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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

DECIV – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Captação de Água de
Superfície

DISCIPLINA: SANEAMENTO
PROF. CARLOS EDUARDO F MELLO
e-mail: cefmello@gmail.com
Foto: Captação de Água por Torre de Tomada D’ Água no Sistema Rio Manso, Brumadinho – MG.
Fonte: Autor.
Sistema de Abastecimento de Água

Figura 1 - Esquema de um sistema de abastecimento de água.


Fonte: COPASA (2007).
Tipos de Mananciais

Captação de água é o conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou


montados junto a um manancial, para a retirada de água destinada a um
sistema de abastecimento. (NBR 12213)
Águas superficiais
- rios, córregos, lagos e reservatórios
Águas Subterrâneas
- aquíferos freáticos e aquíferos artesianos

Figura 2– Tipos de Mananciais pra captação de água.


Fonte: http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/sistemas-abastecimento-agua-processo-t222/124-
p0.htm
Escolha do Manancial e do Local para
Implantação da Captação

Tipos de estudo a realizar


 Mapa geográfico;
 Estimativa da vazão mínima dos mananciais;
 Levantamento sanitário da bacia hidrográfica a montante dos
possíveis pontos de captação;
 Conhecimento dos usos da água a jusante;
 Características físicas, químicas e biológicas da água;
 Avaliação do transporte de sedimentos;
 Levantamento de informações e de dados planialtimétricos,
batimétricos e geotécnicos, entre outros.
Escolha do Mancial e do Local para
Implantação da Captação

Condições gerais a serem atendidas pelo local de captação


 Garantir a vazão demandada e a vazão residual;
 Situar-se a montante de focos de poluição;
 Situar-se em cota altimétrica superior à localidade a ser
abastecida;
 Situar-se em cota altimétrica que resulte menor desnível
geométrico em relação à localidade;
 Assegurar condições de fácil entrada da água em qualquer
época do ano;
 Resultar no mínimo de alteração do curso de água;
Finalidades Básicas

 Garantir entrada de água para o sistema de


abastecimento em quantidades suficientes à requisitada
(demanda) em qualquer época do ano
 Assegurar, tanto quanto possível, a melhor qualidade
da água do manancial a ser utilizado
 Constituir a melhor alternativa em termos técnicos,
econômicos, ambientais, sociais e de operação e
manutenção ao longo do tempo
Escolha do Manancial e do Local para
Implantação da Captação

Condições gerais a serem atendidas pelo local de captação


 O terreno deve apresentar as seguintes características
favoráveis ao tipo e porte da captação:
 condições de acesso;
 características geológicas;
 batimetria;
 níveis de inundação; e
 condições de arraste e deposição de sólidos.
 Situar-se em trecho reto do curso de água ou em local
próximo à margem externa.
Tipos de Captação de Água de Superfície

As captações de água de superfície podem ser:

 Captação direta (fio de água);


 Captação com barragem de regularização de nível de água;
 Captação em reservatório de regularização de vazão,
destinado ao abastecimento público de água;
 Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos.
Captação de Águas Superficiais

Análises de descargas mínimas:

 Qméd. > Qd
Qmín. > Qd captação direta

 Qméd. > Qd
Qmín. < Qd Reservatório de acumulação ou
regularização
 Qméd. < Qd → buscar outro manancial para
atender a demanda ou completar a vazão
Dispositivos constituintes das captações

Os dispositivos que podem estar presentes numa captação de


água de superfície são:

Tomada de água;
Barragem de nível ou soleira;
Reservatório de regularização de vazão;
Grades e telas;
Desarenador.
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (tubulação de tomada de água):

Figura 3 – Tubulação de tomada com crivo, descarregando


em desarenador..
Fonte: HADDAD (1997).

Figura 4 – Tubulação de tomada com crivo, descarregando em caixa de


passgem.
Fonte: HADDAD (1997).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (tubulação de tomada de água):

Figura 5 – Tubulação de tomada com crivo, descarregando em


poço de sucção.
Fonte: OLIVEIRA (s.d.)

Figura 6 – Tubulação de tomada com crivo ligada diretamente à


sucção de bomba.
Fonte: DACACH (1975).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (tubulação de tomada de água):

Figura 7 – Tubulação de tomada com tubos perfurados.


Fonte: DACACH (1975).

Figura 8 – Tubulação de tomada com bomba anfíbia modular.


Fonte: HIGRA INDUSTRIAL LTDA (2003).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (caixa de tomada de água):

Figura 9 – Caixa de tomada de água em captação a fio de água.


Fonte: HADDAD(1997).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (canal de derivação):


Figura 10 – Canal de derivação e desarenador afastado da
margem do curso de água.
Fonte: HADDAD(1997).

Figura 11 – Canal de derivação e desarenador posicionados junto ao curso de água.


Fonte: HADDAD(1997).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (Poço de derivação):

Figura 12 – Poço de derivação com apenas uma tomada de água.


Fonte: HADDAD(1997).
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (Captação flutuante):

Figura 14 – Esquema de dispositivo de captação flutuante.


Fonte: httpwww.4shared.comphotoXWhdbu64Figura_11_-
_Torre_de_Tomada_dg.html

Figura 13 – Bombas de captação flutuante de água bruta no Braço do Taquacetuba, pertencente à Bacia Hidrográfica da Represa
Billings
Fonte: http://www.energiaesaneamento.org.br/boletim_2012/edicao_02/imagens.html?PHPSESSID=262ca66e4a3be270fad021c79cc5fab0
Dispositivos constituintes das captações

Tomada de água (Torre de tomada):

Figura 15 – Torre de tomada de água.


Fonte: YASSSUDA e NOGAMI (1976).
Dispositivos constituintes das captações

Figura 16 - Captação de Água por Torre de Tomada D’ Água no Sistema Rio Manso, Brumadinho – MG.
Fonte: http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/gerais/2012/09/18/interna_gerais,51120/acao-
emergencial-contra-falta-d-agua.shtml
Dispositivos constituintes das captações

Barragem de nível:

Figura 17 – Barragem de nível.


Fonte: httpwww.4shared.comphotoXWhdbu64Figura_11_-_Torre_de_Tomada_dg.html
Dispositivos constituintes das captações

Reservatório de regularização
São lagos artificiais criados em um curso d’água com a construção de uma barragem, para deter nos períodos
chuvosos o excesso de água, e liberá-lo quando a vazão do curso d’água se tornar incapaz de atender à demanda.

Figura 18 – Reservatório de regularização do Sistema


Rio Manso, Brumadinho – MG.
Fonte: Autor.
Reservatórios de acumulação ou de
regularização

 É importante considerar as variações da qualidade da


água em função da profundidade e as oscilações de
nível
- Aparecimento de algas, principalmente nas camadas
superiores
- Matéria orgânica em decomposição
- Ferro e Manganês (do fundo do lago)
Reservatórios de acumulação ou de
regularização

 Diminuição da turbidez, devido a sedimentação

 redução de microrganismos patogênicos, devido as


condições desfavoráveis
Reservatórios de acumulação ou de
regularização

 Na escolha do local para construção do reservatório


devem ser considerados:
- existência de locais apropriados para construção da
barragem
- qualidade da água
- Distância e cota em relação à cidade
- Vazões do curso de água
- Facilidade para execução das obras
- Custo das obras
Reservatórios de acumulação ou de
regularização

 Preparo do local:
- Remoção da vegetação da área a ser inundada
- Corte, aterro e revestimento das margens para evitar
crescimento de vegetação e a erosão
- Remoção de solo orgânico de áreas alagadiças e
pântanos
Dispositivos constituintes das captações

Grades, telas e desarenador

Figura 20 – Grade no sistema de Captação de Água da cidade


de Cardoso.
Fonte: httpwww.4shared.comphotoXWhdbu64. Captação de
águas superficiais

Figura 19 – Desarenador na Captação do Codau no o Rio Uberaba, Uberaba – MG.


Fonte: http://jornaldeuberaba.com.br/?MENU=CadernoA&SUBMENU=Cidade&CODIGO=9106
Captação de Águas Subterrâneas

Denomina-se água subterrânea, a água presente no subsolo,


ocupando os interstícios, fendas e canais existentes nas
diferentes camadas geológicas, e em condições de escoar,
obedecendo aos princípios da hidráulica.
Distribuição Vertical da Água Subterrânea

Fonte: Decifrando a Terra/ Teixeira , Toledo, Fairchild e Taioli, - São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Tipos de porosidade

Os três tipos fundamentais de porosidade conforme diferentes materiais


numa seção geológica

Fonte: Decifrando a Terra/ Teixeira , Toledo, Fairchild e Taioli, - São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Aquíferos: reservatórios de água
subterrânea

Aquíferos – do latim “carregar agua”

Aquíferos – formação geológica que contém água e permite que


quantidades significativas dessa água se movimentem no seu
interior em condições naturais

Aquiclude - é uma formação que pode conter água (até mesmo


em quantidades significativas), mas é incapaz de transmití-la em
condições naturais
Aquíferos: reservatórios de água
subterrânea

Aquifugo – é uma formação impermeável que nem armazena nem


transmite água (não possui poros interconectados)

Aquitarde – é a unidade geológica menos permeável numa


determinada sequência estratigráfica

Por exemplo: em uma sequência de estratos intercalados de


arenitos e siltitos, os siltitos, menos permeáveis que os arenitos,
correspondem ao aquitarde.
Tipos de Aquíferos

Aquíferos livres – são aqueles


cujo topo é demarcado pelo
nível freático, estando em
contato com a atmosfera

Aquíferos suspensos – são


acumulações de água sobre
aquitardes na zona insaturada

Aquíferos livres e supensos. Aquiferos


suspensos ocorre quando uma camada
impermeável intercepta a infiltração

Fonte: Decifrando a Terra/ Teixeira , Toledo, Fairchild e Taioli, - São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Tipos de Aquíferos

Aquíferos confinados
ocorrem quando um
estrato permeável
(aquífero) está
confinado entre duas
unidades pouco
permeáveis (aquitarde)

Aquífero confinado, superfície potenciométrica e artesianismo

Fonte: Decifrando a Terra/ Teixeira , Toledo, Fairchild e Taioli, - São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Captação de Águas Subterrâneas

Lençol freático:

Captação de poço raso ou freático (cisterna).


Captação de Águas Subterrâneas
Do lençol confinado (artesiano):

Rebaixamento do nível piezométrico


Exercício 1
Dimensionamento de desarenador

Sendo:
Vs – velocidade de sedimentação da partícula
VL – velocidade de fluxo ao longo da caixa de areia
t – tempo de percurso
h, b e L respectivamente a altura, largura e comprimento da caixa de areia
Exercício 1
Dimensionamento de desarenador

Vs = Q/b.L = Q/A = taxa de aplicação superficial


Vs = 0,021 m/s (NBR 12213)

Segundo Orsini (1996), para se obter as outras dimensões da caixa de areia,


L, b e h, deve-se considerar:

 Relação L/b ≥ 3 ou 4, para evitar que curtos circuitos na caixa de areia


reduzam a sua eficiência;
 Velocidade de escoamento na caixa de areia, menor ou igual a 0,3 m/s;
 A largura b ≥ 0,5 ou 0,6 m, para possibilitar facilidades de construção e
operação;
 As dimensões da caixa de areia devem ser compatíveis com o terreno
disponível e com a topografia local.
Exercício 2
Pretende-se captar água de um rio para abastecer uma cidade com
população de 10.000 habitantes e que possui uma indústria que consome
cerca de 4 L/s de água.

a) Verifique se o rio atende à demanda atual.

b) Determine por quanto tempo este manancial poderá ser utilizado


como única fonte de água para o sistema

c) Qual a população máxima que poderá ser atendida pelo rio, para um
consumo mensal médio constante do sistema, caso seja construído um
reservatório de regularização ou de acumulação? Considere neste caso
que seja autorizado captar no máximo 30% da vazão média do rio e
que a vazão da indústria aumente para 10 L/s.
Exercício 2

São dados:
• Q7,10 = 179 L/s
• Qméd. = 378 L/s
• Consumo per capita = 150 L/hab.dia
• K1 = 1,2 e K2 =1,5
• Considere que o órgão ambiental autorizou captar 30% da Q7,10.
• CETA igual a 3% do consumo do sistema.
• A taxa de crescimento populacional seja de 1% ao ano.

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