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MÉTODOS PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA GEOSFERA

Os métodos podem ser de dois tipos:

 Métodos de natureza direta: Vulcanologia, sondagens, estudo de


materiais de profundidade que afloram à superfície permitem o contacto
com materiais do interior da Terra. Estes métodos apresentam grandes
limitações, atendendo à pouca informação que fornecem;
 Métodos de natureza indireta: Métodos do âmbito da Geofísica –
gravimetria, geotermia, geomagnetismo ou sismologia – ou da
Planetologia, que permitem, no seu conjunto, a elaboração de modelos de
estrutura interna.

Planetologia e astrogeologia

O estudo de meteoritos pode determinar a composição interna dos planetas e


visionar através dos satélites o diâmetro da Terra e de outros planetas.

Gravimetria

Os estudos gravimétricos baseiam-se na medição da força gravítica terrestre. Esta


força varia positivamente (aumenta) em zonas de maior densidade,
correspondentes a zonas de concentração de massa, e negativamente (diminui)
em zonas menos densas. Atendendo a esta relação, tem sido possível esclarecer
alguns aspetos relacionados com a estrutura e dinâmica do interior da Terra,
nomeadamente:

 A existência de uma maior espessura da crosta continental (menos densa)


relativamente à crosta oceânica (mais densa), já que os valores de
gravidade medidos sobre os continentes são inferiores aos verificados
sobre os oceanos;

 A diminuição do raio terrestre desde o equador até aos polos, inferida


através da verificação de valores ligeiramente crescentes de força gravítica
entre os dois locais;

 A localização de massas de densidade diferente daquela que caracteriza a


região onde estão situadas, como, por exemplo, depósitos de sal-gema
(rocha pouco densa) ou jazigos de volframite (mineral muito denso)

 Movimentos de magma ou variações de volume em câmaras magmáticas,


inferidos através da monitorização de variações de gravidade em zonas
vulcânicas;
 A variação de densidade para as diferentes camadas do interior da Terra.
As variações de densidade estão associadas à variação dos valores de
pressão no interior da Terra, que aumentam da superfície até ao centro. A
variação da pressão com a profundidade constituiu o gradiente
geobárico.

Geotermia

O termo geotermia refere-se à energia calorífera do interior da Terra que, como


já foi referido, tem a sua origem principal no decaimento radioativo de isótopos
ainda abundantes na Terra.

O fluxo de calor do interior para a superfície do planeta – fluxo térmico – é


contínuo mas não uniforme. Varia desde os altos valores verificados nos riftes aos
valores mínimos verificados no interior das grandes placas continentais.
Os estudos no domínio da geotermia permitiram estabelecer, para a crosta
superior, um valor médio de gradiente geotérmico, ou seja, de variação da
temperatura com a profundidade de cerca de 25ºC por quilómetro. Esta variação
não é constante em todo o raio terrestre, verificando-se uma diminuição do seu
valor para intervalos mais profundos do interior da Terra.

Outro parâmetro muito utilizado em geotermia é o grau geotérmico,


correspondente à distância associada à variação de temperatura de 1ºC. O grau
geotérmico não corresponde a uma distância fixa. Se, para as zonas mais
superficiais e mais frias da geosfera, o valor do grau geotérmico ronda em média,
os 33 metros, à medida que a profundidade aumenta este valor tende a aumentar.

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