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ISSN 2525-2887
ISSN 2175-1072
CADERNO DE TRABALHOS
Experiências ISSN 2175-1072
em Psicologia
e Políticas
Públicas
C ADE R NO DE TRABALHOS DO V I I I PRÊ MI O
MARGA RETE DE PAIVA S IMÕ E S F E RRE I RA
RIO DE JANEIRO,
2016
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 5 A REGIÃO
Comissão Organizadora do Prêmio
Conselheiras
Marilia Alvares Lessa (CRP 05/1773) COORDENADORA
Claudia Simões Carvalho (CRP 05/30182)
Juliana Gomes da Silva (CRP 05/41667)
Funcionárias
Danielle Pinheiro da Silva (CRP 05/33648)
Fernanda Haikal Moreira (CRP 05/34248)
EXPER I Ê NC IA S E M PSICOLOGIA E PO L Í TI C A S P Ú B L I C A S
/ CONSELHO REGIONA L DE PSICOLOGIA DO R I O D E JA N E I RO
- (2016), C R P 0 5 , 2 0 1 6
C ADER NO A NUA L, No 8 , A NO 2 0 1 6
I SSN 21 7 5 - 1 0 7 2
1 . PSICOLOGIA 2 . POLÍT IC A S P Ú B L I C A S
I . CONSELHO REGIONA L DE PSICOLOGIA DO R I O D E JA N E I RO
Editorial 4
Pareceristas 54
XIV Plenário 55
Editorial
4 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
O autor cita as legislações – leis e portarias – que regulamentam e preve-
em a execução das ações do Sistema de Seguridade Social estabelecido pela
Constituição de 1988 com seus dois dispositivos principais: a proteção bá-
sica e a proteção especial; nesta última, a de alta complexidade e a de mé-
dia complexidade, situando os CREAS como dispositivo de proteção espe-
cial de média complexidade.
E DITO R IA L
5
tos e transversalidades no espaço da clínica, das linhas de conexão que po-
dem visar as estados de controle e dominação”.
6 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
de atuação da equipe. O atendimento individual é feito, mas o trabalho de
grupo é privilegiado como uma das formas mais adequadas para trabalhar
a questão da violência de gênero, referindo-se ao documento “Referências
Técnicas para Atuação das (os) Psicólogas (os) em Programas de Atenção
à Mulher em Situação de Violência”, do Conselho Federal de Psicologia
(2012). Apresentam a discussão sobre o conceito de violência e em conse-
quência os lugares de vítima e agressor, inevitável quando se está diante
de casos concretos em todas as suas especificidades.
Após afirmar, de acordo com uma das entrevistadas, que a “política de uma
forma geral, deve fazer parte da formação do psicólogo”, as autoras dizem,
em suas “Considerações Finais”, que o desafio proposto para uma atuação
psi que se volte para a transformação da sociedade pautada na promoção
e garantia de direitos sociais impõe ao psicólogo a necessidade de consi-
derar a realidade social a partir de uma perspectiva histórica, buscando a
desnaturalização dos fenômenos sociais.
E DITO R IA L
7
Segundo lugar
VI I I P RÊ MIO MA RGA R E T E D E PA I VA S I M Õ ES FER R EI R A
8 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
A prática
profissional de
psicólogas junto
a um centro
especializado de
atendimento à
mulher.
-
-
-
-
Emmanuela Neves Gonsalves
Hebe Signorini Gonçalves
Resumo
Introdução
10 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
gias - mesmo influenciadas pelos estudos feministas - percorreram cami-
nhos de profundas mudanças em suas bases teóricas e metodológicas e,
na atualidade, voltam-se para um exercício profissional relacionado à ga-
rantia de direitos e promoção de cidadania. Em seguida, problematiza-se
o lugar dos CEAMs na política de enfrentamento à violência contra as mu-
lheres no Brasil e, então, empreendem-se discussões sobre a prática psi-
cológica junto ao centro especializado em questão a partir das entrevistas
realizadas. Esta pesquisa foi devidamente aprovada pelo Comitê de Ética
e o número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE)
é 28359314.2.0000.5582.
Metodologia
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
11
fissional ao longo da história. Segundo a crítica de Nogueira (2012, p. 50),
“desde os primórdios, a psicologia rapidamente estabeleceu o seu território
como o de uma ciência objetiva, quantitativa, empírica e livre de valores”.
12 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
tecnicista; uma Psicologia com pouca inserção
social, na medida em que atuava em espaços sociais
a que apenas parte da população, elite e classes
média e média alta, tinham acesso; uma Psicologia,
portanto, longe das necessidades mais amplas, mais
relevantes da sociedade brasileira (GONÇALVES,
2010, p. 90-91).
Sabe-se, contudo, que a história da produção dos saberes nunca segue uma
linha linear e coesa. Muitas são as psicologias que constroem a “história
da psicologia no Brasil”. Gonçalves (2010) relata que existem psicologias
que objetivam adaptar, enquadrar e controlar os indivíduos nos moldes
da sociedade capitalista, outras que buscam a normalização e naturaliza-
ção das subjetividades e, ainda, psicologias voltadas para ações mais cole-
tivas que promovam o engajamento dos sujeitos em ações que objetivam
a construção de uma nova sociedade a partir da melhoria da qualidade de
vida. Na atualidade, algumas linhas teóricas da psicologia social buscam a
compreensão da dimensão subjetiva como constituinte da realidade social.
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
13
No campo social, Gonçalves (2010) compreende que a história da psicolo-
gia aponta para uma presença secundária da Psicologia, pois sua interven-
ção oferecia subsídios para que profissionais de outras áreas empreendes-
sem a adequação dos sujeitos às instituições sociais. A psicologia aplicada
separa um lugar de auxiliar de outras áreas, assim, o “especialista” psi pro-
duz conhecimentos sobre personalidade, relações humanas, desenvolvi-
mento, aprendizagem, dentre outros, para instrumentalizar a intervenção
de outros profissionais:
14 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
personalidade entre mulheres e homens, que poderiam fundamentar as
diferenças no exercício dos papéis sociais entre os sexos (AMÂNCIO apud
NOGUEIRA, 2012).
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
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Nota-se, assim, que os estudos feministas tiveram grande influência na
reestruturação teórica da psicologia social no que tange à superação de
análises psicologizantes da realidade (AMÂNCIO apud NUERNBERG et
al., 2010).
16 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
De acordo com Gonçalves (2010), práticas psicológicas que considerem as
vivências coletivas, os sujeitos não isolados, mas inseridos em um espaço
social, podem possibilitar que a intervenção seja cultural e contribuir para
a promoção da justiça e da solidariedade e para a disseminação de uma atu-
ação voltada para a perspectiva dos direitos humanos. “A perspectiva que
a Psicologia traz para as políticas públicas, que é a da subjetividade, pode
contribuir nessa direção” (GONÇALVES, 2010, p.124).
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
17
Neste sentido, Gonçalves (2010, p.75) aposta que “a Psicologia pode con-
tribuir para a elaboração de políticas dizendo o que constitui a dimensão
subjetiva e como ela pode se configurar de acordo com um projeto de so-
ciedade determinado”. Da mesma forma, Baptista (2012) considera que a
psicologia pode contribuir para o planejamento e a efetivação de políticas
públicas. O autor considera que o entrecruzamento entre subjetividade e
poder a partir da psicossociologia e a reflexão sobre o lugar da primeira nas
disputas de poder nos processos decisórios e nas políticas públicas podem
colaborar para uma análise desses processos.
Sobre os Centros, Pougy (2010) afirma que estes serviços fazem parte da
rede de atendimento às mulheres em situação de violência e atuam como
18 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
referência da tentativa de ruptura da situação
de violência de gênero, dinamizando o acesso
aos demais entes e às soluções que consegue
vislumbrar, com base em orientação e apoio,
o que poderá potencializar o resgate de sua
condição cidadã (POUGY, 2010, p. 82).
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
19
esta sociedade cria para enfrentar a violência.
Dentre o trabalho também está a função de
fortalecer a subjetividade para entender,
criticar e enfrentar a sociedade, assim como
apresentar a esta mulher os dispositivos
(institucionais, egóicos e comunicacionais) que
permitam a produção de mudança, de transformação
da sua vida e da sociedade, retratando o aspecto
político do fazer dessa(e) psicóloga(o) (CFP,
2012, p.64-65).
As equipes
20 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
com cargos comissionados e técnicas com contratos temporários. Com
perspectivas de continuidade do trabalho diversas e salários discrepantes,
os impactos para a dinâmica institucional são notórios.
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
21
não gera um não efeito destas, mas uma não responsabilização por aqui-
lo que produzimos a partir do nosso trabalho junto às populações atendi-
das” (REIS; GIUGLIANI; PASINI, 2012, p.163).
A partir destes resultados das entrevistas, concordamos com Diniz (2006) que:
22 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
O acompanhamento às mulheres em situação de violência
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
23
Além do trabalho individual, neste centro privilegia-se o trabalho com gru-
pos de mulheres. De acordo com uma das psicólogas entrevistadas, pro-
mover grupos reflexivos é uma das formas mais adequadas para trabalhar
a questão da violência de gênero. Os grupos deste centro são abertos, se-
manais e não possuem um tempo pré-determinado para a participação
das mulheres. Os grupos, em geral, são acompanhados por uma psicóloga
e uma assistente social e contam com uma variação de dez mulheres por
encontro, que são encaminhadas para o grupo a partir do atendimento in-
dividual. De acordo com as entrevistadas, o objetivo do grupo é propiciar
à mulher um espaço protegido no qual ela possa compartilhar seus incô-
modos; um lugar em que possa falar com seus pares, que vivenciaram si-
tuações parecidas. As mulheres que participam desses grupos têm uma
grande diversidade socioeconômica e diferentes histórias de vida. Suas
experiências nunca são similares e essa diversidade potencializa a troca.
24 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
e de desenvolvimento individual. Como todas
as modalidades de atendimento psicossocial, o
trabalho em grupo também considera a história
do sujeito, seus recursos pessoais, conceitos
para desenvolver, de forma coletiva, estratégias
e projetos de vida (CFP, 2012, p. 92-93).
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
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sores e o contorno dado às políticas públicas voltadas para a violência e o
cuidado na contemporaneidade.
Psicologia política
Em uma das entrevistas, a psicóloga apontou que não existe o que é “da psi-
cologia” na instituição e todos os profissionais, de diferentes áreas, atuam
nas diversas frentes de trabalho. O que há de específico no lugar da psicolo-
gia é sua formação, sua escuta e seus métodos de manejo das intervenções.
A partir de uma das atuações junto a um grupo com mulheres, uma das
psicólogas entrevistadas contou que se viu diante da possibilidade de dar
continuidade ao grupo a partir de um viés relacionado à geração de renda
e assim fez. Esta experiência de empreendedorismo junto às mulheres não
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teve o suporte institucional necessário e, portanto, não conseguiu forma-
lizar uma cooperativa efetivamente, mas ela considera que a experiência
foi produtiva pelos avanços pessoais das mulheres no que tange à geração
de renda e aos estudos. E isto não é fazer psicologia, também?
Considerações finais
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
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mudanças culturais. Desta forma, acredita-se na construção de “um proje-
to de sociedade que crie condições para que os indivíduos exercitem a con-
dição de sujeitos históricos” (GONÇALVES, 2010, p.76). O desafio frente às
novas demandas se refere a uma práxis comprometida com “uma mudan-
ça na cultura profissional da Psicologia” (OLIVEIRA, 2012, p. 48), ligada à
promoção da justiça social e dos direitos humanos.
Enfim, o desafio proposto por Gonçalves (2010, p.63) de uma atuação psi
para a “transformação da sociedade, pautada na promoção e garantia dos
direitos sociais”, impõe ao psicólogo a necessidade de considerar a realida-
de social a partir de uma perspectiva histórica, buscando a “desnaturaliza-
ção dos fenômenos sociais”. De acordo com Oliveira (2012), para a constru-
ção de uma “nova” psicologia é fundamental que o profissional psi conheça
os fenômenos sociais, a elaboração e a implementação das políticas, bem
como a proximidade do profissional junto às populações atendidas.
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Referências bibliográficas
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
29
MIRIM, L. A. (Orgs.).Vinte e cinco anos de respostas brasileiras em vio-
lência contra a mulher: Alcances e Limites. São Paulo: Coletivo Feminis-
ta e Saúde, 2006. p. 15 – 44. Disponível em: <http://www.mulheres.org.br/
site/wp-content/uploads/2012/05/25anos-completo.pdf>. Acesso em: 30
de junho de 2014.
30 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
vel em: <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v23n1/a24v23n1.pdf>. Acesso em:
23 de dezembro de 213.
A P R ÁT IC A P RO F I S S I O N A L D E P S I CÓ LO GA S . . .
31
Primeiro lugar
VI I I P RÊ MIO MA RGA R E T E D E PA I VA S I M Õ ES FER R EI R A
32
A psicologia no
centro de referência
especializado
de assistência
social (creas)
de Guapimirim:
delineando saberes
e práticas.
-
-
-
-
Rafael Reis da Luz
33
Resumo
34 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
um estado vivido que fazem com que ele aconteça.
Introdução
36 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
a proteção social especial é a modalidade de
atendimento assistencial destinada a famílias
e indivíduos que se encontram em situação
de risco pessoal e social, por ocorrência de
abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos,
abuso sexual, uso de substâncias psicoativas,
cumprimento de medidas sócio-educativas,
situação de rua, situação de trabalho infantil,
entre outras.
38 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
provocam alterações significativas nas condições
de vida da sua população-alvo, exige não apenas
a aplicabilidade de conhecimentos teórico-
técnicos de uma área ou outra, mas, sim, a
criação de novos conhecimentos e uma mudança
na cultura profissional da Psicologia, que nada
mais é que um reflexo de como a sociedade se
porta diante da desigualdade, da injustiça
social e da pobreza (OLIVEIRA, 2012, p.48).
40 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
do CREAS, pode oferecer além de psicoterapia individual ou em grupo3.
3 Importante esclarecer que, nas Referências técnicas (CFP, 2012) e no Parâmetro para atuação
de assistentes sociais e psicólogos(as) na Política de Assistência Social, de 2007, do CFP e do Conselho
Federal de Assistência Social (CFESS), a atuação psi não deve ter como foco o atendimento psicoterápico e
sim psicossocial. A demanda de tratamentos psicoterápicos deve ser encaminhada para a política de saúde.
Esta recomendação não exclui, entretanto, o fato de que as intervenções do psicólogo podem ter efeitos
terapêuticos. Esse ponto será retomado adiante.
5 Um desafio, nesse sentido, é garantir o que está estabelecido na Resolução nº 269/2006 (Norma
Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS), do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS):
a realização de concursos públicos para contratar e manter quadro de pessoal necessário à execução dos
serviços socioassistenciais.
42 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
O objetivo é, a partir de um processo
objetivo, trazer a compreensão e indivíduos e
grupos através de seus processos subjetivos,
num contexto que se constitui histórica
e socialmente, em que a luta de forças
antagônicas está presente.
Visita domiciliar
44 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
objetivo de favorecer maior compreensão a
respeito da família, de sua dinâmica, valores,
potencialidades e demandas, orientações,
encaminhamentos, assim como de estabelecimento
de vínculos fortalecedores do processo de
acompanhamento.
Atividades grupais
O dispositivo grupal pode ser considerado uma das mais potentes estra-
tégias de intervenção e transformação. O trabalho em grupo possibilita
recompor individualidades e permitir singularidades. Esse modo de tra-
balhar oferece ao sujeito a possibilidade de reconhecer seus impasses, en-
contrar recursos para superá-los e se (re)singularizar no processo. Tomado
como dispositivo, o grupo serve, então, a processos de desindividualização,
uma vez que se vale do espaço coletivo para fazer funcionar modos de ex-
pressão e transformação da subjetividade (BARROS, 2007). Em outras pa-
lavras, a partir do momento em que o sujeito se desapega do que é, abrem-
-se possibilidades de subjetivação.
46 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
de pensar, agir e atuar coletivamente, estimulando os adolescentes a ex-
pressar suas necessidades e interesses, além de lidar de forma construtiva
com seus limites e potencialidades.
Relatórios
Articulação de rede
48 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
e a construção de respostas conjuntas no
enfrentamento das situações de violência,
assim como viabiliza o acesso a direitos
socioassistenciais, integrando as políticas
sociais, buscando romper com a fragmentação no
acompanhamento e atenção às famílias.
Considerações finais
50 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
serialização quanto da invenção de novos modos
de existência (SOUZA; ROMAGNOLI, 2012, p. 84).
52 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
cial. Parâmetro para atuação de assistentes sociais e psicólogos(as) na
Política de Assistência Social. Brasília: CFP, CFESS, 2007.
54 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A
XIV PLENÁRIO (2013-2016)
DIRETORIA EXECUTIVA
CONSELHEIROS EFETIVOS
CONSELHEIROS SUPLENTES
55
56 V I I I P R ÊM I O M A RGA R ET E D E PA I VA SI M Õ E S F E R R E I R A