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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA, DO RIO

GRANDE DO NORTE.

ANA ESTER PEREIRA DA COSTA

ILUMINAÇÃO SOLAR POR MEIO DE FIBRA ÓPTICA

CURRAIS NOVOS – RN
2017
ANA ESTER PEREIRA DA COSTA

ILUMINAÇÃO SOLAR POR MEIO DE FIBRA OPTICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso técnico de nível
médio na forma integrado em Informática do
Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, em
cumprimento ás exigências legais como
requisito parcial a obtenção do título de
Técnico em Informática.
Orientador: Me. Alfredo Rodrigues de Lima

CURRAIS NOVOS-RN
2017
ANA ESTER PEREIRA DA COSTA

ILUMINAÇÃO SOLAR POR MEIO DE FIBRA OPTICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso técnico de nível
médio na forma integrado em Informática do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, em
cumprimento ás exigências legais como
requisito parcial a obtenção do título de
Técnico em Informática.

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/____, pela seguinte


Banca Examinadora:

Nota Final:______

______________________________________________________________
Alfredo Rodrigues de Lima, Me. - Orientador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________
Keylly Eyglys Araujo dos Santos – Coordenador
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
Dedico este trabalho a todos os profissionais que
passaram por minha vida acadêmica, repassando
todo o conhecimento que hoje adquiro, com
respeito e amor. Dedico também a minha família e
amigos que sempre apoiaram e acreditaram em
meu potencial. O caminho foi longo e sem o auxílio
destes certamente não teria chegado até aqui.
RESUMO

A preocupação com a eficiência energética junto a problemática ambiental faz


a massa estudiosa buscar novos meios ágeis de geração de energia limpa e/ou a
dispensa do uso da energia convencional, pelos seus malefícios a natureza.Em um
país em desenvolvimento como o Brasil, o investimento no setor energético é de
fundamental importância e, por questões ambientais, as práticas de eficiência
energética são, na maioria das vezes, a solução encontrada para suprir o aumento
de demanda de energia. Sabendo que grande parcela do gasto em energia elétrica é
proveniente da iluminação, e pensando nesta eficiência, uma solução seria a
utilização de uma forma mais direta da iluminação natural, através de um sistema
utilizando cabos de fibra óptica para a transmissão da energia luminosa proveniente
do sol para o interior dos edifícios. Este trabalho de conclusão de curso propõe a
simulação da montagem de um esquema de iluminação limpa na biblioteca do
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), afim de
reduzir os gastos mensais do campus, proveniente a iluminação elétrica.

Palavras chaves: Energética, eficiência energética, energia elétrica, iluminação


natural, fibra óptica,
ABSTRACT

Concern about energy efficiency along with environmental issues makes the
masses studious to seek new means to generate clean energy and / or to dispense
with the use of conventional energy, for their harm to nature. In a developing country
like Brazil, investment in the energy sector is of fundamental importance and, for
environmental reasons, energy efficiency practices are, for the most part, the solution
found to supply the increase in energy demand. Knowing that a large part of the
energy expenditure is from lighting, and considering this efficiency, a solution would
be the use of a more direct form of natural light, through a system using fiber optic
cables for the transmission of light energy from the Sun to the interior of the
buildings.This work of course conclusion proposes the simulation of the assembly of
a clean illumination scheme in the library of the Federal Institute of Science and
Technology of Rio Grande do Norte (IFRN), in order to reduce the monthly expenses
of the campus, coming from electric lighting.

Keywords: Energy, energy efficiency, electricity, natural light, fiber optics,


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fontes produtoras de energia ........................................................ 11


Figura 2 - Refração da luz no interior da fibra óptica ..................................... 12
Figura 3 - Funcionamento da lente de Fresnel .............................................. 14
Figura 4 - Luminária determinada .................................................................. 22
Figura 5 - Dimensões da luminária ................................................................ 22
Figura 6 - Receptor solar ............................................................................... 24
Figura 7 - Cabos de fibras ópticas ................................................................. 25
Figura 8 - Interior da biblioteca ...................................................................... 26
Figura 9 - Receptores solares ........................................................................ 26
Figura 10 - Esquema de distribuição das luminárias ..................................... 27
Figura 11 - Distâncias entre as luminárias ..................................................... 27
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Fator de iluminância para cada tipo de ambiente ........................... 19


Tabela 2 - Características do utilizador .......................................................... 20
Tabela 3 - Fator de utilização do ambiente .................................................... 21
Tabela 4 - Fator de manutenção .................................................................... 21
Tabela 5 - Informações da luminária .............................................................. 23
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 10

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................. 12

2.1 FIBRAS ÓPTICAS................................................................................. 12

2.2 LENTES DE FRESNEL ......................................................................... 13

2.3 A ILUMINAÇÃO E O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ................ 15

2.3.1 Lâmpadas ......................................................................................... 15

3. METODOLOGIA.................................................................................... 16

3.1 DISCUSSÕES INICIAIS ........................................................................ 16

3.1.1 Benefícios da luz natural ................................................................. 17

3.2 TESTES INICIAIS ................................................................................. 17

3.3 PROTÓTIPO ......................................................................................... 18

3.3.1 Calculo luminotécnico ..................................................................... 19

3.3.2 Transporte da luz ............................................................................. 24

4. RESULTADOS ...................................................................................... 26

5. CONCLUSÃO........................................................................................ 28

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 30
10

1. INTRODUÇÃO

A busca por meios tecnológicos que agridam menos o meio ambiente tem
ganhado ênfase nos últimos anos. Sabe-se que a utilização de energia elétrica traz
diversos problemas ambientais e que boa parte dessa energia é usada em nossas
casas para a iluminação dos ambientes internos. Em virtude disso pensou-se em um
projeto que possibilite uma iluminação que possa ser usada durante o dia sem a
utilização de eletricidade.

Trata-se de um sistema de iluminação solar transportada por meio de fibras


ópticas, as quais são acopladas a luminárias especiais. Em outras palavras, as
fibras simplesmente transmitem a iluminação externa para ambientes internos de
uma edificação, possibilitando o desligamento das lâmpadas elétricas sempre que
houver luz solar disponível.

Com a possibilidade de diminuição dos custos com energia elétrica, a


implantação de um sistema de iluminação solar é uma forma de se aproveitar ainda
mais os recursos naturais, contribuindo com a sustentabilidade do planeta.

A parte física do projeto não requer muitos equipamentos, precisamos


basicamente de lentes para captar a luz solar, cabos de fibra óptica, e luminárias.
Essas lentes, chamadas de lentes de Fresnel, são instaladas sobre a cobertura do
prédio onde irá capturar os raios solares e direcioná-los ao interior da fibra óptica.

A fibra óptica foi inventada com o intuito de transportar luz, sem que o cabo
esteja necessariamente linear, ou seja, ela pode ser transportada em calhas e fazer
curvas ate chegar a seu destino, sem preocupar-se com perda da iluminação
transportada. Deste modo, é possível iluminar qualquer área interna. Quando a luz
chega ao seu destino é necessário que seja difundida por todo o ambiente. Para isso
são utilizadas luminárias com ângulos de aberturas elevados podendo conter lentes
divergentes em seu interior.
11

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) o recurso que mais gerou


energia no país em 2014 foi à hidráulica, em seguida o gás natural e outras fontes:

Figura 1 - Fontes produtoras de energia

Fonte: Tolmasquim, 2016

As hidrelétricas são altamente prejudiciais ao meio ambiente. Por elas, áreas


gigantes são devastadas, afetando a fauna e flora da região, o ciclo de migração e
reprodução dos peixes, o funcionamento dos rios, além de gerar resíduos
decorrentes a manutenção das represas. (BRAGA etal; 2005)

Na medida em o que o projeto de iluminação natural é adotado, o consumo de


energia cai e a necessidade de fornecer a mesma é menor. Nos tempos de seca,
por exemplo, quando os níveis de água nos reservatórios despenam, a alternativa
auxilia o controle dos gastos, garantindo que a população continue sendo abastecida
por mais tempo.

Tendo consciência dos benefícios do projeto e com os estudos realizados


sobre os equipamentos temos a proposta de implantá-lo no Instituto Federal de
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) Campus Currais Novos, a fim
de solucionar ou atenuar os impasses citados anteriormente.
12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 FIBRAS ÓPTICAS

Em 1870 acorreu o primeiro experimento que provou que era possível a


propagação da luz através de trajetória curvilínea, ele consistia em um recipiente
cheio de água com um pequeno orifício, por onde esta escorria, para demonstrar
que a luz se propagava ao longo do recipiente e saía com a água pelo orifício.

Desde então, vários pesquisadores se interessaram pelo desenvolvimento de


um meio mais adequado para a propagação da luz, e apenas em 1951 veio a surgir
o termo “fibra óptica”. O desenvolvimento da fibra óptica se deu principalmente pela
necessidade da telecomunicação. Após décadas de aperfeiçoamento, a estrutura
destas basicamente se divide em três: núcleo, casca e capa protetora. O núcleo tem
a função de propagar a luz e a casca confina a luz no interior do núcleo, esses dois
elementos possuem densidades distintas para satisfazer a refração necessária.

No interior da fibra ocorre o efeito de espelho, a luz será confinada durante


todo o trajeto, sendo refletidas inúmeras vezes, propagando-se ate o destino final.
Na próxima figura podemos ter uma ideia mais limpa de como à luz percorre dentro
do núcleo. (MARIN, 2009)

Figura 2- Refração da luz no interior da fibra óptica

Fonte: Pereira, 2017


13

2.1.2 APLICAÇÕES DA FIBRA ÓPTICA

Desde a sua criação as fibras vem sendo utilizadas para atuar em diferentes
funções. No espaço da telecomunicação elas exercem um papel muito importante,
são utilizadas no sistema tronco de telefonia, interligando centrais de tráfegos
interurbanos. A grande vantagem do emprego desse equipamento nesse campo de
comunicação é à capacidade de percorrer grandes distâncias sem a necessidade de
repetidores e a sua grande capacidade de transmissão de banda, reduzindo
significantemente os custos com os materiais que seriam utilizados para os mesmos
fins. Elas também são usadas nos sistemas de televisão a cabo, reduzindo os ruídos
dos sinais e o custo com cabos e equipamentos.

Esses cabos já deixou seu legado na medicina, sensores de fibras ópticas


permitem monitorar funções biológicas internas dos pacientes. Estes sensores, que
podem permanecer aplicados no paciente durante um longo tempo, permitem testar
e acompanhar processos biológicos em tempo real, de vital importância, por
exemplo, em cirurgias.

Ao longo dos tempos, as fibras vêm demonstrando cada vez mais capacidade
de atuar em diferentes cenários. Assim como os citados acima, essa tecnologia vem
sendo aplicada atualmente nos projetos de arquitetura como decoração na
iluminação de ambientes internos. (MARIN, 2009)

2.2 LENTES DE FRESNEL

As lentes de Fresnel foi uma criação do físico francês Augustin Jean Fresnel,
baseando-se em seus estudos no campo de luz e óptica no século XIX. Sua primeira
utilidade, ainda no século XIX, foi nos faróis de navegação, onde tinha função de
concentrar o feixe de luz das lâmpadas.

Essas lentes têm uma estrutura diferenciada, com forma convexa são lisas de
um lado e com arestas do outro, como na figura abaixo
14

Figura 3- Funcionamento da lente de Fresnel

Fonte: Rosa, 2017

O grande segredo dessas lentes é justamente essas arestas, que focaliza a


luz na direção do centro, gerando um feixe quase perfeito. (BASSALO, 1988)
15

2.3 A ILUMINAÇÃO E O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Para calcular Consumo de energia elétrica mensal de qualquer aparelho é


dada a equação 𝐾 = 𝑡 ∗ 𝑝/1000 onde k: quilowatt/hora, t: tempo em que o produto
permanece ligado, P: potência do aparelho. (CAVALIN; CERVELIN 2005)

Quase 20% da energia elétrica consumida no Brasil são gastas com


iluminação, o que gera um grande impacto financeiro e ambiental. Os eletrônicos
estão cada vez mais presentes nas casas dos brasileiros para consumir ainda mais
eletricidade, logo é preciso procurar recursos para balancear esse consumo, uma
boa saída é a substituição da iluminação elétrica pela natural durante o dia. (REIS;
FADIGAS; CAVALINO, 2012)

2.3.1 Lâmpadas

Analisando o mercado das lâmpadas, é evidente que ainda não existe uma
opção que associe qualidade de iluminação, preço baixo, baixo consumo de energia
e que não agrida o meio ambiente. As lâmpadas incandescentes são as mais
antigas e quase não utilizadas atualmente, apesar de baratas e de emitirem muita
luz, estas consomem muita energia.

Depois das incandescentes veio as fluorescentes, que ainda consome muita


energia. O grande impasse destas lâmpadas é usarem mercúrio e fósforo em sua
composição, não podendo ser descartada de qualquer maneira por serem altamente
poluentes. Outro modelo são lâmpadas de LED, Sua tecnologia moderna permite um
baixo consumo de energia, Como desvantagens esta o seu altíssimo custo.
(CAVALIN; CERVELIN, 2005)
16

3. METODOLOGIA

3.1 DISCUSSÕES INICIAIS

Os primeiros passos dados até chegar à ideia do projeto de iluminação solar


por meio da fibra óptica foram dados por método de pesquisa e observação de
problemáticas cotidianas. O primeiro impasse encontrado foi com relação ao meio
ambiente e de como a geração de energia afeta diretamente o mesmo. Visto isso, foi
feita uma pesquisa de como poderia ser minimizado o uso da eletricidade para as
necessidades diárias.

Observando o consumo dos recursos elétricos com a iluminação durante o


dia, foi estudado um método de iluminação natural, livre de gastos mensais.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética - EPE, o sistema de iluminação
consome cerca de 20 % do gasto total da energia gerada anualmente, com a
implantação desse sistema estes gastos reduziriam pelo menos a metade, uma
mistura de responsabilidade ecológica e economia.

Visto que no Brasil esse projeto de iluminação com fibras não é comum,
começou-se uma jornada de estudos sobre a viabilidade do esquema. A princípio foi
encontrada uma monografia da UFRJ, que fundamentou ainda mais o esboço
proposto, também foram encontradas várias publicações em blogs de tecnologia,
mas nenhum projeto concreto, da implementação em uma instituição, por exemplo.

A princípio este foi pensado principalmente para prédios comerciais, como


escolas, escritórios, bibliotecas, shoppings e lojas, estes são os ambientes que
necessitam de muita iluminação, mesmo durante o dia, e consome a maior parte da
energia elétrica.

Saindo do campo ecológico e econômico, teve-se o cuidado de averiguar


diante dos efeitos das luzes solares a saúde das pessoas, o que teve um resultado
positivo ao projeto, que depois de adquirir este conhecimento, passou a ser além de
ecológico e econômico, benéfico á saúde.
17

3.1.1 Benefícios da luz natural

Após ter a certeza da eficiência do projeto com o teste das fibras, teve-se a
necessidade de explorar acerca dos benefícios da luz natural. O texto “The benefits
of daylight trough windows”, editado pelo Lighting Research Center do Renselaer
Polytechnic Institute escrito por um grupo liderado por Peter Boyce, disserta sobre o
rendimento de alunos, quando existe no ambiente escolar a iluminação natural, o
que reforçou ainda mais a importância do projeto.

No texto são apontadas varias pesquisas americanas, feitas em escolas com


ambientes iluminados com luz natural, que revigoram os benefícios do protótipo ser
utilizado em âmbitos acadêmicos. A luz solar traz bem estar psicológico e fisiológico
a alunos e professores. Segundo o texto a luz solar tem a propriedade de sintetizar a
vitamina D no corpo humano, que ajuda a absorção de cálcio, o que acarreta a
fortificação dos ossos.

O documento também da ênfase a frequência e ao rendimento dos alunos e


professores nesses ambientes. Com relação ao aproveitamento, foram feitas
pesquisas com estudantes de escolas americanas convencionais e escolas
iluminadas naturalmente enfoca o texto “embora não se possa provar exatamente a causa
dos efeitos da luz natural nos estudantes, é certo que estes efeitos são influenciados pelo incremento
na visibilidade causada pelo incremento de luz, melhor renderização de cores e ausência do pulsar
intermitente da luz fluorescente” (EDWARDS; TORCELLINI, 2000 APUD bertorotti, 2006,
p.9).

3.2 TESTES INICIAIS

Partindo das pesquisas iniciais ocorreu o primeiro teste. Para ter uma noção
física da quantidade de luz que podia ser transmitida pelas fibras foi posicionada
uma lanterna em um dos lados do cabo, a luz emitida pela lanterna e capturada sem
18

a ajuda de nenhuma lente já foi suficiente para propagar-se pela fibra e aparecer no
outro extremo do cabo.

Por se tratar de um sistema de iluminação para o dia foi discutido a


viabilidade com relação ao custo beneficio da sua implantação. Não se trata de um
projeto barato, já que equipamentos utilizados têm um preço razoavelmente alto,
mas em longo prazo, com todos os benefícios adquiridos junto ao estabelecimento
do esquema, o sistema torna-se promissor.

Posteriormente ao teste das fibras procurou-se um tipo de luminária que se


encaixasse no modelo do projeto. Depois de buscas virtuais foi encontrado um site
chamado Safe Energy, que trabalha com a mesma tecnologia proposta, mas fora do
Brasil.

3.3 PROTÓTIPO

O primeiro passo dado para a montagem do protótipo foi procurar um


programa simulador para desenhar, de modo detalhado, o ambiente proposto para a
implantação do projeto, neste caso, a biblioteca do campus. O programa escolhido
foi o Sketchup, que faz a simulação do ambiente em 3D, para que se possa ter uma
maior noção, tanto de área, quanto de aparência de como ficará o projeto físico.

Para a elaboração do protótipo é preciso fazer o projeto luminotécnico, que


basicamente irá determinar a quantidade de lâmpadas e iluminação necessária para
o ambiente. Para a iluminância ideal de ambientes internos, existe a NBR 5413:
1992. Norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas), a qual
determina o nível de iluminância ideal para cada ambiente, de acordo com as
atividades a serem realizadas naquele espaço.
19

3.3.1 Calculo luminotécnico

O cálculo luminotécnico consiste em determinar a quantidade de luminárias


para atender as necessidades de um ambiente respeitando o valor mínimo de
iluminância exigida conforme a NBR 5413: 2013.

Primeiro é necessário achar, de acordo com a tabela abaixo, o fator de


iluminância exigido.

Tabela 1- Fator de iluminância para cada tipo de ambiente

ILUMINÂNCIA (LUX) TIPO DE AMBIÊNTE/ ATIVIDADE

CLASS 20 - 30 – 50 Ruas Públicas e estacionamentos


E A (Uso 50 - 75 -100 Ambientes de pouca permanência
contínuo e/ou 100 - 150 - 200 Depósitos
execução de
tarefas
simples)
CLASS 200 - 300 - 500 Trabalhos brutos e auditórios
E B (Áreas de 500 - 750 - 1.000 Trabalhos normais: escritórios e
trabalho em fábricas
geral) 1.000 - 1.500 - 2.000 Trabalhos especiais: gravação,
inspeção, indústrias de tecido
CLASS 2.000 - 3.000 - 5.000 Trabalho contínuo e exato:
E C (áreas eletrônica
com tarefas 5.000 - 7.500 - 10.000 Trabalho que exige muita exatidão:
visuais placas eletroeletrônicas
minuciosas) 10.000 – 15.000 – Trabalho minucioso especial:
20.000 cirurgias
Fonte: Elaboração própria
20

Após identificar a classe e a atividade que será executada, é preciso saber


qual dos três valores (lux) será considerado, seguindo a tabela:

Tabela 2 - Características do utilizador

CARACTERÍSTICAS DA PESO
TAREFA E DO OBSERVADOR
-1 0 +1

Idade Inferior a 40 De 40 a Superior


anos 55 anos a 55 anos
Velocidade e precisão Sem Importa Crítica
importância nte
Refletância do fundo da Superior a De 30 a Inferior a
tarefa 70% 70% 30%

Fonte: Elaboração própria

Para a tabela anterior é seguido o seguinte procedimento:

 Analisar cada característica para determinar seu peso (-1, 0, +1);


 Somar os três valores encontrados, algebricamente considerando o sinal;
 Quando o valor total é igual a -2 ou -3, utiliza-se a iluminância mais baixa do
grupo;
 Quando o valor total é igual a +2 ou +3, utiliza-se a iluminância mais alta do
grupo;
 Quando o valor total é igual a -1, 0 ou +1, utiliza-se a iluminância média do
grupo.

Após encontrar a iluminância é necessário calcular o indicie do local, de


acordo com a seguinte equação:

𝐶. 𝐿
𝑘=
ℎ(𝑐 + 𝐿)
21

Onde C indica cumprimento, L largura e h altura do ambiente. Em seguida aplica-se


outra tabela para determinar o Fator de utilização.

Tabela 3 - Fator de utilização do ambiente

BRANCO CLARO MÈDIO ESCURO


TETO 80% 70% 50% 30%
PAREDE 50% 30% 10%
PISO 30% 10%
Fonte: Elaboração própria

E o fator de manutenção:

Tabela 4 - Fator de manutenção

AMBIENTE LIMPO MÉDIO SUJO


FATOR DE 0,8 0,9 0,6
MANUTENÇÃO (FM)
Fonte: Elaboração própria

Posteriormente, com todos os dados acima, calcula-se a quantidade de


lâmpadas, de acordo com a seguinte equação :

.E.S
N
.FU FD

Onde:

N = Número de lâmpadas;

E = Iluminância desejada;

S = Área do local;

 = Fluxo da luminária = Fluxo luminoso da lâmpada x quantidade;


22

FU = Fator de utilização;

FM = Fator de manutenção.

Para a escolha da luminária Foi decidida a utilização de uma solar já existente


e disponível no mercado do sistema Parans, produzido pela Safe Energy, empresa
que vem inovando o mercado a mais de 10 anos. Para o desenvolvimento do
protótipo, são necessárias algumas informações referentes à luminária. O modelo
determinado foi o L1 Medium:

Figura 4 - Luminária determinada

Fonte: Parans, 2017

Figura 5 - Dimensões da luminária

Fonte: Parans, 2017


23

A seguinte tabela especifica os valores necessários para o cálculo


luminotécnico:

Tabela 5 - Informações da luminária

Luminárias L1 Medium
Dimensões 450 x 900 x 90mm
Peso 7,2 kg
Material Acrílico
Luminária para cada receptor 3
Saída de luz solar com 5m de cabo 1400 lm / luminária
Fonte: Parans, 2017

Seguindo todos os passos para realizar o cálculo luminotécnico descrito


anteriormente, temos os seguintes dados referentes ao espaço de utilização da
biblioteca:

Iluminância desejada: 500 (Tabela 1 e 2);

Área do local: 12 x 9 = 300 m²

Fluxo da luminária: 1.400 (Tabela 5)

Fator de utilização: 0,7(Tabela 3)

Fator de manutenção: 0,8 (Tabela 4)

Logo, utilizando a equação:

.E.S
N
.FU FD

É encontrado o valor de 42 luminárias, que devem ser distribuídas da seguinte


maneira:

À distância D entre as luminárias devem ser iguais;

𝐷
À distância DP entre a luminária e a parede deve ser igual a 2 ;
24

Foi convencionado que existiriam sete fileiras (horizontais) de seis luminárias cada.
Considerando o comprimento de 12 metros (horizontal) e sete distâncias, sendo uma
dividida pela metade e gerando as distâncias entre a parede e a luminária, temos
12.000𝑐𝑚 171𝑐𝑚
que 𝐷1 = = 171𝑐𝑚 e 𝐷𝑃1 = = 85,5𝑐𝑚. Da mesma maneira é feito o
7.000𝑐𝑚 2
9.000𝑐𝑚 150𝑐𝑚
calculo das fileiras verticais, onde: 𝐷2 = 6.000𝑐𝑚 = 150𝑐𝑚 e 𝐷𝑃2 = = 75𝑐𝑚.
2

(Figura posicionamento das lum.)

3.3.2 Transporte da luz

Após a escolha da luminária mais eficiente e de todos os cálculos para


determinar a quantidade ideal para a iluminação do ambiente, é preciso saber como
a luz chegará ao seu destino. No mesmo catálogo da linha Parans, foi encontrado
um receptor de luz solar, e os cabos necessários.

Figura 6 - Receptor solar

Fonte: Parans, 2017


25

Figura 7 - Cabos de fibras ópticas

Fonte: Parans, 2017

Cada receptor solar tem capacidade de conexão de até 6 cabos de fibra


ópticas, ou seja, pode alimentar 6 luminárias, os cabos serão transportados do
receptor até as luminárias por dutos. Desta maneira, temos que é necessário um
receptor para cada fileira de luminárias, distribuídos sobre o teto da biblioteca de
modo que fique respectivamente sobre a fileira de luminárias que irá alimentar.
26

4. RESULTADOS
Após apurar todos os dados e informações descritas anteriormente, foi
possível produzir uma simulação virtual do esquema. As figuras a seguir
demonstram, respectivamente: O interior da biblioteca, os receptores solares e a
distribuição das luminárias.

Figura 8 - Interior da biblioteca

Fonte: Elaboração própria

Figura 9 - Receptores solares

Fonte: Elaboração própria


27

Figura 10 - Esquema de distribuição das luminárias

Fonte: Elaboração própria

Figura 11 - Distâncias entre as luminárias

Fonte: Elaboração própria


28

5. CONCLUSÃO

O trabalho despertou um interessante conceito inovador de iluminação, amiga


do meio ambiente, que deve ser vista por olhos de quem possa estudar e investir,
para que no futuro, sua implantação seja viável em qualquer ambiente, por preços
acessíveis. Diversas melhorias podem serem feitas, como acoplar luminárias
normais junto as solares, para que seja realizada a mudança de uma para outra
quando a iluminação solar cair, em períodos de chuva por exemplo. Como também
um sistema que detecte o nível de iluminação do ambiente e possa
automaticamente ativar as lâmpadas elétricas quando a iluminação estiver baixando,
ou em determinada hora do dia, assim como é feito na iluminação das ruas.

Em primeiro plano é importante ressaltar a influência deste projeto, tendo em


vista o incentivo à diminuição dos gastos com energias elétricas não renováveis. A
principal preocupação durante todo o processo foi com relação à capacidade de
iluminação. Apesar de ser preciso o dobro de luminárias com relação às
convencionais, foi constatado que o projeto é viável, em termos de quantidade de
Fluxo Luminoso. Essa proposta é ideal para escritórios, escolas, prédios públicos e
comerciais, que necessitam de grande iluminação durante o dia. Já imaginou se
todos estes ambientes citados adotassem o sistema? A quantidade de energia
economizada e o impacto benéfico à natureza seriam gigantes.

O projeto feito com base nos produtos Parans Solar System, não é difícil de
ser executado. Basta apenas o interesse do executor do sistema, para a compra do
material, seu posicionamento e instalação dos dutos para a passagem dos cabos.
Mesmo se tratando de um produto importado, e de um investimento alto com relação
a iluminação convencional, a longo prazo, a conta de energia irá compensar os
gastos mês a mês, sem contar nas inúmeras vantagens que irá proporcionar ao
meio ambiente.
29

REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECBNICAS. NBR 5413:


Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, abr.1992. Disponível em:
http://www.unicep.edu.br/biblioteca/docs/engenhariacivil/ABNT%205413%20-
%20ilumin%C3%A2ncia%20de%20interiores%20-%20procedimento.pdf Acesso em:
25 nov. 2016.

BASSALO, José Maria Filardo. Fresnel: o formulador matemático da teoria


ondulatória da luz. Cad. Cat. Ens. Fis., Florianópolis, 5(2): 79-87, ago.
1988.Disponível em: file:///C:/Users/1845596/Downloads/Dialnet-Fresnel-
5165793.pdf. Acesso em: 19 abr. 2017.

BERTOLOTTI, Dimas. Iluminação natural em escolas: o estado atual das


pesquisas nos pesquisas nos projetos de escolas. Trabalho programado.
Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Departamento
de Tecnologia da Arquitetura. 2016. Disponível em:
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pdf. Acesso em: 8 dez. 2016.

BRAGA, Benedito et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do


desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. 318 p.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais:


conforme norma NBR 5410:2004. 22. ed. São Paulo: Érica, c2005. 422 p.

MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo,


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PEREIRA, Rafael José Gonçalves. Fibras ópticas e WDM. 03 jun. 2008. Disponível
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