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~ COMO O SUS GASTOU SSSA BOLADA COM sNOSTICOS FAJUTOS | ccmesciante Gaspar Landim dos Reis, de £4 anos, no rasga dinheiro. Desde que ebsiu um botect. na esquina de casa, num Daicro popular de Sao José dos Campos, no interior paulista, ele tratou de deixar bem claras as regeas do estabelecimento. A plaqueta pregada numa das paredes vermelhas da birosca sem eira nem beira alerta: “Se vocé nio tem vergonha de pedir fiado, no tenho vergonla de dizer nao” Enquanto servia uma [_ dose de Jurubebs Lei do Norte a um cliente assiduo, CASO EXTRAORDINA OS FALSOS DOENTES DE R$ 9,5 MILHOE Os oe de uma das maiores fraudes ja descobertas no Brasil envolvendo asées judiclais para fornecimento de remédios de alto custo ele contoua EPOCA como se viu envolvido num esque- -ma que provocou um prejutizo de RS 9,5 milhdes & Se- cretaria Estadual de Satide, Se nao tivesse sido descober- to.a tempo, o caso poderia ter consumido cerca de RS 40 milhdes, Bem mais complexo que o boteco de Reis, 0 Sistema Unico de Satide (SUS) tem sido obrigado pela Justiga a rasgar dinheiro todos os dias. © volume crescente de agdes judiciais para forneci- ‘mento de medicamentos de alto custo (um fendmeno conhecido como judicializagio) desorganiza 0 planeja- mento orcamentirio das secretarias de Satide nas trés esferas de poder. E um problema para a Unio, os Esta- dos e, principalmente, para os pequenos municipios. Nao ha milagre. Para atender as demandas urgentes de poucos pacientes que exigem tratamentos carissimos (auitas vezes, sem beneficio e com riscos inaceitaveis), (05 gestores deslocam verbas destinadas ao cuidado de® TB 1€00CA120 se jona 20% Ian Amat : CASO EXTRAORDINARIO [ milhares ou milhdes de outros cidadios. Assim como a | corrupgao ¢a ma gestio, a judicializagao da satide é uma | das importantes causas de desperdicio de dinheito pa- | blico. Ela nao pode mais ser ignorada, principalmente ‘no momento em que se discute a reducio de gastos so- ciais. Quando 0s médicos e a industria farmacéutica belecem relagdes indevidas, quem perde éa popula- Gio. Desta ver, elas viraram caso de policia. O metahirgico aposentado que conta os trocados ga- nhos no bar decadente levou um susto quando foi inti- mado a dar explicagdes na delegacia. Li, soube que havia obrigado 0 SUS a fornecer a ele um remédio importado para baixar 0 colesterol, Cada cipsula de Juxtapid (lo- mitapida), da empresa americana Aegerion Pharmaceu- ticals, custa cerca de USS 1.000 por dia, Sio USS 30 mil por més e USS 360 mil por ano, Mais de RS 1 milhao por paciente, “Nao sabia que tinha processado o Estado”, disse Reis a EPOC ‘Minha consciéncia esta limpa.” 0 depoimento dele e de outros cidadios convenceu as au- toridades. No Estado de Sio Paulo, 46 pessoas exigiram © fornecimento do Juxtapid. "A maioria nio sabia que havia entrado com agao judicial e nem sequer tinha a doenca’, afirma Ivan Agostinho, corregedor-geral da Administracao do Estado de Sio Paulo.“Os juizes foram ludibriados pelos laudos assinados pelos médicos. E puro estelionato, pago pelo cidadao”, diz. Nao é de hoje que parte da industria far ica faz jogo triplo: estimula os médicos a prescrever drogas dealto custo ainda nao disponiveis no SUS; financia sociagdes de pacientes para que elas oferegam apoio ju ico gratuito aos interessados em processar 0 Estado; e, por fim, determina livremente o prego dos produtos (quase sempre importados) ao gestor pressionado pelo tempo e pela ameaga de pristo. Essa pritica eticamente questionzivel drena os recursos do SUS, mas nio é legal O caso Justapid é um eseindalo de outa natureza. De- pois de dois anos de inquerito policial, o esquema pode levarao inédito indiciamento de 13 médicos de sete mu- nicipios, de representantes da empresa Aegerion e demais envolvides. £0 resultado da Operagao Asclépio, batizada com nome do deus grego da medicina, ido Fernando Bardisda divisio deinvestigagdes sobre crimes contra a administragao, esta convencido de que eles cometeram falscade ideolégica e crimecontra a satide publica, “Os médicos assinaram laudos falsos ¢ a empresa encontrou uma forma de obrigar o Estado a importar um medicamento, antes mesmo da aprovaga dele no Brasil’, afirma Bardi, Enquanto nao tiver o rej tro da Agéncia Nacional de Vigilineia Sanitiria (Anvisa), a droga nio pode ser vendida no Brasil nem promovida nos consultdrios pelos representantes de vend Os cardiologistas investigados assinaram laudos (mui tos deles idénticos até nos erros de portugués) nos quais atirmavam que os doentes corriam risco de morte, caso ie oletcio} Pra Ma) Perret try Pag organiza prateleira Od Peers Begg Erciter CT pacientes urterias desobstruidas. "Em 2013, quando o nedic receitou 6 Juxtapid, met colesterol estava wm pouco mais alti 1 ito’ diz. “Entendi que ele est Hando para a yente pegar um medicamento ‘uimarates a para que os pacientes ‘ 1m, no proprio consultdrin, com um propa uuslistada Aeger jn documento, Assim 0 Hur 1s, Reis recebeu um telefo: nema de ( J.ny Pasar, Uina tunciondria da Asso- 1 Naciona ngas Raray ¢ Cronicas (Andora) va que 0 remedio ja estava disponivel para retirada num posto de atendimento da Secretaria Estadual de aide, em Taubaté, uma cidade vizinha Reis nao viu vantagem em ter de se destocar 40 qui capsulas, Achou mais facil jd usava: metformina tina para o colesterol. Esse me- dicamento, considerado o tratar nto-padrao nesses casos, custa menos de RS 1 por dia. “Nunca fui buscar esse tal de Juxtapid’y diz ecer a Reis seis caixas de 5 miligy ordem judicial obrigava © inais seis caixas de 10 miligramas. A cotagao de pregos, feita em cinco importadoras foi infrutifera. A Aegerion | mantinha acordo de exclusividade com uma tinica im | portadorae determinava o prego: USS 28.600 foie valor | | cobrado da Secretaria Estadual de Satide por uma ® voreroca cst caixinha de 28 comprimidos, em agosto de 2014. Na casio, o délar valia RS 2,515, E assim © governo pa lista gastow RS 71,900 por més com um redutor de co lesterol que o paciente nunea foi buscar Rasgou dinhei 10 pablico, mas acatou a ordem judicial. Se Reis nao tivesse desistido, o tratamento completo determinado pelo juiz custaria RS 914 mil por ano. A INVESTIGACGAO DO ESTRANHO “SURTO” DE SAO JOSE DOS CAMPOS Esse roteira nonsense poderia ter consuimido cerca de RS 40 milhdes sem que as autoridades percebessem, co disparate, O que despertou descon! inga foi o grande niimero de laudos assinados pelo mesmo médico: 0 car~ diologista José Eduardo Guimaraes. Se a doenga rara acomete uma pessoa a cada | milhao, como um, profissional teria aleangado a proeza de localizar 19 por- tadores em Sio José dos Campos, uma cidade de apenas 680 mil habitantes? As coisas comecaram a fazer sentido quando os inves- tigadores descobriram a relagio de Guimaraes com 0 esentante comercial James Ramos de Siqueira. © per- fil dele na rede social Linkedln sugere um profissional experient mentos de alto custo, com passa na sirea de criagao de de em por trés empress gente de vendas da Aegerion, Si: pela divulgagio do Justapid no interior de Sao Paulo, Os pacientes entrevistados por EPOCA contaram como foramabordados por ele dentro do consultério de Guimaraes \ cona de casa Aparecida de Ritima Souza, de55.anos, se trata com o mesmo cardiologista hat mais de dez anos uma consulta de rotina, perceben que Siqueira pusava crs com os pacientes na recepgio. Hla e a filha, a iccnica de enfermagem Fernanda de Oliveira Souza, de 1nos, em colesterol alto, Para controli-lo, sempre to maram sinvastatina. Os indices oscilam, Em alguns exa ade, Em ‘outros, na faixa considerada muito elevada (indice maior ‘ou igual a 190 mg/dL). Em nenhum dos exames mostra- dos por Aparecida a EPOCA os niveis ultrapassam 0s 600 mL. (um dos sintomas da hipercolesterolemia familiar homozigética}.Como milhoesde outros brasileitos, Apa recida precisa tomar remédios contra o colesterol porque tem vairios fatores de risco para doenga cardiovascular, Sofreu um infarto aos 45 anos, que exigitt a colocagao de duas pontes de safena e uma maméria, Outras duas an- farmaccuticas. Como mes de sangue, eles aparecem dentro da norma Cee sTTN MESMA FAMILIA pecan Dane a ed Cea acs Fatima Souzaoatfitha estes) pee rc) reread ete Pose eg perenne rd enta sofrer Soplastis foram nes diabética e hipertensa, Ainda assim, ndo apa dos graves sintomas da daenga rara, Nem ela nem a filha foram orientadas a fazer o exame genético que poderia | essirias par contirmar o di ta pelo propa gandista Siqueir ele per guntou se clas tinham interesse de pr para receber de graya ttn novo remeédio contra o cole fol. No mesmo dia.o médica pergantou se elas gostariam | | de experimentar o Justapid, Ambas accitaram Guimaraes preencheu um relatorio médico idéntico | no qual afirma que elas cram portadoras de distuirbio | genticoraro que mega. a vida Resa que a fom ‘pid seria a hica droga capaz de controlar o colestero tee Froein Suita reiatrou os dados | Js pacientes ¢ os resultados assem um | ndista Na recepgio.o propa pessoais dos documentos R dos exames nuum laptop e pedit que elas ass documenta. Ambasatirmamy nao ter revebido uma copia “O medico disse que ia passar os restitados dos nossos exames para o propagandista para comprovar que ti- nhamvos colesterol alto ha muito tempo” diz Fernanda, Em nenhum momento eles nos explicaram que esti- vamos processando 0 Estado, Algum tempo depois, elas receberam os telefonemas associagio de pacientes do Parana, Exata~ ente como aconteceu com o comerciante Reis, O Jux- tapid comeyou a ser entregue pela farmacia da Secretaria Estadual de Satide, em Taubate, O fornecimento era irre gular. As vezes chegavam as caixinhas de Fernanda, mas io as da mie. Certa vez, 0 advogado designado pela An= dora marcou um encontro com Aparecida em Taubaté pant exigir o fornecimento do produto. Incomodadascom | {confusio e sem notar os beneticios do Juxtapid, elas | desistiram de tomar o remédio, Mae e filha contam que so perceberam onde haviam se metido quando foram chamadas delegacia.Fomos enganadas’, diz Aparecida. “Evolver a gente numa coisa horrorosa, sem consenti- da Andora mento, é muita falta de respeito,” Aparecida nio perdeua confianga no médico, Continua a se tratar com ele, Diz que Guimaries sempre foi dedicado e atencioso. “Acho | que ele foi vitima como nds.” | A maior vitima foi o SUS. Aparecida ¢ Fernanda reti: | raram o remedio durante quatro meses. Com uma tinica familia, o Estado gastow RS 686 mil, Nenhuma delas per- | ule, Por sorte, nao sofreram graves efeitos colaterais, como alguns dos outros pacientes que tomaram lomitapida."Houve relatos de niuseas, dores de cabega e problemas hepaticos, Um dos pacientes sofreu paralisia temporiria de um dos bragos’, diz 0 delegado | Fernando Bardi. O remédio pode causar actimulo de gor- dura no figado. O risco de cirrose e insuficiéneia hep éelevado demais para que 0 Juxtapid seja visto como uma opgio segura para qualquer paciente em luta contra 0 colesterol alto. A historia da droga & prova disso, » cebeu ganhos de si 120.de woe 2010 BROCK 18S CASO EXTRAORDINARIO esenvolvida nos anos 1990 por quimicos da gigante Bristol-Myers Squibb, a lomitapida passou por estudos clinicos em 1997. A expectativa de que puxiesse se tornar tum blockbuster como outros redutores de colesterol cai or terra quando os testes apontaram efeitos colaterais A solugio foi destins-ta ao tratamento de um piiblico restrito: os portadores da severa hipercolesterole mia familiar homovigética. Em 2006, droga foi licenc da pela Acgerion para uso somente nesses casos. Atual- mente, empresa dispoe de apenas dois produtos. O cardiologista Marcelo Bertolami, clo Instituto Dan- te Pazzanese de Cardiologia, analisou cerca de 40 casos de pacientes que exigiram o Juxtapid na Justiga. Avaliow informa es registradas nos pronturios n idos pela policia nos consultérios investigados. Concluit | apenas dois pacientes eram portadores dla doenga ra “Nao chegamosa fazer exames genéticos’ diz Bertolami “Basta olhar para reconhecer tuma doenga como essa. um desastre, algo grave, raro ¢ de evolugaio muito ruim.” clizmente, segundo ele, os pacientes que receberam 0 medlicamento nao chegaram a tomii-lo ou 0 usaram por pouco tempo. Uma das hipoteses levantadas pela Policia Civil é que a empresa estivesse observando os efeitos da droga em pacientes sem a doenga genética rara. O obje- tivo seria analisar se o remédio poderia ter outras indi- cages, além do uso para o qual foi aprovado nos Estados Unidos ~ 0 chamado off lab | Em seu site, a Aegerion afirma que a seguranga e vidade do Juxtapid nao foram estabelecidas em pi cienies que tém colesterol alto provocado por outras cau- 1s~ e mo pela doenga genética rara, No balango finan ceires publicado no primeiro quacrimestre de 2016, a s1 informa aos investidores que “a aceitagao do pro Suc fora dos Estados Unidos, inclusive no Brasil, pode ser menor do que a prevista’, i [exmiroce 3} —— COMO AS RELACOES PERIGOSAS ENTRE OS MEDICOS EA INDUSTRIA AFETAM O SUS Relagoes indevidas entre os profissionais de inndistria de medicamentos ¢ equipamentos sempre exis- | tram. Em maior ou menor grat éncia marcada por agrados ¢ favorecimentos eticamente ques- tionaveis. Quem nunca se incomodou com a presenga nos consultorios médicos de divulgadores de produtos que distribuem presentinhos, clogios € amostras gritis para éumaconvi | ey Ly Peay ey reenied pee es ern peers peece e) as sectetirias em troea da possibilidade de | pacientes e chegaraos medicos? Quando dou | a indhisteia chama de “for Je opinide’, © asco sostum ir lem, "Em quay sional, woterta de vi abituais, ests Qua mites, quem Por mais que claros conilitos de ciaisextrapolam os ha vi estadual de ado que acontecet auide, David Uip-“V cberam dint o Juxtapid. Eles nega recebidio daten Buenos Aires. A Justica Snice dos lo baneatio & corregedo outras. Os pags cpagado 2 participaya Sobre o Bi O Just destina RS 1 bilhik da com 2 dist cidadios. Am. dos particulates e se ba medicos privados. 4 gem na Det renda familia mau use 30% dos casos, os judicial nao sio re deral.os gastos gue opie publicose invensio da industria nto nagio com bom s ‘mescolhase arcam com a impopularidade delas, «2 Selucio britinica,talvez o Brasil conseguis. ais ¢ melhor. Desde 1999, 0 Instituto Nacional ¢ Exceléncia Clinica (Nice),no Reino Uni 0 Tesponsivel por comparar oscustos eben “resides por diferentes formas de cuidado medi, Seat oS Shamados estudos de custo-cfetividade. A instin za reunides com representantes da socie. sch asientes, medicos, industria farmacéutica) para ‘cido pelo National ster © que deve ou nao cer ofere: anca 95% de toda decide vale para todos. a8 agbes judiciais para forneci- fento so descabidas. Elas representam = ‘to legitimo, principalmente quando o Fs. tado deixa de cumprir aquilo que, inegavelmente, & soa <0. A falta de atualizagao das listas para ntosno SUS ¢ uma 4 divida de que parte dos ped ‘da. A maioria dos juiz s dea Health Service (NHS), sistema que 2 Satide no pais. O que o Nice No » todas ainclusio lamagao frequen- idos ¢ justa e fun= No entanto, nao tem iat se um medicamento impor » beneficios de sauide que o tratamento I. Nem sea dr e em risco. Com ut no Neto, da exigida pode colocar 0 netada, o juiz Emilio Mi- a da Fazenda Publica de Sao Paulo, dona de casa Aparecida de Fatima do que rendet um prejuizo de RS 304 stadual de Sade e nenhum beneficio a do de acordo com os fund: no relatério do cardiologista A presungio do juiz é de que ¥édico e advogado seja licito”, via como suspeitar de fraude 'o Migliano Neto, o juiz nao tem de se preo- ‘os aspectos tecnicos das drogas exigidas pelos s-“Penso que do outro lado ha um ser humano €5, somos a tiltima esperanga dele.” O advo- umentava que, sem o remédio, ela do coracio. O juiz, que infartou duas ente 0 sentido de urgéncia, Nas ‘ais, o destino do dinheiro da satide nao crminado apenas pela lei. Nem pela real capacida~ ento de mitigar o sofrimento. Um juiz & js conviccoes e experiéncias. Com elas, ele or parte de seus dias, Migliano Neto in- de ilicitos cometidos por gestores pii- tum cidadio pede umento da auséncia do Estado, tem hance de convencé-lo. “Quando um adv m uma cei ies em licitagées, ido chega ido de dbito me diz que o cliente nio isa mais do remédio que demorou a ser fornecido, € como se eu estivesse morrendo junto” Em 2009, 0 Supremo Tribunal Federal (STE) realizou uma série de audiencias piblicas a respeito do impacto eros ra any Pecan en aan Pov etrere ny eer es ‘oasa Aparecida. Rtn Cer’ erect das demandas judiciais sobre o sistema de snide brasitei- ro, De hi para cio fendmeno se agravou a ponto de virar ‘0 caso Tustapid demonstra que 0s assunto de policia. juizes estao sendo manipulados’ diz a addvogada Lenir Santos, secretiria de Gestio Estrategica e Participativa de Ministerio ca Satide. “A judicializayao foi criada para ga rantir justiga, mas na sutide ela promove mats desiguall dade, Chegou a hora de dizer claramente que ¢ direito 2 satide tem limite." Na primeira semana de juno, o minis tro da snide, Ricardo Barros, irmou uma parceria com 0 Conselho Nacional de fustiga. O objetivo ¢ eriar micteos de apoio técnico formados por profissionais de sade de uni- niblicas, Fes emitirio parecetes sobre as aro- versidades p gas requisitadas, com base nas melhores evideneias Tificas, O material vai servir para a consulta volunt Jos, \ iniciativa pode se mostrar indeua enqu 11 dos direitos satide pretende magistrad too Brasil nao decidir qu 0 individual ou o coletivo, prioriza Procurado por EPOCA, 0 cardiologista José Eduardo Guimaraes nao quis dar entrevista, Por e-mail interm afirmia que preserevew o medi diado pela sidvo ‘os pacientes tinham colesterol de difi- camento porg cil controle. Diz nao ter recebido do fabricante nenhum gandista pagamento ou viagem, Confirma que © prop. i mes Ramos de Siqueira forneceu a ele um modelo- padrio de relatorio médigo “a fim de instruir 0 proces so de pacientes para os quais o medicamento fosse in- | dicado”, Junto com ele eram anexadas copias dos exames laboratoriais. Diz que os pacientes liam os documentos antes de assinar, Confirma que eles eram encaminhados, para advogados indicados pela Associagao Nacional de Doengas Raras ¢ Cronicas (Andora). “Nao vejo nada de antistco afirma Guimaries." Minha parte éolharo melhor interesse do paciente e nao do Estado”, diz.°O custo nao & A Andora se recusou a responder As questdes objeti- vas levantadas por EPOCA, Em nota, firma que“o cus- teio das atividades da associagao & feito de forma abso- «il a partir da apresentagio de projetos de 1 pacientes portadores de doen lutamente le} ausilio ¢ orientagio pa gas raras a entidades que se dispoem a financié-los” Nenhum dos responsiveis pela Aegetion no Brasil ot nos Estados Unidos aceitow dar entrevista, Em nota en- viada pela sede americana, a empresa afirma ter feito doagies & Andora. Segundo o laboratério, 0 apoio fi- nanceiro foi interrompid."Os funcionarios da Aegerion no Brasil nao esto autorizados a promover, induzir, incentivar ou recomendar prescrigdes dos produtos para © propésito aprovado pela FDA ou qualquer outra fina- lidade.” Localizado no interior de Sao Paulo, o represen- tante comercial James Ramos de Siqueita também se recusow a dar entrevista, Disse estar desempregado. @ | 20 depnho de 20101 8POOA BT

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