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DIMENSIONAMENTO DE LIGAÇÕES

EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Bárbara Daniela Giorgini Sepúlveda


Euler de Oliveira Guerra
Péricles Barreto Andrade
Sabrina Resende Antunes
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
1.1 Objetivo:...............................................................................................................3
2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS PLANILHAS...............................................4
3 LIGAÇÕES ANALISADAS......................................................................................... 4
3.1 Ligação Flexível com duas cantoneiras de extremidades (LCPP – LCSP)........ 4
3.2 Ligação Flexível com chapa de extremidade (LCHE)......................................... 5
3.3 Ligação flexível com chapa simples (LCHS).......................................................5
3.4 Ligação rígida com chapa de cabeça parafusada assimétrica (LMPA).............. 6
3.5 Ligação rígida soldada simétrica (LMSS)............................................................6
4 VERIFICAÇÕES DE resistências...............................................................................7
5 EXEMPLO DA PLANILHA ELETRÔNICA................................................................. 9
6 CONCLUSÃO...........................................................................................................10
7 REFERÊNCIAS .......................................................................................................10

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1 INTRODUÇÃO

Em todo projeto de estrutura metálica, as ligações entre elementos estruturais


constituem um dos aspectos mais importantes. O termo ligação é aplicado a todos
os detalhes construtivos que promovam a união de partes da estrutura entre si ou a
sua união com elementos externos a ela. Para isso, as ligações se compõem dos
elementos estruturais e dos meios de ligação, como conectores e solda.

No projeto de uma ligação determinam-se os esforços solicitantes nos seus


componentes (parafusos, soldas e acessórios, como chapas ou cantoneiras), os
quais devem ser menores que os respectivos esforços resistentes. A rigidez de cada
ligação adotada no modelo estrutural deve ser consistente com a rigidez oferecida
pelo detalhe projetado para aquela ligação. Em geral, as ligações são modeladas
como perfeitamente rígidas ou como rotuladas (flexíveis), podendo ainda ter rigidez
intermediária entre esses dois extremos (semi-rígidas). Conhecendo-se os esforços
nos componentes da ligação, adota-se um modelo realista para determinar a
distribuição de forças nos elementos da ligação.

As ligações representam uma parcela pouco significativa do peso total da estrutura,


porém, possuem preços de fabricação e montagem elevados. Soluções que
considerem economia no projeto das ligações são merecedoras de destaque.

1.1 Objetivo:
As ligações estruturais desempenham um papel fundamental no comportamento
global das estruturas de aço. Além dos aspectos técnicos relacionados com a
resistência, qualidade e segurança é importante levar em consideração que as
ligações representam um importante componente no custo da estrutura e compõem
a estética da construção. A intenção deste trabalho é oferecer aos profissionais da
construção em aço, de forma prática e objetiva, um programa que facilite elaboração
do projeto e que faça as inúmeras verificações de resistência das ligações.

A forte competitividade no mercado das empresas de consultoria exige reduções


importantes nos custos de projeto, o que induz a automatização de todas as etapas
do desenvolvimento do projeto. Existem programas de computador que cumprem
com eficiência e praticidade etapas como o lançamento da estrutura, definições de
materiais, seções transversais de barras, elementos de placas, cascas, sólidos,
combinações de carregamentos, análise estática ou dinâmica, linear ou não linear,
de primeira ordem ou de segunda ordem, geração de desenhos de fabricação e
dimensionamento através de normas nacionais e internacionais. Entretanto, na
etapa de cálculo das ligações, reside ainda ausência de automação, embora já
existam alguns programas que realizam as verificações de algumas ligações
padronizadas.

Desenvolveu-se um total de seis planilhas eletrônicas que automatizam as inúmeras


verificações necessárias para o funcionamento adequado e seguro de ligações entre
perfis “I”.

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2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS PLANILHAS

Com base na publicação “Ligações para estruturas de aço” da Gerdau Açominas,


foram geradas planilhas eletrônicas, em Excel, nas quais o usuário define as
características geométricas dos componentes da ligação e as propriedades
mecânicas dos materiais envolvidos. Cada planilha define a resistência da ligação
com base nas verificações de desempenho prescritas pela norma ABNT
NBR8800/1986 - Projeto e execução de estruturas de aço em edifícios.

Foram analisados quatro tipos de ligações flexíveis e dois tipos de ligação rígida.

Nas verificações de resistência não foram abordadas as referentes aos elementos


suportes, onde estão apoiados os perfis com suas ligações. Ressalta-se então que
as verificações destes elementos devem ser contempladas pelo profissional
responsável pela análise completa da ligação.

O usuário poderá definir tipo de parafuso, solda, espaçamentos entre parafusos e


entre parafusos e borda, tipo de aço dos componentes da ligação, perfil soldado,
laminado ou eletro-soldado. Desta forma o usuário não fica restrito a padrões pré-
estabelecidos, como os que viabilizaram o desenvolvimento das tabelas de
resistência constantes da publicação citada anteriormente.

O usuário após a definição dos parâmetros de projeto da ligação obterá uma lista
com todas as verificações de resistência, e como informação final, visualizará a
menor das resistências determinada pela planilha, a qual define a capacidade de
carga da ligação.

O grande diferencial das planilhas para a publicação citada está no fato de que o
usuário tem visibilidade de qual verificação de desempenho está definindo a
resistência da ligação. Com auxílio da planilha, definem-se mudanças no projeto
original de forma a gerar uma nova ligação que resista ao esforço solicitante de
cálculo, permitindo a otimização do projeto da ligação.

3 LIGAÇÕES ANALISADAS

3.1 Ligação Flexível com duas cantoneiras de extremidades (LCPP – LCSP)


A figura 1 mostra uma ligação através da alma com duas cantoneiras, as quais
podem ser parafusadas nas duas abas (LCPP) ou com duas abas soldadas na viga
apoiada e parafusadas no elemento suporte que pode ser viga ou pilar (LCSP). Em
geral, as cantoneiras são soldadas à alma da viga e parafusadas ao elemento
suporte. Nesse caso considera-se a rótula na face do elemento suporte (plano da
ligação parafusada). No caso da verificação da aba soldada, a solda deve ser
dimensionada para um cortante e um momento, considerando-se a distância entre a
rótula e o centro de gravidade das linhas de solda.

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Figura 1 – Ligação rotulada com duas cantoneiras de extremidade.

3.2 Ligação Flexível com chapa de extremidade (LCHE)


Esse tipo de ligação, esquematizada na figura 2, engloba as situações em que a
viga é conectada ao flange ou à alma de pilar. A chapa de extremidade não
necessita ter a mesma altura do perfil da viga. A flexibilidade dessa é ligação
garantida pela pequena espessura da chapa de extremidade.

Nesse tipo de ligação não são previstos recortes na viga. O esforço normal
solicitante de cálculo Nd é considerado atuando no centro da ligação produzindo,
portanto, momento fletor na viga apoiada.

Figura 2 – Ligação rotulada com chapa de extremidade.

3.3 Ligação flexível com chapa simples (LCHS)


Essa ligação, esquematizada na figura 3, consiste de uma chapa vertical soldada
com filete duplo no elemento suporte (pilar) e parafusada na alma da viga apoiada.

A ligação é projetada para suportar uma carga vertical e um momento decorrente da


excentricidade da força vertical em relação aos parafusos. O esforço normal
solicitante de cálculo Nd é considerado no centro da ligação, produzindo, portanto,
momento fletor na viga apoiada.

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Figura 3 – Ligação rotulada com chapa simples.

3.4 Ligação rígida com chapa de cabeça parafusada assimétrica (LMPA)


Essas ligações estão projetadas assimetricamente, considerando que o momento
atuante sempre traciona os parafusos superiores, objetivando economia de
parafusos e mão de obra, conforme esquema da figura 4.

Entretanto, quando houver possibilidade de inversão do momento, deverá ser


obrigatoriamente projetada uma ligação simétrica, obedecendo às disposições
construtivas e a quantidade de parafusos da parte superior deve ser repetida na
parte inferior.

Figura 4 – Ligação rígida com chapa de cabeça parafusada assimétrica.

3.5 Ligação rígida soldada simétrica (LMSS)


Essas ligações, conforme esquematizado na figura 5, consistem de uma composição
da ligação parafusada com chapa simples na alma da viga, para transmitir a força
cortante, com uma ligação soldada com penetração total nas abas da viga, para
transmitir o momento fletor.

Esse tipo de ligação é bastante utilizado por apresentar custo reduzido e facilidade
de posicionamento durante a montagem. A viga fica posicionada por meio da chapa

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simples parafusada na alma, liberando os equipamentos de montagem e posterior
execução das soldas das abas.

Figura 5 – Ligação rígida soldada simétrica.

4 VERIFICAÇÕES DE RESISTÊNCIAS

Empregou-se o método dos estados limites para a definição das resistências das
ligações, com base nas prescrições da NBR8800. Também conhecido como método
dos coeficientes das ações e das resistências, baseia-se na aplicação de
coeficientes de segurança tanto às ações nominais quanto às resistências nominais.
A partir das combinações das ações de cálculo determinam-se os efeitos de cálculo
das ações, que são comparados com as resistências de cálculo.

Para ligações com Duas Cantoneiras Parafusadas nas Duas Abas (LCPP) é
necessário verificar:

• Corte dos parafusos


• Esmagamento e rasgamento nas cantoneiras
• Esmagamento e rasgamento na alma da viga apoiada
• Cisalhamento da cantoneira
• Cisalhamento da alma da viga apoiada
- Viga sem recorte
- Viga com um recorte
- Viga com dois recortes
• Colapso por rasgamento das cantoneiras ("block shear")
• Colapso por rasgamento da alma da viga apoiada ("block shear") para vigas
com recorte;
• Início de escoamento da seção bruta devido à tensão normal de flexão no
perfil recortado;
• Flambagem local da alma da viga apoiada na região do recorte;

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• Determinação de Nd que, em conjunto com 50% de Vd , provoca a plastificação
das cantoneiras.

Para ligação com duas cantoneiras soldadas em uma aba e parafusadas na outra
(LCSP), deve-se verificar os mesmos itens descritos acima acrescido da verificação
da solda das cantoneiras.

Para ligações flexíveis com chapa de extremidade (LCHE) deve-se verificar:

• Corte dos parafusos


• Esmagamento e rasgamento na chapa de extremidade
• Cisalhamento da chapa de extremidade
• Cisalhamento da alma da viga apoiada
• Determinação de Nd que, em conjunto com 50% de Vd, provoca a plastificação
da chapa de extremidade
• Flexão da chapa de extremidade e verificação da solda

Para ligações flexíveis com chapa simples (LCHS), foram consideradas duas
situações distintas: uma sem força normal na viga apoiada e outra com uma força
normal de cálculo máxima, atuando simultaneamente com a metade da força
cortante de cálculo. As verificações foram:

• Corte dos parafusos


• Esmagamento na chapa
• Esmagamento na alma da viga
• Colapso por rasgamento ("block shear") da chapa
• Colapso por rasgamento ("block shear") da alma do perfil
• Cisalhamento da chapa
• Tensão normal na chapa
• Verificação da solda
• Flambagem local da chapa
• Determinação de Ndmax , em conjunto com 50% de Vdmax

Para ligações rígidas com chapa de cabeça assimétrica (LMPA) verificou-se:

• Resistência ao momento fletor


• Tração nos parafusos
• Flexão da chapa de cabeça do perfil
• Verificação das soldas das mesas
• Verificação das soldas da alma
• Corte dos parafusos
• Corte combinado com tração nos parafusos

Para ligações rígidas soldadas simétricas (LMSS) foram verificados todos os itens
citados na ligação flexível com chapa simples (LMPA) além dos elementos abaixo:

• Resistência do Perfil ao momento fletor


• Resistência das soldas das mesas

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• Verificação da ligação da alma com chapa simples
5 EXEMPLO DA PLANILHA ELETRÔNICA

Figura 6 – Exemplo de uma das planilhas eletrônicas para verificações de


resistências em Ligações Flexíveis com Chapa de Extremidade (LCHE).

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6 CONCLUSÃO

Algumas divergências foram verificadas entre os valores de resistência


calculados pelas planilhas e os valores tabelados na publicação da Açominas. Estas
divergências são mais significativas quando se faz análise de ligações submetidas à
ação simultânea de força normal e força cortante. Estas divergências serão objeto
de análise conjunta com os autores da citada publicação.
Este trabalho terá continuidade com a geração de novas planilhas para
avaliação de resistência de outros tipos de ligação como: emendas de coluna; bases
engastadas e rotuladas de colunas.
Esta planilha será apresentada ao setor da Açominas responsável pela
geração de produtos de interesse da cadeia produtiva da indústria do aço.
Os resultados obtidos com o uso da mesma reduzem significativamente o
tempo despendido pelo engenheiro calculista, uma vez que a impressão da mesma
gera a memória de cálculo assim como os detalhes necessários para gerar os
desenhos de fabricação das peças envolvidas na ligação em análise.

7 REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NB14/86 (NBR 8800) – Projeto


e execução de Estruturas de Aço de Edifícios. Rio de Janeiro.

AISC – American Institute of Steel Construction – Load and Resistence Factor


Design Specification for Structural Steel; Commentary on the AISC LRFD
Specification, Chicago, EUA.2 ed.

ANDRADE,Péricles Barreto de. Curso Básico de Estruturas de Aço. 3.ed.180p.

BELLEI, Idoni. Edifícios Industriais em Aço, 2ed. Editora Pini, São Paulo. 1998.

FILHO, Oswaldo Teixeira Baião.; SILVA, Antonio Carlos Viana. Ligações para
estruturas de aço: Guia Prático para Estruturas com Perfis Laminados.
2.ed.2005.293p.Perfis Gerdau Açominas.

LIMA, Luciano Rodrigues Ornelas de. Comportamento de Ligações com Placa de


Extremidade em Estruturas de Aço Submetidas a Momento Fletor e Força
Axial. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Julho
de 2003.

MOTTA,Leila A. de Castro & MALITE, Maximiliano. ANÁLISE DA SEGURANÇA NO


PROJETO DE ESTRUTURAS: MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES. Cadernos de
Engenharia de Estruturas, São Carlos, n. 20. 2002.

PFEIL, Walter.; PFEIL, Michele. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 7a


ed. Livros técnicos e científicos. Rio de Janeiro. 2000.336p.

SIDERBRÁS, Grupo.Ligações em estrutura metálica. 3ed. Rio de


Janeiro.2004.88p.(Série Manual de construção em Aço).

QUEIROZ, Gilson. Elementos de estruturas de aço. Belo Horizonte.1993.

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