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O FIM DA GUERRA FRIA

A estagnação soviética na década de 1970


Nos anos 60, as dificuldades internas nos EUA e URSS levaram ambos os países
a adotar uma política de distensão, isto é, uma diminuição gradativa da corrida
armamentista.
No decorrer dos anos 1970, houve um retrocesso gradativo dessa política de
distensão e um aumento na desconfiança mútua, para a qual o expansionismo soviético
contribuiu muito, pois, além de financiar guerrilhas em libertações nacionais na África,
invadir o Afeganistão, tentava aproximações com países árabes, p. ex., a Síria. Com a
subida ao poder de Ronald Reagan, essas relações tornaram-se de novo tensas quando o
presidente estadunidense anunciou um programa militar espacial. Nessa época a
economia soviética já estava em crise.
Quais as causas da crise soviética?
• Gastos militares excessivos
• Burocracia absurdamente engessadora
• Falta de abertura para o mercado externo
• Falta de competitividade na economia interna
• Crise de abastecimento de alimentos básicos
• Falta de liberdade política e econômica.
Entretanto, é necessário que se faça uma ressalva a todos esses indicadores. Para
além das dificuldades dos planos quinquenais, a população soviética conseguiu alcançar
níveis de desenvolvimento humano que até hoje são referência e que saudosistas do
período apontam: analfabetismo quase zero, acesso às universidades, serviços de
transporte e saúde de qualidade, baixíssimas taxas de desemprego e moradia. Porém, os
gastos sociais atrelados a uma falta de competitividade da economia, e os gastos absurdos
com armamentos, fizeram o estado se onerar mais do que podia.
Movimentos de libertação no leste europeu.
• Primavera de Praga
• Revolução de Veludo
• Movimento Solidariedade na Polônia
• Fim do regime socialista na Romênia.
Esses movimentos se manifestavam em favor da Autonomia Nacional com maior
independência ao poder soviético.
Mikhail Gorbachev
Em 1985, Mikhail Gorbachev assumiu a secretaria geral do PCURSS em meio a
uma grave crise econômica: a economia planificada baseada na indústria pesada e nas
fazendas coletivas começava a dar sinais de esgotamento
O novo líder soviético propôs mudanças liberalizantes com base em dois
princípios Perestroika e Glasnost [Reestruturação e transparência].
A perestroika foi instituída na URSS em 1980 e tinha por objetivo reestruturar a
economia soviética. Havia o interesse de aproximar a URSS de países capitalistas como
o Japão e EUA. Entre medidas para viabilização da Perestroika destacam-se:
• Diminuição de gastos militares
• Permissão para existência de pequena propriedade privada
• Abertura para a concorrência para as áreas de monopólio estatal
• Instalação de empresas estrangeiras na URSS.
Apesar das medidas liberalizantes, as reformas não tiveram o êxito esperado,
foram consideradas tímidas pelos especialistas e erradas pelos dirigentes do PC.
Em contrapartida, a glasnost teve maior sucesso e marcou o início da
democratização russa. Dentre essas medidas, destacam-se:
• Diminuição da atuação do partido comunista
• Aumento das autonomias dos governos locais
• Diminuição da censura e do controle estatal
• Eleições para deputados dos mais variados setores.
Na política externa Gorbachev procurou aproximar-se do Ocidente, além de retirar
as tropas do Afeganistão e propor uma política de eliminação dos mísseis nucleares. Essas
medidas serviram para arrefecer o clima de Guerra fria que havia sido retomado no início
dos anos 80 e garantiu-lhe grande popularidade no mundo ocidental, apesar de sua
impopularidade dentro da Rússia.
A queda do muro de Berlim
As reformas empreendidas por Gorbachev aceleraram o fim do socialismo no leste
europeu. Em 1989 subiu ao poder na Alemanha Oriental Egon Krenz. Em 9 de novembro
daquele mesmo ano, após uma informação errada de que as viagens ao lado ocidental de
Berlim estavam liberadas, uma multidão de pessoas dirigiu-se aos postos de fronteira do
muro. Guardas tentaram conter a população, mas nada podiam diante da multidão, que
forçou a passagem e, na prática, aboliu a divisão que o muro causava. Empolgada, a
população demoliu o muro, abrindo o caminho para a reunificação.
A queda do muro significou o fim dos regimes socialistas no leste europeu.
O fim da URSS
A situação interna era caótica, pois em várias regiões da URSS emergiram
movimentos separatistas. A crise começou nos anos 80, mas se aprofundou nos anos 90,
com a ascensão de tendências nacionalistas em praticamente todas as repúblicas
soviéticas. A primeira manifestação separatista a vir à tona foi na Lituânia. Seguiram-se
protestos na Estônia e Letônia, seguidas da Geórgia, Azerbaijão, Moldávia e Ucrânia. Em
paralelo, Gorbachev era questionado pela burguesia russa, temerosa de perder os
privilégios, e os opositores. O principal líder da oposição era Boris Yeltsin, que exigia
reformas radicais e planejou um golpe contra Gorbachev.
Em meio a todo esse clima de pressão, houve a primeira eleição para deputados
não comunistas no Congresso Soviético. As medidas adotadas por Gorbachev levaram
aqueles menos abertos para as transformações, representados por Pavlov, a uma tentativa
de golpe contra Gorbachev em 18 de agosto de 1991. Gorbachev foi preso, o que gerou
uma revolta popular e um movimento de resistência liderado por Boris Yeltsin. Os
golpistas tiveram de ceder à pressão, libertando Gorbachev, que voltou ao poder, mas
renunciou ao cargo de secretário-geral do partido, mas permaneceu ainda ocupando a
função de presidente da União Soviética. Em decorrência do golpe, muitos dos países
ligados à URSS começaram a declarar a sua independência, o que provocou uma rápida
desintegração do Império Soviético.
Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev finalmente renunciou também ao cargo
de presidente, reconhecendo, assim, o fracasso de suas reformas e o colapso da União
Soviética. A partir de então, foi formada, entre ex-integrantes das repúblicas soviéticas, a
Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que implantou o modelo de representação
política de acordo com a sua realidade.

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