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O que é Euritmia?

“A expressão do corpo e seus movimentos são uma máxima da expressão da


Alma Humana no âmbito da matéria, ignore isso e será como uma entidade
espiritual sem manifestação pura para o âmbito dos sentidos”

Em 1912, atendendo ao anseio de uma jovem por um tipo de dança ou ginástica que
pudesse se harmonizar com o conhecimento espiritual do homem, Rudolf Steiner, filósofo e
pesquisador austríaco ( 1861-1925), deu as primeiras indicações para a criação de uma nova
arte de movimento. Foi a jovem Lory Meyer-Smits, com seus 19 anos, que desenvolveu os
primeiros elementos dessa nova arte, sempre sob orientação de Rudolf Steiner. Logo a
seguir uniram-se a ela outras personalidades que participaram da ampliação paulatina dos
elementos dessa nova dança.

A proposta que subjaza um espetáculo de Euritmia é pesquisar o movimento intrínseco da


linguagem poética e da música, como ela se configura no fluxo da fala e no
desenvolvimento dos sons, com todos os seus matizes de sentimento e transpor esse
movimento sutil para o gesto coreográfico ampliado, como uma escultura musical em seu
vir-a ser.

Esse elemento artístico-plástico da fala e da música e traduzido para o espaço cênico


através de coreografias, individuais ou grupais, complementadas pelas cores de
indumentárias esvoaçantes e por uma iluminação diferenciada. Simultaneamente com
recitação e música ao vivo, a Euritmia dança assim, o desenvolvimento dos sons de poesias
e músicas, em toda sua complexidade.
Hoje, a Euritmia vem sendo desenvolvida especialmente na Europa (Alemanha, Holanda,
Suíça e Inglaterra), mas também na Escandinávia, no Japão, na Rússia, na África do Sul, na
Colômbia, Argentina, Brasil e nos Estados Unidos.

Inúmeras pesquisas nas áreas da Educação e da medicina levaram a sua adoção no currículo
das mais de 800 Escolas Waldorf em todos os continentes e como complemento do
tratamento médico em diversos paises. Contudo, a fonte para essa aplicação pedagógica ou
terapêutica é a própria Euritmia enquanto Arte.

A pesquisa tem revelado uma íntima relação da fala e da música com movimentos sutis que
se desenrolam no interior do corpo humano.

O nome Euritmia existe como palavra e como conceito desde a Época Clássica na Grécia.
Em sua obra de nome “Kanon”, o conceituado escultor de Argos, Polykleitos (440 a.C.),
define extensamente o conceito “eurythmia” como o equilíbrio de forças atuantes no corpo
humano; eu-rhythmós – o ritmo equilibrado, belo, harmonioso é uma categoria estética
oculta das Artes Plásticas. Também o arquiteto romano Vitruv (25 a.C.) utiliza o conceito
“euritmia”, relacionando-o com a harmonia da arte de construir. Na Época Clássica de
Weimar (1786-1832) surge novamente o nome Eurythmie, cujo conceito é definido por
Herder como a “ordem benfazeja de um centro em relação a dois extremos”.

Ao retomar esse termo quando da criação da nova arte de movimento, 2500 anos depois do
eu-rythmós da Grécia, empreende-se uma ampliação do conceito

Eurythmia: as forças que configuram as formas plásticas da escultura e da arquitetura são


transformadas em movimento, libertas! Com o acréscimo do elemento temporal ao conceito
outrora espacial, a Euritmia de Rudolf Steiner passa a revelar um acontecimento plástico-
musical, o desenrolar das forças atuantes na forma humana quando seu corpo dança a
poesia ou a música.

Publicado no Informativo Moara em 2005


CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL DA MEMÓRiA
Há um numero de condições para um desenvolvimento correto da memória nas crianças

As crianças pequenas não relacionam fatos; fatos não querem dizer nada pra elas. Suas almas
só podem trabalhar com imagens que são, simultaneamente, a realidade da criança, bem como
as imagens dessa realidade. As imagens estão abertas e podem crescer; isso é diferente com
demonstrações intelectuais.
Quando eu uso a palavra “imagem”, eu não quero dizer um conto de fadas mostrado na TV ou
histórias retratadas em histórias em quadrinhos. O que eu quero dizer são as imagens que as
crianças podem fazer delas mesmas quando os adultos estão falando com elas e estão
vivamente e imaginativamente retratando para si mesmos, o que eles estão falando.
O desenvolvimento da memória ocorre em fases, e a educação adequada fará uso disso. Na
primeira fase, as crianças precisam de objetos físicos para apoiar sua memória. Na segunda
fase, as crianças necessitam cantar, repetir, criar o sentido através do qual a memória pode
ser ativada. Somente na terceira fase, as crianças podem começar a praticar retratando
eventos em suas próprias almas.
A memória e a imaginação estão intimamente relacionados. Quando estimulamos as crianças a
terem imaginação (em suas brincadeiras, por exemplo) e serem criativas, e quando
valorizamos seu mundo de faz de conta durante o seus primeiros sete anos, também a
ajudamos a ter uma boa memória, quando vão a escola mais tarde.
As crianças não precisam entender nada; é ainda melhor quando não entendem.
Uma imagem ou uma imaginação que é incompreensível para elas tem o poder de germinar.
Nas regiões inconscientes da memória, ela encontra um lugar entre outras experiências de
vida. Se fossemos explicar tudo em um nível que fosse entendido pelas crianças, tornaríamos
mais difícil para elas entenderem qualquer coisa em um nível mais elevado na vida adulta.
É essencial para as crianças ter a oportunidade de fazer perguntas; elas ainda não têm
respostas no nível do seu entendimento. Mistérios são interessantes, porque não temos uma
resposta para eles.
Nós ajudamos as crianças na idade pré-escolar quando, no primeiro ou segundo dia, as
levamos a concentrar-se em silencio numa observação, um quadro ou uma imaginação. Isso é
um alivio, especialmente para as crianças com uma inquietação interna. Se as crianças têm
esses momentos; então, pelo menos algumas imagens um dia podem tomar um percurso
regular do inconsciente. Isto traz ordem abaixo do diafragma.
Como se contam os contos de fada
Fonte: www.jardimdasamoras.com.br

Muitos pais se perguntam se deve ou não contar contos de fadas para a criança. Os
preocupa se lhe fará mal tal ou qual passagem horrenda, pois no conto se relatam
acontecimentos cruéis que poderiam perturbar a inocência da criança. Muitas vezes
pensando assim se decide eliminar tais contos. Em conseqüência, se priva a criança do
melhor alimento para a alma, porque nos verdadeiros contos de antigamente estão
contidos acontecimentos da alma, que têm suas raízes nas forças construtivas da
humanidade. Os antigos sabiam disso e relatavam de forma tradicional os contos aos
seus filhos. Dando-lhes vida aos contos de fadas ao relatá-los novamente, avivavam as
crianças com a variedade dos acontecimentos narrados, avivando assim ao mesmo
tempo suas próprias almas de adultos.

Uma boa narrativa comove ativamente a alma; dá asas aos sentimentos, ativa uma sã
vontade e estimula a mente num entre jogos de pensamentos.
Com o conto de fadas bem narrado ativa-se e intensifica-se toda uma série de
experiências na criança: passam por sua alma, uma atrás da outra, compaixão, crítica,
tensão, alívio, tristeza, alegria, medo, coragem, etc.

Tais emoções não fazem mal à criança se a narrativa se constitui claramente de causa e
efeito e prevalecer no final o sentido de justiça tão almejado pela criança que quer ver o
mal sendo castigado e o bem recompensado. Fortalecendo assim na criança sua
confiança no trunfo da bondade, fortifica-se também sua confiança na vida. Tudo isso
estimula também as funções orgânicas e age benignamente. Contribui também a que
aprenda a frear sua eventual inquietude e que não se perca nos anos posteriores num
sentimentalismo barato por coisas superficiais.

Se conseguimos ainda, respeitando-a guiar sua vontade sem quebrá-la, dispor de forças
suficientes para reparar (superar o grave, o sangrento, o cruel dos contos de fada sem
impressionar-se mais do que o devido; e essa capacidade será transformada, mais tarde,
numa fonte permanente de novas forças. (O Dr. Brun Bettlheim afirma que “os contos
de fadas são a chave para ajudar as pessoas a desembaraçar os mistérios da realidade”).

Quanto mais a privamos destes contos de dragões e bruxas, etc, tanto mais fraca
resultará sua alma de adulto. Mais tarde, quando as asperezas e as durezas da vida
golpearem, lhe faltará o valor e a firmeza de haver aprendido através dos
acontecimentos dos contos de fadas; seu comportamento será como um barco sem leme,
açoitado pelas ondas da vida. Se os pais e os professores lhes proporcionaram esse
“valor e coragem” destacados nos acontecimentos dos contos, se estas qualidades foram
semeadas qual semente de força moral em sua alma, manejará o leme de sua sorte
(destino) com a mão direita e segura, e estará preparado e armado contra as provas da
vida, contra a intriga, o engano e o ódio, contra a sedução e o sofrimento.

Com o passar dos anos, quando ressurgem do fundo da alma as experiências obtidas de
escutar com atenção os contos de fadas na nossa infância, as impressões que recebemos
nos abrem e apresentam um aspecto bastante diferenciado; entendemos melhor seu
conteúdo com a base adquirida na própria experiência; nos servem para dar-nos solidez
interior e lucidez na crítica.

Nos verdadeiros contos de fada (como os dos Irmãos Grimm) há uma lei impecável: “a
recompensa do bem e o castigo do mal”. Esta lei forma a base na alma infantil. Mais
tarde, verificamos que surgiu, no íntimo do homem a faculdade de discernir entre o bem
e o mal que nos dá uma clareza na consciência e nos ajuda nos momentos de decisão;
trata-se de um profecia, solução de problemas, de mantermos no caminho certo da
verdade, do bem, da compaixão, do sentimento nobre e muitos tesouros para a vida em
comunidade.

As profundas impressões vividas na infância mantém sua força. Quando o príncipe


circundado de luz vence o dragão, quando esse ia devorar a bela princesa, a criança se
identifica com essa coragem triunfal que mais tarde, do fundo de seu ser surge e ajuda a
trazer luz na escuridão da vida, impulsionada por essa recordação.

Por esta razão não devemos eliminar nenhum dos contos de fadas tradicionais.
Gradualmente temos de contar os contos colecionados pelos Irmãos Grimm e Bechstein.
Não devemos selecionar nem adaptar, abreviar ou trocar nada por “algo” que nos pareça
melhor. Devemos começar com os contos simples e logo mais tarde aos 5 anos mais ou
menos até os 6 continuar com alguns mais complicados, cheios de interessantes e
emocionantes acontecimentos. São benfeitores, e mais tarde darão frutos como forças
protetoras ante as vicissitudes e obstáculos que se apresentam no caminho da criança
nos seus anos vindouros.
Atuação com leveza e presença de Espírito
Vivenciar com plenitude o momento presente

“Algumas pessoas são tão leves e doces, que sua presença nos faz
sentir como se borboletas abrissem um caminho na sua chegada”

Rose Ponce

Vivemos hoje um momento do atual contexto social onde o estresse, a correria e


a cobrança são muito comuns na vida da maioria das pessoas. Muitas
pessoas estão constantemente preocupadas (pré ocupadas) com o que passou e
com o que virá…
Esta preocupação não permite que nós estejamos íntegros no momento
presente, com Presença de Espírito.

Esta Presença de Espírito que nos permite a expressão individual e a real


percepção do que esta acontecendo, do que a vida está nos ensinando…

Não estamos aqui à passeio, apesar de muitas vezes estarmos perdidos, sem
saber o que realmente estamos buscando – puro reflexo da nossa falta de
Presença de Espírito. Passamos a buscar a satisfação em prazeres momentâneos
e imediatos, pequenos vícios (ou grandes), satisfação dos instintos básicos –
gula ou prazer sexual por exemplo, aquisição de bens materiais e até mesmo
subjugando pessoas para nos sentirmos mais “importantes” ou “superiores”…

Sem a Presença de Espírito, não conseguimos “vivenciar com plenitude o


momento presente”, para assim atingirmos um estado de apreciação. Este
estado de apreciação, possui uma inteligência sutil e superior, que alimenta
nossa alma e eleva nosso Espírito, fazendo-nos absorver a essência do que
estamos vivenciando. Ele não requer esforço físico, mas abertura e
disponibilidade.

Como viver com leveza, se estamos cheios por dentro?


Cheios de problemas, cheios de angústias, mágoas, insatisfações, expectativas e
necessidades – talvez seja por isso que nós gostamos tanto de falar e temos
dificuldade em ouvir, parece que estamos tão cheios de questões que precisamos
nos esvaziar… ou implodimos - esta implosão pode se manifestar como uma
depressão ou até mesmo um câncer). Nossa mente passa a estar ocupada 24
horas e além do peso que a vida passa a nos trazer, não sobra espaço para nós
mesmos, muito menos para o novo.

Parece que uma força coloca nossa sociedade neste contexto atual, talvez para
tomarmos consciência de algum processo específico para continuarmos em
nossa longa jornada de autodesenvolvimento…
Conectar o pensar ao coração… eis o grande desafio

“Treinar o intelecto não resulta em inteligência. Ao contrário, a inteligência surge quando a pessoa
age em perfeita harmonia tanto intelectualmente como emocionalmente. Há uma vasta diferença
entre intelecto e inteligência.

Intelecto é meramente pensamento funcionando independente da emoção.


Quando o intelecto, sem consideração da emoção, é treinado em alguma direção particular, a
pessoa pode ter grande intelecto, mas não deve ter inteligência, porque na inteligência existe a
capacidade inerente de sentir assim como de raciocinar; na inteligência as duas capacidades estão
igualmente presentes, intensa e harmoniosamente.

Hoje a educação moderna desenvolve o intelecto, oferecendo mais e mais explicações da vida, mais
e mais teorias, sem a harmoniosa qualidade da afeição. Assim, desenvolvemos mentes astuciosas
para fugir do conflito; por isso ficamos satisfeitos com explicações que cientistas e filósofos nos
apresentam.

A mente, o intelecto, fica satisfeito com estas inumeráveis explanações, mas a inteligência não
existe, pois para compreender deve haver a completa unidade de mente e coração em ação.”

Jiddu Krishnamurti

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