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2. Localização na CF: foi considerado em demasia pela CF, sendo garantido como
direito fundamental (cláusula pétrea) – portanto, art. 5º, caput que assegura aos
brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Também reforça no art. 5º,
XXII da CF. O art. 5º, LIV da CF, dispõe que ninguém será privado dos seus bens
sem o devido processo legal. O art. 5º, LV da CF explica o que é o devido processo
legal, que é o qual assegura a todos os que litigam em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral, o Contraditório e a Ampla Defesa, com
todos os meios a eles inerentes – o art. 170 da CF, ao enumerar os princípios da
ordem econômica, assegura o direito de propriedade.
*no entanto, não se configura em um direito absoluto, pois pode ser mitigado,
conforme se verificará adiante – assim, o art. 5º, XXIII da CF demonstra que a
propriedade deverá atender a sua função social, portanto, evidencia a sua
mitigação, assim como também determina o art. 170 da CF, que dispõe sobre a
função social. A perda ou restrição pode ocorrer ainda que a função social esteja
sendo adimplida (sem nenhum ilícito praticado pelo proprietário), quando por
interesse público.
Exceções (art. 185 da CF): não poderão ser incluídas em reforma agrária:
I) a pequena e a média propriedade assim definidas em lei, desde que seu
proprietário não detenha outra; II) as propriedades rurais produtivas – o
problema que encontramos aqui é que não se é possível objetivar o que se entende
por produtiva, pois varia de cada região.
*terras devolutas: são as terras vazias, que são do Poder Público, mas não
possuem utilidade alguma.
II) Utilidade pública: não é necessário, mas quando for útil, para
desapropriar o interesse público (por exemplo, construção de um
parque);
I) Interesse público (art. 5º, XXIV da CF): deverá ser prévia, justa e em
dinheiro. Trata-se de um direito fundamental, e deverá ser assim
porque o particular proprietário não fez nada de errado, e assim, não
poderá experimentar uma queda no seu padrão de vida, já que não
contribuiu para a transferência compulsória.
f) Fases da desapropriação:
Declaratória:
g) Modalidades de desapropriação:
I) Por zona (art. 4º do Decreto): desapropria uma área maior do que a
necessária para a execução da obra ou do serviço. Dar-se-á por duas
razões: a) quando o Poder Público pretende ampliar, em um segundo
momento, a obra ali realizada; b) ou em caso de valorização da área
próxima (ao lado).
II) Indireta (ilegal): pode se dar por inúmeras razões, tais como: a)
porque se deu sem a publicação de um decreto de desapropriação; b)
se o decreto, ainda que existente, não cumpriu sua formalidade (sem
as informações fundamentais, seu conteúdo mínimo); c) o decreto
existe e com todas as informações, mas na prática a desapropriação
incidiu sobre uma área maior do que a discriminada no decreto
expropriatório (isso é esbulho possessório) – em havendo alguma
dessas hipóteses, o desapropriado deve procurar um provimento
jurisdicional por ação anulatória (sim, ação autônoma, como dito
alhures), já que não se pode discutir no processo de desapropriação
(art. 20 do Decreto).
c) Súmula 652 STF: não contraria a Constituição o art. 15, § 1º, do Decreto-
Lei 3.365/1941 (Lei da desapropriação por utilidade pública) – tal dispositivo
recai sobre a possibilidade do Poder Público imitir provisoriamente no imóvel
(não na posse), independentemente de citação do proprietário, desde que haja
feito o depósito.