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O líder
Empreendedorismo e Liderança
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, no ambiente organizacional se tem observado uma relevante
mudança no sistema de administração. Um acelerado aumento do número de
aquisições de empresas, fusões e incorporações têm obrigado os empresários a
se preocuparem com novas formas de liderar e empreender.
As empresas atuantes no Brasil têm procurado se destacar de várias formas em
relação as suas concorrentes, fatores como, liderança e empreendedorismo se
tornaram determinantes para o sucesso do negócio.
Para que uma empresa ou departamento venha produzir resultados o
administrador tem um papel fundamental nesse processo. A liderança e o uso
adequado de incentivos para obter motivação são ferramentas que podem
auxiliar na elaboração de metas e resultados que possam satisfazer a todos da
empresa.
Empresas que se destacam, têm em comum uma liderança que se preocupa com
os diversos setores da empresa, com o ambiente organizacional, com o bem-
estar de seus colaboradores, com motivação e a união da equipe por alcançar
os objetivos.
O ato de empreendedorismo vem sendo difundido no Brasil nos últimos anos,
com a economia estável o empreendedor pode como nunca antes atuar em
várias áreas distintas.
A globalização, o aumento do nível de instrução por parte dos empresários, tem
favorecido o surgimento de novos empreendimentos bem-sucedidos, nas
empresas em que o empreendedor é um líder, estas se destacam em relação às
outras.
A liderança com foco no empreendedorismo acarreta ao empresário uma
vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Empresa que se
destaca no cenário nacional e de caráter empreendedor é a Itaú S/A, O senhor
Olavo Egydio Setúbal é conhecido por muitos como um líder, um verdadeiro
empreendedor e visionário.
2 OBJETIVO GERAL
2.1 Relacionar a liderança e o empreendedorismo como diferencial na criação
negócio.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Identificar, conceituar e discutir a liderança;
2. Conceituar e discutir o empreendedorismo;
3. Estabelecer e discutir relações entre o empreendedorismo e a liderança
no atual mundo globalizado, utilizando como exemplo Olavo Egydio
Setubal.
3. JUSTIFICATIVA
A falta de conhecimento das técnicas de liderança e empreendedorismo por
parte dos que administram não cabe na administração globalizada.
Este estudo visa esclarecer a administradores, estudantes, empresários e
interessados de um modo geral, uma visão de como o empreendedorismo aliado
a liderança pode trazer um olhar diferenciado no âmbito empresarial.
A flexibilidade, a criatividade, a tenacidade e a determinação são aspectos
fundamentais para que as empresas se tornem competitivas no mercado, pois,
a liderança e suas técnicas voltadas para o crescimento da empresa são
considerados diferenciais no mercado.
Esse trabalho foi desenvolvido para quem deseja empreender com um foco
na liderança e assim ter um diferencial em uma área competitiva do mercado
no mundo dos negócios.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 LIDERANÇA
Dias et al (2003 p. 175), relatam que, apesar de o líder ter a autoridade formal
para influenciar o comportamento das pessoas, esse controle tem suas
limitações. Por essa razão, cabe analisar a questão do poder quando se busca
implantar as estratégias organizacionais até porque os liderados podem não
aceitar passivamente as ordens do ocupante do cargo ou da função do chefe
que é exercido pelo líder.
Ainda segundo Dias (2003, p. 175), o líder pode exercer o poder por meio das
seguintes formas:
O líder pode ser um perito: isso confere ao líder poder, pois é reconhecido pelos
liderados como capaz de resolver os problemas que estão sob sua
responsabilidade, o que o deixa com mais condição de influenciar as pessoas;
O líder pode ter o controle de informações: também é uma forma de poder, já
que é o líder quem divulga as informações mais importantes e é ele, também,
quem decide sobre a disponibilidade ou não dessas informações aos seus
liderados;
O líder pode tirar vantagens do liderado: este é um tipo de poder meio velado
já que é aquele exercido pelo líder quando pede ao liderado que o forneça em
alguma situação como retribuição a algum favor, feito por ele, para o liderado
no passado;
O líder pode ter influência direta sobre situações que estão relacionadas ao
alcance das metas / objetivos: é o tipo de poder exercido pelo líder quando
modifica a situação em que as pessoas ou grupos trabalham, a fim de que as
estratégias sejam implementadas mais facilmente como, por exemplo, alterar a
posição hierárquica de uma pessoa ou grupo, mudar a estrutura física de pessoas
ou grupo que o apoiam na implantação da estratégia, deixando-os mais
próximos de sua vista;
O líder pode ter carisma: é um tipo de poder exercido pelo líder quando este
possui a capacidade e influenciar os outros por meio de seu magnetismo
pessoal, entusiasmo e convicções fortemente estabelecidas.
Para Bateman e Snell (1998 p. 338), os poderes que um líder exerce sobre seus
liderados são:
· O poder legítimo: O líder com o poder legítimo tem o direito, ou a
autoridade, de dizer aos subordinados o que fazer; os subordinados são
obrigados a obedecer às ordens legítimas;
· Poder sobre recompensas: O líder que tem poder sobre recompensas
influência os outros porque controla recompensa valorizada; as pessoas
obedecem aos desejos do líder para receber essas recompensas;
· O poder de coerção: o líder tem o poder de coerção e o controle sobre as
punições; as pessoas obedecem para evitar essas punições;
· O poder de referência: o líder com poder de referência tem características
pessoais que atraem os outros: as pessoas obedecem devido à admiração, ao
desejo de aprovação, à estima pessoal, ou à vontade de ser apreciadas pelo líder;
· O poder de competência: o líder com poder de competência possui certas
habilidades ou conhecimentos: as pessoas obedecem porque acreditam nessas
habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela.
Robbins (2006 p.374), diz que uma visão completa dos dados nos leva ao
conhecido cenário das vantagens e desvantagens. Seis características parecem
ser constantes na diferenciação dos líderes em relação às outras pessoas. São
elas:
· Ambição, energia,
· Desejo de liderar,
· Honestidade e integridade,
· Autoconfiança, inteligência,
· Conhecimento relevante ao cargo,
· Além disso, surgiu recentemente outra característica, a de
automonitoração, ou seja, altamente flexível para adaptar seu comportamento
a situações diferentes.
As desvantagens: (i) é que as características não fornecem nenhuma garantia.
Algumas características parecem estar associadas com o sucesso como líder,
mas nenhuma delas garante o sucesso, (ii) é que os dados não indicam com
clareza a separação de causa e efeito. Os lideres é que são autoconfiantes.
Para Tejon (2006 p.125) há sete traços que podem ser observados na liderança:
· Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades,
· Administrar o presente enquanto cria o futuro;
· Transformar ameaças em oportunidades;
· Criar paixão por resultados;
· Facilitar o aparecimento de novos líderes;
· Formar equipes integradas e comprometidas;
· Evoluir sempre;
Esses traços são observados em vários líderes que assumem responsabilidades,
além de suas obrigações.
4.1.4 ESTILOS DE LIDERANÇA
Segundo Faria (1997 p. 55), à pelo menos três estilos de liderança: autoritário,
liberal e democrático;
Autoritário: apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do
grupo o líder determina as providências as técnicas para a execução das tarefas,
cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo
imprevisível para o grupo. O líder determina qual tarefa que cada um deve
executar e qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e é pessoal
nos elogios a nas críticas ao trabalhado de cada membro.
Democrático: as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e
assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para
atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário,
passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As
tarefas ganham novas perspectivas com os debates. A divisão das tarefas fica a
critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus
companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo,
em espírito, sem se encarregar muito das tarefas. O líder é objetivo e limita-se
aos fatos em suas críticas e elogios.
Liberal (laissez-faire): há liberdade completa para as decisões grupais, com
participação mínina do líder. A participação do líder no debate é limitada,
apresentando apenas material variado ao grupo, esclarecendo que poderia
fornecer informações desde que as pedissem. Tanto as divisões das tarefas
como a escolha dos companheiros ficam totalmente a cargo do grupo. Absoluta
falta de participação do líder. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou
de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários
irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.
Para Maximiano (2004 p. 313) a autoridade é um tipo específico de habilidade.
A habilidade no uso da autoridade é outro foco importante no estudo da
liderança. Os termos autocracia e democracia, tirados dos termos políticos para
a administração são empregados para definir duas formas (ou estilos) de usar a
autoridade:
· Autocracia: quanto mais concentrado o poder de decisão no líder, mais
autocrático é o seu comportamento ou estilo. Muitas formas de
comportamento abrangem prerrogativas de gerência, como as decisões que
impedem de participar ou aceitar, este estilo pode degenerar e tornar-se
patológico, transformando-se no autoritarismo. Arbitrariedade, despotismo e
tirania, que representam violência contra os liderados.
· Democracia: quanto mais as decisões forem influenciadas pelos
integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os
comportamentos democráticos envolvem alguma espécie de influência ou
participação dos liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade por
parte do dirigente.
Ainda para Maximiano (2004 p.313), esses estilos de liderança colocam dois
comportamentos – autocracia e democracia – como pontos opostos de uma
escala, conforme a figura a baixo:
Dois autores Tannenbaum e Schmidt desenvolveram a ideia de uma régua dos
estilos de liderança, dentro do qual a autoridade do gerente e a liberdade dos
integrantes da equipe combinam-se. Conforme a autoridade se concentra no
líder, a autoridade do liderado diminui, e vice-versa, como mostrado na figura
a baixo.
4.2 EMPREENDEDORISMO
Dornelas (2001, p.37), define o empreendedor como, “aquele que detecta uma
oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele, assumindo riscos
calculados”
Segundo Drucker (1987, p.36), o empreendedor “é aquele que sempre está
buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma oportunidade”.
Dolabela (2003, p. 38), nos traz outra forma essencial ao empreendedorismo,
a capacidade de transformar a ideia em ação, quando propõe o conceito de que
“é empreendedor, em qualquer área, alguém que sonha e busca transformar seu
sonho em realidade”.
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é
dotado de forte sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de
identificar oportunidades que passam despercebidas para os outros. Com todo
esse arsenal transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para o
benefício da organização ou da comunidade. (CHIAVENATO E SAPIRO,
2004, P. 346),
Segundo Bacic e Carpintéro (2003 p.263), que evidencia o empreendedorismo
não sendo uma ação isolada. Deve-se enxergar o empreendedorismo como
resultado de um processo de desenvolvimento econômico, social e cultural,
objetivando cooperação entre empreendedores e não somente ações
empreendedoras isoladas.
Para Araujo (2004 p. 216), o ser empreendedor é marcado pelo espírito de
inovação, e está na busca constante de algo essencialmente novo; não se
satisfazendo em manter seu negócio, quer inovar sempre. Para tanto, porém, é
preciso competência, ou seja, não basta querer inovar, é preciso agir.
Ainda para Araujo o empresário deseja a manutenção de seu negócio, seu lema
é administrar de forma à sobreviver, e note que poder abrir um negócio sem
inovar, ou seja, não sendo uma pessoa empreendedora. Logo abrir um negócio
não é sinônimo de empreendedorismo.
Para Megginson et al (1998, p. 595), o trabalho do empreendedor, envolve
conceber, juntar recursos, organizar e presidir negócios. Apesar de novos
empreendedores começarem pequenos, eles podem acabar ficando grandes e
lucrativos, como o exemplo seguinte:
Cliffs Notes, Inc. começou em 1958, quando Clifiton Hillegass, então com 40 anos,
obteve os direitos de fazer esquemas de 16 peças de Shakespeare. Como era
comprador e vendedor de textos acadêmicos,Hillegass hesitou. Porém, depois
ele tomou emprestado US$ 4.000 do banco e começou a imprimir cópias. Sua
esposa datilografou cerca de 1.000 cartas para livrarias de faculdades em
máquinas portátil e nunca mais olharam para traz. Hoje a Cliffes Notes atinge
80% do mercado, e Hillegass recusou recentemente uma oferta de US$ 70
Milhões por sua empresa.
É comum, que ao se falar de empreendedor se pense imediatamente em
inovação, quebra de paradigmas, ou até mesmo numa pessoa alucinada com
ideias mirabolantes. Os próprios estudiosos tratam a pessoa empreendedora
como um ser inovador. Todavia, veja que o empreendedor é o ser humano que
realiza coisas novas e não necessariamente, aquele que inventa, ou seja, não é
necessário que se construa uma nova organização para ser uma pessoa
empreendedora, basta tornar suas atividades inovadoras, ou melhor, executá-
las de forma jamais vista até o momento (ARAUJO, 2004, P.217).
Para Dolabella (1999, p. 156), uma definição bastante interessante e detalhada
fornecida, diz que a pessoa que empreende é:
· O indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;
· Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos,
seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer
propaganda dos seus produtos e/ ou serviços, agregando novos valores;
· Empregado que introduz inovação em uma organização, provocando o
surgimento de valores adicionais.
Para Ducker (1987, p. 27), nos Estados Unidos, por exemplo, o empreendedor
é freqüentemente definido como aquele que começa o seu próprio negócio. Na
verdade, os cursos de entrepreneurship, são descendente direto dos cursos sobre
como começar o seu próprio negócio, oferecidos há trinta anos atrás, e, em
muitos casos, bastante semelhante.
Dornelas (2007, p.13), cita que características dos empreendedores podem ser
tanto corporativo quanto de “start-up”:
Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos do
empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e na
implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se a
empresas já constituídas, de médio e grande porte, através de treinamentos,
palestras, seminários, workshops e consultorias.
Empreendedorismo de start-up – procura trabalhar com potenciais
empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de desenvolvimento,
através de treinamentos, palestras e consultorias relacionadas ao
empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital de risco.
5 MATERIAL E MÉTODO
6 DISCUSSÃO
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS