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segundafeira, 14 de setembro de 2009
ORGANIZAÇÃO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS A TRÊS LINHAS
Com a Restauração em Portugal, João IV, necessitando de se defender dos espanhóis, dá mais um
passo, criando aquilo que poderá já ser considerado como um primeiro exército permanente,
organizando o exército a em Distritos de Recrutamento e em Unidades Territoriais, uma vez que a sua
responsabilidade era a de assegurar o recrutamento, instrução e disciplina das tropas.
Ao mesmo tempo em que constituía as tropas em três escalões: o Exército de Linha, as Tropas
Auxiliares e as Tropas Territoriais.
A esta nova organização militar corresponderia:
Exército de linha: constituído pelos «soldados pagos», ou seja, uma força profissional paga, que era
levantada entre as ordenanças, proporcionalmente ao número de homens alistados, devendo ter cerca
de 20.000 infantes e 4.000 cavaleiros, organizados em terços, sustentados pelos impostos que as
Cortes permitiriam;
Tropas auxiliares (Milicias): constituídas pelos «soldados auxiliares», que eram os que tinham ficado
excluídos das levas; composta pelas milícias e tropas auxiliares, também organizados em terços, mas
de recrutamento e comando local, podendo ser usados para apoiar e reforçar as forças de primeira
linha, e guarnecer fortificações;
Tropas territoriais (Ordenanças): constituídas pelas Ordenanças às quais competia dar apoio às
forças de primeira linha e substituir na guarnição das praças as tropas em campanha. Eram compostas
por todos os homens válidos dos 16 aos 70 anos, e que teria meramente uma função de defesa local e
de mobilização ocasional.
Esta organização passaria a ser referida e conhecida como sendo constituída por tropas de 1ª e 2ª
linhas., sendo esta ultima dividida em duas (tropas auxiliares ou Milícias e as Tropas territoriais ou
Ordenanças).
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10/02/2016 História Militar Carlos Daroz: ORGANIZAÇÃO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS A TRÊS LINHAS
Como sempre neste Reino, a estrutura era bem organizada em termos de “papel”, mas em termos
reais, não se aproximava em nada da realidade. O exército de linha nunca atingiu os efetivos previstos,
salvo em raras ocasiões, e os seus efetivos eram sistematicamente completados por elementos dos
terços Auxiliares (milícias) , e mesmo quando necessário, por ordenanças da zona onde operava.
Só após o fim da campanha do Rossilhão, entre 1 e 7 de Agosto de 1796 foi promulgada legislação
tendente à reorganização do exército, prevendo entre outros o aumento de efetivos da cavalaria,
artilharia e infantaria, a criação de regimentos de Milícia, em substituição dos Terços Auxiliares.
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Efetivamente, em 7 de Agosto de 1796, tentase criar uma verdadeira segunda linha, dando aos terços
auxiliares, agora denominados regimentos de milícias, uma organização regimental idêntica aos
regimentos de primeira linha. Assim, os 43 Terços Auxiliares das comarcas passaram a ser
denominados Regimentos de Milícias.
Em 18061807 foram reorganizados os regimentos de linha, as milícias e as brigadas de ordenanças.
A estrutura da Infantaria, criada em 1640, não foi modificada significativamente até 1836, com o fim da
guerra civil. Foi com base na organização original de 1640, que a arma evoluiu durante 200 anos. No
entanto, na estrutura interna, o número dos seus efetivos foi evoluindo, de acordo com os
acontecimentos, as necessidades, o desenvolvimento da técnica e da tática militares.
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Postado por Carlos Daróz às 21:11
Marcadores: História Militar Portuguesa
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