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Teoria da Mente em crianças dos 3 aos 5 anos: adaptação portuguesa da Theory of Mind Task Battery

Poster · September 2016


DOI: 10.13140/RG.2.2.18251.80164

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6 authors, including:

Teresa Sousa Machado José Silva


University of Coimbra University of Coimbra
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Tiffany L Hutchins Patricia A Prelock


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Teoria da Mente em crianças dos 3 aos 5 anos: adaptação portuguesa da
Theory of Mind Task Battery
Teresa Sousa Machado (tmachado@fpce.uc.pt), Ana Filipa Leal & José Tomás da Silva
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação – Universidade de Coimbra
28 de Setembro a 1 de Outubro, 2016

The theory of
Mind Task Battery
INTRODUÇÃO
O presente estudo apresenta dados da tradução e adaptação portuguesa da Theory of Mind Task Battery –
criada para avaliar o desenvolvimento da teoria da mente em crianças com perturbações do espectro do autismo
(Hutchins, Prelock, & Chase, 2008). A versão portuguesa avalia o desenvolvimento da teoria da mente (ToM) em
crianças sem problemas de desenvolvimento.
Estudou-se a relação entre capacidade linguística da criança (sub-escalas da WPPSI, Santos, 1998) e a ToM.
A ToM refere-se à capacidade em compreender e atribuir estados mentais (e.g., crenças, intenções, desejos,
Tiffany L. Hutchins, Patricia
sentimentos, conhecimentos) a outros, mostrando reconhecer que estes podem ter estados mentais diferentes de si A. Prelock, & Chace
próprio (mesmo quando em situações similares). O desenvolvimento de formas de compreensão cognitiva-social,
como a ToM, constitui uma das grandes concretizações cognitivas da infância (Baron-Cohen, Leslie & Firth, 1985;
Miller, 2010; Saracho, 2014). EXEMPLOS - VINHETAS
A metodologia comum para investigar a ToM constitui, de certo modo, uma reminiscência da abordagem
piagetiana, chamando a atenção para a necessidade de sabermos o que a criança na verdade “sabe” ou “não Aponta para a cara que está contente.
Aponta para a cara que está triste.
sabe” (e.g., as crianças pequenas – digamos menores de 4 anos – têm dificuldade em entender que as crenças
podem ser “falsas” – sejam as suas próprias, ou a de outros) (Flavell, 2004). O próprio conceito de “crenças-
falsas” remete para outro conceito piagetiano – i.e., o egocentrismo (tal como o autor o definiu) (Machado,
1992).
Hutchins e col. (2008), sugerem que, sendo a ToM um conceito complexo e multifacetado, a utilização de uma
medida única e dicotómica é inadequada; pelo que as autoras construíram a presente Bateria.

MÉTODO
Procedimentos e Participantes
Após a tradução para português (com autorização das autoras), da Theory of Mind Task Battery, a versão foi testada com
uma criança de cada grupo etário, (uma de 3 anos, uma de 4 e outra de 5). Cumpridos os requisitos de autorizações,
procedeu-se recolha de dados.
Amostra
Constituída por 116 crianças, entre os 3 e 5 anos de idade (M=4.03; DP=0,82); Procurou-se que a amostra incluísse
aproximadamente, o mesmo número de crianças por cada grupo etário: 37 crianças com 3 anos (31,9%), 39 com 4 anos
(33,6%) e 40 de 5 anos (34,5%). 62,9% das crianças (N= 73) são do sexo masculino, 37,1% (N=43) do sexo feminino. Foi Esta é a Rita. Que é que a Rita quer?
A Rita quer comer uma bolacha.
analisado onível de escolaridade dos pais, número de irmãos, sendo que 58% das crianças tinha um irmão, enquanto que
32% das crianças não tinha irmãos. Apenas um pequeno número de crianças tem mais do que 1 irmão (10%).
Instrumentos
Theory of Mind Task Battery, e sub-testes de Informação, Compreensão e Vocabulário, da WPPSI-R.
A Bateria de Tarefas para avaliação da Teoria da Mente (criada originalmente para avaliar crianças com perturbação do
espectro autista), consistindo na compilação de 9 tarefas de avaliação da teoria da mente, que incluem 16 questões-teste e
10 questões de controlo. A criança só responde à questão-teste, se previamente, responder de forma correta à questão de
controlo. As 9 tarefas apresentam dificuldade crescente, e pretendem aceder à capacidade da criança compreender a mente
através da inferência de emoções, desejos, percepções e crenças – sempre a partir de questões sobre situações
representadas graficamente (cf. exemplos figuras). As primeiras questões são de reconhecimento das emoções.
Esta é a Patrícia. Esta manhã a
Patrícia viu os seus óculos em cima Onde é que a Patrícia pensa que
da mesa. Agora ela quer os seus estão os seus óculos?.
RESULTADOS óculos.

Tabela 1. Estatísticas descritivas para a pontuação total obtida na BTATM, por grupo etário Tabela 3. Correlação entre as subescalas da linguagem (Informação, Compreensão e Vocabulário) e a
pontuação total da teoria da mente, obtida pela BTATM.
Idade Mínimo Máximo Média (Desvio Padrão)
 

3 2 14 7,24 (2,803) Score Teoria da Mente

4 4 15 9,28 (2,772) Sub-escalas da WPPSI-R r Sig.


5 7 21 13,85 (4,234) Informação 0,487** 0,000
Compreensão 0,445** 0,000
Vocabulário 0,510** 0,000
Tabela 2. Valores médios em cada tarefa [assinaladas as tarefas de “crenças falsas – nível dificuldade superior]

Tarefas Média (DP) CONCLUSÕES


1 3,35 (1,041)
O estudo da teoria da mente é a área de investigação da natureza e
2 2,25 (0,950)
desenvolvimento da compreensão do nosso mundo mental (Flavell, 2004),
3 1,57 (0,749)
assumindo uma relevância significativa para diferentes campos da
4 0,48 (0,502) psicologia. Um grande desafio para a investigação continua a ser a
5 0,37 (0536) operacionalização de formas adequadas para a avaliar em crianças. A
6 0,25 (0,603) Theory of Mind Task Battery tem mostrado sensibilidade suficiente para
7 1,32 (2,157) discriminar níveis progressivos de complexidade desenvolvimental da ToM –
8 0,44 (0,498) incluindo a avaliação de tarefas de “falsas crenças” – quer em amostras
9 0,17 (0,443)
clínicas, como, neste caso, em amostras não clínicas. Confirma-se a relação
significativa entre linguagem e ToM.
•  Baron-Cohen, S., Leslie, A. M., & Firth, U. (1985). Does the autistic child have a "theory of mind"? Cognition, 21, 37-46.
•  Flavell, J. H. (2004). Theory-of-Mind development: retrospect and prospect. Merril-Palmer Quarterly, 50 (3), 274-290.
•  Machado, T. S. (1992). A noção de egocentrismo na obra de Piaget. Psychologica, 7, 35-49.
•  Miller, S. A. (2010). Social-cognitive development in early childhood. In, RE Tremblay, M. Peters RDeV, Eds, Encyclopedia on Early Childhood Development [online]. Montreal, Quebec. Consultado in
http://www.child-encyclopedia.com/documents/MillerANGxp.pdf., em Setembro, 2016.
•  Santos, M. S. (1998). WPPSI-R: Estudos de adaptação e validação em crianças portuguesas. Dissertação de Doutoramento em Psicologia, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
•  Saracho, O. N. (2014). Theory of mind: understanding young children's pretence and mental states. Early Child Development and Care, 184(8), 1281-1294.

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