação de projeto na relação com a fiscalização

65
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.1.2. Na relação com os subempreiteiros e fornecedores

A gestão da informação de projeto na relação com os subempreiteiros e fornecedores, rege-

se de forma semelhante à informação relativa à relação com a fiscalização, promotor,

projetistas e entidades oficiais. Embora os intervenientes no processo sejam distintos os

interesses e processos que levam à gestão da informação do projeto são idênticos.

Ao empreiteiro geral interessa que os subempreiteiros ou fornecedores possuam a

informação certa para a execução dos trabalhos ou fornecimentos, e por outro lado manter

atualizadas as quantidades e os custos agregados às alterações introduzidas.

Subempreiteiros

OBRA Empreiteiro Geral


Fornecedores

Figura 14 - Gestão da informação de projeto na relação com os subempreiteiros e fornecedores

3.1.3. Na relação com as frentes de obra

Os elementos de projeto ou preparação de obra que os responsáveis pelas frentes de

trabalho possuem devem estar atualizados a todo o instante, sejam eles subempreiteiros,

responsáveis do empreiteiro geral ou outros intervenientes nos processos de execução ou

fornecimento. A equipa de gestão da informação de projeto, através de procedimentos

protocolares deve assegurar a substituição dos elementos de projeto ou preparação de obra

obsoletos, pelas peças atualizadas.

Empreiteiro
OBRA
Geral

Figura 15 - Gestão da informação de projeto com as frentes de obra.

66
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.2. Peças
Peças escritas e desenhadas para apoio à execução dos trabalhos

Nas sucessivas fases de execução, é imprescindível fornecer à frente de obra os elementos

que congreguem toda a informação necessária, e apenas a estritamente necessária, à

realização dos trabalhos. Esta informação deve provir dos elementos com a informação

mais atualizada à data, do projeto, da fiscalização, de fornecedores ou outra fonte com

informação relevante e imprescindível à completa caracterização dos trabalhos a realizar.

Seguidamente faz-se referência aos elementos escritos ou desenhados necessários à

execução dos trabalhos no terreno. Embora a referência aos elementos necessários esteja

agrupada por especialidades, uma única peça, ou conjunto de peças, pode conter

informação relativa a várias especialidades ou tarefas distintas. Este tipo de procedimento,

pode ser vantajoso para a coordenação dos diferentes trabalhos desde que a informação

não se torne excessivamente concentrada e de interpretação complexa para os executantes

diretos.

3.2.1. Betão armado

Para execução da estrutura de betão armado, de uma forma genérica, vislumbra-se

necessário a elaboração das seguintes peças desenhadas:

 Planta de escavação e base das fundações

Após a escavação geral para obtenção das cotas de trabalho é necessário escavar

criteriosamente e à profundidade adequada para execução das sapatas, tendo em

conta quer o tipo de terreno encontrado e a capacidade de suporte adotada em

projeto, quer a composição das diversas camadas do elemento de fundação e a cota

que se pretende atingir na sua face superior. Por norma pretende-se que a face

superior dos elementos de fundação tenha uma cota semelhante, e coordenada com

a espessura preconizada para o pavimento térreo. A planta de escavação e de base

67
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

das fundações deve conter as dimensões dos caboucos a abrir e a sua profundidade

relativa a uma cota de referência previamente definida, ou relacionada com as

cotas definidas pelo próprio projeto. Esta última metodologia é de adotar sempre

que possível. Utilizar em todos os desenhos de preparação de obra cotas relativas a

um mesmo referencial pré estabelecido, é a forma mais eficaz de evitar erros na

transposição dos elementos para a obra.

 Planta de fundações

Planta com a localização dos eixos ou alinhamentos das faces de todos os elementos

verticais, no seu arranque. Dimensões e localização relativa das sapatas em planta

e indicação da dimensão de arranque dos pilares. Nas plantas deve também ser

feita referência a eventuais atravessamentos dos elementos estruturais enterrados.

Caso a implantação seja feita com apoio topográfico, será ainda necessário indicar

na planta de fundações as coordenadas de implantação dos diferentes elementos,

quer para abertura das fundações, quer para a implantação dos elementos verticais.

Caso se trate de ensoleiramento geral deve ser realizada uma planta autónoma,

com a indicação das cotas finais do pavimento, indicação das pendentes e eventuais

desníveis prevendo acabamentos finais eventualmente com diferentes espessuras.

 Arranque de outros elementos estruturais específicos

Em algumas obras, principalmente as de alguma dimensão e complexidade, existem

elementos específicos cujo posicionamento aquando da betonagem das fundações é

imprescindível. Verificando-se uma elevada densidade de elementos a implantar,

por vezes é necessário pormenorizar a localização do arranque desses elementos, a

uma escala maior e mais apropriada a compreensão de todos os detalhes a cumprir.

Carecem de pormenorização específica e cotagem relativa aos outros elementos por

exemplo as escadas, as caixas dos elevadores, as rampas ou ductos em betão.

68
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Cortes verticais

Estes desenhos de preparação são normalmente associados às plantas de fundações

e eventualmente representados na mesma folha da planta. Devem representar casos

particulares de difícil representação em planta onde são indicadas com maior

clareza o posicionamento altimétrico dos elementos de fundação (sapatas, lintéis,

maciços de encabeçamento, entre outros), assim como a sua relação com o

pavimento térreo ou outras peças relevantes.

 Planta de redes enterradas

Aquando da execução das fundações e antes da betonagem do ensoleiramento

geral, quando este existir, ou do pavimento térreo, é necessário instalar as redes de

drenagem ou abastecimento enterradas.

Sobre a planta de fundações devem ser representadas estas redes, localizando as

caixas de ligação, derivação ou outras com as suas dimensões reais. Desta forma é

possível aferir a compatibilidade destas redes com os diversos elementos de

fundação e definir os locais de atravessamento a garantir nas peças de betão.

 Plantas de eixos para a implantação dos elementos verticais nos pisos

Plantas dos diferentes pisos com os principais eixos de implantação assinalados,

indicação das dimensões dos elementos verticais e o seu posicionamento relativo

aos eixos principais, dimensões de negativos e sua localização.

Nessas mesmas plantas, devem ser definidas situações particulares a considerar,

como desníveis, posicionamento de gabaris, arranque de escadas ou rampas.

 Planta e corte tipo da caixa de escadas e elevadores

O núcleo composto pelos acessos verticais de um edifício é uma zona nevrálgica e

fundamental para a sua funcionalidade. Do mesmo modo na sua construção, esta

área merece um estudo e uma definição extremamente cuidada e rigorosa. Dos

69
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

núcleos de acesso derivam os elementos horizontais que formarão as futuras lajes

que suportarão o funcionamento do edifício.

Nestas peças desenhadas são definidas as cotas altimétricas dos diferentes pisos,

quer nos patamares ou corredores de acesso, quer nas áreas privadas, em corte e

em planta e a sua relação com os pavimentos e elementos verticais da envolvente.

As escadas têm frequentemente espessuras para acabamentos finais inferiores às

espessuras necessárias nos pisos.

Figura 16 - Corte de escada tipo - Superfície de betão versus acabamento final

 Pormenorização de rampas de ligação e acesso entre pisos

As rampas de acesso, nomeadamente às caves dos edifícios devem ser alvo de um

estudo pormenorizado. Quando as rampas têm um desenvolvimento linear, um

simples corte longitudinal, com a indicação e cotagem dos pontos notáveis, é

suficiente para que em obra possa ser executada a cofragem que lhe dará forma.

70
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Já as rampas que têm desenvolvimento circular


circular carecem de pormenorização
pormenor

específica adequada aos raios de curvatura previstos em projeto. A definição da

superfície curva tem que ser baseada em radiais de nível igualmente espaçadas.

Quanto maior o numero de radiais implantadas, maior o rigor na execução


exe da

cofragem de suporte da lâmina de betão. De seguida são apresentados desenhos

exemplificativos de preparação de uma rampa circular.

Figura 17 - Desenho tipo de preparação de uma rampa com desenvolvimento circular

 Estereotomia de cofragens para superfícies de betão aparente

Em projetos onde são previstas paredes estruturais cujas superfícies se pretendem

aparentes é necessário definir uma estereotomia para os painéis de cofragem, uma

vez que estes deixarão marcas na superfície. Raramente em projeto é definida a

modulação de acordo com um sistema de cofragem standard, pelo que serão

71
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

necessários executar painéis ajustados à grelha definida para a superfície, ou é

permitido o ajuste dessa grelha às dimensões de painéis standard. Sendo a

cofragem apropriada para execução de superfícies de betão aparente, e a

betonagem bem executada, as marcas superficiais serão os orifícios onde

atravessam as ancoragens e os relevos lineares da periferia de cada painel.

Por regra é selecionado um sistema de cofragem, e quando o projeto assim o

permite, com as dimensões disponíveis e conjugações que permitem é estudada a

modulação cuja estereotomia mais se aproxima da definida em projeto. Estes

desenhos de preparação são normalmente apresentados ao projetista de arquitetura

para aprovação e servirão posteriormente de base a montagem da cofragem da

parede.

 Alçados de muros ou paredes para localização de aberturas

Alguns projetos com paredes em betão armado, encerram nessas áreas aberturas

para futuros vãos exteriores ou interiores.

Para a sua correta localização são elaborados desenhos em alçado desses muros ou

paredes, que se definem as dimensões das aberturas em tosco e a sua localização.

3.2.2. Alvenarias

Na fase de alvenarias, após a elevação da estrutura do edifício, tornar-se-ão necessários os

seguintes desenhos de preparação de obra, para a sua execução:

 Planta de alvenarias de cada piso

As plantas de alvenarias têm como objetivo principal a definição dos diferentes

tipos de paredes a executar, as dimensões em planta, localização e dimensões

planimétricas e altimétricas dos vãos no tosco. Indicação pormenorizada da

conceção das padieiras, ombreiras e peitoris, eventuais caixas de estore, palas ou

72
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

outros elementos a realizar em simultâneo com as alvenarias. Nesta planta ou em

elemento anexo deve ser feita referência aos reforços a executar nas zonas críticas

dos panos de alvenaria, à utilização de eventuais elementos de separação acústica,

térmica ou estrutural e a outros cuidados exigidos a ter na execução dos trabalhos.

3.2.3. Acabamentos

Com a conclusão das alvenarias e o desenvolvimento dos trabalhos relativos às

especialidades, serão necessários para a fase de acabamentos plantas dos diferentes pisos

com a indicação dos acabamentos finais previstos nos vários compartimentos para os tetos,

paredes e pavimentos com referência à existência de rodapés, lambrins ou outras peças de

revestimento com diferenciação das suas características.

3.2.3.1. Acabamento de tetos

As plantas relativas aos tetos serão com o conteúdo genérico a seguir indicado.

 Plantas de tetos com a indicação de todos os elementos a incorporar e com a

indicação das cotas altimétricas, eventuais recaídas, acessos e outros detalhes a

enquadrar na sua execução, identificando diferenciadamente e com grafismo de

fácil perceção, os tipos de teto previstos. Em alguns casos, quando o acabamento

não é continuamente liso, torna-se necessário definir também a estereotomia das

peças, juntas ou outros elementos que constituem os tetos e que serão visíveis.

3.2.3.2. Acabamento de paredes

Para as paredes, dependendo do tipo de acabamento previsto, podem ser necessários um

ou mais desenhos para a sua completa definição. Serão necessárias plantas gerais e

desenhos específicos para determinadas áreas, como a seguir descrito:

73
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Plantas de arquitetura com a evidenciação dos acabamentos das paredes nos

diferentes compartimentos. A identificação dos acabamentos pode ser feita de

diversas formas, utilizando legendas de texto ou cores diferenciadas para as linhas

que representam os revestimentos. Nos casos onde exista mais do que um

acabamento, essa diferenciação deve ser expressa definindo claramente os limites

dos acabamentos constituintes. Essas plantas devem ainda indicar a cota onde o

revestimento deve terminar, em cada pano de parede ou troço de parede.

 Alçados das paredes constituídas por revestimentos em painel, que podem ser

constituídos por distintos e diversos materiais, como madeira, pétreos, fenólicos,

compósitos, plásticos entre outros, e que tenham de respeitar uma determinada

estereotomia.

3.2.3.3. Acabamento de pavimentos

À semelhança das paredes, para os pavimentos pode ser suficiente uma planta geral com a

indicação dos acabamentos ou a especificação mais detalhada de determinadas áreas, como

diferenciado a seguir:

 Plantas dos vários pisos com a indicação gráfica ou legendada dos diferentes

acabamentos previstos para os pavimentos. Caso se trate de pavimentos

descontínuos é necessário detalhar a estereotomia definida para a sua montagem ou

aplicação.

 Plantas com a definição da serragem de juntas nos pavimentos de betão afagado –

para a definição das juntas a realizar nos pavimentos térreos de betão é elaborada

uma planta, tendo por base a planta estrutural desse piso, com a identificação das

juntas de serragem, cotadas aos elementos estruturais verticais. Na periferia desses

74
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

elementos estruturais verticais são localizadas as juntas de “encaminhamento” da

fissuração nessas zonas.

3.2.3.4. Revestimentos exteriores

Os revestimentos exteriores carecem de um estudo objetivo tendo em conta as suas

especificidades, podendo ser necessários desenhos de caraterização geral, de pormenor ou

ambos, conforme os casos que a seguir se descrevem.

 Alçados e pormenores com a estereotomia e acabamentos das fachadas:

Quando o edifício é revestido exteriormente com materiais descontínuos, ou com alguma

variedade no tipo de acabamentos previstos, os alçados do projeto de arquitetura refletem

esses materiais e as áreas onde se aplicam. Em alguns casos, no entanto, a fronteira que

separa materiais distintos pode não ser perfeitamente percetível, ou de localização tal que

suscite eventuais duvidas.

Para efeitos de execução e apoio aos trabalhos, pode haver a necessidade de pormenorizar

as zonas de ligação, nomeadamente a uma escala superior à do projeto de arquitetura.

Para além disso, no que respeita aos materiais cuja superfície terá descontinuidades, é

necessário elaborar alçados dessas áreas com a definição do posicionamento das juntas, o

seu enquadramento com os restantes elementos da fachada e detalhar a forma como serão

realizados.

No caso especifico de materiais pétreos, normalmente os desenhos de execução, são

também os desenhos que suportam as encomendas. Nesse contexto as peças desenhadas

devem, além de representar a estereotomia, pormenorizar o fabrico das diferentes peças,

relativamente aos aspetos dimensionais, de acabamento superficial, entre outros trabalhos

a executar nessa fase.

75
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.2.3.5. Coberturas

A preparação relativa às coberturas dos edifícios depende do tipo de cobertura

preconizada, assim como do sistema de impermeabilização previsto. De uma forma geral, a

cobertura da maioria dos edifícios atuais é plana. Para este caso os elementos de

preparação devem compilar a informação seguinte, salvaguardando as suas

particularidades.

 Planta de coberturas, com a identificação dos materiais que as constituem,

respetivas espessuras, caraterização dos enchimentos para formação de pendentes e

cotas altimétricas de pontos notáveis.

A grande maioria das coberturas dos edifícios contemporâneos é realizada em terraço,

nomeadamente de tipologia invertida.

Para este caso a planta de preparação da cobertura deve refletir em primeiro lugar a

forma da superfície onde irá ser instalada a impermeabilização. A planta de cobertura

do projeto de arquitetura precisa de ser complementada com informação que

normalmente não integra. O posicionamento dos dispositivos de descarga deve ser

compatibilizado com o projeto de drenagem de águas pluviais. As caleiras, valetas ou

outros dispositivos de encaminhamento das águas pluviais têm que ser caraterizados

com cotas planimétricas e altimétricas, indicando as pendentes a garantir.

A restante superfície da cobertura será identificada com as linhas de quebra das dos

diferentes planos, cotas relativas dos pontos notáveis, implantação e cotagem de

elementos emergentes e indicação do sentido das pendentes assumidas.

A planta será sempre acompanhada de pormenores com a constituição das camadas

que compõem a cobertura nas suas diferentes áreas.

76
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.2.3.6. Áreas específicas e particulares


particulares

Em determinadas obras existem áreas que requerem um tratamento específico, dada a sua

utilização prevista. No caso, por exemplo de cozinhas industriais, refeitórios ou

laboratórios existem pormenores de execução que nem sempre estão devidamente

identificados e detalhados no projeto de arquitetura, mas a utilização específica do espaço

requere a sua execução. Estas áreas devem ser alvo de especial atenção no seu estudo,

aprofundando eventualmente requisitos legais relacionados com a utilização destes espaços,

que obrigam à execução dos revestimento e infraestruturas de forma criteriosa. Na maioria

dos casos revela-se fundamental o contacto e estudo conjunto destes espaços com empresas

ou gabinetes especialistas nas áreas concretas, antes da elaboração dos desenhos de

preparação de obra.

3.2.4. Redes de abastecimento de água e incêndio

Para a execução das redes de abastecimento de água e incêndio, sua coordenação e

conjugação com o projeto de arquitetura e com as outras especialidades, seguir-se-á a

elaboração das seguintes peças de preparação de obra:

 Identificação da localização das saídas de alimentação de água, para serviço ou

alimentação de equipamentos e representação nos alçados das paredes respetivas.

 Dimensionamento dos ductos verticais para instalação das colunas de alimentação

e implantação das respetivas tubagens.

 Definição do layout das instalações de bombagem e compartimentos de reserva,

implantação de tubagens, equipamentos e respetivas interligações.

 Implantação do espaço necessário para equipamento de contagem e respetivos

equipamentos acessórios.

77
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Identificação e localização dos espaços necessários em tetos falsos, paredes e

pavimentos para instalação das tubagens, prevendo os atravessamentos necessários

nos elementos de betão armado.

 Localização das bocas de incêndio, representação em alçado com a identificação da

sua relação com os elementos da envolvente.

 Implantação em planta das peças sanitárias com as dimensões reais dos modelos

selecionados, respetivos afastamentos e relação com os elementos da envolvente,

sobrepostas aos negativos previamente executados, nos casos onde se aplique.

 Identificação e localização dos equipamentos a instalar nas paredes das instalações,

e a sua relação com as tubagens e condutas de alimentação e drenagem.

78
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Figura 18 - Exemplo - Layout de equipamentos a instalar numa lavandaria

79
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.2.5. Rede de esgotos e águas pluviais

Em alguns casos estas redes são enterradas na área do edifício, e por isso executadas

imediatamente antes da fase das alvenarias. Quando são enterradas, mas nas áreas

exteriores ao perímetro do edifício são realizadas numa fase mais próxima da conclusão da

empreitada, por questões de necessidade de áreas para estaleiro e movimentação de

máquinas. Consoante os casos poderão ser necessários os seguintes desenhos de preparação

de obra.

 Planta com a implantação das redes enterradas (caso existam), sobre a planta de

fundações, com a indicação das cotas altimétricas do fundo das caixas de inspeção,

relativamente a uma cota de referência (por exemplo, a cota do pavimento térreo),

dimensão e tipo das tubagens a instalar. Pormenor das caixas a executar ou

indicação em planta do tipo de caixa referenciada no projeto. Pormenor com o tipo

de vala, eventuais elementos obrigatórios, e modo de realizar o seu tapamento.

 Planta com a implantação da rede suspensa de esgotos, caso exista, sobre a planta

estrutural do piso imediatamente superior (que indique as vigas e os elementos

estruturais a atravessar), com a indicação das cotas altimétricas a respeitar pelas

tubagens nos pontos notáveis da rede, diâmetros e tipo de tubagem a instalar e a

sua interligação com outros elementos previstos em projeto (câmaras de

bombagem, caixas suspensas e outros).

 Implantação à escala e com as dimensões reais das condutas verticais de esgotos,

aferição da suficiência dos espaços previstos e a sua compatibilidade com as

ligações horizontais às peças sanitárias, caixas de ligação e cota de eventuais tetos

falsos.

 Planta das instalações sanitárias com a localização das peças sanitárias e caixas de

ligação com a identificação da ligação à coluna de descarga respetiva.


80
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

3.2.6. Redes de ar, ventilação e ar condicionado

Esta especialidade integra um grande número de elementos pré-fabricados que integram as

redes a instalar. Os desenhos de preparação desta especialidade são ao mesmo tempo

desenhos de suporte ao fabrico dos elementos pré-fabricados. Por esse motivo estes

desenhos devem ter um nível de detalhe e uma escala apropriada para esse fim.

 Planta com a implantação, à escala e com as dimensões reais, das condutas

verticais nos respetivos ductos, aferição da suficiência dos espaços previstos e a sua

compatibilidade com as outras especialidades que partilham esses espaços.

 Localização em planta e alçados das paredes, das grelhas e outros elementos

(termostatos, dispositivos de controle, etc.) relativos à instalação.

 Desenhos com a localização altimétrica e em planta dos equipamentos interiores,

caracterizando a sua relação com tetos falsos, condutas e outros elementos de

ligação, alimentação e comando, e ainda com outras instalações previstas na sua

envolvente.

 Desenhos (plantas, cortes, alçados e pormenores) das áreas técnicas, com a

representação do layout dos equipamentos, tubagens e outros equipamentos de

interligação e alimentação e infraestruturas de construção civil necessárias (acessos,

ventilação, apoio, drenagem, etc.)

3.2.7. Redes de gás

As redes de gás estão sujeitas a normas regulamentares de segurança que a sua execução

deve refletir, a correta localização das redes e equipamentos acessórios de manobra e

segurança deve ser criteriosamente definida.

81
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Desenhos de pormenor com a localização dos equipamentos de manobra da rede de

gás e outros equipamentos acessíveis, como sejam detetores, sinalizadores, sirenes,

entre outros.

 Planta com o traçado da rede de abastecimento, com a identificação de eventuais

caixas de visita, suas dimensões, e dispositivos de proteção e vistoria às soldaduras.

 Pormenorização de maciços de instalação de depósitos de gás, caso existam,

elementos de vedação e proteção.

3.2.8. Pavimentação e arranjos exteriores

A preparação relativa aos arranjos exteriores pressupõe a decomposição do projeto de

arranjos exteriores e respetivos desenhos de pormenor, em plantas representativas das

diferentes fases de trabalhos, acompanhadas com a pormenorização específica necessária a

cada uma dessas fases.

 Planta de movimento geral de terras, com a indicação das cotas altimétricas de

base das plataformas de trabalho.

 Planta com a sobreposição das infraestruturas a instalar, redes de esgotos, águas

pluviais e ramais de abastecimento ao edifício, entre outros.

 Planta com a definição da rede de rega, caso exista, e ou da rede de abastecimento

de água a pontos de água de serviço.

 Plantas parciais com elementos particulares que existam no projeto de arranjos

exteriores cuja fundação ou maciço de suporte seja necessário executarem.

Enquadram-se neste caso, a existência de lagos, pequenas construções, aparelhos de

iluminação pública, ou elementos de ancoragem necessários para os mais diversos

fins.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Planta com a definição dos elementos que delimitam as diferentes zonas, com a

indicação das cotas planimétricas e altimétricas e acompanhada dos pormenores

específicos aplicáveis em cada caso.

 Planta com a definição dos acabamentos finais das diferentes áreas, indicando a

espessura de acabamento prevista e as cotas altimétricas finais.

 Planta com a localização das plantações previstas, arvores, sebes, canteiros e

definição do coberto vegetal previsto nas diferentes zonas.

3.3. Planeamento
Planeamento

O desenvolvimento das atividades de preparação de obra, nomeadamente a elaboração de

desenhos e pormenores de execução, está intimamente ligado com o planeamento da obra.

Como anteriormente foi referido os desenhos e outros elementos de preparação devem ser

compilados no momento mais próximo possível do início da execução dos trabalhos alvo

desses desenhos. Os elementos fornecidos para a frente de obra têm que conter toda a

informação sobre as alterações de projeto introduzidas até então.

Nesse sentido, o planeamento da preparação da obra deve ter em conta o planeamento das

atividades alvo dos elementos de preparação e as datas chave definidas para o início das

respetivas tarefas.

Os conceitos de macroplaneamento, microplaneamento e datas chave têm um papel

fundamental na gestão da obra, e assim sendo estão intimamente ligados à evolução do

trabalho de conceção de peças desenhadas de apoio à execução dos trabalhos.

O macroplaneamento é definido com base nas durações globais, das grandes atividades da

obra, normalmente identificadas pelos diferentes capítulos do mapa de quantidades, betão

armado, construção civil e as diversas especialidades que compõem a empreitada. Estes

capítulos do mapa de quantidades podem ser mais ou menos subdivididos no

83
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

macroplaneamento, tendo em conta a diferenciação, o volume de trabalhos envolvido e a

conveniência quanto ao modo de execução da obra.

No microplaneamento é planeada a execução dos trabalhos de distintas partes ou setores

da obra que se desenvolverão nessa frente num horizonte relativamente próximo. Podem

estar ligados a um ou mais artigos do mapa de quantidades.

Trata-se de atribuir o desenvolvimento das atividades identificadas nos planos de

macroplaneamento às diferentes frentes de obra, integrando detalhadamente os trabalhos

que se desenvolverão necessariamente em simultâneo.

Com base no microplaneamento são estabelecidas datas chave para início das atividades e

datas limites para entrega dos elementos de preparação necessários ao aprovisionamento

de recursos e consequente execução dos trabalhos.

Segundo Nunes (2010), devido à complexidade dos projetos de construção e à variabilidade

dos processos que os constituem, existe a necessidade de dividir o planeamento em

diferentes níveis hierárquicos, atribuindo três níveis gerais ilustrados na figura seguinte.

Figura 19 - Níveis de Planeamento [Fonte:(


[Fonte:(Nunes, 2010)
2010)]

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Este autor denomina de planeamento de médio prazo ou lookahed o conceito de micro

planeamento. O planeamento de curto prazo estabelecido por este autor como o nível mais

baixo do planeamento de um projeto, está intimamente ligado às datas chave estabelecidas

para o início e fim das atividades. É com base nesta informação que os diferentes setores

ou frentes de obra fazem a gestão imediata das suas atividades.

O planeamento da preparação e elaboração de desenhos de apoio à execução dos trabalhos,

estando intimamente ligado ao planeamento das atividades e às respetivas datas chave,

pode comprometer o planeamento global da empreitada, caso não seja devidamente

coordenado.

3.3.1. Planos de microplaneamento

Os planos de microplaneamento devem ser de interpretação simples e refletirem as várias

etapas e sub atividades inerentes à execução dos trabalhos. São os recursos humanos e

materiais, equipamentos e infraestruturas de apoio à execução, que devem figurar neste

tipo de planificação.

Com o BIM este planeamento pode ser associado as diferentes localizações e frentes de

obra.

Recorrendo ao método de planeamento baseado na linha de balanço (LOB – Line of

Balance), a perceção do início e do período de execução das atividade torna-se mais

evidente e intuitiva.

A Linha de Balanço é o método gráfico de calendarização que permite ao planeador levar

explicitamente em conta o fluxo de trabalho do projeto e da construção através da

utilização de diagramas com linhas para representar diferentes tipos de trabalhos (Sousa e

Monteiro, 2011).

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

LOB-Line of Balance obtido a partir


Figura 20 – LOB- partir do software VICO (Exemplo)
Exemplo) [Fonte:(
[Fonte:(Nunes, 2010)
2010)]

3.3.2. Datas-
Datas-chave

Para as equipas de execução, e para os seus responsáveis, a adoção de métodos de

planeamento com alguma complexidade e fora do seu âmbito de conhecimentos, leva a

uma perda de eficiência na execução dos trabalhos e proporciona a ocorrência de erros de

interpretação e eventuais falhas na angariação dos recursos previstos.

De uma forma mais expedita, o que realmente se torna de extrema importância para as

equipas de frente de obra são as datas chave inerentes ao planeamento das diferentes

atividades. As datas chave são definidas a partir do microplaneamento e servem de

balizamento às diferentes tarefas de execução.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 4 - Compilação pormenorizada das

necessidades típicas de preparação de obra

na sua forma tradicional

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 4. Compilação pormenorizada das necessidades típicas de

preparação de obra na sua forma tradicional

4.1. Informação a incluir nos desenhos

Cada peça desenhada de preparação de obra deve incluir a informação relativa à execução

de um ou de um conjunto determinado de trabalhos, mas apenas a estritamente necessária

à sua completa execução. Estes desenhos específicos devem reunir e conjugar a informação

dos diversos projetos relevante para a completa definição do trabalho a realizar.

A forma de execução, parâmetros dimensionais, materiais a empregar, métodos

construtivos e equipamentos a utilizar, são as principais informações a incluir nos desenhos

de preparação.

4.2. Peças desenhadas típicas de preparação de obra

No decurso deste trabalho foi compilado um conjunto de desenhos típicos de preparação de

uma obra, relativos a empreitadas de execução de edifícios:

Serão anexos a este relatório os seguintes desenhos típicos de preparação de obra:

BETÃO ARMADO

 Planta de fundações - Implantação com coordenadas topográficas (anexo 2)

 Plantas fundações com implantação dos elementos verticais (anexo 3)

 Planta de fundações com eixos de implantação (anexo 4)

 Planta de eixos dos pisos superiores (anexo 5)

 Planta de negativos das lajes (anexo 6)

 Planta de cofragem de laje aligeirada - Conjunto (anexo 7)

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Vigas “Alsina” (anexo 7.1)

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Fundos de vigas (anexo 7.2)

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Vigas “Doka” (anexo 7.3)

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Painéis “Alsina” (anexo 7.4)

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Vigas de madeira (anexo 7.5)

 Planta de cofragem de laje aligeirada – Cofragem tradicional (anexo 7.6)

 Pormenorização da caixa de escadas – (anexo 8)

 Pormenorização de reservatório enterrado – (anexo 9)

 Pormenorização das rampas de acesso às caves – (anexo 10)

ALVENARIAS

 Planta de alvenarias – Piso tipo (anexo 11)

 Pormenorização das alvenarias da caixa de escadas (anexo 12)

ESPECIALIDADES

 Planta de compatibilização de especialidades (anexo 13)

 Planta de redes enterradas (anexo 14)

 Layout tipo de espaços técnicos (anexo 15)

 Layout tipo de espaços de serviço (anexo 16)

DIVERSOS

 Planta e pormenorização de coberturas (anexo 17)

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 5 - Teste do Modelo BIM, na

obtenção da informação necessária ao

desenvolvimento dos trabalhos

91
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 5. Teste do Modelo BIM, na obtenção da informação necessária

ao desenvolvimento dos trabalhos

5.1. Estudo do projeto da obra

Com a finalidade de identificar as peças desenhadas de preparação e apoio à execução dos

trabalhos, específicas para a obra em estudo, foi realizada uma análise aprofundada das

peças escritas e desenhadas de projeto disponíveis em suporte informático, com especial

atenção às peças que definem os acabamentos das fachadas exteriores e dos espaços

interiores.

Estes dois fatores revelaram-se, como se verá mais à frente, preponderantes na

compreensão da filosofia do projeto.

As diferentes utilizações dos espaços que o volume encerra, ajudam a entender a razão de

determinados pormenores de projeto, fundamentais para a identificação da informação

necessária a correta execução dos trabalhos.

O estudo primário do projeto teve início com a análise conjugada dos projetos de

arquitetura e de estruturas de betão armado. Esta primeira abordagem tem importância

do ponto de vista da assimilação da volumetria, compartimentação geral e contexto dos

diferentes espaços do edifício, assim como o seu enquadramento com a solução de betão

estrutural preconizada. Desta maneira foi possível perceber a razão da adoção de

determinadas opções de projeto identificadas e enquadradas mais à frente.

5.1.1. Projeto de arquitetura

Os paramentos exteriores do edifício, no que respeita aos acabamentos previstos,

pretendem seguir a mesma linha do edifício existente. Com recurso à visualização exterior

93
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

do edifício existente, foi possível assimilar mais rapidamente os desenhos de fachada do

novo edifício e perceber claramente como se iriam desenvolver.

O conjunto de peças desenhadas de arquitetura é composto por:

 Plantas de pavimentos

 Plantas de tetos

 Perfis (inclui cortes e alçados)

 Cortes de fachada

 Pormenores de serralharias e grelhas

 Pormenores de mobiliário fixo

 Pormenores de sanitários

 Mapa de vãos exteriores

 Mapa de vãos interiores

 Mapa de acabamentos interiores

 Mapa de acabamentos exteriores

 Plantas de acabamentos de pavimentos

 Plantas de acabamentos de paredes

 Plantas de acabamentos de tetos

Estas peças desenhadas foram o principal alvo do estudo aprofundado do projeto de

arquitetura. A comparação dos pormenores, cortes de fachada, com os seus locais nas

fachadas e plantas permitiu identificar os diferentes acabamentos previstos e a forma como

se conjugam.

Nas plantas de tetos estão assinalados alguns dos equipamentos a instalar, como

armaduras de iluminação, difusores e alçapões de acesso. Nos desenhos de preparação a

elaborar a partir do modelo, seria importante o reflexo das localizações compatibilizadas

94
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

destes equipamentos com os das restantes especialidades, equipamentos de deteção de

incêndio, grelhas de ventilação, sinalizadores, entre outros.

Estão previstos tetos metálicos e perfurados que respeitarão uma determinada

estereotomia. Os equipamentos atrás descritos devem, nestes casos, ser coordenados com a

estereotomia adotada.

Nos ductos verticais representados nas plantas de arquitetura estão assinaladas condutas

de ventilação e outras tubagens de ligação entre pisos. Na modelação das especialidades

será aferida a suficiência de espaço nesses ductos para atravessamento das tubagens e

condutas previstas. Uma vez que serão ocupados por várias especialidades, os elementos de

preparação de obra relativos a estas áreas técnicas devem refletir a organização do espaço

disponível para acomodar as diversas especialidades convenientemente compatibilizadas.

O acabamento superficial das fachadas é em grande parte constituído por betão branco

betonado “in situ”, placas de betão branco pré-moldado e envidraçados ou zona grelhadas

que completam as restantes áreas.

As coberturas das alas do edifício são planas, acessíveis e revestidas a lajetas de betão.

Grande parte da área da cobertura será ocupada como área técnica para instalação de

condutas e equipamentos de aquecimento, ventilação e ar condicionado. Para instalação

dos equipamentos previstos serão necessários maciços de apoio, a definir em desenho

próprio de preparação de obra. O revestimento superior das palas de fachada, que

representam uma pequena área relativamente à área total do edifício, será em chapa de

zinco no sistema “camarinha”.

Na modelação do edifício, não está prevista a incorporação do mobiliário fixo, pois tornaria

bastante mais moroso o trabalho de conceção do modelo, cujo nível acrescido de detalhe

95
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

não implicaria uma mais-valia significativa, que justificasse o dispêndio de tempo e

recursos na sua modelação.

Os desenhos de pormenor das instalações sanitárias, incluem a estereotomia das paredes a

revestir com azulejo cerâmico. Em fase de preparação estes desenhos deverão ser

complementados com cotas dos diferentes níveis dos tetos falsos, que condicionam a altura

de parede a revestir em cada zona. Podem ser também utilizados para a localização dos

pontos de água e esgotos a realizar em cada parede, coordenados com as peças sanitárias

aí já representadas. Uma vez que o trabalho de assentamento de cerâmicos em paredes e

pavimentos será previsivelmente realizado pela mesma equipa de trabalho, nestes desenhos

de preparação devem ser incluídas também as plantas de pavimentos com a respetiva

estereotomia (nos casos em que são revestidos a material cerâmico), localização de

equipamentos, tubagens e outros acessórios de drenagem.

As bancadas de lavatórios devem merecer uma preparação específica, uma vez que esses

elementos serão alvo de pré-fabricação. São previstas em estrutura metálica com

revestimento a painéis de resinas fenólicas.

Um elevado número de paredes interiores estão preconizadas em painéis de gesso

cartonado, assim como certas paredes em bloco são também revestidas com este material.

Como previsivelmente estes trabalhos, paredes e revestimentos em gesso cartonado, serão

realizados por equipas especializadas, será conveniente definir o âmbito dos trabalhos

inerentes a esta subempreitada em desenhos de preparação específicos com a sua definição.

Serão peças independentes das plantas genéricas de execução de alvenarias.

A maioria dos pavimentos interiores dos pisos superiores são em materiais laminares

contínuos, como manta vinílica, que dispensam a definição de estereotomia. No entanto

96
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

existem outras áreas que carecem de uma caraterização mais específica, como as revestidas

com materiais pétreos (escadas e patamares), placas cerâmicas ou madeira.

Dos acabamentos de paredes previstos, a identificar nas plantas de preparação, destacam-

se o estuque projetado e o gesso cartonado, que revestem as maiores áreas. O projeto de

arquitetura inclui plantas que identificam graficamente os revestimentos previstos nas

diversas paredes, com recurso a linhas espessas de diferentes cores. Existem casos

específicos de revestimentos, nomeadamente de madeira e aglomerado de madeira-cimento,

que serão alvo de uma definição mais pormenorizada, tendo em conta a sua

descontinuidade e a necessidade de definir a localização das juntas visíveis.

5.1.2. Projeto de estruturas de betão armado

O projeto de estruturas, como já referido, preconiza uma estrutura de lajes maciças

fungiformes, apoiadas em paredes e pilares de betão armado.

Genericamente o projeto é constituído pelas seguintes peças desenhadas:

 Plantas de fundações, pavimento térreo e dos diferentes pisos – definição

geométrica

 Armaduras das fundações

 Pormenorização de reservatórios

 Pormenores de muros de suporte

 Pormenores de rampas

 Pormenores de paredes

 Quadros de pilares

 Pormenores das caixas de escada e elevadores

 Armaduras das lajes

97
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Pormenores das vigas

 Pormenores diversos

Nas fundações revela-se uma evidente preocupação com a impermeabilização do seu leito.

De uma forma geral os diversos elementos pontuais de fundação são interligados por uma

laje maciça que abrange toda a área do edifício. A betonagem de todos os elementos de

fundação é precedida pela colocação de um sistema de impermeabilização. Sobre este

conjunto de betão armado é então preconizado o pavimento térreo do edifício.

A planta de fundações á acompanhada de detalhes de ligação entre as diferentes peças com

a identificação das suas dimensões em planta e respetivas cotas altimétricas.

As plantas de definição geométrica das lajes maciças são acompanhadas na mesma folha,

por um conjunto exaustivo de pormenores construtivos, procurando caracterizar a ligação

das diferentes peças de betão, desníveis, muretes e outros elementos acessórios,

nomeadamente a localização de elementos de betão branco a betonar in situ e a sua

ligação com os elementos de betão cinzento. A estes elementos é dada particular atenção,

com pormenores mais detalhados, o que se justifica por serem elementos cujas superfícies

permanecerão como acabamento final.

Para as peças betonadas com betão branco, realizadas em segunda fase, é necessária

cofragem apropriada para as faces que ficarão aparentes. O estudo dessa cofragem carece

de atenção especial, pois são diversos e distintos os pormenores a executar, que carecem de

cofragem específica para cada um deles.

Os pormenores de betão armado das cisternas de água potável e reserva de incêndio

contemplam algumas formas nas peças de betão que beneficiam a drenagem e o

funcionamento previsto para os reservatórios. Faltam no entanto prever dispositivos para

98
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

atravessamento das paredes com vista à instalação das condutas de abastecimento e

dispositivos de captação e drenagem, que devem já ficar embebidos nos locais

preconizados. O complemento destes pormenores com a informação coordenada dos

projetos de drenagem e abastecimento de água revela-se fundamental.

Os muros de suporte da periferia dos pisos enterrados são em betão armado cinzento, mas

as partes visíveis desses muros, nomeadamente na zona das rampas de acesso, são

previstas em betão branco aparente. Estes muros, à semelhança de outras paredes de

suporte no interior do edifício, terão na sua superfície final um conjunto de juntas

percetíveis, devidas às linhas de separação dos painéis de cofragem.

Não estando definidas estas juntas no projeto de arquitetura, será necessário um estudo da

sua modulação, tendo em conta as dimensões standard dos painéis de cofragem

disponíveis. Nos alçados das áreas em betão branco é então estudada a estereotomia da

cofragem e a localização dos pontos de ancoragem que ficarão visíveis nos diversos painéis.

Para a elaboração dos desenhos de preparação das rampas de acesso, cortes semelhantes

aos de projeto, acrescidos da informação para execução da superfície da cofragem, serão

suficientes. No entanto, no caso concreto da rampa com desenvolvimento circular, a

lâmina de betão que a materializará não tem um desenvolvimento plano. A superfície

curva terá que ser definida à custa de linhas radiais de nível, convenientemente

implantadas, com a indicação de cotas altimétricas referidas à linha de arranque, à

semelhança do desenho tipo apresentado no anexo 10.

Para a pormenorização das escadas das zonas nucleares dos acessos verticais, os desenhos

de preparação têm que refletir as diferenças de espessura previstas entre os acabamentos

da escada e os acabamentos dos pisos que lhe dão acesso. O desfasamento entre a altura

99
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

do primeiro e do último degrau da escada reflete a diferença entre os acabamentos

previstos, como mostra o esqu


uema da figura 16.

5.1.3. Desenhos de preparação de obra a extrair experimentalmente do modelo

Com base na análise dos projetos de arquitetura e estruturas, foi elaborada uma lista de

desenhos de preparação que se vislumbram necessários para apoio e suporte à execução

dos trabalhos de betão armado, alvenarias e acabamentos. Posteriormente será testada a

obtenção dos desenhos descritos a partir do modelo BIM.

Figura 21 - Imagem 3D do modelo de arquitetura do edifício [Fonte: Mota-


Mota-Engil]

Figura 22 - Imagem 3D do modelo de estrutura do edifício [Fonte: Mota-


Mota-Engil]

100
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

5.1.3.1. Desenhos de preparação de obra das fundações do edifício.

Para a execução das fundações preconizam-se os desenhos de preparação constantes o

quadro seguinte.

Figura 23 – Imagem 3D do modelo


modelo das fundações do edifício [Fonte: Mota-
Mota-Engil]

Quadro 19 - Desenhos de preparação das fundações do edifício

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Planta de Base das Planta de fundações com a indicação de cotas altimétricas de

Fundações escavação para os diferentes elementos estruturais (sapatas,

lintéis, lajes, poços, etc.), com as dimensões e localização dos

limites de escavação.

Planta de Eixos Planta de fundações com a indicação das cotas dos eixos

principais e localização dos demais elementos a ter em conta


Fundações
na execução das fundações (negativos, tubagens embebidas,

redes de terras, arranque de escadas ou rampas, poços, caixas

e atravessamentos, entre outros)

Planta de Redes Planta de fundações com a sobreposição das redes enterradas,

Enterradas localização das caixas e outros elementos, cotas altimétricas e

a sua relação com os elementos estruturais da envolvente.

101
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

5.1.3.2. Desenhos de preparação da estrutura elevada.

Para a estrutura elevada, tendo em conta as particularidades já evidenciadas, serão

produzidas as seguintes peças desenhadas.

Quadro 20 - Desenhos de preparação da estrutura elevada

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Plantas Estruturais Plantas dos diferentes pisos com a indicação dos eixos de

implantação, dimensão dos pilares, muros, paredes, muretes e

capitéis, implantação cotada de negativos, pormenores de

muretes, palas ou outros elementos a ter em conta, quer para

execução da respetiva cofragem quer para deixar os arranques

necessários à betonagem posterior. Cotas altimétricas de

todos os elementos e indicação de eventuais instalações a

embeber.

Alçados de muros ou Alçados de muros ou paredes onde estejam previstos

Estrutura em paredes negativos para especialidades ou vãos, indicando o seu

elevação posicionamento relativo, tendo em conta as folgas necessárias

aos acabamentos finais ou à instalação dos vãos.

Estereotomia de Alçados dos muros em betão aparente com a representação da

cofragens estereotomia dos painéis de cofragem a implementar.

Pormenores de Plantas e cortes com a indicação das cotas planimétricas e

rampas altimétricas necessárias à execução da cofragem, com especial

enfâse para as zonas curvas dessas rampas.

Pormenores de Cortes e plantas das caixas de escada nos diferentes níveis,

cofragens com indicação das cotas planimétricas e altimétricas

necessárias à execução da cofragem das escadas.

102
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

5.1.3.3. Desenhos de preparação de paredes e alvenarias.

Para apoio à execução de paredes, alvenarias e outros trabalhos a realizar nesta fase, serão

extraídos do modelo os seguintes desenhos.

Quadro 21 - Desenhos de preparação de paredes e alvenarias

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Planta de pendentes Planta com a indicação das pendentes do pavimento térreo e

do pavimento térreo respetivas cotas altimétricas, com implantação de grelhas e

outros dispositivos de drenagem.

Planta de juntas do Planta do pavimento térreo com a indicação das juntas de

pavimento térreo separação, sua localização cotada e pormenor de execução.

Plantas de alvenarias Plantas dos diferentes pisos com a implantação cotada das

alvenarias de tijolo ou bloco, com a indicação da espessura e

constituição. Dimensões dos vãos em tosco e seu


Paredes e
posicionamento altimétrico (cotas de padieiras e peitoris em
alvenarias
tosco). Indicação de outras características de assentamento,

como a ancoragem aos elementos estruturais, elementos

resilientes de apoio e criação de juntas de trabalho,

isolamento acústico ou outros. Definição de eventuais reforços

a incorporar (padieiras, ombreiras, peitoris ou outros)

Estereotomia de Alçados com a estereotomia dos painéis pré-fabricados de

painéis de fachada fachada, com a caracterização das ancoragens e sua relação

com os elementos estruturais e revestimentos envolventes.

Figura 24 - Vista 3D - Alvenarias do 2º Piso [Fonte: Mota-


Mota-Engil]

103
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

5.1.3.4. Desenhos de preparação de apoio à execução dos acabamentos.


acabamentos.

Para a definição dos acabamentos previstos, preconizam-se como necessários as peças

desenhadas abaixo designadas e com o conteúdo genérico indicado.

Quadro 22 - Desenhos de preparação de acabamentos

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Acabamento de Planta com a indicação dos diferentes acabamentos finais a

paredes realizar nas paredes, sua constituição e particularidades

especificas a ter em conta, como a altura do acabamento,

modo de aplicação, reforços para aplicação de equipamentos e

ligação aos revestimentos da envolvente.

Alçados de paredes Alçados das paredes que incorporem equipamentos de

manobra ou outros, com a sua localização de instalação.

Estereotomia de Alçados com a estereotomia dos revestimentos de madeira,

painéis de madeira indicação das especificidades de montagem e pormenores de

ligação com os revestimentos da envolvente.

Estereotomia do Alçados com a estereotomia dos revestimentos em painéis

revestimento com madeira-cimento e indicação das especificidades de montagem


Acabamentos
painéis madeira- e pormenores de ligação com os revestimentos da envolvente.

cimento do tipo

VIROC

Acabamento de tetos Plantas com a indicação dos diferentes tipos de tetos e

respetivas cotas altimétricas de instalação.

Estereotomia de tetos Plantas com a estereotomia dos tetos falsos e localização dos

falsos equipamentos fixos e móveis (por ex. alçapões) a instalar.

(Tetos em VIROC, gesso cartonado perfurado, painéis de

madeira)

Acabamento de Plantas com a indicação dos diferentes tipos de acabamentos

pavimentos previstos, sua constituição, detalhes de assentamento e

ligação com os revestimentos e paredes envolventes.

104
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 22 - Desenhos de preparação de acabamentos (continuação)

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Pormenores de Desenhos com a pormenorização de cantarias (peitoris e

cantarias soleiras) com a caracterização do tipo de material,

acabamentos superficiais, dimensões e quantidades.

Plantas de cantarias Plantas com a indicação dos locais de assentamento das

cantarias previstas.

Revestimento de Estereotomia do revestimento das escadas, pormenorização de

Acabamentos escadas degraus (espelhos, cobertores e rodapé), caracterizando tipo

de material, acabamentos superficiais, dimensões e

quantidades necessárias.

Plantas de coberturas Planta com o estabelecimento das pendentes a executar nas

coberturas, com a localização dos dispositivos de descarga e

indicação das cotas altimétricas a garantir nos pontos

notáveis.

5.1.3.5. Desenhos de preparação de obra de elementos diversos.


diversos.

Existem outras partes da obra cuja pormenorização e atualização com a informação

necessária ao seu fabrico, torna-se evidente, sendo então produzidos as seguintes peças

específicas.

Quadro 23 - Desenhos de preparação de elementos diversos


diversos

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Reservatórios de Pormenorização detalhada dos reservatórios de

Abastecimento abastecimento, tendo em vista a sua execução em betão


Diversos
armado. Localização de passa-muros, pendentes, detalhes de

drenagem e acabamento.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 23 - Desenhos de preparação de elementos diversos (continuação)

Fase Peça Desenhada Descrição genérica do conteúdo

Separador de Pormenorização dos depósitos enterrados, tendo em vista a

hidrocarbonetos e sua execução em betão armado. Localização de passa-muros,

poço de bombagem pendentes, detalhes de drenagem e acabamento.

Diversos Lajes de inércia e Localização e caracterização das lajes de inércia e de apoio do

apoio do espaço espaço técnico da cobertura, maciços para apoio de condutas

técnico na cobertura e equipamentos e instalar na cobertura, incluindo

pormenorização e localização de plintos.

106
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 6 – Análise de Resultados

107
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 6. Análise de resultados

O ArchiCAD é a plataforma de modelação utilizada pela Mota-Engil. Este software tem

características próprias de modelação, baseada nos objetos pré-definidos.

No decurso da extração de desenhos 2D a partir do modelo, foram encontradas algumas

dificuldades, nomeadamente no que respeita a extração de toda a informação identificada

como necessária para a mesma peça desenhada 2D. Para esse efeito foi necessário criar e

selecionar em cada caso a conjugação de vegetais mais adequada à obtenção da informação

pretendida para cada peça.

Figura 25 - Extração de informação do modelo [Fonte: Mota-


Mota-Engil]

As vistas que darão origem aos desenhos de preparação podem ser criadas a partir das

plantas dos diferentes pisos do modelo, de secções ou alçados previamente definidos, de

pormenores ou de perspetivas 3D, organizados no [mapa de projeto].

Estas vistas, criadas no [mapa de vistas] podem ser complementadas com informação em

2D, como sejam linhas, formas, cotas, legendas ou rótulos, texto e tramas.

A organização destas vistas em layouts, criados no [mapa de layouts] dará origem aos

desenhos de preparação de obra que se pretendem produzir, organizados no [publicador].


109
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Figura 26 - ArchiCAD - Mapa de projeto e Mapa de vistas [Fonte: Mota-


Mota-Engil]

Figura 27 – ArchiCAD - Mapa de Layouts


Layouts e Publicador [Fonte: Mota-
Mota-Engil]

110
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

6.1. Extração e compilação de


de desenhos relativos à execução das fundações

No decurso da extração e compilação das vistas do modelo para elaboração dos desenhos

de preparação identificados em 5.1.3.1 adotaram-se procedimentos específicos para adição

da informação a incorporar em cada peça desenhada. No quadro seguinte é feita a

descrição dos aspetos relevantes decorrentes dos procedimentos adotados.

Quadro 24 - Sintese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase das fundações

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
Planta de Base Foi utilizada a modelação do betão de Esta planta é de obtenção

das Fundações limpeza dos diferentes elementos estruturais relativamente simples a partir do

(Desenho nº 0101) das fundações. A escavação será realizada modelo concebido com este nível de

pela sua base e limite exterior que já inclui detalhe.

uma sobrelargura relativamente às sapatas.

Selecionados os vegetais foi criada uma

combinação específica para esta planta. Foi

complementada com um rótulo relativo à cota

da base do betão de limpeza e dimensões em

planta dos diferentes elementos de fundação,

assim como o seu posicionamento

relativamente aos eixos de implantação.

Planta de Eixos A planta foi composta pelos elementos As peças de betão que constituem as

(Desenho nº 0102) estruturais ao nível das fundações, incluindo o fundações do edifício, estão separadas

arranque de pilares, muros, paredes, escadas e em vegetais de acordo com os artigos do

rampas inseridos na combinação de vegetais orçamento. Desta forma facilmente são

referente a este desenho. Na vista 2D foram ligados os vegetais correspondentes às

desenhados e designados os eixos definidos em peças que se pretendem visíveis em

projeto, as cotas relativas e as dimensões das planta e adicionada a restante

peças a betonar ao nível das fundações. informação à vista 2D sob a forma de

linhas, cotas, rótulos e texto.

111
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 24 - Sintese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase das fundações (cont.)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
Planta de Redes Ao nível das fundações os troços enterrados Apesar de ainda não estarem modeladas

Enterradas são inseridos em canal previsto na laje de as especialidades não se prevê

(Des. nº 0103) fundo e referem-se ao encaminhamento das dificuldade na obtenção das plantas de

águas para o separador de hidrocarbonetos. execução destas redes a partir do

As redes exteriores de drenagem de esgotos e modelo.

águas pluviais serão integrados numa peça

desenhada, após a modelação das

especialidades.

6.2. Extração e compilação de desenhos relativos à execução da estrutura elevada

O modelo estrutural está modelado tendo em conta a designação e representação dos pisos

de acordo com o projeto da especialidade. Desta forma, na planta de determinado piso do

modelo completo é representada a planta modelo estrutural referente ao teto desse piso.

No quadro 25 é feita uma síntese do processo de extração das peças desenhadas relativas à

estrutura elevada do edifício, identificadas em 5.1.3.2.

Quadro 25 – Síntese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase da estrutura elevada

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
Plantas Foi selecionada a conjugação de vegetais Informação adicionada nas vistas 2D

Estruturais relativa à modelação da estrutura e extraídas das plantas e cortes:

(Des. nº 0201.3) as vistas das plantas estruturais de cada piso. -Eixos de implantação.

(Des. nº 0201.4) Nestas foram ligados os rótulos dos elementos -Esquema gráfico de indicação de

estruturais que compõem o piso (pilares, negativos.

paredes, vigas e escadas). -Cotas de implantação dos negativos.

Nas plantas do modelo foram efetuados -Cotas de implantação de vigas.

112
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 25 – Síntese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase da estrutura elevada
(continuação)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
cortes para pormenorizar zonas especificas a -Cotas altimétricas e planimétricas nos

incluir no layout de cada planta estrutural. cortes.

- Rótulos das vigas nos cortes.

-Trama nos cortes para melhor

diferenciação dos elementos em betão

branco a betonar in situ.

Nas vistas das plantas seria conveniente

adicionar a dimensão das secções

transversais das vigas para melhor

suporte da execução das cofragens.

Seria conveniente representar a

alteração de secção dos pilares nos pisos.

Alçados de muros Foram criadas vistas dos alçados dos muros e A geometria das faces é obtida do

ou paredes paredes das caves. modelo 3D com elevado rigor, o que

(Des. nº 0202) permite posicionar nessas vistas os

negativos a instalar assim como fazer

estudos rigorosos dos painéis de

cofragem a utilizar.

Estereotomia de Foram criadas a partir do modelo vistas dos A estereotomia da cofragem das paredes

cofragens diferentes alçados. Nestas vistas as superfícies exteriores em betão branco aparente

(Des. nº 0304.1) de betão branco aparente aparecem apenas está indicada nos alçados.

(Des. nº 0304.3) com a representação dos seus limites, tal A modulação é estabelecida nas vistas

(Des. nº 0304.4) como nos alçados de projeto. As juntas de 2D criadas a partir do modelo com o

(Des. nº 0304.5) cofragem que surgirão nestas superfícies acréscimo da seguinte informação

carecem de um estudo preliminar. gráfica:

-linhas de contorno dos diferentes

painéis.

113
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 25 – Síntese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase da estrutura elevada
(continuação)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
-Dimensões dos painéis de cofragem.

-Círculos indicativos dos locais de

furação das ancoragens.

A extração das vistas em alçado das

superfícies de betão, garante o estudo

rigoroso da modulação da cofragem.

Pormenores de Foram criadas vistas dos cortes transversais Nos cortes foi adicionada a seguinte

rampas das rampas, obtidos a partir do modelo e informação gráfica:

(Des. nº 0204) assinalados nas respetivas plantas. -Cotas altimétricas dos pontos notáveis.

-Dimensões longitudinais dos diferentes

troços.

Como se pode verificar no desenho, no

caso especifico da rampa com

desenvolvimento circular (Rampa 2), os

cortes obtidos a partir do modelo não

sustentam o rigor necessário. O desenho

de preparação da cofragem desta rampa

terá de ser elaborado integralmente em

2D, unicamente com o aproveitamento

dos limites onde esta se insere, obtidos a

partir do modelo.

Pormenores de Da escada E1 foram criadas vistas dos cortes Nas plantas e cortes foi adicionada a

cofragens e plantas de piso necessários à sua seguinte informação gráfica:

(Des. nº 0205) caracterização, a partir do modelo estrutural. -Cotas altimétricas e planimétricas

-Cotas das secções das peças estruturais.

114
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

6.3. Extração e compilação de desenhos relativos à execução das alvenarias

Para elaboração das plantas de alvenarias de cada piso, seria conveniente que estas fossem

sustentadas pela planta estrutural do piso que lhe dá suporte. A visualização de negativos

e outros elementos condicionantes do piso estrutural devem ser representados no respetivo

piso.

As linhas que possam interessar representar, da planta estrutural do piso superior podem

ser adicionadas nas respetivas vistas em 2D.

No decorrer do trabalho de organização da vista a criar de cada piso, foram

sucessivamente selecionados vegetais com a informação relevante e atualizada a

combinação criada para estas plantas.

Com a seleção da opção “núcleo” permitida pelo programa, as 169 paredes compostas que

constituem o modelo, passaram a estar representadas pelo seu núcleo, ficando ocultos os

revestimentos e outras camadas constituintes.

Verificaram-se alguns casos de camadas de revestimento estarem classificadas como núcleo,

pelo que houve necessidade de corrigir essas classificações.

Todos os vãos interiores foram redimensionados para que as dimensões indicadas nas

plantas e cortes incluíssem já as folgas de assentamento.

Na modelação, as alvenarias de tijolo foram representadas todas com a mesma cor,

independentemente da sua espessura. Para diferenciação nas plantas, foi necessário alterar

as cores representadas de acordo com a espessura de cada alvenaria.

O quadro 26 apresenta a síntese do processo de extração e compilação das plantas de

execução de alvenarias e outros trabalhos desta fase, identificados em 5.1.3.3.

115
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 26 - Síntese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase de alvenarias

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
Planta de Esta planta é obtida a partir da vista do piso No projeto não são definidas pendentes

pendentes do -2 do modelo de arquitetura. no pavimento térreo.

pavimento térreo A sua indicação, caso necessária,

consegue-se com a inclusão da seguinte

informação em 2D:

-Cotas altimétricas dos pontos notáveis

do pavimento.

-Indicação do sentido das pendentes.

- Indicação das diferenças de nível

relativas.

Planta de juntas Esta planta é obtida a partir da vista do piso Na vista obtida foi acrescentada a

do pavimento -2 do modelo de estrutura. seguinte informação:

térreo -Linhas com a localização das juntas a

(Des. nº 0301) criar no pavimento.

-Cotagem dos alinhamentos e pontos de

mudança de direção.

Plantas de paredes Foi criada a combinação de vegetais que Informação adicionada às vistas 2D dos

de gesso e de agrega a informação do modelo a representar pisos:

alvenarias de tijolo nas plantas. Foi verificada e ajustada as -Eixos de implantação da estrutura.

e bloco dimensões dos vãos e corrigida a classificação -Cotas de implantação das paredes e

(Des. nº 0302.4) de alguns revestimentos que estavam respetivos vãos.

(Des. nº 0302.5) atribuídos ao núcleo. -Representação dos negativos das

(Des. nº 0302.6) plantas estruturais.

(Des. nº 0303.4) -Cotas altimétricas e planimétricas nos

(Des. nº 0303.5) cortes.

(Des. nº 0303.6) -Identificação dos níveis de limpo dos

pisos, nos cortes.

-Legenda com a indicação do tipo de

116
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 26 - Síntese da extração dos desenhos de preparação relativos à fase de alvenarias (continuação)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
parede, classificada pelas cores

representadas em planta.

Devido ao redimensionamento dos vãos

para as dimensões de tosco foi

necessário reposicionar alguns devido a

conflitos com as paredes vizinhas.

Estereotomia de Foram utilizadas as vistas 2D dos alçados do Informação adicionada às vistas 2D dos

painéis de fachada modelo. Foi desligada a opção de alçados:

(Des. nº 0304.1) transparência dos vãos exteriores para não -Linhas com a definição da modulação

(Des. nº 0304.2) ser visualizado através dos vãos o interior do dos painéis de betão pré-moldado

edifício. definida em projeto.

-Cotas com a dimensão dos painéis.

Verificam-se incompatibilidades entre o

posicionamento de alguns vãos na

fachada poente do modelo,

relativamente à estereotomia definida no

projeto. Este desenho deve ser revisto

para ajuste da estereotomia ou dos vãos

de fachada.

Nas vistas criadas a partir do modelo

aparecem linhas relativas à interseção

de diferentes objetos de modelação na

superfície de fachada, estas linhas

deviam ser ocultas uma vez que

induzem uma incorreta interpretação do

alçado e confundem a leitura da

estereotomia.

117
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

6.4. Extração e compilação de desenhos relativos à execução dos acabamentos

De forma a tornar visíveis e identificáveis em planta as camadas de revestimento das

paredes, foi utilizada inicialmente uma metodologia que por fim se constatou não ser a

mais adequada. Consistia em criar vistas das plantas desligadas do modelo e manualmente

triplicar as camadas de revestimento. Este método tornava de facto visíveis as camadas de

revestimento mas por serem elaboradas completamente à parte do modelo impediria a sua

atualização com a introdução de alterações no decorrer do empreendimento.

O método descrito no quadro 27 revelou-se o mais eficiente, com a utilização das

ferramentas disponíveis no programa. Mantendo a possibilidade de atualizar a informação

a partir do modelo, de forma completamente automática.

27- Síntese da extração dos desenhos


Quadro 27- desenhos de preparação relativos à fase de acabamentos

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
Acabamento de Para que fossem visíveis apenas as camadas As tramas identificativas dos

paredes de revestimento das paredes em planta, as revestimentos das paredes, em corte,

(Des. nº 0401.5) cores relativas ao núcleo foram alteradas na representadas com a sua espessura

opção “canetas e cores” para branco. Este real, não são visíveis nas plantas

procedimento foi adotado para todas as obtidas do modelo, à escala 1:100.

paredes interiores visíveis em planta. Para tornar visíveis os revestimentos

A partir da composição de cada parede foi preconizados foram traçadas polilinhas

identificada a referência relativa à cor de com 1.5 mm de espessura e a cor dos

cada revestimento. Foi criada uma legenda respetivos revestimentos a contornar

com a indicação das cores dos revestimentos as faces das paredes onde estes

representadas em planta. estavam previstos.

Alçados de paredes Estes desenhos são obtidos a partir de secções Esta informação pode ser adicionada

de corte ou alçado, criadas a partir do às vistas com linhas 2D ou pode estar

118
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Quadro 27 - Síntese da extração dos desenhos


desenhos de preparação relativos à fase de acabamentos
(continuação)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
modelo, com vistas dos alçados nos quais se já representada nas secções e alçados

pretendem representar e localizar obtidos, após a modelação das

equipamentos ou outra informação relevante. especialidades.

Estereotomia de Os painéis de madeira revestem de uma Após a modelação das especialidades

painéis de madeira forma geral os corredores de circulação. pode ser incorporada nos alçados a

e madeira-cimento. Secções e alçados obtidos com a vista destas localização coordenada de

paredes permitem estudar e representar a equipamentos de manobra e

estereotomia a implementar. sinalização a instalar nessas áreas.

Com o nível de detalhe do modelo, as

vistas para elaboração destes desenhos

é de obtenção direta.

Acabamento de Foi criada uma conjugação de vegetais que Utilizando as mesmas tramas que

tetos e respetivas permite a representação dos tetos falsos nas identificam os diferentes tetos em

estereotomias plantas dos respetivos pisos, com as tramas planta foi criada uma legenda com a

(Des. nº 0405.3) que os caracterizam. identificação de cada tipo de teto. Nos

layout’s criados foram incorporados

cortes com a constituição e cotas

altimétricas dos tetos. Nas vistas das

plantas foram acrescentadas linhas

com a simulação da estereotomia dos

tetos descontínuos.

Acabamento de Foi criada uma conjugação de vegetais que Utilizando as mesmas tramas que

pavimentos e permite a representação dos tetos falsos nas identificam os diferentes pavimentos

respetivas plantas dos respetivos pisos, com as tramas em planta foi criada uma legenda com

estereotomias que os caracterizam. a identificação de cada tipo de

(Des. nº 0407.3) pavimento. Nos layout’s criados foram

incorporados cortes com a constituição

119
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

27- Síntese da extração dos desenhos


Quadro 27- desenhos de preparação relativos à fase de acabamentos
(continuação)

Observações
Peça Desenhada Descrição genérica do procedimento
Análise de resultados
e cotas altimétricas da superfície dos

pavimentos. Nas vistas das plantas

foram acrescentadas linhas com a

simulação da estereotomia dos

pavimentos descontínuos.

Pormenores e No modelo foram incorporados objetos A pormenorização das peças de cantaria

plantas de representativos de algumas soleiras e peitoris. tem de ser elaborada em desenhos 2D,

cantarias desligados do modelo. Podem ser no

entanto elaborados dentro do próprio

programa, em vistas especificas

conjugadas com as plantas de

localização das cantarias.

Plantas de As coberturas do edifício estão modeladas É de simples extração do modelo a vista

coberturas com todas as camadas previstas. da planta de cobertura, onde é possível

acrescentar informação em 2D, como

cotas altimétricas e planimétricas com a

definição das superfícies finais das

diferentes camadas (camada de forma,

betonilha de regularização,

impermeabilização e lajetas. É possível

obter diversas peças desenhadas para

apoio à execução dos diferentes

trabalhos.

120
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

6.5. Identificação de melhorias


melhorias ao modelo

O objetivo principal do trabalho desenvolvido foi a identificação de eventuais melhorias no

modo de conceção do modelo tridimensional, que possam ter impacto nos resultados de

extração de peças desenhadas 2D.

No decurso do processo de extração das peças desenhadas constatou-se que com algumas

alterações ao nível da modelação, é possível obter a informação para os desenhos de

preparação de forma mais direta, mais segura, e melhorar a qualidade e a quantidade da

informação compilada.

Foram identificadas as seguintes melhorias a implementar na conceção do modelo:

 Lajes estruturais modeladas nos respetivos pisos de arquitetura.

De modo a facilitar a obtenção de vistas mais conducentes com as necessidades de

agrupamento da informação coordenada entre o modelo de estrutura e o modelo de

arquitetura, seria conveniente modelar no mesmo piso do modelo as lajes

estruturais que o suportam. Ou seja utilizando o mesmo método de visualização

(vista para baixo) para a modelação dos dois projetos.

É possível através das funcionalidades do programa ArchiCAD combinar a vista de

alguns elementos que compõem o piso acima e abaixo do piso ativo.

Com este método de modelação evitar-se-ia a eventual interpretação dúbia dos

pisos designados nas peças desenhadas, uma vez que ambos teriam o mesmo modo

de representação, sendo mais simples a sua identificação nas diferentes peças.

 Modelação dos vãos com a dimensão de tosco.

Para elaboração das plantas de alvenarias os vãos têm de estar inseridos nas

paredes com a dimensão de projeto acrescida das folgas de assentamento

necessárias.

121
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Uma das formas de possibilitar a utilização dos mesmos vãos nas plantas de limpos

e de toscos seria a criação de um conjunto de vãos no [warehouse] com a inclusão

de um pré-aro com a espessura da folga de assentamento.

 Modelação por cores, dos diferentes tipos de alvenarias, distinguindo os materiais

constituintes e as respetivas espessuras.

De forma a permitir diferenciar nas peças desenhadas as diferentes espessuras de

alvenarias, as tramas e cores utilizadas devem distinguir o tipo de material

constituinte e a espessura dos elementos de alvenaria previstos.

 Tratamento das superfícies de betão aparente para ocultar linhas não necessárias

nas vistas 2D.

Uma das possibilidades para ocultar as linhas indesejadas na representação das

superfícies de betão aparente, relativas à interseção ou descontinuidade do mesmo

objeto de modelação é a criação de um revestimento adicional destas superfícies

com espessura “nula”(alçados sul e nascente, anexos 32 e 36).

 Identificação dos compartimentos nas plantas de arquitetura, eventualmente com a

introdução de um rótulo próprio no modelo.

Em algumas plantas de preparação de obra, é conveniente estarem designados os

diferentes compartimentos. Seria conveniente integrar no modelo de arquitetura

rótulos com a designação dos diferentes compartimentos, que poderiam ainda

indicar outra informação, como a sua área.

 Listagem de tramas e cores identificativas dos diferentes materiais.

Seria importante haver a possibilidade de criar a partir do software, de uma forma

expedita a identificação das tramas representativas dos diferentes materiais, cores e

espessuras das linhas. Esta funcionalidade permitiria alocar legendas nas peças

desenhadas de uma forma mais rápida e eficiente.

122
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

 Ocultação de linhas decorrentes da visualização do topo das placas pré-fabricadas

do revestimento da fachada.

Os topos das placas de betão pré-moldado dos cantos do edifício levam à

visualização de linhas adicionais nestas zonas, que não fazem parte da estereotomia

prevista. Esta situação deixa de ocorrer se as peças que se intersetam no canto do

edifício forem modeladas com esse topo a 45 graus. (verifica-se na intersecção das

fachadas sul e poente)

 Rótulos com a identificação e dimensão das vigas nas plantas estruturais e

respetivos pormenores.

Nas plantas estruturais estão indicados os rótulos de alguns elementos estruturais,

como pilares e paredes e vigas. Seria conveniente indicar em planta também as

dimensões da secção transversal das vigas e pilares.

 Indicação da alteração de secção dos elementos estruturais verticais nas plantas de

cada piso.

Para uma melhor interpretação do posicionamento dos elementos estruturais

verticais em cada piso, a secção com que atingem esse piso e nele se apoiam, deve

ser indicada em planta. Faz parte dos trabalhos a realizar no âmbito da definição

da planta estrutural, a redução da secção dos pilares antes da betonagem da

respetiva laje.

 Modelação dos diferentes revestimentos com cores diferentes.

No modelo deve ser garantido que as tramas e cores representativas dos diferentes

revestimentos, em corte e em vista, não sejam repetidas ou de aparência

semelhante, de modo a evitar interpretações erróneas dos revestimentos previstos.

 Introdução do conceito de revisão e verificação do modelo durante as atividades do

BIM Manager, em obra.

123
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Na conceção inicial do modelo, determinados detalhes importantes para os

elementos de preparação de obra, podem não ter o rigor desejado, uma vez que

para outras atividades de controlo e gestão de obra, como o planeamento e a

extração de quantidades, esse rigor não é relevante. Na atividade de extração das

peças desenhadas, devem ser feitas verificações de consistência da informação

extraída.

Com base na experiência em execução de obra que um BIM Manager deve possuir,

devem ser criadas rotinas de verificação da informação 2D extraída que levem à

deteção de incoerências no conteúdo representado. Essas rotinas de verificação

permitem a revisão e ajustamento da informação do modelo, excluindo a

possibilidade de envio de dados imprecisos para execução dos trabalhos em obra.

124
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 7 – Conclusões

125
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 7. Conclusões

A indústria da construção civil tem um fator de extrema importância, que a distingue das

restantes indústrias e condiciona largamente a sua atividade, que é a realização unitária de

cada produto como se fosse único nas suas características, ao nível da qualidade,

finalidade, intervenientes e demais fatores internos e externos. O processo de execução de

uma dada obra é único e distinto de qualquer outra, ainda que o projeto seja semelhante.

Os processos de fabrico têm que ser estudados e definidos para cada nova empreitada e

para esse efeito é fundamental a adoção de metodologias experimentadas anteriormente,

que permitam aproximar tanto quanto possível a execução da obra de técnicas e

procedimentos padrão já amplamente testados.

A adoção da tecnologia BIM – Building Information Model, no apoio à preparação,

controlo e gestão de obra, permite dar um passo importante no sentido da estandardização

e otimização de processos da indústria AEC.

Com esta nova abordagem é possível conceber o edifício virtualmente, com o nível de

detalhe adequado, e prever exaustivamente os fatores preponderantes que envolverão a sua

execução, antes da mesma se efetivar no terreno.

No que respeita à preparação da obra, com a modelação do edifício nas diferentes

especialidades que o compõem, é colmatada uma das mais importantes atividades de

preparação da obra na sua forma tradicional – a compatibilização dos projetos do edifício.

No decorrer da execução da obra o modelo BIM, torna-se um repositório dinâmico de

informação, que introduzida no modelo se reflete nas peças desenhadas de preparação de

obra já compiladas nos mapas do software.

127
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Com o trabalho inicial de modelação e a sua posterior e contínua atualização é

definitivamente assegurado que as peças desenhadas de preparação de obra extraídas do

modelo tridimensional, em qualquer instante, resultam perfeitamente coordenadas e

compatibilizadas e atualizadas.

Pode-se afirmar que o modelo congrega, agiliza, coordena e compatibiliza automaticamente

toda a informação de projeto numa base única, atualizável a todo o momento.

A informação 2D que é adicionada às vistas dinâmicas do modelo mantém-se útil mesmo

após a atualização automática das alterações que no modelo sejam introduzidas.

Isto garante que o trabalho de elaboração das peças desenhadas de preparação de obra,

com a introdução de informação adicional nas vistas do modelo, é realizado apenas uma só

vez. Ainda que surjam alterações no decurso do processo de execução, o trabalho

desenvolvido nas vistas em 2D, poderá necessitar unicamente de revisão.

O processo de peças desenhadas e respetivos layouts criados a partir do modelo mantêm-se

constantemente atualizados e prontos para serem impressos para as frentes de obra,

consultas ao mercado, subempreiteiros ou outras atividades de gestão e controlo da

empreitada.

128
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 8 – Proposta de trabalhos a

desenvolver no futuro

129
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 8. Proposta de trabalhos a desenvolver no futuro

No presente trabalho foi abordada a metodologia BIM, na fase de execução de obra, com

vista à elaboração de desenhos de suporte da execução dos trabalhos. Nesta mesma fase do

ciclo de vida do empreendimento existem outras potencialidades inerentes ao modelo e a

aplicações periféricas de extração e tratamento de dados, que possibilitam apoiar a

execução de obra noutras áreas.

Sendo esta uma tecnologia emergente na indústria AEC, vislumbra-se essencial nesta fase

a contínua procura e aperfeiçoamento de praticas padrão que otimizem e rentabilizem a

sua implementação.

Nesse sentido, propõem-se trabalhos que procurem aperfeiçoar as praticas atuais nas várias

vertentes de aplicação dos BIM.

Os temas seguintes são exemplos de trabalhos a realizar no âmbito desta filosofia,

procurando agilizar e simplificar a adoção dos BIM na fase de execução da obra.

1. O BIM na gestão de encomendas de materiais durante a execução da obra.

2. O BIM em empreitadas de edifícios pré-fabricados.

3. A aplicação do BIM na gestão económica de subempreitadas.

4. O planeamento e controle da execução de obra apoiada no BIM.

5. O BIM na gestão económica de empreitadas de edifícios.

6. A elaboração de processos de consulta ao mercado com suporte no BIM.

7. A utilização do BIM na implementação e gestão da segurança em obra.

8. Procedimentos padrão no estudo e modelação do projeto de um edifício.

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 9 – Referências bibliográficas

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

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Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

Capítulo 9. Referências Bibliográficas

1. Cardoso JMM. Direcção de Obra - Organização e Controlo. Edição, editor:


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2008.
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9. Bedrick JR. Organizing de Development of a Building Information Model2008
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135
Metodologia BIM aplicada à Preparação, Controlo e Gestão de Obra

17. BluEnt. bluentcad. BluEnt; 2012 [cited 2012 Agosto]; Available from:
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Porto - Secção de Construções Civis; 2011.

136
Anexos
Anexo 1 – MPS [Fonte: Mota-Engil]
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys
Modelo do Sítio
Não Não Sim > Representação simbólica do volume com sólidos Sim > Representação detalhada de volume
Demolições
Não Não Não Sim > Volume em desaterro é modelado co
Escavações subtraido do modelo do terreno

Não Não Não Não

Remediação de especialistas

Sim O requerido para a visualização da envolvente: Sim > Simbolico, representação plana do terreno Sim > Terreno detalhado com inclinações Sim > Terreno detalhado com inclinações
> Simbolico, representação plana do terreno > Terreno inclinado é aproximado com níveis em degrau, se
Caminhos, estradas e
> Terreno inclinado é aproximado com níveis em degrau, se necessário
estacionamentos necessário

Sim O requerido para a visualização da envolvente: Sim > Representação uniforme e simbólica de árvores Sim > Representação uniforme e simbólica de árvores Sim > Representação detalhada dos difere
> Representação uniforme e simbólica de árvores com a melhor correspondência da bibli
Paisagismo > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado

Sim O requerido para a visualização da envolvente: Sim > Representação simbólica com sólidos Sim > Representação simbólica com sólidos Sim > Representação detalhada com a mel
> Representação simbólica com sólidos biblioteca de objectos
Vedações/Portões > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado
Sim O requerido para a visualização da envolvente: Sim > Representação simbólica dos elementos principais de Sim > Representação simbólica dos elementos principais de Sim > Representação detalhada com a mel
> Representação simbólica dos elementos principais de mobiliário com blocos mobiliário com blocos biblioteca de objectos
Equipamentos e Mobiliário urbano mobiliário com blocos > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado
Sim O requerido para a visualização da envolvente: Sim > Representação simbólica com blocos Sim > Representação simbólica com blocos Sim > Representação detalhada de volume
Edifícios menores > Representação simbólica com blocos

Não Não Sim > Edifícios existentes são modelados como volumes Sim > Edifícios existentes são modelados c
simbólicos simbólicos
> Trabalhos novos em construções existentes deverão > Trabalhos novos em construções exi
Trabalho em edifícios existentes corresponder ao detalhe dos elementos individuais em LOD corresponder ao detalhe dos elemento
300, conforme abaixo especificado 400, conforme abaixo especificado

vicosubsys Sistema vicosubsys Sistema vicosubsys Sistema vicosubsys Sistema


Redes externas e enterradas
Drenagem Não Não Não Sim > Representação detalhada

Redes públicas Não Não Sim >Apenas os principais cabos e tubagens Sim > Apenas os principais cabos e tubage
Não Não Não Sim > Representação detalhada com a mel
biblioteca de objectos
Iluminações exterior > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado
Segurança exterior Não Não Não Não
Não Não Sim > Representação simbólica com sólidos Sim > Representação detalhada com a mel
biblioteca de objectos
Substações e Transformadores > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado
Sistema Sistema Sistema Sistema
Modelo Estrutural
vicosubsys Subsistema vicosubsys Subsistema vicosubsys Subsistema vicosubsys Subsistema
Fundações e Caves
Não Não Não Não
Escavação

Sim > Substruturas em betão distintas são modeladas com Sim > Todos os subtipos estruturais são modelados com a Sim > Todos os subtipos estruturais são modelados com a Sim > Todos os subtipos estruturais são m
dimensões e formas genéricas uniformes respectiva geometria rectangular respectiva geometria rectangular verdadeira geometria 3D
> Representação simbolica de estacas, maciços e fundações > Não existe diferenciação de tipos, todos os componentes > Componentes semelhantes são divididos em subtipos > Componentes semelhantes são dividi
contínuas semelhantes são modelados com IDs uniformes baseados nos mapas respectivos e marcados com IDs únicos baseados nos mapas respectivos e ma
> Lajes de fundação contínua e lajes de enrocamento são > Topos inclinados são modelados co
Elementos Estruturais em Betão
modeladas como sólidos nivelados
> Degraus de fundações e lajes não são considerados quando
são inferiores a 1.00m
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
Sim > Modelado como um sólido contínuo, com uma dimensão e Sim > Todos os subtipos estruturais são modelados com a Sim > Todos os subtipos estruturais são modelados com a Sim > Paineis individuais são modelados co
forma genérica respectiva geometria rectangular respectiva geometria rectangular geometria rectangular
> Não existe diferenciação de tipos, todos os componentes > Componentes semelhantes são divididos em subtipos > Paineis são divididos em subtipos ba
Estruturas em paineis pré-
semelhantes são modelados com IDs uniformes baseados nos mapas respectivos e marcados com IDs únicos respectivos e marcados com IDs único
fabricadas

Sim > Diferentes tipos de elementos metálicos estruturais são Sim > Os componentes são modelados de acordo com o seu tipo Sim > Os elementos são modelados com os seus respectivos e Sim > Os elementos são modelados com o
modelados com dimensões e formas genéricas e uniformes de secção, mas com dimensões uniformes (p.e. IPNs serão individuais perfis e dimensões, e são marcados com os individuais perfis e dimensões, e são m
> Representação simbólica das principais pilares e asnas, modelados com o mesmo tipo genérico de IPNs que seja o respectivos IDs únicos respectivos IDs únicos
vigas que suportam lajes são excluidas mais aproximado da média), e são marcados com IDs > Todas as colunas, vigas, asnas e travamentos são > Todas as colunas, vigas, asnas e tra
> Asnas são modeladas como sólidos uniformes modelados modelados
Pilares e vigas metálicas > Inclinações inferiores a 15º são ignoradas > Os componentes são modelados de centro a centro > As asnas são modeladas com o elemento de biblioteca mais > As asnas são modeladas com o elem
estruturais >Apenas as colunas, vigas e asnas principais serão adequado - se não existir um objecto desses, as asnas são adequado - se não existir um objecto d
modeladas modeladas com um perfil composto que traduza a secção da modeladas com um perfil composto qu
> Asnas são modeladas como sólidos asna asna
> Inclinações inferiores a 5º são ignoradas

Não Não Sim > Os elementos são modelados com os seus respectivos e Sim > Os elementos são modelados com o
individuais perfis e dimensões, e são marcados com os individuais perfis e dimensões, e são m
Elementos metálicos estruturais respectivos IDs únicos respectivos IDs únicos
> Apenas as amarrações principais são modeladas > Apenas as amarrações principais sã
secundários
> Todas as amarrações incluidas são modeladas com a > Todas as amarrações incluidas são
inclinação exacta inclinação exacta

Não Não Não Sim > Chapas de base são modeladas com
verdadeira e marcadas com ID único d
Chapas de base > Chapas de base são modeladas do t
pilar

Argamassa selante Não Não Não Não

Não Não Não Sim > Chapas de ligação individuais são m


geometria 3D verdadeira e são marcad
correspondente
Chapas de ligação

Recobrimento de protecção ao Não Não Não Não


fogo
Caixa de protecção ao fogo Não Não Sim > Corresponde ao LOD 300 das paredes e tectos interiores Sim > Corresponde ao LOD 400 das pared
Sim > Diferentes tipos de elementos estruturais de madeira são Sim > Diferentes tipos de elementos estruturais de madeira são Sim > Os elementos são modelados com os seus respectivos e Sim > Os elementos são modelados com o
modelados com dimensões e formas genéricas e uniformes modelados com dimensões e formas genéricas e uniformes individuais perfis e dimensões, e são marcados com os individuais perfis e dimensões, e são m
> Representação simbólica das principais pilares e asnas, > Os componentes são modelados de centro a centro respectivos IDs únicos respectivos IDs únicos
vigas que suportam lajes são excluidas >Apenas as colunas, vigas e asnas principais serão > Todas as colunas, vigas, asnas e travamentos são > Todas as colunas, vigas, asnas e tra
> Asnas são modeladas como sólidos modeladas modelados modelados
> Inclinações inferiores a 15º são ignoradas > Asnas são modeladas como sólidos > As asnas são modeladas com o elemento de biblioteca mais > As asnas são modeladas com o elem
Estrutura de madeira > Inclinações inferiores a 5º são ignoradas adequado - se não existir um objecto desses, as asnas são adequado - se não existir um objecto d
modeladas com um perfil composto que traduza a secção da modeladas com um perfil composto qu
asna asna

vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys


Pisos superiores
Sim > Modeladas com dimensões e formas genéricas uniformes Sim > Lajes são modelados com a respectiva geometria Sim > Lajes são modelados com a respectiva geometria Sim > Todos os subtipos estruturais são m
> Degraus de lajes não são considerados quando são rectangular rectangular verdadeira geometria 3D
inferiores a 1.00m > Não existe diferenciação de tipos, todos os componentes > Componentes semelhantes são divididos em subtipos > Componentes semelhantes são dividi
Lajes em betão > Inclinações inferiores a 15º são ignoradas semelhantes são modelados com IDs uniformes baseados nos mapas respectivos e marcados com IDs únicos baseados nos mapas respectivos e ma
> Apenas as aberturas grandes são modeladas > Apenas as aberturas grandes são modeladas > Topos inclinados são modelados co

Sim > Modeladas com dimensões e formas genéricas uniformes Sim > Lajes são modelados com a respectiva geometria Sim > Lajes são modelados com a respectiva geometria Sim > Todos os subtipos estruturais são m
> Representação simbólica das colunas, vigas e paredes rectangular (chapa não é modelada separadamente) rectangular (chapa não é modelada separadamente) respectiva geometria rectangular
principais > Não existe diferenciação de tipos, todos os componentes > Componentes semelhantes são divididos em subtipos > Chapa metálica é modelada com ver
> Degraus de lajes não são considerados quando são semelhantes são modelados com IDs uniformes baseados nos mapas respectivos e marcados com IDs únicos > Componentes semelhantes são dividi
inferiores a 1.00m > Apenas as aberturas grandes são modeladas > Apenas as aberturas grandes são modeladas baseados nos mapas respectivos e ma
Laje em betão sobre chapa > Inclinações inferiores a 15º são ignoradas > Topos inclinados são modelados co
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos
Varandas

Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos
Rampas

Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos
Mezzanines

vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys


Cobertura
Sim > Coberturas planas correspondem ao LOD de pisos Sim > Coberturas planas correspondem ao LOD de pisos Sim > Coberturas planas correspondem ao LOD de pisos Sim > Coberturas planas correspondem ao
emelhantes emelhantes emelhantes emelhantes
Elementos Estruturais > Coberturas inclinadas correspondem ao LOD da estrutura > Coberturas inclinadas correspondem ao LOD da estrutura > Coberturas inclinadas correspondem ao LOD da estrutura > Coberturas inclinadas correspondem
metálica/madeira metálica/madeira metálica/madeira metálica/madeira
Armaduras Não Não Não Não
Cofragens Não Não Não Não
Não Não Não Sim > Chapas de ligação individuais são m
geometria 3D verdadeira e são marcad
correspondente
Ligações

Recobrimento de protecção ao Não Não Não Não


fogo
Caixa de protecção ao fogo Não Não Sim > Corresponde ao LOD 300 das paredes e tectos interiores Sim > Corresponde ao LOD 400 das pared
Não Sim > Corresponde ao LOD da estrutura metálica/madeira Sim > Corresponde ao LOD da estrutura metálica/madeira Sim > Corresponde ao LOD da estrutura m
Acabamentos
Sim > Apenas modeladas se visíveis do exterior Sim > Representação genérica Sim > Representação detalhada com a melhor correspondência da Sim > Representação detalhada com a mel
> Representação simbólica do volume > Inclinações inferiores a 5º são ignoradas biblioteca de objectos biblioteca de objectos
Claraboias > Inclinações inferiores a 15º são ignoradas > Modelado com sólido simbólico caso não exista nenhum > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado componente de biblioteca adequado

Sim > Apenas modeladas se visíveis do exterior Sim > Modeladas como um sólido contínuo, com uma dimensão e Sim > Modeladas como sólidos contínuos com as dimensões Sim > Representação detalhada com a mel
> Modeladas como um sólido contínuo, com uma dimensão e forma genéricas respectivas e marcadas com um ID único correspondente biblioteca de objectos
Grelhas de equipamentos forma genéricas > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado

Não Não Sim > Representação genérica Sim > Representação detalhada com a mel
biblioteca de objectos
Caleiras e tubos de queda > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado

Não Não Não Sim > Modelados como um perfil complexo


perto à geometria 3D real
Remates de platibandas

Não Não Sim > Representação genérica Sim > Representação detalhada com a mel
biblioteca de objectos
Chaminés > Modelado com sólido simbólico caso
componente de biblioteca adequado

vicosubsys vicosubsys vicosubsys


Escadas
Sim > Aproximação simbólica com sólidos inclinados e de nível Sim > Lanços e patamares de escadas modelados com um único Sim > Lanços e patamares de escadas são modelados Sim > Lanços e patamares de escadas são
elemento, com o objecto de bibliteca mais adequado separadamente, com o componente de biblioteca mais separadamente, com o componente de
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são adequado e marcados com um ID único correspondente adequado e marcados com um ID únic
Escadas exteriores e fugas de marcados com ID uniforme > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic
emergência

Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de Pavimentos
Rampas interiores
Estrutura de escada Não Não Sim > Corresponde ao LOD da estrutura metálica/madeira Sim > Corresponde ao LOD da estrutura m
Não Não Sim > Modeladas como sólidos contínuos Sim > Modeladas com o elemento da biblioe
> Modelado com solido contínuo se ne
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
vicosys vicosys vicosys vicosys
Modelo arquitectónico
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Envelope
Sim > Todas as fachadas cortina são mdeladas como um sólido Sim > Todas as fachadas cortina são modeladas com a respectiva Sim > Todas as fachadas cortina são modeladas com a respectiva Sim > Todas as fachadas cortina são mode
contínuo, com uma dimensão e forma genérica geometria rectangular, como paredes contínuas geometria rectangular, como paredes contínuas geometria rectangular, como paredes c
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são > Almofadas e panos de vidro são modelados separadamente > Almofadas e panos de vidro são mod
marcados com ID uniforme > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
Fachada cortina nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic

Não Não Não Sim > Modelada com perfil simplificado


Estrutura da fachada cortina
Sim > Modelado como fazendo parte da parede exterior Sim > Modelado como fazendo parte da parede exterior Sim > Modelado como fazendo parte da parede exterior Sim > Revestimentos das paredes são mod
independentemente das camadas estru
compostos
Revestimento exterior de paredes > Todos os revestimentos são modela
geometria 3D respectiva
> Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID únic
Estrutura metálica de revestimento Não Não Não Sim > Modelada com perfil simplificado
exterior
Sim > Modelado como um sólido contínuo, com dimensões e Sim > Modelado como um sólido contínuo, com dimensões e Sim > Modelado com o elemento de biblioteca mais adequado Sim > Modelado com o elemento de bibliote
formas genéricas formas genéricas > Modelado com solido simbolico se não existir elemento de > Modelado com solido simbolico se nã
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são biblioteca adequado biblioteca adequado
gradeamentos exteriores marcados com ID uniforme > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic

Sim > Modelado com sólidos contínuos, juntamente com restantes Sim > Modelado como um sólido contínuo, com dimensões e Sim > Paredes de varandas terão LOD correspondente aos das Sim > Paredes de varandas terão LOD corr
paredes exteriores formas genéricas paredes semelhantes paredes semelhantes
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são > Corrimãos são modelados com elementos de biblioteca mais > Corrimãos são modelados com elem
marcados com ID uniforme adequados adequados
Parapeito de varanda e corrimãos > Modelado com solido simbolico se não existir elemento de > Modelado com solido simbolico se nã
biblioteca adequado biblioteca adequado
> Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic

Sim > Modelado com sólidos continuos e/ou com superficies Sim > Modelado como um sólido contínuo, com dimensões e Sim > Modelado com o elemento de biblioteca mais adequado Sim > Modelado com o elemento de bibliote
topográficas simplificadas, com formas e dimensões formas genéricas > Modelado com solido simbolico se não existir elemento de > Modelado com solido simbolico se nã
Elementos de sombreamento genéricas > Não há diversificação de tipos, todos os elementos são biblioteca adequado biblioteca adequado
exteriores marcados com ID uniforme > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic

Barreira de vapor Não Não Pode ser quantificado sem modelação Não Sim > Modelado como uma camada única s

Parede de parapeito Sim > Modelado como parede genérica exterior Sim > Corresponde ao LOD de paredes semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de paredes semelhantes Sim > Corresponde ao LOD de paredes se
Não Não Não Sim > Modelado com um perfil composto qu
à verdadeira geometria 3D
Remates

vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys


Janelas e portas
Sim > Representação genérica das montras principais Sim > Representação genérica das montras principais Sim > Todos os tipos são modelados com a respectiva geometria Sim > Todos os tipos são modelados com a
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são rectangular, mas sem a geometria verdadeira do caixilho rectangular, mas sem a geometria verd
marcados com ID uniforme > Modelado com objecto da biblioteca optimizado > Modelado com objecto da biblioteca o
> Parapeitos, batentes e ferragens não são modeladas > Ferragens não são modeladas
Janelas > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Todos os items recebem um ID indivi
nos mapas de e marcados com ID único mapa

Sim > Representação genérica das entradas principais Sim > Representação genérica das entradas principais Sim > Todos os tipos são modelados com a respectiva geometria Sim > Todos os tipos são modelados com a
> Não há diversificação de tipos, todos os elementos são rectangular, mas sem a geometria verdadeira do caixilho rectangular, mas sem a geometria verd
marcados com ID uniforme > Modelado com objecto da biblioteca optimizado > Modelado com objecto da biblioteca o
Portas > Parapeitos, batentes e ferragens não são modeladas > Ferragens não são modeladas
> Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Todos os items recebem um ID indivi
nos mapas de e marcados com ID único mapa

Não Não Não Sim > Modelada com perfil simplificado


Vergas e padieiras
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Paredes interiores e divisórias
Sim > Apenas as paredes interiores principais (i.e. As que Sim > Modelado como um sólido contínuo, com dimensões e Sim > Todas as paredes são modeladas com a respectiva Sim > Todas as paredes são modeladas co
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
Não Não Não Não
Especial
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Acabamentos de pavimentos
Não Não Não Não
carpete/Vinilico
Não Não Não Não
Mosaicos
Não Não Não Não
Pinturas, selantes, autonivelantes
Não Não Sim > Apenas 50mm ou mais espessa é modelada Sim > Todas as betonilhas são modeladas
> Modelada com a geometria rectangular correspondente real
> Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
Betonilha nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic
> Pequenas aberturas não são modela

Não Não Sim > Modelada com a geometria rectangular correspondente Sim > Modelada com a geometria rectangul
como composição como composição
Pavimento sobre-elevado ou > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic
isolado

Rodapés Não Não Não Não


vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Acabamentos de tectos
Não Sim > Todos os tectos são modelados com a geometria Sim > Todos os tectos são modelados com a geometria Sim > Todos os tectos são modelados com
rectangular correspondente como composição rectangular correspondente como composição rectangular correspondente como com
> Não há diversidade de tipos, todos os componentes > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Camadas de composição são gráfica
similares são marcados com ID uniforme nos mapas de e marcados com ID único > Componentes similares são divididos
Suspensos > Anteparas não são modeladas nos mapas de e marcados com ID únic

Reboco/estuque Não Não Sim > Modelado como composição Sim > Modelado como composição

Decorativo Não Não Não Não


Especial Não Não Não Não
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Compartimentos
Acabamentos gerais Não Sim Zonas de diferentes funções Sim Zonas de diferentes funções Sim Zonas de diferentes funções
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Mobilia e equipamentos
Não Não Sim > Modelado simbólicamente com respectiva geometria Sim > Modelado com o elemento de bibliote
rectangular > Modelado com sólido simbólico se nã
> Componentes similares são divididos em subtipos baseados objecto de biblioteca adequado
Mobiliário fixo nos mapas de e marcados com ID único > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID únic

Não Não Não Não

Mobiliário móvel

Não Não Não Não

Mobiliário "macio"

Não Não Não Não

Obras de arte

Não Não Não Não

Equipamento
Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
Não Não Sim > Modelado com o elemento de biblioteca mais adequado Sim > Modelado com o elemento de bibliote
> Modelado com sólido simbólico se não existir nenhum > Modelado com sólido simbólico se nã
objecto de biblioteca adequado objecto de biblioteca adequado
Outros sistemas de transporte > Componentes similares são divididos em subtipos baseados > Componentes similares são divididos
nos mapas de e marcados com ID único nos mapas de e marcados com ID únic

vicosys vicosys vicosys vicosys


Modelo mecânico
Não Não Sim > Todos os tubos com 2" em diâmetro e acima Sim > Todos os tubos com 3/4" em diâmetr
Tubagens

Não Sim > Todos os ductos verticais localizados nas coretes e apenas Sim > Todos os ductos, incluindo derivações e equipamentos em Sim > Todos os ductos, incluindo runnouts (
os ductos horizontais principais, excluindo derivações linha linha
> Por definição, os ductos horizontais principais são os que
Ductos estão conectados directamente às prumadas localizadas nas
coretes e que possuem um diâmetro ou lado igual ou superios
a 300mm
Acessórios de ductos Não Não Não Sim > Modelado

Conecções a equipamentos Não Não Sim > Modelado Sim > Modelado
individuais
Válvulas Não Não Não Sim > Modelado

Especialidades Não Não Não Não


Suportes e Suspensores Não Não Não Sim > Modelado

Amarrações sísmicas Não Não Não Sim > Modelado

Não Sim > Representação genérica de grandes equipamentos Sim > Representação genérica de grandes equipamentos Sim > Representação genérica de grandes
> Será usado um objecto de biblioteca que mais se aproxime > Será usado um objecto de biblioteca que mais se aproxime > Será usado um objecto de biblioteca
do projecto - se não existir nenhum objecto adequado, será do projecto - se não existir nenhum objecto adequado, será do projecto - se não existir nenhum obj
utilizada uma caixa com a dimensão geral do euipamento com utilizada uma caixa com a dimensão geral do euipamento com utilizada uma caixa com a dimensão ge
Equipamento as coneccções com as dimensões, quantidades e as coneccções com as dimensões, quantidades e as coneccções com as dimensões, qu
localizações correctas para os ductos e/ou canos localizações correctas para os ductos e/ou canos localizações correctas para os ductos

Isolamentos Não Não Sim > Modelado Sim > Modelado

Instrumentos e controlos Não Não Não Sim > Apenas instrumentos e paineis princi
vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys vicosys
Modelo eléctrico
Não Sim > Apenas tabuleiros de cabos principais, excluindo derivações Sim Todos os tabuleiros de cabos, incluindo derivações Sim Todos os tabuleiros de cabos, incluindo
> Por definição, tabuleiros de cabos principais começam nas
Serviço e distribuição coretes, corem principalmente sobre coredores e tê, 300mm
ou mais de largura
Iluminação Não Não Sim Todas as iluminárias, excluindo sinalização Sim Todas as iluminárias e sinalização

Outros sistemas eléctricos Não Não Não Não


Não Sim > Representação genérica de grandes equipamentos Sim > Representação genérica de grandes equipamentos Sim > Representação genérica de grandes
> Será usado um objecto de biblioteca que mais se aproxime > Será usado um objecto de biblioteca que mais se aproxime > Será usado um objecto de biblioteca
do projecto - se não existir nenhum objecto adequado, será do projecto - se não existir nenhum objecto adequado, será do projecto - se não existir nenhum obj
Equipamento utilizada uma caixa com a dimensão geral do euipamento com utilizada uma caixa com a dimensão geral do euipamento com utilizada uma caixa com a dimensão ge
as coneccções com as dimensões, quantidades e as coneccções com as dimensões, quantidades e as coneccções com as dimensões, qu
localizações correctas para os ductos e/ou canos localizações correctas para os ductos e/ou canos localizações correctas para os ductos

vicosys vicosys vicosys vicosys


Modelo de canalizações
Não Não Sim > Equipamentos principais, incluindo sanitas, bidets, urinois, Sim > Incluindo acessórios especiais, gran
lavatórios, banheiras, bases de duche e fontanários, mas Pinha de ralo) mas excluindo acessório
Equipamentos sanitários excluindo acessórios pequenos e especiais Torneiras e toalheiros)

Não Sim > Gravity pipes: Only vertical pipes (4" and above) excluding Sim > Todos os tubos com 2" em diâmetro e acima Sim > Todos os tubos com 3/4" em diâmetr
any run outs.
Tubagens > Pressure pipes: Only vertical main pipes (2" or above located
in shafts).

Conecções a equipamentos Não Não Não Sim > Todos os tubos com 3/4" em diâmetr
individuais
Válvulas Não Não Não Sim > Modelado
Não Não Não Não
Especialidades
Suportes e Suspensores Não Não Não Sim > Modelado

Amarrações sísmicas Não Não Não Sim > Modelado

Não Não Não Sim > Modelado


Nível de Detalhe
Disciplina Muito Baixo (100) [Biz Dev] Baixo (200) Standard (300) Alto (400)
Model Notas Model Notas Model Notas Model Notas
vicosubsys vicosubsys vicosubsys vicosubsys
Equipamento de construção
Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enqua
construção: construção: construção: construção:
> Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com object
Gruas e guindastes existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido

Não Não Não Sim De acordo com solicitação para enqua


construção:
> Representação simbólica com object
Trabalhos temporários existente mais adequado ou sólido

Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enqua
construção: construção: construção: construção:
> Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com object
Distribuição de trabalho / logística existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido

Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enquadramento visual da Sim De acordo com solicitação para enqua
construção: construção: construção: construção:
> Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com objecto de biblioteca > Representação simbólica com object
Estaleiro existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido existente mais adequado ou sólido
Anexo 2 a 17 – Desenhos típicos da

preparação de uma obra na sua forma

tradicional
Anexo 18 a 39 – Desenhos de preparação de

obra extraídos experimentalmente do modelo

BIM [Fonte: Mota-Engil]


1,9
2,
E

3,05
3,58

4,10
0,83

3,17
1,75 2,35 1,65 1,65 1,80 1,75 1,75

3,05

3,05
2,95
1,75
D

1,75

2,95

3,05

3,05
1,20
2,50
1,75
0,10 0,83 1,85 1,85 1,70 1,80
1,88 1,75

1,30

3,50
3,05

2,95
1,75

1,42 0,07
B
1,75

3,15

3,15
1,40

3,50
2,25

0,49
A
1,05

0,93 0,75 0,95


1,75 2,15 1,85 1,85 1,65 1,80 3,29 1,75

01 02 03 04 05

0101
2,27
Cx.Elev.1
S16
E S13
Cx.Elev.1

3,33
8,50
3,67
1,50 1,50
S12 S2 S2
D

8,50
5,50
1,50 1,50
S12 S2 S2
B

5,40
3,90
S10 Cx.Plat.Elev.

A
0,70

0,68 1,30
1,88 1,50 2,75 1,50 3,90 1,55 3,79 1

1,88 5,75 5,20 6,84

01 02 03 04

0102
E

CALEIR

CALEIR
h= 0.32

0,54

0,14
Cx.Elev.1

0,64
Pi003
2,99 0,12 3,73 P21

0,84

4,08
1,59

VE1
C-020 [D-E] C-020 [D-E]

C-015

0,97

C-020
8,50
1,20 1,20
Pi158

1,51

0,54
0,62 1,06

3,94

0,12

VE1
2,97

2,11
P2 P7 CT112,510 P12 P20

C-020
h= 0.45
Pi003 C-002 [D] C-002 [D]
D

2,50

2,38
2,50

0,32 0,60

0,15
0,55 0,27
0,690,19

0,34 0,20
0,11
0,07
0,63
1,06

V31
V31
0,17
0,13 0,12
0,45

V31
0,60

0,40
8,50

0,16

0,50
C-016

0,30

0,50
0,17 0,07 0,65
1,22
0,30
2,50 3,00

C-008 [A-B/8-9]1
3,53

3,11
CT112,510
Pi158 h= 0.45
P1 P6 P11

2,50
0,25

2,16

V31
2,23
0,23

0,20
0,91 0,25 0,25
Cx.Plat.Elev.

C-019

0,35
5,40

0,20
CT112,510
h= 0.25
Cx.Plat.Elev.

Par.4 Par.4 Par.4

A A

V31
LT9

C-019

C-008 [A-B/8-9]1
1,88 5,75 5,20 6,84 5

01 02 03 04 05

+1
0,30

0,28
+112,510
0,25

0,61

0,17 0,20

C-019 1:20 C-021


0201.4
A
B
D

5,40 8,50 8,50


0,17

01
0,62

0,62

0,30

0,16

1,88
5,40 3,53 0,30 1,10 3,41 3,46 1,46 3,58

02
P1
P2
C-002 [D]

5,75

2,22 0,25

2,50
0,91

03
2,50
2,50

M M
0,25

20 20
P6
P7

2,50

C-008 [A-B/8-9]1 M M C-008 [A-B/8-9]1


20 20
5,20
C-002 [D]

0,08
0,13
0,29
0,08

04

M M
0,50 0,03
0,12

20 20
0,84
0,84

0,32 0,60
0,63

0,170,45
P12

P11
C-015 [4-5]

M M
V31.1
20
3,20

20
M M
20 20
0,12 0,55 0,58 0,12
0,20 2,16 3,11 1,61 0,15 2,38 2,37 1,14 0,47 4,39
M M
20 20
6,84

V31.1 V31.1 VE2


V31.1
2,67 2,11 0,25
C-01
2,400
2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400

0,800
2,400
2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400

0202.5

0,800
+108,580

1,200
Piso 0

2,400
0,800 0,320
2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,4
+104,930
Piso -1

+101,810 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,4


Piso -2

+100,000
Fundações
Terreno
0202.3

+108,580
Piso 0 0,250

1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,


1,197 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200

+104,930
Piso -1 0,350

1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,


1,197 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200
+101,810
Piso -2

+100,000
Fundações
Terreno
2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,400 2,40

0202.1
2,76
22,25

101,810

Rampa 3 C

21,75

109,230

1,22 4,40

104,870

104,479

2,67

Rampa 1
h= 0.22

3
h=

0,60
6

1,42
107,297

2
h=
1,42 0.22 1,80

5
0205.1 E1 Piso -1

3
1,26 1,50 1,79
103,830 104,87

1,38
h= 0.22 h=
2

101,75
1,50

h=

1 102,790
1,22

h= 0.22
1,26 1,50 1,79

0205.1 E1 Piso -2
0,762
0,762 0,762
0,762

0,659

0,658

0,659
0,665

0,666

0,665
0,762 0,762

0,760 0,760

0,584
0,659

0,659
0,762

0,862

0,665

0,665

0,590
0,764
0,764

0302
0,
1,082

1,812

3,768
0,735
0,945 5,750 5,172

3,374

2,030
1,430

0,325
B

0,110
0,912 4,699

3,937

0,230
0,330
6,020

_A06
0,936
0,470
2,467 2,163 0,920
75x15
0,230
0,300

20
M
IPE140

IPE200

IPE200

M
UPN

_A06

20
75x15 UPN
HEB200

20
IPE200 IPE200 I

M
M
20

01 02 03

03_
1,082

1,812
0,400
0,735
0,945 5,750 5,172

3,374
1,410

0,325
B

0,110
0,912 4,699

4,873
0,330
6,020

_A06
0,406 VEJ.02.D_2
2,534 2,160 0,920
75x15

20
M
IPE140

IPE200

IPE200

M
_A06

20
75x15
HEB200

20
IPE200 IPE200

M
M
20

01 02 03

03
1,082

1,812
1,072 2,888 5,200

0,500 x 0,503

3,049
1,410

0,325
B

0,110
0,912 4,699

5,198
0,330
2,550

_A06
0,500 x 0,503

0,230
A

_A06
HEB200
IPE200 IPE200

01 02 03

03
P1 P6

VEJ.02.D_2
75x15

20
M
IPE140

IPE200

IPE200

M
UP

20
75x15 UP
HEB200

20
IPE200 IPE200

M
M
20

01 02 03

4.
0,500 x 0,503
B

VEP.06_2

0,500 x 0,503

HEB200
IPE200 IPE200

01 02 03

6.
P1 P6

VEJ.02.D_2
75x15

20
M
IPE140

IPE200

IPE200

M
U

20
75x15 U
HEB200

20
IPE200 IPE200

M
M
20

01 02 03

5.
1,935

2,000
Junta relativa ao topo da placa de betão
pré-moldado da fachada poente.
Será para executar desta forma?

2,065

2,200
1,740 1,159

0,948

P02
P07
P14
P16
P20
VIP.02a.B
VEJ.05.A
VIP.01.2

P1 P6 P1

VEJ.05.D VIP.09.B

VIP.09.C
VEJ.05.D
VIP.06

VEP.12

0.
0405.3
P2 P7 P12 P20

P1 P6 P11

REVPAV02
Piso 0

P03

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