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6ª.

Apostila

Sociedade e Direito

Sociedade: O indivíduo e a sociedade

1. O processo de Socialização
 O ser humano como ser social
Os homens aprendem que viver em grupo é a melhor maneira de
superar os outros animais, de se defender, de trabalhar e produzir mais. A
sobrevivência se torna mais fácil em sociedade. Eles passam a interagir,
surgem as instituições, organizações e fenômenos sociais.
Ao nascer o homem encontra um grupo estruturado com normas
valores e costumes – a família. Assim, a sociedade precede o indivíduo. A
família faz parte de um grupo maior, que dotará o indivíduo com os mesmo
traços sociais dos outros membros.
 O que significa ser social?
Que o ser humano se relaciona e interage, adquire hábitos, se
identifica com o grupo, intervém na realidade, transformando-a.
 As interações sociais ocorrem quando os seres humanos se
relacionam e se comunicam, influenciam e sofrem influência, modificam e
são modificados em seu convívio social. São as ações recíprocas de idéias,
atos ou sentimentos entre pessoas e grupos. As diferentes maneiras de
interação social são as relações sociais.
 As relações sociais podem ser: cultura, economia, religião,
política, educação, família.
 Os processos sociais básicos são a interação de padrões de
comportamento que se repetem na vida social. São eles: cooperação,
competição, conflito, acomodação, assimilação.
 Cooperação: processo social em que os indivíduos trabalham por um
fim é comum.

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 Competição: processo social, consciente ou inconsciente, em que os
indivíduos disputam bens e vantagens limitadas.
 Conflito: processo social, consciente, pelo qual as pessoas procuram
recompensas para eliminação ou enfraquecimento do oponente. É
tenso, periódico.
 Acomodação: processo social em que os indivíduos aceitam uma
determinada situação de conflito sem modificarem suas atitudes e
idéias. Não elimina o conflito. É aparente. Pode ter vários graus:
coerção, tolerância, acordo (arbitramento e mediação) e conciliação.
 Assimilação: processo social em que os indivíduos modficam atitudes e
valores a fim de se integrarem ao meio social em que vive. Garante a
solução de conflitos.

 Socialização é o processo pelo qual o indivíduo adquire as


maneiras de agir, pensar, sentir do grupo, da sociedade e da civilização em
que vive. É o processo pelo qual se transmite a cultura, ou seja, os valores e
os costumes.
 Por meio do processo socialização, o indivíduo vai ocupar várias
posições na sociedade:
 Status: posição ocupada por um indivíduo na sociedade. É a posição
social ou o status que determina o comportamento ou papel social do
indivíduo, as normas de conduta a seres seguidas.
 A cada posição social – status – corresponde um papel social, que é
um comportamento e conjunto de direitos, obrigações, e expectativas.
 É por meio do processo de socialização que se aprende o significado
das coisas na sociedade em que se está inserido: os valores e os
costumes.

2. Sociedade e Controle social


Toda sociedade estabelece regras de convivência entre seus membros,
sem as quais seria impossível a convivência social – o controle social.
Esse controle social se dá por meio das normas, que são as obrigações
sociais e podem ser informais ou formais. As normas estão baseadas em

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valores que a sociedade considera essenciais para o seu funcionamento.
As normas, ou seja, as obrigações sociais, são interiorizadas pelos
indivíduos e os conduzem em sua vida social.
O controle social, portanto, está baseado em valores relacionados com
cada sociedade particular.

3. Valores sociais
O valor impõe-se ao indivíduo como algo absoluto, inquestionável.
Os valores variam entre as civilizações e as posições sociais, e variam,
também, em função do tempo.
Os valores quando interiorizados passam a ser vistos como naturais.
Os valores se organizam de tal modo na sociedade que se impõem aos seus
membros, orientando os atos e pensamentos.
Quando os valores se transformam em normas e costumes, asseguram
a regulamentação da vida dos indivíduos em sociedade.

4. Normas e costumes
Os hábitos e os costumes são aprendidos socialmente. São essenciais
para o funcionamento da sociedade e por isso são institucionalizados para
garantir que sejam seguidos. A partir dos hábitos e costumes se estabelecem
as normas.
As normas têm força coercitiva e podem ser:
 Formais: codificadas pelo Direito e sancionadas pelo Poder
Público.
 Informais: costumes e comportamentos ritualizados.

Direito
O Direito estuda as normas expressas que regulam o comportamento
social, estabelecendo direitos e obrigações entre as partes, solucionando
conflitos, por meio de um sistema legislativo específico em cada sociedade.

1. Direito e a realidade social

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O Direito condiciona a realidade social e ao mesmo tempo é resultado
dessa realidade. O fenômeno jurídico é, assim, reflexo da realidade social e
também fator condicionante dessa realidade.
O Direito influencia a política, ciência, educação, ética, arte,
tecnologia, ao senso comum, religião, pois através da legislação favorece ou
não, limita ou estimula, reforça, modifica, enfraquece algum aspecto da
sociedade.
O comportamento social se transforma de acordo com o momento
histórico e as sociedades, daí resulta a variabilidade do direito. Do tipo de
sociedade depende a sua ordem jurídica, destinada a satisfazer as
necessidades dos grupos sociais, dirimir possíveis conflitos de interesses,
assegurar a sua continuidade, atingir as suas metas e garantir a paz social.
O Direito não é apenas um modo de resolver conflitos, pois além de
prevenir e solucioná-los, ele vai além e condiciona, direta e indiretamente, o
comportamento.

2. Direito, valores e costumes


A ordem jurídica é fato constatável em qualquer sociedade complexa.
O aparecimento de um grupo social com instituições próprias corresponde
ao surgimento de um determinado sistema jurídico – contendo as normas
aprovadas e desaprovadas, o meio de coação que garantam a obediência
àquelas normas de conduta.
Isso acontece porque em todos os grupos humanos existe a valoração
de situações, coisas e idéias. A cada valor se estabelece uma conduta,
definindo o justo e injusto, certo e errado, permitido e proibido. São valores
que ao estabelecer regras de conduta garantem a sobrevivência do grupo.
O costume como parte dessa realidade social tem enorme força na
formação do Direito. O costume reflete práticas úteis, aprovadas e ajustadas
à sociedade e, com o tempo, adquirem autoridade própria. Em grande
número de casos, o costume se transformou em Direito Positivo.

1. O Direito e as normas

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A norma contém o princípio ideal de obrigatoriedade e do qual os
indivíduos podem estar conscientes ou não. Os símbolos, os valores e a as
normas dão um sentido e orientam as ações dos indivíduos, que buscam a
satisfação de suas necessidades.
A aplicação das normas varia em função da posição da pessoa no
sistema social. Existem normas que são universalmente aplicadas a todos os
membros do grupo. Outras normas valem apenas para algumas pessoas.
As normas podem ser, também, implícitas e explicitas (linguagem e
códigos). As normas implícitas são transmitidas pela tradição e
comportamento, e podem ter um alto poder de coerção, pois implicam em
sentimentos de obrigatoriedade. São valores interiorizados, dos quais os
indivíduos não têm muita consciência. As normas explícitas são registradas
no nível da consciência pelas declarações verbais e também pelo sentimento
de obrigatoriedade. O poder de coerção de uma norma legal nem sempre
reside no fato de estar registrada em códigos de leis e determinar sanções
legais, mas por fazer parte dos costumes e valores de um povo.
A norma jurídica dispõe da força de coação.

3. O Direito e o Controle social


Controle social é qualquer meio de levar as pessoas a se comportarem
de forma socialmente aprovada. O meio básico de controle social é a
socialização, por meio da assimilação de valores, crenças e normas. A
socialização é o processo de aprendizagem e de interiorização dos elementos
socioculturais, normas, valores do grupo social que estruturam o indivíduo.
A eficiência do controle social se dá quando as pessoas orientam suas
ações segundo as recompensas e as punições (sanções positivas e negativas)
previstas em relação ao cumprimento ou infração das normas sociais, e,
também acreditam na legitimidade das regras impostas. Isso é possível
porque as pessoas interiorizam dos valores e as crenças que fundamentam
as normas.
O controle social não funciona apenas por desejo de recompensas ou o
medo de punição, ou seja, as pessoas não obedecem a uma norma por

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desejo de recompensa ou medo da punição, mas é o significado subjetivo da
recompensa e da punição dado pelo grupo social.
O homem tem uma necessidade básica de ser aceito socialmente, e é
essa necessidade universal que é a fonte psíquica do desejo e de gratificação
e temor às punições.
As sanções positivas e negativas e a socialização são os instrumentos
universais de controle social.
As sanções negativas são mais evidentes que as positivas e podem ser
informais ou formais e ritualizadas. As sanções negativas informais são
aplicadas pela própria sociedade, por pressão social, gerando castigo, perda
de privilégios, desprezo, sentimento de culpa.
As sanções negativas formais são os códigos legais. O direito é uma
forma controle social que exerce coerção efetiva sobre os indivíduos e trata
dos fatores normativos do comportamento social.
A norma jurídica é o instrumento mais institucionalizado e importante
de controle social. O controle jurídico invadiu áreas antes guardadas a
outros tipos de controle social, por exemplo a competição na sociedade
moderna.
Controle social e o controle jurídico são interdependentes.

Conclusão:
O Direito é o instrumento institucionalizado de grande importância
para o controle social. Desde o início das sociedades organizadas
manifestou-se o fenômeno jurídico, como sistema de normas de conduta a
que corresponde uma coação exercida pela sociedade, segundo certos
princípios aprovados e obedientes a formas predeterminadas. A norma
jurídica é resultado da realidade social.
A norma jurídica emana da sociedade e por seus instrumentos e
instituições destinadas a formular o Direito, reflete as crenças, os valores e
os objetivos da sociedade.

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Isso pode ser amplamente observado ao se encontrar uma variedade
de sistemas e normas em diferentes culturas.
Realidades sociais diferentes condicionam ordens jurídicas diferentes.
O Direito surge e evolui em um contexto social e histórico, em resposta
às necessidades dos homens. O Direito e a sociedade se inter-relacionam,
transformando-se. As relações sociais permitem o surgimento do evento
jurídico como uma das expressões sociais mais significativas. O Direito
vigente é, exatamente, aquele que obtém aplicação eficaz na realidade social,
o que se imiscuiu na conduta dos homens em sociedade, e não o que
simplesmente se contém lei, sem ter conseguido força real suficiente para
impor-se aos indivíduos e grupos sociais.
A eficácia social diz respeito à relação entre norma jurídica e
sociedade. Considera-se eficaz a norma jurídica que for adequada à realidade
social e aos seus valores, sendo assim aplicada, respeitada e obedecida.

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