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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI

CENTRO CIRÚRGICO

ESPIRITO SANTO
SUMÁRIO

1. CENTRO CIRÚRGICO ................................................................................................4

2. EQUIPES QUE ATUAM NO CENTRO CIRÚRGICO: ..................................................7

2.1- Equipe de anestesia..............................................................................................7

2.2- Equipe cirúrgica ....................................................................................................7

2.3- Equipe de enfermagem .........................................................................................8

3. A ADMISSÃO NO CENTRO CIRÚRGICO .................................................................12

4. PARAMENTAÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO: ........................................................16

5. PREPARAÇÃO PARA O ATO CIRÚRGICO E ATOS OPERATÓRIOS ....................18

FUNDAMENTAIS ...........................................................................................................18

5.1- Preparo da equipe cirúrgica ................................................................................18

5.2- Posições operatórias...........................................................................................19

5.3- Preparação do campo operatório ........................................................................20

6. BLOCO CIRÚRGICO .................................................................................................21

6.1- Classificação de ambiente / fluxo de trabalho: ....................................................22

6.2- Recomendações para o controle de infecção de sítio no pós-operatório: ...........22

6.3- Retirada de pontos: .............................................................................................23

6.4- Cuidados com drenos .........................................................................................23

6.5- Posição do paciente na mesa de cirurgia ............................................................26

6.6- Cuidados com o posicionamento do paciente no pós-operatório: .......................28

6.7- Fios cirúrgicos .....................................................................................................29

6.8- Classificados .......................................................................................................29

6.9- Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos ..........................................................31

6.10- Fios cirúrgicos não absorvíveis sintético subdivididos em4 grupos: ..................32
6.11- Agulhas cirúrgicas .............................................................................................33

7. INSTRUMENTAL E SUA CLASSIFICAÇÃO ..............................................................33

7.1. Classificação .......................................................................................................34

7.2. Instrumentais de diérese .....................................................................................36

7.3. Bisturi ..................................................................................................................36

7.4. Tesouras .............................................................................................................37

7.5. Instrumentos de Preensão ..................................................................................37

7.6. Instrumentais de Exposição ................................................................................38

7.7. Instrumentais de Hemostasia ..............................................................................39

7.8. Instrumentais Especiais ......................................................................................40

7.9. Instrumentais de Síntese .....................................................................................41

7.10. Pinças de Campo ..............................................................................................42

7.11. Arrumação da Mesa de Instrumentação............................................................42

7.12. Sinalização Cirúrgica.........................................................................................44

8. SALA CIRÚRGICA E SEUS COMPONENTES ..........................................................45

8.1- As recomendações gerais para a instalação dos centros cirúrgicos são: ...........46

8.2- A equipe do centro cirúrgico:...............................................................................47

9. BIBLIOGRAFIA: .........................................................................................................51
1. CENTRO CIRÚRGICO

Fonte:www.hrsp.com.br

O centro cirúrgico é um setor de grande risco. Frente a isso, é indispensável que


protocolos de segurança estejam presentes nesse setor e como ferramenta para a
qualidade assistencial encontra-se o Protocolo de Cirurgia Segura.
É na instituição de saúde que o paciente/cliente deposita a maior parcela das
expectativas do bom desempenho profissional, além da garantia de segurança. Por esse
motivo, os processos e as pessoas que envolvem o paciente cirúrgico devem receber
atenção especial.
A Unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos destinados às atividades
cirúrgicas, bem como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata. É um
setor singular dentro do hospital por tratar de situações complexas e pela evidência dos
resultados apresentados, além de decisivo na ação curativa.
As organizações são constituídas por uma complexa combinação de recursos
humanos e organizacionais. A estrutura de uma organização é definida como a soma
dos modos pelos quais o trabalho pode ser dividido; define-se, também, como a
coordenação das atividades realizadas por cada indivíduo.
O Enfermeiro tem função preponderante na articulação dos processos. Não é raro
que ele seja o ponto de convergência deste sistema. A ele, cabe a organização e a
distribuição das informações pertinentes aos demais envolvidos, tornando-se o elo entre
os diferentes profissionais da área da saúde e da área administrativa, sendo,
posteriormente, o elo entre estes e o cliente.
Atribui-se, também, cada vez mais, a este profissional, o envolvimento nas
decisões financeiras e nos planejamentos orçamentários do setor ou da instituição, tendo
que gerir recursos (materiais, humanos e financeiros) muitas vezes escassos. É dele a
missão, como agente de mudanças, de alcançar o equilíbrio entre qualidade, quantidade
e custos em seu local de atuação.
Um dos grandes desafios enfrentados pelas instituições de saúde é como manter
um bom padrão de qualidade no atendimento e, ainda assim, controlar e reduzir custos.
A resposta a esta pergunta passa pela padronização de processos.
É consenso na literatura, o quão maléficas são as infecções hospitalares para os
indivíduos envolvidos, direta ou indiretamente nos procedimentos invasivos e também a
capacidade dos microrganismos disseminadores dessas infecções, em resistir às
barreiras desenvolvidas pela ciência para combatê-los.
Uma infecção hospitalar pode ser adquirida a partir de uma fonte endógena,
quando esta infecção surge de outro local do próprio paciente, referida como
autoinfecção, ou ainda exógena, através de outro paciente ou do meio ambiente, também
conhecida por infecção cruzada, incluindo veículos como mãos, secreção salivar, fluidos
corpóreos, ar e materiais contaminados.
As infecções nosocomiais frequentemente têm um extraordinário ônus
em termo de morbidade e até mesmo mortalidade, observando que diversos fatores
relacionados à hospitalização predispõem os pacientes ao risco de contraírem essas
infecções.
Dentre eles estão o status imunológico, a idade, o uso abusivo de antibióticos,
procedimentos médicos e em particular os invasivos, a imunossupressão e as falhas nos
procedimentos de controle de infecção.
Os procedimentos invasivos podem representar uma porta de entrada de
microrganismos; o uso de antimicrobianos que fazem pressão seletiva em favor dos
germes resistentes, favorecendo sua superpopulação; o meio ambiente, que tem
importância secundária na cadeia epidemiológica dessas infecções, onde casos em que
os preceitos básicos de higiene não são seguidos, a presença de um profissional
disseminador de um microrganismo ou a utilização de um medicamento
contaminado, pode levar a um surto de infecção.
O Centro Cirúrgico se apresenta como um grande exemplo. Neste setor está o
conjunto das áreas e instalações que permitem efetuar procedimentos cirúrgicos nas
melhores condições de segurança para o paciente e de conforto para a equipe que o
assiste.
É considerado o setor mais complexo dentro de um hospital; um ambiente
controlado, onde vigoram rigorosos padrões de higiene e assepsia.
O atendimento prestado no Centro Cirúrgico, pelo grau de invasibilidade dos
procedimentos cirúrgicos e anestésicos e a consequente diminuição das defesas
orgânicas, fazem com que este momento seja o principal determinante para a ocorrência
de infecção hospitalar.
Neste setor, todas as atividades exigem estado permanente de alerta, pois há
intervenções que podem colocar em risco a vida do paciente e ainda a natureza do ato
cirúrgico, que estabelece condições para o contato com sangue, líquidos e tecidos
orgânicos, implicando em risco de exposição ocupacional aos agentes biológicos.
Apesar da existência deste conhecimento, algumas precauções são
negligenciadas na prática profissional, entre elas, o cuidado com as mãos.
Outro ponto relevante é que as mãos têm sido consideradas uma importante fonte
de amostras de bactérias, principalmente do gênero Staphylococcus e têm sido um dos
principais meios de transmissão dessas bactérias no ambiente hospitalar.
Apesar dos antimicrobianos existentes, da melhora das condições sanitárias e das
medidas de controle de infecção hospitalar, este microrganismo continua a ser um dos
mais importantes patógenos para o homem.
Neste sentido, a técnica da lavagem das mãos é considerada a mais importante
medida na diminuição das infecções dentro do ambiente hospitalar considerando o centro
cirúrgico. Esse simples procedimento, quando trabalhado com seriedade, contribui
significativamente para proteção, tanto de quem executa a técnica quanto de quem se
beneficia com os resultados da mesma.
Para tanto, existe uma enorme necessidade dos profissionais que atuam em
unidades de saúde, sobretudo em centros cirúrgicos, realizarem uma reavaliação das
práticas utilizadas para o controle de contaminações, em um contínuo processo de
educação, levando-se em conta, a baixa adesão à prática de lavagem das mãos,
devendo, por isso, estimulá-los a praticá-la constantemente.

2. EQUIPES QUE ATUAM NO CENTRO CIRÚRGICO:

2.1- Equipe de anestesia

É composta de médicos Anestesiologistas. Compete ao anestesiologistas avaliar


o paciente no pré-operatório, prescrever a medicação pré-anestésica, planejar e executar
a assistência pré-operatória, controlando as condições clínicas deste durante o ato
anestésico.
Após a cirurgia, é de sua responsabilidade assistir o paciente na sala de
recuperação pós-anestésica.

2.2- Equipe cirúrgica

Compõe-se de cirurgião, cirurgião assistente e instrumentador cirúrgico, sendo que


este último pode ou não ser médico. Em hospital-escola, na maioria das vezes, essa
função é desempenhada por estudantes.
• Cirurgião: é da competência do cirurgião planejar e executar o ato cirúrgico,
comandar e manter a ordem no campo operatório;
• Cirurgião assistente: ao primeiro assistente compete auxiliar o cirurgião no
desenvolvimento do ato cirúrgico e substituí-lo caso se faça necessário. Em
cirurgias de grande porte, torna-se indispensável à presença de um
segundo assistente.
Instrumentador cirúrgico: é o integrante da equipe que se responsabiliza por:
• Verificar os materiais e equipamentos necessários a ao ato cirúrgico;
• Preparar a mesa com os instrumentais e outros materiais necessários à
cirurgia;
• Ajudar na colocação dos campos operatórios;
• Fornecer materiais e instrumentais ao cirurgião e assistente, solicitando-os,
sempre que necessário ao circulante de sala, devendo para isso estar
atento aos tempos cirúrgicos;
• Observar e controla para que nenhum instrumental permaneça no campo
operatório;
• Zelar para a manutenção da mesa, conservando limpos os instrumentais
durante o ato cirúrgico, bem como protegendo-a para evitar contaminação.
Em algumas instituições o instrumentador faz parte da equipe de enfermagem.
Nesta situação deve prever os materiais necessários à cirurgia, separá-los após o uso,
lavá-los e refazer a caixa de instrumentais, zelando pela conservação de tais materiais.

2.3- Equipe de enfermagem

É composta de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.


Enfermeiro chefe é de sua competência:
• Organizar e prover a unidade de recursos materiais e humanos, e manter o
ambiente em boas condições de funcionamento;
• Planejar as ações assistenciais e administrativas do Centro Cirúrgico,
norteando-se pelo regulamento interno;
• Gerenciar as ações planejadas através de metodologia científica e
humanística, para eficiência no atendimento ao paciente;
• Controlar a quantidade e a qualidade de recursos humanos, bem como a
qualidade da assistência prestada;
• Supervisionar e avaliar o desempenho do pessoal que está sob sua
responsabilidade;
• Opinar sobre a qualidade e quantidade de recursos materiais, possibilitando
maior acerto na aquisição destes;
• Planejar, executar e avaliar programas de educação continuada aos
componentes da equipe de enfermagem;
• Elaborar as escalas de folga e de férias dos componentes da equipe de
enfermagem, procurando atender as suas solicitações;
• Manter um bom relacionamento com os componentes da equipe cirúrgica e
de anestesia, visando à assistência ao paciente;
• Manter integração com os enfermeiros das unidades de internação, chefias
dos departamentos e setores do hospital e outros serviços extra-
hospitalares; Colaborar no desenvolvimento do ensino, atualização e
pesquisas realizadas;
• Elaborar e atualizar o regulamento interno e manual de procedimentos;
Apresentar relatórios mensal e anual sobre as atividades realizadas no
Centro Cirúrgico.
Enfermeiro assistencial compete-lhe:
• Receber o plantão e tomar as providências necessárias relativas às
atividades administrativas e assistenciais;
• Providenciar o transporte do paciente para o centro cirúrgico;
• Receber o paciente, avaliando suas condições físicas e emocionais e
procurando atender aos problemas identificados;
• Coordenar as atividades assistenciais prestadas pelos componentes da
equipe de enfermagem;
• Controlar, diariamente, os gastos de psicotrópicos;
• Elaborar o programa ou mapa operatório para o dia seguinte, com base nos
pedidos de cirurgia recebidos;
• Supervisionar a limpeza diária e semanal da sala de cirurgia e demais
elementos da planta física do Centro Cirúrgico; Realizar a visita pré-
operatória.
O enfermeiro deve ainda tomar medidas para evitar a infecção da ferida
operatória, devendo supervisionar ações referentes ao paciente, aos
componentes das equipes que atuam no Centro Cirúrgico, material
esterilizado, instrumentais e equipamentos. São elas:
• Avaliar o preparo físico realizado no pré-operatório;
• Certificar-se da incidência da infecção de ferida operatória;
• Exigir o uso correto do uso correto da roupa privativa do Centro Cirúrgico
de todos os profissionais e pessoas que venham da área externa;
• Controlar o número de pessoas na sala durante o ato cirúrgico, bem como
o trânsito desnecessário da mesma;
• Propiciar exame médico e laboratorial periódico dos componentes da
equipe de enfermagem;
• Preparar, acondicionar e armazenar o material esterilizado em local
apropriado;
• Realizar testes bacteriológicos nos aparelhos de esterilização;
• Avaliar periodicamente as condições de uso dos instrumentais e
equipamentos; fazer pesquisa bacteriológica no ambiente, bem como
avaliar a qualidade dos produtos químicos usados na limpeza e
desinfecção;
• Desenvolver trabalho conjunto com a CCIH
Técnico e Auxiliar de enfermagem compete-lhe
• Auxiliar o enfermeiro, sempre que necessário;
• Verificar o estado de conservação e funcionamento dos aparelhos e
equipamentos, solicitando conserto e troca imediatos. Verificar a
temperatura e iluminação da SO;
• Controlar o estoque de material esterilizado e as respectivas datas de
esterilização;
• Responsabilizar-se pela identificação e encaminhamento das peças
cirúrgicas aos laboratórios especializados; Exercer as atribuições de
circulante de sala;
• Prover a sala de operação com recursos adequados às necessidades do
cliente a segundo as especificidades de cada intervenção
anestésicocirúrgica;
• Montar a sala de operação;
• Auxiliar o cliente no transporte da maca para a mesa de cirurgia e viceversa,
assim como no seu posicionamento, procurando manter sua privacidade e
permeabilidade de cateteres e sondas;
• Participar dos treinamentos e programas de atualização fornecidos pela
instituição;
• Desenvolver procedimentos técnicos como sondagem vesical, punção
venosa, na ausência do enfermeiro;
• Observar o bom funcionamento do sistema de gases;
• Estar atento para a placa dispersiva de energia do eletrocautério; Auxiliar
na paramentação da equipe cirúrgica, e atentar para a técnica asséptica na
abertura dos materiais estéreis;
• Auxiliar o anestesiologista na indução e reversão do procedimento
anestésico;
• EM situações emergenciais ou imprevistas solicitar a presença do
enfermeiro;
• Realizar o controle de débito de materiais utilizados na SO;
• Encaminhar o paciente para a unidade de origem tomando os cuidados
pertinentes com drenos, sondas ou cateteres;
• Realizar o registro de todas as informações no prontuário ou impresso
padronizado pela instituição;
• Ao término do procedimento cirúrgico proceder à desmontagem da SO e
encaminhar os materiais contaminados ao CME.
3. A ADMISSÃO NO CENTRO CIRÚRGICO

Fonte:www.st-marys.org

Tem como finalidade obter dados sobre as condições de recebimento do paciente


e do seu preparo para o procedimento, conhecimento do paciente sobre o ato cirúrgico,
demarcação de sítio cirúrgico (caso exista), além de verificação da presença de itens de
segurança como a pulseira de identificação e adesivos impressos com dados do paciente
para serem colocados nas amostras ou exames extraídos durante o ato operatório,
presença de dispositivos invasivos. Neste momento inicia-se o processo preventivo de
infecção, pois é verificada a adequação de processo e estrutura necessária para a
realização do procedimento cirúrgico conforme as diretrizes estabelecidas.
Verifica-se a adequação do banho pré-operatório, da remoção de pelos e da
temperatura do paciente. O momento Antes do Início da Anestesia e Distribuição de
Campos Cirúrgicos ocorre quando o paciente entra na sala de operação. Uma de suas
finalidades é conferir as informações obtidas na sala de preparo sobre sua identificação
e sobre adequação da montagem da sala para o procedimento proposto para aquele
paciente. Neste momento, são buscados dados para garantir uma cirurgia segura, como:
funcionamento dos equipamentos, medidas preventivas de iatrogenia hospitalar
relacionado à eletro cirurgia, posicionamento cirúrgico, monitorização do processo de
esterilização e das condições metabólicas do paciente. Referente ao processo preventivo
de infecção verifica-se a glicemia do paciente e indicadores de esterilidade dos materiais.
O momento Antes da Incisão Cirúrgica ocorre antes da equipe efetivamente iniciar
o ato operatório. Tem como finalidade obter dados específicos sobre a equipe de saúde
que atua no procedimento e também checar se houve a administração de antibiótico
profilático quando indicada.
A admissão em Centro Cirúrgico, é entendida como um fenômeno concreto,
constituído de ações e atividades de cuidado de enfermagem, dirigidas à pessoa
necessitada de cirurgia, com necessidades evidentes e/ou potencializadas, pela
iminência do ato cirúrgico ou pelas ocorrências oriundas da dinâmica de trabalho desse
ambiente, segundo seus valores e forma de interação, visando à melhoria de sua
condição, ao se submeter à cirurgia, e a reagir à mesma, de forma satisfatória.
O Cuidado deve ser entendido como um ato de interação, constituído de ações e
atividades de enfermagem, dirigidas ao paciente e com ele compartilhadas, envolvendo
o diálogo, a ajuda, a troca, o apoio, o conforto, a descoberta do outro, esclarecendo
dúvidas através da capacidade de ouvi-lo, cultivando a sensibilidade, valorizando-o,
compreendendo-o e ajudando-o a melhorar sua condição no enfrentamento da cirurgia
ou diante de uma situação de risco.
A intenção é que o paciente saia do CC em condições de recuperação, sem ter
sido exposto a riscos de qualquer natureza, sendo essa, uma das finalidades do cuidado
nesse setor.
O momento Antes da Saída de Sala Operatória ocorre após o termino do ato
cirúrgico e tem como finalidade verificar possíveis intercorrências durante o ato cirúrgico
e itens específicos de segurança como contagem de compressas, agulhas e conferência
do número de instrumentais. Neste momento, é verificada a colocação dos adesivos para
identificação de amostras de exames colhidos do paciente. A última verificação ocorre
antes da Saída do Centro Cirúrgico e é o momento do término da assistência ao paciente
no complexo centro cirúrgico. Pode ocorrer dentro da sala operatória para os pacientes
que serão encaminhados diretamente as unidades de internação especializadas ou na
sala de recuperação anestésica. Tem como finalidade salientar presença de dispositivos
invasivos e a ocorrência eventual de recomendações específicas para aquele ato
operatório.
O instrumento também considera em suas etapas, a identificação dos profissionais
envolvidos com aquele ato operatório.
O Centro Cirúrgico é formado pela Sala de Recuperação Pós Anestésica (SRPA),
onde a assistência é realizada desde a saída do paciente da Sala até a estabilização da
sua consciência e sinais vitais e pelo Centro de Material de Esterilização (CME), formando
um conjunto de alta complexidade, tanto técnica quanto gerencial, exigindo competências
teóricas e práticas.
O Centro Cirúrgico é retratado como um “espaço sagrado” e restrito, onde somente
aqueles que participam do ato cirúrgico tem acesso. É um espaço onde o corpo é invadido
e agredido em resgate de sua saúde. Este setor deve funcionar sem riscos e com muita
responsabilidade.
“Portanto, é responsabilidade da enfermeira do centro cirúrgico proporcionar
estrutura física, recursos humanos e materiais para que o ato anestésico-cirúrgico se
realize em condições ideais, visando assistência integral, o ensino e a pesquisa”
Apesar dessas ideias expressas, acredita-se que tal responsabilidade compete a
todos os profissionais da equipe de saúde.
O paciente cirúrgico requer uma atenção e uma preocupação maior da equipe de
Enfermagem, por ser um paciente que tem uma alta carga emocional e expectativas de
que a cirurgia ocorra como o esperado, que não haja intercorrências. Essa é uma
preocupação tanto do paciente, como da equipe e familiares.
Em relação ao paciente cirúrgico:
A preocupação com a segurança do paciente é um tema de relevância crescente
em todo o mundo. Dados da literatura indicam que um em cada seis pacientes internados
em hospitais é vítima de algum tipo de erro ou evento, que na maioria das circunstâncias
são passíveis de medidas de prevenção.

Fonte:www.hcmriopreto.com.br

O Centro Cirúrgico é dividido em áreas, que são: Não restrita: acesso dos
profissionais que compõem o bloco, como distribuição de uniforme; recepção; sala de
coordenação de enfermagem; de prescrição; limpeza e podem circular com roupa
comum. Semi restrita: local de atendimento do paciente no período pré e pós-operatório,
isso inclui, corredores, locais de guarda materiais e circulam pessoas com os uniformes
privativos e os pacientes com a bata apropriada, perneira, gorros cobrindo totalmente os
cabelos. Restrita: Local do material estéril e o período intra operatório, como a sala de
operações, usando sempre roupa privativa, gorro e máscara.
Os vestiários são localizados logo na entrada do Centro Cirúrgico, por ser uma
área semi restrita só entram pessoas autorizadas para vestir a roupa privativa da unidade
e sapatos fechados. A Equipe Cirúrgica é composta por: Anestesiologista: tem como
responsabilidade durante o procedimento cirúrgico cuidar da vida do paciente executando
a anestesia e monitorando o estado geral do paciente; Cirurgião: Planeja e Executa o ato
cirúrgico; Auxiliar: Auxilia o cirurgião e o substitui caso precise; Instrumentador: Quem
prepara a mesa dos instrumentais que são passados para o cirurgião; Circulante: Monta
a sala de cirurgia e auxilia os demais membros da equipe durante o ato cirúrgico. Todos
esses integrantes têm como objetivo proporcionar cuidados ao paciente buscando a sua
recuperação através de um ato cirúrgico, oferecendo o seu bem-estar. Depois da cirurgia
ser realizada com sucesso, o paciente é encaminhado à URPA (unidade de recuperação
pós anestésica) que fica localizada perto das salas de cirurgia e de fácil acesso as
enfermeiras, técnicas, anestesistas, cirurgiões, o paciente encaminhado recebe toda a
assistência para a sua recuperação e é monitorizado.
Após a cirurgia, acontece a fase de desmontagem da sala, aonde o instrumentador
reuni todos os instrumentos usados, conta e coloca em uma caixa apropriada para ao
expurgo. A circulante calça luvas de procedimento e faz a limpeza da sala que é um
procedimento de remoção de sujeira e microrganismos presentes e o tipo de limpeza está
relacionada ao controle de infecção.

4. PARAMENTAÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO:

No intra-operatórios a equipe cirúrgica deve estar atenta para a importância do uso


adequado da paramentação com objetivo de proteger a área a ser operada da flora
liberada pela equipe cirúrgica e esta da exposição às secreções dos pacientes.
Aventais: A utilização de avental objetiva prevenir a dispersão das bactérias no ar,
provenientes do pescoço, antebraços e demais áreas expostas da pele, e evitar o contato
da pele do cirurgião com sangue e fluídos corporais que possam vir a contaminar suas
roupas. Deve ser retirado, com cuidado para não tocar em locais contaminados, após o
término de cada cirurgia dentro da sala de operação e colocado no hamper para ser
levado a lavanderia. Obrigatório a utilização em todo procedimento cirúrgico.
Máscara: Uso destinado à proteção da equipe cirúrgica frente ao risco de
exposição a respingos de sangue e outros fluidos corporais. Uso obrigatório na sala de
cirurgia. Após o uso devem ser cuidadosamente retiradas com manipulação somente das
tiras e descartadas. Uso obrigatório nas áreas restritas do CC.
Propés: Usado para prevenir a transferência de microrganismo através dos
sapatos; Não utilizá-los como substitutos dos sapatos (risco de contaminação com
materiais perfurocortantes, sangue ou fluídos corporais). O uso de sapato fechado é
imprescindível. Uso obrigatório nas áreas semi restritas e restritas do CC.

Gorro: Reduzem a contaminação microbiana, do campo cirúrgico, proveniente do


cabelo e couro cabeludo. Cobrir totalmente os cabelos na face e pescoço.
Luvas Cirúrgicas: Tem as funções de proteger o paciente das mãos do cirurgião e
proteger o cirurgião de sangue contaminado. Uso obrigatório em qualquer procedimento
cirúrgico.
Obs.: É obrigatório o uso de duplo enluvamento para qualquer procedimento que
durar mais do que 1 hora; ou trocar a luva a cada 2 horas de cirurgia (quando não fizer
duplo enluvamento).
Devem ser utilizadas luvas estéreis nos seguintes procedimentos:
• Em qualquer procedimento cirúrgico;
• Parto normal;
• Procedimentos invasivos;
• Realização de acessos e procedimentos vasculares (vias centrais);
Quaisquer outros procedimentos nos quais seja necessário manutenção da
técnica asséptica.
Luvas de Procedimento: Prevenir contaminação das mãos dos profissionais com
sangue e outros fluidos corporais. Uso obrigatório em todo procedimento com risco de
contaminação (punção venosa, circulação de sala, limpeza e desinfecção de sala, etc.).
5. PREPARAÇÃO PARA O ATO CIRÚRGICO E ATOS OPERATÓRIOS

FUNDAMENTAIS

Fonte:www.enfermagembio.blogspot.com.br

A preparação do ato cirúrgico consiste em três etapas fundamentais para a sua


execução: O preparo da equipe cirúrgica, as posições operatórias e a preparação do
campo operatório.

5.1- Preparo da equipe cirúrgica

a) Vestimenta: Calça e jaleco de tecido adequado à temperatura ambiente,


protetores para os sapatos (Propés), gorro para proteger a maior área possível
do couro cabeludo (devendo ser amarrado firmemente na região posterior da
cabeça) e colocação de máscara.
b) Lavagem e antissepsia dos antebraços, mãos e unhas: É uma técnica que
consiste na escovação criteriosa e sistematizada de mãos e antebraços
utilizando uma escova com cerdas macias, estéril, devidamente embebida em
solução antisséptica degermante. É imprescindível que as unhas estejam
cortadas e que sejam removidos anéis, relógios, etc. O principal objetivo é
obter a máxima redução da flora microbiana sobre a pele das mãos e dos
antebraços. Existem alguns passos que devem ser seguidos criteriosamente
para a eficácia do procedimento. Existe divergência entre autores quanto ao
tempo de escovação e número de movimentos em cada região a ser
escovada, porém praticamente todos concordam que a escovação deve ser
iniciada a partir do leito ungueal, passando pelos dedos, interdigitais, palma e
dorso da mão e antebraço até o cotovelo. Os movimentos devem obedecer a
um único sentido, da ponta dos dedos até o cotovelo, explorando toda a
superfície da pele. Importante lembrar que durante todo o procedimento, as
mãos deverão permanecer elevadas em relação aos cotovelos, o que impede
que haja refluxo de solução para as mãos. O tempo total de escovação é de
cinco minutos. Ao entrar na sala de cirurgia, a enfermeira abre e expõe o
pacote cirúrgico - onde estão os aventais - e as compressas são entregues
para o enxugamento das mãos. Em seguida, será realizada a colocação do
capote ou avental cirúrgico e das luvas estéreis. As luvas devem ser calçadas
com cautela, pois são estéreis e não devem ser contaminadas durante a
colocação (após a primeira mão ser calçada cuidadosamente, a segunda
recebe o auxílio daquela já protegida).

5.2- Posições operatórias

A posição operatória adequada será imposta pelo tipo de intervenção a que deverá
ser submetido o doente. É necessário e muito importante verificar se há
comprometimento de vasos, nervos ou respiração do paciente; se há contato dele
com metais da mesa e principalmente se há vícios de posição. As principais
posições são: Decúbito dorsal (posição de supina) – É a melhor posição tolerada
pelos doentes anestesiados e é empregada nas intervenções abdominais, supra
e infra umbilicais, nas intervenções sobre as mamas e outras da parede
anterolateral do tórax e do abdome; Posição de Trendelemburg (posição de supina
com elevação da pelve e membros inferiores) – Leva a compressão dos pulmões
pelas vísceras abdominais caídas, diminuindo a capacidade vital. É empregada
nas intervenções abdominais que exigem o afastamento das alças intestinais, a
fim de evidenciar os órgãos alojados na parte inferior do abdome e pelve. Não
deverá ser usada em casos de derrames purulentos. O decúbito ventral é
reservado para as intervenções sobre crânio, coluna vertebral ou sobre a região
lombar e sacrococcígea. A posição ginecológica (decúbito dorsal com as pernas
abertas e suspensas em suportes especiais - perneiras) é empregada nas
intervenções sobre o períneo, ginecológicas ou proctológicas. Há ainda a posição
de proclive (decúbito dorsal com a cabeça em nível superior ao dos pés) e o
decúbito lateral (utilizado principalmente para acesso à loja renal, através de
lobotomias).

5.3- Preparação do campo operatório

Com o paciente na posição cirúrgica e anestesiado, iniciamos a assepsia do local


onde será feita a incisão cirúrgica. Em seguida, preparamos o primeiro campo operatório
com peças esterilizadas colocadas de forma padronizada.
A proteção com os campos é realizada de acordo com o procedimento cirúrgico a
ser realizado. O segundo campo operatório é onde ocorre a diérese e a hemostasia dos
planos anatômicos.
Quando necessário, há a preparação do terceiro campo operatório, onde haverá a
manipulação de órgãos contaminados, purulentos ou tumorais, visando diminuir ao
máximo a contaminação operatória.
O ato operatório ou intervenção cirúrgica é o conjunto de manobras cruentas e
instrumentais que o cirurgião realiza com fins diagnósticos e terapêuticos.
Gesto Cirúrgico: Resulta de uma coordenação entre as decisões cerebrais e o
trabalho manual, executado com segurança, espontaneidade e aparente facilidade. A
postura do cirurgião, os movimentos do seu corpo e principalmente das suas mãos,
braços, cabeça e olhos, assim como os gestos da equipe cirúrgica são fatores
importantes na execução do ato operatório. O gesto cirúrgico é consequência de um
treinamento técnico constante, disciplinado e alicerçado na prática permanente dos atos
operatórios fundamentais.
A operação, ou seja, o ato cirúrgico propriamente dito é composto de quatro
tempos:
1º tempo – Diérese
2º tempo – Hemostasia
3º tempo – Operação propriamente dita (Exérese)
4º tempo – Síntese

6. BLOCO CIRÚRGICO
Fonte:www.blogdokadu.com

6.1- Classificação de ambiente / fluxo de trabalho:

• Áreas Irrestritas: Onde os profissionais podem utilizar roupas comuns e


circulares sem limitações (vestiário e recepção).
• Semi restritas: Onde se utiliza roupa privativa e gorro (áreas de estocagem
de artigos, corredores e salas internas).
• Restritas: Consistem nas salas cirúrgicas, com materiais estéreis expostos,
sendo necessária utilização de roupa privativa, gorro e máscara, além do
controle do número de pessoas (área de estocagem de materiais estéreis,
salas cirúrgicas).

6.2- Recomendações para o controle de infecção de sítio no pós-operatório:

CURATIVO: Mantêm umidade e temperatura adequadas nas feridas cirúrgicas,


protegendo contar traumas mecânicos e contaminação do meio externo e absorvem as
secreções, favorecendo a epitelização e a cicatrização. Por seu efeito compressivo,
ajudam a prevenir a formação de hematomas e seromas, oferecem conforto físico e
psicológico ao paciente.
A sua utilização adequada é um meio de prevenção das ISC.
• Higienizar as mãos antes e depois da troca de curativos de qualquer contato
com o sitio Cirúrgico;
• Realizar o curativo com técnica e material asséptico, logo após o termino da
operação e mantidos por 24 horas, sem molhar;
• Fazer a troca do curativo após as 24 horas, antes desse horário, apenas se
houver acúmulo de secreções;
• Após 24 horas as feridas suturadas, deverão ser mantidas
preferencialmente descobertas;
• Manter o curativo semi-oclusivo por mais tempo na presença de foco
infeccioso nas proximidades (colostomia, infecção);
• Comunicar ao SCIH a presença de sinais de infecção da ferida operatória:
febre, edema, odor, calor, rubor e drenagem purulenta.
6.3- Retirada de pontos:

O tempo para retirada dos pontos deve respeitar o processo de cicatrização da


ferida. Sua retirada precoce pode levar a deiscência da ferida, e seu adiamento permite
que o fio funcione como corpo estranho levando a reações inflamatórias. Normalmente
retiram-se os pontos em torno do 10º dia de pós-operatório ou a critério médico.
Técnica:
• Fazer antissepsia da ferida, incluindo os fios a serem retirados;
• Utilizar instrumental esterilizado;
• Corta-se o fio rente a pele e traciona-se a maior extremidade, de modo que a
mínima quantidade de fio externo passe por dentro da ferida, evitando a
contaminação do trajeto.

6.4- Cuidados com drenos

Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em materiais
diversos, cuja finalidade é manter a saída de líquido de uma cavidade para o exterior.
Cuidados gerais de enfermagem são: manter a permeabilidade, visando garantir
uma drenagem eficiente; realizar o adequado posicionamento do dreno, evitando que
ocorra tração e posterior deslocamento; realizar o curativo conforme a necessidade e com
o material determinado para a prevenção de infecções; controlar a drenagem, atentando
para a quantidade e aspecto da secreção drenada, e registrar corretamente todos estes
dados.
Sistema para drenagem fechada de feridas: realiza a drenagem com o auxílio de
sucção (vácuo), sendo composto por uma extensão onde uma extremidade fica cavidade
e a outra em uma bolsa com o aspecto de sanfona. Seu manejo consiste em manter essa
sanfona com a pressão necessária para que a drenagem ocorra com mais facilidade.
Este sistema é utilizado principalmente para a drenagem de secreção sanguinolenta,
sendo amplamente utilizado nas cirurgias de osteosíntese e drenagem de hematoma
craniano.
Outra forma de drenagem fechada são os drenos com reservatório de JacksonPratt
(JP), que funciona com pressão negativa e diferencia-se do anterior por possuir a forma
de pera sendo comumente utilizado para cirurgias abdominais. O principal cuidado com
esse tipo de dreno é a correta manutenção do vácuo, obtido com a compressão do
reservatório. Caso contrário, a drenagem não será eficaz, podendo ocorrer acúmulo de
secreção o que provocaria no cliente dor, desconforto e alterações dos seus sinais vitais,
entre outras intercorrências.

Fonte:www.planetamaebee.com.br

Sistemas de drenagem aberta: o dreno mais utilizado é o de Penrose, constituído


por um tubo macio de borracha, de largura variada, utilizado principalmente para cirurgias
em que haja presença de abcesso na cavidade, particularmente nas cirurgias abdominais
nas quais se posiciona dentro da cavidade, sendo exteriorizado por um orifício próximo à
incisão cirúrgica. Com relação aos cuidados de enfermagem, por se tratar de um sistema
aberto-que deverá estar sempre protegido por um reservatório (bolsa)a manipulação deve
ser feita de maneira asséptica, pois existe a comunicação do meio ambiente com a
cavidade, o que possibilita a ocorrência de infecção e o profissional deve estar atento
para a possibilidade de exteriorização, o que não é incomum.
Dreno de tórax: Na cavidade torácica a pressão é menor que a do ar atmosférico,
o que possibilita a entrada de ar. Sempre que o pulmão perde essa pressão negativa,
seja por abertura do tórax devido à cirurgia, trauma ou por presença de ar, pus, ou sangue
no tórax ocorrerá o colapso pulmonar.
Na presença desse colapso faz-se necessária a realização de drenagem torácica
para a reexpansão pulmonar pela restauração da pressão negativa. Para tal
procedimento faz-se necessária a utilização de máscara, aventais e luvas estéreis,
solução para a assepsia do local de punção, sistema de drenagem montado, anestésico
local e material para curativo durante o procedimento, a equipe de enfermagem deve
auxiliar a circulação dos materiais e promover conforto e segurança ao cliente.
Em relação à manutenção do sistema fechado, a equipe de enfermagem deve
observar e realizar algumas ações específicas para impedir a entrada de ar no sistema
pois, caso isto ocorra, o ar pode entrar nas pleuras (colabamento pulmonar) e comprimir
os pulmões, provocando dispneia e desconforto respiratório para o cliente.
Como precaução a esta eventualidade o dreno deve estar corretamente fixado ao
tórax do paciente com fita adesiva o que impede seu deslocamento. Visando evitar o
colabamento pulmonar a equipe deve adotar os seguintes cuidados: certificar-se de que
as tampas e os intermediários do dreno estejam corretamente ajustados e sem presença
de escape de ar, o que prejudicaria a drenagem; manter o frasco coletor sempre abaixo
do nível do tórax do cliente o qual, durante a deambulação, poderá utilizar uma sacola
como suporte para o frasco coletor.
O cliente deve ser orientado para manter o frasco coletor sempre abaixo do nível
de seu tórax, e atentar para que não quebre-caso isto ocorra, deve imediatamente pinçar
com os dedos a extensão entre o dreno e o frasco, o que evitará a penetração de ar na
cavidade pleural.
Princípios importantes no manuseio do sistema de drenagem torácica. Trocar o
frasco a cada 24 horas da seguinte maneira.
Pinçar o dreno 15 cm acima da inserção no frasco. O frasco a ser colocado deve
ser estéril, graduado em ml e composto por um selo de água de maneira que o tubo
extensor de vidro fique submerso. Deve estar identificado com data e horário da troca.

Conectar a extensão de látex no vidro. Despinçar o dreno CUIDADOS.


Jamais o dreno torácico deve ser separado do sistema de drenagem, antes de ser
grampeado, isto é fechado. Jamais levante o sistema de drenagem, acima da cintura sem
antes grampear o sistema.
O sistema estéril, então ao manuseá-lo deve-se tomar as precauções de manuseio
de material estéril. O selo d’água deve ser verificado se está no nível coletor antes de
abrir o sistema novamente. Adicionar água destilada até a marca apropriada, caso nível
de líquido esteja abaixo do padrão.
Deve-se instruir o cliente para deambular com o sistema. Ao desprezar o conteúdo
não esquecer de medi-lo diminuindo o valor referente ao selo d’água, descrever o aspecto
e característica do líquido drenado. Examinar diariamente o local de inserção do dreno
torácico, averiguando se está corretamente preso e palpando o local a procura de edema
subcutâneo.
Verificar se o selo d’água apresenta movimentos de acordo com a respiração.
Jamais grampeie o dreno torácico durante um longo período. Manter o curativo do local
do dreno seco e intacto.

6.5- Posição do paciente na mesa de cirurgia.

A posição na qual o paciente é colocado na mesa cirúrgica depende do


procedimento operatório a ser realizado como também da condição física do paciente.
Posição dorsal: A posição comum para a cirurgia é com o paciente deitado na
horizontal; um braço está ao lado da mesa cirúrgica, com a palma da mão colocada para
baixo; o outro está cuidadosamente posicionado sobre a braçadeira para a infusão
venosa.
Posição de Trendelemburg: Esta posição é utilizada para cirurgia no baixo abdome
e na pelve, obtendo-se uma boa exposição pelo deslocamento dos intestinos em direção
ao abdome superior. Nesta posição, a cabeça e o corpo estão abaixados, e os joelhos
fletidos.
O paciente é mantido na posição por contenção ao nível do ombro.
• Posição de litotômica: Nesta posição o paciente está deitado de costas com
as pernas e coxas fletidas em ângulos agudos. A posição é mantida pela
colocação dos pés em estribos. É utilizada em procedimentos cirúrgicos no
períneo, reto e vagina.
• Posição para cirurgia do Rim: O paciente é colocado sobre o lado não
operatório em posição de Sims, com um travesseiro de ar 12,5 a 15 cm firme
sob a região lombar ou em uma mesa com elevador para as costas ou região
lombar.
• Posição decúbito ventral: o paciente fica deitado de abdômen para baixo,
com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. O sistema
respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral.
• Posição fowler ou sentada: o paciente permanece semi-sentado na mesa
de operação. Posição utilizada para conforto do paciente quando há dispneia.
Posição de litotômia ou ginecológica: o paciente permanece em decúbito
dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras
acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados em talas.
Posição de litotômia ou ginecológica: exemplo: posição utilizada para realização
de cirurgias da cavidade perianal e ginecológica.
Ex: Perineoplastia, Hemorroidectomia, Histerectomia vaginal.
• Posição de canivete (kraske): o paciente se encontra em decúbito ventral,
com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está
levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os braços estendidos e
apoiados em talas.
Exemplos: posição utilizada para realização de operações proctológicas
Hemorroidectomia, retirada de corpo estranho, fissura e fístulas anais.
• Posição lateral ou sims: o paciente permanece em decúbito lateral,
esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada
e apoiada na superfície de repouso exemplo: posição utilizada para realização
de cirurgias do sistema renal. Cirurgia de retirada de rins.
• Posição Trendelemburg: é uma variação da posição de decúbito dorsal
onde parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados.
Exemplo: posição utilizada em cirurgias de órgãos pélvicos.

6.6- Cuidados com o posicionamento do paciente no pós-operatório:

Fonte:www.pt.linkedin.com
• Manipular lentamente, mas com movimentos firmes e seguros, o paciente
anestesiado, pois a mudança repentina de posição pode provocar a queda da
pressão arterial.
• Retirar alternadamente as pernas da perneira, a fim de prevenir o fluxo
rápido de sangue da porção superior do corpo para os membros inferiores, o
que levará à queda de pressão arterial.
• Manter a cabeça voltada para o lado com uma cânula de guedel na boca
sempre que for possível, quando o paciente permanecer em decúbito dorsal,
a fim de prevenir aspirações de secreções.
6.7- Fios cirúrgicos

Com ou sem agulhas, e sua numeração varia de 1 a 5 e de 0-0 a 12-0 (doze-Zero).

6.8- Classificados

• Fios absorvíveis: absorvidos pelo organismo após determinado período. O


catgut é de origem animal (do intestino delgado dos bovinos), podendo ser
simples (2 a 3 semanas) ou cromado (6 meses.).
• Fios não-absorvíveis permanecem encapsulados (envolvidos por tecido
fibroso) nas estruturas internas e nas suturas de pele; devem ser removidos
entre o 7° e o 10° dia de pós-operatório. O sangramento de capilares pode
ser estancado pela aplicação de substância hemostática no local.
Ex: a cera para osso -utilizada para estancar o sangramento ósseo nas cirurgias
ortopédicas e neurocirurgias. Outro recurso é o bisturi elétrico, que pode ser utilizado com
a função de coagulação e secção (corte) dos tecidos, através da aplicação local de
descargas elétricas.
Fios cirúrgicos absorvíveis: São fagocitados, hidrolisados, degradados e
assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem animal são fagocitados
por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização.
Os de origem sintética são hidrolisados quando da reação com as moléculas de
água dos líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos tecidos em
cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e biológicos.
• Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos: São conhecidos como categute
(nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente
obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos.
Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples ou
cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de oito
dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados
com bicromato de potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com
cicatrização mais demorada, como em estruturas do aparelho gastrointestinal
ou no útero.
O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para
que sejam preservadas suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das
grandes variações de temperatura, por isso são embalados em envelope primário
aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado imediatamente, o álcool
evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio em
água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força
de tensão.
• Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos: Ácido poliglicólico –fio multifilamentar
com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala como
substituto dos fios de absorção lenta e dos não absorvíveis. O ácido
poliglicólico é um material sintético obtido por meio de polimerização do ácido
glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São utilizados
em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e
operações urológicas.
• Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes: Fios compostos por
polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares,
maleáveis e mantém a resistência de tensão por um período mais prolongado
que os sintéticos multifilamentares.
Indicados quando se deseja um apoio prolongado para a ferida, como no
fechamento de tecido facial ou para pacientes idosos oncológicos.
Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário
aluminizado, porém, seco, para a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de
temperaturas.
• Fios cirúrgicos não absorvíveis: São resistentes à digestão enzimática em
tecido animal vivo. São de dois tipos: biológico e sintéticos.
O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca
reação tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em
envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para
tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para
Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para suturas
cutâneas devido à suas reações tissulares.

6.9- Fios cirúrgicos não absorvíveis biológicos

Fonte:www.coral.ufsm.br

O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca


reação tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em
envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para
tecidos de rápida cicatrização e contraindicado para suturas cutâneas devido à sua
reatividade tissular.
O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da-seda.
Suas fibras são retorcidas ou transadas e podem passar por processo de enceramento
para diminuir sua capilaridade. Apresenta facilidade de manuseio, resistência à tração
segurança na fixação do nó.
6.10- Fios cirúrgicos não absorvíveis sintético subdivididos em4 grupos:

Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono


ou multifilamentar. Fio de pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e
pouca segurança de manutenção do nó.
• Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou
siliconados. Fio de difícil manejo por ser também corrediço; para que isso não
ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes materiais podem
se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que
requerem grande resistência à tração.
• Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não biodegradável, e tem sido
recomendado o Tipo monofilamentado, para a síntese de feridas
contaminadas, devido à reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes,
com baixa capilaridade, com mínima reação tissular e com alta resistência à
tração. É indicado nas cirurgias cardiovasculares.
• Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em
tenorrafia; eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal.
O tântalo é menos resistente do que o aço inoxidável. São de fácil
esterilização, bem tolerados, de espessura variável mono e mulfilamentares.
6.11- Agulhas cirúrgicas

A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente


larga, penetrante para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas
ao mesmo tempo flexível, para dobrar antes de quebrar, resistente a corrosão de
tamanho, forma, e calibre apropriados à aplicação a que se destina.
São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo
de guia aos fios de sutura. Quanto ao corpo, às agulhas são retas, curvas (círculos de
3/8, ¼, ½ e 5/8) e semi curvas específicas para cirurgia laparoscópica, quanto à ponta
são cilíndricas (não cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares, e quanto ao fundo
podem ser traumáticas ou atraumáticas.
As agulhas retas geralmente são cilíndricas ou triangulares, utilizadas na
reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmica.
Frequentemente são usadas com as mãos, e mais raramente com porta-agulhas.
As agulhas curvas podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio de curvatura é
variável, adaptando-se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado, sempre utilizadas
com porta-agulhas. As cortantes são usadas para sutura de pele e periósteo. As
cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais profundos.
As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram
fácil penetração nos tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo universalmente mais
usado. Nas traumáticas os fios são montados no momento de uso e elas provocam
dilacerações nos tecidos.
As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São
utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas.

7. INSTRUMENTAL E SUA CLASSIFICAÇÃO

Instrumental Cirúrgico. O instrumental cirúrgico pode ser classificado e dividido em


especial e comum. Especiais são aqueles usados em apenas alguns tempos de
determinadas cirurgias. Já os comuns constituem o instrumental básico de qualquer tipo
de intervenção cirúrgica em seus tempos fundamentais, a saber: diérese, exérese,
hemostasia e síntese.
Instrumental comum: Seus nomes correspondem, em geral ao nome do autor que
o descreveu. Em uma classificação geral os vários tipos de instrumentos poderiam ser
agrupados também da seguinte maneira: diérese, hemostasia, preensão, separação,
síntese e especiais. Nesta classificação são considerados apenas os instrumentos
cirúrgicos propriamente ditos (“ferros”). Seringas e agulhas, drenos de borracha ou
plástico, gaze, compressas e campos também podem ser relacionados como instrumental
cirúrgico.
O ato cirúrgico tem seu início bem antes do aparecimento do instrumental cirúrgico
que vemos atualmente aparecer. Nessas cirurgias eram utilizados bisturis de pedra,
pederneiros amolados e dentes de animais. Com o advento do aço inoxidável, nessa área
surge uma nova proposta de material para fabricação dos instrumentos, os quais
passaram a ser mais sofisticados e refinados. A introdução da anestesia em 1840 e a
adoção da técnica de antissepsia de Lister, por volta de 1880, influenciaram de forma
direta na confecção de novos tipos de instrumental cirúrgico, pois permitiram ao cirurgião
uma maior duração e eficácia no seu trabalho, realizando, assim, procedimentos mais
longos e complexos.
Os formatos dos instrumentos são criados com base na capacidade de o cirurgião
visualizar, manobrar, diagnosticar e manipular o tecido com precisão e rapidez, por isso
esses materiais estão tomando proporções cada vez menores. Porém, esses
aperfeiçoamentos trazem consigo consequências, as quais são: alto custo, menor
disponibilidades de instrumentais parecidos, maior dificuldade na limpeza e no manuseio
adequado do material.

7.1. Classificação

Existem inúmeras variedades diferentes de materiais cirúrgicos, por isso os


instrumentais são agrupados de acordo tanto com a sua função ou uso principal, pois a
maioria deles tem mais de uma utilidade, quanto ao tempo de utilização no ato operatório.
A ordem do agrupamento, de maneira geral, segue a mesma ordem de utilização do
material no campo operatório: inicialmente é feita a diérese da pele, em seguida a
preensão das estruturas e posteriormente a hemostasia. Após o término da abertura,
promove-se a exposição do órgão ou da cavidade seguida do ato operatório principal com
instrumental especial, e para finalizar o ato, se realiza a síntese dos tecidos. Seringas e
agulhas, drenos de borracha ou plástico, gazes, compressas e campos também podem
ser relacionados com instrumental cirúrgico.
Tipos:
• Diérese, Instrumental: bisturi e tesoura, Função: corte e divisão.
• Preensão, Instrumental: pinças anatômicas e dente de rato, Função:
manipulação de estruturas.
• Hemostasia, Instrumental: Pinça kelly, crille, Halsted, Função: conter ou
prevenir sangramento.
• Exposição, Instrumental: Doyen, Farabeuf, Volkman, Função: Afastamento de
tecidos.
• Especial, Instrumental: Pinças de Backaus, Duval, Allis, Função: Peculiar
• Síntese, Instrumental: Portas-agulha e agulhas, Função: União de tecidos
seccionados ou ressecados.
7.2. Instrumentais de diérese

Fonte:www.muzymed.com.br

A diérese é a manobra cirúrgica destinada a promover uma via de acesso através


dos tecidos, ou seja, através dela ocorre a separação dos tecidos, ou dos planos
anatômicos para abordagem de certa região. Desta forma, serão necessários
instrumentais cortantes ou perfurantes, os quais serão a tesoura e o bisturi. Em alguns
procedimentos peculiares, o trepano e a rugina, por exemplo, podem ser considerados
materiais de diérese.
7.3. Bisturi

O bisturi tem como principal característica o seu cabo metálico, geralmente reto,
pois é nesse em que se encaixa uma variedade de lâminas para incisões e dissecções
de estruturas. As lâminas são descartáveis e removíveis, trocadas quando necessário.
Existem vários tipos de cabos, esses são escolhidos pelo porte e tipo de cirurgia, sendo
os mais utilizados são os números 3 e 4. O número 3 é destinado para lâminas pequenas,
do número 9 ao número 17, em cirurgias mais delicadas. Já o número 4 é destinado para
lâminas maiores, do número 18 ao número 50. Existem duas formas principais de se
empunhar um bisturi, são elas: tipo lápis (incisões pequenas) e tipo arco de violino
(incisões longas, retilíneas ou de curvas suaves).

7.4. Tesouras

Tem como função principal efetuar cortes ou divisão de tecidos orgânicos, além de
cortar materiais como gaze, fios, borracha, entre outros. As tesouras variam no tamanho
(grande, média e pequena), no formato da ponta (pontiaguda e romba), na curvatura
(curva e reta) e em outros pormenores. Cada tesoura possui uma finalidade específica
adequada a cada fase do ato operatório e à especialidade cirúrgica. Existem vários
modelos, dentre eles se destacam:
• Tesoura de Mayo: pode ser reta ou curva. Utilizada para secção de fios e
outros materiais cirúrgicos na superfície ou em cavidades. Esta é considerada
uma tesoura mais traumática, pois sua parte cortante é proporcional à parte
não cortante.
• Tesoura de Metzenbaum: pode ser reta ou curva. Utilizada para diérese de
tecidos orgânicos por ser considerada menos traumática, pois apresenta sua
porção cortante mais curta do que a não cortante.
7.5. Instrumentos de Preensão

Os instrumentos de preensão são basicamente constituídos pelas pinças de


dissecção, as quais estão destinadas a manipulação e a apreensão de órgãos, tecidos
ou estruturas. Os modelos mais utilizados são:
• Pinça de Adson: é utilizada em cirurgias pediátricas, por isso possui um
tamanho reduzido. Pode ser traumática (apresenta dentes na extremidade) ou
atraumática (possui ranhuras transversais e finas na face interna de suas
pontas).
• Pinça anatômica: é utilizada para preensão de estruturas orgânicas
delicadas. É atraumática e possui ranhuras transversais na face interna de
suas pontas.
• Pinça Dente de Rato: utilizada para preensão de tecidos mais grosseiros,
como aponeurose muscular. É muito utilizada para fazer suturas, pois
proporciona uma maior estabilidade. Possui dentes em suas extremidades, o
que a torna traumática.

7.6. Instrumentais de Exposição

Esses instrumentais são representados pelos afastadores. Esses são elementos


mecânicos destinados a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas
da ferida cirúrgica e estruturas adjacentes de forma a permitir a melhor visualização dos
planos anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando, assim, o ato operatório.
Os afastadores seguem duas classificações:
Dinâmicos: o manuseio é feito pelo próprio cirurgião, ou seja, esse deve segurar o
afastador durante todo o ato cirúrgico.
• Afastador de Farabeuf: utilizado para afastar pele, subcutâneo e músculos
superficiais. Existem vários tamanhos.
• Afastador de Volkmann: utilizado em planos musculares. Apresenta garras
em suas extremidades.
• Afastador de Doyen: utilizado para exposição da cavidade abdominal.
• Afastador Langerbeck: semelhante ao Farabeuf, porém pode atingir planos
mais profundos que ele.
• Afastador de Deaver: utilizado em cirurgias torácicas e abdominais.
Auto estáticos: são instrumentais que por si só, ou seja, sem auxílio de terceiros,
mantêm as estruturas afastadas e estáveis. Eles são mais utilizados em cirurgias
torácicas e abdominais.
• Afastador de Gosset ou Laparostato: utilizado em cirurgias abdominais.
Afastador de Balfour: esse é uma adaptação de Gosset, acoplando-se a
este, a Valva de Balfour.
• Afastador de Finochietto: utilizado em cirurgias torácicas. Esse afastador
possui uma manivela para possibilitar o afastamento da forte musculatura
intercostal.
• Afastador de Adson: utilizado em cirurgias neurológicas para afastar couro
cabeludo.

7.7. Instrumentais de Hemostasia

Fonte:www.curtindoamedicina.com.br
A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia. Têm por objetivo prevenir
ou corrigir as hemorragias, evitando dessa maneira o comprometimento hemodinâmico
do paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período
pós-operatório, complicações que predispõe o paciente a infecções. Os instrumentais
utilizados nas hemostasias são as pinças hemostáticas, essas se apresentam em vários
modelos e tamanhos. No caso das hemostáticas, sua identificação ocorre pelo nome do
seu idealizador. Essas pinças são bem semelhantes estruturalmente às tesouras, porém
possuem uma característica bem relevante, que é uma cremalheira entre as argolas.
Cremalheira é uma estrutura que tem por finalidade manter o instrumental fechado de
maneira auto estática, oferecendo diferentes níveis de pressão de fechamento. A
empunhadura desse instrumento se assemelha com a descrita para as tesouras.
• Pinça de Kelly: pode ser reta ou curva e apresenta ranhuras transversais
até a metade da face interna de suas pontas. A reta é utilizada para
pinçamento de materiais cirúrgicos como fios e drenos de borracha; a curva é
utilizada para o pinçamento de vasos e tecidos pouco grosseiros.
• Pinça de Crille: pode ser reta ou curva e apresenta ranhuras em toda face
interna de suas pontas. Sua utilização é semelhante à pinça de Kelly. Pinça
de Halstead ou Pinça Mosquito: recebe essa segunda nomenclatura por causa
de seu tamanho reduzido. É utilizada em vasos de pequeno calibre. Pinça
de Mixter: apresenta ponta em ângulo reto, sendo largamente utilizada na
passagem de fios ao redor de vasos para efetuar ligaduras, assim como na
dissecção de vasos e outras estruturas.
• Pinça de Kocher: essa pinça é classificada como instrumental hemostático,
porém seu uso não condiz com a sua classificação, pois apresenta dentes nas
extremidades, sendo assim, empregada como instrumental de preensão. Seu
uso mais habitual é na preensão e tração de tecidos grosseiros como
aponeuroses.
7.8. Instrumentais Especiais

Esses materiais são utilizados para finalidades específicas nos tempos operatórios
propriamente ditos. Existem inúmeros tipos e variam de acordo com a especialidade
cirúrgica.
Para exemplificar serão descritos abaixo alguns instrumentais especiais que são
utilizados em cirurgias abdominais:
• Pinça de Allis: apresenta endentações na sua extremidade distal, o que a
torna consideravelmente traumática, sendo utilizada, portanto, em tecidos
grosseiros ou naqueles que irão sofrer a exérese, ou seja, os que serão
retirados do organismo.
• Pinça de Duval: apresenta a extremidade distal semelhante ao formato de
uma letra “D”, com ranhuras longitudinais ao longo da face interna da sua
ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada em diversas
estruturas, a exemplo das alças intestinais.
• Clamp intestinal: pode apresentar ranhuras transversais e longitudinais,
este é menos traumático, ao longo da face interna da sua ponta. É utilizado na
interrupção do trânsito intestinal, o que o classifica como instrumental de
coprostase.
• Pinça de Babcock: possui argolas e cremalheiras. Na extremidade distal
possui uma pequena superfície de contato o que a torna pouco traumática.
Dessa forma, pode ser utilizada na manipulação de alças intestinais.

7.9. Instrumentais de Síntese

A síntese normalmente é o tempo final da cirurgia e consiste na aproximação dos


tecidos seccionados no decorrer do ato operatório com o intuito de favorecer a
cicatrização dos tecidos de maneira estética, evitar herniações de vísceras e minimizar
os riscos de infecções no pós-operatório. O instrumental usado nesta etapa é o porta
agulha. Os dois modelos mais importantes são:

• Mayo-Hegar: estruturalmente semelhante às tesouras e às hemostáticas.


Apresentam cremalheira para fixação e é mais utilizado para síntese em
cavidades. Sua empunhadura é semelhante à descrita para os outros
instrumentais com argolas.
• Mathieu: possui hastes curvas, semelhantes a um alicate. Possui uma
cremalheira pequena e central. Utilizada em suturas de tecido superficial,
principalmente na pele em cirurgias plásticas ou ainda em cirurgias
odontológicas. Este modelo possui uma empunhadura espalmada.
Esses dois tipos de instrumentais e os outros dessa mesma classe possuem duas
características em comum: a face interna marcada por ranhuras em xadrez, as quais
evitam o deslizamento da agulha, melhorando, dessa forma, sua fixação, e um sulco
longitudinal também na face interna, o qual possui a mesma finalidade das ranhuras. Os
outros materiais utilizados para síntese são os fios, agulhas e fios agulhados.

7.10. Pinças de Campo

As pinças de campo têm por finalidades fixar o campo, fenestrado ou não,


impedindo que a sua posição seja alterada durante o ato cirúrgico. Sua extremidade é
aguda, curva para preensão do campo e da pele do paciente. As mais comuns são as
pinças de Backhaus.
7.11. Arrumação da Mesa de Instrumentação

Fonte:www.namesadecirurgia.blogspot.com.br
A mesa de instrumentação tem uma arrumação padronizada conforme a ordem de
utilização de cada instrumental durante o ato operatório, pois desta forma os acessos aos
materiais são facilitados. Sendo assim, os instrumentais serão organizados segundo a
sua classificação: diérese, preensão, hemostasia, exposição, especial e sínese. Para
facilitar o entendimento, deve-se imaginar a mesa dividida em seis setores, porém essa
divisão deve ser feita proporcionalmente ao tamanho e ao número dos instrumentos. É
relevante lembrar que em alguns setores existem alguns critérios na disposição dos
instrumentos, como exemplo o setor de preensão. Nesse, a arrumação é iniciada pelo
instrumento menos traumático, seguindo-se com os mais traumáticos. A escolha da
arrumação dos materiais varia de acordo com o tipo de cirurgia.
O posicionamento do cirurgião em relação ao paciente irá interferir na disposição
dos instrumentais. Nas intervenções em que o cirurgião se posiciona à direita do doente,
no caso de cirurgias supra umbilicais, a disposição dos instrumentos inicia-se da direita
para esquerda. Além disso, o auxiliar deve ficar em sua frente e o instrumentador ao lado
desse, ocorrendo o inverso quando o cirurgião se coloca à esquerda, no caso de cirurgias
infra umbilicais.
O posicionamento da mesa de instrumental também sofre diversas variações, as

quais dependem da preferência do cirurgião. Alguns preferem tê-la ao seu lado para

autonomia na preensão do instrumental, outros adotam a mesa de Mayo, que é uma

mesa auxiliar, a qual é colocada sobre os pés do enfermo, o que facilita o acesso.
7.12. Sinalização Cirúrgica

Fonte: www.namesadecirurgia.blogspot.com.br

A sinalização cirúrgica é um conjunto de manobras que tem como objetivos


diminuir o diálogo durante a cirurgia, facilitar a entrega dos materiais, manter a assepsia
e, além disso, mostra-se como um sistema de padronização mundial para instrumentação
cirúrgica. Esse sistema se aplica apenas aos instrumentais mais comumente utilizados,
sendo os demais solicitados de maneira verbal.
Bisturi: Pede-se com a mão direita com a face palmar voltada para baixo, os três
últimos dedos fletidos, de forma que o indicador se apoia no polegar. Esse é entregue
com a lâmina voltada para baixo pelo instrumentador para que sejam evitados acidentes.
Tesoura: É feita pela mão direita estendida em pronação, tendo os dois últimos
dedos fletidos. Os dedos indicador e médio executam um movimento de aproximação e
afastamento, imitando o corte das lâminas de uma tesoura. A tesoura deve ser entregue
segurando-se em sua ponta, com as argolas voltadas para mão do cirurgião, porém em
casos de tesoura curva, essa deve ser entregue com a curvatura voltada para mão do
cirurgião.
Pinças de dissecção: A pinça anatômica é solicitada com os dedos polegar e
indicador semi distendidos, realizando movimentos de aproximação e afastamento,
enquanto os demais dedos permanecem fletidos. A pinça dente de rato é solicitada com
o mesmo gesto da anterior, porém o polegar e o indicar terão uma flexão maior. Ela deve
ser entregue com a mão não dominante, segurando-a fechada pela parte inferior,
entregando em posição de uso.
Afastador de Farabeuf: Os dedos ficam fletidos, enquanto o indicador fica
incompletamente flexionado.
Afastador de Doyen: Os dedos em extensão para baixo, realizando um movimento
brusco de afastamento lateral.
Afastador de Gosset: Semelhante ao afastador de Doyen, porém se utilizam as
duas mãos, posicionadas dorso a dorso.
Porta agulhas: Mão direita semi-fechada, realizando movimento de supinação
(semelhante ao movimento de uma chave na fechadura).
Fios para ligadura: Face palmar da mão voltada para cima com os dedos em meia
flexão. O fio deverá ser colocado entre os dedos do cirurgião.
Compressa: Mão em supinação e dedos estendidos.
Gaze: Mão voltada para baixo com os dedos unidos.
8. SALA CIRÚRGICA E SEUS COMPONENTES

O centro cirúrgico necessita de ambientes de apoio como sala para guardar


equipamentos, vestiários com banheiro, sala administrativa, sala para guarda de cilindros,
laboratório, copa, sala de espera para os acompanhantes com banheiro, sala de estar
para os funcionários, área destinada à guarda de cadeiras de rodas e macas.
Deve ser um local de fácil acesso às demais unidades do hospital, principalmente
aos setores de internação, pronto-socorro, centro de terapia intensiva e unidade
coronariana.
8.1- As recomendações gerais para a instalação dos centros cirúrgicos são:

A saída de emergência deve ser conhecida por todos os profissionais que atuam
no centro cirúrgico;
Cada sala cirúrgica deve conter um controle individual de temperatura;
Na sala cirúrgica é recomendado que se tenha pressão positiva com o objetivo
prevenir a entrada de ar potencialmente contaminado;
Não é mais necessária a zona de transferência, barreira física utilizada no local de
acesso dos pacientes;
O piso deve ser de fácil limpeza, resistente e não possuir porosidade, pois assim
a visualização da sujeira é mais fácil. Deve conduzir bem a eletricidade, possuir um
aterramento e ser antiderrapante;
As paredes não podem ser revestidas com azulejos, pois as linhas do reboco
apresentam poros que podem abrigar micro-organismos;
As janelas devem ser lacradas não permitindo a comunicação da sala cirúrgica
com o meio externo;
As portas devem possuir visores de vidros, evitando assim sua abertura a qualquer
momento;
Os registros de emergência para a rede de gases medicinais devem estar
claramente identificados e a vista de todos;
Deve possuir um sistema de ar-condicionado central, cuja finalidade é remover
gases anestésicos, controlar a temperatura e a umidade, promover uma adequada troca
de ar, remover partículas em suspensão e impedir a entrada de partículas oriundas de
áreas adjacentes.
A equipe que atua na unidade de centro cirúrgico estabelece uma coordenação
com as demais equipes e serviços como, por exemplo, laboratórios, radiologia, banco de
sangue, oferecendo assistência adequada às necessidades dos pacientes.
8.2- A equipe do centro cirúrgico:

Fonte:www.mariopenna.org.br

• Médicos anestesistas;
• Médicos cirurgiões;
• Enfermeiros;
• Técnico de enfermagem;
• Auxiliar de enfermagem;
• Instrumentadores cirúrgicos;
• Auxiliar de limpeza
• O objetivo da equipe do centro cirúrgico é:
• Proporcionar cuidados especializados e qualificado ao paciente;
• Buscar a recuperação ou melhora do paciente por meio de uma intervenção
cirúrgica;
• Oferecer segurança e bem-estar ao paciente.
Para um bom funcionamento do centro cirúrgico é necessário que algumas regras
sejam seguidas. São elas:
O ideal é que as cirurgias sejam agendadas com no mínimo 24 horas de
antecedência;
Realizar e encaminhar o mapa cirúrgico sempre na data anterior à da cirurgia, para
os setores de apoio como, por exemplo, farmácia, centro de terapia intensiva, unidade
coronariana, laboratório, rouparia, chefia de enfermagem, banco de sangue, nutrição e
dietética e diretoria;
As cirurgias devem iniciar sempre no horário agendado, salvo quando há alguma
intercorrência, para que não ocorra atraso nas cirurgias subsequentes;
Não é permitido portar ou ingerir nenhum tipo de alimento no interior da área crítica
do centro cirúrgico, ou seja, na central de esterilização, central de material esterilizado,
salas operatórias e corredor cirúrgico.
Deve ser permitida somente a entrada de pessoas pertencentes à área de saúde,
com autorização da chefia do setor e do chefe da equipe cirúrgica;
A roupa privativa do centro cirúrgico não deve ser utilizada em outros setores do
hospital;
Não é permitido o uso do conjunto cirúrgico por cima da roupa comum;
As malas, maletas e bolsas só poderão entrar quando envoltas em sacos plásticos;
Só deve ser permitida a entrada na área crítica de pessoas se estas estiverem
devidamente paramentadas;
Adereços como brincos, anéis, pulseiras, cordões devem ser evitados no interior
do centro cirúrgico;
O médico cirurgião deve preencher completamente o registro geral da operação,
incluindo assinaturas e carimbos dos respectivos integrantes da equipe;
A entrada do paciente no centro cirúrgico só deve ser permitida com a confirmação
da autorização do procedimento cirúrgico;
As salas cirúrgicas devem estar arrumadas, pelo menos, 15 minutos antes do
horário agendado, após a confirmação da internação do paciente e a autorização da
cirurgia.
O centro cirúrgico é um setor restrito, o acesso ao público é limitado, ficando restrita
a circulação dos profissionais que trabalham neste local. Para controle de infecção, o
centro cirúrgico é dividido em três áreas:
Área irrestrita: os profissionais de saúde podem circular livremente por estas áreas
com roupas próprias como, por exemplo, secretaria, vestiários e o corredor de entrada;
Áreas semi restritas: é aquela área que permite a circulação dos profissionais de
tal forma que não intervirá na rotina de controle e manutenção da assepsia da área
restrita. Podemos citar o expurgo, sala de estar e sala de preparo do material;
Área restrita: é obrigatória a roupa privativa do próprio centro cirúrgico, devem ser
usadas máscaras e gorro conforme normas da unidade e as técnicas assépticas devem
ser utilizadas de forma rigorosa, diminuindo assim o risco de infecções. São exemplos as
salas cirúrgicas, lavabos, sala de recuperação pós-anestésica, corredor interno e sala de
depósito.
Na sala cirúrgica ainda são encontrados:
Equipamentos usados no centro cirúrgicos equipamentos básicos utilizados na
sala de operação são classificados em fixos e móveis.
A - Equipamentos fixos São aqueles adaptados à estrutura física da sala
cirúrgica.
Tais como:
• Foco central;
• Negatoscópio;
• Sistema de canalização de ar e gases;
• Prateleira (podendo estar ou não presente).
B - Equipamentos móveis são aqueles que podem ser deslocados de uma
para outra sala de operação, a fim de atender o planejamento do ato cirúrgico de acordo
com a especificidade, ou mesmo serem acrescidos durante o desenvolvimento da
cirurgia.

São estes:
Mesa cirúrgica e acessórios: colchonete de espuma, perneiras metálicas, suporte
de ombros e arco para narcose. Atualmente, já estão no mercado mesas cirúrgicas
totalmente automatizadas, o que permite várias configurações, a partir da simples troca
de acessórios e módulos, e possibilita movimentos suaves e preciso sem todas as
direções e em ângulo de quase 180º.
Aparelho de anestesia, contendo kits de cânulas endotraqueais de Guedel:
laringoscópios; pinças de Magil e esfigmomanômetro;
Mesas auxiliares para instrumental cirúrgico, de Mayo e para pacotes de roupas
estéreis;
• Bisturi elétrico ou termocautério;
• Aspirador de secreções;
• Foco auxiliar;
• Banco giratório;
• Balde inoxidável com rodízios;
• Suportes: de braço, hampers, bacia e soro;
• Escada de dois degraus;
• Estrado;

Fonte: www.hospitallifecenter.com.br
Equipamentos utilizados para ajudar no posicionamento do paciente, tais como:
coxins de areia ou espuma de diferentes tamanhos e talas;
Carro para materiais de consumo e soluções antissépticas (o qual pode ser
dispensado, quando houver local adequado para a colocação destes materiais como, por
exemplo, prateleiras);
• Carro para materiais estéreis; Aparelhos monitores.
O centro cirúrgico é o conjunto de áreas e instalações que permitem efetuar a
cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto para a
equipe de saúde. No contexto hospitalar e o setor mais importante pela decisiva ação
curativa da cirurgia, exigindo, assim detalhes minuciosos em sua construção para
assegurar a execução de técnicas assépticas, instalação de equipamentos específicos
que facilitem o ato cirúrgico. Em sua construção devemos observar.

9. BIBLIOGRAFIA:

BARROS, Alba Lúcia. Anamnese e Exame Físico. Editora Artmed, Segunda Edição,
Porto Alegre, 2007.

BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Editora


Guanabara Koogan, 11ª Edição, Rio de Janeiro, 2008.

MARGARIDO, N. F; TOLOSA, E. M. C. Técnica cirúrgica prática. São Paulo. Atheneu,


2001.

PAPE, Nidia C. Acabamentos para salas limpas. Sociedade Brasileira de Controle de


Contaminação. 44 ed. 34-41, 2010.

POSSARI, João Francisco. Centro Cirúrgico: planejamento, organização e gestão.


1°edi. São Paulo: Iátria, 2004.

RIBEIRO; Souza. Centro Cirúrgico, 1997, p. 9.


SALES, Orcélia. Leitura e Interpretação de Exames em Enfermagem. Editora AB,
Terceira Edição, Goiânia, 2008.

SOUSA, Cristina Silva et al. Avanços no papel do enfermeiro de Centro cirúrgico.


Revista Enferm UFPE online, Recife, 2013.

SWANSON, Elizabeth. Ligações entre NANDA, NOC e NIC. Editora Artmed. Segunda
Edição, Porto Alegre, 2009.

TANNURE, Meire Chucre. SAE GuiaPrático. Editora Guanabara Koogan, Primeira


Edição, Rio de Janeiro, 2008.

TASHIRO, Marisa Toshiko. Assistência de Enfermagem em Ortopedia e


Traumatologia. Editora Atheneu, Primeira edição, São Paulo, 2001.

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