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1. Introdução ............................................................................................................... 2
2. A empresa e o meio ambiente................................................................................. 3
3. O governo e o meio ambiente ................................................................................. 4
4. Identificando o problema e seus limites na organização ......................................... 6
5. SGA e SGQ e seus benefícios ................................................................................ 9
6. Custos relacionados a certificação ........................................................................ 11
7. Solução de problemas através do ciclo PDCA ...................................................... 13
8. Política ambiental e planejamento ......................................................................... 16
9. Tabela das atividades, impactos ambientais e análise dos impactos .................... 17
10. Requisitos legais da organização para a implantação da norma ISO 14001 ...... 18
11. Plano de Treinamento ......................................................................................... 19
12. Possíveis acidentes ambientais e procedimentos de controle ............................ 22
12.1 Preparação e resposta à emergência ............................................................ 22
12.2 Não - conformidade, ação corretiva e ação preventiva .................................. 23
12.3 Controle de registros ...................................................................................... 23
12.4 Análise pela administração ............................................................................ 23
13. Considerações finais ........................................................................................... 24
14. Referências ......................................................................................................... 26
Anexo 1 – Resenha do documentário “A História das Coisas” .................................. 27
Anexo 2 – DECRETO - 39.972, DE 17/02/1995 ........................................................ 29
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1. Introdução
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2. A empresa e o meio ambiente
A Aves Finas Alimentos Ltda., localizada no Estado de São Paulo foi fundada
em 1986, com uma grande área construída para a incubação, abatedouro e corte de
frango, voltada predominantemente para a exportação.
O frigorífico emprega 1200 funcionários diretamente e 200 funcionários
terceirizados. Todos envolvidos em um processo de produção que abate 100.000 aves
por dia, em uma jornada de trabalho de segunda a sexta-feira.
Os problemas ambientais decorrentes de todo esse processo são o
gerenciamento dos resíduos produzidos, o gerenciamento e tratamento de efluentes,
o consumo excessivo de água, o vazamento e/ou derramamento de produtos
químicos e a emissão de gases poluentes.
Diante desses problemas ambientais e levando em consideração o número de
funcionários empregados, a imagem da empresa é vista de forma distinta pela opinião
pública e pela comunidade de entorno. De um lado o frigorífico contribui para a
geração de empregos e de renda para a sociedade, bem como de tributos ao Governo,
e por isso é bem visto pela opinião pública. Por outro lado, agride o meio ambiente
com seu processo de produção. Os moradores de entorno do frigorífico levantam
algumas reclamações acerca dos gases poluentes e de mal odor emitidos e dos
resíduos despejados nas afluentes pela empresa. Isso gera desconforto e mal-estar
na população próxima ao frigorífico.
Para mudar esse cenário, faz-se necessário aplicar o Sistema de Gestão
Ambiental orientando o frigorífico Aves Finas Alimentos Ltda. a cumprir com todas as
leis ambientais estabelecidas e outros requisitos e regulamentos aplicáveis, promover
a prevenção, a redução de despejos, a conservação de recursos naturais e treinar
todos os seus funcionários no conhecimento de todos os assuntos ambientais
relevantes para as suas tarefas.
Seguindo essas orientações, com certeza a imagem do frigorífico será muito
bem vista, tanto no cenário interno (opinião pública e comunidade de entorno), como
no externo (mercado de exportação), o principal foco da empresa.
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3. O governo e o meio ambiente
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CONAMA - 23 de Janeiro de 1987 Art. 1º
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considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio
para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e
projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico
ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e
análise preliminar de risco.
IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que
afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte,
o território de dois ou mais Estados.2
2
CONAMA- RESOLUÇÃO Nº 237, DE 19 DE dezembro de 1997, Art. 1º
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Caso a empresa não esteja atendendo as regulamentações, o coordenador fará um
plano de ação juntamente com as áreas envolvidas para atender o mais rápido
possível.
Nessa parte do projeto, a empresa levanta e monitora todas as atribuições das
licenças ambientais de operação, requisitos esses que se não atendidos podem
resultar na retirada da LO (licença de operação) pelo órgão ambiental competente.
Lembrando também que o AVCB (auto de vistoria do corpo de bombeiro) deverá ser
renovado a cada vencimento.
Para atingir todos os objetivos do projeto o modelo de gestão ambiental ideal
para o frigorífico Aves Finas Alimentos Ltda. é o da “Produção mais limpa” (P+L). Este
modelo de gestão procura aplicar continuamente aos processos produtivos
estratégias ambientais eficientes que reduzam os riscos dos produtos ao homem e ao
meio ambiente. A P+L é dividida em quatro partes fundamentais, que são: uso
eficiente de água; uso eficiente de energia; minimização de resíduos sólidos; redução
de poluentes atmosféricos (PNMA, 2004).
Seguindo todos esses passos o frigorifico Aves Finas Alimentos Ltda. estará
contribuindo para o meio ambiente, desenvolvendo um processo de produção
sustentável e com equidade, garantindo assim a qualidade de seus produtos, um
processo mais limpo e de menor custo, o bem comum da sociedade e a “saúde” do
planeta.
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Recepção
A recepção das aves deve ser feita da forma mais rápida possível para que o
estresse pré-abate se reduza. O ambiente deve ser sombreado e possuir ventiladores,
procurando criar um microclima favorável. Além disso, os nebulizadores devem ser
acionados, para que a umidade se normalize e, assim, evitar que as aves morram por
sufocação.
Pendura
Nessa etapa, os frangos são pendurados pelas pernas em suportes ligados à
nória. No entanto, para evitar lesões nas coxas, o manuseio das aves deve ser firme,
mas com cuidado para que o animal não se debata, vindo a se machucar. Estresse e
injúrias diminuem a qualidade da carcaça, enquanto fugas e debatimentos prejudicam
o rendimento do trabalho de recepção e pendura.
Atordoamento ou insensibilização
Esse procedimento é feito por meio de eletronarcose. A cabeça da ave é
mergulhada em um tanque com líquido (geralmente salmoura) onde passa uma
corrente de 28 a 50 volts. Dessa forma, as aves reduzem as intensas contrações
musculares e adquirem um estado de insensibilidade à dor do corte da sangria,
posicionando-se com o pescoço arqueado, asas coladas ao corpo e dedos das patas
distendidos, facilitando e tornando mais seguro o seu manuseio.
Sangria
Nessa etapa, deve-se evitar o corte da traqueia, a fim de que a ave continue
respirando e, assim, facilite o sangramento. A sangria dura em torno de três minutos.
Nos primeiros 40 segundos, 80% do sangue é liberado e, no intervalo entre um e dois
minutos e meio, todo o sangramento se completa. Isso é muito importante, pois evita
que as aves estejam respirando ao entrar em no tanque de escaldamento.
Escaldagem
Nessa fase, as aves são mergulhadas em um tanque de água quente sob
agitação. Quando se deseja uma pigmentação de pele mais amarelada, o
escaldamento é feito de forma branda, utilizando-se temperaturas ao redor de 52°C
por dois minutos e meio. Se ultrapassar essa temperatura, poderá causar
encolhimento e endurecimento da carne.
Depenagem
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Nessa etapa, por meio da ação mecânica de “dedos” de borracha, que são
presos a tambores rotativos, asas, pernas, pescoço e corpo são depenados. No
entanto, o depenador deverá estar bem regulado para que as penas sejam retiradas,
sem que a carcaça seja danificada, ou pela abrasão da pele ou pela quebra dos ossos.
Evisceração
Durante esse processo, ocorre a remoção da cabeça, vísceras, pés, papo e
pulmões da carcaça depenada. Também são coletados os miúdos, sendo necessária
a limpeza da moela, do coração e do fígado. Nessa fase, a inspeção federal verifica a
sanidade das aves.
Constitui uma série de etapas, tais como:
- Retirada da glândula de óleo, denominada glândula do uropígio ou sambiquira;
- Corte da pele do pescoço e da traqueia: desprendimento do pescoço;
- Extração da cloaca feita geralmente por meios mecânicos;
- Abertura do abdômen por incisões transversais;
- Eventração, ou seja, exposição de vísceras para inspeção veterinária;
- Retirada das vísceras (miúdos) e remoção da moela, fígado e coração;
- Extração dos pulmões, por meio de uma pistola a vácuo operada manualmente;
- Toalete com remoção do papo, esôfago e traqueia restante;
- Lavagem final da carcaça, externamente com chuveiro e internamente com pistola,
para remover materiais estranhos, como sangue, membranas, fragmentos de
vísceras, entre outros.
Corte dos pés
Logo após a depenagem, os frangos têm seus pés cortados, os quais são
destinados à graxaria ou separados para venda.
Resfriamento
Nessa etapa, faz-se um pré-resfriamento, em uma temperatura mais alta e, em
seguida, a temperatura é baixada em torno de 0,5°C. Também é de grande
importância que a água seja renovada ao longo do processo. O máximo permitido de
absorção de água nessa fase deve ser de 8%.
Gotejamento
Esse processo ocorre por meio da suspensão das aves pela asa, coxa ou pelo
pescoço, durante 2,5 a 4 minutos para reduzir o excesso de água absorvida no
resfriamento antes de serem embaladas.
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Entradas do Sistema
Matéria prima (aves), água, energia, madeira, gás natural, propilenoglicol,
Processos
Utensílios e equipamentos adequados e em quantidade suficiente para a
execução dos trabalhos de cada setor, bem como para produção de vapor e/ou água
quente com capacidade suficiente às necessidades do matadouro.
Compreende-se por utensílios: caixas, bandejas, facas, chairas, mesas,
ganchos, entre outros. E devem ser: de material impermeável e resistente (proibido
madeira); de superfície lisa que permita fácil lavagem e desinfecção;
Compreende-se por equipamentos, nórias, serras (carcaça/peito/desossa),
pias, esterilizadores, atordoadores, escaldadeiras, depenadeiras, evisceradoras,
lavadoras de moela, estratores de mucosa, chillers, escorredores, plataformas,
caldeira, entre outros. E devem ser: em número suficiente para atender a demanda
do estabelecimento; de material impermeável, resistente, de fácil lavagem e
higienização; de tecnologia adequada à respectiva utilização e à sua capacidade.
Saídas do sistema
Produtos finalizados, aves inteiras ou em cortes embaladas, resíduos tratados
e reaproveitados como farinha para ração.
Não há retroações nesse sistema.
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com seu processo de melhoria no desempenho ambiental, desde que a organização
incorpore o Sistema de Gestão Ambiental nas atividades do seu dia-a-dia.
As normas ISO 14001 e ISO 9001 ambas estão estruturadas no modelo PDCA
(planejar, fazer, controlar e agir corretivamente), e muitos são os requisitos em
comum. Ambas requerem uma política, objetivos e metas, que os colaboradores
sejam competentes, que documentos e registros sejam controlados e que análises
críticas pela direção sejam realizadas.
A norma ISO 9001 dá diretrizes e requisitos para a implementação de um
sistema de gestão da qualidade com foco na satisfação do cliente. Trata de
desenvolver e entregar um produto ou serviço que satisfaça as necessidades
estabelecidas pelos clientes e define os requisitos para assegurar que isto aconteça.
Já a norma ISO 14001 dá diretrizes e requisitos para a implementação de um
sistema de gestão ambiental com foco na prevenção da poluição e de implementar
controles para aquelas atividades significativas que poderiam ter um impacto sobre o
meio ambiente.
Para a ISO 14001, o “cliente” pode ser considerado como o meio ambiente,
com os requisitos ambientais sendo efetivamente definidos pela legislação e
regulamentações. Da organização é requerido que identifique aquelas atividades que
têm um impacto significativo sobre o meio ambiente e que implemente controles para
minimizar este impacto.
Na ISO 9001, o monitoramento e medição estão relacionados com processos
e produtos, enquanto que na ISO 14001 foca-se na medição das características das
operações que possam causar impactos significativos sobre o meio ambiente.
Ainda que ambas requeiram que ações corretivas e preventivas sejam
colocadas em prática (ao invés do produto não conforme referido na ISO 9001), a ISO
14001 se refere a situações reais de emergência e acidentes ambientais. Mesmo que
as duas normas sejam diferentes, existe um grande número de elementos e
abordagens comuns entre elas.
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6. Custos relacionados a certificação
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Etapas % DE CUSTOS
Fonte: http://www.isegnet.com.br/
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7. Solução de problemas através do ciclo PDCA
O modelo de SGA da família ISO 14000, se baseia no ciclo PDCA, tendo como
ponto de partida o comprometimento da alta administração e a formulação de uma
política ambiental. Conforme a NBR ISO 14001, o SGA é a parte do sistema de gestão
global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver,
implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
Para melhor visualização do desempenho e do gerenciamento do processo do
SGA, sugere-se que a organização adote como procedimento – padrão, para a
tomada de ações, a ferramenta o ciclo do PDCA (planejar, implementar, verificar e
analisar criticamente).
Planejar (P) - Formular um plano para cumprir a política ambiental. Desenvolver
(D) - Desenvolver capacitação e os mecanismos de apoio necessários para atender a
política, seus objetivos e metas ambientais. Checar (C) - Mensurar, monitorar e avaliar
o desempenho ambiental Análise Crítica Gerencial (A) - Analisar criticamente e
aperfeiçoar continuamente o Sistema de Gestão Ambiental, com o objetivo de
aprimorar o desempenho ambiental global.
Esse ciclo PDCA foi aplicado em cinco problemas ambientais apresentados
pelo frigorifico. Segue o relatório desse processo.
Ciclo PDCA/MASP + ES (engenharia de Sistemas): 1 - Identificação do
problema; 2 - Observação; 3 - Análise do processo; 4 - Plano de ação; 5 - Ação; 6 -
Verificação; 7 - Padronização; 8 - Conclusão
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5 – Ação: aplicação de clarificação físico-química (flotação) como tratamento
avançado do efluente com o objetivo de enquadrá-lo aos padrões de lançamento de
efluentes e de verificar a possibilidade de reuso da água.
6 – Verificação: para atingir aos padrões é preciso realizar melhorias no tratamento
secundário e realizar um monitoramento mais eficiente do tratamento físico-químico
proposto.
7 – Padronização: contratação de um técnico especializado em tratamentos de
efluentes líquidos para manutenção e prevenção de problemas futuros.
8 – Conclusão: foi aplicado flotação como tratamento do efluente com a possibilidade
de reuso de água contratamos um técnico especializado para manutenção e
prevenção de problemas futuros para realizar um monitoramento mais eficiente.
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Ciclo PDCA – resíduos sólidos
1 – Identificação do Problema: destinação e tratamento de resíduos sólidos como:
penas, sangue, vísceras, carne e óleo.
2 – Observação: descarte e tratamento de resíduos sólidos gerados no
processamento e limpeza das aves.
3 – Análise: destinação e descarte de resíduos feito de forma inadequada podendo
causar danos ambientais.
4 – Plano de Ação: destinar os resíduos pena, sangue, vísceras e carne e óleo. Para
produção de subproduto reduzindo o impacto ambiental e melhorar a imagem da
empresa.
5 – Execução: contratar empresa terceirizada especialista na reutilização dos resíduos
para a fabricação de farinha e ração animal, e o óleo será utilizado como combustível
na caldeira interna reduzindo custos com combustível.
6 – Verificação: é feito acompanhamento semanal para observar a eficácia da solução
aplicada.
7 – Padronização: foi contratado Técnico ambiental para verificar e acompanhar se o
bloqueio foi efetivo dando total reuso e reaproveitamento dos resíduos em questão
8 – Conclusão: diante do processo de implementação da solução do problema, foi
observado melhorias satisfatórias a curto prazo, podendo melhorar, a longo prazo, a
separação e armazenamento dos resíduos antes do envio.
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4 – Plano de ação: elaborar um sistema de gerenciamento adequado das operações
que envolvem a geração e o manuseio de matérias altamente putrescíveis, bem como
dos efluentes líquidos utilizado nesse processo, incluindo questões de logística e
transporte, para minimizar a emissão de substâncias odoríferas.
5 – Ação: implantação de um sistema de tratamento adequado das efluentes usadas
no processo de geração e manuseio de matérias altamente putrescíveis.
6 – Verificação: depois de implantado o sistema de tratamento das efluentes, verificou-
se uma significativa diminuição do odor, bem como a diminuição de matéria orgânica
putrescível nas efluentes que retornam ao meio ambiente.
7 – Padronização: esse processo foi aplicado em todos os setores do frigorifico que
utilizam efluentes no processo de abatimento e corte de aves.
8 – Conclusão: Nos abatedouros e frigoríficos, a principal fonte de odor é proveniente
dos sistemas de tratamento de efluentes líquidos devido à alta concentração de
matéria orgânica composta por grande quantidade de sangue, nutrientes, material
flotável, graxos, sólidos em suspensão e gordura. Esse efluente, quando disposto ao
meio ambiente sem tratamento, pode gerar focos de proliferação de insetos e de
agentes infecciosos, e ainda, devido à grande quantidade de nutrientes, levar a
eutrofização do corpo receptor. Depois de implantado um sistema de tratamento dos
efluentes de forma adequada, percebeu-se uma diminuição significativa da matéria
orgânica disposta nas efluentes que retornam ao meio ambiente. Isso possibilitou uma
significativa diminuição do odor gerado pelo frigorífico.
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5 – Busca por inovações e pioneirismo da área de sustentabilidade, buscando sempre
alternativas de itens que utilizem menos recursos naturais.
6 – Desperdício zero, aproveitar 100% dos recursos utilizados pela empresa.
7 – Produzir produtos de acordo com todas as certificações de controle de qualidade.
Afim de se adequar a política ambiental, foi elabora o seguinte planejamento:
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6 Pré-resfriamento As carcaças passam por Consumo de energia para resfriamento
tanques contendo água dos tanques e poluição dos efluentes.
gelada.
7 Geração de Queima de combustível nas Poluição sonora e emissão de gases
energia através caldeiras para a produção de efluentes
das caldeiras (energia térmica, vapor e água
quente) e ruídos.
8 Logística Recebimento da matéria – Poluição do ar, consumo de combustível,
prima, expedição do produto poluição sonora.
final.
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e sobre os quais presume-se que ela tenha influência. Em si, ela não prescreve
critérios específicos de desempenho ambiental.
Contém requisitos de sistemas de gestão baseados no processo dinâmico e
cíclico PDCA (planejar, fazer, checar e agir) de forma a promover a melhoria contínua
do sistema. Segundo este ciclo PDCA a organização deve seguir esses princípios
básicos na implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
A política ambiental deve ser uma elaborada pela organização contendo
intenções e princípios com relação ao desempenho ambiental global, além de a alta
administração definir a política ambiental da organização, o mesmo ressalta que deve
assegurar que ela: seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas
atividades; inclua o comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da
poluição; inclua o comprometimento com o atendimento à legislação e normas
ambientais aplicáveis e demais requisitos subscritos pela organização; forneça a
estrutura para o estabelecimento e revisão dos objetivos e metas ambientais; seja
documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados; esteja
disponível para o público.
Para que o sistema implementado assegure a melhoria contínua do
desempenho ambiental da organização, são necessários à realização de
monitoramentos e medições sistemáticas desse desempenho, através da análise
destes resultados a organização poderá verificar a conformidade com a legislação e
seus critérios internos de desempenho.
Além do processo da norma ISO o abatedouro de aves precisa cumprir o
Decreto Nº 39.972, de 17 de fevereiro de 1995 que regulamenta a Lei nº 7.705, de 19
de fevereiro de 1992, que estabelece normas para abate de animais destinados ao
consumo. Ver anexo 2 com o decreto e suas leis na íntegra.
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treinamento; 3 – o que será feito de fato; 4 – quanto tempo de treinamento; 5 – local
do treinamento; 6 – como e por quem será feito o treinamento; 7 – qual o custo do
treinamento; 8 – como neutralizar os possíveis fatores de insucesso.
ALTA ADIMINISTRAÇÃO
1 – Presidentes, vice-presidentes e diretores.
2 – Para conscientizar a respeito dos benefícios que o SGA traz para a empresa.
3 – Reuniões materiais expositivos a respeito da política ambiental das normas ISO
14001, 9001 e dos benefícios que trazem para a empresa o curso terá duração de 4
horas e 30 minutos.
4 – Em um único dia.
5 – Sala de reuniões da diretoria da empresa.
6 – Será contratado um engenheiro ambiental altamente capacitado que irá expor o
curso utilizando exposição em multimídia.
7 – Custos: R$ 500,00 hora/aula do palestrante mais custos de alimentação e
transporte. Aproximadamente R$ 3.500,00.
8 – Para neutralizar os fatores de insucesso deste curso, o conteúdo principal deve
ser focado nos benefícios para a empresa.
GERENTES E CHEFES
1 – Gerentes e Gestores
2 – Para eles estarem cientes das diretrizes da implantação das normas ISO 14001,
para poderem avaliar os aspectos e impactos, atenderem as emergências e para
realização de inventários de resíduos.
3 – Treinamento de 5 dias com duração de 4 horas por dia, explanando de forma
dinâmica cada um dos aspectos levantados do objetivo.
4 – Curso de 5 dias duração de 4 horas.
5 – Sala de treinamento da empresa.
6 – Especialista em implantação de SGA, que vai explanar o conteúdo, utilizando de
material multimídia e uma apostila contendo os assuntos abordados.
7 – Custos R$ 100,00 hora/aula, totalizando R$ 2.000,00 para 20 horas de curso. Mais
custo de buffet R$ 30,00 por pessoa para 30 pessoas, totalizando R$ 4.500,00. Mais
R$ 300,00 com materiais didáticos.
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8 – Para neutralizar os fatores de insucesso alta administração vai exigir dos gerentes
e chefes um relatório mensal desse treinamento aplicado dentro da empresa.
OPERACIONAL
1 – Prestadores de serviços da empresa.
2 – Conscientização e adequação ao SGA.
3 – Curso preparatório para recém contratados, política ambiental, conceitos gerais
da ISO 14001, preparação e resposta a situações de emergências, treinamentos para
uso de softwares específicos e sistema de gerenciamento de estoques.
4 – Curso de treinamento de acordo com cada setor.
5 – Com direção de 3 horas para cada grupo de 50 pessoas, pois é o limite máximo
da sala de treinamentos. Lembrando que o frigorífico (Aves Finas Ltda.) possui 1200
funcionários. Com início o mais rápido possível, por setores, até atingir todos os
funcionários da empresa totalizando 24 dias.
6 – Sala de treinamentos da empresa.
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7 – Material informativo e multimídia (1500 folders) R$ 7.500,00. Mais 24 dias de
treinamento, sendo 3 horas por dia, com custo de R$ 100,00 hora/aula, totalizando R$
7.200,00.
8 – Para neutralizar os fatores de insucesso, mostrar como aplicar o treinamento na
prática da empresa, promovendo exercícios práticos.
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12.2 Não - conformidade, ação corretiva e ação preventiva
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13. Considerações finais
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Os aspectos políticos e legais associados a certificação ISO 14001 no Brasil
são bem estruturados e garantem um bom desenvolvimento econômico para a
sociedade. Porém, o principal desafio ainda é em relação a conscientização das
empresas a respeito disso, ao alto custo para a implantação e a falta de fiscalização
no Brasil. E quando há fiscalização, aparece o problema da corrupção no Brasil, que
atrapalha uma efetiva e real implantação de um sistema de gestão ambiental na
empresa. Mas este é um assunto que gera muitas polêmicas, e por incrível que
pareça, as provas a respeito disso desaparecem com muita facilidade. Portanto, a
conscientização para as empresas a respeito dos benefícios econômicos e da
preservação do meio ambiente, continuam sendo o melhor atrativo para convencer as
empresas à implantação de um sistema de gestão ambiental e garantir a saúde do
planeta.
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14. Referências
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1999.
FIGUEIREDO, Elsio Antonio Pereira. SCHMIDT Gilberto Silber. AVILA, Valdir Silveira.
JAENISCH, Fátima Regina Ferreira. PAIVA, Doralice Pedroso. Recomendações
técnicas para a produção, abate, processamento e comercialização de frangos
de corte coloniais. Disponível em:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/SistemaProducaoFr
angosCorteColoniais/preparo.htm. Acesso em: 15 de maio de 2015.
PIVA, Carla Dal. BONONI, Vera Lúcia Ramos. FIGUEIREDO, Regina Sueiro. SOUZA,
Celso Correia. Sistema de Gestão Ambiental implementado aos moldes da ISO
14001:2004 em um frigorífico de abate de aves, no Município de Sidrolândia –
Mato Grosso do Sul. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional.
Disponível em: http://gestaoportal.sebrae.com.br/customizado/gestao-ambiental-
biblioteca/relat_frigorifico.pdf. Acesso em: 20 de abril de 2015
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Anexo 1 – Resenha do documentário “A História das Coisas”
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produção. Fazendo as pessoas serem mais consumidoras ainda, criando nelas a
mentalidade de que precisam adquirir outro produto mesmo que o produto que está
em sua posse ainda lhe seja útil. E também, transformando os produtos, dando a eles
um tempo de vida útil cada vez menor, ou seja, descartáveis em um curto período de
tempo.
Consumir, consumir e consumir, eis a necessidade que o sistema precisa criar
nas pessoas para sobreviver. Mas o grave problema de tudo isso é: todo excesso de
consumo vai para o lixo. Portanto, se tem muito consumo, terá muito lixo. E o que
fazer com esse lixo. Todas as formas de eliminação do lixo são insuficientes ou
prejudiciais à saúde. A única forma de reverter esse quadro é compreender o sistema
como um todo e desenvolver a consciência de que toda a mecânica do sistema precisa
ser feita com sustentabilidade e equidade.
Em outras palavras, ou as pessoas tomam consciência de que o lucro não pode
estar acima de tudo, e que este deve ser pensado dentro de um equilíbrio na utilização
dos recursos naturais, ou o sistema, e junto com ele as pessoas, serão consumidos
pelo próprio produto por eles produzidos.
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Anexo 2 – DECRETO - 39.972, DE 17/02/1995
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II Matadouro - o estabelecimento dotado de instalações adequadas para o abate de
quaisquer espécies vendidas em açougue com ou sem dependências para a
industrialização;
III - Abatedouro - o estabelecimento dotado de instalações para o abate de aves,
suínos com peso máximo de 60 kg (sessenta quilogramas), coelhos, ovinos e
caprinos;
IV - Animais de consumo - diz-se dos animais de qualquer espécie destinados à
alimentação humana ou de outros animais;
V - Métodos científicos - são todos aqueles processos que provoquem a perda total
da consciência e da sensibilidade previamente à sangria;
VI - Métodos mecânicos - são aqueles em que pistolas mecânicas de penetração ou
concussão são utilizadas para provocar coma cerebral imediato;
VII - Métodos elétricos - são aqueles em que aparelhos dotados de eletrodos são
utilizados e provocam a insensibilização pela passagem da descarga elétrica pelo
cérebro do animal, tornando-o inconsciente e insensível (eletronarcose);
VIII - Métodos químicos - são aqueles em que o CO2 (dióxido de carbono) empregado
em mistura com o ar ambiental para provocar a perda de consciência nos animais.
Artigo 5.º - Os métodos científicos e modernos de insensibilização a que se refere o §
1.º do artigo 2.º deste decreto serão aplicados de conformidade com a espécie animal
a insensibilizar, segundo a seguinte orientação:
I - os métodos mecânicos são especialmente indicados para o abate de bovinos,
podendo ser empregados no abate de outras espécies, como bubalinos, eqüinos,
muares, suínos, caprinos e ovinos, desde que obedecida a metodologia própria para
cada uma dessas espécies, de acordo com as peculiaridades anatômicas de
localização do cérebro do animal;
II - os métodos elétricos são recomendados para animais com peso at 200kg
(duzentos quilogramas), sendo os mais indicados para insensibilização de aves,
podendo, no entanto, ser usado para suínos, ovinos e caprinos, desde que obedecidas
as especificações da corrente elétrica adequada a cada espécie animal;
III - os métodos químicos são especialmente recomendados para o abate de suínos.
Artigo 6.º - A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá editar normas técnicas
relativas ao abate de animais destinados ao consumo contendo disposições que:
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I - determinem que na construção e na adaptação dos matadouros, matadouros-
frigoríficos e abatedouros a velocidade do trilho aéreo do tanque de escaldagem seja
planejada de forma a impedir a queda de animais ainda vivos nos tanques;
II - obriguem que o boxe para insensibilização seja projetado de forma a assegurar:
a) o uso do equipamento de abate por método científico;
b) a entrada de um animal de cada vez;
c) o fechamento da comporta somente após a entrada completa do animal, evitando
que esta venha a atingir e ferir parte do corpo do animal;
III - regulamentem a forma de aplicação e a carga mínima do choque elétrico, quando
este for utilizado para mover animais no corredor de abate;
IV - garantam que o corredor de abate seja adequado à espécie de animal a que se
destina;
V - impeçam o abate:
a) de animais caquéticos;
b) de animais portadores de enfermidades que tornem sua carne imprópria ao
consumo;
c) de fêmea submetida a parto recente;
d) de fêmea com mais de 2/3 (dois terços) do tempo normal de gestação;
VI - disciplinem o descanso e alimentação dos animais antes do abate, obedecidas as
condições previstas no artigo 4.º da Lei nº 7.705, de 19 de fevereiro de 1992.
Artigo 7.º - O animal que cair no corredor de abate será, a critério do serviço de
inspeção, insensibilizado no local onde tombou antes de ser arrastado para o boxe ou
reconduzido ao curral de espera para aguardar o momento oportuno do abate.
Artigo 8.º - Os animais, quando estiverem aguardando o abate, não poderão ser alvo
de maus-tratos, provocações ou outras formas de falsa diversão pública, nem ficarem
sujeitos a qualquer condição que provoque estresse ou sofrimento físico e psíquico.
Artigo 9º - Os animais doentes, agonizantes, com fraturas, contusões generalizadas
ou hemorragias, deverão ser abatidos, de forma emergente, no local, mediante a
utilização do método científico próprio, conforme dispõe o artigo 5º deste decreto.
Parágrafo único - A carne dos animais abatidos nas circunstâncias previstas neste
artigo terá sua utilização definida pelo serviço de inspeção.
Artigo 10 - Não será permitida a presença de menores de idade no local do abate,
nem de pessoas estranhas ao serviço, exceto funcionários autorizados,
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representantes dos órgãos governamentais e membros de associações protetoras de
animais, mediante autorização do serviço de inspeção e desde que estejam
devidamente uniformizados.
§ 1º - Para fins da autorização de que trata este artigo, as associações protetoras de
animais deverão cadastrar-se junto ao Centro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal, mediante a apresentação de cópia de seus estatutos sociais e de ata ou outro
documento que comprove a composição de sua diretoria.
§ 2º - Só será permitido o ingresso no local de abate de membro de entidade
cadastrada que se apresente uniformizado e comprove sua identidade e a qualidade
de associado.
§ 3º - Na hipótese de haver diversos representantes de entidades cadastradas
pretendendo adentrar no local de abate, só será permitido o ingresso de 3 (três) deles,
independentemente da entidade a que pertençam, os quais serão indicados pelos
membros ali presentes, a fim de se evitar situações que dificultem os trabalhos do
serviço de inspeção e do abate.
Artigo 11 - A infração às normas de abate de animais mediante o emprego de métodos
científicos e modernos de insensibilização, sem prejuízo de outras penalidades
definidas em lei federal, estadual ou municipal, sujeita o infrator às seguintes sanções:
I - multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no
máximo, a 1.000 (mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - Ufesps;
II - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Estado;
III - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito, instituídos pelo Poder Público Estadual, durante
o período, constatado pelo Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, de
inobservância das disposições contidas neste decreto;
IV - suspensão temporária de sua atividade, at 60 (sessenta) dias, por ato do
Secretário de Agricultura e Abastecimento;
V - suspensão definitiva de sua atividade, por ato do Governador do Estado, desde
que ocorra qualquer das seguintes hipóteses:
a) reincidência continuada, caracterizada pela ação ou omissão inicialmente punida;
b) dolo, mesmo eventual;
c) infração reiterada no período noturno, em domingo, feriado e dia declarado ponto
facultativo estadual;
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d) danos permanentes à saúde humana;
e) emprego reiterado de métodos cruéis na morte de animais.
§ 1º - O valor das multas referidas no inciso I deste artigo será cobrado em dobro, se
a infração tiver sido praticada no período noturno, em domingo, feriado ou dia
declarado ponto facultativo estadual.
§ 2º - Para fins de conversão do valor da multa será utilizada a Unidade Fiscal do
Estado de São Paulo - Ufesp ou outro índice que a venha substituir, vigente na data
da infração ou no dia imediatamente posterior, se o da infração não era dia útil.
§ 3º - A multa será agravada em 50% (cinquenta por cento) do valor inicialmente
fixado, nos casos de reincidência específica.
§ 4º - Fica vedada a cobrança de multa pelo Estado se, pela mesma infração, o infrator
tiver sido multado pela União ou pelo Município.
§ 5º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório de perda,
restrição ou suspensão caberá à autoridade administrativa ou financeira que
concedeu os benefícios, incentivos ou financiamentos, mediante a respectiva
comunicação da autoridade competente.
§ 6º - A suspensão temporária de que trata o inciso IV deste artigo poderá ser
interrompida, por ato do Secretário de Agricultura e Abastecimento, mediante
requerimento da parte interessada e comprovada a reparação do fato motivador da
sanção.
Artigo 12 - As multas previstas no inciso I do artigo 11 deste decreto ficam fixadas nos
seguintes valores, segundo a gravidade da infração:
I - multa simples:
a) de 10 Ufesps, ao que utilizar choque elétrico em desacordo com a norma técnica;
b) de 10 Ufesps por cabeça, at o máximo de 1.000 Ufesps, ao que não utilizar o
equipamento de insensibilização adequado;
c) de 50 Ufesps, ao que impedir a entrada, no estabelecimento, de membros de
associação protetora de animais;
d) de 100 Ufesps, ao estabelecimento que utilizar velocidade no trilho que acarrete a
queda de animais ainda vivos no tanque de escaldagem;
e) de 150 Ufesps, ao que impedir os animais de descansarem antes do abate;
f) de 200 Ufesps, ao que não submeter o animal ao jejum líquido antes do abate;
g) de 250 Ufesps, ao que não insensibilizar o animal antes do abate;
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h) de 300 Ufesps, ao que praticar maus-tratos ou outras formas de diversão cruéis
com animais que aguardam o abate;
I) de 350 Ufesps, ao que ferir ou mutilar o animal antes da insensibilização;
j) de 400 Ufesps, ao que não abater, de emergência, animais doentes;
l) de 450 UFESPs, ao que abater fêmea em estado adiantado de gestação;
m) de 500 UFESPs, ao que utilizar método de abate não permitido;
II - multa diária:
a) de 10 a 15 UFESPs, ao estabelecimento que se utilizar de boxe que permita a
entrada de mais de um animal de cada vez ou cujo fechamento da comporta fira o
animal;
b) de 15 a 20 UFESPs, ao estabelecimento que possuir corredor inadequado à
espécie animal abater.
Artigo 13 - Constatada qualquer infração às normas estabelecidas neste decreto ou
em demais atos normativos, o servidor público do Centro de Inspeção de Produtos de
Origem Animal lavrará, em 3 (três) vias, o Auto de Infração.
§ 1º - O Auto de Infração não deverá conter rasuras, entrelinhas ou emendas e
descreverá, de forma clara e precisa, a infração e outras circunstâncias pertinentes,
devendo constar ainda:
a) nome e endereço do autuado;
b) dia, local e hora da lavratura;
c) qualificação e identificação do responsável pela lavratura;
d) descrição circunstanciada da ocorrência e a citação do dispositivo legal infringido;
e) assinatura do infrator ou de seu representante legal ou preposto, de duas
testemunhas, quando houver, devidamente qualificadas, e do servidor responsável
pela lavratura.
§ 2º - Se, por motivos imprevistos, o Auto de Infração for lavrado em local distinto
daquele em que se verificou a infração ou se o autuado, seu representante legal ou
preposto, não puder ou se recusar a assiná-lo, far-se-á menção dessas
circunstâncias, enviando-se-lhe posteriormente uma das vias, por meio postal, com
Aviso de Recebimento.
§ 3º - A primeira via do Auto de Infração será remetida ao Centro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal, a segunda será entregue ao infrator e a terceira ficará no
Serviço de Defesa Agropecuária.
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§ 4º - Na impossibilidade de localização do autuado será ele notificado mediante
publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 5º - Do processo iniciado por Auto de Infração constarão as provas e demais termos,
se houver, que lhe serviram de instrução.
Artigo 14 - O infrator, a partir da comunicação de autuação, será um prazo de 15
(quinze) dias para apresentar defesa dirigida ao Diretor do Centro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal, podendo, durante esse prazo, ter vista dos autos na
dependência onde se iniciou o processo.
§ 1º - No ato de apresentação da defesa poderão ser indicadas testemunhas, no
máximo 5 (cinco), com a respectiva qualificação e feito o protesto por futura produção
de provas, se houver.
§ 2º - A defesa deve ser protocolada na dependência onde se iniciou o processo e
encaminhada ao centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
§ 3º - O Diretor do Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal decidirá,
motivadamente, sobre a admissão das provas, determinando a produção daquelas
que deferir.
Artigo 15 - Julgada procedente a autuação, o Diretor do Centro de Inspeção de
Produtos de Origem Animal aplicará a multa, notificando o infrator, via postal, com
Aviso de Recebimento, encaminhando-lhe cópia da decisão.
Parágrafo único - O autuado será também notificado da decisão na hipótese de
improcedência da autuação.
Artigo 16 - Caberá recurso ao Diretor do Departamento de Defesa Agropecuária no
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação.
Artigo 17 - Acolhido o recurso, no mérito, o Diretor do Departamento de Defesa
Agropecuária determinará o cancelamento do Auto de Infração e de eventuais
sanções ou outras medidas porventura adotadas.
Artigo 18 - Em sendo mantida a multa e decorrido o prazo para seu recolhimento sem
o respectivo pagamento, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento remeterá o
processo à Procuradoria Geral do Estado para inscrição do débito na dívida ativa.
Artigo 19 - O prazo para recolhimento da multa de 15 (quinze) dias, a contar da ciência
de sua aplicação.
Artigo 20 - O recolhimento das multas previstas neste decreto será feito ao Fundo
Especial de Despesas, vinculado ao Departamento de Defesa Agropecuária, da
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Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento, em conta no Banco do Estado de São Paulo S.A. - BANESPA, por
meio de Guia de Recolhimento própria, cujo modelo constará de Portaria do Diretor
do Departamento de Defesa Agropecuária.
Parágrafo único - Os débitos decorrentes das multas não liquidadas até o vencimento
serão atualizados, na data do efetivo pagamento, pelo valor da Unidade Fiscal do
Estado - UFESP então vigente.
Artigo 21 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
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