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sábado 30 junho

9:30h - 18:00h
Universidade de Lisboa Faculdade de Motricidade Humana

“Todos os seres circulam uns nos outros, A performaBvidade em torno da relação homem/mundo à vida natural Agamben, talvez a procura pela
consequentemente todas as espécies… animalidade oscila sempre entre a da Terra, com todas as implicações idenBdade animal se apresente como
Tudo está num fluxo perpétuo… Todo o separação e a indisBnção do homem que isso acarreta do ponto de vista a “ ú l B m a ta refa h i stó r i ca d a
animal é mais ou menos homem; todo o relaBvamente ao animal. Definido por filosófico, epistemológico e cultural - humanidade”. Deslocada de si
mineral é mais ou menos planta; toda a o p o s i ç ã o a e s t e , o h u m a n o especialmente no que toca às mesma, a noção de “humanidade”
planta é mais ou menos animal. Não há diferenciou-se pelos atributos da políBcas de convivência com o não- daria lugar a uma outra ideia do
nada de preciso na natureza.” Diderot, Le razão e da linguagem. Mesmo o humano. homem, do animal e do laço que os
Rêve d’Alembert
 darwinismo que tanto contribuiu para une e separa.
situar o homem na cadeia da Uma tal transformação críBca aBnge
evolução animal considera-o como a desde logo o animal em relação ao Este movimento críBco coloca várias
sua úlBma etapa, insisBndo na ideia qual o homem terá inevitavelmente q u e stõ e s e d e s a fi o s à s a r te s
de um ser apenas superável por si de se definir. Vários têm sido os performaBvas, especialmente no que
mesmo. autores a discorrer sobre esta diz respeito às práBcas de alteridade
necessidade de revisão: Derrida corporal do performer. Ao procurar
O século XXI tem vindo, no entanto, a
co nte sto u a o p o s i çã o b i n á r i a a g e n c i a r q u a l i d a d e s q u e s ã o
consolidar a emergência de uma nova
h u m a n o - a n i m a l b a s e a d a próximas, já não do homem no
condição. Fruto dos resultados de
exclusivamente na (privação de) senBdo tradicional mas da sua (nova)
múlBplas disciplinas que invesBgam a
linguagem; Haraway defendeu a ideia natureza a explorar, levanta-se um
inteligência, a linguagem e os
de não-humanismo, considerando a novo campo de possibilidades
c o m p o r t a m e n t o s a n i m a i s e
inclusão de todas as espécies num criaBvas e de reflexão estéBca
reforçando a crise do humanismo
con^nuo transversal de co-evolução; relacionadas com o corpo: enquanto
cada vez mais posto em causa pela
Deleuze e Gua`ari parBram do ambiente de encontro e contacto
destruição galopante da sua relação
conceito de devir-animal como forma animal, matéria de transfiguração e
com a natureza, o homem não pode
de desterritorialização do humano, transmutação, fonte e práBca de
mais ser encarado como o centro de
propondo o seu espraiamento por conhecimento afecBvo, espaço de
uma suposta éBca universal. Não será
novas zonas de intensidade afecBva; perscrutação intuiBva e vital. Mas que
mais do que um entre outros seres
entre outros que têm contribuído corpo-animal é este, afinal, e como se
singulares, de valor intrínseco. Trata-
para alimentar aquilo a que já se (re)constrói?
se então de abrir o pensamento da
chamou Animal turn. Como quesBona

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