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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

DIANDRA VIELMO DE DEUS - 111152077

CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO

ALEGRETE
2015
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................................3
3. METODOLOGIA................................................................................................................5
4. RESULTADOS ................................................................................................................10
5. CONSCLUSÕES .............................................................................................................13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................13

2
1. INTRODUÇÃO
Em experimentos que envolvem fluidos, e a partir destes são realizadas medições é
necessário serem feitas algumas analises e considerações preliminares. Como o fluido
esta geralmente em movimento, é preciso considerar um volume de controle, onde
dentro dele terá um volume determinado, e este será o objeto de estudo.

Este experimento teve como objetivo a análise da força exercida por um jato de água
ao incidir em uma superfície, aqui foram utilizadas duas superfícies para poderem ser
feitas comparações entre elas.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Alguns parâmetros devem ser definidos e convertidos para que possam ser
aplicados a um volume de controle. Tais parâmetros como a conservação da massa e
a segunda Lei de Newton.

A equação da conservação da massa diz que a taxa de variação no tempo da massa


dentro de um volume de controle mais a vazão total de massa através da superfície de
controle é igual a zero, ou seja, a massa de um sistema permanece constante:

𝑑𝑀
)=0
𝑑𝑡

𝑑𝑀 𝑑
)= ⃗ 𝑑𝐴 = 0
∫ 𝜌𝑑𝑉 + ∫ 𝜌𝑉
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉𝐶 𝑆𝐶

Desta forma como não há variação de nenhum propriedade com o tempo o primeiro
termo da equação pode ser cancelado, assim tem-se:

⃗ 𝑑𝐴 = 0
∫ 𝜌𝑉
𝑆𝐶

⃗𝐴
𝑚̇ = 𝜌𝑉

De acordo a segunda Lei de Newton a aceleração de um corpo é proporcional a


força resultante que atua sobre ele e inversamente proporcional a sua massa. Sendo
expressa por:


𝑑𝑉 (𝑑𝑚𝑉⃗ ) 𝑑𝑃⃗
𝐹 = 𝑚𝑎 = 𝑚 = =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

3
O produto da massa de um corpo pela velocidade é conhecido como momento linear
ou quantidade de movimento. Na mecânica dos fluidos a segunda Lei de Newton é
chamada de equação do momento linear, e este momento permanece constante quando
a força resultante atuante sobre ela é nula, assim o momento é conservado. Ou seja,
conhecido por princípio da conservação do momento.

Equação da quantidade de movimento para um volume de controle

De acordo com Fox (2011), para obter a formulação matemática da segunda Lei de
Newton para um volume de controle, usa-se o mesmo procedimento adotado para a
conservação da massa, com diferença nas coordenadas do volume de controle que são
inerciais, ou seja, estão em repouso ou velocidade constante em relação as
coordenadas absolutas.

Lei de Newton para coordenadas inerciais (em um sistema):

𝑑𝑃⃗
𝐹=
𝑑𝑡

Onde ⃗⃗⃗
𝑃 é a quantidade de momento linear, e é dada por:

⃗⃗⃗ = ∫
𝑃 ⃗ 𝑑𝑚 = ∫
𝑉 ⃗ 𝜌 𝑑∀
𝑉
𝑀 (𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎) ∀ (𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎)

E ⃗⃗⃗
𝐹 inclui tanto as forças de superfície, 𝐹𝑆 como a pressão, e as de campo, 𝐹𝐵 ,
gravidade:

⃗⃗⃗
𝐹 = 𝐹𝐵 + 𝐹𝑆

Onde:

𝐹𝐵 = 𝑀. 𝑔

𝐹𝑆 = ∫𝐴 −𝜌𝑑 𝐴

Assim:

𝑑𝑃⃗ 𝜕
= ∫ 𝑉⃗ 𝜌𝑑∀ + ∫ 𝑉 ⃗ 𝜌𝑉
⃗ 𝑑∀
𝑑𝑡 𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶

Como o sistema e o volume de controle coincidem em To tem-se que a força sobre


o sistema é igual a força sobre o volume de controle. Através disso apresenta-se:

𝜕
⃗⃗⃗ = 𝐹𝐵 + 𝐹𝑆 =
𝐹 ∫ 𝑉 ⃗ 𝜌𝑑∀ + ∫ 𝑉 ⃗ 𝜌𝑉
⃗ 𝑑∀
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶

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Esta equação define que a força total que atua sobre o volume de controle leva a
taxa de variação da quantidade de movimento dentro do volume de controle e/ou à taxa
liquida na qual a quantidade de movimento esta saindo do volume de controle através
da superfície de controle.

Em relação a velocidade deve-se medir em relação as coordenadas do volume de


controle, onde o produto escalar, das componentes vetoriais u, w e v, será positivo se o
escoamento for para fora e negativo se for para dentro.

A equação da quantidade é uma equação vetorial, então é descrita nas três


componentes escalares:

3. METODOLOGIA
Na realização deste experimento foi utilizada uma bancada que possuía acessório
de medição de velocidade de jato. Neste acessório continham duas superfícies
diferentes para a incidência do jato, uma côncava, com ângulo de saída de 180° em
relação a incidência do jato, e uma plana, com ângulo de 90° em relação ao jato. As
figuras 1 e 1 mostram o equipamento e os bicais de incidência.

Figura 1 – Bancada de medição

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Figura 2 – Bocais de incidencia do jato.

Em cima do aparato que abrigava o jato e os bocais, havia uma barra com uma
régua graduada de 0 a 240mm, na qual deslocava-se a massa de medida padrão, figura
3. Anterior a esta escala haviam mais 150mm, que foram adicionados no cálculos das
forças.

Figura 3 – Régua graduada.

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As medições foram feitas definindo-se primeiramente a vazão, para medi-la utilizou-
se um cronometro onde anotava-se o tempo que levava para encher determinadas
marcas do tanque. O tanque possuía 35 litros, e as medições de tempo foram feitas
quando ele atingia 5, 15, 25 e 35 litros. Cada intervalo (neste caso intervalos de 5 e 10
litros) foi divido pelo tempo que levava até tal marca, assim fez-se uma média. Foram
realizadas medições com cinco valores diferentes de vazão.

Já com os valores da vazão, ligou-se o equipamento, utilizando primeiramente o


bocal de superfície plana, o jato incidiu neste com um ângulo de saída de 90°. Com a
força do jato empurrando o bocal e consequentemente a régua graduada que estava
ligada ao bocal, esta movimentou-se e para mantê-la equilibrada utilizou-se o peso,
onde quanto mais forte era a incidência do jato maior era a distância onde colocava-se
o peso para poder haver equilíbrio.

A mesma descrição de realização usada no bocal de superfície plana, foi utilizada


para o bocal de superfície côncava, com diferença que neste o ângulo de saída era de
180°, e assim realizou-se este procedimento por cinco vezes, nas cinco vazões
diferentes.

A figura abaixo mostra a incidência da água nos bocais.

Figura 4 – Na primeira imagem bocal de superfície plana e na segunda bocal de


superfície côncava.

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Nota-se que o bocal de superfície côncava é feita uma cortina de agua em volta do
bocal de saída da água e já na superfície plana a água o atinge e logo após atinge as
paredes do equipamento.

Com o valor da distância em que teve-se que colocar a massa padrão para equilibrar
a força incidente nas superfícies, calculou-se a força que o jato fazia. Tal foi calculada
através do esquema da figura 5.

Figura 5 – Diagrama de esforços atuantes na barra.

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A

Onde y é a posição da massa padrão e w o peso desta. Através deste diagrama tem-
se:

𝑀𝐴 = 0

𝐹. 0,15 = 𝑊. 9,81. 𝑦 (𝑵) (1)

Através da eq. 1 calculou-se a força do jato.

Também foram calculados alguns parâmetros essenciais para cálculos, como a


velocidade, calculada pela razão da vazão pela área do bocal, a vazão mássica, através
de:

𝒌𝒈
𝑚̇ = 𝜌𝑉𝐴 ( ) (2)
𝒔

Onde 𝜌 é a densidade da água e vale 1000kg/m³, V é a velocidade e A a área do


bocal.

A massa de água foi calculada pela eq. 3:

𝜌
𝑀=[ (1 − 𝑐𝑜𝑠 𝜃)] 𝑄 2 (𝒌𝒈) (3)
𝑔𝐴

Onde g é a gravidade, Q a vazão e cos 𝜃 é o ângulo de saída do jato, assim para a


superfície plana este ângulo vale 90° e para a superfície côncava vale 180°. Como cos
90° é zero, para a superfície plana este termo é descartado.

Com o valor da força e da velocidade pode-se calcular também a potência exigida.


Esta foi calculada pela eq. 4.

𝑃 = 𝐹. 𝑉 (𝑵) (4)

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A força teórica exercida pelo jato nas superfícies foram calculadas através da
multiplicação da vazão mássica pela velocidade, segundo a eq. 5.

𝐹1 = 𝑚̇. 𝑉 (𝑵) (5)

Ao fim dos cálculos foram plotados dois gráficos um para cada bocal, o de superfície
plana e o de superfície côncava, comparando a variação existente entre as duas forças
calculadas. Estes resultados estão apresentados no capítulo seguinte.

4. RESULTADOS

Nesta seção serão apresentados os resultados obtidos através do experimento e os


que foram calculados através deles.

Na tabela 1 estão mostrados os tempos que o tanque levou para encher.

Tabela 1 – Medições de tempo.

Medida 0 a 5 (s) 5 a 15 (s) 15 a 25 (s) 25 a 35 (s)


1 9,06 18,46 19,94 19,72
2 7,89 16 17,66 18,03
3 11,42 23,12 24,47 26,35
4 13,08 27,25 28,9 30,78
5 8,83 17,03 18,75 19,75

Através das medidas de tempo, foi encontrado o valor das vazões, as quais estão
mostradas na tabela 2.

Tabela 2 – Vazões.

Medida 0a5 5 a 15 15 a 25 25 a 35 Média (L/s) Vazão


(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (m³/s)
1 0,551876 0,5417118 0,50150451 0,50709939 0,525548024 0,000525548
2 0,633714 0,625 0,56625142 0,55463117 0,594899037 0,000594899
3 0,437828 0,432526 0,40866367 0,37950664 0,414631159 0,000414631
4 0,382263 0,3669725 0,34602076 0,32488629 0,355035631 0,000355036
5 0,566251 0,5871991 0,53333333 0,50632911 0,548278231 0,000548278

As massa de água calculadas através da eq. 3, estão mostradas na tabela 3.

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Tabela 3 – Massa de água.

𝛉= 90° 𝛉= 180°
Massa de água (kg) Massa de água (kg)
0,36 0,72
0,46 0,92
0,22 0,45
0,16 0,33
0,39 0,78

As próximas tabelas são referentes as outras medidas, como a velocidade, vazão


mássica, potência e força. A vazão está apresentada em ordem crescente. A força 1 é
a força teórica e a força é a real.

Tabela 4 – Dados para bocal de superfície plana.

Ângulo de saída: 𝛉= 90°


Vazão (m³/s) Y (m) u (m/s) Vazão Mássica Força 1 (N) Força (N) Potência (W)
(kg/s)
0,000355036 0,034 4,52045875 0,355036 1,604925593 1,33416 6,031
0,000414631 0,05 5,279245857 0,414631 2,188938989 1,962 10,357
0,000525548 0,082 6,691484963 0,525548 3,516696539 3,21768 21,531
0,000548278 0,093 6,980892311 0,548278 3,827469675 3,64932 25,476
0,000594899 0,106 7,574489319 0,594899 4,506056122 4,15944 31,506

Tabela 5 – Dados para bocal de superfície côncava.

Ângulo de saída: 𝛉= 180°


Vazão (m³/s) Y (m) u (m/s) Vazão Mássica Força 1 (N) Força (N) Potência (W)
(kg/s)
0,000355036 0,07 4,52045875 0,355036 3,209851186 2,7468 12,416
0,000414631 0,0945 5,279245857 0,414631 4,377877978 3,70818 19,576
0,000525548 0,162 6,691484963 0,525548 7,033393078 6,35688 42,537
0,000548278 0,1755 6,980892311 0,548278 7,654939349 6,88662 48,074
0,000594899 0,2 7,574489319 0,594899 9,012112243 7,848 59,444

Desta forma são apresentados os gráficos comparativos entre as forças calculadas,


para os dois bocais de incidência do jato.

Gráfico 1 – Força exercida pelo jato sobre a superfície plana.

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Superfície Plana: θ=90°
5
4,5
4
Força (N) 3,5
3
2,5
Força
2
1,5 Força 1
1
0,5
0
0,0003 0,00035 0,0004 0,00045 0,0005 0,00055 0,0006 0,00065
Vazão (m³/s)

Gráfico 2 – Força exercida pelo jato sobre a superfície côncava.

Superfície Côncava: θ=180°


10
9
8
7
Força (N)

6
5
Força
4
3 Força 1
2
1
0
0,0003 0,00035 0,0004 0,00045 0,0005 0,00055 0,0006 0,00065
Vazão (m³/s)

Gráfico 3 – Comparativo entre as forças exercidas sobre as duas superfícies.

12
Comparativo
10
9
8
Força (N) 7
6
Força (180°)
5
Força 1 (180°)
4
3 Força (90°)
2 Força 1 (90°)
1
0
0,0003 0,0004 0,0005 0,0006 0,0007
Vazão (m³/s)

5. CONCLUSÕES

Ao final dos experimentos e com a apresentação dos resultados, nota-se que a força
que o jato exerce no bocal de superfície côncava é maior, isso provou-se, pois nas duas
força calculadas, teórica e real, estes valores foram maiores do que no bocal de
superfície plana. Com isso a potência exigida também aumentou quando usou-se este
bocal de incidência, pois esta é aproximadamente o dobro comparado com os valores
do bocal com 𝛉= 90°.

Outra analise também notável, mas que já era esperado, é que pela força incidente
no bocal côncavo ser mais forte a distância (y) onde devia-se colocar a massa padrão,
para haver equilíbrio, era maior.

O que faz com que os valores para o bocal de incidência com 𝛉= 180° serem maiores
do que no outro é justamente o ângulo de saída ser maior, isso faz com que a área de
contato seja maior, aproveitando assim mais a força exercida pelo jato.

Se comparados os valores teóricos e reais nota-se que a diferença foi pouca, mas
mesmo assim houve. Isso ocorre pela falta de prática de quem os realizou.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOX, R. W., MCDONALD, A.T., PRINTCHARD, P. J. Introdução a Mecânica dos


Fluidos. 7ªed. Rio de Janeiro: LTC, 2011

ÇENGEL, Y.A., CIMBALA, J.M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e


Aplicações.

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