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Tomate

O cultivo exige cuidados, demanda nutrientes e rigor nos tratos


culturais, pois a planta é muito sensível a várias pragas e doenças

Texto João Mathias


Consultores: Leonardo Silva Boiteux e Leonardo de Britto Giordano*

Ele pertence à família Solanaceae, a


mesma do pimentão, jiló, berinjela e
batata, mas diferente do que muitos
pensam, não se trata de uma hortaliça.
O tomate é, na verdade, um fruto gerado
a partir da fecundação da flor do
tomateiro (Lycopersicon esculentum).
Com polpa carnosa, suculenta e cheia
de sementes, é base de molhos para
massas e carnes, mas com ele também
são feitas saladas, purês, geléias e
sucos. Dependendo da variedade, o
tomate apresenta vários tamanhos e
formatos.

A santa cruz, cultivada em diversas regiões brasileiras, tem frutos firmes, arredondados e
bem vermelhos. O tipo italiano é alongado, tem sabor adocicado e é adequado para fazer
molhos.

Mais graúdo, o tomate-caqui tem polpa grossa e um pouco ácida. Já o cereja se diferencia
por ser bem pequeno, mas existem os híbridos comerciais "longa vida", de formato do tipo
salada, e cultivares rasteiras, usadas para consumo in natura.

Quando maduro, o tomate é vermelho graças à farta quantidade de licopeno, substância


que combate os radicais livres por meio de sua ação antioxidante. Além disso, previne o
câncer de próstata, ovário e mama, reduz o colesterol e ajuda na defesa do organismo
contra infecções.

No entanto, devido à grande abundância


de sais de cálcio no fruto, portadores de
cálculos renais, reumatismo, artrite
devem evitar o consumo em demasia.

Há também frutos que apresentam cor


alaranjada e contam com boa presença
de beta-caroteno, precursor da vitamina
A. O tomate ainda possui vitamina C,
vitaminas do complexo B, fósforo e
potássio.

Apesar de ser originário da região dos


Andes, da faixa de terras que vai do norte do Chile até a Colômbia, o tomateiro foi
inicialmente cultivado no México. Antes considerado venenoso, por muito tempo o tomate
foi utilizado pelos europeus como planta ornamental. Apenas no século 19, seu consumo
tornou-se difundido. Atualmente, está presente em várias receitas culinárias no mundo
todo.

Raio X
SOLO: areno-argiloso, profundo, solto, permeável, bem drenado e pouco ácido
CLIMA: de preferência ameno, mas pode ser encontrado em regiões de clima tropical de
altitude, subtropical e temperado
ÁREA: hortas em pequenos canteiros
COLHEITA: de três meses a 100 dias depois do transplante
CUSTOS: em média, dois a três reais o pé
Mãos à obra
PLANTIO - O tomate pode ser plantado o ano todo, desde
que em regiões onde o clima é ameno. Temperaturas muito
baixas, como geadas, ou calor em excesso, prejudicam o
desenvolvimento e a produção do tomateiro. Em locais frios,
o cultivo deve ser realizado entre os meses de agosto e
janeiro. Plante de março a maio em áreas com
temperaturas elevadas.
AMBIENTE - O tomateiro se dá bem em locais com
condições climáticas variadas, porém com pouca chuva.
Pode ser encontrado em regiões de clima tropical de
altitude, subtropical e temperado. Mas a cultura prefere
ambientes com temperatura noturna entre 15 e 19 graus e
diurna de 19 a 24 graus.
LOCAL - Para cultivar o tomate, o terreno deve ser
profundo, solto, permeável, bem drenado, areno-argiloso e
com pH entre 5,5 e 6,5. O espaçamento entre plantas pode
variar de 50 a 60 centímetros e, entre os sulcos, de um a
1,20 metro. A colheita é feita de 90 a
IRRIGAÇÃO - Mantenha o terreno sempre úmido. Irrigue as 100 dias depois do início do
plantas a cada dois ou três dias. Boa incidência de sol transplante
também é recomendado, pois evita o desenvolvimento de
plantas finas e quebradiças.
DICA - O tomateiro apresenta bom crescimento quando no mesmo canteiro são plantadas
ervas aromáticas.
PROPAGAÇÃO - Inicie o plantio do tomateiro pelo sistema de mudas produzidas em
bandejas de isopor. Coloque as sementes, que podem ser compradas em lojas de
produtos agropecuários, nas células preenchidas com um substrato comercial. Evite o
excesso, porém molhe diariamente as mudas nessa fase inicial. Mantenha as bandejas
em ambiente protegido, para impedir ataque de pragas e insetos transmissores de
doenças, como traça-do-tiro, ácaros, mosca branca, tripes, pulgões e burrinho.
TRANSPLANTE - As plantas são transplantadas para o local definitivo assim que as
mudas atingirem de quatro a cinco folhas, ou de sete a dez centímetros de altura. Sem
apertar muito as hastes, amarre varas de bambu ou madeira de dois metros de altura em
cada planta.
COLHEITA - Com muitos ramos e caule flexível, o tomateiro tem sua colheita depois de
90 a 100 dias do início do transplante. Como o tomate continua amadurecendo fora do pé,
pode ser colhido ainda não maduros.

*Leonardo Silva Boiteux e Leonardo de Britto Giordano são pesquisadores em genética e


melhoramento de hortaliças da Embrapa Hortaliças, Rod. BR-060, km 9, Caixa Postal 218,
CEP 70359-970, Brasília, DF, tel. (61) 3385-9072 e 3385-
9073, boiteux@cnph.embrapa.bre giordano@cnph.embrapa.br
Mais informações: Para outras orientações sobre cultivo de tomate, entre em contato
com a Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do seu estado

http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1510079-
4529,00.html

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