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1
CONJUNTOS
Esta forma de representar um conjunto, pela enumeração dos seus elementos, chama-se forma de
listagem. O mesmo conjunto também poderia ser representado por uma propriedade dos seus elementos ou
seja, sendo x um elemento qualquer do conjunto P acima, poderíamos escrever:
Sendo y um elemento que não pertence ao conjunto A , indicamos esse fato com a notação y ∉ A.
O conjunto que não possui elementos , é denominado conjunto vazio e representado por φ .
Com o mesmo raciocínio, e opostamente ao conjunto vazio, define-se o conjunto ao qual pertencem todos
os elementos, denominado conjunto universo, representado pelo símbolo U.
∅ = { x; x ≠ x} e U = {x; x = x}.
1.2 - Subconjunto:
Notas:
Assim, se A = {c, d} , o conjunto das partes de A é dado por P(A) = {φ , {c}, {d}, {c,d}}
Entendemos por conjunto numérico, qualquer conjunto cujos elementos são números. Existem infinitos
conjuntos numéricos, entre os quais, os chamados conjuntos numéricos fundamentais, a saber:
N = {0,1,2,3,4,5,6,... }
2
Conjunto dos números inteiros
Z = {..., -4,-3,-2,-1,0,1,2,3,... }
Temos então que número racional é aquele que pode ser escrito na forma de uma fração p/q onde p e q são
números inteiros, com o denominador diferente de zero.
São exemplos de números racionais: 2/3, -3/7, 0,001=1/1000, 0,75=3/4, 0,333... = 1/3, 7 = 7/1, etc.
Notas:
a) é evidente que N ⊂ Z ⊂ Q.
b) toda dízima periódica é um número racional, pois é sempre possível escrever uma dízima periódica na
forma de uma fração.
R = { x; x é racional ou x é irracional}.
Notas:
a) é óbvio que N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R
b) I ⊂ R
c) I ∪ Q = R
3 - Intervalos numéricos
Dados dois números reais p e q, chama-se intervalo a todo conjunto de todos números reais compreendidos
entre p e q , podendo inclusive incluir p e q. Os números p e q são os limites do
Nota: é fácil observar que o conjunto dos números reais, (o conjunto R) pode ser representado na forma de
intervalo como R = ( -∞ ; + ∞ ).
4.1 - União ( ∪ )
Exemplo: {0,1,3} ∪ { 3,4,5 } = { 0,1,3,4,5}. Percebe-se facilmente que o conjunto união contempla todos os
elementos do conjunto A ou do conjunto B.
Propriedades imediatas:
a) A ∪ A = A
b) A ∪ φ = A
4.2 - Interseção ( ∩ )
Exemplo: {0,2,4,5} ∩ { 4,6,7} = {4}. Percebe-se facilmente que o conjunto interseção contempla os
elementos que são comuns aos conjuntos A e B.
Propriedades imediatas:
a) A ∩ A = A
b) A ∩ ∅ = ∅
4
P1. A ∩ ( B ∪ C ) = (A ∩ B) ∪ ( A ∩ C) (propriedade distributiva)
Observe que os elementos da diferença são aqueles que pertencem ao primeiro conjunto, mas não
pertencem ao segundo.
Exemplos:
Propriedades imediatas:
a) A - φ = A
b) φ - A = φ
c) A - A = ∅
Trata-se de um caso particular da diferença entre dois conjuntos. Assim é , que dados dois conjuntos A e B,
com a condição de que B ⊂ A , a diferença A - B chama-se, neste caso, complementar de B em relação a A
.
Simbologia: CAB = A - B.
a) B ∩ B' = φ
b) B ∪ B' = U
c) φ' = U
d) U' = φ
5 - Partição de um conjunto
Seja A um conjunto não vazio. Define-se como partição de A, e representa-se por part(A), qualquer
subconjunto do conjunto das partes de A (representado simbolicamente por P(A)), que satisfaz
simultaneamente, às seguintes condições:
5
Exemplo: Seja A = {2, 3, 5}
Os subconjuntos de A serão: {2}, {3}, {5}, {2,3}, {2,5}, {3,5}, {2,3,5}, e o conjunto vazio - Ø.
X = { {2}, {3,5} }
b) {2} ∩ {3, 5} = Ø
Observe que Y = { {2,5}, {3} } ; W = { {5}, {2}, {3} }; S = { {3,2}, {5} } são outros exemplos de partições do
conjunto A.
Outro exemplo: o conjunto Y = { {0, 2, 4, 6, 8, ...}, {1, 3, 5, 7, ...} } é uma partição do conjunto Z dos números
inteiros, pois {0, 2, 4, 6, 8, ...} ∩ {1, 3, 5, 7, ...} = Ø e {0, 2, 4, 6, 8, ...} U {1, 3, 5, 7, ...} = Z .
Sejam A e B dois conjuntos, tais que o número de elementos de A seja n(A) e o número de elementos de B
seja n(B).
7 - Exercícios resolvidos:
a)7
b)8
*c)9
d)10
6
e)11
2) 52 pessoas discutem a preferência por dois produtos A e B, entre outros e conclui-se que o número de
pessoas que gostavam de B era:
Nestas condições, o número de pessoas que não gostavam dos dois produtos é igual a:
*a)48
b)35
c)36
d)47
e)37
3) UFBA - 35 estudantes estrangeiros vieram ao Brasil. 16 visitaram Manaus; 16, S. Paulo e 11, Salvador.
Desses estudantes, 5 visitaram Manaus e Salvador e , desses 5, 3 visitaram também São Paulo. O número
de estudantes que visitaram Manaus ou São Paulo foi:
*a) 29
b) 24
c) 11
d) 8
e) 5
4) FEI/SP - Um teste de literatura, com 5 alternativas em que uma única é verdadeira, referindo-se à data de
nascimento de um famoso escritor, apresenta as seguintes alternativas:
a)século XIX
b)século XX
c)antes de 1860
d)depois de 1830
a)a
b)b
*c)c
d)d
7
e)e
8 - Exercícios propostos
a) 5
b) 6
c) 7
d) 9
*e)10
2 - Após um jantar, foram servidas as sobremesas X e Y. Sabe-se que das 10 pessoas presentes, 5
comeram a sobremesa X, 7 comeram a sobremesa Y e 3 comeram as duas. Quantas não comeram
nenhuma ?
*a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 0
3) PUC-SP - Se A = ∅ e B = {∅ }, então:
*a) A ∈ B
b) A ∪ B = ∅
c) A = B
d) A ∩ B = B
e) B ⊂ A
*a)35
b)15
c)50
d)45
e)20
*a)2 ou 5
b)3 ou 6
8
c)1 ou 5
d)2 ou 6
e)4 ou 5
LÓGICA
1 - INTRODUÇÃO
A Lógica Matemática, em síntese, pode ser considerada como a ciência do raciocínio e da demonstração.
Este importante ramo da Matemática desenvolveu-se no século XIX, sobretudo através das idéias de
George Boole , matemático inglês (1815 - 1864), criador da Álgebra Booleana, que utiliza símbolos e
operações algébricas para representar proposições e suas inter-relações. As idéias de Boole tornaram-se a
base da Lógica Simbólica, cuja aplicação estende-se por alguns ramos da eletricidade, da computação e da
eletrônica.
A lógica matemática (ou lógica simbólica), trata do estudo das sentenças declarativas também conhecidas
como proposições , as quais devem satisfazer aos dois princípios fundamentais seguintes:
Princípio do terceiro excluído: uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa , não havendo outra
alternativa.
Princípio da não contradição: uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
Diz-se então que uma proposição verdadeira possui valor lógico V (verdade) e uma proposição falsa possui
valor lógico F (falso). Os valores lógicos também costumam ser representados por 0 (zero) para
proposições falsas ( 0 ou F) e 1 (um) para proposições verdadeiras ( 1 ou V ).
De acordo com as considerações acima, expressões do tipo, "O dia está bonito" , "3 + 5" , "x é um número
real" , "x + 2 = 7", etc., não são proposições lógicas, uma vez que não poderemos associar a ela um valor
lógico definido (verdadeiro ou falso).
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma delas, o seu valor
lógico V ou F. Poderia ser também 1 ou 0.
q: " 3 + 5 = 2 " ( F )
r: " 7 + 5 = 12" ( V)
s: " a soma dos ângulos internos de um polígono de n lados é dada por Si = (n - 2) . 180º " ( V )
∧ e
∨ ou
9
→ se ... então
↔ se e somente se
| tal que
⇒ implica
⇔ equivalente
∃ existe
∃| existe um e somente um
3 - O Modificador Negação
Dada a proposição p , indicaremos a sua negação por ~p . (Lê-se " não p " ).
Obs.: duas negações eqüivalem a uma afirmação ou seja, em termos simbólicos: ~(~p) = p .
4 - Operações lógicas
As proposições lógicas podem ser combinadas através dos operadores lógicos ∧ , ∨ , → e ↔ , dando
origem ao que conhecemos como proposições compostas . Assim , sendo p e q duas proposições simples,
poderemos então formar as seguintes proposições compostas: p∧ q , p∨ q , p→ q , p↔ q (Os significados
dos símbolos estão indicados na tabela anterior).
Sejam p e q duas proposições simples, cujos valores lógicos representaremos por 0 quando falsa (F) e 1
quando verdadeira (V). Podemos construir a seguinte tabela simplificada:
p q p∧q p∨q →q
p→ p↔q
1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 0 0
0 1 0 1 1 0
0 0 0 0 1 1
q: 3 + 5 = 8 (valor lógico V ou 1)
Temos:
Assim, a proposição composta "Se o Sol não é uma estrela então 3 + 5 = 8" é logicamente verdadeira, não
obstante ao aspecto quase absurdo do contexto da frase!
Não quero lhe assustar, mas o fato das proposições verdadeiras (valor lógico 1) ou falsas (valor lógico 0),
não podem estar associadas à analogia de que zero (0) pode significar um circuito elétrico desligado e um
(1) pode significar um circuito elétrico ligado? Isto lembra alguma coisa vinculada aos computadores? Pois
é, caros amigos, isto é uma verdade, e é a base lógica da arquitetura dos computadores!
Seria demais imaginar que a proposição p∧ q pode ser associada a um circuito série e a proposição p∨ q a
um circuito em paralelo?
Pois, as analogias são válidas e talvez tenham sido elas que mudaram o mundo!
Vimos no texto anterior, a tabela verdade - reproduzida abaixo - que permite determinar o valor lógico de
uma proposição composta, conhecendo-se os valores lógicos das proposições simples que a compõem.
p q ∧q
p∧ ∨q
p∨ →q
p→ ↔q
p↔
1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 0 0
0 1 0 1 1 0
0 0 0 0 1 1
Podemos observar que é muito fácil entender (e o nosso intelecto admitir) as regras contidas na tabela
acima para a conjunção, disjunção e equivalência, ou seja:
Quanto à condicional "se p então q" , vamos analisá-la separadamente, de modo a facilitar o entendimento
das regras ali contidas:
p q →q
p→
V V V
V F F
F V V
F F V
Se é dada uma proposição p e é possível fazer-se um raciocínio válido que nos conduza a outra proposição
q, consideraremos que p→ q é verdadeira.
1º) p é V e q é V: somente através de um raciocínio válido é possível partir de uma proposição verdadeira
para outra também verdadeira. Logo, p→ q é verdadeira.
2º) p é V e q é F: não existe raciocínio válido capaz de , partindo-se de uma proposição verdadeira chegar-
se a uma proposição falsa. Logo, neste caso, p→ q é falsa.
3º) p é F e q é V: É possível partir de uma proposição falsa e chegar-se através de um raciocínio válido, a
uma proposição verdadeira. Isto é um pouco difícil de entender, mas acompanhe o exemplo abaixo:
Sejam as proposições:
p: 10 = 5 (valor lógico F)
q: 15 = 15 (valor lógico V)
Através de um raciocínio válido, vamos mostrar que é possível a partir de p (falsa), chegar a q(verdadeira).
Com efeito, se 10 = 5, então podemos dizer que 5 = 10. Somando membro a membro estas igualdades
vem: 10+5 = 5+10 e portanto 15 = 15. Portanto a partir de p FALSA foi possível, através de um raciocínio
válido chegar-se a q VERDADEIRA. Logo, p→ q é verdadeira
4º) p é F e q é F: É possível partir de uma proposição falsa e chegar-se através de um raciocínio válido, a
uma proposição também falsa. Senão vejamos:
Sejam as proposições:
p: 10 = 5 (valor lógico F)
q: 19 = 9 (valor lógico F)
Através de um raciocínio válido, vamos mostrar que é possível a partir de p FALSA, chegarmos a q também
FALSA. Com efeito, se 10 = 5, então, subtraindo uma unidade em cada membro, obteremos 9 = 4.
Somando agora membro a membro estas duas igualdades, obtemos 10+9 = 5+4 e portanto 19 = 9, que é a
proposição q dada. Logo, p→ q é verdadeira (V).
Exercícios:
1) Sendo p uma proposição verdadeira e q uma proposição falsa, qual o valor lógico da proposição
composta r: (p∧ ∼ q) → q ?
Analisando os valores lógicos das proposições simples envolvidas e usando-se as tabelas anteriores,
2
concluiremos que apenas a proposição do item (d) é falsa, uma vez que 10 = 100 é V e "todo número
inteiro é natural" é F ( o número negativo -3 por exemplo é inteiro, mas não é natural) . Portanto, temos V →
F , que sabemos ser falsa. (Veja a segunda linha da tabela verdade acima).
Resumo da Teoria
1 - Tautologias e Contradições
p q ∧q
p∧ ∨q
p∨ ∧ q) → (p∨
(p∧ ∨ q)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V
Observe que quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples p e q, a proposição composta
s é sempre logicamente verdadeira. Dizemos então que s é uma TAUTOLOGIA.
(valor lógico falso - F) e q: A Terra é um planeta plano (valor lógico falso - F), podemos concluir que a
proposição composta "Se o Sol é um planeta e a Terra é um planeta plano então o Sol é um planeta ou a
Terra é um planeta plano" é uma proposição logicamente verdadeira.
Opostamente, se ao construirmos uma tabela verdade para uma proposição composta, verificarmos que ela
é sempre falsa, diremos que ela é uma CONTRADIÇÃO.
p ~p ∧ ~p
p∧
V F F
F V F
NOTA: Se uma proposição composta é formada por n proposições simples, a sua tabela verdade possuirá
n
2 linhas.
p q r ∧ q)
(p∧ ∧ q) ∨ r
(p∧
V V V V V
V V F V V
V F V F V
V F F F F
F V V F V
F V F F F
F F V F V
F F F F F
Sendo p e q duas proposições simples quaisquer, podemos dizer que as seguintes proposições compostas,
são TAUTOLOGIAS:
1) (p∧ q) → p
2) p → (p∨ q)
3) [p∧ (p→ q)] → q (esta tautologia recebe o nome particular de "modus ponens")
Você deverá construir as tabelas verdades para as proposições compostas acima e comprovar que elas
realmente são tautologias, ou seja, na última coluna da tabela verdade teremos V V V V.
NOTAS:
b) como uma tautologia é sempre verdadeira, podemos concluir que a negação de uma tautologia é sempre
falsa, ou seja, uma contradição.
Sejam p , q e r três proposições simples quaisquer, v uma proposição verdadeira e f uma proposição falsa.
São válidas as seguintes propriedades:
a) Leis idempotentes
p∧ p = p
p∨ p = p
b) Leis comutativas
p∧ q = q∧ p
p∨ q = q∨ p
c) Leis de identidade
14
p∧v=p
p∧f=f
p∨v=v
p∨f=p
d) Leis complementares
p ∧ ~p = f
p ∨ ~p = v
~v = f
~f = v
e)Leis associativas
f) Leis distributivas
~(p∧ q) = ~p ∨ ~q
~(p∨ q) = ~p ∧ ~q
h) Negação da condicional
~(p→ q) = p∧ ~q
Todas as propriedades acima podem ser verificadas com a construção das tabelas verdades.
Tabela1:
p q →q
p→ → q)
~(p→
V V V F
V F F V
F V V F
F F V F
Tabela 2:
15
p q ~q ∧ ~q
p∧
V V F F
V F V V
F V F F
F F V F
Observando as últimas colunas das tabelas verdades 1 e 2 , percebemos que elas são iguais, ou seja,
ambas apresentam a seqüência F V F F , o que significa que ~(p→ q) = p∧ ~q .
Exs.:
Do item (g) acima, concluímos que a negação procurada é: "Eu não estudo ou não aprendo".
Do item (g) acima, concluímos que a negação é: "O Brasil não é um país e a Bahia não é um estado".
Conforme a propriedade do item (h) acima, concluímos facilmente que a negação procurada é: "Eu estudo e
não aprendo"
RELAÇÕES BINÁRIAS
INTRODUÇÃO
Neste capítulo, vamos estudar apenas os tópicos necessários para um perfeito entendimento do assunto
que será abordado no capítulo seguinte: Funções.
PAR ORDENADO : conjunto ordenado de dois elementos, representado pelo símbolo (x;y) onde x e y são
números reais, denominados respectivamente de abcissa e ordenada.
Propriedade: dois pares ordenados são iguais , quando são respectivamente iguais as abcissas e as
ordenadas. Em termos simbólicos:
(x;y) = (w;z) ⇔ x = w e y = z
Observe que o plano cartesiano pode ser subdividido em quatro regiões , que são denominadas
Quadrantes. Temos então o seguinte quadro resumo:
16
QUADRANTE ABCISSA ORDENADA
1º quadrante + +
2º quadrante - +
3º quadrante - -
4º quadrante + -
Obs:
MÓDULO DE UM NÚMERO REAL : Entende-se por módulo ou valor absoluto do número real a e
escreve-se a , o seguinte:
a = a se a ≥ 0
a = -a se a < 0
Por esta definição, o módulo de um número positivo ou nulo (não negativo) é o próprio número e o módulo
de um número negativo é o simétrico desse número.
P1) w = 0 ⇔ w = 0
PRODUTO CARTESIANO : Dados dois conjuntos A e B , definimos o produto cartesiano de A por B , que
indicamos pelo símbolo AxB , ao conjunto de todos os pares ordenados (x;y) onde x∈ A e y ∈ B. Em termos
simbólicos, podemos escrever:
AxB = { (x;y); x ∈ A e y ∈ B}
c) A x φ = φ
RELAÇÃO BINÁRIA
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Dados dois conjuntos A e B , chama-se relação de A em B , a qualquer subconjunto de AxB. Em termos
simbólicos, sendo ℜ uma relação de A em B , podemos escrever:
ℜ = { (x;y) ∈ AxB ; x ℜ y }
NOTAS:
1) ℜ ⊂ AxB
5) dada uma relação ℜ = { (x;y) ∈ AxB ; x ℜ y } , o conjunto dos valores de x chama- se domínio da relação
e o conjunto dos valores de y chama-se conjunto imagem da relação.
n(A).n(B)
6 - o número de relações possíveis de A em B é dado por 2 .
ℜ = { (y,x) ∈ BxA ; y ℜ x }.
-1
EXERCÍCIOS DE ARITMÉTICA
1 – Um reservatório é alimentado por duas torneiras: a primeira possui uma vazão de 38 litros por minuto e
a segunda 47 litros por minuto. A saída da água dá-se através de um orifício que deixa passar 21 litros por
minuto. Deixando abertas as duas torneiras e a saída da água, o reservatório se enche em 680 minutos.
Solução:
e saem 21 litros.
2 – Um filho sai correndo e quando deu 200 passos o pai parte ao seu encalço. Enquanto o pai dá 3 passos,
o filho dá 11 passos, porém 2 passos do pai valem 9 do filho. Quantos passos deverá dar o pai para
alcançar o filho?
18
Solução:
Temos:
Como a distancia entre eles é de 200 passos, o pai, para vencer a distancia, deverá dar
NOTA: resolvi este probleminha, quando cursava a 1ª série ginasial. Puxa vida! Como o tempo passa
depressa! Achei em minhas anotações, e resolvi publicar aqui, como uma lembrança no tempo!
3 - Um floricultor tem 100 rosas brancas e 60 rosas vermelhas e pretende fazer o maior número possível de
ramalhetes que contenha, cada um, o mesmo número de rosas de cada cor. Quantos serão os ramalhetes e
quantas rosas de cada cor deve ter cada um deles?
Solução:
Para calcular o número de rosas conforme a cor, em cada um dos 20 ramalhetes, basta efetuar:
4 – Numa corrida de automóveis, o primeiro piloto dá a volta completa na pista em 10 segundos, o segundo
em 11 segundos e o terceiro em 12 segundos. Mantendo-se o mesmo tempo, no final de quantos segundos
os três pilotos passarão juntos pela primeira vez pela linha de partida e quantas voltas terão dado cada um
nesse tempo?
Solução:
M(10) = {10, 20, 30, 40, 50, 60, ... , 660, ...}
M(11) = {11, 22, 33, 44, 55, 66, ... , 660, ...}
M(12) = {12, 24, 36, 48, 60, 72, ... , 660, ...}
19
Temos: MMC(10, 11, 12) = 660
Portanto, os 3 pilotos passarão pela primeira vez no ponto de partida, após 660 segundos
NOTA: a determinação do MMC acima, também poderia ser feita pelo método tradicional, ou seja:
2
Portanto MMC(10,12,11) = 2x2x3x5x11 = 2 x3x5x11 = 660
Solução:
Exercícios propostos
1 - Um gato persegue um rato; enquanto o rato dá 5 pulos, o gato dá 3, porém 1 pulo do gato equivale a 2
pulos do rato. O rato leva uma dianteira equivalente a 50 pulos do gato. Quantos pulos o gato deverá dar
para alcançar o rato?
2 - Pretende-se dividir dois rolos de arame de 36 metros e 48 metros de comprimento, em partes iguais e de
maior tamanho possível. Qual deverá ser o comprimento de cada uma destas partes?
Resp: 12 metros
3 - Três despertadores são ajustados da seguinte maneira: o primeiro para despertar de 3 em 3 horas; o
segundo de 2 em 2 horas e o terceiro de 5 em 5 horas. Depois da primeira vez em que os três relógios
despertarem ao mesmo tempo, após quantas horas isto voltará a ocorrer?
Resp: 30 horas
Resp: 40 m/s
20
1 – Um carpinteiro deve cortar três tábuas de madeira com 2,40m, 2,70m e 3m
respectivamente, em pedaços iguais e de maior comprimento possível. Qual deve
ser
o comprimento de cada parte?
SOLUÇÃO:
Transformando as medidas em centímetros, vem: 240, 270 e 300 cm.
Agora, basta calcular o MDC (máximo divisor comum) entre estes números. Teremos,
então:
MDC(240,270,300) = 30.
Logo, o carpinteiro deverá cortar pedaços de madeira de 30 cm de comprimento.
2 – Sabe-se que o MDC (máximo divisor comum) de dois números é igual a 6 e o
MMC(mínimo múltiplo comum) desses mesmos números é igual a 60. Calcule o
produto
desses números.
SOLUÇÃO:
Uma propriedade bastante conhecida é:
Dados dois números inteiros e positivos a e b , é válido que:
MMC(a,b) x MDC(a,b) = a x b
Daí, vem imediatamente que:
a x b = MMC(a,b) x MDC(a,b) = 6 x 60 = 360
3 – Dois cometas aparecem, um a cada 20 anos e outro a cada 30 anos. Se em 1920
tivessem ambos aparecido, pergunta-se quantas novas coincidências irão ocorrer
até o
ano 2500?
SOLUÇÃO:
Trata-se de um clássico problema de MMC.
MMC(20,30) = 60. Logo:
A cada 60 anos haverá uma coincidência de aparições.
Portanto elas ocorrerão nos anos: (a partir de 1920)
1980, 2040, 2100, 2160, 2220, 2280, 2340, 2400, 2460, 2520, ...
Portanto, até o ano 2500, ocorrerão 09 (nove) aparições.
21
4 – Qual o número de divisores positivos de 320?
SOLUÇÃO:
Fatorando o número 320, vem:
320 = 26 x 51
Portanto, o número de divisores de 320 será igual a:
Nd = (6+1) x (1+1) = 7x2 = 14
5 – Quantos divisores positivos o número 2000 possui?
SOLUÇÃO:
Fatorando o número 2000, vem:
2000 = 24 x 53
Portanto, o número de divisores positivos de 2000 será:
Nd = (4+1) x (3+1) = 5 x 4 = 20 divisores.
São eles: 1, 2, 4, 5, 8, 10, 16, 20, 25, 40, 50, 80, 100, 125, 200, 250, 400, 500, 1000
2000, ou seja, 20 divisores positivos.
Existe um algoritmo para determinar todos os divisores positivos de um número natural
positivo. Veremos isto num próximo arquivo a ser publicado em breve.
1 – Introdução
22
(grandezas inversamente proporcionais), marcando-as com setas no mesmo sentido
ou sentidos opostos, conforme o caso.
Exemplo:
STA CASA – SP – Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas por dia, durante 4
dias, produzem 4 toneladas de certo produto. Quantas toneladas do mesmo produto
seriam produzidas por 6 máquinas daquele tipo, operando 6 horas por dia, durante
6 dias?
a) 8 b) 15 c) 10,5 d) 13,5
Vejamos a solução:
Portanto:
SOLUÇÃO:
Portanto:
Resp: 1944 m
2.2 – Em uma fábrica, vinte e cinco máquinas produzem 15000 peças de automóvel
em doze dias, trabalhando 10 horas por dia.
Quantas horas por dia, deverão trabalhar 30 máquinas, para produzirem 18000
peças em 15 dias?
Solução:
Observe que:
Portanto:
Resp: 8 h
Solução:
Podemos também dizer que para realizar o dobro do trabalho, o número de dias
deve aumentar.
24
Portanto, podemos montar o seguinte esquema:
Logo,
Resp: R$15,50
2 - Um livro está impresso em 285 páginas de 34 linhas cada uma com 56 letras em
cada linha. Quantas páginas seriam necessárias para reimprimir esse livro com 38
linhas por página, cada uma com 60 letras?
Um trabalhador recebeu a incumbência de fazer a capinação de um terreno circular de 3 metros de raio, cobrando pelo
trabalho o valor de $10,00. Qual seria o preço justo a ser cobrado para capinar um terreno semelhante, porém com 6
metros de raio?
Solução:
1 – Capinação
2 – Alguns mais desavisados, seriam compelidos a afirmar imediatamente e equivocadamente, que deveria ser cobrado
$20,00, uma vez que 6 metros é o dobro de 3 metros. Ledo engano!.
25
3 – Observe que a área capinada pelo eficiente trabalhador é igual a
NOTAS:
2 - m2 = metro quadrado
Na capinação de uma área circular de 6 metros de raio, ele teria capinado uma área S’ = p.(r’)2 = p.62 = (36.p) m2.
9p 10
36p x
Como o preço a ser cobrado, deve ser diretamente proporcional ao trabalho realizado, vem imediatamente que:
Em resumo:
Se for cobrado $10 para capinar um terreno circular de 3 metros de raio, então, o valor justo a ser cobrado para capinar
um terreno circular de 6 metros de raio, deve ser igual a $40,.
Muitas pessoas achariam $20 um valor justo! Por isto eu lembro: estudem Matemática, mesmo que vocês pretendam
ingressar em cursos que não sejam da área de Ciência Exatas!
O CONJUNTO VAZIO
E = {x; x é um número inteiro maior do que 7} = {8, 9, 10, 11, ... , 205, 206, ... }
Se a propriedade que define os elementos x for contraditória, os elementos não existirão e, diremos, por
extensão, que temos um conjunto sem elementos, o qual é denominado conjunto vazio, representado pelo
símbolo ∅ .
Notas:
∅ = {x; x é diferente de x}
É válido afirmar que o conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto dado, ou seja: ∀ A, ∅ ⊂ A ,
que se lê: qualquer que seja o conjunto A, o conjunto vazio está contido em A (ou é subconjunto de A).
Suponhamos que ∅ ⊄ A, ou seja, que o conjunto vazio não seja subconjunto de um dado conjunto A. Se
isto fosse verdadeiro, então deveria existir pelo menos um elemento no conjunto ∅ , que não pertenceria ao
conjunto A. Ora, isto é um absurdo, pois já sabemos que o conjunto vazio não possui elementos. Então, a
afirmativa ∅ ⊄ A é FALSA , o que nos leva a concluir que ∅ ⊂ A é VERDADEIRA.
27
3 – Não confunda o conjunto vazio ∅ , com o conjunto unitário {∅}, cujo único elemento é o conjunto vazio,
ou seja: ∅ = {∅
∅ } é FALSO.
∅ ⊂ {∅} ou ∅ ∈ {∅} . A primeira afirmação é verdadeira, pois o conjunto vazio é subconjunto de todo
conjunto e a segunda é verdadeira, pois o conjunto {∅} realmente possui o ∅ como elemento e, portanto, é
correto também afirmar que
4 – Não confunda o conjunto vazio ∅ com o conjunto unitário {0}, cujo único elemento é o zero.
Exercício resolvido:
A) {n ∈ R; n > -1}
B) {n ∈ R; n < 0}
C) {n ∈ R; -1 < n < 0}
D) ∅
Solução: Uma condição para que a função quadrática do primeiro membro da expressão dada seja sempre
positiva é expressada na figura seguinte, onde está representada uma função quadrática
2
do tipo y = ax + bx + c :
2) ∆ < 0
2
[-2(n+1)] – 4.n.(n+1) < 0
Simplificando, vem:
4n + 4 < 0
4n < - 4
n<-1
Ora, deveremos ter n < -1 e, pela primeira condição, n deve ser maior do que zero, ou seja: n > 0. Vemos,
pois, que estas condições são contraditórias, ou seja, um número não pode ao mesmo tempo, ser maior do
que zero e menor do que –1. Logo, concluímos que o conjunto das soluções para o valor de n no problema
proposto é um conjunto sem elementos e, portanto, é o conjunto vazio ∅ . A alternativa correta é então a de
letra D.
Exercício proposto
A) A ∈ B
B) A U B = ∅
C) A = B
D) A – B = B
E) B ⊂ A
Resposta: Pelo que foi visto anteriormente, concluímos facilmente que a única alternativa verdadeira é a de
letra A.
ANÁLISE COMBINATÓRIA
01 - Introdução
29
Foi a necessidade de calcular o número de possibilidades existentes nos chamados jogos de azar que levou
ao desenvolvimento da Análise Combinatória, parte da Matemática que estuda os métodos de contagem.
Esses estudos foram iniciados já no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo Fontana (1500-1557),
conhecido como Tartaglia. Depois vieram os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e Blaise Pascal (1623-
1662).
A Análise Combinatória visa desenvolver métodos que permitam contar - de uma forma indireta - o número
de elementos de um conjunto, estando esses elementos agrupados sob certas condições.
02 - Fatorial
Seja n um número inteiro não negativo. Definimos o fatorial de n (indicado pelo símbolo n! ) como sendo:
Para n = 0 , teremos : 0! = 1.
Para n = 1 , teremos : 1! = 1
Exemplos:
a) 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720
b) 4! = 4.3.2.1 = 24
d) 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1
e) 10! = 10.9.8.7.6.5!
f ) 10! = 10.9.8!
T = k1. k2 . k3 . ... . kn
Exemplo:
O DETRAN decidiu que as placas dos veículos do Brasil serão codificadas usando-se 3 letras do alfabeto e
4 algarismos. Qual o número máximo de veículos que poderá ser licenciado?
Solução:
Como o alfabeto possui 26 letras e nosso sistema numérico possui 10 algarismos (de 0 a 9), podemos
concluir que: para a 1ª posição, temos 26 alternativas, e como pode haver repetição, para a 2ª, e 3ª também
teremos 26 alternativas. Com relação aos algarismos, concluímos facilmente que temos 10 alternativas para
cada um dos 4 lugares. Podemos então afirmar que o número total de veículos que podem ser licenciados
30
será igual a: 26.26.26.10.10.10.10 que resulta em 175.760.000. Observe que se no país existissem
175.760.001 veículos, o sistema de códigos de emplacamento teria que ser modificado, já que não
existiriam números suficientes para codificar todos os veículos. Perceberam?
04 - Permutações simples
4.1 - Permutações simples de n elementos distintos são os agrupamentos formados com todos os n
elementos e que diferem uns dos outros pela ordem de seus elementos.
Exemplo: com os elementos A,B,C são possíveis as seguintes permutações: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e
CBA.
4.2 - O número total de permutações simples de n elementos distintos é dado por n!, isto é Pn = n! onde
n! = n(n-1)(n-2)... .1 .
Exemplos:
a) P6 = 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720
P5 = 5! = 5.4.3.2.1 = 120
4.3 - Denomina-se ANAGRAMA o agrupamento formado pelas letras de uma palavra, que podem ter ou não
significado na linguagem comum.
Exemplo:
Exemplo:
Solução:
31
Temos 10 elementos, com repetição. Observe que a letra M está repetida duas vezes, a letra A três , a letra
T, duas vezes. Na fórmula anterior, teremos: n=10, a=2, b=3 e c=2. Sendo k o número procurado, podemos
escrever:
06 - Arranjos simples
6.1 - Dado um conjunto com n elementos , chama-se arranjo simples de taxa k , a todo agrupamento de k
elementos distintos dispostos numa certa ordem. Dois arranjos diferem entre si, pela ordem de colocação
dos elementos. Assim, no conjunto E = {a,b,c}, teremos:
6.2 - Representando o número total de arranjos de n elementos tomados k a k (taxa k) por An,k , teremos a
seguinte fórmula:
Exemplo:
Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0,1,2,...,9. O segredo do cofre é marcado por uma
seqüência de 3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas tentativas deverá fazer(no
máximo) para conseguir abri-lo?
Solução:
As seqüências serão do tipo xyz. Para a primeira posição teremos 10 alternativas, para a segunda, 9 e para
a terceira, 8. Podemos aplicar a fórmula de arranjos, mas pelo princípio fundamental de contagem,
chegaremos ao mesmo resultado:
10.9.8 = 720.
07 - Combinações simples
7.1 - Denominamos combinações simples de n elementos distintos tomados k a k (taxa k) aos subconjuntos
formados por k elementos distintos escolhidos entre os n elementos dados. Observe que duas combinações
são diferentes quando possuem elementos distintos, não importando a ordem em que os elementos são
colocados.
Exemplo:
32
a) combinações de taxa 2: ab, ac, ad,bc,bd, cd.
7.2 - Representando por Cn,k o número total de combinações de n elementos tomados k a k (taxa k) , temos
a seguinte fórmula:
Obs: o número acima é também conhecido como Número binomial e indicado por:
Exemplo:
Uma prova consta de 15 questões das quais o aluno deve resolver 10. De quantas formas ele poderá
escolher as 10 questões?
Solução:
Observe que a ordem das questões não muda o teste. Logo, podemos concluir que trata-se de um
problema de combinação de 15 elementos com taxa 10.
C15,10 = 15! / [(15-10)! . 10!] = 15! / (5! . 10!) = 15.14.13.12.11.10! / 5.4.3.2.1.10! = 3003
Agora que você viu o resumo da teoria, tente resolver os 3 problemas seguintes:
01 - Um coquetel é preparado com duas ou mais bebidas distintas. Se existem 7 bebidas distintas, quantos
coquetéis diferentes podem ser preparados?
Resp: 120
02 - Sobre uma circunferência são marcados 9 pontos, dois a dois distintos. Quantos triângulos podem ser
construídos com vértices nos 9 pontos marcados?
Resp: 84
03 - Uma família com 5 pessoas possui um automóvel de 5 lugares. Sabendo que somente 2 pessoas
sabem dirigir, de quantos modos poderão se acomodar para uma viagem?
Resp: 48
Exercício resolvido:
Um salão tem 6 portas. De quantos modos distintos esse salão pode estar aberto?
Solução:
33
Para a primeira porta temos duas opções: aberta ou fechada
Para as seis portas, teremos então, pelo Princípio Fundamental da Contagem - PFC:
N = 2.2.2.2.2.2 = 64
Lembrando que uma dessas opções corresponde a todas as duas portas fechadas, teremos então
PROBABILIDADES
1 – Introdução
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Por exemplo, no lançamento do dado acima, supõe-se que sendo o dado perfeito, as
chances de sair qualquer número de 1 a 6 são iguais. Temos então um espaço
equiprovável.
34
Normalmente existem diversas possibilidades possíveis de ocorrência de um
fenômeno aleatório, sendo a medida numérica da ocorrência de cada uma dessas
possibilidades, denominada Probabilidade.
Consideremos uma urna que contenha 49 bolas azuis e 1 bola branca. Para uma
retirada, teremos duas possibilidades: bola azul ou bola branca. Percebemos
entretanto que será muito mais freqüente obtermos numa retirada, uma bola azul,
resultando daí, podermos afirmar que o evento "sair bola azul" tem maior
probabilidade de ocorrer, do que o evento "sair bola branca".
onde:
a) sair o número 3:
d) sair um número menor do que 3: agora, o evento A = {1, 2} com dois elementos.
Portanto,p(A) = 2/6 = 1/3.
a) sair a soma 8
Observe que neste caso, o espaço amostral U é constituído pelos pares ordenados
(i,j), onde i = número no dado 1 e j = número no dado 2.
b) sair a soma 12
35
Neste caso, a única possibilidade é o par (6,6). Portanto, a probabilidade
procurada será igual a p(A) = 1/36.
1.3 – Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas vermelhas e 4 bolas amarelas.
Tirando-se uma bola com reposição, calcule as probabilidades seguintes:
3 – Propriedades
p(A) + p(A') = 1
36
Nota: esta propriedade simples, é muito importante pois facilita a solução de
muitos problemas aparentemente complicados. Em muitos casos, é mais fácil
calcular a probabilidade do evento complementar e, pela propriedade acima, fica
fácil determinar a probabilidade do evento.
Exemplo:
Em uma certa comunidade existem dois jornais J e P. Sabe-se que 5000 pessoas são
assinantes do jornal J, 4000 são assinantes de P, 1200 são assinantes de ambos e
800 não lêem jornal. Qual a probabilidade de que uma pessoa escolhida ao acaso
seja assinante de ambos os jornais?
SOLUÇÃO:
n(U) = 8600
4 – Probabilidade condicional
37
Teremos então:
Ora, a expressão acima, pode ser escrita sem nenhum prejuízo da elegância, nem
do rigor, como:
p(A ∩ B) = p(A/B).p(B)
Exemplo:
a) em duas retiradas, sem reposição da primeira bola retirada, sair uma bola
vermelha (V) e depois uma bola branca (B).
Solução:
Supondo que saiu bola vermelha na primeira retirada, ficaram 6 bolas na urna.
Logo:
38
Da lei das probabilidades compostas, vem finalmente que:
b) em duas retiradas, com reposição da primeira bola retirada, sair uma bola
vermelha e depois uma bola branca.
Solução:
Observe atentamente a diferença entre as soluções dos itens (a) e (b) acima,
para um entendimento perfeito daquilo que procuramos transmitir.
Vimos na aula anterior, que num espaço amostral U, finito e equiprovável, a probabilidade de ocorrência de
um evento A é dada por:
Sabe-se que p(A) é um número real que pode assumir valores de 0 a 1, sendo p(A) = 0, a probabilidade de
um evento impossível (conjunto vazio) e p(A) = 1, a probabilidade de um evento certo (conjunto universo).
Já sabemos também que definido um evento A, podemos considerar o seu evento complementar
A’ = {x ∈ U; x ∉ A}.
Ao sortear ao acaso um dos números naturais menores que 100, qual a probabilidade do número sorteado
ser menor do que 30?
Portanto:
Vemos que p(A) + p(A’) = 0,30 + 0,70 = 1, o que confirma que a probabilidade de um evento somada à
probabilidade do seu evento complementar, é igual à unidade.
39
Vimos também na aula anterior que, sendo A e B dois eventos do espaço amostral U, podemos escrever:
Então, vem: p(A ∪ B) = 3/6 + 2/6 – 1/6 = 4/6 = 2/3 = 0,6667 = 66,67%.
NOTA: Se A ∩ B = φ , então dizemos que A e B são eventos mutuamente exclusivos, e, neste caso,
Suponha que no lançamento de um dado, deseja-se saber qual a probabilidade de se obter um número par
ou um número menor do que 2.
A = {2,4,6} ∴ n(A) = 3
B = {1} ∴ n(B) = 1
A ∩ B = ∅ ∴ n(A ∩ B) = 0
Vimos também na aula anterior, que a probabilidade de ocorrência simultânea de dois eventos A e B é dada
por:
onde:
40
Se a ocorrência do evento B não modifica a chance de ocorrer o evento A, diremos que os eventos A e B
são INDEPENDENTES e, neste caso, teremos que p(B/A) = p(B), e a fórmula resume-se a:
p(A ∩ B) = p(A).p(B)
Qual a probabilidade de em dois lançamentos de um dado, se obter número par no primeiro e número ímpar
no segundo?
Ora, os eventos são obviamente independentes, pois a ocorrência de um não afeta o outro.
Logo, teremos:
Suponha que uma caixa possui duas bolas pretas e quatro verdes, e, outra caixa possui uma bola preta e
três bolas verdes. Passa-se uma bola da primeira caixa para a segunda, e retira-se uma bola da segunda
caixa. Qual a probabilidade de que a bola retirada da segunda caixa seja verde?
Ora, teremos: (observe atentamente a simbologia utilizada, comparando com o que foi dito anteriormente).
Portanto, a probabilidade que saia BOLA VERDE na 2ª caixa, supondo-se que a bola transferida é de cor
VERDE, será igual a:
P(V/V’) = 4/5 (a segunda caixa possui agora, 3 bolas verdes + 1 bola verde transferida + 1 bola preta,
portanto, 4 bolas verdes em 5).
41
(2 bolas pretas e 4 verdes, num total de 6).
Portanto, a probabilidade que saia BOLA VERDE, supondo-se que a bola transferida é de cor PRETA, será
igual a:
P(V/P) = 3/5 (observe que a segunda caixa possui agora, 1 bola preta + 3 bolas verdes + 1 bola preta
transferida = 5 bolas).
Daí, vem:
Finalmente vem:
P[(V ∩ V’) ∪ (V ∩ P)] = p(V ∩ V’) + p(V ∩ P) = 8/15 + 1/5 = 8/15 + 3/15 = 11/15, que é a resposta do
problema.
Uma interpretação válida para o problema acima é que se o experimento descrito for repetido 100 vezes,
em aproximadamente 73 vezes será obtido bola verde. Se o experimento for repetido 1000 vezes, em
aproximadamente 733 vezes será obtido bola verde; e se o experimento for repetido um milhão de vezes?
Uma caixa contém três bolas vermelhas e cinco bolas brancas e outra possui duas bolas vermelhas e três
bolas brancas. Considerando-se que uma bola é transferida da primeira caixa para a segunda, e que uma
bola é retirada da segunda caixa, podemos afirmar que a probabilidade de que a bola retirada seja da cor
vermelha é:
a) 18/75
b) 19/45
c) 19/48
d) 18/45
e) 19/75
Resposta: C
Obs: 19/48 = 39,58%, ou seja, em 10.000 experimentos, seriam obtidos aproximadamente 3958 bolas
brancas. Em 100 experimentos? Claro que teríamos aproximadamente 39 bolas brancas.
1 – Uma urna possui três bolas pretas e cinco bolas brancas. Quantas bolas azuis
devem ser colocadas nessa urna, de modo que retirando-se uma bola ao acaso, a
probabilidade dela ser azul seja igual a 2/3?
SOLUÇÃO:
42
Seja x o número de bolas azuis a serem colocadas na urna. O espaço amostral
possuirá, neste caso, 3 + 5 + x = x + 8 bolas.
2 – Considere uma urna que contém uma bola preta, quatro bolas brancas
e x bolas azuis. Uma bola é retirada ao acaso dessa urna, a sua cor é observada
e a bola é devolvida à urna. Em seguida, retira-se novamente, ao acaso, uma bola
dessa urna. Para que valores de x a probabilidade de que as bolas sejam da mesma
cor vale 1/2?
SOLUÇÃO:
Analogamente, vem:
Estes três eventos são INDEPENDENTES – pois com a reposição da bola retirada – a
ocorrencia de um dêles, não modifica as chances de ocorrencia do outro. Logo, a
probabilidade da união desses três eventos, será igual a soma das probabilidades
individuais. Daí, pelos dados do problema, vem que:
(1+16+x2)/(x+5)2 = 1 /2
2(17+x2) = 1. (x+5)2
34 + 2x2 = x2 + 10x + 25
43
x2 – 10x + 9 = 0, de onde concluímos x=1 ou x=9.
de número 08.
Solução:
Teremos então que o número de possibilidades desse evento será dado por:
Q1) Uma máquina produziu 50 parafusos dos quais 5 eram defeituosos. Retirando-se
ao acaso, 3 parafusos dessa amostra, determine a probabilidade de que os 3
parafusos sejam defeituosos.
Q3) FEI-SP – Uma urna contém 10 bolas pretas e 8 bolas vermelhas. Retiramos 3
bolas sem reposição. Qual é a probabilidade de as duas primeira serem pretas e a
terceira vermelha?
44
Resp: 5/34 ou aproximadamente 14,7%
Q4) FMU-SP – Uma urna contém 5 bolas vermelhas e 4 pretas; dela são retiradas
duas bolas, uma após a outra, sem reposição; a primeira bola retirada é de cor
preta; Qual a probabilidade de que a segunda bola retirada seja vermelha?
Já sabemos que:
Podemos escrever: p + q = 1 ∴ q = 1 – p
Onde:
EXEMPLO
Solução:
45
Sejam os eventos:
Teremos:
p(A) = 1/6 = p
1 – Uma moeda é viciada, de forma que as caras são três vezes mais prováveis de
aparecer do que as coroas. Determine a probabilidade de num lançamento sair
coroa.
Solução:
Logo, k + 3k = 1 ∴ k = 1/4.
2 – Uma moeda é viciada, de forma que as coroas são cinco vezes mais prováveis
de aparecer do que as caras. Determine a probabilidade de num lançamento sair
coroa.
Solução:
46
p(A) = p(B) = 2.p(C).
k + k + k/2 = 1 ∴ k = 2/5.
4 – Uma moeda é viciada, de maneira que as CARAS são três vezes mais prováveis
de aparecer do que as COROAS. Calcule as probabilidades de num lançamento sair
COROA.
Resp: 1/4.
5 – Um dado é viciado, de modo que cada número par tem duas vezes mais chances
de aparecer num lançamento, que qualquer número ímpar. Determine a probabilidade
de num lançamento aparecer um número primo.
Solução:
p(2) + p(4) + p(6) + p(1) + p(3) + p(5) = 1, ou seja: a soma das probabilidades
dos eventos elementares é igual a 1.
Assim, temos:
Resp: 1/3
Solução:
47
Os números primos de 1 a 50 são: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41,
43 e 47, portanto, 15 números primos.
p = 15/50 = 3/10.
Resp: 1/5.
9 – Das 10 alunas de uma classe, 3 tem olhos azuis. Se duas delas são escolhidas
ao acaso, qual é a probabilidade de ambas terem os olhos azuis?
Solução:
Exemplos:
Resp: 7/15.
Dica: como nenhuma das alunas deve ter olhos azuis, restam
48