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9ªaula- Estudo do comportamento dos gráficos Profª Irene Strauch

Funções crescentes e decrescentes, pontos críticos, máximos e mínimos


de uma função, concavidade e pontos de inflexão.

Nosso objetivo agora é usar a derivada como ferramenta para descobrir o


comportamento de uma função e esboçar o seu gráfico. A arte de esboçar
gráficos é uma das habilidades mais úteis que o Cálculo Diferencial e
Integral oferece para aqueles que necessitam da Matemática em seus
estudos.

1. Dizemos que uma função f ( x) é crescente em um certo intervalo do


eixo x se, nesse intervalo, x1  x2 implica f ( x1 )  f ( x2 ) . Em linguagem
geométrica, significa que o gráfico é ascendente quando o ponto que se
traça se move da esquerda para a direita. O coeficiente angular da reta
tangente em cada ponto da curva é positivo. Analogamente, a função é
decrescente (gráfico descendente) se x1  x2 implica f ( x1 )  f ( x2 ) e o
coeficiente angular da reta tangente em cada ponto é negativo. Estes
conceitos estão ilustrados abaixo.

Como já sabemos, o coeficiente angular ou declividade da reta tangente


é medido pela derivada da curva. Assim, podemos concluir:

Uma função f ( x) é crescente nos intervalos onde f '( x)  0 e é


decrescente nos intervalos onde f '( x)  0 .

2. Uma curva crescente só pode se transformar em decrescente passando


por um pico onde o coeficiente angular da reta tangente é zero, isto é,
a tangente é paralela ao eixo x . Da mesma forma, a curva só pode mudar
de decrescente para crescente passando por uma depressão onde o
coeficiente angular da reta tangente também é zero. Nestes pontos,
temos um valor máximo e mínimo (relativos) da função, também conhecidos
como extremos da função. Os correspondentes valores de x para os quais
isto acontece são os chamados pontos críticos. Estes pontos são obtidos
resolvendo a equação f '( x)  0 , isto é, são os pontos onde a tangente é
horizontal e a derivada da função é zero.
Contudo, vamos ilustrar no gráfico a seguir que um ponto crítico ou
ponto onde a tangente é horizontal não necessariamente é um ponto onde
ocorre um máximo ou um mínimo.
O gráfico acima apresenta três pontos críticos: x1 , x2 e x3 , isto é, pontos
de tangente paralela ao eixo x . O valor f ( x1 ) é um máximo relativo da
função e o valor f ( x2 ) é um mínimo relativo. Diz-se relativo ou local
porque há muitos pontos com cota maior sobre a curva, à direita. Se
estivermos interessados no máximo absoluto de uma função, devemos
comparar esses máximos relativos entre si, determinando qual (se
existir) é maior que qualquer outro valor assumido pela função.
Com relação ao ponto crítico x3 , constatamos que a curva não passa por
um pico nem por uma depressão neste ponto, mas simplesmente se achata
momentaneamente entre dois intervalos ( x  x3 e x  x3 ), em cada um dos
quais a derivada é positiva. Assim, como a derivada não muda de sinal
ao passar por x3 , este não é um ponto extremo da função. Na sequência,
veremos que x3 é um ponto de inflexão da curva.

3. Concavidade e ponto de inflexão. Outro aspecto importante de um


gráfico é o sentido em que ele se curva. Vamos ilustrar no gráfico
abaixo duas curvas com concavidades diferentes: uma côncava para cima
outra côncava para baixo.

O sinal da derivada segunda vai nos dar este tipo de informação. Uma
derivada segunda positiva, f ''( x)  0 , indica que a função f '( x) é uma
função crescente de x . Ou em outras palavras, isto significa que a
tangente à curva gira no sentido anti-horário quando nos movemos ao
longo da curva, da esquerda para a direita, e a curva é dita côncava
para cima, como vamos mostrar no gráfico a seguir.
Em geral, as curvas são côncavas para baixo em alguns intervalos e
côncavas para cima em outros. O ponto P no gráfico acima, no qual o
sentido da concavidade muda é dito ponto de inflexão. O ponto crítico
denotado por x3 no segundo gráfico é também um ponto de inflexão.
Se f ''( x) é contínua e tem sinais opostos em cada lado de P, certamente
deve-se anular em P. Assim, a busca por pontos de inflexão é
basicamente uma questão de resolver a equação f ''( x)  0 e conferir o
sentido da concavidade em ambos os lados de cada raiz.

Observação: Existe um teorema chamado teste da segunda derivada.


De acordo este teorema é possível usar o sinal da segunda derivada para
decidir se um determinado ponto crítico é um ponto de máximo ou de
mínimo. Vamos formular este teste com o auxílio dos gráficos abaixo.

4. Alguns casos especiais.


Os três gráficos abaixo ilustram situações distintas das consideradas
até aqui. Nos dois primeiros gráficos não existe a derivada no ponto
x0 , pois não é possível traçar retas tangentes à curva em x0 . Contudo,
nestes gráficos x0 é um ponto de máximo (1º gráfico) e de mínimo da
função (2º gráfico), respectivamente. No terceiro gráfico não temos nem
máximo nem mínimo da função em x0 . Neste ponto a reta tangente é
perpendicular ao eixo x , o que configura uma declividade infinita

( tan   ) e a curva apresenta uma mudança de concavidade neste ponto.
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Resumindo tudo que foi visto acima, apresentamos as etapas que devemos
seguir na construção de gráficos de uma dada função y  f ( x) .

Procedimento para esboçar um gráfico:

1ºPasso: Encontre as raízes de f ( x) , se possível.

2ºPasso: Calcule f '( x) . Determine os pontos críticos, isto é, os


valores de x para os quais f '( x)  0 ou f '( x) não existe (casos
especiais).
Calcule o valor de f ( x) nestes pontos.

3ºPasso: Faça o teste do sinal de f '( x) à esquerda e à direita dos


pontos críticos para determinar os intervalos onde f ( x) é crescente
( f '( x)  0 ) e decrescente ( f '( x)  0 ).

4ºPasso: Calcule f ''( x) . Os valores de x para os quais f "( x)  0 ou f ''( x)


não existe (caso especial) nos dão os possíveis pontos de inflexão. Se
f ''( x) muda de sinal em cada um destes valores de x , então estes são
pontos de inflexão.
A seguir, faça o teste da concavidade da função. Os valores de x para
os quais f ''( x) é positiva serão os pontos no gráfico para os quais o
gráfico é côncavo para cima, e os valores de x para os quais f ''( x) é
negativa serão os pontos no gráfico para os quais o gráfico é côncavo
para baixo.

5ºPasso: Podemos ainda prever o comportamento de f ( x) quando x   .

6ºPasso: Transfira para um sistema de coordenadas retangulares no plano


xy as suas conclusões.
Exemplos:

1. O preço de um produto foi analisado ao longo de vários meses e


constatou-se que pode ser aproximado pela função

p(t )  t 3  6t 2  9t  10 ,

onde t representa o número do mês a partir do mês t  0 , que marca o


início das análises. Esboce o gráfico da função para os cinco primeiros
meses, destacando os extremos e os pontos de inflexão.

2. A função I (t )  0.2t 3  3t 2  100 com 0  t  12 fornece o IPC (índice de


preços ao consumidor) de uma economia, onde t  0 corresponde ao início
do ano 2000.
a) Encontre a taxa de variação instantânea do IPC no início do ano 2001
( t  1 ).
b)Em que ano o IPC atinge um extremo? Faça o teste para ver se este
extremo é um máximo ou mínimo.
c) Faça o teste para ver se o IPC tem ponto de inflexão.
d) Com base em seus resultados, faça um esboço do gráfico do IPC versus
t.

3. O valor das vendas de um DVD, t anos após seu lançamento é

5t
S (t ) 
t 1
2

Para que ano, as vendas atingirão seu valor máximo?

FIM da Área I !

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