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Ijuí (RS)
2012
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Ijuí (RS)
2012
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Elaborada por
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Profª. Ms. Marta Estela Borgmann
Orientadora
_________________________________________
Prof. Ms. Paulo Carlan
Examinador
AGRADECIMENTOS
MUITO OBRIGADO!
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RESUMO
A cada dia os alunos com necessidades especiais têm chegado às escolas regulares
e com isso gerado a necessidade de pensar no processo de inclusão de uma forma
efetiva que contemple suas necessidades. O estudo realizado tem como tema “A
Educação Física Escolar e o Autismo: Um Relato de Experiência no Instituto
Municipal de Ensino Assis Brasil (IMEAB) no Município de Ijuí (RS)”. Tendo como
objetivo investigar quais as dificuldades encontradas pelo professor de Educação
Física no processo de inclusão de alunos com necessidades especiais, mais
especificamente o aluno com autismo. A abordagem da pesquisa é descritiva
qualitativa, com coleta de dados através de entrevista semiestruturada, realizada
com um professor do ensino fundamental e observação de aulas práticas de
Educação Física. Percebemos que não é somente o despreparo, mas sim a
dificuldade de trabalhar com o aluno autista, pela sua disposição em participar de
todas as atividades o que desprende do professor uma maior atenção em preparar
as aulas e também as atividades propostas. A inclusão de alunos autistas nas aulas
de Educação Física não depende somente dos professores, mas também de uma
política inclusiva que estimule também os alunos em participar de todo o processo
de inclusão.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 40
APÊNDICES .............................................................................................................. 43
8
INTRODUÇÃO
As pessoas com necessidades especiais, até bem pouco tempo, não tinham
acesso às escolas de ensino regular, tanto nas públicas quanto nas particulares,
eram somente atendidas em entidades específicas, com pessoas habilitadas –
preparadas para lidar com as dificuldades específicas.
Há pouco tempo foi inserida a inclusão destas pessoas em escolas regulares
e para tanto os professores tendo a necessidade de buscar formação para que
possam suprir as necessidades das mesmas, aceitá-las e acompanhá-las em seu
desenvolvimento e aceitação.
A Educação Inclusiva vem se expandindo de forma gradativa necessitando
de apoio de todos os segmentos educacionais, com desempenho fundamental dos
professores que trabalharão diretamente com estes alunos.
Entendemos que a Educação Física pode ser um elo de grande importância
neste processo de adaptação, mas desde que o professor encare o desafio para
encontrar a maneira mais adequada e a forma correta de ensinar estas crianças não
só a vencerem seus obstáculos, mas também desenvolver suas potencialidades.
Nesta perspectiva, as capacitações realizadas pelos educadores irão auxiliar
na inclusão destes alunos tornando a Educação Inclusiva um meio de
aprendizagem, onde professores, funcionários e alunos, de escolas tradicionais,
aprenderão a conviver com as diferenças e com isso suprir as dificuldades
encontradas.
O processo de inclusão escolar de crianças autistas nos faz pensar sobre
esta nova realidade, justificando a necessidade desta pesquisa por evidenciar a
preocupação dos docentes e da comunidade escolar em relação à inclusão destes
alunos fora das classes especiais.
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Por isso, os educadores devem dar importância a essa nossa nova realidade
e juntamente com a comunidade escolar buscar soluções, a fim de trabalhar com
essa diferença, fazendo uma tarefa de pesquisa, esclarecimento e conscientização
de todos, para que efetivamente aconteçam mudanças positivas na educação,
independente da deficiência ou não.
Com o acesso destas crianças no ensino regular, constata-se a importância
da preparação dos profissionais da educação neste processo de inclusão. Será que
o Curso de Educação Física prepara o professor para o trabalho com alunos com
Autismo? Esta pesquisa procurou na investigação de campo respostas para esta
questão.
No primeiro capítulo apresento o caminho da pesquisa, os sujeitos, a
metodologia. No segundo capítulo busco explicitar alguns conceitos e ideais sobre a
inclusão na dimensão social e escolar para possibilitar a compreensão deste
processo. Na sequência, no capítulo 3, apresento a análise e posteriormente as
considerações finais que apontam para a necessidade de formação continuada pela
dificuldade de se trabalhar com aluno autista. A inclusão de alunos autistas nas
aulas de Educação Física não depende somente dos professores, mas também de
uma política inclusiva que estimule também os alunos em participar de todo o
processo de inclusão.
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Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o sentido que se está
atribuindo à educação, além de atualizar nossas concepções e ressignificar o
processo de construção do conhecimento da humanidade, compreendendo a
complexidade e amplitude que envolve essa temática.
A escola é um canal de mudanças, portanto a inclusão de crianças com
necessidades especiais na rede regular de ensino pode ser um começo para outras
transformações não somente de pensamentos, mas também de atitudes.
Atualmente a educação vem rompendo barreiras, derrubando paradigmas e
formulando novos conceitos sobre o que é educar e qual sua finalidade. A prática de
inclusão de crianças e adolescentes com necessidades especiais nas escolas
regulares é recente e gera muitas dúvidas, o que torna o tema polêmico e
questionador.
A partir de meados do século XX, com a intensificação dos movimentos
sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da
cidadania das pessoas com deficiência, emerge, em nível mundial, a defesa de uma
sociedade inclusiva.
Conforme Documento do Ministério da Educação, em 1994, o Brasil publica
a Política Nacional de Educação Especial, alicerçado no paradigma integracionista,
fundamentado no princípio da normalização com foco no modelo clínico de
deficiência, atribuindo às características físicas, intelectuais ou sensoriais dos alunos
um caráter incapacitante que se constitui em impedimento para sua inclusão
educacional e social. Sendo definido como modalidades de atendimentos em
Educação Especial no Brasil: escolas e classes especiais, atendimento domiciliar,
em classe hospitalar e em salas de recurso, o ensino itinerante, as oficinas
pedagógicas, a estimulação essencial e as classes comuns.
O acesso de alunos com deficiência ao ensino regular era condicionado
conforme expressa o conceito que orienta quanto à matrícula em classe comum
com:
1
Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.
2
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais IV.
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Isso tudo não é diferente, quando a escola recebe um aluno autista, pois
para educá-lo não basta conhecer e aplicar determinadas técnicas, sendo
necessário tratar de compreender no que consiste ser autista. Frequentemente, os
processos de aprendizagem das crianças autistas são mais lentos e encontram-se
alterados, de forma que a aplicação rotineira de técnicas educacionais termina na
frustração, se não for acompanhada de uma atitude de indagação ativa, de
exploração criativa do que ocorre com a pessoa que educamos. Quando é
acompanhada de forma ampla, a relação educacional com crianças autistas (por
mais “dura” e exigente que seja) transforma-se em uma tarefa apaixonante e que
pode enriquecer erroneamente, tanto o professor quanto a criança.
No entanto, o atendimento de crianças com necessidades educativas
especiais em nossas escolas não deve ser encarada como diferente e, portanto,
menos importante, esse aluno tem o direito a uma educação de qualidade, neste
sentido a Declaração de Salamanca (1994, p. 33-34) é bem clara:
A inquietação de todos está em que existem leis que dizem como se deve
proceder, o que a escola e o professor precisam saber e fazer, porém no dia a dia
não é desta forma que acontece. Não há como dar conta de uma turma toda, com
aluno incluído, com o pouco que se aprende.
Analisando nossa formação acadêmica percebo que disciplinas importantes
para trabalhar neste contexto escolar são mínimas, sem chances de uma
preparação efetiva para enfrentar a sala de aula. O projeto inclusivo não é trabalho
de um professor só, penso que para desenvolver um trabalho de qualidade em sala
de aula, onde há aluno com necessidades especiais é necessário ter um ajudante
(monitor) para que o segundo professor possa discretamente, sem prejudicar seu
trabalho pedagógico, auxiliar o professor.
Hoje cada vez mais a Educação Inclusiva vem se expandindo de forma
gradativa, sendo os professores os principais envolvidos, tendo como o maior
desafio superar as dificuldades encontradas, procurando diferentes maneiras e
formas de ensinar. A formação de professores de modo geral (educador especial ou
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas S.A.,
2002.
APÊNDICES
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________________________________ ________________________________
Pesquisador responsável pelo projeto Sujeito da pesquisa e/ou responsável
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APÊNDICE B – Entrevista
Nome: _____________________________________________________________
Idade: _________ anos
Nascimento: ____/____/______
Naturalidade: ________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________
Bairro: _____________________________________________________________
Cidade: ____________________________________________________________
Formação: __________________________________________________________
Instituição formadora (Universidade): _____________________________________
Tempo de formação: __________________________________________________
Teve contato com alunos com necessidades especiais durante a sua graduação?
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