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Empreendedorismo e Liderança

Empreender e liderar são duas faces da mesma moeda, pois a ação de


empreendedorismo está diretamente ligada à atitude de liderança que o
indivíduo tem em relação às ações empreendidas para o seu negócio.
A essência do empreendedorismo está ligada à visão holística que a pessoa
possui em relação a uma ideia que pode ser inovadora ou simplesmente
necessária para a melhoria de um processo ou produto já existente, provendo
uma significativa agregação de valor.
Isso ocorre quando o empreendedor faz convergir seus conhecimentos, suas
habilidades e atitudes para esse novo conceito, que, em seu interior, está muito
bem delimitado. Porém, para que toda essa situação obtenha o êxito esperado,
se faz necessário que uma liderança muito significativa venha emergir do
interior para o exterior do indivíduo.
John Maxwell (2000), em O Livro de Ouro da Liderança, afirma que: “A menor
multidão que você vai liderar na vida é você mesmo, mas, se fizer isso bem, isto
te tornará apto a liderar multidões cada vez maiores.”
A liderança é uma competência que começa do simples fato de como lideramos
a nossa própria vida. Um empreendedor lidera a si mesmo e gerencia todas as
demais coisas para a materialização do seu sonho, por esse aspecto é que
entendemos que empreender e liderar estão intrinsicamente relacionados.
A liderança tem como seus aspectos fundamentais o equilíbrio e o bom senso
no trato com as pessoas para que possa conduzi-las ao atingimento das metas e
dos objetivos estabelecidos. Isso ocorre quando desenvolvemos essa habilidade
em nós, a forma como agimos em nossos planejamentos pessoais e
profissionais nos capacitam para o exercício da plena liderança para com as
outras pessoas.
Não podemos esquecer também que um líder empreendedor exerce essa
função, primordialmente, nos colaboradores da empresa, tornando as pessoas
em intraempreendedores, ou seja, empreendedores na sua área laboral,
contribuindo significativamente para o sucesso da sua organização.
Esses aspectos de empreendedorismo e liderança são fundamentais nos dias de
hoje para o alcance da excelência e da sobrevivência corporativa em um
mercado altamente competitivo.
As organizações têm buscado formar os seus lideres com uma visão muito mais
ampliada para o negócio, isso temos visto inclusive em benefícios exclusivos
para seus líderes, por exemplo, empresas que oferecem Stock Options (Ações
na Bolsa de Valores) para esses.
Empreender e liderar, dois aspectos importantes para o sucesso de qualquer
pessoa e de qualquer empresa em qualquer lugar.
ARTIGO: A relação entre empreendedorismo e liderança e por que
andam sempre juntos
Quando pensamos em empreendedorismo e liderança muitas palavras
imediatamente nos vem à cabeça, não é verdade? Existem muitos textos que
tratam o empreendedorismo como o estudo sobre as competências e
habilidades do empreendedor e liderança como sendo a arte da influência.
Para alguns, nem sempre o empreendedor é um líder assim como também nem
sempre um líder é um empreendedor.

Sem aprofundar muito no mérito da questão. Eu entendo que o empreendedor


também possui a necessidade de ser um líder, isto é, de influenciar,
principalmente, porque para transformar a empresa em sucesso precisa antes
de tudo criar certa influência em seus clientes, funcionários, fornecedores e
porque não dizer em seus concorrentes? Então logo, são conceitos com
bastante relação.
Mas para clarear melhor esta afirmação, vamos analisar os conceitos começando
pelo empreendedor.
O empreendedor
É aquele que tem a capacidade de criar algo novo e transformar em realidade,
usando atributos de muita coragem e ousadia. Tem um espirito de muita
resiliência, não se deixa abater por pequenos fracassos, porque seu desejo de
empreender torna-se sua razão de viver, sua causa, e consegue insistir mesmo
quando muitos duvidam de seus sonhos.
Grandes empreendedores são admirados por suas conquistas, seus feitos e
conseguem muitos seguidores durante sua trajetória.

O líder

É aquele que consegue transformar e desenvolver profissionais potenciais em


grandes talentos não somente naquilo que fazem como também em outras áreas
de suas vidas, alguns têm a incrível habilidade de formar novos líderes somente
pelo exemplo.
Mas engana-se que basta ser um bom chefe, elogiando, conseguindo bons
resultados e passar a mão na cabeça e pronto, nasceu um novo líder. Não, liderar
é fazer com que todos entendam a importância que suas ações (corretas)
impactam diretamente no desenvolvimento da empresa e quanto isso possui
importância para seu desenvolvimento pessoal. Em suma, é conscientizar,
motivar sem ser autoritário, conseguindo o que precisa, mas, contribuindo para
o crescimento da empresa, do funcionário e de si próprio.
E, diante de tudo isso, não dá para negar que o líder é também um
empreendedor.
Particularidades entre empreendedorismo e liderança
Empreendedorismo e liderança estão mais relacionados que o simples título
deste artigo, mas também possuem suas particularidades, referentes a aspectos
voltados ao gerenciamento.
O líder possui uma posição de muita responsabilidade dentro da organização,
sua habilidade de solucionar problemas gerenciais e influenciar pessoas fazem
a diferença para o desenvolvimento que a empresa precisa para crescer.
Contudo, possui algumas limitações em razão do cargo que ocupa e da política
organizacional. Por mais que ele enxergue claramente a solução para
determinadas questões, só poderá colocar em prática com o aval de um superior
direto que por vezes é o empreendedor.
Essa limitação gera mais segurança na hora tomar decisões e reduz
consideravelmente que haja erros, o que não significa que não erre, mas tem
mais chances de acertar, já que tende a agir somente depois de algum tempo de
análise das consequências que suas decisões terão na estratégia da empresa.
Já empreendedor erra bastante em relação ao líder, porque não tem medo e é
ousado, mesmo enxergando os riscos vai enfrente mais rapidamente e quando
erra, age o mais rápido possível para tentar solucionar a situação, e vem daí sua
qualidade de solucionar problemas rápidos.
O empreendedorismo anda junto da liderança, não porque o empreendedor
precisa de um braço forte de seu lado, mas porque a liderança é o ponto máximo
do desejo do empreendedor. Porque ser líder de um mercado é um fator muito
importante (diria um dos mais essenciais) para empresa. Porque com a liderança
certa, faz com que processos tenham qualidade, faz com que os funcionários se
sintam mais valorizados e ainda, faz com que o líder tenha um bom
gerenciamento dos dados administrativos, contribuindo para que o
empreendedor alcance mais rápido posicionamento no mercado e
principalmente melhores resultados. Estilos de liderança: Autocrática,
democrática e liberal.
ARTIGO: REDALYC EM PDF
ARTIG: EGEPE EM PDF
VÍDEO: A arte de liderar - Mário Sérgio Cortella
(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WjWeJbOVYP8)

Empreendedorismo e Liderança
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, no ambiente organizacional se tem observado uma relevante
mudança no sistema de administração. Um acelerado aumento do número de
aquisições de empresas, fusões e incorporações têm obrigado os empresários a
se preocuparem com novas formas de liderar e empreender.
As empresas atuantes no Brasil têm procurado se destacar de várias formas em
relação as suas concorrentes, fatores como, liderança e empreendedorismo se
tornaram determinantes para o sucesso do negócio.
Para que uma empresa ou departamento venha produzir resultados o
administrador tem um papel fundamental nesse processo. A liderança e o uso
adequado de incentivos para obter motivação são ferramentas que podem
auxiliar na elaboração de metas e resultados que possam satisfazer a todos da
empresa.
Empresas que se destacam, têm em comum uma liderança que se preocupa com
os diversos setores da empresa, com o ambiente organizacional, com o bem-
estar de seus colaboradores, com motivação e a união da equipe por alcançar
os objetivos.
O ato de empreendedorismo vem sendo difundido no Brasil nos últimos anos,
com a economia estável o empreendedor pode como nunca antes atuar em
várias áreas distintas.
A globalização, o aumento do nível de instrução por parte dos empresários, tem
favorecido o surgimento de novos empreendimentos bem-sucedidos, nas
empresas em que o empreendedor é um líder, estas se destacam em relação às
outras.
A liderança com foco no empreendedorismo acarreta ao empresário uma
vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Empresa que se
destaca no cenário nacional e de caráter empreendedor é a Itaú S/A, O senhor
Olavo Egydio Setúbal é conhecido por muitos como um líder, um verdadeiro
empreendedor e visionário.
2 OBJETIVO GERAL
2.1 Relacionar a liderança e o empreendedorismo como diferencial na criação
negócio.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Identificar, conceituar e discutir a liderança;
2. Conceituar e discutir o empreendedorismo;
3. Estabelecer e discutir relações entre o empreendedorismo e a liderança
no atual mundo globalizado, utilizando como exemplo Olavo Egydio
Setubal.
3. JUSTIFICATIVA
A falta de conhecimento das técnicas de liderança e empreendedorismo por
parte dos que administram não cabe na administração globalizada.
Este estudo visa esclarecer a administradores, estudantes, empresários e
interessados de um modo geral, uma visão de como o empreendedorismo aliado
a liderança pode trazer um olhar diferenciado no âmbito empresarial.
A flexibilidade, a criatividade, a tenacidade e a determinação são aspectos
fundamentais para que as empresas se tornem competitivas no mercado, pois,
a liderança e suas técnicas voltadas para o crescimento da empresa são
considerados diferenciais no mercado.
Esse trabalho foi desenvolvido para quem deseja empreender com um foco
na liderança e assim ter um diferencial em uma área competitiva do mercado
no mundo dos negócios.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 LIDERANÇA

Segundo Robbins (2006, p.371), poucos termos no setor empresarial despertam


tanto debate em torno de sua definição como liderança. Não há dúvida de que
ele é importante.
Ainda, segundo o autor, uma análise sobre as definições de liderança constatam
que são comuns a todas as noções de que os líderes são indivíduos que, por
suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma meta
comum ou compartilhada. Esta definição sugere que a liderança é um processo
de influência.
Para Uris (1972, p 62), liderar envolve algo como prover um significado ao
trabalho que faça com que valha a pena o engajamento dos indivíduos, que esse
significado promove a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance
de participar, com o seu próprio trabalho e esforço, seu desenvolvimento
pessoal.
Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas
são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são importantes e muito
necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes. O líder eficaz não
é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas.
Popularidade não é liderança. Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).
Nas últimas décadas, observou-se uma sistematização de processos após o
termino da segunda guerra mundial, nota-se que o mundo voltou-se para a
reconstrução dos países destruídos. Com isso houve um aprendizado voltado a
manejar objetos e condutas, dinheiro e tempo, equipamentos e máquinas.
Porém, em algum lugar no caminho, perdeu-se a ênfase sobre a liderança.
Esqueceram-se que, embora o comando seja importante, a liderança é que
constrói e mantém as grandes nações e os grandes povos.
Todos nós queremos ser inspirados, motivados e estimulados a fazer o melhor
possível. Nós nos sentimos assim quando somos liderados, não apenas
administrados. Por isso é tão importante distinguir entre comando e liderança.
Administrar: Trabalhar com e por meio das pessoas e dos grupos para alcançar
objetivos organizacionais.
Liderar: influenciar o comportamento humano seja qual for o objetivo.
Segundo Araújo, liderança é o ato de chefiar, comandar e ou orientar qualquer
tipo de ação, gerenciar ou linear ideias. Porém o tempo mostrou que essa
definição merece umas pequenas correções. Hoje, entendemos que chefiar não
implica em liderar. Em outras palavras, liderança é uma forma de orientar, de
fazer com que outros o sigam, de estar em evidência, de assumir
responsabilidades.
Segundo Castilho, liderança é manejar com decisões que nem sempre agradam
às pessoas, é administrar conflitos de interesses, é imprimir novas realidades
que ferem as rotinas, normas, procedimentos e condicionamentos. Saber lidar
com essas resistências é um forte sinal de liderança.
Para Bethel, liderança é influenciar os outros. Para diferenciar e ser líderes
produtivos precisa influenciar os outros a pensar, além de seguir as ideias
propostas. Deve-se dar um exemplo que os outros optarão por aceitar ou não,
é o segredo para conseguir essa escolha é a própria essência da liderança.
Segundo Bennis, líderes assumem o controle, fazem com que as coisas
aconteçam, sonham e depois traduzem esses sonhos em realidade. As pessoas
que são (verdadeiramente) líderes atraem o compromisso voluntário dos
seguidores, os influenciam, e transformam e dotam as empresas com maior
potencial de sobrevivência, crescimento e excelência. Líderes são conhecidos
pelas suas habilidades para solucionar problemas, por serem capazes de projetar
e construir instituições e empresas.
Segundo Castilho, muitas pessoas desejam desenvolver habilidades de liderança,
porém nem sempre é uma tarefa fácil. A condição de líder não é fruto de eleição,
nomeação ou qualquer outro atributo do gênero. Não importa a posição,
classificação, título, idade, nacionalidade, raça, cor ou credo. Nada disso
qualifica ninguém para liderar outras pessoas. O direito de conduzir não é uma
atribuição, é uma conquista que pode levar muitos anos para ser alcançada. Para
se tornar um líder admirado e respeitado não se deve concentrar-se em fazer as
pessoas seguirem você, mas em tornar-se o tipo de pessoa que a maioria queira
seguir.
Para Lacombe, liderança é a forma de conduzir o grupo em um objetivo
comum. Tradicionalmente a liderança superestima a importância da
contribuição do líder, e supõe que a liderança é originária das qualidades
pessoais do líder. Há várias interpretações do que é liderança, mas cada uma
continua a dar explicações incompletas e inadequadas. São mais de 130
definições de liderança e mais de cinco mil estudos sobre suas características, o
que torna praticamente impossível escolher apenas uma como sendo a mais
correta.

4.1.1 CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA

Lacombe, afirma que as características que a liderança defende é a vontade


coletiva; do contrário os líderes não são capazes de mobilizar os liderados à
ação. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer com precisão
o que faz um líder. Ainda assim Lacombe nos apresenta quatro características:
· O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado
futuro possível e desejável da organização;
· O líder deve comunicar a nova visão, saber comunicar de forma
simples e precisa;
· O líder precisa criar confiança por meio do posicionamento,
mostrar coerência, energia, honestidade e coragem. As pessoas confiam em
líderes assim;
· Líderes são aprendizes perpétuos, a aprendizagem é o combustível
essencial para o líder.
Chiavenato, cita que as características de liderança podem ser eminentemente
sociais. Há pessoas capazes de se comunicar e que estão dispostas a contribuir
com a ação conjunta a fim de alcançar um objetivo comum. A disposição de
contribuir com a ação significa, sobretudo, esforço em sacrificar o controle da
própria conduta em benefício da cooperação.
Para Dias, muitos acreditam que por ser a liderança uma questão relevante, as
organizações deveriam definir qual o estilo de liderança que julgam mais eficaz
para si. Entretanto, não é uma questão tão simples, já que se trata de definir
algo que está diretamente relacionado à personalidade de cada pessoa que
exerce o papel de líder. Assim não cabe definir um estilo único, mas sim
compreender cada um dos possíveis estilos e, a partir dessa compreensão,
buscar formas de potencializar os resultados efetivos de suas práticas no âmbito
da organização.
Lacombe, concorda que as características de um líder são:
 Confiança em si: nenhum líder ou candidato a tal inspira mais confiança
em seus liderados ou seguidores potenciais do que a ele mesmo deposita
em si e o demonstra;
 Crença no que faz: os líderes atraem os seguidores por sua fé na
capacidade das pessoas de se adaptar, crescer e aprender;
 Visão clara de onde quer chegar: a criação e a transmissão da visão para
os seguidores são qualidades indispensáveis ao líder;
 Capacidade de comunicação: o bom líder conhece seus seguidores, seus
valores, costumes, necessidades e desejos e fala uma linguagem que eles
entendem;
 Expectativas elevadas e reconhecimento do mérito: os líderes bem-
sucedidos têm níveis elevados de expectativas para si e para seus
seguidores.
4.1.2 PODER NA LIDERANÇA

Segundo Bateman, e Snell, um ponto crucial da liderança é o poder, a


habilidade de influenciar outras pessoas. Nas organizações, isso muitas vezes
significa fazer com que as tarefas sejam realizadas ou atingir as próprias metas
apesar da resistência dos outros.
Ainda o mesmo autor sugere, para uma abordagem mais antiga e ainda útil, para
entender o poder que os líderes têm cinco fontes potenciais importantes de
poder nas organizações.
Os aspecto relativos ou poder no âmbito das organizações estiveram ligados à
questão da liderança. Desta forma quando se assume algum cargo de liderança
na organização, automaticamente leva-se junto à fama de ter o poder.
Considerando esse aspecto, a percepção é que quanto maior for o cargo de
liderança dentro da estrutura hierárquica da empresa, maior também é a fama
de que esse líder possui o poder.
Stevem, usa um modelo interessante para representar o poder nas organizações.
Usa deuses gregos para ilustrar quatro estilos de liderança:
· Zeus, líder forte e carismático. O poder e influência dos indivíduos no
clube ou gangue, pode se dizer, são totalmente dependentes de seu
relacionamento com o líder. Um exemplo são as organizações empresariais
jovens, grupos políticos e empresas de serviços profissionais especializados.
· Apolo, líder altamente estruturado e estável: todos os membros da
organização conhecem suas funções e posições em relação ao poder na
hierarquia. Tornando a liderança um ato de fácil aceitação.
· Atena, talentoso, enérgico e ambicioso. Os indivíduos são reconhecidos
e recompensados de acordo com a maneira como realizam suas tarefas.
· Dionísio, serve principalmente como infraestrutura para a existência e
satisfação dos interesses de seus membros individuais.

Dias et al (2003 p. 175), relatam que, apesar de o líder ter a autoridade formal
para influenciar o comportamento das pessoas, esse controle tem suas
limitações. Por essa razão, cabe analisar a questão do poder quando se busca
implantar as estratégias organizacionais até porque os liderados podem não
aceitar passivamente as ordens do ocupante do cargo ou da função do chefe
que é exercido pelo líder.
Ainda segundo Dias (2003, p. 175), o líder pode exercer o poder por meio das
seguintes formas:
O líder pode ser um perito: isso confere ao líder poder, pois é reconhecido pelos
liderados como capaz de resolver os problemas que estão sob sua
responsabilidade, o que o deixa com mais condição de influenciar as pessoas;
O líder pode ter o controle de informações: também é uma forma de poder, já
que é o líder quem divulga as informações mais importantes e é ele, também,
quem decide sobre a disponibilidade ou não dessas informações aos seus
liderados;
O líder pode tirar vantagens do liderado: este é um tipo de poder meio velado
já que é aquele exercido pelo líder quando pede ao liderado que o forneça em
alguma situação como retribuição a algum favor, feito por ele, para o liderado
no passado;
O líder pode ter influência direta sobre situações que estão relacionadas ao
alcance das metas / objetivos: é o tipo de poder exercido pelo líder quando
modifica a situação em que as pessoas ou grupos trabalham, a fim de que as
estratégias sejam implementadas mais facilmente como, por exemplo, alterar a
posição hierárquica de uma pessoa ou grupo, mudar a estrutura física de pessoas
ou grupo que o apoiam na implantação da estratégia, deixando-os mais
próximos de sua vista;
O líder pode ter carisma: é um tipo de poder exercido pelo líder quando este
possui a capacidade e influenciar os outros por meio de seu magnetismo
pessoal, entusiasmo e convicções fortemente estabelecidas.
Para Bateman e Snell (1998 p. 338), os poderes que um líder exerce sobre seus
liderados são:
· O poder legítimo: O líder com o poder legítimo tem o direito, ou a
autoridade, de dizer aos subordinados o que fazer; os subordinados são
obrigados a obedecer às ordens legítimas;
· Poder sobre recompensas: O líder que tem poder sobre recompensas
influência os outros porque controla recompensa valorizada; as pessoas
obedecem aos desejos do líder para receber essas recompensas;
· O poder de coerção: o líder tem o poder de coerção e o controle sobre as
punições; as pessoas obedecem para evitar essas punições;
· O poder de referência: o líder com poder de referência tem características
pessoais que atraem os outros: as pessoas obedecem devido à admiração, ao
desejo de aprovação, à estima pessoal, ou à vontade de ser apreciadas pelo líder;
· O poder de competência: o líder com poder de competência possui certas
habilidades ou conhecimentos: as pessoas obedecem porque acreditam nessas
habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela.

4.1.3 TRAÇOS DE LIDERANÇAS

Para Bateman e Snell (1998 p. 339), Há três abordagens tradicionais no estudo


da liderança: a que enfoca traços, a que enfoca comportamento e a que focaliza
situações.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre traços de liderança.
No final desse período, observou-se que não é necessário nenhum conjunto
particular de características para que a pessoa se torne líder de sucesso. Em
meados da década de 70, surgiu uma visão mais equilibrada, embora nenhum
traço garanta o sucesso da liderança, certas características são potencialmente
úteis. Nos anos 90 a perspectiva é de que algumas características de
personalidade, muitas das quais não precisam ser inatas, podendo as pessoas
lutar para adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes das outras pessoas
(BATEMAN, SNELL 1998 p.339).
Para Lacombe (2005, p.211), confiança em si, crença no que faz, visão clara de
onde quer chegar, capacidade de comunicação, expectativa elevada e
reconhecimento de mérito são traços que um líder deve se preocupar em
adquirir ou melhorá-los em seu dia a dia. Hoje, já não se fala em liderança como
um traço psicológico, intrínseco a um indivíduo, que alguns têm sorte de ter e
outros não. Na maioria dos livros sobre psicologia industrial encontra-se uma
lista, maior ou menor de traços de liderança que nos falam, por exemplo, que o
líder deve ter inteligência e bom julgamento, discernimento e imaginação,
habilidade em aceitar responsabilidades, senso de humor, personalidade
equilibrada e senso de justiça.
Ainda segundo Bateman e Snell (1998 p.339), há cinco traços de liderança que
devem ser notados:
Empenho; o empenho refere-se a um conjunto de características que refletem
um alto nível de esforço. O empenho inclui alta necessidade de realização,
esforço constante no sentido de melhorar, ambição, alto nível de energia,
tenacidade (persistência em face de obstáculos) e iniciativa.
Motivação de liderança; grandes líderes não têm somente empenho; eles
querem liderar. Têm alta necessidade de poder, preferindo as posições dos
líderes às dos seguidores.
Integridade; a integridade é a correspondência entre ações e palavras.
Honestidade e credibilidade, além de serem em si mesmas características
desejáveis, são especialmente importantes para os líderes, porque esses traços
inspiram a confiança dos outros.
Autoconfiança; a autoconfiança é importante por várias razões. O papel de
líder é desafiador e as contrariedades são inevitáveis. A autoconfiança permite
que o líder supere obstáculos, tome decisões apesar das incertezas e inspire
confiança nos outros. Todas essas qualidades são vitais para a realização da
visão do líder.
Conhecimento do negócio; líderes eficazes têm alto nível de conhecimento
sobre seus setores, empresas e questões técnicas. Os líderes também têm
inteligência para interpretar amplas qualidades de informação. Diplomas de
curso avançados são úteis numa carreira, mas em última instância, menos
importante que a expertise adquirida em questões relevante para a
organização.

Robbins (2006 p.374), diz que uma visão completa dos dados nos leva ao
conhecido cenário das vantagens e desvantagens. Seis características parecem
ser constantes na diferenciação dos líderes em relação às outras pessoas. São
elas:
· Ambição, energia,
· Desejo de liderar,
· Honestidade e integridade,
· Autoconfiança, inteligência,
· Conhecimento relevante ao cargo,
· Além disso, surgiu recentemente outra característica, a de
automonitoração, ou seja, altamente flexível para adaptar seu comportamento
a situações diferentes.
As desvantagens: (i) é que as características não fornecem nenhuma garantia.
Algumas características parecem estar associadas com o sucesso como líder,
mas nenhuma delas garante o sucesso, (ii) é que os dados não indicam com
clareza a separação de causa e efeito. Os lideres é que são autoconfiantes.
Para Tejon (2006 p.125) há sete traços que podem ser observados na liderança:
· Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades,
· Administrar o presente enquanto cria o futuro;
· Transformar ameaças em oportunidades;
· Criar paixão por resultados;
· Facilitar o aparecimento de novos líderes;
· Formar equipes integradas e comprometidas;
· Evoluir sempre;
Esses traços são observados em vários líderes que assumem responsabilidades,
além de suas obrigações.
4.1.4 ESTILOS DE LIDERANÇA
Segundo Faria (1997 p. 55), à pelo menos três estilos de liderança: autoritário,
liberal e democrático;
Autoritário: apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do
grupo o líder determina as providências as técnicas para a execução das tarefas,
cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo
imprevisível para o grupo. O líder determina qual tarefa que cada um deve
executar e qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e é pessoal
nos elogios a nas críticas ao trabalhado de cada membro.
Democrático: as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e
assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para
atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário,
passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As
tarefas ganham novas perspectivas com os debates. A divisão das tarefas fica a
critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os seus
companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo,
em espírito, sem se encarregar muito das tarefas. O líder é objetivo e limita-se
aos fatos em suas críticas e elogios.
Liberal (laissez-faire): há liberdade completa para as decisões grupais, com
participação mínina do líder. A participação do líder no debate é limitada,
apresentando apenas material variado ao grupo, esclarecendo que poderia
fornecer informações desde que as pedissem. Tanto as divisões das tarefas
como a escolha dos companheiros ficam totalmente a cargo do grupo. Absoluta
falta de participação do líder. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou
de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários
irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.
Para Maximiano (2004 p. 313) a autoridade é um tipo específico de habilidade.
A habilidade no uso da autoridade é outro foco importante no estudo da
liderança. Os termos autocracia e democracia, tirados dos termos políticos para
a administração são empregados para definir duas formas (ou estilos) de usar a
autoridade:
· Autocracia: quanto mais concentrado o poder de decisão no líder, mais
autocrático é o seu comportamento ou estilo. Muitas formas de
comportamento abrangem prerrogativas de gerência, como as decisões que
impedem de participar ou aceitar, este estilo pode degenerar e tornar-se
patológico, transformando-se no autoritarismo. Arbitrariedade, despotismo e
tirania, que representam violência contra os liderados.
· Democracia: quanto mais as decisões forem influenciadas pelos
integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os
comportamentos democráticos envolvem alguma espécie de influência ou
participação dos liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade por
parte do dirigente.
Ainda para Maximiano (2004 p.313), esses estilos de liderança colocam dois
comportamentos – autocracia e democracia – como pontos opostos de uma
escala, conforme a figura a baixo:
Dois autores Tannenbaum e Schmidt desenvolveram a ideia de uma régua dos
estilos de liderança, dentro do qual a autoridade do gerente e a liberdade dos
integrantes da equipe combinam-se. Conforme a autoridade se concentra no
líder, a autoridade do liderado diminui, e vice-versa, como mostrado na figura
a baixo.

4.2 EMPREENDEDORISMO

Dornelas (2001, p.37), define o empreendedor como, “aquele que detecta uma
oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele, assumindo riscos
calculados”
Segundo Drucker (1987, p.36), o empreendedor “é aquele que sempre está
buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma oportunidade”.
Dolabela (2003, p. 38), nos traz outra forma essencial ao empreendedorismo,
a capacidade de transformar a ideia em ação, quando propõe o conceito de que
“é empreendedor, em qualquer área, alguém que sonha e busca transformar seu
sonho em realidade”.
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é
dotado de forte sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de
identificar oportunidades que passam despercebidas para os outros. Com todo
esse arsenal transforma ideias em realidade, para benefício próprio e para o
benefício da organização ou da comunidade. (CHIAVENATO E SAPIRO,
2004, P. 346),
Segundo Bacic e Carpintéro (2003 p.263), que evidencia o empreendedorismo
não sendo uma ação isolada. Deve-se enxergar o empreendedorismo como
resultado de um processo de desenvolvimento econômico, social e cultural,
objetivando cooperação entre empreendedores e não somente ações
empreendedoras isoladas.
Para Araujo (2004 p. 216), o ser empreendedor é marcado pelo espírito de
inovação, e está na busca constante de algo essencialmente novo; não se
satisfazendo em manter seu negócio, quer inovar sempre. Para tanto, porém, é
preciso competência, ou seja, não basta querer inovar, é preciso agir.
Ainda para Araujo o empresário deseja a manutenção de seu negócio, seu lema
é administrar de forma à sobreviver, e note que poder abrir um negócio sem
inovar, ou seja, não sendo uma pessoa empreendedora. Logo abrir um negócio
não é sinônimo de empreendedorismo.
Para Megginson et al (1998, p. 595), o trabalho do empreendedor, envolve
conceber, juntar recursos, organizar e presidir negócios. Apesar de novos
empreendedores começarem pequenos, eles podem acabar ficando grandes e
lucrativos, como o exemplo seguinte:
Cliffs Notes, Inc. começou em 1958, quando Clifiton Hillegass, então com 40 anos,
obteve os direitos de fazer esquemas de 16 peças de Shakespeare. Como era
comprador e vendedor de textos acadêmicos,Hillegass hesitou. Porém, depois
ele tomou emprestado US$ 4.000 do banco e começou a imprimir cópias. Sua
esposa datilografou cerca de 1.000 cartas para livrarias de faculdades em
máquinas portátil e nunca mais olharam para traz. Hoje a Cliffes Notes atinge
80% do mercado, e Hillegass recusou recentemente uma oferta de US$ 70
Milhões por sua empresa.
É comum, que ao se falar de empreendedor se pense imediatamente em
inovação, quebra de paradigmas, ou até mesmo numa pessoa alucinada com
ideias mirabolantes. Os próprios estudiosos tratam a pessoa empreendedora
como um ser inovador. Todavia, veja que o empreendedor é o ser humano que
realiza coisas novas e não necessariamente, aquele que inventa, ou seja, não é
necessário que se construa uma nova organização para ser uma pessoa
empreendedora, basta tornar suas atividades inovadoras, ou melhor, executá-
las de forma jamais vista até o momento (ARAUJO, 2004, P.217).
Para Dolabella (1999, p. 156), uma definição bastante interessante e detalhada
fornecida, diz que a pessoa que empreende é:
· O indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;
· Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos,
seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer
propaganda dos seus produtos e/ ou serviços, agregando novos valores;
· Empregado que introduz inovação em uma organização, provocando o
surgimento de valores adicionais.
Para Ducker (1987, p. 27), nos Estados Unidos, por exemplo, o empreendedor
é freqüentemente definido como aquele que começa o seu próprio negócio. Na
verdade, os cursos de entrepreneurship, são descendente direto dos cursos sobre
como começar o seu próprio negócio, oferecidos há trinta anos atrás, e, em
muitos casos, bastante semelhante.

4.2.1 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS

O empreendedor tem como características a iniciativa, autonomia,


autoconfiança, necessidade de realização, perseverança e tenacidade para vencer
obstáculos, capacidade de se dedicar ao trabalho e concentrar esforços para
alcançar resultados com comprometimento no que acha certo. (DOLABELA,
1999, p. 89).
Segundo Falcão (2008), há pelo menos quatro motivos ou características para o
empreendedorismo:
· Há empreendedorismo por necessidade;
· Empreendedorismo por vocação;
· O empreendedorismo inercial;
· O empreendedorismo pelo conhecimento.
Dolabela (2003, p.32), enfatiza o caráter cíclico e de autodesenvolvimento
presente no empreendedorismo quando escreve que:
“Empreender é essencialmente um processo de aprendizagem proativa, em que
o indivíduo constrói e reconstrói ciclicamente a sua representação do mundo,
modificando a si mesmo e ao seu sonho de auto realização em processo
permanente de auto avaliação e autocriação”.

Segundo Maximiano (2009, p.65), inovação, riscos e criatividade são


características associadas ao empreendedor, pessoa que está disposta a aplicar
seus recursos em um novo negócio, sem ter garantias de sucesso ou retorno.
Esse era o perfil que os novos colaboradores da 3M deveriam ter, essa empresa
era um exemplo de ambiente favorável a esse tipo de profissional.
Para Denger (2005 p.10), certas características podem ser observadas em
empreendedores de sucesso, são elas:
· A necessidade de realizar, ser empreendedor significa ter, acima de tudo,
a necessidade de realizar coisas novas;
· A disposição para assumir riscos, nem todas as pessoas têm mesma
disposição para assumir riscos. Essa disposição é um fator de diferenciação dos
empreendedores.
Essas características podem ser observadas na maioria dos empreendedores.
Segundo Araujo (2004, p.219), para entender melhor o que significa ser
empreendedor, segue algumas características marcantes que são essenciais:
· Arrojado: define metas desafiadoras, visão clara no longo prazo e
objetivos de curto prazo mensuráveis, é calculista possui metas claramente
definidas e sabe exatamente onde quer chegar, e como;
· Autoconfiante: a pessoa empreendedora acredita em si, fato que faz a
pessoa se arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras,
enfim, torna-a mais empreendedora;
· Busca informação: sempre buscar saber mais e mais, é preciso saber
também filtrar os dados de forma a transformá-los em informações úteis para
o sucesso da organização;
· Busca oportunidades: a pessoa empreendedora está sempre buscando
novas oportunidades e uma forma de aproveitá-las;
· Capaz de persuadir: como verdadeiro líder, possui alta capacidade de
influenciar ou persuadir os outros com bons argumentos, de forma a fazer de
seus objetivos os objetivos comuns;
· Comprometido: é a característica da pessoa empreendedora estar
envolvido de corpo e alma em seus projetos; para tanto não mede esforços e
exerce sacrifícios pessoais para realização dos projetos.
· Exigente: sendo uma pessoa extremamente exigente consigo mesma,
busca fazer sempre o melhor;
· Inovador: busca realizar suas tarefas de maneira nunca jamais vista, sendo
uma característica marcante essa busca pelo essencialmente novo;
· Negociador: negociar nos limites não é para qualquer um;
· Otimista: é importante que não se confunda o otimista com um sonhador;
pelo contrário, o otimista é alguém que acredita nas possibilidades que o mundo
oferece, acredita na possibilidade de solução, no potencial de desenvolvimento;
· Persistente: deve ser capaz de persistir até que os obstáculos sejam
superados e tudo comece a funcionar adequadamente.
Essas são as características que podem ser determinantes para se tornar um
empreendedor de sucesso ou mesmo um empresário com a mente voltada para
o empreendedorismo.
Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características dos
empreendedores são de pessoas populares do mundo dos negócios. Fornecem
empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não
são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mais fontes de
energia que assumem riscos inerentes em uma economia em mudanças,
transformação e crescimento.
Segundo o Relatório do SEBRAE (2009), as características dos
empreendedores são complementadas aos atributos presentes:
· Saber aproveitar oportunidades: o empreendedor tem que estar sempre
atento e ser capaz de perceber o momento certo para dinamizar as
oportunidades de negócio que o mercado oferece;
· Conhecer o mercado: quanto maior for o seu conhecimento sobre o
mercado, maiores serão as suas chances de êxito na atividade. Se o indivíduo
não possui nenhuma experiência no setor é necessário aprender através de
livros, cursos ou conversando com empresários;
· Ser organizado: o empreendedor deve ter senso de organização e
capacidade de utilizar recursos humanos, materiais e financeiros de forma lógica
e racional. A organização leva a execução de um trabalho mais eficiente,
economizando tempo e dinheiro;
· Saber tomar decisões: o empreendedor deve tomar decisões corretas, para
isso, precisa estar bem informado, analisar friamente as situações, avaliá-las e
assim, ter maiores chances de escolher a solução mais adequada;
· Liderança: saber definir objetivos, orientar a realização, combinar
métodos e procedimentos práticos, incentivar pessoas e motivá-las, ter
relacionamento equilibrado com empregados, tudo isso é fundamental para que
o empreendedor atinja o sucesso;
· Ter talento: todas as características relacionadas são importantes, mas esta
é fundamental, pois com ela, o indivíduo transforma simples ideias em negócios
lucrativos;
· Ser otimista: nunca perder as esperanças é uma característica forte dos
empreendedores de sucesso.

Dornelas (2007, p.13), cita que características dos empreendedores podem ser
tanto corporativo quanto de “start-up”:
Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos do
empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e na
implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se a
empresas já constituídas, de médio e grande porte, através de treinamentos,
palestras, seminários, workshops e consultorias.
Empreendedorismo de start-up – procura trabalhar com potenciais
empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de desenvolvimento,
através de treinamentos, palestras e consultorias relacionadas ao
empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital de risco.

4.3 LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO

Para Jordão (2010), o empreendedor precisa atentar para o fato de que a


presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal
é que procure desenvolver habilidades de liderança caso não seja um líder nato.
É necessário que tenha alguém para conduzir o grupo de onde está até onde
precisa estar. Para fazer com que a equipe faça voluntariamente o que precisa
ser feito. Para extrair o melhor de cada colaborador e com isso conseguir obter
os resultados positivos. Os pequenos empresários costumam cometer alguns
erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre
eles são:
Não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes falta
para buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades;
Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu negócio e gastam mais do que
podem;
Contratam pessoas que não são adequados às funções. Não é proibido contratar
amigo ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para a função;
Adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente;
Não suprem seus colaboradores e a si mesmos com os treinamentos
necessários. Não têm uma política de treinamentos e;
Assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir;
Esquecem que os clientes são o maior patrimônio das empresas. Todos os
colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o
patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao fracasso.
Segundo Pinheiro (2009), a liderança empreendedora, que produz inovações e
incrementa a transformação do mundo, não conhece fronteiras. Ela globaliza
culturas, valores e moldam novos cidadãos, capazes de gerar seus próprios
aprendizados, de serem seus próprios líderes e empreendedores. A liderança e
o empreendedorismo estão um nível acima, orbitam o universo das
capacidades.
Ainda para Pinheiro a pergunta é, liderança e empreendedorismo são dons ou
habilidades que podem ser desenvolvidas? São habilidades que podem ser
desenvolvidas. Como fazer isso? Uma das mais poderosas ferramentas para o
desenvolvimento de habilidades e de transformação comportamental da
atualidade é a Programação Neurolinguística. A PNL é uma metodologia que
atua diretamente no SNC, (sistema nervoso central) através da estimulação
sensorial, com isso ela trabalha as habilidades essenciais: abstração, pensamento
sistêmico, experimentação e colaboração. O que leva seu detentor às
capacidades de: identificar problemas, solucionar problemas e de fazer o
gerenciamento estratégico, de si mesmo e do que empreende. A PNL é uma
ferramenta disponível a todos, mas utilizada por pessoas que são boas e desejam
serem ainda melhores, sempre.
Segundo Ferruccio (2009), líder empreendedor assume riscos calculados, gosta
de trabalhar com pessoas e acompanha as mudanças tecnológicas que aparecem
em uma velocidade estonteante, assim como desenvolve sua competência
técnica para formular conhecimentos necessários e imprescindíveis que
suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar diariamente.
Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma visão mais
crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar,
devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o
alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. A
liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das
organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no
comportamento do grupo de trabalho.
Dornelas (2007,p.85), cita que pesquisas feitas com empresários de sucesso
identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e que foram
responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre uma destas
qualidades, está a importância que os empresários dão ao empreendedorismo e
a liderança, o utilizando não apenas como um empreendimento mais assumindo
responsabilidades do negócio e seus desafios.
 Assumir riscos é uma das maiores qualidades do verdadeiro
empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar
desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os
melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de
qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles. Liderando e
tomando a iniciativa motivando a equipe e todos envolvidos no
empreendimento;
 Identificar oportunidades é ficar atento e perceber, no momento certo,
as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias
para a realização de um bom negócio é outra marca importante do
empresário bem-sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a
informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu
conhecimento aumenta;
 Conhecimento, organização e independência, quanto maior o domínio
de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de
êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de
informações obtidas em publicações especializadas, em centros de
ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram
empreendimentos semelhantes;
 Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos
humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom
não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente
no início do empreendimento compromete seu funcionamento e seu
desempenho;
 Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu
próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na
busca do sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando
protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos
aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus
direitos de cidadão-empresário;
 Tomar decisões, o sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está
relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões
acertadas é um processo que exige o levantamento de informações,
análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução
mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões
corretas, na hora certa;
 Liderança, dinamismo e otimismo, liderar é saber definir objetivos,
orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular
as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas
dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e
fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes,
fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma
qualidade sempre presente;
 Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a
capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em negócios
efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo
diante da rotina é um de seus lemas preferidos;
 O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso,
em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o
empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades;
 Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e
procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas
e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno
do empreendimento;
 Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode
e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No
entanto, é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que
por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistência;
 Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas
sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais,
mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa,
técnica de se transformar sonhos em realidade: o planejamento;
 Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de
maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o
seu negócio e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do
empreendimento antes de colocá-lo em prática;
 Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder
gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes e para
seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus colaboradores;
 Tino empresarial: O que muita gente acredita ser um "sexto sentido",
intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é,
na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas
até aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características
terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta
própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos na
conquista do mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e
mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do
desafio.

Para Wagner (2006), as figuras do líder e do empreendedor se confundem, pois,


normalmente andam juntas. Mas, se perguntarmos se o empreendedor é sempre
um líder ou se o líder precisa ser empreendedor, a resposta é: não
necessariamente. A seguir, estabeleço uma série de distinções entre liderança e
empreendedorismo. Entretanto, deve-se ter em mente que as duas qualidades
não se opõem. Aliás, muito pelo contrário, se complementam e o ideal é cultivá-
las em conjunto.
Liderança e empreendedorismo têm a ver com poder. Entretanto, o poder do
empreendedor é fazer, enquanto o do líder é influenciar. Liderança é a
capacidade de influenciar os outros. Requer cooperação, empatia e respeito. O
poder do líder lhe é concedido e deriva da sua autoridade moral reconhecida e
concedida pelos outros.
Já empreendedorismo é a capacidade de agir sobre as coisas, inclusive sobre os
outros (como objetos da ação). O empreendedor é empático e seu poder é
conquistado pela acumulação de atributos: força, conhecimento e propriedade.
Liderança e empreendedorismo são qualidades derivadas de virtudes de caráter
mais fundamentais. A principal virtude do líder é a moderação, enquanto a
virtude maior do empreendedor é a coragem. Tanto o líder quanto o
empreendedor precisam ter uma autoestima profunda, bem como elevada
transcendência – virtual esquecimento do ego em função de algo maior– uma
causa, uma ideia ou o coletivo.
Entretanto, a liderança requer uma transcendência maior do que o
empreendedorismo. É comum pensar que o empreendedor é um egoísta
enquanto que o verdadeiro líder é um altruísta. Porém, um ego forte não está
em oposição ao idealismo. Na verdade, o empreendedor também precisa ter
uma elevada capacidade de transcendência.
Ambos têm um temperamento persistente, mantendo a motivação por longos
períodos de tempo, apesar das adversidades. Entretanto, o líder é mais sensível
ao risco e age mais no sentido de evitá-lo, além de ser meticuloso. O
empreendedor é mais tolerante ao risco e enfrenta melhor as situações em que
não tem muito controle.
O líder avalia, pondera e busca o consenso para a ação coletiva e, assim tem
menos capacidade de reação do que o empreendedor, e é mais lento. Com isso,
pode perder oportunidades ou tardar a responder a ameaças imediatas. Em
contrapartida, diante de uma oportunidade ou desafio, o empreendedor age
rápido.
Com isso, comete mais erros e é mais propenso à ansiedade. Como é rápido
também para corrigir erros, pode-se dizer que, ao longo da vida, o
empreendedor aprende mais do que o líder, o que o faz acumular mais
conhecimento.

5 MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de pesquisa bibliográfica, com uso de literatura cientifica existente e


com os seguintes descritos: Empreendedorismo e Liderança. Foram utilizados
para referência, dados em manuais, livros, revistas, pesquisa em sites
especializados entre outros. A pesquisa em livros foi realizada utilizando acervo
de bibliotecas das Faculdades da região abertas a pesquisas particulares. Os
títulos foram publicados no período de 1972 a 2010.
Para a execução do trabalho foram utilizados computadores e programa de
edição de texto. O trabalho foi realizado no período de Novembro de 2009 a
junho de 2010.

6 DISCUSSÃO

O empreendedorismo como muitos acham, não é só abrir um negócio ou


empreender algo inovador. E um conjunto de fatores e de estudo. Podendo
incluir a liderança como fator de diferencial, é de grande ajuda para o
crescimento tanto da empresa quanto do indivíduo que pretende empreender.
Veremos que um modelo de empresário que conquistou grande destaque uniu
tanto o empreendedorismo quanto a liderança para que os que o cercava pude
se ter a confiança em seu sonho, e assim transformá-lo em realidade.
Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas
são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são importantes e muito
necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes. O líder eficaz não
é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas.
Popularidade não é liderança. Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).
As características de um líder devem ser observadas para que se possa lapidá-
las e assim usá-las de modo mais racional.
Lacombe (2005, p.204), afirma que as características que a liderança defende é
a vontade coletiva; do contrário não são capazes de mobilizar os liderados à
ação. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer com precisão
o que faz um líder.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre traços de liderança.
No final desse período, observou-se que não é necessário nenhum conjunto
particular de características para que a pessoa se torne líder de sucesso. Em
meados da década de 70, surgiu uma visão mais equilibrada, embora nenhum
traço garanta o sucesso da liderança, certas características são potencialmente
úteis. Nos anos 90 a perspectiva é de que algumas características de
personalidade, muitas das quais não precisam ser inatas, podendo as pessoas
lutar para adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes das outras pessoas
(BATEMAN, SNELL 1998 p.339).
Seguindo a linha Bateman, Snell e Tejon (2006 p.125) cita que há sete traços
que podem ser observados na liderança:
· Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades;
· Administrar o presente enquanto cria o futuro;
· Transformar ameaças em oportunidades;
· Criar paixão por resultados;
· Facilitar o aparecimento de novos líderes;
· Formar equipes integradas e comprometidas;
· Evoluir sempre.
Esses traços são observados em vários líderes que assumem responsabilidades,
além de suas obrigações.
Características ou traços de liderança é que devemos desenvolver-se juntarmos
a esses fatores o empreendedorismo, o risco de um projeto ou empreendimento
falhar será bem menor.
Para Dornelas (2001, p.37), que define o empreendedor como, “aquele que
detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele,
assumindo riscos calculados”
Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características dos
empreendedores são de pessoas populares do mundo dos negócios. Fornecem
empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não
são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mais fontes de
energia que assumem riscos inerentes em uma economia em mudanças,
transformação e crescimento.
Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma visão mais
crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar,
devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o
alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. A
liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das
organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no
comportamento do grupo de trabalho.
Como modelo de empreendedor e líder Segundo o ex presidente Fernando
Henrique Cardoso (2008), que relata: Há muitas maneiras pelas quais os grandes
homens deixam suas marcas na história. Olavo Setubal deixou-a de forma
incomum: a do homem discreto e firme que tinha tudo para ser um grande
engenheiro, foi um grande banqueiro e se notabilizou por seu compromisso
com o Brasil como um país sério e competente. A isso se dedicou com afinco
e exemplaridade. Dele se poderia dizer que, sendo engenheiro, lançou-se à
inovação empresarial. Buscou a qualidade dos produtos e soube, antes de quase
todos, que o futuro estava na informática.
Ainda segundo Fernando Henrique, como banqueiro, distinguiu pela argúcia e
a seriedade. Quando quase ninguém via as oportunidades, antecipava-se e
expandia o banco. O legado de Setubal como homem público iguala o do
engenheiro e homem de empresa. Prefeito de São Paulo de 1975 a 1979, sob o
governo Paulo Egydio, época em que era difícil exercer a independência política
e manter a integridade dos valores, marcou a gestão pela eficiência e pelo
respeito aos colaboradores, aos municípios, orientando suas ações pelo bem
público.
Olavo Egydio Setubal. Paulistano, nascido na outrora tradicional Maternidade
São Paulo a 16 de abril de 1923, Filho do escritor e poeta Paulo de Oliveira
Setubal e de Francisca de Souza Aranha Setubal. Paulo Setubal (humanista que
era) queria que Olavo ingressasse na faculdade de direito, porém Olavo
contrariando o pai entrou na Escola politécnica da faculdade de São Paulo no
curso de engenheiro mecânico-eletricista.
Olavo Setubal casou-se aos 23 anos com Matilde, conhecida por dona Tide,
com quem teve sete filhos - Paulo Setubal Neto (o mais velho), Maria Alice
(única filha), Olavo Junior, Roberto, José Luís, Alfredo e Ricardo (o caçula).
Dona Tide faleceu em 1977 e, há 28 anos, Setubal estava casado pela segunda
vez, com Daisy Salles, de uma família de fazendeiros em Santa Rita do Passa
Quatro.
Olavão, como era chamado entre os jornalistas que acompanhavam a sua
carreira de banqueiro, empresário e político, era autêntico. Dizia o que pensava.
Mas não de forma abrupta. Ele construía boas frases de efeito. Como a que
proferiu, ao tomar posse no cargo de prefeito, em 1975: "Gerir São Paulo é a
mesma coisa que gerir uma Suíça e uma Biafra ao mesmo tempo".
Dotado de forte espírito empreendedor, construiu o império Itaú aos poucos,
corrigindo erros e consolidando acertos. Mas foi por acaso que enveredou pelo
caminho empresarial. Desde adolescente, ele queria ser engenheiro e
contrariando a vontade do pai, Olavo Setubal formou-se na profissão em 1945,
pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Logo lhe deram
um emprego no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), onde trabalhava
também o colega de turma Renato Refinetti. Quando conseguiram juntar o
equivalente a US$ 10 mil, ambos decidiram abrir uma pequena empresa, a
Artefatos de Metal Deca Ltda.
Quando cuidava da expansão da Deca, Olavo Setubal foi procurado por
Alfredo Egydio de Souza Aranha, irmão da sua mãe, que o orientou
profissionalmente desde a morte prematura do pai. O tio convidou-o a dirigir
o Banco Federal de Crédito e a Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais,
que deram origem ao Grupo Itaú. O nome Itaú, uma homenagem à cidade
mineira, foi uma escolha dos homens de marketing por ser de fácil
comunicação: forte, marcante e de grafia fácil.
A trajetória do Banco Itaú, sob o comando de Olavo Setubal, foi meteórica:
num curto período de dez anos, de 1965 a 1975, o pequeno Banco Federal de
Crédito, o 150º no ranking de 200 bancos brasileiros, fundiu-se com o
Sulamericano, de Luiz Moraes Barros; com o Banco da América, da família
Herbert Levy; com o Banco Aliança, do Rio de Janeiro; o Banco Português do
Brasil, de José da Silva Gordo; e o Banco União Comercial (BUC), dirigido pelo
ex-ministro do Planejamento Roberto Campos.
Graças à compra do BUC, o Banco Itaú saltou para o segundo lugar no ranking.
Em depoimento à Universidade de São Paulo, Setubal lembrou também que,
no meio do processo de fusões e aquisições, encontrou-se, um dia, numa
reunião, com Amador Aguiar, fundador do Bradesco. "Ele virou-se para mim e
disse: ‘Olha Olavo, você vai passar todos eles, mas a mim não’, comentou, como
curiosidade para amenizar o depoimento.
Política
Enquanto a vida empresarial de Olavo Setubal foi marcada por surpresas
preparadas pelo tio Alfredo Egydio, na vida pública, foi o então governador de
São Paulo Paulo Egydio Martins quem o surpreendeu, convidando-o, em
janeiro de 1975, a ser prefeito de São Paulo. Mas a carreira política ainda não
estava encerrada. Seis ou sete meses depois de deixar a Prefeitura de São Paulo,
Olavo Setubal recebeu a visita, em sua casa, do então senador Tancredo Neves,
que o convidou para ser o organizador do seu partido político, o Partido
Popular (PP), em São Paulo.
Dessa experiência resultou o convite para ser ministro das Relações Exteriores,
no governo do presidente José Sarney. Ocupou o cargo por 11 meses no
Itamaraty e lançou-se candidato ao governo do Estado de São Paulo, um sonho
acalentado por muito tempo. Mas se desiludiu logo com o partido e com
manifestações de sindicalistas que depredaram agências do Banco Itaú em
protesto contra algumas das aquisições feitas pelo banco.
Desde 1994, Roberto Egydio Setubal, o quarto de seus sete filhos, atua como
presidente-executivo do Itaú. Até ficar doente e ser internado, ia todos os dias
no prédio-sede do banco, no bairro do Jabaquara, onde aconselhava seu filho e
também almoçava constantemente com diretores do banco. A rotina só não era
cumprida quando viajava ao exterior. Costumava passar dois meses por ano
fora do país, (ANDRADE 2008, P. 5).
Olavo Setubal manteve sempre a visão de homem que conhecia o mundo e
estava comprometido com o bom desempenho do Brasil. Um homem público,
na acepção plena da palavra. Junto a todas essas características, havia também
a do ser humano que se encantava com a boa conversa, que não desprezava os
gostos refinados da convivência amigável e cuja companhia, com a da esposa,
tanto Ruth como eu sentíamos imenso prazer em compartilhar, Fernando
Henrique Cardoso ex presidente da república.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Liderança, definições são muitas para essa palavra. O presente estudo


possibilitou uma visão voltada para o empreendedorismo, para a mudança de
atitude em relação aos liderados e a forma de liderar.
Em se tratando de pessoas, muitas vezes os lideres nato ou aqueles que se
formam líderes, têm a sensibilidade em transferir ideias e pensamentos para que
seus liderados correspondam adequadamente. Técnicas antigas ou modernas de
lideranças são colocadas a prova a todo o momento, exemplos nos são
mostrados e exaltados no meio empresarial e em revistas e literatura
especializada. O que se notou com esse trabalho é que com esforço e estudo
das técnicas de liderança eficaz pode-se adquirir o conhecimento necessário
para que essa função possa ser desempenhada da melhor maneira.
Com empresas surgindo a todo o momento a liderança acaba se tornando um
ponto crucial no desenvolvimento das empresas, líderes com responsabilidades
com seus liderados e com a empresa são cada vez mais disputados no mercado
atual, fazer com que seus liderados façam algo por você de forma a contribuir
com o crescimento da equipe e por consequência a empresa é o sonho de todos
os líderes de hoje, essa busca passam por fazer com que se acredite que a forma
de liderança é firme e justa e é para o bem, tanto da empresa quanto dos
colaboradores.
Vimos que a liderança não se impõe, se conquista muitos autores citam o
quanto é importante a figura do líder na empresa, o líder passa confiança, essa
confiança traz resultados para o líder. Exemplos como os de Bill Gates, na
Microsoft. A capacidade de fazer negócios de Bill Gates é algo simplesmente
sensacional. Mas não somente isto, Bill Gates demonstra fortes características
de liderança e obstinação. É uma aula de negócios.
Michel Eisner, da Disney, em sua gestão como presidente-executivo, entre 1984
e 2005, teve um aumento no faturamento de US$ 1,7 bilhão para US$ 30 bilhões
anuais. Eisner revitalizou, reinventou e transformou a Disney no maior império
de entretenimento do mundo.
Comandante Rolim, da TAM, que a partir de um sonho construiu uma empresa
de classe mundial. Em 1960, com 18 anos, ele vendeu uma lambreta para pagar
o curso de piloto e tirar o seu primeiro brevê. Um grande líder, um exímio
estrategista, dentre as várias qualidades a de visionário era a que mais
impressionava.
Estes exemplos servem também para o empreendedorismo, esses homens bem
sucedidos acreditaram em um sonho e buscaram construí-los. Porém se
prepararam para tal, buscaram o conhecimento necessário para se firmarem em
seus segmentos.
Hoje no mercado competitivo onde se há quase todo tipo de negócio, o
empreendedorismo se torna muitas vezes complicado, pesquisas que são
mostradas em sites especializados como o SEBRAE, mostra que o número de
empresas que tem seu encerramento precoce é imenso, e muitas vezes o
despreparo é o ponto determinante, isso não quer dizer que se o empresário for
preparado o sucesso será garantido,
Habilidades que podemos adquirir são recomendadas por muitos autores,
avaliação de riscos, busca por conhecimento, capacidade de decisão, capacidade
realizadora, comprometimento, dedicação, identificação de oportunidade e
liderança. Estas habilidades sendo trabalhada gera mais segurança e firmeza no
empreendedor.
Em se tratando de empreendedorismo vimos que o planejamento é e sempre
será fundamental, desta forma cai o mito da sorte, da intuição ser mais
importante que o planejamento, riscos deliberadamente que ganhar dinheiro é
a principal motivação do empreendedor. Hoje em se tratando de
empreendedorismo uma palavra é fundamental o planejamento, sem ele a
chance de se tornar bem sucedida no empreendimento e quase mínima.
Modelos de empreendedor não faltam, o exemplo de Olavo Setulbal aqui
descrito é oportuno, pois o mesmo teve coragem e paciência em juntar um
determinado valor, e assim, com um sócio efetuar a compra de sua primeira
empresa a Deca. Mostrou ousadia em aceitar a direção do Banco Federal de
Crédito e a Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais, que deram origem
ao Grupo Itaú. Foi visionário ao criar a Itautec, uma das primeiras empresas
voltada a informática no Brasil.
Mesmo com todo o sucesso de Olavo Setubal sua vida sempre foi cercada por
planejamento.

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