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Hidrologia Estatística

6CIV037
Hidrologia Estatística
Considerações Iniciais

ü As variáveis hidrológicas são aleatórias pois não


seguem uma lei de certeza;

ü Assim sendo, uma variável hidrológica qualquer tem


uma certa frequência ou probabilidade de ocorrência
que está associada a um tempo médio;

ü O tempo médio em que a variável pode ocorrer é


denominado tempo de retorno.
Variáveis hidrológicas

As variáveis hidrológicas são oriundas dos


processos do ciclo hidrológico:

ü Precipitação;
ü Intercepção;
ü Evapotranspiração;
ü Infiltração;
ü Escoamento.
Eventos Hidrológicos como Variáveis Aleatórias
• Dados hidrológicos apresentam variações sazonais que podem
ser irregulares e onde ocorrem extremos e diferentes
sequências de valores → variáveis aleatórias.

• Variáveis hidrológicas estarão sempre associadas a uma


probabilidade de ocorrência.
• Técnicas estatísticas podem ser aplicadas para avaliar a
ocorrência de fenômenos hidrológicos com determinada
magnitude.
Fonte: http://janela-londrinense.blogspot.com.br - outubro
de 2011
Fonte: Portal G1 - 20/06/2012
Fonte: http://www.tvnarua.com.br - Janeiro de 2016
TIJUCAS DO SUL, PR, 11.02.2014 – SECA / REPRESA DO VOSSOROCA
Fonte: Paulo Lisboa / Brazil Photo Press
Aplicação da estatística
na hidrologia

A estatística é baseada na análise da série de dados


observados ao longo do tempo;

Os estudos estatísticos dessas séries tem aplicações


das mais diversas, tais como:

• O comportamento climático e hidrológico regionais (série


de valores médios);
• Projetos agrícolas (séries de valores mínimos);
• Projetos de obras hidráulicas (série de vazões máximas).
Amostra e Universo

Pergunta:
Universo Será que a amostra é
Amostra representativa do universo?

Para responder, deve-se verificar


as características amostrais
e compará-las com as características
universais.

Exemplo: X -µ @0
Amostra e Universo

Características Amostrais Universais


Média x µ
Moda Xmo tmo
Variância S² s²
Desvio Padrão S s
Assimetria a A
Curtose c C
Distribuição de
F(x) P(x)
frequência
Características das
Séries Hidrológicas

As séries de dados utilizados na análise de


probabilidade devem possuir as seguintes
características:

• Séries de valores independentes entre si;


• A série deve ser homogênea e consistente;
• A série deve ser uma amostra representativa do
universo.
Características das
Séries Hidrológicas

Para o estudo de freqüência de vazão


extremas, por exemplo, podem ser usadas séries
parciais ou séries anuais de vazões.

ü As séries anuais são formadas pelos maiores


valores (ou menores no caso de valores mínimos) de
cada ano, formando n valores da variável em n anos;
ü As séries parciais possuem, em média, m valores
por ano e não apenas um valor, resultando em m.n
valores.
Séries Históricas

• As séries originais possuem todos os dados registrados.


• Se os eventos extremos são de maior interesse, então o valor máximo
do evento em cada ano (ou o valor mínimo) é selecionado e assim é
ordenada uma série de amostras.
Séries Históricas

• Séries temporais:
• diárias, mensais, anuais
• máximos
• mínimos
Séries de vazões diárias
Séries de vazões diárias

Essa série é denominada série de máximo anuais. Entretanto, essa série


ignora o 2o, 3o, etc., maiores eventos de um ano que por sua vez podem
até superar o valor máximo de outros anos da série.
Série de vazões máximas
Séries Históricas

• Há estudos em que apenas interessam valores superiores a um certo


nível, toma-se um valor de precipitação intensa como valor base e
assim todos os valores superiores são ordenados numa série
chamada série de duração parcial ou simplesmente série parcial.
Séries Históricas

• E ainda existem as séries de totais anuais, onde são somadas todas as


precipitações ocorridas durante o ano em determinado posto
pluviométrico.
Séries Históricas

•Ex.: precipitação diária: 30 anos de


observação.
• série original: 30 * 365 = 10.950 valores;
• série anual: 30 valores (máximos ou mínimos);
• série parcial:
a) deve-se estabelecer um valor de referência: precipitações
acima de 50 mm/dia;
b) série consLtuída dos n (número de anos) maiores valores
(máx..) ou menores (min) valores.
Ano Hidrológico
Ano Calendário X Ano Hidrológico

as máximas de 1987 e 1988 não são independentes...


O objetivo da estatística
na hidrologia

Tem por objetivo principal, analisar as


características da série quanto:

ü parâmetros estatísticos;
ü análise de freqüência;
ü distribuição de probabilidade.
Estatística descritiva

• Esta%s&cas são números calculados a par&r de uma amostra


de dados que resume caracterís&cas importantes de um
conjunto de dados.
• Parâmetros esta%s&cos são caracterís&cas de uma
população.
• Sumário: média, desvio padrão, mediana, moda,
assimetria...
• São u&lizados na es&ma&va dos parâmetros das
distribuições de probabilidades empregadas para o ajuste de
dados hidrológicos amostrais, tais com chuvas intensas,
níveis d’água, vazões máximas e mínimas, etc.
Média
Vazão média específica

• Vazão média específica é a vazão média dividida pela área de


drenagem da bacia
Precipitação (mm)

100,00
150,00
200,00
250,00

50,00

0,00
Ja
ne
iro

Fe
v er
e io

M
ar
ço

Ab
ril

M
aio

Ju
nh
o

Ju
lh
o

Ag
os
to
Se
te
m
br
o
Ou
tu
br
o
No
ve
m
br
o
De
ze
m
Precipitação Média Mensal

br
o
Média das vazões mensais

• Representam o valor médio da vazão para cada mês do ano, e são


importantes para analisar a sazonalidade de um rio.
Desvio Padrão

• Indica a variabilidade em torno da média

1 n
(
S = å xi - x
2

n i =1
)2
• Mediana
• Percen+l 50%, valor acima do qual situam-se metade dos dados

• Moda
• Valor mais frequente
Coeficiente de Assimetria

• Mede a diferença entre os dois lados da distribuição em torno da


média
Parâmetros estatísticos:

A)Medidas de tendência central

• Média Aritmética
• Média Geométrica
• Média Harmônica
• Mediana
• Moda
Parâmetros estatísticos:

B) Medidas de Dispersão

( )
n
1
S 2 = å xi - x
2
• Desvio médio
n i =1
1 n
• Variância e Desvio Padrão dx = å xi - x Dp = S
n i =1
• Amplitude A = xmax - xmin
S
• Coef. de variação Cv =
x
Exemplo
• Posto Fluviométrico
Ponte Nova do
Paraopeba (40800001)
A=5762 km2
Frequência versus Determinação de
um Valor
Tempo de Retorno
• Período de Retorno (ou Tempo de Recorrência) é definido como o
intervalo médio de tempo em que um dado evento é igualado ou
ultrapassado.
• Numericamente é igual ao inverso da probabilidade.

1
T=
P
Tempo de Retorno

• Quando a ocorrência de um determinado evento está associada a um


período de retorno igual a 50 anos, diz-se que tal evento deve
ocorrer ou ser superado num tempo médio de 50 anos. Fica
intrínseco que sua probabilidade de ocorrência é igual a 2% (em um
ano QUALQUER).

Tempo de retorno é um conceito probabilístico e não uma


periodicidade!
Probabilidade e tempo de retorno
• No caso da análise de vazões máximas, são úteis os conceitos de
probabilidade de excedência e de tempo de retorno de uma dada
vazão.
• A probabilidade anual de excedência de uma determinada vazão
é a probabilidade que esta vazão venha a ser igualada ou
superada num ano qualquer.
• O tempo de retorno desta vazão é o intervalo médio de tempo,
em anos, que decorre entre duas ocorrências subsequentes de
uma vazão maior ou igual.
Probabilidade e tempo de retorno

1
T=
P
• No caso de vazões mínimas, P refere-se à probabilidade
de ocorrer um evento com vazão igual ou inferior.
• A equação acima indica que a probabilidade de
ocorrência de uma cheia de 10 anos de tempo de retorno,
ou mais, num ano qualquer é de 0,1 (ou 10%).
Tempo de retorno

• Inverso da probabilidade de falha num ano


qualquer: TR = 1/P
• TR :picos 2, 5, 10, 25, 50, 100 anos
• A vazão máxima de 10 anos de tempo de retorno é
excedida em média 1 vez a cada dez anos.
• Isto não significa que 2 cheias de TR = 10 anos não
possam ocorrem em 2 anos seguidos.
Tempos de retorno para
microdrenagem DAEE CETESB

Ocupação da área TR (anos)


Residencial 2
Comercial 5
Áreas com edifícios de serviço público 5
Artérias de trafego 5 a 10
Frequência versus Determinação de
um Valor
Frequência versus Valor
Frequência versus Valor
Valores da Distribuição Normal
Frequência versus Valor
Chuvas totais anuais
O total de chuva
que cai ao longo de
um ano pode ser
considerado uma
variável aleatória
com distribuição
aproximadamente
normal.

Esta suposição permite explorar melhor amostras


relativamente pequenas, com apenas 20 anos, por
exemplo.
1 é 1 æ x - µx ö ù
2

f x (x ) = × expê - × çç ÷÷ ú
2 × p × sx êë 2 è s x ø úû
Chuvas totais anuais
Para o caso mais simples, em que a média da
população é zero e o desvio padrão igual a 1, a
expressão acima fica simplificada:

1 é z ù 2
f z (z ) = × expê - ú
2× p ë 2û
• Uma variável aleatória x com média mx e desvio
padrão sx pode ser transformada em uma variável
aleatória z, com média zero e desvio padrão igual a 1
pela transformação abaixo:

x - µx
z=
sx
• Esta transformação pode ser utilizada para estimar
a probabilidade associada a um determinado evento
hidrológico em que a variável segue uma distribuição
normal.
Exemplo
As chuvas anuais no posto pluviométrico localizado em
Lamounier, em Minas Gerais (código 02045005) seguem,
aproximadamente, uma distribuição normal, com média igual a
1433 mm e desvio padrão igual a 299 mm. Qual é a probabilidade
de ocorrer um ano com chuva total superior a 2000 mm?
Exemplo
As chuvas anuais no posto pluviométrico localizado em
Lamounier, em Minas Gerais (código 02045005) seguem,
aproximadamente, uma distribuição normal, com média igual a
1433 mm e desvio padrão igual a 299 mm. Qual é a probabilidade
de ocorrer um ano com chuva total superior a 2000 mm?

Considerando que a média e o desvio padrão da amostra


disponível sejam boas aproximações da média e do desvio
padrão da população, pode se estimar o valor da variável
reduzida z para o valor de 2000 mm:
_
x - µ x x - x 2000 - 1433
z= @ = = 1,896
sx s 299
Tabela
Exemplo

de acordo com a Tabela de valores para z, a probabilidade de


ocorrência de um valor maior do que z=1,896 é de
aproximadamente 0,0287 (valor correspondente a z=1,9).
Portanto, a probabilidade de ocorrer um ano com chuva total
superior a 2000 mm é de, aproximadamente, 2,87%. O tempo de
retorno correspondente é de pouco menos de 35 anos. Isto
significa que, em média, um ano a cada 35 apresenta chuva
superior a 2000 mm neste local.
Exercício
Uma bacia hidrográfica recebe chuvas anuais com distribuição
aproximadamente normal. A análise de 20 anos de dados de chuvas
revelou que a precipitação média anual é de 1.900mm e que o desvio
padrão é de 450mm.
• Qual a probabilidade de ocorrer uma chuva anual que seja
superior ou igual a 2200 mm?
• Qual a probabilidade de ocorrer uma chuva anual que seja
superior ou igual a 700 mm?
• Qual a probabilidade de ocorrer uma chuva anual que seja
inferior ou igual a 700 mm?
Análise de Frequência
A) Fundamentos

w Os processos hidrológicos são aleatórios, logo,


podem ser inferidos por uma lei de probabilidade.

w As leis de probabilidade são funções contínuas


usadas para a estimativa de um dado evento
hidrológico e precisam ser previamente ajustadas.

w O ajustamento consiste na verificação da


representatividade da lei da probabilidade em
relação as frequências de ocorrência do processo
hidrológico.
Análise de Frequência
A) Fundamentos

w A frequência é o número de vezes em que um evento


pode acontecer
w Em hidrologia a frequência de um evento está
associada a magnitude do evento.

F ( X £ x) + F ( X > x) = 1 P( X £ x) + P( X > x) = 1

Onde: Onde:
P( X £ x) = Pr ob. de não excedência
F ( X £ x) = Freq. de não excedência
F ( X > x) = Freq. de excedência P( X > x) = Pr ob. de excedência
Análise de Frequência
• A frequência é uma es0ma0va da probabilidade e, de
um modo geral, será mais u0lizada quanto maior for o
número de ocorrência.
• Para se es0mar a frequência para os valores máximos,
os dados observados devem ser classificados em
ordem decrescente e a cada um atribui-se o seu
número de ordem.
• Para valores mínimos, fazer o inverso.
Análise de Frequência

B) Distribuição de Freqüência acumulada


m
ü Método F (X ) =
Califórnia: n

m
ü Método de Kimball: F (X ) =
n +1

Onde: m = ordem do evento;


n = n° de dados.
Análise de Frequência

Rol decrescente Rol crescente


Ano P (mm) F(X >= x) F(X <= x)
ordem P(mm) ordem P(mm)

1910 P(1910) 1 Pmáx 1/(n+1) 1 Pmín. 1/(n+1)


1911 P(1911) 2 . 2/(n+1) 2 . 2/(n+1)
1912 P(1912) 3 . 3/(n+1) 3 . 3/(n+1)
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .
n P(n) n Pmín. n/(n+1) n Pmáx n/(n+1)
Usando noções intui.vas
de probabilidade
Ordem cronológica Ordem decrescente de Qmáx
Ano Qmáx Ano Qmáx ordem
1990 1445 1995 3089 1
1991 1747 1997 2234 2
1992 1287 1993 1887 3
1993 1887 1991 1747 4
1994 1490 1996 1737 5
1995 3089 1999 1517 6
1996 1737 1994 1490 7
1997 2234 1998 1454 8
1998 1454 1990 1445 9
1999 1517 1992 1287 10
Usando noções intui.vas
de probabilidade
Probabilidade de uma vazão ser excedida
Ordem decrescente de Qmáx
P=m/N
Ano Qmáx ordem Probabilidade
1995 3089 1 0.10
1997 2234 2 0.20 m = ordem
1993 1887 3 0.30
1991 1747 4 0.40
N = número
1996 1737 5 0.50 de anos
1999 1517 6 0.60
1994 1490 7 0.70
1998 1454 8 0.80
1990 1445 9 0.90
1992 1287 10 1.00
Incoerente
Usando noções intui.vas
de probabilidade
Probabilidade de uma vazão ser excedida
m
P=
m = ordem
N = número de anos
N+1
Ano Qmáx ordem Probabilidade Tempo de retorno
1995 3089 1 0.09 11.0
1997 2234 2 0.18 5.5
1993 1887 3 0.27 3.7
1991 1747 4 0.36 2.8
1996 1737 5 0.45 2.2
1999 1517 6 0.55 1.8
1994 1490 7 0.64 1.6
1998 1454 8 0.73 1.4
1990 1445 9 0.82 1.2
1992 1287 10 0.91 1.1
Ordenação e Es-mação
Posição de Plotagem
Rio Paraopeba (67 anos)
Posição de Plotagem
Exemplo

As vazões máximas anuais do Ano Q máx.


rio Cuiabá no período de 1984 a 1984 1796,8
1991 são dadas na tabela ao lado. 1985 1492,0
Calcule a vazão máxima de 5 anos 1986 1565,0

de retorno. 1987 1812,0


1988 2218,0
1989 2190,0
1990 1445,0
1991 1747,0
Ordem decrescente
Probabilidade empírica
m
P= TR = 5
N+1
Ano Vazão (m3/s) Ordem Probabilidade TR (anos)
1988 2218,0 1 0,11 9,0
1989 2190,0 2 0,22 4,5
1987 1812,0 3 0,33 3,0
1984 1796,8 4 0,44 2,3
1991 1747,0 5 0,55 1,8
1986 1565,0 6 0,67 1,5
1985 1492,0 7 0,78 1,3
1990 1445,0 8 0,89 1,1

Q entre 2190 e 2218 m3/s


Problemas com a
probabilidade empírica
Se uma cheia de TR = 100 anos ocorrer em um
dos 10 anos da série, será atribuído um tempo de
retorno de 11 anos a esta cheia?

?
Série de vazões máximas do
Rio Cuiabá em Cuiabá

1981 a 1990

1990 a 1999
Série de vazões máximas do
Rio Cuiabá em Cuiabá

1990 a 1999

Série de 10 anos de 1990 a 1999 inclui maior vazão da série de 33


anos!
Comparação

Aceitável para TR baixo, mas inaceitável para TR ~ N ou maior


Como estimar vazões com T alto, usando
séries de relativamente poucos anos?
• Supor que os dados correspondem a uma distribuição de frequência
conhecida.
• Por exemplo: a distribuição normal
Usando a distribuição normal
passo a passo

• Calcular a média Q
• Calcular desvio padrão SQ
• Obter os valores de K da tabela para
probabilidades de 50, 20, 10, 4, 2 e 1%, que
correspondem aos TR 2; 5; 10; 25; 50 e 100 anos.
• Calcular a vazão para cada TR por

Q = Q + SQ × K
Exemplo Cuiabá

K P(y>0) TR Q
0,000 50 % 2 1789
0,842 20 % 5 2237
1,282 10 % 10 2471
2,054 2% 50 2882
2,326 1% 100 3026

Q = 1789
Q = Q + SQ × K
SQ = 532
Ajuste da Distribuição Normal aos
dados do Rio Cuiabá de 1990 a 1999
Ajuste da Distribuição Normal aos
dados do Rio Cuiabá de 1967 a 1999
Subestima!
Ajuste da Distribuição Normal aos
dados do Rio Guaporé de 1940 a 1995
Subestima!
Problema
Distribuição de freqüência de vazões máximas não é normal
Problema
Distribuição de freqüência de vazões máximas não é normal
Distribuições de Probabilidade

• As distribuições de probabilidades que normalmente se adaptam


bem a vazões máximas são:
• • GUMBEL (2 parâmetros)
• LOG GUMBEL (2 parâmetros)
• LOG NORMAL (2 parâmetros)
• LOG PEARSON III (3 parâmetros)
Distribuições de Probabilidade
• Log Normal:
Admite que os logaritmos das vazões máximas
anuais segue uma distribuição normal.
Usando a distribuição Log-
normal passo a passo
• Calcular os logaritmos das vazões máximas anuais
• Calcular a média x
• Calcular desvio padrão S
• Obter os valores de K da tabela para probabilidades
de 90, 50, 20, 10, 4, 2 e 1%, que correspondem aos
TR 1,1; 2; 5; 10; 25; 50 e 100 anos.
• Calcular o valor de x (logaritmo da vazão) para cada
TR por
x = x + S× K
• Calcular as vazões usando Q = 10x para cada TR
Distribuição Log-Normal

Vazão
Ano Log(Q)
(m3/s)
1988 1796,8
1989 1492
1987 1565
1984 1812
1991 2218
1986 2190
1985 1445
1990 1747
xmédio
s
Distribuição Log-Normal

Vazão
Ano Log(Q)
(m3/s)
1988 1796,8 3,25 K P(y>0) TR log(Q) Q=10log(Q)
1989 1492 3,17 0 0,5 2
1987 1565 3,19 0,842 0,2 5
1984 1812 3,26 1,282 0,1 10
1991 2218 3,35 2,054 0,02 50
1986 2190 3,34 2,326 0,01 100
1985 1445 3,16
1990 1747 3,24
xmédio 3,25
s 0,07
Distribuição Log-Normal

Vazão
Ano Log(Q)
(m3/s)
1988 1796,8 3,25 K P(y>0) TR log(Q) Q
1989 1492 3,17 0 0,5 2 3,2 1762,7
1987 1565 3,19 0,842 0,2 5 3,3 2019,5
1984 1812 3,26 1,282 0,1 10 3,3 2168,2
1991 2218 3,35 2,054 0,02 50 3,4 2456,1
1986 2190 3,34 2,326 0,01 100 3,4 2566,4
1985 1445 3,16
1990 1747 3,24
xmédio 3,25
s 0,07
Ajuste da distribuição Log Normal aos
dados do Rio Guaporé
Log Pearson Tipo 3

• Utiliza, além da média e do desvio padrão, um


terceiro parâmetro estimado a partir dos dados,
que é o coeficiente de assimetria.
• Também pode ser expressa na forma:

x = x + S× K
• Valores de K tabelados para diferentes valores do
coeficiente de assimetria.
Coeficiente de assimetria - G

x=
å x i

å (x ) 2
i -x
S=
(N - 1)

G=
(
N × å xi - x ) 3

(N - 1) × (N - 2) × S 3
Exemplo de tabela de K
Probabilidade
G 0,5 0,2 0,1 0,04 0,02 0,01
1,4 -0,225 0,705 1,337 2,128 2,706 3,271
1,0 -0,164 0,758 1,340 2,043 2,542 3,022
0,6 -0,099 0,800 1,328 1,939 2,359 2,755
0,2 -0,033 0,830 1,301 1,818 2,159 2,472
0,0 0,000 0,842 1,282 1,751 2,054 2,326
-0,2 0,033 0,850 1,258 1,680 1,945 2,178
-0,6 0,099 0,857 1,200 1,528 1,720 1,880
-1,0 0,164 0,852 1,128 1,366 1,492 1,588
-1,4 0,225 0,832 1,041 1,198 1,270 1,318

Outras tabelas mais completas na bibliografia


Usando a distribuição Log Pearson 3
passo a passo
• Calcular os logaritmos das vazões máximas anuais
• Calcular a média, o desvio padrão e o coeficiente de
assimetria G
• Obter os valores de K da tabela para o G calculado e
para as probabilidades de 90, 50, 20, 10, 4, 2 e 1%,
que correspondem aos TR 1,1; 2; 5; 10; 25; 50 e 100
anos.
• Calcular o valor de x (logaritmo da vazão) para cada
TR por _
x = x+ S × K
• Calcular as vazões usando Q = 10x para cada TR
Exemplo Rio Guaporé

• Média de log Qi = 2,8315


• Desvio padrão de log Qi = 0,2057
• Coeficiente de assimetria = -0,1744
• No EXCEL coeficiente de assimetria pode ser
calculado por DISTORÇÃO(valores) (skew em inglês)

• Portanto G = -0,1744
• G = -0,1744
• Tabela tem valores para G = 0,0 ou G = -0,2
• Opção 1: interpolar
• Opção 2: usar 0,2
Probabilidade
G 0,5 0,2 0,1 0,04 0,02 0,01
1,4 -0,225 0,705 1,337 2,128 2,706 3,271
1,0 -0,164 0,758 1,340 2,043 2,542 3,022
0,6 -0,099 0,800 1,328 1,939 2,359 2,755
0,2 -0,033 0,830 1,301 1,818 2,159 2,472
0,0 0,000 0,842 1,282 1,751 2,054 2,326
-0,2 0,033 0,850 1,258 1,680 1,945 2,178
-0,6 0,099 0,857 1,200 1,528 1,720 1,880
-1,0 0,164 0,852 1,128 1,366 1,492 1,588
-1,4 0,225 0,832 1,041 1,198 1,270 1,318
Log Pearson Rio Guaporé

K P TR Log(Q) Q Q (G
(G=0,2) interpolado)
0,033 0,5 2

0,850 0,2 5

1,258 0,1 10

1,680 0,0 25
4
1,945 0,0 50
2
2,178 0,0 100
1
Log Pearson Rio Guaporé

K P TR Q Q (G
(G=0,2) interpolado)
0,033 0,5 2 689 685

0,850 0,2 5 1014 1013

1,258 0,1 10 1231 1236

1,680 0,0 25 1503 1522


4
1,945 0,0 50 1704 1737
2
2,178 0,0 100 1903 1953
1
Rio Guaporé
Gumbel

- e- b
P = 1- e
onde

b=
1
0,7797 × S
(
× x - x + 0,45 × S )
Usando Gumbel passo a passo
• Calcular a média
• Calcular desvio padrão
• Criar uma tabela Q, b, P
• Preencher com valores de Q Q b P TR
• Calcular b
100 . . .

b=
1
0,7797 × S
(
× x - x + 0,45 × S ) 200 . . .

• Calcular P
- e- b
P = 1- e 3000 . . .
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445
(m3/s)
1492
1988 1796,8
1565
1989 1492 1747
1987 1565 1796,8
1984 1812 1812
1991 2218 2190
1986 2190 2218
1985 1445 2300
1990 1747 2400
2450
xmédio 1783,2
2500
s 293,7 2550
2600
2650
b=
1
0,7797 × S
(
× x - x + 0,45 × S ) 2700
2750
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445 -0,901
(m3/s)
1492 -0,696
1988 1796,8
1565 -0,376
1989 1492 1747 0,419
1987 1565 1796,8 0,637
1984 1812 1812 0,704
1991 2218 2190 2,357
1986 2190 2218 2,479
1985 1445 2300 2,838
1990 1747 2400 3,275
2450 3,494
xmédio 1783,2
2500 3,712
s 293,7 2550 3,931
2600 4,150
2650 4,368
b=
1
0,7797 × S
(
× x - x + 0,45 × S ) 2700
2750
4,587
4,806
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445 -0,901
(m3/s)
1492 -0,696
1988 1796,8
1565 -0,376
1989 1492 1747 0,419
1987 1565 1796,8 0,637
1984 1812 1812 0,704
1991 2218 2190 2,357
1986 2190 2218 2,479
1985 1445 2300 2,838
1990 1747 2400 3,275
2450 3,494
xmédio 1783,2
2500 3,712
s 293,7 2550 3,931
2600 4,150
2650 4,368
- e- b
P = 1- e 2700
2750
4,587
4,806
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445 -0,901 0,915
(m3/s)
1492 -0,696 0,865
1988 1796,8
1565 -0,376 0,767
1989 1492 1747 0,419 0,482
1987 1565 1796,8 0,637 0,411
1984 1812 1812 0,704 0,390
1991 2218 2190 2,357 0,090
1986 2190 2218 2,479 0,080
1985 1445 2300 2,838 0,057
1990 1747 2400 3,275 0,037
2450 3,494 0,030
xmédio 1783,2
2500 3,712 0,024
s 293,7 2550 3,931 0,019
2600 4,150 0,016
2650 4,368 0,013
- e- b
P = 1- e 2700
2750
4,587
4,806
0,010
0,008
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445 -0,901 0,915
(m3/s)
1492 -0,696 0,865
1988 1796,8
1565 -0,376 0,767
1989 1492 1747 0,419 0,482
1987 1565 1796,8 0,637 0,411
1984 1812 1812 0,704 0,390
1991 2218 2190 2,357 0,090
1986 2190 2218 2,479 0,080
1985 1445 2300 2,838 0,057
1990 1747 2400 3,275 0,037
2450 3,494 0,030
xmédio 1783,2
2500 3,712 0,024
s 293,7 2550 3,931 0,019
2600 4,150 0,016
2650 4,368 0,013
2700 4,587 0,010
2750 4,806 0,008
Usando Gumbel passo a passo

Vazão Q b P TR
Ano 1445 -0,901 0,915 1,1
(m3/s)
1492 -0,696 0,865 1,2
1988 1796,8
1565 -0,376 0,767 1,3
1989 1492 1747 0,419 0,482 2,1
1987 1565 1796,8 0,637 0,411 2,4
1984 1812 1812 0,704 0,390 2,6
1991 2218 2190 2,357 0,090 11,1
1986 2190 2218 2,479 0,080 12,4
1985 1445 2300 2,838 0,057 17,6
1990 1747 2400 3,275 0,037 26,9
2450 3,494 0,030 33,4
xmédio 1783,2
2500 3,712 0,024 41,5
s 293,7 2550 3,931 0,019 51,5
2600 4,150 0,016 63,9
2650 4,368 0,013 79,4
2700 4,587 0,010 98,7
2750 4,806 0,008 122,7
Gumbel Rio Guaporé
Qual distribuição escolher?
Rio Paraopeba
Considerações

• Vazões máximas não seguem distribuição


normal.
• Distribuição assimétrica.
• Estimativa de vazões máximas com
− Log Normal
− Gumbel
− Log Pearson 3
Comentários sobre as
distribuições
• Não há uma distribuição perfeita.

• Log Pearson 3 é recomendada oficialmente nos


EUA, mas não é adequada quando N é pequeno.

• Gumbel tem a vantagem de não necessitar


tabelas.
Análise de Frequência

Agrupamento em classes de frequência


üDefinir o n° de classes (N)

N= n
ü Definir a amplitude de cada classe (ac)

amplitude global AG
ac = =
n° de classes N
Análise de Frequência

Agrupamento em classes de freqüência


üCalcular o ponto médio de cada classe

ü Frequência absoluta

ü Frequência relativa

ü Frequência relativa acumulada


Análise de Freqüência

Período de retorno e risco de falhas


üO período de retorno, ou tempo de recorrência, é o inverso da
probabilidade excedente:

1
T =
P ( X ³ x)
Conceito de Risco Associado a um
Período de Retorno

• Período de retorno igual ao inverso


da probabilidade de ocorrência;
• Probabilidade de não-ocorrência
num ano;
• Probabilidade de não-ocorrência
em um período “n” (“n” anos);
• Probabilidade de ocorrência( uma
ou mais vezes) de um determinado
evento em um determinado
período “n” chamado de horizonte
de planejamento. Risco.
Exemplo

• Uma obra de proteção contra inundações foi


projetada com período de retorno de 50 anos.
Durante os primeiros 49 anos de operação da obra
não se observou nenhuma vazão maior ou igual à
vazão de projeto. Qual a probabilidade de que no
50o ano ocorra uma vazão maior ou igual à vazão de
projeto?
Exemplo

• Qual o risco que a canalização do rio Tamanduateí tem de falhar pelo


menos uma vez durante sua vida ú;l, es;mada em 50 anos? A obra
foi projetada para T = 500 anos.
Exemplo

• Qual o risco de ocorrência (uma ou mais vezes) de


um determinado evento em um período igual ao
seu período de retorno (n=T)?
Risco X Tempo de Retorno
Risco, probabilidade e
tempo de retorno
• A probabilidade admitida pode ser maior ou menor,
dependendo do tipo de estrutura. A probabilidade
admitida para a falha de uma estrutura hidráulica é
menor se a falha desta estrutura provocar grandes
prejuízos econômicos ou mortes de pessoas.

Estrutura TR (Anos)
Bueiros de estradas pouco movimentadas 5 a 10
Bueiros de estradas muito movimentadas 50 a 100
Pontes 50 a 100
Diques de proteção de cidades 50 a 200
Drenagem pluvial 2 a 10
Grandes Barragens (vertedor) 10.000
Pequenas barragens 100
Curva de Permanência

• Objetivos:
• Aprender a técnica da curva de permanência.
• Aplicar a técnica em casos práticos.
Série histórica de vazões mensais médias (m3/s)
– Porto Três Bocas (64504700)

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1977 206,24 217,48 395,30
1978 170,15 125,00 151,39 97,89 113,82 114,85 436,70 314,01 633,76 200,03 217,55 206,20
1979 164,60 142,88 135,81 403,25 184,40 151,35 135,07 252,94 731,48 612,30 476,06
1980 489,77 466,97 607,68 436,12 293,84 257,96 482,87 419,10 730,53 481,35 304,63 771,81
1981 871,00 463,11 298,02 238,94 247,20 196,85 162,98 148,19 119,89 312,07 354,78 612,45
1982 386,19 409,04 340,03 215,28 174,00 698,15 1.405,68 494,55 305,70 574,77 1.448,07 1.329,06
1983 622,35 490,64 876,71 622,03 1.747,23 531,03 894,53 536,03 480,90
1984 438,52 417,97 404,32 462,40 546,97 468,20 452,71 461,42 537,30 486,81 579,87 701,61
1985 443,23 419,61 442,71 517,27 526,45 418,80 359,81 272,24 284,00 241,39 349,97 216,63
1986 231,44 475,64 495,42 397,80 603,77 469,70 335,03 461,00 386,20 339,53 427,57 643,26
1987 513,03 803,21 367,68 315,50 1.602,55 1.345,60 499,29 383,23 333,40 352,06 633,33 386,84
1988 286,68 339,59 384,23 280,32 859,58 779,47 379,74 256,73 208,97 224,14 228,96 179,33
1989 917,48 741,54 491,77 383,33 390,35 378,80 385,52 618,26 662,87 374,90 315,40
1990 644,57 412,00 352,20 401,52 448,53 933,71 798,26 961,60 748,39 721,10 388,52
1991 296,24 412,71 358,89
Visualização dos hidrogramas

Vazões Médias Mensais do Rio Tibagi em Porto Três Bocas


(64504700)
2000

1800

1600

1400

1200
Vazão (m3/s)

1000

800

600

400

200

0
1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990
Visualização dos hidrogramas

Vazões Médias Mensais do Rio Tibagi em Porto Três Bocas (64504700)


800

700

600

500
Vazão (m3/s)

400

300

200

100

0
1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992
Variação das Vazões no Tempo

• As vazões são variáveis aleatórias no tempo.


• Sua variação normalmente apresenta alguma sazonalidade, mas os
períodos não são fixos ao longo dos anos.
• Da mesma forma ocorre com as chuvas e os níveis d’água
Perguntas de interesse

• O rio tem uma vazão aproximadamente constante ou muito variável?


Perguntas de interesse

• Qual é a porcentagem do tempo em que o rio apresenta vazões em


determinada faixa?
Perguntas de interesse

• Qual é a porcentagem do tempo em que um rio tem vazão suficiente


para atender determinada demanda?
Perguntas de interesse

• Quanto de energia pode ser gerada durante uma determinada


porcentagem do tempo ou qual é a potência mínima garan6da em
uma porcentagem do tempo?
Importância para
geração de energia

P = g ×Q× H×e
P = Potência (W)
γ= peso específico da água (N/m3)
Q = vazão (m3/s)
H = queda líquida (m)
e = eficiência da conversão de energia hidráulica em
elétrica

e depende da turbina; do gerador e do sistema de adução


0,76 < e < 0,87
Energia Assegurada
• Energia Assegurada é a energia que pode ser
suprida por uma usina com um risco de 5% de
não ser atendida, isto é, com uma garantia de
95% de atendimento;
• Numa usina com reservatório pequeno, a
energia assegurada é definida pela Q95 ;
• A empresa de energia será remunerada pela
Energia Assegurada.
Curva de Permanência

• A curva de permanência expressa a relação entre a vazão e a


frequência com que esta vazão é superada ou igualada.
• A curva de permanência pode ser elaborada a par=r de dados diários,
mensais ou anuais de vazão.
• De forma geral, pode-se construir curvas de duração ou permanência
para qualquer outra variável aleatória.
Curva permanência

Q90 = 40 m3/s

A vazão deste rio é superior a 40 m3/s em 90 % do tempo.


Exemplo:
Análise Esta1s2ca de Dados
Intervalo Acumulada Probabilidade de uma
(cm) relativa pessoa ser menor
<150 0,00 0% 100 %

Probabilidade
150 a 155 0,01 1%
155 a 160 0,03 3%
160 a 165 0,13 13 %
165 a 170 0,40 40 %
170 a 175 0,70 70 %
175 a 180 0,87 87 % Altura
180 a 185 0,92 92 %
185 a 190 0,96 96 %
190 a 195 0,98 98 %
195 a 200 1,00 100 %
200 a 205 1,00 100 %

Se uma pessoa for escolhida aleatoriamente da


população, a chance de que esta pessoa seja menor do
que 195 cm é de 98 %.
Frequência Amostral

• Assume-se que as vazões sejam variáveis aleatórias


con7nuas. Assim, a probabilidade de sua ocorrência
é igual ao inverso do número de valores da série
histórica.
• Por exemplo, seja uma série de vazões médias
anuais observadas em um período de N anos. A
probabilidade de ocorrer a vazão Qi observada no
ano i é de 1/N.
Frequência Amostral

• Se a série observada for colocada em ordem


decrescente de seus valores, pode-se dizer que a
vazão máxima teve uma probabilidade de ser
igualada ou superada (neste caso só igualada) de
1/N.
• Da mesma forma, a segunda maior vazão da série
teve uma probabilidade de ser igualada ou
superada de 2/N.
• De forma geral, a i-ésima maior vazão da série teve
uma probabilidade de ser igualada ou superada de
i/N.
Frequência Amostral - Exemplo

Ano Vazão (m3/s) Ordem Vazão (m3/s) Freq. (%)


1977 273,007 1 755,719 7%
1978 231,778 2 648,378 13%
1979 308,195 3 627,977 20%
1980 478,552 4 619,127 27%
1981 335,457 5 514,566 33%
1982 648,378 6 496,507 40%
1983 755,719 7 478,552 47%
1984 496,507 8 438,864 53%
1985 374,341 9 374,341 60%
1986 438,864 10 367,310 67%
1987 627,977 11 355,948 73%
1988 367,310 12 335,457 80%
1989 514,566 13 308,195 87%
1990 619,127 14 273,007 93%
1991 355,948 15 231,778 100%
Curva de Permanência
800

700

600

500
Vazão (m3/s)

400

300

200

100

0
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Frequência de Excedência

Costuma-se representar a vazão que é igualada ou


superada F% do tempo como QF.
Assim, do gráfico: Q90 = 299,0 m3/s.
Curva de Permanência

• A curva de permanência é u0lizada na maioria dos problemas de


recursos hídricos.
• Relaciona a vazão com a sua probabilidade de ocorrência ao longo do
tempo.
• Despreza a correlação entre as vazões.
• Geralmente é definida com base em vazões diárias para o período da
série histórica.
Análise de uma curva de
Permanência
• A vazão de 75% da curva de permanência significa que 75% do tempo
as vazões são maiores ou iguais a Q75.

Estiagens
Análise de uma curva de
Permanência
• O período das grandes estiagens geralmente ocorre para
probabilidade superior a 95%.

Estiagens
Análise de uma curva de
Permanência
• Esta curva é u+lizada para avaliar a distribuição do
comportamento da vazão ao longo do tempo e não
para valores extremos.

Estiagens
Valores Característicos

• Q95: vazão de 95%, u0lizada como es0mador da


energia firme.
• Q50: mediana, significa que 50% dos valores estão
acima (ou abaixo) deste valor, mas geralmente é
menor que a vazão média.
• A curva de permanência é u0lizada para avaliação
econômica de PCH, a navegação de um rio, as
condições de variabilidade ambiental de um rio, entre
outras aplicações.
Vazões de referência, máximas
outorgáveis e remanescentes
Vazões de referência, máximas outorgáveis e remanescentes
definidas por órgãos ambientais de Estados Brasileiros:

ESTADO Vazão de referência Vazão Máxima Outorgável Vazão Remanescente

PR 50% Q7,10 50% Q7,10


Q7,10
MG 30% Q7,10 70% Q7,10
PE
80% Q90 20% Q90
BA
PB Q90
RN 90% Q90 10% Q90
CE
Análise de Curvas de Permanência
Análise de Curvas de Permanência
Análise de Curvas de Permanência
Análise de Curvas de Permanência
• Variação da Forma com as características da bacia
Análise de Curvas de Permanência
• Variação com a área da bacia hidrográfica

Para comparar o
regime de
sazonalidade das
vazões entre bacias
hidrográficas de áreas
diferentes, costuma-se
representar as vazões
específicas (L.s-1.km-2),
para retirar o efeito da
área da bacia sobre os
valores das vazões
com a área da bacia
hidrográfica
Forma da Curva permanência

Área; geologia; clima; solos; vegetação; urbanização; reservatórios


Qual é a vazão de projeto?

• É um dos problemas mais comuns (e importantes) em hidrologia,


uma vez que envolve diretamente as dimensões da obra (e portanto,
seu custo) e o risco que esta obra tem de falhar durante sua vida ú=l.

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