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SERVIÇO SOCIAL

“ANÁLISE DE ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DE PARAISÓPOLIS”

MARIA DE MELO MARTINS

São Paulo- SP
2018
MARIA DE MELO MARTINS RA: 2215202299

“ANÁLISE DE ESTUDO DE CASO DA COMUNIDADE DE PARAISÓPOLIS”

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina


Estágio Supervisionado II, da UNINOVE Universidade
Nove de Julho, sob orientação do(a):

Prof. (a) Genice L. dos Santos

São Paulo- SP
2018
ESTUDO DE CASO

1. Composição Familiar

 Laura da Silva dos Santos, 56 anos


 Antônio da silva dos Santos, 55 anos (esposo)
 Alan da silva dos Santos, 25 anos (filho)
 Evaldo da silva dos Santos, 24 anos (filho)

A Sra. Laura tem 56 anos, é casada com o Sr. Antonio da silva dos Santos, a
mesma é atendida pelo serviço do SASF, (serviço de assistência social a família)
localizado em Paraisópolis.
A senhora Laura reside com seu esposo e os dois filhos. Em visita realizada
na sua residência, observamos que a família vive em situação de extrema
vulnerabilidade social, morando em apenas um cômodo emprestado por uma
amiga que mora em outra cidade, esse cômodo não possui nenhuma estrutura,
quando chove entra água no local e por esse motivo fica muito úmido
complicando ainda mais os problemas de saúde do casal.
Dona Laura relata que os filhos da dona Luisa, dona do imóvel está
pressionando a família para deixar o imóvel ou que pague o aluguel, mas a
senhora Laura não trabalha por que até o momento não conseguiu uma
oportunidade de trabalho, recebe apenas 135,00 reais do bolsa família, também
já recebeu cesta básica no CRAS, não mensalmente, quando consegue retirar.
O seu esposo o senhor Antônio tem vários problemas de saúde, possui
dependência alcoólica há mais de 20 anos, dependência tabágica, e
dependência de drogas – craque, infarto agudo, hipertensão arterial, e uso de
outras substancias.
No momento o senhor Antônio é atendido na UBS ll de Paraisópolis, faz uso
de medicamentos referentes aos problemas de saúde.
A senhora Laura relata que em 2007 houve um incêndio onde a família perdeu o
barraco, sendo que esse barraco a sua mãe tinha comprado através de um
empréstimo bancário no valor de 3.500 reais.
Segundo a munícipe após o incêndio, o local estava sendo mapeado pela
prefeitura, para efetuar o cadastro das famílias para um possível aluguel social, cujo
até o momento a senhora Laura nunca recebeu.
Após passar o período o qual a subprefeitura informou que as famílias
poderiam receber o aluguel social, a mesma começou a procurar o setor
Habitacional responsável pelo incêndio ocorrido naquele período, mas até o
momento a moradora não foi contemplada.
Diante da situação apresentada, constatamos que a família vive em situação
de vulnerabilidade social, com condições de moradia precárias e recursos
financeiros insuficientes para sobreviver de forma digna, a qual a família tem direito.
Em 13 de Abril de 2018, foi encaminhado um relatório a Defensoria Pública
referente a Sra. Laura da Silva dos Santos.

Conforme visto na disciplina de política social, Trabalho e Questão Social, que


Paraisópolis insere-se em uma conjuntura de extrema pobreza, reduzida pelo
Morumbi (Distrito da Vila Andrade), região de altíssima renda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

1 - Fundamento Constitucional:

O aluguel social é um benefício assistencial fornecido mensalmente para


atender em caráter de urgência, famílias que se encontra sem moradia, o benefício
são concedidas por um tempo determinado, onde a família recebe mensalmente o
valor equivalente a um aluguel. O benefício possui fundamentos constitucionais,
sendo de maneira positiva concedida o direito à moradia, indissociável e íntima com
o princípio de dignidade humana.
O programa tem base legislativa segurada pela Lei 8.742/93 onde se entende
que benefícios eventuais podem ser criados para atender à necessidade humana ou
vulnerabilidade temporária.

O Decreto nº 6.307/07 dispõe sobre o pagamento de benefícios eventuais as


famílias e cidadãos que vivem em condições sociais vulneráveis ou calamidade
pública.

2 - Conceito e Natureza Jurídica:

Trata-se de benefício assistencial eventual, destinado a atender necessidades


advindas de vulnerabilidade temporária e calamidade pública.

3 - Beneficiários do aluguel social:

Toda família que tenha efetivamente sofrido os efeitos da catástrofe climática,


restando desabrigada ou desalojada em virtude da destruição total ou parcial de seu
imóvel fará jus ao aluguel social.

Os pagamentos dos alugueis podem ocorrer em 3 modalidades de prazos,


curto, médio e longo prazo, no primeiro momento após a catástrofe as famílias ficam
temporariamente em abrigos, posteriormente essas famílias saem dos abrigos pois é
efetivado o programa, sendo possível a locação de um imóvel com o dinheiro do
benefício.Trata-se de um benefício concedido somente as pessoas que atendem os
requisitos mínimos de participação do programa.

Conforme visto na disciplina de política social, economia, Trabalho e Questão


Social, que Paraisópolis insere-se em uma conjuntura de extrema pobreza, reduzida
pelo Morumbi (Distrito da Vila Andrade), região de altíssima renda.

A comunidade de Paraisópolis apresenta problemáticas relativas a aspectos


comuns na maior parte das comunidades, como: migração, desemprego, moradia,
educação, saúde etc. Desse modo, a precariedade de Paraisópolis pode ser
compreendida em um contexto de oportunidade, ou seja, uma situação de
discriminação social, mas com possibilidade de acesso a algum tipo de consumo;
assistência social; e ocupação, mesmo que precários limitados e informais.
De acordo com Kaztman e Filgueira:
O termo estrutura de oportunidades faz referência ao fato de que as rotas
de bem-estar estão ligadas entre si, de modo que o acesso a determinados
bens, serviços e atividades, resultam em recursos que facilitam o acesso a
outras oportunidades. Ou seja, a estrutura das relações sociais modela a
estrutura de oportunidade dos indivíduos.

Em relação à Paraisópolis, observou-se a articulação de três tipos de redes


de relações que a tornam atrativa: a oferta de trabalho, devido ao fato de possuir
entorna rico que requer serviços de mão-de-obra menos qualificada; as ações
públicas (estatal e não-estatal) como as ONG’s, por exemplo; e as relações de
caráter comunitário, como a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis.
A política social analisada à luz das imposições da política econômica reduz
os gastos públicos, e com isto o atendimento aos programas sociais fica focado e
fragmentado, não atendendo de forma imparcial a milhões de pessoas que vivem
em condições degradantes de trabalho e moradia.

Como Iamamoto, Yasbeck mantém a questão social como produto da antiga


dicotomia entre capital e trabalho, argumentando se tratar de uma questão estrutural
que embora passe por reformulações e redefinições em decorrência do atual
momento histórico, substancialmente permanece a mesma. E diz:

Questão que, na contraditória conjuntura atual, com seus impactos


devastadores sobre o trabalho, assume novas configurações e expressões
dentre as quais destacamos: 1 – as transformações das relações de
trabalho; 2 – a perda dos padrões de proteção social dos trabalhadores e
dos setores mais vulnerabilizados da sociedade que vêem seus apoios,
suas conquistas e direitos ameaçados. (YAZBEK, 2001: 33-34)

REFERÊNCIAS
AZEVEDO PENNA, Nelba; BARBOSA FERREIRA, Ignez. Desigualdades
socioespaciais e áreas de vulnerabilidades nas cidades. Mercator-Revista de
Geografia da UFC, v. 13, n. 3, 2014.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/D6307.htm>.
Acesso em: 10 de Maio de 2018.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8742.htm>. Acesso em: 10 de Maio de


2018.

YAZBEK, Maria Carmelita. Pobreza e exclusão social: expressões da questão social


no Brasil. Revista da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço
Social – ABEPSS, 3. Rio de Janeiro: Ed. Grafine, jan – jun 2001.

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