Sie sind auf Seite 1von 11

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO- PDMI

Instrumentos de Gestão Ambiental

Anexo 12 - Guia de Arborização Urbana de Pelotas/RS

1. INTRODUÇÃO:

A Prefeitura Municipal de Pelotas está empenhada em garantir uma


melhor qualidade de vida aos munícipes pelotenses, tendo em vista a
contrastante realidade urbana dos centros populacionais, onde predominam os
elementos construídos em alvenaria e que estão desprovidos dos elementos
naturais. Esse ambiente onde predomina o “concreto” necessita interagir com o
fator orgânico para depurá-lo e minimizar as condições adversas do clima,
aspectos físicos e mentais do homem, beneficiando desta maneira um
desenvolvimento urbano mais sustentável. Os benefícios do fator orgânico são:
maximizar a absorção de partículas sólidas do ar; interceptação da luz solar,
criando um micro-clima nos logradouros públicos; redução do nível acústico e a
velocidade do vento; abrigo para a avifauna urbana, dentre outros. Os
elementos naturais são, portanto, fundamentais à qualidade de vida urbana.
Para o desempenho e pelo zelo do bem natural, a Prefeitura Municipal
dispõe de uma secretaria – a Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) – que
atua nas áreas de licenciamento ambiental, em eventos de crimes ambientais,
programas de Educação Ambiental junto às Escolas da rede pública Municipal
e Estadual. É também de sua atribuição a coordenação de projetos que estão
em andamento tais como: ações em projetos de coleta seletiva de resíduos
(lixo doméstico), política esta desenvolvida junto a condomínios e cooperativas
de catadores, bem como a possibilidade da criação de uma usina de
reciclagem junto ao aterro municipal. Nesse sentido, o planejamento e
execução de projetos de paisagismo de áreas verdes (parques, praças e
jardins) e arborização urbana dos passeios públicos das ruas da cidade deverá
ocorrer em ação conjunta com as demais secretarias municipais. Na área da
produção vegetal, atualmente a SQA possui duas unidades de produção, onde,

1
além de contar com a produção de espécies adequadas à arborização, efetua-
se a produção de composto orgânico para manutenção das áreas verdes.
Cumpre salientar que se faz necessário a reestruturação do Horto
Municipal da Barragem do Arroio Santa Bárbara, e neste sentido está dando
seus primeiros passos, através da aquisição do biotriturador de resíduos
gerados pela poda da arborização. Este resíduo quando triturado acelerará o
processo de decomposição do material orgânico. Ação esta que poderá tornar
o Horto auto-sustentável em produção de terra vegetal e composto, que são a
principal matéria-prima para a manutenção dessas áreas. Esse setor de
triagem e produção de composto o Horto receberá resíduos oriundos de podas
e supressão principalmente de espécies em via pública. Para os casos de
requerentes em áreas particulares, somente serão destinados os resíduos
orgânicos para o Horto, quando estes, estiverem acondicionados em caçambas
coletoras e outras (às custas do requerente). Cumpre salientar que o
recebimento do material dar-se-á tão somente quando protocolada a solicitação
na SQA e com o devido licenciamento e autorização feitos pelos técnicos desta
Secretaria.
Esta política de arborização urbana desenvolvida pela SQA tem como
seu importante veículo de informação o Guia de Arborização Urbana (GA). É
importante que haja uma atualização deste documento assim como publicação
constante das suas edições para que esteja disponível à comunidade. A
importância de divulgar o GA se faz necessário desde o momento em que o
requerente solicita a autorização de poda ou supressão e especialmente
quando é realizado o estudo de viabilidade dos projetos de loteamentos.

2. OBJETIVOS

Este Guia de Arborização (GA) apresenta os procedimentos e técnicas


adequadas de planejamento para a implantação das mudas para Arborização
Urbana na cidade de Pelotas. Procedimentos estes que as empreiteiras
terceirizadas deverão tomar como norma no local e na execução das obras,
além daquelas já definidas no Manual Ambiental e Social da Obra (MASO),
conforme “Anexo 3” do Plano de Gestão Ambiental e Social incluso ao Edital.

2
Portanto, o objetivo do GA é fornecer as diretrizes e normas para a
implantação da arborização urbana no Município de Pelotas, quando da
execução das obras de pavimentação urbana do PDMI, salientando que esta
implantação tem função importante na melhoria da qualidade de vida da
cidade, visto o papel de destaque da vegetação pelas funções que
desempenha.
A referência na elaboração deste GA é a Lei Municipal nº 4.428/99, de 8
de novembro de 1999, que dispõe sobre a “Flora Nativa e Exótica’’ localizada
no município de Pelotas e dá outras providências quanto a disciplinar o plantio
de árvores e oficializar o GA. Além desta Lei, Pelotas desenvolveu um novo
projeto de Plano Diretor (3º Plano Diretor de Pelotas) e o Plano Diretor de
Arborização Urbana (PDAU), que estão em análise para posterior
encaminhamento ao Poder Legislativo.

3. POR QUE ARBORIZAR?

A cidade de Pelotas apresenta um déficit quanto ao índice de áreas


verdes per capita em relação aos valores recomendados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) os quais necessitam ser ampliados. Considera-se
também a importância da arborização para a melhoria da qualidade de vida de
seus habitantes, motivos que justificam a implementação nos projetos de
execução das obras a arborização destas vias.
Conforme Mascaró, 1994; Puppi, 1981, a vegetação urbana constitui-se
em poderoso agente de depuração do meio e de minimização das condições
adversas do clima, agravadas pela cobertura, revestimento e
impermeabilização do solo, decorrentes das construções, das obras viárias e
de outras relacionadas com a pavimentação. Interferem no efeito saneador:
• A ação da fotossíntese, que assimila o dióxido de carbono da
atmosfera com a liberação do oxigênio;
• A ação retentora de poeira e outros elementos em suspensão no
ar, através das superfícies das folhas;
• A redução da velocidade dos ventos e da propagação de odores e
correntes aéreas contaminadas;

3
• A exalação do vapor d’água pela evapo-transpiração e a
conseqüente ação refrigerante para o solo e para as camadas da atmosfera
sobrejacentes;
• A absorção do calor solar nas horas e estações de maior insolação;
• A atenuação dos ruídos das vias públicas, das atividades industriais
e de outros focos de poluição sonora;
• Sombreamento;
• Alimentação.

4. COMO ARBORIZAR?

O planejamento de arborização urbana deve apresentar como premissa


o conceito amplo de arborização com vegetação predominantemente arbórea
que uma cidade apresenta disposta em áreas públicas e privadas e para isso a
forma deve ser criteriosa, a fim de evitar problemas e conflitos com:
• A rede elétrica, de cabos e telefonia;
• As redes de água e esgoto;
• O espaçamento dos passeios;
• Os pavimentos das ruas;
• A circulação de pedestres e veículos;
• Muros e construções em geral.

5. O QUE PLANTAR:

A escolha da espécie para a arborização urbana é um dos critérios mais


importantes a serem seguidos, pois será a partir deste passo que estaremos
garantindo o futuro das árvores.

4
Os fatores mais importantes na escolha das espécies são: porte da
árvore, tipo de copa, persistência das folhas, características das raízes e
ausência de princípios tóxicos ou alérgicos.
Deve-se dar preferência às espécies nativas, adaptadas ao habitat
regional e adequadas ao local onde serão plantadas.

6. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS:

As ações propostas a seguir deverão ser efetivadas pelos empreiteiros


quando da execução da arborização urbana nas vias a serem pavimentadas.

a) Tutores e protetores:
Os tutores e protetores para as espécies a serem plantadas, deverão
seguir os modelos propostos pela Assessoria Ambiental da UGP, pela
equipe técnica da SQA e da SMU, a seguir:

TUTORES

Amarração em forma de 8 deitado

Tutor fixado abaixo da


terra fofa da cova

Poderão ser utilizados dois tipos de tutores: madeira serrada ou varas


de eucalipto.
1- Madeira serrada (caibrinho) – medidas 2,5x2,5cm e 2m de altura.
2- Varas de eucalipto – diâmetro mínimo entre 5 e 7cm e 2m de altura.
OBS: Os tutores devem ser fixados antes do plantio das mudas para
evitar danos às raízes.

5
PROTETORES

b) Distância para plantio:

Do alinhamento predial e das esquinas: Deverá ser obedecida a


distância mínima de 03 metros a partir do alinhamento predial, assim
como, também deverá ser considerado este distanciamento igual a 03
metros para cada esquina. Para o plantio das espécies em calçadas,
devem ser considerados outros critérios, tais como: acesso a
garagens, áreas de carga e descarga, distância dos postes de energia,
equipamentos urbanos e outros impedimentos (distância mínima de
1m), com espaçamento mínimo de 05m entre indivíduos.

6
c) Forma de plantio:

Os indivíduos, com altura mínima de 1,5m e raízes acondicionadas em


embalagens individuais, deverão ser plantados em (canteiros) espaços
com dimensões de 80X80cm (¨faixa verde¨), e abertura de covas de
60x60X60cm, com uso de adubação específica para a espécie (terra
vegetal e composto orgânico), no espaçamento estabelecido no item b,
a utilização de tutores e protetores definido no item a, observando as
podas de formação e a época de plantio, se necessário, em todas as
vias a serem pavimentadas constante neste Edital.

d) Definição das espécies:


As espécies a serem plantadas, deverão ser as definidas nos quadros
01, 02 e 03 , seguindo o critério da posição da rede de energia. Nos
casos de presença de rede em ambos os lados da via, deverão ser
plantadas somente as espécies indicadas do quadro 01. Em vias onde
há ocorrência de canteiro central, as espécies plantadas deverão ser
de médio e grande porte (quadros 02 e 03).

Espécies de pequeno porte (plantar sob rede)

Quadro 1

Nome popular Nome científico

Hibisco Hibiscus spp.


Fedegoso Cássia corymbosa
Pitangueira Eugenia uniflora
Quaresmeira Tibouchina granulosa
Alecrim Rosmarinus officinalis
Grevilha-anã Grevillea banksii
Cássia aleluia Cássia multijuga

7
Espécies de médio porte (plantar no lado oposto à rede)

Quadro 2

Nome popular Nome científico

Ipê-amarelo Tabebuia chrysotricha


Pitosporo Pittosporum undulatum
Murta Blepharocalyx salicifolius
Extremosa Lagerstroemia indica
Pata-de-vaca Bauhinia forficata
Anacauíta Schinus molle
Chal-chal Allophylus edulis
Cocão Erythoxylum argentinum
Uvaia Eugenia pyriformis
Camboim-da-folha-larga Myrcia multiflora
Tarumã-preta Vitex montevidensis
Guabiju Myrcianthes pungens

Espécies de grande porte


(plantar em canteiros centrais e áreas verdes)
Quadro 3

Nome popular Nome científico

Paineira Chorisia speciosa


Louro Pardo Cordia trichotoma
Corticeira do banhado Erythrina crista-galli.
Caroba Jacarandá micrantha
Jacarandá Jacarandá mimosaefolia
Açoita-cavalo Luehea divaricata
Ipê-roxo Tabeluia avellanedae
Aroeira vermelha Schinus terebinthifolius

8
e) Quantitativo de espécies:
Deverá ser cumprido o plantio mínimo de 10 indivíduos por quadra,
exceto em trechos onde esta ação não for possível. A UGP- Unidade
Gestora de Projetos e a SQA.- Secretaria Municipal de Qualidade
Ambiental, definirá a forma de compensação ambiental em relação aos
gabaritos menores ou iguais a 2,10m, compensação esta que poderá
ser na forma de ¨ilhas¨ paralelo ao passeio público a ser arborizado
ou em plantação em áreas adjacentes (áreas verdes), definidas pela
Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental e Secretaria Municipal de
Urbanismo. O quantitativo da compensação, será o equivalente aos
trechos não arborizados (especificados nos gabaritos do item f).

f) Passeios a serem arborizados:


Somente os passeios públicos com largura igual ou superior a 2,10m
(dois metros e dez centímetros) deverão ser arborizados, conforme
autorização do órgão municipal, sendo que os de medida inferior a esta
não deverão receber arborização. Nos casos do plantio deverão ser
observadas as seguintes restrições:

Os passeios destinados à instalação de equipamentos públicos, tais


como rede de energia elétrica e telefônica, entre outros, podem ser
arborizados, ficando, porém, o plantio restrito às arvores de pequeno
porte, até 4,00m (quatro metros) de altura, enquanto que, para os
passeios sem rede, fica liberado o plantio de árvores de pequeno porte
e médio porte até 6,00m (seis metros) de altura;

A área sem pavimentação, reservada para o plantio da arborização,


não poderá ter dimensão inferior a 0,80m (oitenta centímetros) de
largura e comprimento;

9
g) Composição florística da arborização:
A biodiversidade na arborização das vias urbanas pavimentadas,
deverá manter a quantidade mínima de 06 espécies por quadra
(observar itens b,c,d e e), objetivando reduzir riscos de perda por
aspectos fitossanitário, proporcionar melhor função estética, aumento
da avifauna e do equilíbrio ecológico.

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

O Empreiteiro deverá apresentar um cronograma de atividades e a cada 2


(dois) meses apresentar um relatório ambiental sobre a realização das
atividades de execução e manutenção que inclua, além do estabelecido no
plano ambiental, um registro fotográfico onde evidencie o resultado da
execução e manutenção. O informe deve se entregue em original e meio digital
à UGP. O programa de Arborização Urbana deverá acompanhar todo o período
de execução da obra, através de um cronograma de atividades que contemple
desde a implantação do canteiro de obras até o prazo final para a sua entrega.

8. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:

Os responsáveis pela execução deste processo de arborização serão as


Empreiteiras contratadas, que deverão considerar desde a preparação das
covas, seleção, aquisição, plantio de espécies, implantação dos tutores e
protetores, irrigação, acompanhamento fitossanitário e/ou substituição dos
indivíduos avariados, e troca dos depredados, até a conclusão da obra e/ou
data da entrega da obra.

9. CUSTO:

Todos os custos provenientes desta ação de arborização, deverão estar


incluídos no custo total das obras apresentado no processo licitatório, conforme
procedimentos estabelecidos no Edital.

10
10. BIBLIOGRAFIA:

JOLY, A B., Introdução à taxonomia vegetal. 7ª edição, São Paulo, Ed.


Nacional , 1985.
MASCARÓ, J. L., Manual de loteamentos e urbanizações, Porto Alegre:
SAGRA/D.C. LUZZATTO, 1994.
MILANO, M.S., Avaliação quali-quantitativa e manejo da arborização
urbana: exemplo de Maringá/PR. 1988 Tese (Doutorado em Engenharia
Florestal), Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, 1988.
Pelotas, 2001. Guia de Arborização, Prefeitura Municipal de
Pelotas/Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental, 1ª edição.
PUPPI, I.C., Estruturação sanitária das cidades, Curitiba: Universidade
Federal do Paraná/São Paulo, CETESB, 1981.
SANCHOTENE, M.C. Frutíferas nativas úteis à fauna na arborização
urbana. Ed. SAGRA. Porto Alegre-RS, 1989.

11

Das könnte Ihnen auch gefallen