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Quando você pensa em machismo, o que vem à sua cabeça? Estupro, violência
doméstica, restrição econômica, submissão e subserviência. Porém, existem alguns
comportamentos machistas que permeiam nosso cotidiano e sequer nos damos conta.
Gestos que parecem inofensivos, mas na verdade roubam nossa força, nosso espaço e
limitam as possibilidades das mulheres. Mas estamos de olho! A Think Olga traz uma
explicação sobre quatro tipos de machismo invisíveis para te ajudar a combatê-los no
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29/05/2018 Olga - Artigo - O machismo também mora nos detalhes
"Sim, Senhora Smith, sei que você pode falar sobre isso melhor que ninguém, mas é que..."
"Acho que esta pergunta (da plateia) tem bastante a ver com a área da Senhira Smith, mas eu só
queria falar que..."
(falando por cima dela) "Sim, Senhora Smith, mas o que vale a pena ser dito é que...”
Esta postura clássica de manterrupting foi tão impactante que uma pessoa na plateia
perguntou porque eles não deixavam Megan falar. O público, que estava incomodado,
aplaudiu de pé. Outro episódio famoso é o de Kanye West, que interrompeu Taylor
Swift durante seu discurso de agradecimento pelo prêmio de melhor videoclipe
feminino do MTV Music Awards, em 2009. Ele invadiu a cena para defender Beyoncé,
que concorria com ela na categoria. A interrupção começou com o “Hey Taylor, I'm really
happy for you and Imma let ou nish” e acabou quebrando a internet, com uma
enxurrada de memes. Mas, disfarçado de piada, ali está o machismo. Não apenas por
não dar espaço para que Taylor falasse, mas também por ele se expressar em nome de
outra mulher, no caso, a poderosa Beyoncé. Desnecessário e agressivo. Com licença,
Kanye, mas nós não vamos mais deixar você terminar...
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29/05/2018 Olga - Artigo - O machismo também mora nos detalhes
O termo é uma junção de bro (curto para brother, irmão, mano) e appropriating
(apropriação) e se refere a quando um homem se apropria da ideia de uma mulher e
leva o crédito por ela em reuniões. Quando colocamos uma ideia, muitas vezes não
somos ouvidas. E então, um homem assume a palavra, repete exatamente o que você
disse e é aplaudido por isso. Quem já não se viu nesta situação? Em seu livro “Faça
Acontecer”, Sheryl Sandberg, Diretora de Operações do Facebook, convida as mulheres
a sentarem à mesa. A serem conscientes de seus lugares e de sua importância na sala
de reuniões. Ela explica que somos criadas como delicadas, suaves e gentis, jamais
como enfáticas ou assertivas. E quando nos impomos somos vistas como
masculinizadas. Não há dúvidas de que isso atrapalha nossa vida pro ssional. E este
comportamento não é privilégio de algumas áreas. Em todos os mercados funciona
assim. Em qualquer sala de reunião. O bropriating ajuda a explicar porque existem tão
poucas mulheres nas lideranças das empresas. Além das supostas desvantagens
mercadológicas e o preconceito de gênero, ainda servimos de plataforma para o
crescimento de colegas homens, pelo simples fato de sermos menos ouvidas e levadas
a sério. Garotas do mundo todo, sejamos as donas das nossas ideias!
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“Não há nada que uma mulher goste mais do que ouvir o quanto ela é bonita.” (puxa, obrigada por
essa informação #sqn)
“Se ela não gosta de cantadas, ela que não saia na rua.” (ótima ideia! Não, péra.)
“E por que as mulheres simplesmente não respondem pros caras, já que elas não gostam? (Oi, tem
mulher que morre por causa disso, amigo. #exausta)
O termo gaslighting surgiu por causa de um lme de mesmo nome, de 1944, em que
um homem descobre que pode tomar a fortuna de sua mulher se ela for internada
como doente mental. Por isso, ele começa a desenvolver uma série de artimanhas –
como piscar a luz de casa, por exemplo – para que ela acredite que enlouqueceu. Um
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caso recente, ocorrido dentro da marinha americana, foi noticiado pela imprensa:
cinco mulheres a rmaram ter sido vítimas de estupro dentro da corporação. Poucos
meses depois, todas foram afastadas por problemas emocionais. Outras mulheres
relatam casos dentro da instituição. Após denunciar as agressões, ouviram de volta:
Maíra Liguori é jornalista, publicitária e co-fundadora do Think Eva Arte: Aline Jorge
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