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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
MEDULA ESPINAL (SISTEMA NERVOSO CENTRAL)
REVISÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Sistema Nervoso Simpático
Sistema Nervoso Parassimpático
Neurônios Viscerais Aferentes
DOR REFERIDA
CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS NEURONAIS
DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINAL E DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
INTRODUÇÃO
nodos de Ranvier.
Figura 2-1. Um neurônio aferente (sensitivo). Note o corpo celular e os processos periférico e
central, os quais formam um axônio. Nos nervos espinais, o corpo celular se localiza no gânglio
sensitivo do nervo espinal.
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Figura 2-2. Um neurônio eferente (motor) mielinizado. Observe a direção do potencial de ação
(Pa) no sentido da sinapse com um outro neurônio ou com um músculo esquelético.
FISIOLOGIA
MEDICINA CLÍNICA
Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante auto-imune do sistema nervoso central.
A extensa perda de mielina, a qual ocorre predominantemente na substância branca, causa
degeneração axonal ou mesmo perda de corpos celulares. Em alguns casos, ocorre
remielinização, o que resulta em períodos de recuperação parcial ou total. Esta forma de EM é a
forma mais comum de EM no período do diagnóstico inicial.
As regiões do SNC que contêm axônios mielinizados são chamadas substância branca porque os
corpos celulares de neurônios, são chamadas de substância cinzenta.
HISTOLOGIA
Tecido Nervoso
O epineuro, o perineuro e o endoneuro organizam o nervo em feixes maiores e menores. O
epineuro é contínuo com a dura-máter ou é imediatamente distal ao forame intervertebral; a
aracnóide-máter acompanha as raízes anterior e posterior para se unir à pia-máter. Lateralmente,
as camadas de aracnóide-máter que acompanham as raízes nervosas se fundem entre si,
fechando o espaço subaracnóideo e se unindo ao perineuro. A pia-máter se associa intimamente
ao SNC, mas se reflete de volta, para fora do SNC, com o objetivo de cobrir as artérias, as quais são
descritas como localizadas no espaço subpial, o qual é contínuo com os espaços perivasculares.
chamados neurônios eferentes ou motores. Os axônios destes neurônios multipolares também são
impulsos para o SNC são chamados neurônios aferentes ou sensitivos. No sistema somático, tais neurônios
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chamam exteroceptores. Além disso, receptores localizados nos tendões, nas cápsulas articulares e nos
músculos carreiam o sentido da posição corporal, o que é chamado de propriocepção. Os neurônios
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Figura 2-4. Um corte transversal típico da medula espinal mostrando a localização central da
substância cinzenta e a localização periférica da substância branca.
localizados em estruturas abauladas chamadas gânglios sensitivos do nervo espinal. A raiz posterior contém
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Figura 2-5. Fibras simpáticas pré-ganglionares deixam o ramo anterior dos nervos espinais mistos
(T1-L2) para entrar no gânglio da cadeia simpática por meio dos 14 pares de ramos comunicantes
brancos (A), enquanto os 31 pares de ramos comunicantes cinzentos deixam os gânglios da cadeia
simpática (B). (Somente a metade esquerda do fluxo de saída toracolombar está ilustrada.)
Figura 2-6. Via simpática para as glândulas sudoríparas, músculos eretores dos pêlos e músculos
lisos dos vasos sanguíneos na parede do corpo.
Os neurônios que passam através dos gânglios da cadeia simpática sem fazer sinapse vão inervar
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Figura 2-7. Distribuição dos nervos esplâncnicos (viscerais). As fibras simpáticas pré-
ganglionares passam através dos gânglios simpáticos para formar os nervos esplâncnicos maior,
menor, imo e lombar, que suprem as estruturas viscerais no abdome e na pelve.
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Menor
Nervo T12 Plexo renal
Esplâncnico
Imo
Nervo L1, L2 (L3) Gânglios mesentérico inferior, plexo
Esplâncnico intermesentérico e gânglio
Lombar hipogástrico
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Figura 2-8. Diagrama do fluxo de saída parassimpático (craniossacral). Os nervos cranianos III,
VII, IX e X, assim como segmentos espinais sacrais S2, S3 e S4, têm fibras pré-ganglionares (azuis)
relativamente longas, que fazem sinapse nos gânglios, dentro ou próximos aos órgãos efetores. As
fibras pós-ganglionares curtas (vermelhas) inervam estruturas específicas destes órgãos.
visceral é tipicamente difusa. Freqüentemente, a dor visceral é percebida como surgindo em uma região da
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Localização dos corpos celulares Cornos laterais T1-L2 (saída Tronco encefálico e região sacral
pré-ganglionares toracolombar) da medula espinal S2-S4 (saída
craniossacral)
Localização dos gânglios Tronco simpático e gânglios Nos órgãos do trato
colaterais gastrointestinal, órgãos pélvicos
ou próximo a outros órgãos
Comprimento das fibras Fibras pré-ganglionares Fibras pré-ganglionares longas,
curtas, fibras pós- fibras pós-ganglionares curtas
ganglionares longas, exceto
pelos nervos esplâncnicos
nomeados
Relação das fibras pré- Aproximadamente 1 para Aproximadamente 1 para 2-5
ganglionares com as fibras pós- 33
ganglionares
Transmissor pós-ganglionar Noradrenalina (exceto Acetilcolina
glândulas sudoríparas, que
usam acetilcolina)
DOR REFERIDA
juntas no corno posterior, para fazer sinapse nos mesmos neurônios de segunda ordem. O SNC reconhece, de
HISTOLOGIA
MEDICINA CLÍNICA
A Sensação de Dor
Um infarto do miocárdio (ataque cardíaco) tipicamente produz dor profunda no lado esquerdo
do tórax, irradiando para o lado medial do membro superior esquerdo ou mesmo do quinto
dedo. As fibras sensitivas somáticas destas regiões da parede do corpo e do membro superior
esquerdo fazem sinapse com os mesmos segmentos da medula espinal, T1-T4 ou T5, assim como
as fibras sensitivas viscerais do coração. O SNC não distingue claramente a origem desta dor e
percebe a dor como originada na parede do corpo e no membro superior esquerdo.
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Figura 2-9. A teoria aceita sobre a dor referida diz que ambas as fibras sensitivas, somáticas e
viscerais têm os corpos celulares no mesmo gânglio sensitivo do nervo espinal e fazem sinapse nos
mesmos neurônios de segunda ordem na medula espinal.
TABELA 2-4. Classificação dos Tipos de Fibras Que Suprem o Tronco e os Membros
Classificação Função Estrutura Inervada Origem Embriológica
Aferente somática Dor, tato, temperatura, Pele, músculos Ecoderma, somitos,
geral (ASG) propriocepção esqueléticos, mesoderma lateral
(sensação profunda) membranas serosas somático
parietais
Eferente somática Inervação motora para Músculos esqueléticos Somitos
geral (ESG) os músculos do tronco e membros
voluntários
Aferente visceral geral Aferentes viscerais Órgãos dos sistemas Mesoderma visceral
(AVG) para a informação cardiovascular, lateral, mesoderma
silenciosa dos respiratório, intermédio,
receptores de pressão gastrointestinal e endoderma
sanguínea, química do urogenital
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