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Escola Politécnica
Departamento de Engenharia de Construção Civil
São Paulo
2000
Universidade de São Paulo
Escola Politécnica
Departamento de Engenharia de Construção Civil
Dissertação apresentada à
Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Mestre em
Engenharia.
Área de Concentração:
Engenharia de Construção Civil
Orientador:
Prof. Dr. Vanderley M. John
São Paulo
2000
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
À meu filho Alexandre, à Karla, à minha avó Nina, à meu pai Jairo e à meu
irmão Jairo, que me sustentaram dedicando o amor fraterno em todos os
momentos.
Ao grande amigo Edmundo Burgos Cruz que sem medir esforços contribuiu
para a minha formação e para a execução deste trabalho com a sua amizade,
incentivo e atenção.
Aos amigos Jivaldo Matos e a Lucildes Mercury, pela forma acolhedora de agir,
pelo apoio, pelo carinho e pela amizade que dispensaram a mim.
Alexandre Machado
10/11/00
Alexandre Teixeira Machado SUMÁRIO
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................iv
LISTA DE TABELAS..................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS.......................................................................................ix
LISTA DE SÍMBOLOS................................................................................................x
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO 1 ................................................................................................................ 1
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 3
1.2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 4
CAPÍTULO 2 ................................................................................................................ 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 5
2.1. OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DO AÇO E A FORMAÇÃO DA ESCÓRIA DE ACIARIA ...................... 5
2.2. A ESCÓRIA DE ACIARIA .......................................................................................................... 9
2.3. A EXPANSIBILIDADE DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA .................................................................... 13
2.3.1. A expansão do óxido de cálcio (CaO) ...................................................................... 15
2.3.2. A expansão do óxido de magnésio (MgO) ............................................................... 17
2.3.3. A expansão originada da oxidação do ferro metálico (Fe°) ..................................... 20
2.4.4. A expansão por transformação alotrópica do C2S.................................................... 22
2.4. PARÂMETROS QUE CONTROLAM A EXPANSÃO ....................................................................... 25
2.4.1. Controle da expansão pelo CaO e MgO................................................................... 25
2.4.1.1. Efeito da umidade, temperatura, teor de CO2 e do tempo de estocagem na estabilização
do CaO e MgO na escória de aciaria ........................................................................................... 26
2.4.1.2. Efeito do teor de CaO e MgO na estabilização da escória de aciaria.............................. 28
2.4.1.3. Efeito da granulometria na estabilização do CaO e MgO na escória de aciaria.............. 29
0
2.4.2. Controle da expansão do ferro metálico (Fe ).......................................................... 29
2.4.3. Controle de expansão das transformações alotrópicas do C2S ............................... 30
2.5. AS PRINCIPAIS APLICAÇÕES DA ESCÓRIA DE ACIARIA ............................................................. 31
2.5.1. Uso da escória de aciaria em pavimentação............................................................ 31
2.5.2. Uso da escória de aciaria na fabricação de aglomerante ........................................ 37
2.5.2.1. A escória de aciaria como matéria-prima do clínquer...................................................... 39
2.5.2.2. Na fabricação de cimento alternativo .............................................................................. 41
2.5.2.3. Transformação da escória de aciaria por formação de vidro — forma análoga ao
processo de vitrificação da escória de alto forno.......................................................................... 45
i
Alexandre Teixeira Machado SUMÁRIO
CAPÍTULO 3 .............................................................................................................. 52
3. TRABALHO EXPERIMENTAL............................................................................... 52
3.1. A CARACTERIZAÇÃO DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA.................................................................... 53
3.2. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................................... 53
3.2.1. Materiais ................................................................................................................... 54
3.3. MÉTODOS DE CARACTERIZAÇÃO E ENSAIO ........................................................................... 56
3.3.1. Caracterização física da escória de aciaria .............................................................. 56
3.3.3.1. Preparação das amostras para ensaio............................................................................ 56
Moagem e separação da amostra representativa ........................................................................ 57
Análise granulométrica ................................................................................................................. 58
Separação magnética................................................................................................................... 58
Determinação da densidade (NBR 6474/84)................................................................................ 59
3.3.2. Caracterização química e mineralógica da escória de aciaria ................................. 60
3.3.3. Técnicas analíticas de quantificação das fases ....................................................... 61
Caracterização química da escória .............................................................................................. 62
Determinação do teor de CO2 ...................................................................................................... 63
Caracterização por técnicas termoanalíticas................................................................................ 64
Determinação da composição mineralógica................................................................................. 67
3.4. AVALIAÇÃO DA EXPANSIBILIDADE DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA A OXIGÊNIO ............................... 68
3.4.1. Determinação da umidade ótima de compactação .................................................. 70
3.4.2. Determinação da expansibilidade de agregados por reação de hidratação (Método
de ensaio ASTM D 4792/95)............................................................................................... 71
3.4.3. Método ASTM C 1260/94 (Potencial de reatividade a álcalis em agregados −
Método das barras de argamassa) ..................................................................................... 75
3.4.4. Método de ensaio DNER − ME 228/89 e M 192/89 ................................................. 77
Determinação do efeito da umidade ótima de compactação na expansibilidade das escórias
de aciaria...................................................................................................................................... 78
Determinação do efeito da sobrecarga na expansibilidade das escórias de aciaria................ 78
3.4.5. Método de ensaio segundo a NBR 11582/91 (Método das agulhas de Le Chatelier)
............................................................................................................................................ 79
3.5. COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA EXPANSÃO ......................................... 80
CAPÍTULO 4 .............................................................................................................. 82
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................ 82
4.1. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA .................................................................................................... 82
4.1.1. Análise granulométrica ............................................................................................. 82
4.1.2. Separação magnética ............................................................................................... 86
ii
Alexandre Teixeira Machado SUMÁRIO
4.1.3. A densidade da escória de aciaria pelo frasco de Le Chatelier (NBR 6474/84) ...... 87
4.2. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA ................................................................................................. 88
4.2.2. Determinação do teor de CO2................................................................................... 89
4.2.3. Caracterização por técnicas termoanalíticas (TG/DTG e DTA) ............................... 91
4.2.4. Caracterização por difração de raios X (DRX) ......................................................... 97
4.3. A EXPANSIBILIDADE DAS ESCÓRIAS DE ACIARIA .................................................................... 99
4.3.1. Determinação da umidade ótima de compactação para os ensaios de expansão .. 99
4.3.2. Expansibilidade pelo método de ensaio ASTM D 4792/95 .................................... 100
4.3.3. Medida da pelo método mini-Proctor...................................................................... 102
4.3.4. Medida da expansibilidade pelo método de ensaio ASTM C 1260/94................... 103
4.3.5. Medida da expansibilidade pelo método das agulhas de Le Chatelier .................. 106
4.3.6. Fatores que interferem nas medidas da expansibilidade ....................................... 109
4.3.6.1. Efeito da umidade de compactação. ............................................................................. 109
4.3.6.2. Efeito da sobrecarga de ensaio DNER - ME 228/89 e M 192/89................................... 112
4.3.6.3. Efeito das dimensões dos corpos-de-prova .................................................................. 113
4.3.7. Efeito da expansão na composição química e mineralógica da escória de aciaria115
iii
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS
iv
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE FIGURAS
Figura 4.5. Curvas TG/DTG da escória de aciaria pertencente ao lote L01, sob
atmosfera dinâmica de N2 (200mL/min) e taxa de aquecimento de
10 °C.min-1 ................................................................................................ 91
Figura 4.6. Curvas TG/DTG da escórias de aciaria pertencente ao lote L02, sob
atmosfera dinâmica de N2 (200 mL.min-1) e taxa de aquecimento de 10
°C.min-1 ..................................................................................................... 93
Figura 4.7. Comparação entre as escórias do lote L01 e L02 anidras, em
atmosfera dinâmica de N2 (200 mL min-1) e taxa de aquecimento de 10
°C.min-1 ..................................................................................................... 95
Figura 4.8 Curvas TG/DTG comparativas do hidróxido de cálcio, hidróxido de
magnésio, e da mistura 1 em atmosfera de He (100 mL.min-1) e taxa de
aquecimento de 10 °C.min-1 ...................................................................... 96
Figura 4.9. Padrão de DRX da escória de aciaria do lote L01 − anidra ........... 97
Figura 4.10. Padrão de DRX da escória de aciaria do lote L02 − anidra ......... 98
Figura 4.11. Curva de determinação da umidade ótima de compactação da
escória de aciaria .................................................................................... 100
Figura 4.12. Expansão (em% do comprimento inicial) determinado pelo método
de ensaio ASTM D 4792/95 .................................................................... 101
Figura 4.13. Expansão de corpos-de-prova pequenos sujeitos a cura à 80 oC
tomando-se como referência o método de ensaio ASTM D 4792/95...... 103
Figura 4.14. Expansão de barras prismáticas de argamassa à base da aciaria
do lote L01 .............................................................................................. 104
Figura 4.15. Expansão de barras prismáticas de argamassa à base da aciaria
do lote L02 .............................................................................................. 104
Figura 4.16. Corpos-de-prova elaborados com argamassa de escória de aciaria
e cimento na proporção 1:1,25: (a) antes do ensaio e (b) após o ensaio de
submersão em água a 80 °C por 75 horas ............................................. 105
Figura 4.17. As agulhas de Le Chatelier: (a) antes do ensaio; (b) após o ensaio
de expansibilidade; (c) detalhe da desagregação da argamassa após a
expansão dos corpos-de-prova............................................................... 107
Figura 4.18. Resultados do ensaio pela agulha de Le Chatelier de
expansibilidade do lote L01..................................................................... 108
Figura 4.19. Expansão do lote L01 em função da umidade de compactação 110
Figura 4.20. Efeito da sobrecarga na expansibilidade da escória de aciaria.. 112
Figura 4.21. Efeito das dimensões dos corpos-de-prova nas medidas da
expansibilidade ....................................................................................... 114
Figura 4.22. Curvas TG/DTG da escória de aciaria pertencente ao lote L01
hidratada, sob atmosfera dinâmica de N2 (200 mL.min-1) e taxa de
aquecimento de 10 °C.min-1 .................................................................... 116
v
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE FIGURAS
vi
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1. Média da fração metálica presente na escória de aciaria do lote L01
.................................................................................................................. 87
Tabela 4.2. Determinação da densidade da escória de aciaria a oxigênio pelo
frasco de Le Chatelier ............................................................................... 87
vii
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE TABELAS
Tabela 4.3. Composição química dos lotes de escória de aciaria L01 e L02
analisados e outras composições típicas fornecidas pela mesma
siderúrgica ................................................................................................ 89
Tabela 4.4. Determinação do teor de CO2 presente na escória anidra e na
escória de aciaria hidratada do lote L01 ................................................... 90
Tabela 4.5. Tabela resumo dos eventos determinados na TG da amostra L01
anidra ........................................................................................................ 92
Tabela 4.6. Tabela resumo dos eventos determinados na TG da amostra L02
anidra. ....................................................................................................... 93
Tabela 4.7. Expansão dos corpos-de-prova em função da abertura das agulhas
................................................................................................................ 108
Tabela 4.8. Tabela resumo dos eventos determinados na TG da amostra L01
hidratada ................................................................................................. 116
viii
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
ix
Alexandre Teixeira Machado LISTA DE SÍMBOLOS
LISTA DE SÍMBOLOS
A – Al2O3
α - Alfa
β - Beta
C - CaO
F – Fe2O3
S – SiO2
λ - Gama
x
Alexandre Teixeira Machado RESUMO
RESUMO
ABSTRACT
The steel slags are one of the by-products with larger volume generated in
integrated and mini-mill steel plants. However, its application as a raw material for
civil construction is committed due to its high expansibillity, mainly for the hydration
of free calcium and magnesium oxide (CaO and MgO) and for the corrosion of
metallic iron (Fe°). This work presents a comparative study of the existent methods
of steel slags expansibility evaluation, comparing this phenomenon to the chemical
and mineralogical transformations of the material. It is basically divided into three
parts. In the first part, it is made a residue characterization in order to identify their
physical, chemical and microstructure characteristics. The second part, the actual
methods to determinate steel slags expansibillity were evaluated and, in the third
part, the transformations that happened in the materials microstructure were
identified after the hydration reactions. Finally, the changes that happened in slags
hydration had been linked to microstructure transformation.
Capítulo 1
1. Introdução
(Figura 1.1).
1
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 1
siderúrgica.
ambiente.
1
Tal como ocorre no caso do emprego de escória de alto forno como substituto do calcário na
fabricação de cimentos.
2
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 1
1.1. Justificativa
aciaria têm seu emprego limitado como material de construção civil, seja como
3
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 1
1.2. Objetivos
aciaria;
material;
4
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
Capítulo 2
2. Revisão Bibliográfica
de aciaria
como C, Mn, P e Si, até os níveis especificados no produto final (ILFA, 1995).
OH − Open Hearth; BOF – Blast Oxygen Furnace; EAF − Electric Arc Furnace
1
5
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
tem por objetivo reduzir os teores de carbono do ferro gusa de 4 % para 0,1 %,
forno.
ciclo de produção típico, são produzidas até 250 t de aço por corrida em um
6
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
2
A cal (CaO) pode ser adicionada com a sucata metálica ou após o sopro de oxigênio sobre o
metal fundido. Entretanto, esta ordem depende do processo de produção de cada siderúrgica.
7
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
sucata de aço, gerada por um arco elétrico, formado entre o aço e os eletrodos
[1], [2], [3]). Do mesmo modo que no conversor LD, a adição do CaO e MgO e,
8
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
Tanto nas usinas integradas, que usam o conversor a oxigênio, como nas
usinas semi-integradas, que usam forno de arco elétrico, são geradas de 100 a
150 kg de escória por tonelada de aço líquido. No Brasil, em 1998, para uma
(LD ou BOF) e o forno de arco elétrico (EAF). Estes processos de refino têm
9
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
por β- silicato dicálcico (larnita), ferrita cálcica, wüstita (FeO), cal livre (CaO),
FeO e SiO2, sendo que os teores de CaO aumentam à medida que o CaO
sólido adicionado vai sendo dissolvido na escória líquida. Para maiores teores
10
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
silicatos (C2S e C3S) e, principalmente do CaO, que constitui a cal livre não
Além das fases não metálicas, a escória contém uma grande quantidade de
11
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
Tipo de
Fe CaO CaO
Processo escória Fe2+ SiO2 MgO MnO P2O5
(total) (total) (Livre)
gerada
14,0 8,4 40,0 0,0 9,0 1,0 3,0 0,0
Conversor Oxidante − − − − − − − −
a oxigênio 26,0 15,6 50,0 7,0 16,0 9,6 8,0 5,0
(BOF ou 0,7 48,0 32,0 10,0
K-BOP*
LD**) − - − Nd − − - 0,02
(oxidante)
0,9 54,0 33,0 11,0
15,0 9,8 28,0 12,0 6,4 3,0
Oxidante − − − 1,4 − − − 0,7
Forno
17,0 15,7 40,0 26,0 18,0 9,3
elétrico
0,0 47,6 19,7 7,0 1,0
(EAF)
Redutora − Nd − Nd − − − -
1,5 51,0 27,0 15,0 2,0
*
Processo de conversor a oxigênio para produção de aço inoxidável.
**
O conversor a oxigênio é mais conhecido no Brasil como conversor LD.
12
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
70
60
Composição (%)
50
40
30
20
10
0
CaO SiO2 Al2O3 MgO TiO2 FeO MnO P2O5 S Cr2O3
Máximos 58,56 28,42 6,41 9,87 0,5 32,94 5,03 0,844 0,244 0,508
Mínimos 34,12 14,98 2,38 6,69 0,33 0,98 0,08 0,318 0,00001 0,045
Compostos
resfriamento.
metálico residual (PANIS, 1975; KAMON et al., 1993; WANG e XIE, 1980;
13
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
HEATON, 1989).
escória de aciaria.
Observa-se na Tabela 2.3, que, nas transformações, seja por hidratação (2, 4,
14
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
do tamanho dos seus grãos, que variam de 3 a 10 µm. A cal precipitada, que é
15
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
JUCKES, 1997).
A quantificação do teor de cal livre na escória pode ser feita através das
expansão das escórias de aciaria, existem diversos estudos que visam limitar o
WANG, 1991). Porém, outros autores refutam esse critério, preferindo adotar
16
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
gera expansão devido às tensões criadas pela diferença de volume molar entre
o óxido e o hidróxido.
17
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
TAYLOR, 1997).
SHOUSUN (1980) afirma que no caso da fase RO, à qual o MgO está
que apresente esta razão maior ou igual a um, e estável, quando esta
baseada na premissa de que o MgO pode formar solução sólida com o FeO e
MnO. Observa-se que (Tabela 2.4) a razão apresentada por SHOUSUN (1980)
é menor do que um para a maior parte das escórias de aciaria, tomando-se por
3
Adota-se, aqui, a notação simplificada clássica na química dos cimentos: C - CaO; M - MgO,
S - SiO2.
18
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
(SHOUSUN, 1980).
MgO
Processo de formação da escória
(FeO + MnO)
Conversor a oxigênio LD ou BOF 0,10 − 0,45
Oxidada 0,50 − 0,72
Forno elétrico (EAF)
Reduzida −
A determinação do magnésio nas escórias de aciaria pode ser feita através das
%, podendo chegar até 6,5 %, conforme a NBR 5732/91. Uma parte substitui o
19
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
como periclásio (óxido de magnésio livre). Este último, através de reação com
(TAYLOR, 1997).
que fica retido no sopro ou no vazamento do aço líquido. Este metal, após os
Formação Produto
formado
Reações de oxidação
Fe0 + 1/2O2 → FeO Wüstita
2Fe0 + 3/2O2 → Fe2O3 Hematita
3Fe0 + 2O2 → Fe3O4 Magnetita
Reações de corrosão
Fe2+ + 2 OH- → Fe(OH)2 Hidróxido ferroso
4 Fe(OH)2 + O2 + 2H2O → 4 Fe(OH)3 Hidróxido férrico
20
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
como óxido de ferro II- ferro III ou [FeO. Fe2O3]. No estado de oxidação +2, o
ferro está como íon Fe++, sendo facilmente oxidado ao estado +3 pelo oxigênio
do ar.
EAF (LEE e LEE, 1995) estão, principalmente, na forma bivalente (FeO). Este
cristal. Quando esta proporção é maior que um, a fase RO, de periclásio ou do
proporção é menor que um, forma-se também a wüstita, Mg- wüstita ou Mg-
21
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
pulverização dessa fase não metálica (SEKI et al., 1986; TAYLOR, 1997).
22
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
A transformação α’→ λ pode ocorrer sem gerar a fase β-C2S entre 780 °C e 850
1420 e 2130 °C. A temperaturas mais baixas, próximas de 690 oC, o silicato
23
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
dicálcico passa para a forma β ou para a forma α´. Logo após, abaixo de 500
a 14 % (PANIS, 1975; SEKI et al., 1986; LEA, 1970). Ela ocorre lentamente no
pulverização do material.
apresentadas por SEKI et al. (1986), Tabela 2.6, os valores de expansão nas
respectivamente.
24
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
25
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
Dessa forma, o material deve estar sujeito a condições que permitam, ao longo
4
A norma japonesa JIS A 5015/92 fixa condições gerais para aplicação da escória siderúrgica.
26
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
desde que a expansão dos corpos de prova, submersos em água, seja menor
ainda continuam reativos. GUPTA et al. (1994) mostram que o teor de cal livre
químicas.
27
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
CO2 na pilha de estoque não é uniforme e não permite que toda a cal livre seja
residual nas escórias de aciaria. Esta fase da cal foi principalmente encontrada
28
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
de aciaria
O tamanho dos grãos de escória de aciaria têm influência sobre esta atividade
torna-se mais fino, o módulo de finura diminui. Após esse período, a escória
pode ser utilizada seguramente como agregado, porém o seu uso para
29
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
alotrópicas α, α’β e γ
, segundo esta ordem de transformação. No resfriamento
estabilizadores na estrutura cristalina desse silicato, tais como o Al3+, Ba2+, P5+,
B3+, Mo4+ ou mesmo o Fe3+. Estas adições têm por objetivo estabilizar a forma
30
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
escória de aciaria. (SEKI et al, 1986; YU-JI e GONG-XIN, 1980; MURPHY et al,
DRALANTS, 1984).
imediata.
31
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
maioria das vezes, não atende aos critérios de qualidade exigidos para o uso
como agregado.
este valor deve ser inferior a 0,5 %. Contudo, a presença de cal (CaO) e
32
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
betume e a areia. Além disso, a textura superficial áspera das partículas dos
1995).
33
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
produção de aço (NOUMAN et al., 1992). Em meados dos anos 80, superfícies
34
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
eficientes.
podemos citar:
expansibilidade;
35
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
6
É denominado como tufa a precipitação do carbonato de cálcio (CACO3) na drenagem dos
pavimentos após a solubilização do CaO da escória de aciaria em água e subseqüente
carbonatação.
36
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
reação [3].
também o dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera [4]. Esta condição leva à
meses de verão e menor nos meses de inverno, uma vez que, em baixas
hidróxido de cálcio.
37
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
A análise por difração de raios X indica que o CaO, na escória de aciaria, pode
Alguns autores citam que a escória de aciaria, assim como a escória de alto
forno, desenvolvem a sua atividade hidráulica, ativada por uma base, como o
38
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
cimentos.
Os trabalhos publicados sobre este tipo de reciclagem são discutidos nos itens
seguintes.
clínquer de cimento Portland, isto é, Si2+, Al3+, Fe2+ e Ca2+, os teores desses
39
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
requisitos para esta aplicação, quanto aos teores de CaO, MgO, Al2O3, Fe2O3 e
SiO2. Neste sentido, existem os módulos que precisam ser considerados, tais
1971):
(AR) podem variar de 1,0 a 4,0, o (SR) de 2,0 a 3,0 e o (LSF) de 0,92 a 0,98.
fabricação de cimentos.
de calcário por escória de aciaria pode ter um efeito positivo nas propriedades
40
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
atender aos limites fixados dos módulos para a formação do clínquer: o LSF
MgO tal que o teor livre remanescente, na forma de periclásio não ultrapasse
5 %.
está restrita à estabilização dos constituintes expansivos, a cal livre (CaO livre)
41
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
microestrutura do material.
momento do refino, resultaria em uma escória com baixo teor de cal livre e
solução sólida formada pela wüstita (FeO) com o manganês e o magnésio, não
et al., 1997).
42
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
pode ser também produzido pela mistura com escória de alto forno, admitindo a
Esse cimento apresentou baixa expansão: 0,10 % aos 10 dias, 0,14 % aos 14
com relação à resistência aos 28 dias (45,8 MPa aos 28 dias). No entanto, não
autores.
43
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
O uso dos SACs acelera a formação dos silicato de cálcio hidratado (C-S-H) e
diminui a resistência do material. Isto foi explicado por duas razões principais:
aglomerante.
hidratação do C3S e aumenta a resistência nas primeiras idades, mas não tem
44
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
e impermeabilidade.
como nas escórias de alto forno, nas quais a relação CaO/SiO2 é baixa.
45
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
tipo de material, o que propicia a aplicação tanto para escórias de aciaria como
à lixiviação dos solos. Dessa forma, ela pode estar associada a um composto
KATSUMI, 1993).
46
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
algas. Contudo, a presença de alcalis e de chumbo (Pb) tem limitado o seu uso
tipo Ca-Mg, cujo principal requisito é a quantidade de CaO, que deve ser maior
procedimento não causa dano ao meio ambiente e, além disso, traz o benefício
47
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
aciaria
rodovias.
sua expansão ocorre devido à sua elevada reatividade com a água, havendo,
48
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
com o método PTM 130/78 e pelo método ASTM D 4792/95. No Brasil, esse
49
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
de agregados;
com densidade entre 3,53 e 3,58 g/cm3, teores de CaO total de 41,5 % e 45,3
1995).
que escórias de aciaria do tipo LD, com densidade de 3,57 g/cm3, teores de
50
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 2
escória de aciaria com densidade entre 3,2 e 3,5 g/cm3 e 3,3 % de CaO livre foi
em 168 horas.
51
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Capítulo 3
3. Trabalho experimental
52
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
compostos na escória foi realizada por análise térmica (TG/DTG e DTA) e por
difração de raios X.
representativa.
53
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
ESCÓRIA DE ACIARIA
NBR 11582/91
(Agulhas de Le Chatelier)
ANÁLISE DA RELAÇÃO
COMPOSIÇÃO QUÍMICA X PROPRIEDADES FÍSICAS
CONCLUSÕES
3.2.1. Materiais
Para avaliar a expansibilidade das escórias de aciaria a oxigênio, dois lotes L01
L01, com idade aproximada de 225 dias, permaneceu durante os primeiros três
outro lado, a escória do lote L02, proveniente da mesma siderúrgica, com idade
em ambiente seco.
54
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Óxidos
CPII-F
Nome Fórmula
Anidro silícico SiO2 18,44
Óxido de ferro Fe2O3 3,25
Óxido de alumínio Al2O3 4,10
Óxido de cálcio CaO 58,20
Óxido de magnésio MgO 6,11
Óxido de sódio Na2O 0,18
Óxido de potássio K2O 0,74
Trióxido de enxofre SO3 1,91
Óxido de cálcio livre CaOlivre 1,62
Perda ao fogo 6,52
Resíduo insolúvel (RI) 2,12
55
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
na Figura 3.2.
Quarteamento
(150 kg)
Amostra representativa
(150 kg)
ENSAIOS QUÍMICOS
56
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
(a) (b)
57
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Análise granulométrica
de abertura de 3,36 a 0,037 mm, e a laser. Esta última, teve por finalidade a
difração de raios X.
Separação magnética
separação em solos, por meio do qual o material é posto numa esteira rolante e
Como foi mostrado na Figura 3.4, o material é depositado num recipiente (a) e,
por vibração, posto em uma fina camada na esteira rolante (b), a fim de ser
da esteira rolante, passando pelo ímã permanente (c) e pelo ímã de alto
58
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
plástico (e).
(a)
(d) (c)
(e) (b)
Chatelier uma quantidade de xilol, utilizado por não ser reativo com as
inicial do líquido (Vi) − a temperatura do banho, 25 °C, não deve variar mais
59
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
a partir do volume a ser alcançado pelo líquido, devendo ficar entre as marcas
de cal (CaO) livre pelo etilenoglicol (NBR 7227/89), por técnicas termoanalíticas
diferencial (DTA).
60
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Técnica Mecanismo
Resultado
analítica
Análise química
Análise quantitativa total Análise quantitativa total
por
expressa em porcentagem das espécies químicas
fluorescência de
de óxidos (em peso). presentes na escória.
raios X
Dissolução da amostra em
Análise química
etilenoglicol seguida de Determinação do teor de
pelo etilenoglicol
titulação em solução CaOlivre
(NBR 7227/89)
padrão de HCl.
Determinação do anidrido Determinação do teor de
Gasometria carbônico (CO2) pela carbonatos em função do
(MB 3377/90) absorção do CO2 pelo teor de CO2 presente na
Ba(OH)2 amostra
Estabilidade e Determinação do teor das
Análise térmica decomposição térmica dos espécies químicas a partir
(TG/DTG e DTA) compostos presentes na da decomposição térmica
amostra de escória. do material.
Determinação da
composição mineralógica
Difração de raios Determinação qualitativa da
em função das distâncias
X (DRX) composição mineralógica.
interplanares das estruturas
cristalinas.
61
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
uma parte dessa energia sob a forma de radiação, sendo que a radiação
PW− 2404.
como indicador de pH. Deve-se considerar que este método não diferencia
62
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
(CO2). Este ensaio foi baseado no método prescrito pela norma MB 3377
(ABNT, 1990).
lavador, onde o gás é seco pelo ácido sulfúrico (H2SO4). Em seguida, a mistura
o gás é lavado numa solução de hidróxido de bário (Ba(OH)2), pelo qual o CO2
63
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
64
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
1997).
que podem ocorrer num determinado material, tais como: fusão, ebulição,
1994).
Observa-se, a partir dos resultados mostrados por KNELLER et al. (1994), por
MATOS (1998) e por MACHADO et al. (1999), que a maioria das curvas
CaCO3 podem ser também confirmados pelos resultados obtidos por extração
65
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
elevadas temperaturas.
1
Ensaio executado no Laboratório de Processamento Pirometalúrgico da divisão de metalurgia
do IPT.
66
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
aquecimento de 10 °C.min-1.
com o raio atômico de cada um dos átomos e seus tipos de ligação. Cada
limitação dessa técnica ocorre para minerais isomorfos (com mesma estrutura
2
Texto elaborado a partir treinamento específico no Instituto de Geociências da Universidade
de São Paulo sob coordenação do M.sc Flávio de Carvalho − responsável pelo laboratório de
difração de raios X.
67
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
com um passo de 0,05 e um tempo para cada ponto de 1 seg. Os dados foram
raios X (DRX), verificou-se a ocorrência de duas fases de cal, a pura (cal livre)
massa). Estas formas podem ser identificadas por difração de raios X (DRX). O
oxigênio
68
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Tempo
Condições de Lote
de *
Método preparação dos N de
ensaio
corpos-de-prova escória
(h)
ASTM D 4792
Ensaios Tradicionais
Na umidade ótima (6 %) 2
DNER ME 228/89
e ME 192/89 ≅ 320 1
Nas umidades de
(Mini CBR)
compactação de 1
2, 4, 8 e 10 %
Álcali-Agregado Traço de argamassa de
Adaptados
Tabela 3.5.
69
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Método
Variável Condições de Lote
adotado Tempo de
analisada preparação dos N* de
como ** ensaio (h)
corpos-de-prova escória
referência
Nas umidades de
U.O 320 compactação de 1 1
DNER ME 2, 4, 8 e 10 %
228/89 e ME Na umidade ótima
192/89*** S 320
(6 %)
2 1
(Mini CBR)
Na umidade ótima
C.C 320 1 1
(6 %)
*
N é o número de corpos-de-prova utilizados no ensaio
**
U.O = umidade ótima de compactação; S = sobrecarga de ensaio; C.C. = Condições de
Contorno
Após a moldagem os corpos-de-prova foram submersos em água a 80 °C.
***
Este método de ensaio foi desenvolvido para solos argilosos e adaptado para
70
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
partículas. Dessa forma, tem-se uma menor densidade seca pelo aumento de
3
Corpos-de prova moldados em 5 camadas com 12 golpes de soquete (2.270 g) por camada.
71
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Figura 3.5a.
ensaio ASTM D 1883 (no Brasil é conhecido como NBR 9895/87). Para
item 3.4.1.
vai ser substituído por uma quantidade igual de material passante numa
72
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
(a) (b)
Figura 3.5. Aparelho de ensaio: (a) molde com escória imerso no banho
térmico; (b) molde submerso em água a 80 °C
73
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Depois que as amostras foram imersas em água quente por 30 minutos, para
74
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
4
As dimensões do molde segue o especificado na NBR 8490/84
75
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Abertura da peneira #
Massa (%)
Passa Retido
o
4,75 mm (N 4) 2,36 mm (No 8) 10
2,36 mm (No 8) 1,18 mm (No 16) 25
1,18 mm (No 16) 600 µm (No 30) 25
600 µm (No 30) 300 µm (No 50) 25
300µm (No 50) 150 µm (No 100) 15
76
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
em uma lâmina de água, até que 5 mm dela fique sobre o molde, verificando-
5
Também conhecido como Mini- Proctor.
77
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
escórias de aciaria
ensaio nas medidas axiais da expansão dos corpos de prova. Verificou-se que
78
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Le Chatelier)
do cilindro.
que a água entre em ebulição e seja assim mantida durante três horas. No
79
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
expansibilidade, porém, como o seu uso para avaliação das escórias de aciaria
volumétrica.
expansão das espécies químicas presentes nas escória de aciaria, o que pode
80
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 3
Dimensão máxima
Tempo Condições
Método característica da Molde
(Dias) de cura
escória (mm)
Cilíndrico de φ
Submerso
ASTM D (15,24 ± 0,07) cm
7 em água Nd3
4792/95 e uma altura de
(70 ± 3) oC
(11,64 ± 0,05) cm
Submerso
ASTM Prismático de (2,5
3 em água a 4,8
1260/94 x 2,5 x 28,5) cm
80 °C
DNER– Cilíndrico de
Submerso
ME diâmetro (φ) de
12 em água a 2,0
228/89 e 4,95 cm e altura
80 °C
M 192/891 de 5,0 cm
Até haver Cilíndrico de
Submerso
NBR estabilização diâmetro de 3,0
em água a Nd
11582/91 da abertura cm (φ) e altura de
80 °C
das agulhas 3,0 cm
1
Foi tomado como referencia o método de ensaio ASTM D 4792/95.
2
Varia de 20 a 24 horas.
3
Nd (não determinado)
81
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Capítulo 4
métodos de ensaio.
estudo.
82
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
foi utilizada tanto para a análise granulométrica quanto para a análise química.
100
Retido acumulado (%)
80
60
40
20
0
0,01 0,1 1 10
Abertura de malha(mm)
agregado miúdo semelhante a uma areia grossa com módulo de finura de 2.92.
lote L02. Este material foi utilizado para a caracterização química desse lote e
ASTM C 1260/94.
83
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
100
Retido acumulado (%)
80
60
40
20
0
0,01 0,10 1,00
Abertura de malha(mm)
específica maior, sendo assim mais reativo quando em contato com água.
84
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
0,075 mm 4,8 mm
Concretos e argamassa
Pulverulento Agregado miúdo Agregado graúdo
(NBR 7211, 1983)
Solos / Geotecnia
Argila Silte Areia Pedregulho
(NBR 6502, 1995)
2 µm 0,06 mm 2,0 mm
escória de aciaria. Visto que, tanto na norma japonesa JIS A 5015 quanto no
85
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Após a moagem de todo o lote L01, uma fração representativa do material foi
considerando que haveria uma perda elevada de material não metálico, que
86
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
não metálica nas escórias de aciaria. Visto que, a escória de aciaria possui um
valor de massa específica muito superior aos agregados naturais, como a areia
87
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
magnética (4,9 g/mL), da não magnética (ou fracamente magnética) (3,7 g/mL),
metálica da escória de aciaria. Uma vez que, segundo a literatura, a fração não
composição mineralógica.
4,7 % para o lote L01 e 6,5 % para o lote L02. Os resultados dessas análises
88
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Tabela 4.3. Composição química dos lotes de escória de aciaria L01 e L02
analisados e outras composições típicas fornecidas pela
mesma siderúrgica
bruscamente.
89
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
de aciaria estudada.
presente no material.
90
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
DTA)
escória L01.
91
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Tabela 4.5.
carbonatos, porém este evento não foi detectado nos estudos com escorias de
aciaria.
mesma forma que no lote L01, a partir de 200 °C, observa-se a decomposição
92
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Tabela 4.6.
93
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
das escórias dos lotes L01 e L02. Como foi dito anteriormente, a escória do lote
ao CO2 do ar.
1100 °C. Acredita-se que nesse trecho da curva esteja registrada a perda de
De maneira geral, em relação ao lote L01, de 850 °C até 1550 °C, observa-se
carbonato de cálcio.
94
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
No perfil das curvas DTA das escórias dos lotes L01 e L02 (Figura 4.7),
95
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
400 °C e 550 °C, enquanto que o hidróxido de magnésio entre 340 °C e 430 °C
96
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
para o lote L01 como para o lote L02, foram: larnita (Ca2SiO4); hematita
Wüstita
Hematita
Gismondina
Larnita
CMIS
Larnita
Gismondina
Wüstita
Wüstita
Gismondina
CaO
Hematita
Larnita
Hematita
Larnita
Larnita
Larnita
CaO
CaO
CMIS
7 10 20 30 40 50 60
2-Theta - Scale
Fetotal (Tabela 4.3), contudo, observa-se que níveis mais altos de oxidação do
97
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
lote L02 (Figura 4.24). Existem duas hipóteses que podem justificar o fato: a
primeira é que, embora a escória do lote L01 tenha permanecido mais tempo
exposta à umidade e ao ar, a escória do lote L02 pode ter sofrido corrosão
lote L01 que no lote L02, gerando menos produtos de oxidação e corrosão.
Wüstita
Hematita
Larnita
CMIS
Wüstita
Wüstita
Gismondina
Larnita
Hematita
Larnita
Hematita
CMIS
CaO
Gismondina
CaO
Larnita
Gismondina
Hematita
Hematita
Larnita
Larnita
CaO
Larnita
CMIS
4 10 20 30 40 50 60
2-Theta - Scale
98
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
ensaios de expansão
99
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
O método de ensaio proposto pela ASTM D 4792/95 foi adaptado com relação
100
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Desse ponto até as 320 horas ocorre um pequeno aumento volumétrico com
molde, apesar de ter sido aplicada vaselina como desmoldante, como sugerido
101
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
102
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
ASTM C 1260/94
103
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
lote.
104
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
expansão, tanto dos corpos-de-prova com escória do lote L01, como dos
último estágio o grau de expansão foi tão intenso que, inclusive, conduziu à
(a) (b)
105
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Nos gráficos mostrados na Figura 4.14 e Figura 4.15 constata-se também que,
os preparados com a escória do lote L01. Tal diferença foi da ordem de 1,0 a
olho nú.
Le Chatelier
106
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
(b)
(a) (c)
das agulhas de Le Chatelier que variou de 6,96 a 61,43 mm. Dessa forma, foi
107
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
108
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
expansão cai para 1,6 %. Na quarta região, de 250 a 321 horas, os corpos-de-
109
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
110
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
compactação apresentaram 2,38, 2,32, 2,29, 2,28, 2,29 e 2,33 g/cm3 de massa
fenômeno pode ser explicado: tendo em vista que nos corpos-de-prova menos
material.
111
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
ensaios tradicionais.
10
Expansão (%)
0
0 50 100 150 200 250 300
Tempo (horas)
S/sobrecarga Média com sobrecarga
1
Segundo o método, a sobrecarga de ensaio para estas condições é de 500 g
112
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
expansibilidade aparente.
na Figura 4.21.
113
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
tiveram maior expansão que as moldadas no CBR tradicional. Este fato não
114
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Foi programado para a análise química e para a difração de raios X (DRX), que
115
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
Ao comparar os perfis das curvas TG/DTG da escória anidra (Figura 4.5) com
116
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
117
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
gismondina (CaAl2Si2O8.4H2O).
Portlandita
Gismondina
Portlandita
Portlandita
Wüstita
Larnita
Hematita
Gismondina
CMIS
CMIS
Larnita
Larnita
Gismondina
Wüstita
Wüstita
Hematita
Hematita
CaO
Larnita
Hematita
Larnita
Larnita
CMIS
CaO
CaO
7 10 20 30 40 50 60
2-Theta - Scale
Mg(OH)2, além dos MgCO3e CaCO3, tendo em vista que essas transformações
118
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 4
escórias de aciaria pode ser atribuída de fato a hidratação do CaO e MgO livres
119
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
Capítulo 5
5. Considerações finais
avaliação da expansão.
120
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
equipamento, outro fator que pode influenciar nos resultados, tal como a
121
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
122
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
Características da
T Tempo escória Expansão
Autor Método
(°C) (h) Densidade Cal livre (%)*
3
(g/cm ) (%)
ASTM C
80 60 3,5 4,7-6,5 3,4 − 7,5
1260/94
ASTM D
80 319 3,5 4,7-6,5 4,7 − 5,0
4792/95
Presente trabalho DNER-ME
228/89 e 80 337 3,5 4,7-6,5 6,3 − 6,4
M 192/89**
NBR
80 321 3,5 4,7-6,5 1,7 − 9,0
11582/91
COOMARASAMY ASTM D
71 168 3,5-3,6 3,0-4,7 1,0
e WALZAK (1995) 4792/95
GUMIERI et al JIS A
80 720 3,6 5,8 2,0
(1999) 5015/92
ASTM D 60 168 3,2-3,5 3,3 1,5 − 5,0
EMERY (1978)
698 80 168 3,2-3,5 3,3 5,0 − 9,0
*
Valores da expansibilidade máxima no final do ensaio.
**
Foi tomado como referência o método de ensaio ASTM D 4792.
123
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
4792/95, com a composição química das escórias verificou-se (Tabela 5.2) que
o valor encontrado neste ensaio foi de 5,12 %. Este fenômeno pode ser
124
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
uma abertura de agulha de 7,0 a 61,4 mm, em tempo total de ensaio de,
e granulometria similares.
125
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
da escória, além do tamanho dos corpos-de-prova que mostrou ser outro fator
medidas de expansão.
confecção das barras, após endurecido exerce pouca influência nas medidas
cilíndricos
126
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 5
aciaria
confirmados tanto nas curvas TG/DTG (Tabela 5.2) como nos difratogramas de
raios X (DRX) (Figura 4.10 e Figura 4.11). A escória do lote L01 apresentou um
teor de CO2 de 0,92 % quando anidra e 1,0 % quando hidratada (Tabela 4.4). A
TG/DTG do mesmo lote de escória, 0,61 % para a escória anidra e 0,94 % para
127
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 6
Capítulo 6
6. Conclusões
conclui-se que:
escórias de aciaria;
128
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 6
como mais um fator de atraso na sua execução e que exerce pouco efeito
129
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 6
130
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 7
Capítulo 7
7. Referências bibliográficas
131
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 7
132
Alexandre Teixeira Machado Capítulo 7
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