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Moana – Um Mar de Aventuras: Um filme sobre sororidade

A história se desenrola no Pacífico e o enredo traz referências a crenças e mitos da população


polinésia. Moana, uma jovem de 16 anos, foi escolhida não só como a protagonista do filme, mas
como a salvadora de seu povo, aquela que livraria as ilhas de uma terrível maldição que foi
lançada desde a remoção do coração de Te Fiti, a deusa que cria vida.
O filme começa com Moana ainda bebê, encarando o mar e como ele parece lhe chamar. Ela é
filha do líder de sua aldeia, que não apenas protege os moradores da ilha, como também sua
própria filha com unhas e dentes. Logo no início da trama, quando Moana, ainda criança, tenta
a todo custo desbravar o mar, seu pai lhe canta algo como “você será a grande chefe de nosso
povo, mas primeiro tem que aprender onde é o seu lugar”. E assim se desenrola, até que ela
mesma esteja convencida disso e vire as costas para o mar.
Porém, com o passar dos anos, Moana torna-se mais independente e, como falado por outros
personagens do filme, teimosa. Ela passa a ser mais importante para o seu povo, que está
passando por uma fase terrível devido à uma maldição lançada nas ilhas. A vontade de ajudar
as pessoas faz com que ela volte a se questionar sobre o seu lugar e sobre a possibilidade de
desbravar o mar em busca de peixes, que estão escassos. Olhando para o mar, Moana se
questiona: “será que eu vou? Ninguém tentou”.
É nesse ponto que entra uma das personagens mais importantes nessa aventura de Moana: sua
avó. Ao ouvir a neta, ela fala para que essa siga seu sonho: “quem sabe ser feliz, não volta atrás”,
diz a avó passa a Moana. Quando questionada pela neta, a avó ainda diz que toda vila tem uma
louca e que aquela era a função dela. Apesar do seu jeito exuberante e suas histórias e lendas,
a avó talvez seja uma das personagens mais lúcidas e sagazes de toda a trama.
Moana, então, resolve partir “para além dos recifes”, que é onde ela acredita não só encontrará
peixes, mas que será capaz de ajudar sua ilha a se livrar da maldição. Essa decisão só foi tomada
após o encorajamento da avó e da mãe de Moana, que a ajudaram a partir antes que o pai
percebesse a fuga e a impedisse. A protagonista, então, parte sozinha numa aventura rumo ao
desconhecido, a fim de reestruturar a vida e a natureza que vinham se perdendo não só na sua
ilha, mas em outras ao redor também.
Até este ponto, a Disney já havia deixado alguns pontos bem claros a quem assistia. É difícil não
se identificar com Moana, uma mulher que busca crescer, mas é impedida por uma figura
masculina, que exige que a protagonista “aprenda onde é o seu lugar”. As únicas, porém, que
quebram com esse cerceamento ao redor de Moana são a avó e a mãe, a primeira assumindo
um papel de louca, título tantas vezes taxado à mulheres independentes. Aqui, também,
podemos entender mais sobre a sororidade: quando uma acredita na outra e lhe dá forças, não
só a torna mais forte, como se fortalece também. Por fim, algo interessante a se destacar é que
Moana é uma personagem adolescente ainda: 16 anos. Seu corpo foi retratado como deveria
ser, um corpo de uma adolescente, e suas roupas, com comprimentos e larguras normais, não
a deixam hiperssexualizada.
Maui, o semideus
Na segunda parte do filme, Moana vai atrás de Maui, um semideus que realmente existe na
mitologia polinésia, para que ele lhe ajude em sua missão – mas calma, ela não vai atrás dele
pois “precisa de um homem para a missão”, mas sim porque ele foi o responsável direto pela
maldição que assola a ilha ao ter retirado, milênios antes, o coração de Te Fiti e só ele pode
ajudar Moana a restaurá-lo.
Maui é praticamente composto por estereótipos de machismo que as mulheres têm que enfrentar
em seus cotidianos. Desde o semideus maravilhoso que fez tudo (fez as ilhas, criou o verão,
etc), até o homem forte que não precisa de ajuda “de uma humana”, como é dito por ele no filme,
mas que pode ser considerado como “de uma mulher”, se pensarmos na nossa realidade. Diante
de Maui, Moana precisa se esforçar para provar que é capaz, que é corajosa e que tem
sabedoria.
Em determinado momento da missão, Maui diz que para realizar algum feito “Tem que ser
aventureiro, princesa”, ao que é rebatido prontamente por Moana: “Eu não sou princesa”. E, de
fato, ela não é. E é isso que a Disney pretende mostrar para as meninas (e meninos, por que
não?) não só com essa cena, mas com o filme como um todo: meninas não precisam ser
princesas, podem ser guerreiras e corajosas, que lutam descalças e com o cabelo se
desarrumando, pois são humanas.
Ainda no começo da relação com Maui, Moana precisa ouvir outras coisas como “Você não
deveria estar na aldeia cuidando dos bebês?” e “Por que a sua aldeia te escolheu?”, mostrando
os já comentados estereótipos machistas, de que a mulher deve manter-se em seu lugar, que é
no lar, cuidando de filhos.
Porém, em determinado momento, Maui desiste da missão, deixando Moana sozinha. Ela quase
desiste também, mas um encontro com a avó (aqui, novamente, a sororidade), faz com que ela
mude o discurso de “Eu sou Moana e vou fazer você, Maui, cruzar o oceano” para “Eu sou Moana
e eu vou cruzar o oceano”. A determinação de Moana, sua força e sua paixão, aliadas à
sororidade, fazem com que ela não desista de salvar o seu povo.
Já no final, numa das cenas mais belas do filme, percebemos que a escolha de Moana para a
missão não foi ao acaso, mas está intimamente relacionada à sororidade. Te Fiti, uma deusa,
não poderia ter escolhido ninguém mais que uma mulher para ajudá-la e, ao fazer, Moana não
apenas ajudou a deusa, mas se fortaleceu, mostrando que mulheres podem ser e são, sim,
guerreiras e que enquanto tivermos umas às outras e nos apoiarmos, seremos mais fortes.
O que é Sororidade:
Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em
busca de alcançar objetivos em comum.
O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um
aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.
Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias
mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados
por uma sociedade machista e patriarcal.
A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre
as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas
reivindicações.
A origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”. Este termo pode ser
considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer
dizer “irmão”.

Estórias e Lendas Māori


Māori é uma cultura oral rica em estórias e lendas. A história da criação Māori descreve a
formação do mundo pela separação violenta de Ranginui, o Pai do Céu, e Papatuanuku, a Mãe
Terra, por seus filhos. Muitas esculturas e obras de arte Māori retratam graficamente esta luta.
Pescando uma Ilha
A criação da Nova Zelândia é descrita pela lenda de Maui. Este Deus conseguiu, entre outras
coisas, a aproveitar o sol para tornar os dias mais longos. Contudo, a sua maior reivindicação à
fama foi ter pescado a Ilha do Norte, que é descrita como “Te Ika a Maui” (o peixe de Maui).
Um olhar sobre um mapa aéreo da Ilha Norte vai mostrar quão perto ela se assemelha a um
peixe. Na crença Maori acredita-se que o extremo norte da Ilha como sendo a cauda do peixe e
Wellington Harbour a boca.
As Lendas Māori descrevem a Ilha Sul, como a “waka” (canoa) de Maui e Stewart Island (Rakiura)
como sua “punga” (âncora).
A Lenda de Maui
A lenda Maui encarna a idéia do Pacifico Sul de um herói, embora não seja um Deus, ele era
talentoso, inteligente e andou entre os reinos dos deuses e dos homens. A mitologia Māori e
Polinésia inclui numerosas lendas de Maui pescando terras novas, a Ilha Norte da Nova Zelândia
foi a maior.
Com a ajuda de seus irmãos, o herói mítico Maui pesca “Te Ika-roa-a-Māui (o grande peixe de
Māui) – conhecido como a Ilha norte da Nova Zelândia. Em algumas tradições, sua waka (canoa)
tornou-se a Ilha Sul, conhecida como Te Waka a Māui. Em outras, é conhecida como
Nukutaimemeha, e é dito que residem no cume de Hikurangi, a montanha ancestral da tribo Ngāti
Porou.
Maui é o talentoso, valente, semideus sobrenatural da mitologia, tradição e folclore da Polinésia,
responsável pela pesca da Ilha Norte de Aotearoa, nome da Nova Zelândia no idioma Māori.
Embora não sendo um Deus ele era iluminado, inteligente e corajoso com poderes sobrenaturais
que lhe permitiram superar as façanhas dos homens comuns.
Ele possuía uma mente inquieta e nunca estava satisfeito até receber as respostas às suas
perguntas. Um especialista em jogos, quando ele jogou um dardo isso foi mais longe, quando
ele empinou uma pipa era a mais alta e quando ele pescava, ele traria para casa cestos cheio
enquanto seus irmãos apenas alguns.
Maui adquiriu poderes mágicos e andou entre os reinos dos deuses e dos homens. Ele era um
semideus com algumas das limitações da humanidade, mas com habilidades que lhe permitiram
ter uma medida de controle sobre as forças da natureza.
Atos sobrenaturais
O natural e o sobrenatural combinam nos mitos de Maui. Depois de um nascimento e educação
milagrosos ganhou o carinho de seus pais sobrenaturais, ensinou artes úteis à humanidade,
laçou o sol e domesticou o fogo. Maui finalmente encontrou a morte ao tentar matar a deusa da
morte, Hine nui-te-po.
Diz a lenda que Maui poderia assumir formas à sua vontade, a favorita era a de kererū ou pombo
torcaz. Agora, uma espécie de ave protegida, o kererū faz sua casa em florestas nativas em toda
a Nova Zelândia.
Em uma tradição, o lendário malandro Maui se transformou num kererū (pombo-torcaz) para voar
atrás de sua mãe. Muitas tradições Maori mostram um relacionamento íntimo e místico entre
seres humanos e natureza.
Maui pescador de terras
Há inúmeras lendas Polinésias sobre Maui pescando terras novas, Te Ika a Maui (a Ilha Norte
da Nova Zelândia) foi a maior.
Desprezado pelos seus quatro irmãos, Maui seriam deixado para trás quando eles foram pescar.
Então, secretamente ele fez um anzol de um osso maxilar ancestral mágico. Então uma noite,
ele penetrou na canoa de seus irmãos e se escondeu sob o piso.
Foi quando os irmãos estavam longe da vista da terra, e encheram o fundo de sua canoa com
os peixes que Maui se revelou. Então ele tirou o anzol mágico e jogou sobre o lado da canoa
recitando encantamentos mágicos.
O gancho foi fundo e mais fundo no mar até que Maui sentiu que o gancho tinha tocado alguma
coisa. Ele puxou delicadamente e muito abaixo do gancho pegou rápido e junto com seus irmãos
trouxe o peixe para a superfície.
Maui advertiu seus irmãos a esperar até que ele tivesse apaziguado Tangaroa o deus do mar
antes de cortar o peixe. Eles cansaram de esperar e começaram a cortar pedaços para si
próprios. Estes são agora os muitos vales, montanhas, lagos e costões rochosos da Ilha do
Norte.
Há muitos nomes de lugares em toda a Nova Zelândia associados com esta lenda Maui em
particular, incluindo a Ilha Sul, que também é conhecida como “Te Waka a Maui” ou a canoa de
Maui e Stewart Island ou Rakiura também conhecida como “Te Punga a Maui” ou a âncora de
pedra de Maui.
Hoje, a proa esculpida da waka Maui forma as intrincadas vias navegáveis de Marlborough
Sounds. “Pou” (mensagens esculpidas) perto de Waikawa se apresentam como protetores na
proa da grande canoa.
Em torno da base das encostas cobertas de floresta, as águas límpidas e enseadas de areia dos
fiordes oferecem um cenário poético para caiaque, canoagem, caminhadas e mountain bike.
A mais nova terra e as mais antigas lendas
A história Maui é dita que contém um grande número de mitos únicos e antigos, mais antigos do
que os de qualquer outro personagem lendário da mitologia de qualquer nação. Há cerca de 20
lendas Maui ao todo.
As lendas Maui não são só diferentes de qualquer outro país, elas também são únicas no caráter
das ações registradas.
Maui pelo pacífico
Aotearoa, Nova Zelândia é um dos três centros das lendas Maui, os outros são Hawaii e Tahiti.
Maui também aparece no folclore de Tonga, Fiji, Samoa e Tokelau, bem como em muitas outras
ilhas do Pacífico Sul. Apesar da dispersão geográfica, as histórias continuam a ser
essencialmente as mesmas hoje.
Fonte: www.newzealand.com

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