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Essa fagulha é que pode realizar o milagre de fazer com que você ore de verdade,
permitindo que diga sim para a vida. Preso ao passado, estará rendido a um não inconsciente
que resiste ao fluxo positivo e faz com que crie – sem perceber – situações que lhe causam
sofrimento. A vaidade, a obstinação e o medo estão a serviço dessa intencionalidade negativa
que te fazem dizer de forma consciente: “Por favor, senhor, guie meus passos”, mas num nível
inconsciente, permitem que outra voz siga dizendo: “Quem guia meus passos sou eu mesmo,
eu sei o que é bom para mim”.
A entrega implica estar receptivo para poder receber o que está sendo oferecido porque,
se estiver protegido, não aceitará o que existe pra você.
Seu jogo é me iluminar, então como posso estar sem sua luz? Por favor, Senhor, faça-me
um contigo. Liberta-me dos karmas, produtos da ação equivocada na busca da felicidade. Eu
tenho tentado ser o autor para receber migalhas de reconhecimento do outro. Liberta-me
desta miséria”.
Quando você ora de verdade, você recebe, não importa onde esteja. Quando chama por
Deus de verdade, é atendido. Este é um aspecto da entrega, em que você começa a abrir os
portais da simplicidade, da aceitação e da possibilidade de se entregar para o fluxo da existência.
A entrega implica estar receptivo para poder receber o que está sendo oferecido porque, se
estiver protegido, não aceitará o que existe pra você. Se a sua xícara já está cheia não há como
a divindade derramar seu néctar dentro dela. A entrega implica estar vazio e poder pedir para
que “seja feita a Vossa vontade”. A vontade divina quer fazer de você um instrumento do amor
e todas as suas resistências estão a serviço de manter-se como um instrumento do ódio por
conta do seu passado e das marcas que carrega.
A verdadeira simplicidade é um poder da alma que se revela quando você pode ser
iluminado pelo perdão, porque enquanto não pode perdoar precisará do orgulho para se
proteger. A falsa simplicidade, a submissão, é outro aspecto do orgulho que segue te mantendo
preso ao jogo de sofrimento.
Assim, quando você já for iluminado pelo perdão e puder agradecer ao passado, não
precisará sustentar nenhuma máscara – estará livre para ser você mesmo e não terá que fingir
ser alguém para agradar, para conseguir alguma atenção. Você não precisará ser importante,
ter reconhecimento, porque tudo isso é uma forma de aliviar as dores que carrega, já que o
que mais quer é ser reconhecido pelos seus pais e pelas pessoas que falharam em reconhecê-
lo no passado.
Quando puder curar essas feridas do seu corpo, estará pronto para ser autêntico.
Somente uma pessoa autêntica é uma pessoa simples e somente pessoas simples podem se
entregar para o fluxo da vida. Você só se entrega para esse fluxo quando abre mão da autoria
que é o principal produto da intencionalidade negativa e te distrai com a publicidade e toda a
necessidade de chamar atenção porque tem uma criancinha carente dentro de você. Como
vamos lidar com essa criança e ajudá-la a se livrar do passado? Cada caso é um caso, mas a
necessidade é a mesma: encontrar o seu lugar no mundo. E como você o encontra? Colocando
seus talentos a serviço do amor, podendo, assim, se sentir verdadeiramente pertencendo,
verdadeiramente preenchido e alegre.
Que você possa ser um instrumento do amor e andar pelo caminho do coração. Que todos
os seus talentos estejam a serviço do amor e não da criança ferida que precisa se vingar do
mundo.
A maioria das pessoas quer ser mais compassiva, atenciosa e gentil com os outros. Mas, e
se para tratarmos os outros melhor, precisamos começar por ser mais gentis conosco em
primeiro lugar?
Em seu livro, “Um Coração Destemido: como a coragem de ser compassivo pode
transformar nossas vidas,” Thupten Jinpa, o tradutor de inglês do Dalai Lama e professor
visitante na Universidade de Stanford, estabelece as bases para um mundo mais compassivo,
ensinando aos leitores como primeiro cultivar a bondade para consigo mesmos.
Imagine-se como uma criança pequena. No livro, Jinpa sugere que nos imaginemos “livres
mas ainda vulneráveis, correndo e, muitas vezes, esbarrando e derrubando as coisas ao longo
do caminho”. Em seguida, ele convida os leitores para que despertem um sentimento de
admiração e afeto por essa criança interior. “Não nos sentimos instintivamente protetores dessa
criança? Ternos e carinhosos ao invés de julgamentos negativos, críticos e de repreensão?”, ele
escreve. Pensar na imagem de si mesmo como uma criança, “permite que sentimentos de
ternura e carinho acolhedores e cuidadores permeiem o coração.” Então sugere que essa
criança infeliz – —você– repita, em seguida, silenciosamente as frases:
Fique atento aquilo que diz para si mesmo e como isso molda nossos pensamentos e
comportamentos. Jinpa questiona a visão de mundo darwinista segundo a qual os seres
humanos seriam motivados unicamente por seu próprio interesse, dizendo que, por sua vez, a
sociedade “sofre de uma profecia auto-realizável do egoísmo.” Embora concorde com a teoria
científica da evolução, Jinpa acrescenta que a ciência biológica e social também aponta para um
instinto de bondade: “sabemos que os instintos carinhosos e compassivos são poderosos e nos
motivam a fazer as coisas.”. O argumento de Jinpa é que se conseguirmos perceber todos os
seres como pessoas compassivas, poderemos também começar a nos ver como compassivos.
Lembre-se de que a auto-compaixão é apenas o ponto de partida para uma aplicação mais
ampla. De acordo com Jinpa, a compaixão para com aqueles em necessidade, “nos faz sentir
bem. É um tipo de paradoxo: o maior nível de alegria que podemos experimentar é quando nos
esquecemos de nós mesmos. Se olharmos para trás, na nossa memória, saberemos que aqueles
momentos onde fomos mais felizes foram os com o menor grau de auto-consciência. Isso diz
algo muito profundo sobre quem somos como espécie e do poder do instinto carinhoso e
acolhedor que está dentro de nós.”
Mais do que falar sobre o silêncio, eu tenho constantemente tentado lhe mostrar na prática
o poder do silêncio, lhe convidado a fazer a experiência de parar algumas vezes no seu dia, sem
celular, computador ou distrações, e se recolher no silêncio, nem que seja por um instante. Às
vezes, somente alguns segundos em silêncio podem transformar o seu dia, alquimizando
completamente o seu estado mental e fazendo com que você retorne ao centro. Com somente
um instante de silêncio é possível iluminar a escuridão, mas para que isso aconteça é importante
que você se afine com essa prática, cultivando o silêncio em seu dia a dia.
A prática constante é muito poderosa e é somente se entregando a ela que você poderá
conhecer o poder que o silêncio pode ter em sua vida. De resto, será apenas eu usando palavras
para te contar a minha experiência, sem que você viva a sua.
É verdade que em um primeiro momento o silêncio não lhe parecerá natural e será preciso
exercitá-lo como uma austeridade inteligente. Possivelmente, quando você se dispuser a se
aquietar e silenciar, perceberá um grande barulho interno, uma grande agitação, uma ansiedade
e um turbilhão de sentimentos e pensamentos
Às vezes, somente alguns segundos em silêncio podem transformar o seu dia, alquimizando
completamente o seu estado mental e fazendo com que você retorne ao centro.
Na medida em que usar sua vontade consciente e fizer algum esforço para se colocar
quieto, você começará a se desassociar dessa mente barulhenta e aos poucos, conseguirá
romper com o pensador compulsivo. No mínimo, irá ampliar o poder da sua auto-observação
(principal requisito para a expansão da consciência) para poder ver o tumulto que te habita e a
origem de suas raízes, podendo assim, se aprofundar no processo de cura e transformação.
Ao meu ver, o cultivo do silêncio é a base que permite que você identifique aquilo que está
atrapalhando o seu desenvolvimento e precisa ser transformado dentro de você, ou ainda, o
agente que te possibilita se aprofundar ainda mais na sua luz. Ele é seu aliado no
desenvolvimento do foco e da concentração tão necessárias tanto na cura dos processos de
autotransformação, quanto na percepção do seu eu real.
Mas para chegar nessa experiência é preciso praticar e se abrir para a experiência do
silenciar, que pode ser muito reveladora e trazer chaves de compreensão para questões muito
profundas da sua alma. O silêncio pode ainda, tomar a forma de uma palavra, de uma música,
uma poesia, um gesto, uma pintura… Lembre-se que ele é a expressão real do seu Ser, é como
a ponte para o eterno.
experimente colocar em prática esse exercício tão simples de parar algumas vezes no seu
dia, se desligar do mundo lá fora e colocar o foco no fluxo da sua respiração.
Aos poucos, conforme você for se afinando com os códigos divinos do silêncio, vai perceber
na prática que ele é preenchido de bem aventurança, é preenchido pelo Espírito Santo. As
respostas para suas perguntas e a compreensão para o jogo da vida surgirão espontaneamente,
mesmo que você não tenha feito as perguntas, acordando valores em você como a calma, a
aceitação e a paciência.
Existe muita coisa por trás do medo. Talvez ele seja um dos sintomas mais evidentes de um
desencaixe interno, da insatisfação com aspectos da vida, sensações que só são sentidas porque
você não está onde deveria estar. Por alguma razão você permanece no lugar que lhe causa
sofrimento e muitas vezes, fica andando em círculos, lidando com os desdobramentos infinitos
do medo, como o medo de sentir medo ou o medo de sentir medo do medo.
Por alguma razão você permanece no lugar que lhe causa sofrimento e muitas vezes, fica
andando em círculos, lidando com os desdobramentos infinitos do medo, como o medo de
sentir medo ou o medo de sentir medo do medo.
Costumo dizer que esse andar em círculos acontece no vale da sombra e da morte, já que
acorda sentimentos aterrorizantes e mantém-no preso ao sofrimento. Entretanto, isso só
acontece porque algo em você, por alguma razão, nega-se a ver aquilo que está por trás do
medo, até porque, se você encarar de verdade, talvez seja preciso fazer uma mudança em sua
vida, saindo então, do lugar que te faz sentir tanta insatisfação.
Então observe: quem é em você que tem tanto medo? Quem é esse que está tão assustado?
É você? Quem é que acredita que a vida é uma ameaça? Quem é que tem essa crença tão sólida
de que a vida é um perigo?
Perceba que você está encantado com uma história que acredita ser a sua vida. Você está
acreditando que esse eu inseguro e amedrontado é você. O que posso dizer-te é que esse eu
conta uma história a seu respeito que foi construída com base em experiências anteriores, em
crenças instaladas no seu sistema através de uma série de eventos. Entenda que a mente é
condicionada mediante reforço. Dessa forma, situações mais ou menos traumáticas repetem-se
incontáveis vezes em sua vida até que você passa acreditar que aquilo é verdade.
Atente para o fato de que nem tudo o que você acredita é verdade. Devido a essa
identificação com o passado, você inevitavelmente acaba fantasiando o futuro. O medo em você
tenta controlar esse futuro, porque você teme que ele te leve a experienciar a dor que você já
viveu anteriormente.
O medo elimina a possibilidade de você confiar na existência e conhecer o céu aqui na terra.
O medo, na forma do controle, não te permite confiar. É ele quem conduz o seu veículo porque
acredita que se estiver no volante vai conseguir desviar dos buracos, mas a verdade é que ele
está preso e todos seus movimentos são feitos de dentro do buraco. Quanto maior o medo,
maior o controle e assim, maior a cratera em que ele se encontra.
Essa crença é instalada mediante situações doloridas. Existe dor por trás de tanto controle.
Talvez por trás desse medo você encontre o orgulho e por trás do orgulho você encontre a dor.
O medo elimina a possibilidade de você confiar na existência e conhecer o céu aqui na terra.
O medo, na forma do controle, não te permite confiar.
É a identificação com essas situações do passado que não te permite chegar num acordo e
te mantém preso. Dizer que o seu veículo está sendo conduzido pelo medo ou pelo controle é
sinônimo de dizer que você está sendo conduzido pelo passado. O veículo é o seu corpo físico,
mental e emocional.
Geralmente o medo não tem a ver com a realidade. Ele nasce desse tempo psicológico no
qual você transita, do passado para o futuro e do futuro para o passado. Esse trânsito gera as
fantasias que eu costumo chamar de sonhar acordado, porque você está aqui com os olhos
abertos, mas a sua consciência está adormecida, sonhando esse sonho que envolve a
necessidade de defender-se, de proteger-se, de controlar.
Eu estou lembrando que aqui e agora não existe necessidade de controlar. Aqui e agora
você simplesmente se move de acordo com o fluxo. A existência te leva, mas para isso se faz
necessário confiar. A confiança é uma fragrância da presença. Portanto, tudo consiste em
colocar-se presente, mas talvez nesse momento você não consiga nem mesmo visualizar essa
possibilidade de tão tomado que você está por sua história.
Se esse é seu caso, sugiro ir mais fundo nessa história a ponto de compreender que parte
do seu passado você ainda não pode chegar em um acordo. Partes de você mesmo que sente
vergonha e de alguma maneira, precisa negar, tirar do campo de visão e esconder nos porões. E
um dos sintomas da negação é o medo: quanto maior o medo, maior a negação.
O medo pode até mesmo se tornar patológico, desequilibrando a química do cérebro, dos
hormônios e fazendo com que a pessoa precise ser medicada. Nesse caso, ela foi tomada pela
história que criou. O falso eu se apropriou completamente do sistema e está conduzindo o
veículo, mas esse que está sonhando esse sonho de ameaça e terror não é você. É um eu que
atua através de você. Quem é você? Você é o seu nome? Você é o seu corpo? Você é a sua
história? O que você realmente acredita ser?
Compreenda a profundidade desse tema. Essa não é uma questão qualquer. Essa é “a”
questão. Talvez essa seja a que realmente faz sentido: Quem sou eu? Quem habita esse corpo?
O que eu estou fazendo aqui?
Quando você faz essa pergunta de verdade, significa que está começando a despertar desse
sonho, mesmo que talvez ainda acredite ser seu nome, seu corpo, sua história.
Talvez você ainda esteja preso nessa identificação, nesse passado com o qual você não
chegou a um acordo, e para o rio dissolver-se no oceano e você realmente se lembrar quem é
você, faz-se necessário apagar esses rastros.
Chegar num acordo com o passado significa você olhar para trás e realmente agradecer.
Persiga a gratidão e você vai encontrar muitas peças do seu quebra-cabeça pessoal. Porque onde
existe ingratidão, onde o seu coração está fechado, onde tem acusação, tem uma ferida que
precisa ser tratada. Essa ferida é como um rastro que te prende; é como cola para essa
identificação.
Para concluir, eu quero dizer que esse medo diz que tem algo para ser curado em você. A
cura implica em mudança, mas talvez você tenha aprendido a gostar de sentir medo e ficar nesse
escuro. Sabe aquela coisa que é ruim, mas é boa? E às vezes o orgulho não permite que você
admita que goste de uma coisa ruim, que não te faz bem. Se tiver coragem de admitir isso, a
cura estará aberta. Por isso mesmo elegi a honestidade como o primeiro valor essencial a ser
cultivado.
Primeiro honestidade consigo mesmo, inclusive a ponto de admitir que você sente prazer
na destrutividade, mesmo que isso lhe custe caro. Assim, talvez você possa ver que seu carro
está encalhado aí. Eu estou disposto a lhe ajudar, mas é você que tem que sentar no banco do
carro e fazer as manobras para tirá-lo deste lugar em que ele encalhou.
Você vai ter que lidar com sua birra, sua obstinação, sua impaciência, com os seus
demônios. Se tem uma parte em você realmente querendo sair desse lugar, eu lhe garanto que
você consegue. Vamos juntos. Eu te ajudo a empurrar o carro, mas é você quem tem que segurar
no volante e fazer as manobras.
A compaixão nos ajuda a fazer as pazes e a seguir em frente ao mesmo tempo em que gera
inteligência emocional e bem-estar. Aproveite os benefícios da bondade-amorosa com esse guia
de meditação.
Como fazer
Esse exercício baseia-se em uma meditação guiada criada pela pesquisadora Emma
Seppala, que é diretora de ciências do Centro para Educação e Pesquisa de Compaixão e
Altruísmo da Universidade de Stanford, além de autora do livro The Happiness Track (“A rota da
felicidade”).
Recomendamos ouvir o áudio da meditação guiada que pode ser encontrado no site da Dr.
Seppala. Nós fizemos um roteiro para que você mesmo possa fazer a meditação ou ensiná-la aos
outros.
Posição do Corpo
Feche os olhos. Sente-se confortavelmente com seus pés apoiados no chão e a coluna ereta.
Relaxe o corpo todo. Mantenha os olhos fechados durante todo o exercício de visualização e
traga sua atenção para dentro de si. Sem fazer força, nem esforço de concentração; apenas
relaxe e gentilmente siga as instruções.
Recebendo Bondade-Amorosa
Mantendo os olhos fechados, pense em uma pessoa próxima que te ama muito. Pode ser
uma pessoa do passado ou do presente; alguém que ainda esteja na sua vida ou que já se foi;
pode ser um mestre ou professor espiritual. Imagine que essa pessoa está ao seu lado direito,
enviando amor para você. Essa pessoa está lhe enviando desejos de que você tenha segurança,
bem-estar e felicidade. Sinta os desejos calorosos e o amor que vem dessa pessoa em direção a
você.
Agora, visualize mentalmente essa mesma pessoa ou uma outra pessoa que tenha uma
consideração profunda por você. Imagine que essa pessoa está ao seu lado esquerdo, enviando-
lhe desejos de que você esteja bem, com saúde e feliz. Sinta a bondade e o calor daquela pessoa
vindo para você.
Agora, imagine que você está rodeado, por todos os lados, por todas as pessoas que te
amam e que te amaram. Visualize todos os seus amigos e pessoas queridas a sua volta. Eles
estão lhe enviando desejos de que você tenha felicidade, bem-estar e saúde. Delicie-se nesses
calorosos desejos e no amor que vem de todos os lados. Você está cheio, transbordando, de
amor e carinho.
Que você tenha paz, que seja feliz, que esteja livre de sofrimento.
Que você tenha paz, que seja feliz, que esteja livre de sofrimento.
Que você tenha paz, que seja feliz, que esteja livre de sofrimento.
Agora coloque o foco da sua atenção na pessoa ao seu lado esquerdo. Comece
direcionando o amor dentro de você para essa pessoa. Mande todo o seu amor e carinho para
essa pessoa. Você e essa pessoa são parecidos. Assim como você, essa pessoa quer ter uma vida
agradável.
Assim como desejo para mim, que você esteja em segurança, que você tenha saúde, que
você viva em paz e com felicidade.
Assim como desejo para mim, que você esteja em segurança, que você tenha saúde, que
você viva em paz e com felicidade.
Assim como desejo para mim, que você esteja em segurança, que você tenha saúde, que
você viva em paz e com felicidade.
Agora, visualize outra pessoa que você ama. Talvez um parente ou um amigo. Essa pessoa,
da mesma forma que você, quer ter uma vida feliz. Mande seus desejos carinhosos para essa
pessoa.
Em silêncio, repita as seguintes frases:
Mande seus desejos de tudo de bom para o bem-estar dessa pessoa e, em silêncio, repita
as seguintes frases:
Assim como desejo para mim, que você também possa viver em paz e com felicidade.
Assim como desejo para mim, que você também possa viver em paz e com felicidade.
Assim como desejo para mim, que você também possa viver em paz e com felicidade.
Agora, visualize mentalmente um outro conhecido seu que seja neutro para você. Pode ser
um vizinho, um colega de trabalho ou alguém que você tem contato, mas que não conhece
muito bem. Como você, essa pessoa quer ter alegria e bem-estar na vida.
Deseje tudo de bom para essa pessoa, repetindo, em silêncio, as seguintes frases:
Que você seja feliz, que tenha saúde e que esteja livre de todo sofrimento.
Que você seja feliz, que tenha saúde e que esteja livre de todo sofrimento.
Que você seja feliz, que tenha saúde e que esteja livre de todo sofrimento.
Com carinho, envie seus desejos para todos os seres vivos no planeta, que, assim como
você, querem ser felizes.
Assim como desejo para mim, que vocês possam viver em paz, com felicidade e boa saúde.
Assim como desejo para mim, que vocês possam viver em paz, com felicidade e boa saúde.
Assim como desejo para mim, que vocês possam viver em paz, com felicidade e boa saúde.
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4 de junho de 2017
1. Fixa tua atenção em ti mesma, sê consciente em cada instante do que pensas, sentes,
desejas e fazes.
2. Termina sempre o que começaste.
3. Faz o que estiveres fazendo o melhor possível.
4. Não te prendas a nada que com o tempo venha a te destruir.
5. Desenvolve tua generosidade sem testemunhas.
6. Trata cada pessoa como um parente próximo.
7. Arruma o que desarrumaste.
8. Aprende a receber, agradece cada dom.
9. Para de te autodefinir.
10. Não mintas, nem roubes, pois estarás mentindo e roubando a ti mesmo.
11. Ajuda teu próximo sem torná-lo dependente.
12. Não desejes que te imitem.
13. Faz planos de trabalho e cumpre-os.
14. Não ocupes demasiado espaço.
15. Não faças ruídos nem gestos desnecessários.
16. Se não tens fé, finge tê-la.
17. Não te deixes impressionar por personalidades fortes.
18. Não te apropries de nada nem de ninguém.
19. Reparte equitativamente.
20. Não seduzas.
21. Come e dorme o estritamente necessário.
22. Não fales de teus problemas pessoais.
23. Não emitas juízos nem críticas quando desconheceres a maior parte dos fatos.
24. Não estabeleças amizades inúteis.
25. Não sigas modas.
26. Não te vendas.
27. Respeita os contratos que firmaste.
28. Sê pontual.
29. Não invejes os bens ou sucesso do próximo.
30. Fala só o necessário.
31. Não penses nos benefícios que advirão da tua obra.
32. Nunca faças ameaças.
33. Realiza tuas promessas.
34. Coloca-te no lugar do outro em uma discussão.
35. Admite que alguém te supere.
36. Não elimines, mas transforma.
37. Vence teus medos, cada um deles é um desejo camuflado.
38. Ajuda o outro a se ajudar a si mesmo.
39. Vence tuas antipatias e te acerca de quem queres rejeitar.
40. Não reajas ao que digam de bom ou de mau sobre ti.
41. Transforma teu orgulho em dignidade.
42. Transforma tua cólera em criatividade.
43. Transforma tua avareza em respeito pela beleza.
44. Transforma tua inveja em admiração pelos valores alheios.
45. Transforma teu ódio em caridade.
46. Não te vanglories nem te insultes.
47. Trata o que não te pertence como se te pertencesse.
48. Não te queixes.
49. Desenvolve tua imaginação.
50. Não dês ordens só pelo prazer de ser obedecido.
51. Paga pelos serviços que te prestam.
52. Não faças propaganda de tuas obras ou ideias.
53. Não trates de despertar, nos outros em relação a ti, emoções como piedade,
admiração, simpatia e cumplicidade.
54. Não chames atenção por tua aparência.
55. Nunca contradigas, cala-te.
56. Não contraias dívidas, compra e paga em seguida.
57. Se ofenderes alguém, pede desculpas.
58. Se ofendeste publicamente, desculpa-te igualmente em público.
59. Se te dás conta de que te equivocaste, não insistas por orgulho no erro e desiste
imediatamente de teus propósitos.
60. Não defendas tuas antigas ideias só porque tu as enunciaste.
61. Não conserves objetos inúteis.
62. Não te enfeites com as ideias alheias.
63. Não tires fotos com personagens famosos.
64. Não prestes contas a ninguém, sê teu próprio juiz.
65. Nunca te definas pelo que possuis.
66. Nunca fales de ti sem te conceder a possibilidade de mudança.
67. Aceita que nada é teu.
68. Quando pedirem a tua opinião sobre alguém, fala somente de suas qualidades.
69. Quando adoeceres, em vez de odiar esse mal, considera-o teu mestre.
70. Não olhes com dissimulação, olha fixamente.
71. Não te esqueças de teus mortos, mas limita-os em um espaço que não lhes permita
invadir toda a tua vida.
72. Em tua moradia, reserva sempre um lugar ao sagrado.
73. Quando realizares um serviço, não ressaltes teus esforços.
74. Se decidires trabalhar para alguém, trata de fazê-lo com prazer.
75. Se estás em dúvida entre fazer ou não fazer algo, arrisca-te e faz.
76. Não queiras ser tudo para teu cônjuge; admite que busque em outras pessoas o que
não lhe podes dar.
77. Quando alguém tenha seu público, não tentes contradizê-lo e roubar-lhe a audiência.
78. Vive dos teus próprios ganhos.
79. Não te vanglories de aventuras amorosas.
80. Não exaltes as tuas debilidades.
81. Não visites alguém só para preencheres o teu tempo.
82. Obtém para repartir.
83. Se estás meditando e um diabo se aproxima, bota-o a meditar também…
*George Ivanovich Gurdjieff foi um místico e mestre espiritual armênio. Ensinou a filosofia
do autoconhecimento profundo, através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos,
primeiro em São Petersburgo, depois em Paris, o que aprendera em suas viagens pela Rússia,
Afeganistão e outros países. Seu trabalho é bem descrito em uma serie de três livros, os quais
nos aconselharam a leitura chamado “Sobre tudo e todas as coisas” em inglês ” All and
Everything”.
Muitos anos atrás, quando Gurudev estava na Índia, estava pintando uma estátua da deusa
Saraswati, que ele tinha acabado de fazer, quando Swami Chidanandaji, um discípulo de Swami
Sivananda, entrou no ashram. Completamente absorto em seu trabalho, Gurudev,
amorosamente, decorava a estátua com uma variedade de cores lindas, sem notar a presença
de Swami Chidanandaji. O sempre humilde Chidanandaji sentou em um canto da sala
observando silenciosamente Gurudev, em seguida, ele foi, calado, para o templo de Swami
Shriyukteshwarji para meditar. Mais tarde naquela manhã, depois de sua meditação, Swami
Chidananda viu Gurudev sentado em uma sala falando com alguém. Gurudev ficou encantado
quando viu Swami Chidanandaji parado lá. “Quando você chegou?”, disse ele, radiante de
alegria.
Essa história ilustra bem o exemplo de uma pessoa concentrada em um só ponto, que é um
pré-requisito para a verdadeira meditação. É esse o estado de sua mente quando você medita?
Acontece, frequentemente, que quando o professor diz aos alunos para fecharem os olhos no
início da aula de meditação, existem alguns alunos que têm dificuldade em executar estas
orientações simples. Se alguém chega à sala de aula tarde e passa por eles, seus olhos
imediatamente abrem para ver quem é. Simplificando: isso não é de sua conta. Uma vez que o
professor diz, “Feche os olhos” você deve mantê-los fechados até que ele diga para você abrir.
Por que algumas pessoas acham difícil fazer isso? Porque sua mente é inquieta. Por conseguinte,
a natureza inquieta da mente frustra nossos esforços para alcançar o êxito em nossos objetivos.
Uma vez, quando Paramahamsa Yogananda participou de uma feira, ele participou de um
jogo que envolvia atirar em um alvo. As pessoas ficaram surpresas ao assistirem ele atingir o
olho de boi várias vezes. Em outra ocasião, quando ele estava jogando tênis, confiantemente
anunciou aos discípulos, “Ninguém pode me derrotar a menos que eu permita.” Tendo dito, ele
agarrou a sua raquete e, sem perder um só golpe, jogou por tanto tempo que todos os seus
adversários ficaram completamente exaustos; cada um afirmando a derrota. Esta é a realização
de quem possui a mente concentrada.
Nasci em Nova Iorque e moro em Madison, Wisconsin (EUA), onde sou professor de
psicologia e psiquiatria na universidade. A política deve basear-se naquilo que nos une. Só assim
poderemos reduzir o sofrimento no mundo. Acredito na gentileza, na ternura e na bondade,
mas temos que nos treinar nisso.
Descobri que uma mente calma pode produzir bem-estar em qualquer tipo de situação. E
quando me dediquei a investigar, por meio da neurociência, quais são as bases para as emoções,
fiquei surpreso de ver como as estruturas do cérebro podem mudar em tão somente duas horas.
Em duas horas!
Hoje podemos medir com precisão. Levamos meditadores ao laboratório; e antes e depois
da meditação, tiramos uma amostra de sangue deles para analisar a expressão dos genes.
Sim. E vemos como as zonas com inflamação ou com tendência à inflamação tinham uma
abrupta redução disso. Foram descobertas muito úteis para tratar a depressão. Contudo, em
1992, conheci o Dalai Lama e minha vida mudou.
“Admiro seu trabalho – ele me disse -, mas acho que você está muito centrado no estresse,
na ansiedade e na depressão. Nunca pensou em focar suas pesquisas neurocientíficas na
gentileza, na ternura e na compaixão?”.
Fiz a promessa ao Dalai Lama de que faria todo o possível para que a gentileza, a ternura e
a compaixão estivessem no centro da pesquisa. Palavras jamais citadas em um estudo científico.
O que você descobriu?
E a ternura?
Forma uma parte do circuito da compaixão. Umas das coisas mais importantes que descobri
sobre a gentileza e a ternura é que se pode treiná-las em qualquer idade. Os estudos nos dizem
que estimular a ternura em crianças e adolescentes, melhora os resultados acadêmicos, o bem-
estar emocional e a saúde deles.
Primeiro, levando a mente deles até uma pessoa próxima, que eles amam. Depois, pedimos
que revivam um momento em que essa pessoa estava sofrendo e que cultivem o desejo de livrar
essa pessoa do sofrimento. Logo, ampliamos o foco para pessoas não tão importantes e, por
fim, para aquelas que os irritam. Estes exercícios reduzem substancialmente o bullying nas
escolas.
Umas das coisas mais interessantes que tenho visto nos circuitos neurais da compaixão é
que a área motora do cérebro é ativada: a compaixão te capacita para agir, para aliviar o
sofrimento.
Esse foi outro desafio que o Dalai Lama me deu, e temos elaborado uma plataforma
mundial para disseminá-lo. O programa tem quatro pilares: a atenção; o cuidado e a conexão
com os outros; o contentamento de ser uma pessoa saudável (fechar-se nos próprios
sentimentos e pensamentos é uma das causas da depressão)…
Sim. E, por último, ter um propósito na vida. Que é algo que está intrinsecamente
relacionado ao bem-estar. Tenho visto que a base para um cérebro saudável é a bondade. E
treinamos a bondade em um ambiente científico, algo que nunca tinha sido feito antes.
Por meio desses que têm potencializado este mundo de opressão em que vivemos?
Tem razão. Por isso, sou membro do conselho do Foro Econômico Mundial de Davos. Para
convencer os líderes de que é preciso levar às pessoas o que a ciência sabe sobre o bem-estar.
E como convencê-los?
Por meio de provas científicas. Tenho mostrado a eles, por exemplo, o resultado de uma
pesquisa que temos realizado em diversas culturas diferentes: se interagirmos com um bebê de
seis meses usando fantoches, sendo que um deles se comporta de forma egoísta e o outro de
forma amável e generosa, 99% dos bebês prefere o boneco que coopera.
Sim, mas são frágeis. Se não são cultivadas, se perdem. Por isso, eu, que viajo muitíssimo
(o que é uma fonte de estresse), aproveito os aeroportos para enviar mentalmente bons desejos
a todos com quem cruzo no caminho, e isso muda a qualidade da experiência. O cérebro do
outro percebe isso.
Cultivar a gentileza é muito mais efetivo do que se centrar em si mesmo. São circuitos
cerebrais distintos. A meditação em si não interessa para mim. O que me importa é como
acessar os circuitos neurais para mudar o seu dia-a-dia, e sabemos como fazer isso.
Ciência e Gentileza
A pesquisa de Richard Davidson está centrada nas bases neuronais da emoção e nos
métodos para promover, por meio da ciência, o florescimento humano, incluindo a meditação
e as práticas contemplativas. Ele fundou e preside o Centro de Investigação de Mentes Saudáveis
na Universidade de Wisconsin-Madison, onde são realizadas pesquisas interdisciplinares com
rigor científico sobre as qualidades positivas da mente, como a gentileza e a compaixão. Richard
Davidson já acumula prêmios importantes e é considerado uma das cem pessoas mais influentes
do mundo, segundo a revista Time. É autor de uma quantidade imensa de pesquisas e tem vários
livros publicados. Ele conduziu um seminário para estudos contemplativos em Barcelona.
http://www.lavanguardia.com/lacontra/20170327/421220248157/la-base-de-un-
cerebro-sano-es-la-bondad-y-se-puede-entrenar.html
— Ame-a.
E logo se calou!
Disse o rapaz:
Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.
Esteja preparado porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso
abandone o seu jardim.
Simplesmente Ame!!!
Sabes porquê?
Eu tenho dito que você pode claramente verificar como está uma sociedade observando
como ela se relaciona com a mãe. Da mesma forma, nós não podemos falar de preservação do
meio ambiente ou cultura de paz sem falar da mãe. Entenda que a separação é somente uma
ilusão – somos um e o feminino também é um. Você se relaciona com o feminino da mesma
forma que você se relaciona com a sua mãe. Muitas vezes, nós não conseguimos ter consciência
objetiva de como nos relacionamos com nossa mãe porque nos tornamos indiferentes a ela,
assim como nos tornamos indiferentes em relação ao planeta.
Estamos destruindo o planeta (que é nossa mãe) e quem se importa com isso? Quantos por
cento da população se importam com isso? Quem de fato se importa com a miséria, com a
pobreza, com o lixo? Com a contaminação das águas, com a devastação das florestas, com a
violência? Quem se importa com esses temas até que eles realmente batam em sua porta e lhe
causem prejuízos práticos?
Trabalhamos para que mais e mais pessoas se importem, mas para isso acontecer
precisamos derrubar as paredes da indiferença. Indiferença em relação à mãe que é o planeta,
em relação à mulher que está ao seu lado e ao feminino que está em você. A indiferença em
relação à mãe, aquela mulher que trouxe você ao mundo, que independentemente de como o
karma tenha sido desenhado, possivelmente ainda é alvo de um pacto de vingança traçado por
você. Pacto esse, muitas vezes manifestado como uma parede de indiferença, que faz com que
você seja cocriador da separação no mundo, já que de alguma forma também está indiferente
ao que está acontecendo no planeta.
“A indiferença em relação à mãe, aquela mulher que trouxe você ao mundo, que
independentemente de como o karma tenha sido desenhado, possivelmente ainda é alvo de um
pacto de vingança traçado por você.”
Tenho falado da mãe e do pai como portais espirituais. Portais que estruturam o psiquismo
e fazem com que você se relacione com o mundo da mesma forma como se relaciona com as
energias que fluem nesses portais. Se você carrega marcas de dor em relação à sua mãe ou ao
seu pai, é claro que você vai ter dificuldade de criar união com homens e mulheres.
Porém, na relação com a mãe, existe uma ligação profunda que fica plasmada nas células
tendo em vista que todos nós ficamos cerca de nove meses em sua barriga e depois, a grande
maioria, ainda passa vários outros meses se alimentando e nutrindo-se através do seu seio.
Alguns foram desejados e amados, alguns foram nutridos com carinho e devoção. Outros
foram nitidamente rejeitados, não desejados e nutridos até mesmo com ódio. Na grande
maioria dos casos, recebemos os dois, simplesmente porque é impossível para uma mãe dar
somente o seio bom. Porque, às vezes, ela está cansada e não quer saber do filho, mas ela tem
que estar ali cuidando sem poder ao menos admitir que não era isso o que queria fazer naquele
momento.
Com raras exceções, ela passa todo esse desconforto para a criança que por sua vez, recebe
as duas impressões: o amor e o ódio. É bastante óbvio que o amor conforta, como é bastante
óbvio que o ódio machuca, e são essas marcas da infância que acabam gerando todos os
condicionamentos do adulto, todas as repetições destrutivas que estamos hoje trabalhando
arduamente para transformar.
Se nos relacionamos com o mundo da mesma forma que nos relacionamos com a mãe,
precisamos responder algumas perguntas para nós mesmos para podermos ir além, como por
exemplo: por que você polui as águas, sejam elas de um rio ou as águas internas do seu corpo,
jogando elementos tóxicos e nocivos em seu leito? Ao jogar alimentos ou substâncias impróprias
dentro do nosso corpo – muitas vezes conscientemente – acionamos uma pulsão de
autodestruição que em nada se difere do que nós, como humanidade, estamos fazendo com o
meio ambiente. Afinal, se fazemos com o nosso corpo, iremos reproduzir o mesmo
comportamento no entorno.
Com isso estou querendo dizer que se queremos mesmo transformar esse planeta e nossas
relações, precisamos examinar com profundidade como está nossa relação com a mãe.
Responda sinceramente: você já pode deixar a mãe que te trouxe ao mundo livre? Ou você é
codependente do sofrimento dela, de todas as dificuldades dela para satisfazer sua necessidade
de vingança por ter sido mal amado?
Eu pergunto se você deixa ela livre, porque costumamos ficar aprisionados em sofrimento
e pactos destrutivos. Uma das formas de aprisionar é a indiferença, como eu disse
anteriormente. Você não dá o amor, não dá o reconhecimento, para não libertar a pessoa da
sua mágoa. Você sofre, mas não abre mão da vingança.
“Alguns sofreram em mãos de mães cruéis. Cada um com o que precisava ter. A questão é
se você tem consciência que ainda escolhe vibrar no ódio e no pacto de vingança.”
Tem diferença? Tem separação? Jogar o lixo no rio, os maus tratos com o corpo ou querer
fazer a mulher ao seu lado uma escrava para satisfazer suas necessidades? Ainda, deixar-se levar
pelo ódio e contaminar o feminino dentro de você transformando-o em vitimismo e submissão?
Toda essa distorção do feminino começa nesta relação com a mãe e para fazer a sua parte
você precisará rever esse relacionamento, independentemente se ela mora perto ou longe,
esteja viva ou não. A questão é se você realmente pode abrir seu coração para ela. A questão é
se você pode perdoá-la pelos maus tratos e renunciar aos pactos de vingança.
Alguns sofreram em mãos de mães cruéis. Cada um com o que precisava ter. A questão é
se você tem consciência que ainda escolhe vibrar no ódio e no pacto de vingança. Se tem
consciência de que aí dentro prevalece a decisão de destruir, ser rancoroso e negar amor pra
sua mãe – e pro mundo. Se tomar consciência disso, poderá trabalhar esses sentimentos
guardados para enfim, se libertar deles. Mas esse processo necessário um dia precisa chegar ao
fim, não pode se tornar um vício.
Em algum momento você terá que renunciar esse eu, essa história de que você é uma
criança machucada. Quando é o momento? Quando será o dia da sua sorte? Quando você vai
realmente ter a sorte grande de abandonar esse jogo destrutivo e se abrir para o amor? Se você
realmente renunciar ao pacto, não terá mais vítima dentro de você, nem submissão, nem desejo
de escravizar o outro ou destruir a natureza.
Quando o feminino está livre do ódio ele se expressa como a mais pura beleza. Dele nasce
a confiança, que é a base para essa mudança de paradigma que tanto buscamos, tendo em vista
que em nossa sociedade tudo gira em torno do dinheiro (incluindo a devastação ambiental) e
nossa economia ainda se baseia no medo da escassez. Mas a confiança só surge se você ilumina
o feminino, e o feminino só se ilumina se você se acertar com a sua mãe.
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15 de abril de 2017
Perguntaram a Jalal ad-Din Muhammad Rumi, mestre espiritual persa do século XIII:
O que é veneno?
– Qualquer coisa além do que precisamos é veneno. Pode ser poder, preguiça, comida, ego,
ambição, medo, raiva, ou o que for.
O que é o medo?
– Não aceitação da incerteza. Se aceitamos a incerteza, ela se torna aventura.
O que é a inveja?
– Não aceitação do bem no outro. Se aceitamos o bem, se torna inspiração.
O que é raiva?
– Não aceitação do que está além do nosso controle. Se aceitamos, se torna tolerância.
O que é ódio?
– Não aceitação das pessoas como elas são. Se aceitamos incondicionalmente, então se
torna amor.
A primeira coisa a ser compreendida a respeito do ciúme é que ele não tem relação com o
outro, apenas com você. Porém, um dos principais truques do ciúme é a distração, que te faz
ficar olhando para o outro, atribuindo sua emoção a alguém e te fazendo construir uma história
que é repleta de comparações: “eu estou com ciúme de fulano ou ciclano”. A pessoa tomada
pelo ciúme se sente menos e, por isso, vai sempre encontrar motivos para reafirmar a sua
inferioridade, afinal toda a comparação serve para reafirmar o seu sentimento de inferioridade.
O fato é que você pode passar muito tempo distraído com essas novelas a respeito da
comparação, fazendo com que toda a sua energia vá embora…
Então, o primeiro insight sobre o ciúme é que ele não tem relação com o outro, apenas com
você mesmo. O segundo insight é que ele é filho da luxúria e, portanto, está intimamente ligado
à sexualidade. Você tem ciúme dos objetos e pessoas que a luxúria colocou o olhar, algumas
presas que ela elegeu para poder exercer domínio, já que ela se alimenta da energia do outro.
Quando ela sente que a possibilidade de não ter mais essa fonte de alimento, surge o ciúme.
Portanto, o terceiro insight é que o ciúme está associado ao medo da perda e em última análise,
à insegurança quanto a sua identidade sexual – se você não confia em você como homem ou
mulher, inevitavelmente vai sentir ciúme.
Para entender melhor o ciúme e suas amarras, é preciso compreender a luxúria, já que ele,
assim como a sedução e a possessividade, são seus filhos. A luxúria se manifesta quando o ‘eu’
inferior contamina o impulso erótico, fazendo com que você use a energia sexual para ter poder
sobre o outro, para transformá-lo em um escravo e satisfazer as suas carências. Isso pode
acontecer de uma forma bastante inconsciente. Em algum momento, no decorrer dos ciclos da
evolução, a luxúria se emancipa e transforma-se em devoção, te conduzindo ao Senhor. Em
algum momento, a entidade humana em evolução se cansa de sofrer começa a buscar respostas
do porquê as coisas estão sempre acontecendo dessa forma, criando situações de sofrimento.
Então, antes de mais nada, é preciso reconhecer o ciúme para poder transformá-lo. Se você
reconhece que está na escuridão, você acende uma vela e a escuridão desaparece. Se você
tentar lutar contra o ciúme não conseguirá vencê-lo porque não é possível vencer a escuridão,
já que ela é a ausência da luz e não tem existência própria. O que você pode fazer é aumentar a
sua percepção a ponto de perceber a insensatez do ciúme, a ponto de perceber que ele é bobo
e não tem sentido.
Talvez, antes de chegar nesse estágio, de ampliar a percepção para tirar a força do ciúme,
você tenha que conhecê-lo melhor. Como já disse, ele tem a ver somente com você, por mais
que tudo conspire a favor da crença de que o outro é responsável por ele. Lembre-se que isso é
uma ilusão, pois ele nasce da sua insegurança, do fato de você não confiar em si mesmo.
É muito natural sentir ciúme se você está vinculado a alguém e essa pessoa resolve ir noutra
direção. Especialmente se o outro está sendo canal da luxúria e jogando com você; querendo
justamente roubar a sua força e fazer com que você se sinta inferiorizado e impotente. Isso
acontece porque você de alguma forma está chamando isso pra si, porque o ciúme precisa dessa
energia para continuar vivo.
Vamos supor que o outro esteja indo para outra direção (independentemente de estar
fazendo um jogo ou não). É natural que você sinta um esvaziamento da energia, porque ela (a
energia do outro) estava com você e foi para outra direção, trazendo desconforto e tristeza ou
a dura constatação de que ele não te ama — que não está te priorizando da forma que você
esperava. Compreenda isso como uma chance para deixar o outro livre, inclusive para não te
amar. Se ele realmente tiver algum sentimento mais profundo por você, irá voltar. Porém,
somente se o seu orgulho permitir e, se vocês chegarem a um acordo, será possível retornar.
Existem situações em que o ciúme fantasia uma série de coisas para continuar repetindo o
drama. Muitas vezes, nada está acontecendo mas ele precisa acreditar que está sendo
abandonado, trocado e traído, porque isso lhe dá um senso de identidade.
Então, quanto maior o ciúme, maior é o sentimento de impotência que você carrega, e
quanto maior o sentimento de impotência mais claro é que existem partes do seu Ser trancadas
em negação. Permita-se conhecer essas partes da sua personalidade; abra-se para o
autoconhecimento. Se você já conhece o ciúme e suas raízes, o que está acontecendo é que
você não consegue dominar o vício de sentir ciúme (porque ele te vicia em acreditar que está
sendo abandonado, trocado e enganado), mas se já tem consciência de que é um vício, o seu
trabalho é apenas ampliar a percepção. Amplie a consciência daquele que habita o corpo.
Mantenha a presença e, na medida em que a consciência for se expandindo, você vai começando
a achar o ciúme estúpido e, aos poucos, você se cansa dele, como uma criança que já brincou
bastante com um brinquedo.
Ainda sobre a luxúria é preciso saber que, inevitavelmente, ela está associada ao ódio e à
inveja, porque nasce desse sentimento de inferioridade. É por isso que vem a inveja do outro, e
inveja até de si mesmo, onde você inveja a parte em você que está começando a despertar e
sabota o próprio despertar. Ela é uma maneira de desmerecer o valor do outro, de rebaixá-lo
para o mesmo lugar em que você acredita que se encontra. É um impulso de destruir o objeto
que você cobiça. Por trás dela está a luxúria, que nada mais é do que uma briga por território,
da mesma forma que o macho alfa e a fêmea alfa brigam pelo comando e supremacia do grupo.
Se a luxúria tivesse voz – e muitas vezes tem – ela diria coisas como “eu comando”, “eu tenho o
poder sobre as mulheres ou sobre os homens.” Em resumo, a entidade quer ser dominante,
porque assim ela sente alívio da sua carência e da sua dor.
Quando você evolui nessa esfera, naturalmente a devoção começa a brotar no seu coração.
Mesmo ainda enredado na teia da luxúria, você tem um vislumbre de pura devoção sem que
consiga sustentá-la por muito tempo. Você vai vivendo esses altos e baixos, até que, em algum
momento, a alquimia se complete.
Eu não posso explicar o desabrochar de uma flor. Eu não posso explicar a devoção, eu posso
apenas lhe mostrar. Não tenha pressa. Lembre-se de que o rio corre sozinho. Pouco a pouco,
essa alquimia vai acontecendo. Devagar o medo se transforma em confiança, e o ódio em amor.
Devagar, você transita do estado de separação e isolamento, para o estado de união. Entenda
as situações da vida como oportunidades de crescimento. Esteja aberto para receber o
ensinamento que elas trazem. Essa abertura para aprender já é suficiente. Que possamos
iluminar a devoção.
Texto muito bonito de Pierre Teilhard de Chardin (Nascido em Orcines, 1 de maio de 1881
— Falecido em Nova Iorque, 10 de abril de1955), que foi um padre jesuíta, teólogo, filósofo e
paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia:
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte
no corpo – a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de
hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície
externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas
e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das
lagrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma
nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos
que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa
de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a
cada dia.
Shakespeare não estava sendo metafórico quando disse: “Nós somos feitos da mesma
matéria dos sonhos.”
Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem. Quer saber
como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!
Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes
homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte
de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com
dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à
maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.
De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais
me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles,
está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta,
plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.
Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é
milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma
família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas
continuam discretamente felizes.
O primeiro hábito que eles tem em comum é a generosidade. Mais que isso: eles tem prazer
em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e
sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo
em troca.
Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro,
querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias
mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas
horas de vida, às vezes dividem o que tem, mesmo quando é muito pouco.
Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam
qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem
a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a
rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o
benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.
O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos
outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam
dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até
porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo
do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.
O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as
suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar.
Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo
você e todas as suas pequenas loucuras.
Escrevo essa crônica, grata e emocionada, relembrando o rosto dos homens e mulheres
sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de
quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles
a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o
caminho…
👉3. Aquele que te ama nunca irá te abandonar, pois mesmo que existam 100 razões para
desistir, ele irá encontrar uma única para permanecer ao seu lado.
👉4. Existe muita diferença entre ser humano (substantivo) e ser humano (verbo). Mas
somente poucos entendem isso.
👉5. Você foi amado quando nasceu e você será amado quando morrer. Nesse intervalo,
você precisa merecer…
👉6. Se quer andar rápido, ande sozinho. Mas se se quer andar longe, ande com alguém ao
seu lado!!
👉7. Os seis melhores médicos do mundo: luz do sol, descanso, exercício, dieta, auto
confiança e amigos! Mantenha-os em todo os estágios e aproveite uma vida saudável!
👉8. Se você olhar para a lua, verá a beleza de Deus, se você olhar para o sol, verá o poder
de Deus e, se você olhar no espelho, verá a melhor criação de Deus. Então, acredite em si
mesmo!
👉9. Na vida, somos todos turistas e Deus é o agente de viagens que já determinou todas
as nossas rotas, reservas e destinos. Então, confie nele e aproveite essa “viagem” chamada vida!
O homem tem três fontes de energia: uma é o corpo, a outra é a mente, a terceira é o
coração. No ponto em que as três energias se encontram, se fundem, se tornam uma, surge a
quarta energia.
Você não pode chamá-la de corpo, nem de mente, nem de coração, e por isso ela é
simplesmente chamada de turiya, a quarta. Ela nunca recebeu um nome.
Esses três rios existem em todas as pessoas, mas raramente se encontram. A mente puxa
para um lado, o coração para outro, o corpo para outro. Eles nunca entram em acordo.
Se você observar seu funcionamento interno, ficará surpreso: os três nunca entram em
acordo. O corpo diz: “Pare. Não quero comer mais, estou cheio”. Mas a mente diz: “O sorvete é
tão delicioso! Só mais um pouquinho…” O coração diz: “Isso é lindo”. A mente diz: “Você é bobo,
idiota. Você está louco”.
Sempre que o coração se apaixona, a mente diz: “É cegueira”. E sempre que o coração
segue qualquer direção, a mente acha um defeito. Eles vivem em mundos diferentes.
E ainda assim, menos dentre nós são pobres, menos têm fome, menos crianças morrem e
mais do que em qualquer outro momento da história homens e mulheres são capazes de ler.
Em muitos países, o reconhecimento dos direitos das mulheres e das minorias é agora a regra.
Ainda há muito trabalho a ser feito, é claro, mas há esperança e há progresso.
E assim, como é estranho ver tanta raiva e descontentamento em algumas das nações mais
ricas do mundo. Nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e em todo o continente europeu, as
pessoas estão extremamente abaladas pela frustração política e pela ansiedade acerca do
futuro. Refugiados e imigrantes clamam pela oportunidade de viver nesses países seguros e
prósperos, mas aqueles que já vivem nessas terras prometidas manifestam grande inquietação
em relação a seu próprio futuro, que parece beirar a desesperança.
Por quê?
Pesquisas interessantes sobre como as pessoas prosperam podem nos dar uma pista. Em
um estudo chocante, os pesquisadores descobriram que idosos que não se sentem úteis para os
outros apresentam probabilidade de morrer prematuramente três vezes maior do que aqueles
que se sentem úteis. Isso revela uma verdade humana mais ampla: Todos nós precisamos ser
necessários.
Ser “necessário” não envolve o orgulho egoísta ou o apego doentio a ser reconhecido pelos
outros. Na verdade, consiste de um anseio humano natural por servir aos nossos semelhantes –
homens e mulheres. Como os sábios budistas do século XIII ensinavam: “Se acendermos uma
tocha para os outros, iluminaremos também o nosso próprio caminho”.
Isso ajuda a explicar por que a dor e a indignação estão varrendo os países prósperos. O
problema não é a falta de riqueza material. É o número crescente de pessoas que sentem que
não são mais úteis, não são mais necessárias, não se sentem mais parte de suas sociedades.
Na América de hoje, comparada a 50 anos atrás, um número três vezes maior de homens
em idade produtiva estão completamente fora mercado de trabalho. Esse mesmo padrão está
sendo observado em todo o mundo desenvolvido – e as consequências não são meramente
econômicas. Sentir-se supérfluo é um forte golpe para o espírito humano. Isso leva ao
isolamento social e à dor emocional, e cria condições para as emoções negativas criarem raízes.
O que nós podemos fazer para ajudar? A primeira resposta não é sistêmica. É pessoal. Todas
as pessoas têm algo valioso para compartilhar. Deveríamos começar cada dia nos perguntando
conscientemente: “O que posso fazer hoje para apreciar os talentos que os outros me
oferecem?” Precisamos nos certificar de que a fraternidade global e o senso de união com os
outros não sejam apenas idéias abstratas que professamos, mas compromissos pessoais que
colocamos conscientemente em prática.
Cada um de nós tem a responsabilidade de tornar isso um hábito. Mas aqueles em posição
de responsabilidade têm uma oportunidade especial para expandir a inclusão e construir
sociedades que precisem verdadeiramente de todos.
Os líderes precisam reconhecer que uma sociedade compassiva deve criar uma profusão
de oportunidades para o trabalho significativo, para que todos os que são capazes de contribuir
possam fazê-lo. Uma sociedade compassiva deve proporcionar às crianças educação e
treinamento que enriqueçam suas vidas, com maior compreensão ética e com mais habilidades
práticas que possam conduzir à segurança econômica e à paz interior. Uma sociedade
compassiva deve proteger os vulneráveis, assegurando ao mesmo tempo que essas políticas não
aprisionem as pessoas na miséria e na dependência.
Construir uma sociedade assim não é uma tarefa fácil. Nenhuma ideologia ou partido
político dispõe de todas as respostas. Pensamentos equivocados de todas as partes contribuem
para a exclusão social, e para superá-la precisaremos de soluções inovadoras de todas as partes.
Na verdade, o que nos une na amizade e na colaboração não são ideias políticas compartilhadas
ou uma mesma religião. É algo mais simples: é uma crença compartilhada na compaixão, na
dignidade humana, na importância intrínseca de cada pessoa para contribuir positivamente com
um mundo melhor e mais significativo. Os problemas que enfrentamos não levam em conta
categorias meramente convencionais; assim também deve ser o nosso diálogo e a nossa
amizade.
A Tibet House Brasil está dedicada a preservar e promover a herança única espiritual e
cultural do Tibete.
O mestre zen, vietnamita, Thich Nhat Hanh, trouxe para o ocidente o termo “budismo
engajado”. O termo se refere a uma prática socialmente comprometida somada à observância
de preceitos básicos do budismo. Abaixo, a relação feita pelo mestre zen de um ética para o
ativismo e a ação social.
1. Não seja idólatra por causa de nenhuma doutrina, teoria ou ideologia, mesmo as
budistas. Os sistemas budistas de pensamento são meios de orientação; eles não são a verdade
absoluta.
2. Não pense que o conhecimento que você possui no presente é imutável, ou que ele é a
verdade absoluta. Evite ser fechado e estar preso a opiniões presentes. Aprenda a praticar o
desligamento de pontos de vista a fim de estar aberto a receber os pontos de vista de outros. A
verdade é encontrada na vida e não simplesmente no conhecimento de conceitos.
3. Não force os outros, incluindo crianças, por nenhum meio, a adotar seus pontos de vista,
seja por meio de autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda, ou mesmo educação. Entretanto,
através do diálogo compassivo, ajude os outros a renunciarem o fanatismo e a estreiteza de
idéias.
4. Não evite o sofrimento, não feche seus olhos ao sofrimento. Não perca a consciência da
existência do sofrimento na vida do mundo. Encontre maneiras de estar com aqueles que estão
sofrendo, incluindo contacto pessoal, visitas, imagens e sons. Por tais meios, lembre a si mesmo
e aos outros à realidade do sofrimento no mundo.
5. Não acumule riqueza enquanto milhões passam fome. Não faça o objetivo da sua vida
adquirir fama, lucro, riqueza, ou prazer sensual. Viva simplesmente e compartilhe seu tempo,
energia e recursos materiais com aqueles que estão passando necessidades.
7. Não se perca nas distrações à sua volta, mas continue sempre em contacto com tudo que
é maravilhoso, refrescante e curativo dentro de você e ao seu redor. Plante sementes de alegria,
paz e entendimento em si mesmo, a fim de facilitar o trabalho de transformação nas
profundezas da sua consciência.
8. Não pronuncie palavras que podem criar discórdia e causar a quebra da comunidade.
Faça todos os esforços para reconciliar as pessoas e resolver todos os conflitos, nem que sejam
pequenos.
9. Não diga coisas falsas nem por interesse pessoal, nem para impressionar as pessoas. Não
diga palavras que causam divisão e ódio. Não espalhe notícias que você não sabe se são
verdadeiras. Não critique ou condene coisas das quais você não tem certeza. Sempre fale a
verdade, de maneira construtiva. Tenha a coragem de levantar sua voz quando vir uma situação
injusta, mesmo quando ao fazer isto você coloca sua segurança em perigo.
10. Não use a comunidade budista para ganho ou lucro pessoal, e não transforme sua
comunidade em um partido político. Uma comunidade religiosa, no entanto, deve tomar uma
atitude clara contra a opressão e injustiça, e deve tentar mudar a situação sem se envolver em
política partidária.
11. Não viva com uma vocação que é nociva aos seres humanos e à natureza. Não invista
em companhias que privam outras pessoas da sua chance de viver. Selecione uma vocação que
o ajude a realizar seu ideal de compaixão.
12. Não mate. Não deixe que outras pessoas matem. Encontre todos os meios possíveis de
proteger a vida e impedir a guerra.
13. Não possua nada que deveria pertencer a outras pessoas. Respeite a propriedade dos
outros, mas impeça os outros de lucrarem do sofrimento humano ou do sofrimento de outras
espécies na Terra.
14. Não maltrate seu corpo. Aprenda a cuidar dele com respeito. Para preservar a felicidade
dos outros, respeite os direitos e os compromissos dos outros. Preserve suas energias vitais
(sexual, espiritual, respiração) para a realização de seu Caminho.
Para irmãos e irmãs que não são monges ou freiras: suas expressões sexuais não devem ser
sem amor e comprometimento. Em uma relação sexual tenha consciência do sofrimento que
pode ser causado no futuro. Para preservar a felicidade de outros, respeite seus direitos e
compromissos. Esteja plenamente consciente da responsabilidade de trazer novas vidas a este
mundo. Medite sobre o mundo para o qual você está trazendo novos seres.
“Nossos esforços para eliminar o ódio e a indiferença do mundo começam por tentar
removê-los de nossa própria mente.”
“Se choramos ou rimos, os dias continuam a passar. Por que não rir?”
“Para pôr fim a guerras e ao sofrimento, primeiro precisamos ser mais compassivos e ter
uma abertura para mais compreensão.”
“Apenas a brisa fresca das orações sinceras e inocentes pode dissolver as nuvens negras
que cobrem o mundo de hoje.”
“Simplesmente transferir armas nucleares do mundo para um museu não vai, por si só
trazer a paz mundial. As armas nucleares da mente devem ser as primeiras eliminadas “.
“Observem a beleza da natureza. Viver em harmonia com a natureza nos traz felicidade e
alegria.”
“Amma não se preocupa com o momento seguinte. O amor está no presente, a felicidade
está no presente, Deus está no presente e a iluminação também está no presente. Quando o
presente é tão bonito e tão cheio, por que se preocupar com o futuro? ”
“Nossa primeira oração deveria ser um pedido para ter um coração que se alegre com a
felicidade dos demais e que compartilhe suas dores.”
amma
“‘Que você possa ver sua mãe, seu pai, seu professor e seus convidados como Deus’, isto é
o que Sanatana Dharma nos ensina. Respeite a todos. Trabalhe por todos.
“Nada deve acontecer sem você saber. Nenhum pensamento deve passar sem que você
perceba ou esteja consciente. Observe a mente e seus diferentes humores. De acordo com que
você faz constantemente, você verá o que está acontecendo dentro de si. Se estivermos atentos
quando ficamos com raiva, ela não assumirá o controle sem o seu consentimento. Mas a
observação não é suficiente. Devemos encontrar a verdadeira origem de sentimentos como a
raiva”.
amma
“Nós deveríamos perdoar e esquecer os defeitos dos outros. A raiva é a inimiga de qualquer
aspirante espiritual. Raiva causa a perda da força vital através de todos os poros do corpo. Nas
circunstâncias em que a mente fica tentada a sentir raiva, nós deveríamos nos controlar e dizer
firmemente: ‘Não!’ Podemos ir para um lugar isolado e cantar o nosso mantra. A mente se
aquietará por si mesma”.
“Esteja entre os tristes e o sofredores; ame aos pobres com todo o coração. A nossa maior
obrigação neste mundo é servir aos outros. ”
A Tibet House Brasil promoveu uma série de eventos, no início do mês, com o mestre
tibetano Geshe Dadul Namgyal, membro do Mind & Life Institute e ex-tradutor de Sua Santidade
o Dalai Lama. O objetivo da Tibet House Brasil é trazer ao público brasileiro o conhecimento dos
tibetanos acerca de temas como meditação e desenvolvimento emocional.
De acordo com o membro do Mind & Life Institute, devemos cultivar a compaixão para
manter a mente saudável e a meditação ajuda a construir esse amor ao próximo. “A mente
comanda a nossa vida e nos leva para onde quer – muitas vezes sob influência de aflições e
sentimentos negativos. Mas, nós temos que assumir o controle e determinar onde queremos
ir”, exemplificou. Outro ponto importante é não colocar a responsabilidade pelo nosso estado
mental em outra pessoa.
Pensamentos e emoções
Em sua segunda passagem pelo Brasil – a primeira foi há 20 anos, o mestre tibetano falou
sobre “Pensamentos e Emoções e seus papéis em nossas vidas”. Segundo ele, os pensamentos
estão muito ligados com as emoções. Em geral, as aflições (ou emoções negativas) estão
relacionadas com aspectos cognitivos. “Os pensamentos criam e sustentam o que sentimos. E
as emoções se baseiam em hábitos que cultivamos.Podemos mudar nossas vidas com a
mudança de hábitos”, disse.
Emoções negativas distorcem a realidade e nos fazem reagir de forma equivocada. Ao lidar
com a natureza dessas emoções destrutivas, criamos resistência a elas. “A meditação analítica
atua exatamente nisso. Com a mente calma, conseguimos desenvolver inteligência emocional
para ver a natureza dessas emoções negativas, que geram estados mentais aflitivos, perceber
como nos afetam, e, principalmente, em que momento surgem”.
Educação
Durante o seminário “Desenvolvimento Ético, Emocional e Social na Educação” Geshe
Dadul apresentou um programa educacional desenvolvido pelo próprio Dalai Lama, que traz
ações voltadas para o desenvolvimento emocional e ético, conectado com o educacional. O
trabalho foi realizado na Universidade de Emory, em Atlanta (EUA).
Texto de Deepak Chopra, em que ele fala sobre o “segredo da abundância ilimitada”. É um
texto pequeno, objetivo, porém profundo. Basicamente o que ele nos diz é: busque a
consciência de si, expanda a sua auto-consciência, e todo o resto (amizades, criatividade,
dinheiro etc) virá até você, de maneira espontânea.
Existe uma antiga história Védica sobre um jovem que saiu em busca do segredo da
abundância. Por muitos meses ele viajou pelo campo, até que um dia, quando estava dentro de
uma floresta, conheceu um mestre espiritual e perguntou a ele se esse conhecia a chave para
se ter prosperidade e riquezas ilimitadas.
prosperidade9
prosperidade10
Enquanto muitas pessoas passam suas vidas perseguindo Lakshmi – dinheiro, mansões,
carros de luxo e outros símbolos de prosperidade – a verdadeira abundância não diz respeito a
conseguir cumprir a lista de desejos do seu ego o quanto antes; é saber que o seu verdadeiro
ser é pura consciência, pura potencialidade. O seu senso de si-mesmo (self) se expande além da
sua identificação com a mente egóica e o corpo físico, e você desperta para sua natureza
espiritual essencial. Nesse estado de consciência expandida, você se liberta das crenças e medos
limitantes, permitindo que o infinito campo de inteligência satisfaça seus desejos e necessidades
de maneira fácil e sem esforço.
Em nosso atual ambiente econômico, a hipnose coletiva de medo e escassez pode ser quase
irresistível. Mas ao invés de esvaziar as suas energias mentais com preocupação, foque-se em
cultivar abundância espiritual, entusiasmo e no desejo de satisfazer o seu potencial. Como você
faz isso? Pela meditação, conectando-se com a sua verdadeira natureza, buscando sabedoria, e
praticando aquilo a que me refiro como “As sete leis espirituais do sucesso”. Essas são as leis
universais da consciência que governam cada processo criativo – do nascimento de um bebê ao
nascimento de uma galáxia. Quando você se alinha em harmonia com essas leis cósmicas, você
se torna a abundância que é inerente a vida.
Deepak-Chopra
*Deepak Chopra, é
CRESCENDO JUNTOS
Comprometer-se com outra pessoa é embarcar em uma viagem cheia de aventura. Você
deve ser muito sábio e muito paciente para manter o amor vivo para isso durar por um longo
tempo. O primeiro ano de uma relação com compromisso já pode revelar como é difícil.
Quando você se compromete com alguém, você tem uma bela imagem dele/a, e você se
casa com essa imagem em vez da pessoa. Quando você viver uns com os outros vinte e quatro
horas por dia, você começa a descobrir a realidade da outra pessoa, que não chega a
corresponder com a imagem que você tem dele ou dela. Às vezes estamos desapontados.
No começo você está muito apaixonado. Mas essa paixão pela outra pessoa pode durar
apenas um curto período de tempo, talvez seis meses, um ano, ou dois anos. Então, se você não
é hábil, se você não praticar, se você não for sábio, o sofrimento vai nascer em você e na outra
pessoa.
Quando você vê alguém, você pode pensar que você seria mais feliz com ele/a. Em
Vietnamita temos um ditado: “Em pé no topo da montanha olhando para o topo de outra
montanha, você pensa que seria melhor estar no alto da outra montanha”.
Temos a tendência de nos comparar com os outros e para saber se temos o suficiente para
oferecer em um relacionamento. Muitos de nós sente-se indigno. Estamos com sede de
verdade, de bondade, compaixão, beleza espiritual, e temos certeza que essas coisas não
existem dentro de nós, assim que nós olhamos para fora. Às vezes pensamos que nós
encontramos o parceiro ideal que encarna tudo o que é bom, belo e verdadeiro. Essa pessoa
pode ser um parceiro romântico, um amigo, ou um professor espiritual. Vemos tudo de bom
nessa pessoa e nos apaixonamos.Depois de um tempo, geralmente descobrem que nós tivemos
uma percepção errada de que a pessoa e ficamos desapontados.
De acordo com o Buda, o nascimento de um ser humano não é um começo, mas uma
continuação, e quando nós nascemos, todos os diferentes tipos de sementes – sementes de
bondade, de crueldade, de despertar – já estão dentro de nós. Se a bondade ou crueldade em
nós é revelada depende de que sementes cultivamos, nossas ações e nosso modo de vida.
Cada um de nós é soberano sobre o território de nosso próprio ser e os cinco elementos
que Somos feitos. Estes elementos (os 5 skhandas ou agregados) são forma (corpo), sensações
(Sensações ou Sentimentos), percepções, formações mentais e consciência. Nossa prática é
olhar profundamente para estes cinco elementos e descobrir a verdadeira natureza do nosso
ser – a verdadeira natureza do nosso sofrimento, a nossa felicidade, a nossa paz, a nossa
coragem.
Mas quando abandonamos o nosso território, não somos governantes responsáveis. Nós
não temos praticado e, a cada dia, em vez de cuidar do nosso território, Fugimos e permitimos
que conflitos e desordem possam surgir. Temos medo de voltar para nosso território e enfrentar
as dificuldades e sofrimento lá.Sempre que temos quinze minutos “livres”, ou uma ou duas
horas, temos o hábito de usar a televisão, jornais, música, conversação, ou o telefone para
esquecer e fugir da realidade dos elementos que compõem nosso ser. Pensamos: “Estou
sofrendo muito, eu tenho muitos problemas. Eu não quero voltar mais para eles”.
Temos que voltar os nossos eus físicos e colocar as coisas em ordem. O Buda nos deu
práticas muito concretas que nos mostram como fazer isso. Ele foi muito claro que para limpar
e transformar os elementos de nós mesmos, precisamos cultivar a energia de consciência. Isto
é o que nos dará a força para voltar a nós mesmos.
A energia da consciência é algo concreto que pode ser cultivada. Quando praticamos
andando conscientemente, nossos sólidos e pacíficos passos, Cultivam a energia da consciência
e nos Trazem de volta para o momento presente. Quando nos sentamos e seguimos a nossa
respiração, conscientes das nossas entradas e saídas de ar, estamos cultivando a energia da
consciência. Quando temos uma refeição com consciência, investimos todo o nosso ser no
momento presente e Estamos conscientes da nossa alimentação e dos que estão comendo com
a gente. Podemos cultivar a energia de consciência, enquanto nós caminhamos, enquanto
Respiramos, enquanto trabalhamos, enquanto lavamos os pratos ou lavamos nossas roupas.
Com poucos dias de prática, isso pode aumentar a energia da consciência em você, e a energia
irá ajudá-lo, protegê-lo, e dar-lhe coragem para voltar para si mesmo, para ver e abraçar o que
há em seu território.
Há, verdadeiros sentimentos dolorosos, fortes emoções, percepções preocupantes que nos
agitam ou nos dão medo. Com a energia da consciência, podemos passar o tempo com esses
sentimentos difíceis sem fugir. Podemos abraçá-los da maneira um pai abraça uma criança e
dizer-lhes: “Querida, eu estou aqui para você; eu voltei; eu vou cuidar de você.” Isso é o que
fazemos com todas as nossas emoções, sentimentos e percepções.
Quando você começa a praticar o budismo, você começa como um Buda em tempo parcial
e lentamente você se torna um Buda em tempo integral. Às vezes você cai para trás e torna-se
um Buda em tempo parcial de novo, mas com a prática constante você se torna um Buda em
tempo integral novamente. Buda O Estado de ser Buda Está ao alcance, porque, como o Buda,
você é um ser humano. Você pode se tornar um Buda sempre que quiser; o Buda está disponível
no aqui e agora, a qualquer hora, em qualquer lugar.Quando você é um Buda em tempo parcial,
seus relacionamentos românticos serão bons por algum tempo.
Quando você é um Buda em tempo integral, você pode encontrar uma maneira de estar
presente e feliz em seu relacionamento em tempo integral, não importa quais dificuldades
surjam.
Tornar-se um Buda não é tão difícil. Um Buda é alguém que é iluminado, capaz de amar e
perdoar. Você sabe que às vezes você é como ele. Então aproveite para ser um Buda. Quando
você se senta, permita que o Buda em você sente-se também. Quando você andar, permitir que
o Buda em você ande também. Aproveite a sua prática. Se você não se tornar um Buda, quem o
fará?
Cada pessoa contém as sementes da bondade, bondade e iluminação. Todos nós temos a
semente búdica. Para dar ao Buda em você uma chance de se manifestar tanto em si mesmo
Como em seus entes queridos, você tem que regar essas sementes. Quando agimos como se as
pessoas tivessem essas sementes dentro delas, nós lhes damos a força e energia para ajudar
essas sementes A crescerem e florescerem. Se agimos como se nós não acreditássemos em
nossa bondade inerente, culpamos os outros por nosso sofrimento e perdemos a nossa
felicidade.
Você pode usar a bondade em si mesmo para transformar o seu sofrimento e a tendência
a ficar com raiva, cruel, e com medo. Mas você não quer jogar fora seu sofrimento, porque você
pode usá-lo. Seu sofrimento é o adubo que lhe dá o entendimento para nutrir a sua felicidade e
a felicidade de seu amado.
Dois Jardins
Você tem dois jardins: o seu próprio jardim e o do seu amado. Primeiro, você tem que cuidar
do seu próprio jardim e dominar a arte da jardinagem. Em cada um de nós há flores e há também
lixo. O lixo é a raiva, medo, discriminação e ciúme dentro de nós. Se você regar o lixo, você vai
reforçar as sementes negativas. Se você regar as flores de compaixão, compreensão e amor,
você irá reforçar as sementes positivas. O que você quiser fazer crescer depende de você.
Se você não sabe como praticar rega seletiva em seu próprio jardim, então você não vai ter
sabedoria suficiente para ajudar a regar as flores no jardim do seu amado. Ao cultivar seu
próprio jardim bem, você também a/o ajuda a cultivar a seu jardim. Também mesmo uma
semana de prática pode fazer uma grande diferença.Você é inteligente o suficiente para fazer o
trabalho. Você precisa tomar controle da situação e não permitir perder o controle. Você pode
fazê-lo. cada vez que você pratica andando conscientemente, investindo o corpo e a mente em
cada etapa, você está no controle da situação. Cada vez que você inspira e sabe que você está
inspirando, cada vez que você expira e sorri para a sua expiração, você é você mesmo, você é
seu próprio mestre, e você é o jardineiro em seu próprio jardim. Estamos confiando em você
para cuidar bem do seu jardim, de modo que você pode ajudar o seu amado para cuidar o dela
ou Dele.
Quando você conseguiu com você mesmo e com seu amado/a, você se torna uma sangha,
uma comunidade de duas pessoas, e agora você pode ser um refúgio para uma terceira pessoa,
e em seguida para A Quarta, e assim por diante. Desta forma, a sangha irá crescer. Há
compreensão mútua entre você e seu Sua amado/amada. Quando a compreensão mútua está
lá e a comunicação é boa, então a felicidade é possível, e vocês dois podem se tornar um refúgio
para os outros.
Se você tem um relacionamento difícil, e você quer fazer as pazes com a outra pessoa, você
tem que ir para si mesmo. Você tem que ir para o seu jardim e cultivar as flores da paz,
compaixão, compreensão e alegria. Só depois você pode Ir para o seu parceiro e ser paciente e
compassivo.
Quando casamos ou nos comprometemos com outra pessoa, fazemos uma promessa de
crescer juntos, partilhando o fruto e o progresso da prática. É nossa responsabilidade cuidar um
do outro. Toda vez que a outra pessoa faz alguma coisa no sentido de mudança e crescimento,
devemos mostrar o nosso apreço.
Se você está com seu parceiro por alguns anos, você pode ter a impressão de que você sabe
tudo sobre essa pessoa, mas não é assim. Os cientistas podem estudar uma partícula de poeira
durante anos, e eles ainda não entendem tudo sobre ela. Se uma partícula de poeira é tão
complexa, como você pode saber tudo sobre outra pessoa? Seu parceiro precisa de sua atenção
e sua rega de suas sementes positivas. Sem essa atenção, seu relacionamento vai murchar.
Temos que aprender a arte de criar felicidade. Se durante a sua infância, você viu seus pais
fazerem coisas que criaram a felicidade na família, você já sabe o que fazer. Mas muitos de nós
não Tiveram esses modelos e não Sabem o que fazer. O problema não é o de ser certo ou errado,
mas de ser mais ou menos hábil. Viver juntos é uma arte. Mesmo com muita boa vontade, você
ainda pode fazer a outra pessoa muito infeliz. A substância da arte de fazer os outros felizes é a
plena consciência. Quando você está consciente, você é mais habilidoso.
Você e seu parceiro têm cada um, um jardim para molhar, mas os dois jardins estão
conectados. Nós temos duas mãos e temos nomes para elas: mão direita e mão esquerda. Você
já viu as duas mãos lutando entre si? Eu nunca vi isso. Toda vez que meu dedo se machuca, noto
que minha mão direita vem naturalmente ajudar a minha mão esquerda. Portanto, deve haver
algo como amor no corpo. Às vezes, elas ajudam uma a outra, às vezes cada uma delas age
separadamente, mas elas nunca lutam.
Minha mão direita convida o sino, escreve livros, faz caligrafia, e derrama o chá. Mas minha
mão direita não parece ter orgulho disso. Ela não olha para baixo sobre a mão esquerda para
dizer: “Oh mão esquerda, você não serve para nada. Todos os poemas, eu os escrevi. Toda a
caligrafia em alemão, francês e Inglês – Eu fiz tudo. Você é inútil. Você não serve para nada”. A
mão direita nunca sofreu do complexo de orgulho. A mão esquerda nunca sofreu do complexo
de indignidade. É maravilhoso.
Quando a mão direita tem um problema, a mão esquerda vem de imediato. A mão direita
nunca diz: “Você tem que me pagar. Eu sempre venho para Ajudá-la. Você me deve.”
Quando você pode ver o seu parceiro Não como separado de você, não melhor ou pior, ou
mesmo igual a você, então você tem a sabedoria da não-discriminação. Nós vemos a felicidade
dos outros como nossa felicidade. O seu sofrimento é nosso sofrimento.
Olhe para sua mão. Os dedos são como cinco irmãos e irmãs da mesma família.Suponha
que nós somos uma família de cinco. Se você se lembrar de que, se uma pessoa sofre, todos
sofrem, você tem a sabedoria de não-discriminação. Se a outra pessoa está feliz, você também
está feliz. A felicidade não é uma questão individual.
Ignorância e autopiedade
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27 de julho de 2016
Quarta-feira, 23 de julho de 2014, Alemanha.
Por Sri Sri Ravi Shankar*
paief
Levante-se e veja, tudo vai acabar. Tudo vai chegar a um fim um dia.
Essa forte consciência, de que tudo vai acabar um dia, pode tirar de você a tendência à
preocupação na mente.
Esse é o ultimato: tudo vai acabar um dia!
Muitas coisas têm acontecido, algumas agradáveis e outras desagradáveis, mas todas se
foram.
Quando você entende que tudo está mudando, tudo está sumindo, então você se torna
sólido, forte, mas mesmo assim muito leve e centrado.
Acorde e veja, antes da relação, você já esteve vivo e estimulado, você esteve rindo,
sorrindo, feliz.
Lembre-se dos dias antes de conhecer aquela pessoa e começar a se relacionar. A vida foi
boa.
E isso vai continuar depois; então, por que se entristecer tanto por isso?
Embora você seja saudável, um dia isso vai acabar e a sua conexão com seu corpo também
vai se encerrar.
Isso não significa que você não deva manter-se saudável, mas ficar se preocupando sobre
a saúde é algo sem sentido.
Faça o que é necessário para cuidar da sua saúde, mas não faça disso mais um ponto de
preocupação.
Olhe para os pássaros, olhe para os animais, todos eles conseguem seu alimento, não é?
Sua consciência é como um campo fértil, não importa a semente que você coloque nela,
ela vai brotar!
Partilhar60
25 de julho de 2016
osho102
Sentindo-se triste? Dance ou vá tomar uma ducha e veja a tristeza desaparecer de seu
corpo. Sinta como a água que bate em você leva junto a tristeza, da mesma forma que leva
embora o suor e a poeira de seu corpo.
Coloque sua mente em uma situação tal que ela não seja capaz de funcionar de maneira
habitual. Qualquer coisa serve. Afinal, todas as técnicas que foram desenvolvidas ao longo dos
séculos não passam de tentativas para distrair a mente e demovê-la dos velhos padrões.
Por exemplo, se você estiver se sentindo irritado, inspire e expire profundamente durante
apenas dois minutos e veja o que acontece com a sua raiva.
Ao respirar profundamente, você terá confundido sua mente, pois ela não é capaz de
correlacionar as duas coisas. “Desde quando”, a mente começa a se perguntar, “alguém respira
profundamente quando está com raiva? O que está acontecendo?”
A dica é nunca se repetir. Caso contrário, se toda vez que se sentir triste você for para o
chuveiro, a mente transformará isso num hábito. Após a terceira ou quarta vez, ela aprenderá:
“Isso é algo permitido. Você está triste, então é por isso que está tomando uma ducha.” Nesse
caso, a ducha irá apenas transformar-se em parte de sua tristeza. Seja inovador, seja criativo.
Continue confundindo a mente.
O seu companheiro diz algo e você se sente irritado. Em vez de bater nele ou jogar alguma
coisa em sua direção, mude o padrão do pensamento: dê-lhe um abraço e um beijo. Confunda-
o também! De repente, você perceberá que a mente é um mecanismo e que ela se sente perdida
com o que é novo.
Osho
Dominar as emoções que sentimos é algo essencial. Eu falo isso por experiência própria,
pois apesar de uma fachada convencional de normalidade emocional, por dentro me sentia
frequentemente bastante sem controle.
Qualquer emoção mais forte me tomava de assalto e me levava para onde desejasse.
Na verdade eu sei de uma, a qual considero a mais desinibida de todas, a “chefe” da gang
dos arredores de mim: a tristeza.
A tristeza, me levava sempre ao seu bel prazer. Em momentos onde eu era contrariada ou
simplesmente não colocava minha opinião, entendendo todavia que isso era um
posicionamento a ser aceito, respeitado e até mesmo replicado pelos demais, em prol de uma
decisão coletiva melhor (o que afinal já demonstra o desejo da imposição da minha opinião),
pronto, lá vinha ela de canto. Eu não gostava do que sentia, mas já estava bastante familiarizada,
devido a frequência com que eu a permitia. Já me identificava com um “eu sou assim”, nesse
sentir.
A identificação com a tristeza fazia eu não saber ou não me esforçar o suficiente para fazer
diferente, sentir diferente e talvez melhor, sem essa necessidade desses controles subjetivos de
situações variadas que reverberavam em descontrole emocional “normal”.
Notava repetidas vezes que, trazidas no embalo de emoções mais desordeiras como o
rancor, a raiva, o ódio, ciúmes e a inveja, que quem acabava por ficar de fato, era sempre ela, a
tristeza.
Essa “de sempre” na verdade, andava muito a toa pelas ruas da minha vida, pois até mesmo
o afeto, amizade, alegria, amor e paixão acabavam por convidá-la. Ou eu na verdade convidava
ela sempre por educação e familiaridade, mesmo em encontros onde não fazia o menor sentido
ela estar.
Já que estava comigo em muitos momentos, a “tristeza se sentia muito eu”, muito em casa
para tomar o controle, usando ainda, como escudo ou reforço, alguma outra emoção, boa ou
ruim, que, conforme fosse, se sentisse disposta a se manifestar também.
Demorei quase até esse texto bem a verdade para me dar conta de tamanho desfrute,
dessa comodidade de me desordenar e dominar, mesmo que nem sempre perceptivelmente. A
qualquer momento, eu era a tristeza, que juntamente com qualquer outra, se adonava de mim.
Quanta honraria, frente a tantas outras combinações emocionais e coisas que aconteciam em
minha vida também!
Por isso eu lhe digo, identifique mais suas emoções, tomando também mais consciência de
si, do seu eu maior, do seu ser e poder como um todo, muito acima da mente pensante e das
emoções.
A cada pouco que mais me conheço, mais descubro o quanto sou, muito além do que eu
outrora imaginava ser, logo, muito mais do que minhas emoções, mesmo as mais poderosas que
sempre senti!
Sempre que estamos desconectados de nossa grandeza, uma emoção poderá tentar
assumir o controle, fazendo parecer que isso que sentimos é o que somos. Mas eu não sou
somente o que sinto, não sou somente uma tristeza ou outra emoção qualquer. Eu sou tudo
aquilo que ainda posso me permitir ser e viver, a plenitude e até mesmo o descontrole do muito
que ainda não sei. Sou um mundo todo de possibilidades que habita em mim.
*Ana Paula Bet é fascinada por observar e absorver. Escrever é uma paixão desde jovem, a
qual hoje está canalizando para compartilhar mais.
Nômade digital, está hoje Designer Gráfico e Comunicadora Digital no APBet Design, Social
Media em Startup de Homefit e membro idealizadora do Blog Ser e Só. Gosta de bom humor,
natureza, empatia, atitude, praia, livros, fotos, músicas, cozinhar, comer, amar e rezar.
Se encanta com ideias construtivas e conexões inusitadas, mas se encanta ainda mais com
as infinitas possibilidades da vida, como aquela de a cada dia podermos nos tornar um pouco
mais quem realmente somos.
Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
E Deus disse:
– Eu sou Luz
E Deus sorriu.
– Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas
do Reino deveriam descobrir.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava.
A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era.
Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem
Realmente É) e disse:
– Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo.
Tu sempre foste aventureira – disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
– Há só uma coisa…
Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil
experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem
vocês. “Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não
brilharia tanto.
E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz – eis a
questão”.
– Bem, tu és Deus.
– Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de
escuridão – disse Deus.
– Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim
o decidas.Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
– Ah! – disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.Depois Deus explicou que, para se
experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto.
– É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus –
Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não
poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por
isso, – continuou Deus – quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a
voz para amaldiçoar a escuridão.Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela.
Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão.Deixa que a tua Luz brilhe
tanto que todos saibam como és especial!
– Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? – perguntou a Pequena Alma.
– Claro! – Deus riu-se. – Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer
“melhor”!
Todos são especiais, cada qual à sua maneira!Só que muitos esqueceram-se disso.Esses
apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
– Uau – disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. – Posso ser tão
especial quanto quiser!
– Sim, e podes começar agora mesmo – disse Deus, também dançando e saltando e rindo
e pulando juntamente com a Pequena Alma.
– Que parte de especial é que queres ser?- Que parte de especial? – repetiu a Pequena
Alma. – Não estou a perceber.
– Bem, – explicou Deus – ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial
ser bondoso. É especial ser delicado.É especial ser criativo.É especial ser paciente.Conheces
alguma outra maneira de ser especial?
– Conheço imensas maneiras de ser especial! – exclamou a Pequena Alma – É especial ser
prestável.
É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
– Sim! – concordou Deus – E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial
que queiras ser, em qualquer momento.É isso que significa ser a Luz.
– Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! – proclamou a Pequena Alma com grande
entusiasmo. – Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que
perdoa?
– Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.- Está bem. É isso que eu
quero ser.
Quero ser alguém que perdoa.Quero experimentar-me assim – disse a Pequena Alma.
– Ninguém?
A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
– Ninguém! – repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a
Criação menos perfeita do que tu.Olha à tua volta.
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado.Outras almas
tinham vindo de todos os lados – de todo o Reino – porque tinham ouvido dizer que a Pequena
Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles
estavam a dizer.Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de
concordar.Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal
forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
– Bem, isto não vai ter piada nenhuma! – resmungou a Pequena Alma – Eu queria
experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial. E a
Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
– Podes?
– Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
– Mas porquê? Porque é que farias isso? – perguntou a Pequena Alma.- Tu, que és um ser
tão absolutamente perfeito!
Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante
que mal posso olhar para ti!
O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a
tua Luz brilhante numa luz escura e baça?
O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade
do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de
mal?
– Não fiques tão espantada – disse a Alma Amiga – tu fizeste o mesmo por mim.Não te
lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes.Dançámos ao longo das eternidades
e através de todas as épocas.Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios.Só
que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita.
Fomos o Aqui e o Ali,o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau –
fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à
outra a oportunidade exacta e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
– E assim, – a Alma Amiga explicou mais um bocadinho – eu vou entrar na tua próxima vida
física e ser a “má” desta vez.
Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que
Perdoa.
– Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? – perguntou a Pequena Alma, um
pouco nervosa.
– Oh, havemos de pensar nalguma coisa – respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
– Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa
não muito boa.
Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim.E por isso, só te peço um favor em
troca.
– Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! – exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar
e a cantar:
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
– O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
– Claro que esta Alma Amiga é um anjo!- interrompeu Deus, – são todas! Lembra-te
sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
– O que é que posso fazer por ti? – perguntou novamente a Pequena Alma.- No momento
em que eu te atacar e atingir, – respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a
pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…
– Oh, não me hei-de esquecer! – gritou a Pequena Alma – Prometo! Lembrar-me-ei sempre
de ti tal como te vejo aqui e agora.
– Que bom, – disse a Alma Amiga – porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria
me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também
não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-
te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para
nos lembrar às duas Quem Somos.
– Não vamos, não! – prometeu outra vez a Pequena Alma. – Eu vou lembrar-me de ti!
E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como
Quem Eu Sou.
E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada
por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se
chama Perdão.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena,
quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza – principalmente se trouxesse tristeza – a
Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.
Lembra-te sempre,- Deus aqui tinha sorrido – não te enviei senão anjos.
Utilizando técnicas que poderiam ser aplicadas em qualquer tipo de organização, a religiosa
Madre Teresa criou e comandou por 47 anos a empresa Missionárias da Caridade, uma
organização mundial em prol dos mais pobres. A autora do livro,Ruma Bose conviveu com
Madre Teresa por um ano e a observou comandando uma instituição que lidava com voluntários
de todas as partes do mundo. Passados 20 anos dessa experiência, ela percebeu como sua vida
tinha sido influenciada pelo tempo na ordem, então convidou o empresário Lou Faust para
juntos descreverem os princípios de sucesso daquela organização. O resultado é um manual de
gestão contemporânea para profissionais de todos os ramos.
Veja quais são eles, listados de acordo com os capítulos do livro “Madre Teresa CEO”, dos
dois autores:
1 Sonhe simples, fale com força
Madre Teresa tinha o simples sonho de mudar o mundo profundamente, ajudando os mais
pobres. Ela começou com essa visão e criou um plano claro para torná-lo realidade. Ela definiu
claramente o que queria e foi buscar recursos e apoiadores para o seu plano. Segundo o livro,
visões genéricas demais são difíceis de ser atingidas na vida pessoal ou em organizações e é aí
que entra a relação de Madre Teresa com os gestores. Já “falar com força” diz respeito à
necessidade de um líder de constantemente falar com paixão e convicção sobre sua visão para
a empresa e, claro, agir de acordo com essa visão.
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27 de março de 2016
Texto dos amigos do Blog Cultura da Paz
Alguns seres humanos se destacam pelas obras humanitárias que realizam, com recursos
mínimos. Ao longo da história, muitos homens e mulheres de renúncia agiram em prol da paz e
da fraternidade no mundo. Destemidos e focados em suas missões, permaneceram firmes nos
propósitos, apesar das dificuldades, e o eco de seus feitos ultrapassa o tempo – reverberando
no coração das pessoas.
madre terezaMadre Teresa de Calcutá foi um dos maiores exemplos que a história da
Humanidade já teve. Ao atentar à sua foto pode-se perceber um olhar inspirador de infinita
bondade. Miúda, magrinha, com uma alma grandiosa: fortaleza para os necessitados.
Desde pequena, tinha um sonho de viajar a países distantes para divulgar as mensagens de
amor fraterno de seu mestre Jesus. Até que um dia, lá estava ela, na Índia, confortavelmente
em um convento, assistindo a fome daquele povo – tão sofrido – pela janela. Sensibilizada com
o que via, Teresa recorreu ao seu mestre para saber o que poderia fazer por essa situação.
Durante uma viagem de trem, em profunda comunhão, ouviu: “Teresa, vá servir os mais pobres
dentre os pobres, os mais desesperados, que perderam até a esperança de viver.”
Essa passagem foi fundamental para direcioná-la ao caminho que trilharia até o fim de sua
vida. Logo depois desse episódio, deixou o convento, com 5 rúpias, e seguiu até o bairro mais
humilde de Calcutá. No caminho, distribuiu as moedas aos pedintes e, entre eles, havia um padre
que angariava recursos para um jornal. Ela deu o que tinha a ele e, ao final desse dia, este mesmo
padre lhe entregou um envelope com dinheiro suficiente para que ela desse início às atividades.
Um homem rico ficou sabendo de sua empreitada e quis ajudar.
madre tereza 2
No começo, uma árvore serviu de abrigo para acolher as crianças mais simples e, com um
galho, Teresa desenhava na areia as letras do alfabeto – novidade para a meninada. Curiosas,
mais e mais crianças foram se aproximando e ela, mais do que palavras, ensinava a cuidarem de
si, a higienizarem-se e gerava algazarra ao distribuir sabonetes, artigo de luxo naquele país
miserável. Seu trabalho foi crescendo, muitas jovens vieram de todo canto para ajudá-la.
Quando fundou o Lar do Coração Puro, no terreno do templo hindu da Deusa Kali, sofreu
uma série de retaliações. O espaço era usado para o pernoite de visitantes e – pelo fato dela ser
cristã – eles não aceitavam a ideia do governo ter concedido a casa para a “conversão de pessoas
ao Cristianismo”. A situação teve fim quando o líder do templo, convidado por Teresa, visitou o
local e a viu retirando, com uma pinça, os vermes de um homem que estava morrendo. Ela dizia:
“Vamos rezar. Você na sua religião e eu na minha. Juntos, vamos fazer uma prece que será algo
belo para Deus.” O visitante saiu de lá dizendo a todos: “essa mulher é uma santa!”
Teresa fundou as “Missionárias da Caridade”, que têm como missão: servir os mais pobres
da sociedade, viver com o mínimo necessário e orar sempre. Essa filosofia atravessou oceanos
e deu origem a novos abrigos fundados com amor para acolher os mais necessitados de
diferentes regiões do planeta.
Certa vez, uma mulher rica a procurou buscando um conselho. Tinha muito dinheiro e
queria ajudá-la de alguma forma, mas não sabia como. Teresa lhe disse: “Da próxima vez que
for adquirir um sari (vestimenta indiana), compre um pela metade do preço e, a outra metade,
doe para nós.” A madre conhecia a alma humana e, com sua sensibilidade, sabia o que cada um
conseguia oferecer. Renúncia, amor e bondade lhe eram características fortes e, não por acaso,
ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Muito embora não esteja mais – fisicamente – entre nós, como toda grande figura que
enfeita o mundo com a sua presença divina, ela permanece viva no coração daqueles que
anseiam e lutam por um mundo mais justo, rico em afeto e bondade. Por isso a sua história,
inspiradora, tem de ser propagada aos quatro cantos. Perpetuá-la é manter acesa a esperança
no ser humano e num mundo futuro mais feliz, onde o amor seja tão natural quanto respirar.
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24 de novembro de 2015
Por Daniela Vianello*
julgamento
Por que será que julgamos tanto os outros ou as situações? Por que será que queremos
imediatamente rotular, fechar uma opinião sobre as pessoas ou fatos que acontecem à nossa
volta? Será por medo? Insegurança?
Quando o resultado do julgamento nos agrada, ótimo: abrimos a guarda e vamos em frente.
Do contrário, normalmente tiramos o time de campo e, além disso, passamos nossas impressões
para frente, como uma forma de espalhar nossa conclusão e manter nossa sensação de
segurança por mais tempo e em um raio maior de alcance.
Acontece que, muitas vezes, julgamos de forma rasa (baseados nas nossas crenças),
precocemente e sem dados suficientes. Acabamos sendo injustos com a pessoa/fato e com nós
mesmos. Perdemos oportunidades valiosas de conviver com pessoas fascinantes – ou de viver
experiências enriquecedoras – por um pré-conceito que formamos.
Assim, o julgar poderia ser uma atitude reavaliada e, o aceitar, uma atitude mais praticada.
Mesmo quando a pessoa/fato não está de acordo com nossas expectativas ou padrões, ela traz
o diferente, o novo, outras perspectivas e pontos de vista. Isso é vida!
Deixo uma frase interessante de Gustave Le Bom, psicólogo social, sociólogo e físico
amador francês: “São as palavras e as fórmulas, mais do que a razão, que criam a maioria de
nossos julgamentos.” E completo com uma frase da missionária amorosa, Madre Teresa de
Calcutá: “Quem julga não tem tempo para amar.”
Daniela Vianello
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11 de maio de 2016
Artigo dos amigos dos blogs Budismo Engajado e Budismo Petrópolis.
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Leia mais sobre algumas formas da meditação budista. Saiba mais sobre algumas preces
budistas.
Afinal de contas: como desenvolver a intuição? De onde ela vem? Sri Daya Mata, discípula
direta do mestre indiano Paramahansa Yogananda, autor de Autobiografia de um Iogue, nos
ensina:
“Intuição é a orientação da alma que surge naturalmente no homem quando a sua mente
está tranquila.”. Ao acompanhar seu guru por tantos anos, e admirá-lo na profunda conexão
com o divino, que o permitia orientar com tanta sabedoria milhares de seguidores, Sri Daya
Mata pôde compreender como seu mestre acessava esse profundo poder intuitivo e resolveu
compartilhar esse conhecimento num precioso livro intitulado “Intuição – Orientação da Alma
para as decisões da vida”, onde ensina qualquer pessoa a desenvolver a escuta para essa voz
interna.
Mas isso não é tão simples quanto uma receita de bolo. Porém, assim como a boa culinária,
é preciso prática para desenvolver a intuição. Todos os dias, deve-se silenciar o corpo, acalmar
a mente e voltar-se totalmente para dentro de si, onde mora esse poder em nós. É importante
desligar-se das preocupações e estar por inteiro no momento presente para a prática: “Estar em
silêncio é silenciar o corpo e a mente a tal ponto que a consciência se torne um lago calmo e
cristalino, capaz de refletir a bem-aventurada presença de Deus.”, ressalta Sri Daya Mata.
A mente inquieta bloqueia a orientação divina. Para podermos ouvi-la, Sri Daya Mata dá,
em seu livro, várias dicas para aprendermos a serenar a mente e as emoções para ouvir a voz da
intuição. Ao longo do livro ela salienta o valor das técnicas científicas de meditação para esta
finalidade, às quais recebeu diretamente de seu Mestre e praticou por mais de setenta anos. Sri
Daya Mata foi líder espiritual, por 55 anos, da Self-Realization Fellowship, organização fundada
por Paramahansa Yogananda para difundir e preservar a originalidade dos seus ensinamentos
sobre a ciência da meditação iogue.
vela
Yogananda costumava, sempre, dar exemplos dos grandes mestres e sábios indianos, que
se mantinham serenos e intuitivos, mesmo durante os maiores testes, em contemplação e
conexão interior. O que acontece com a maioria das pessoas, no entanto, é que preferem confiar
nos cinco sentidos inferiores, que têm poder limitado, já que interpretam as coisas conforme
seus próprios gostos e aversões e isso, muitas vezes, não corresponde à necessidade da alma.
Todos temos livre-arbítrio, por isso é preciso fazer a opção certa, como diz Daya Mata: “A
vida apresenta muitas opções, frequentemente contraditórias. Nós respondemos ou às paixões
dos sentidos, desejos e hábitos ou à pequena e silenciosa voz da consciência, que nos lembra
onde está a verdadeira felicidade – no uso da divina força do discernimento e da vontade para
fazer escolhas que afirmem pela ação, a consciência e as qualidades divinas que existem em
nós.”.
Estas e muitas outras riquezas podem ser encontradas no livro “Intuição – Orientação da
Alma para as decisões da vida”, uma obra que traz profunda inspiração para a arte de como
silenciar e interiorizar a mente, mesmo em meio a esse mundo tão instável em que vivemos.
Para saber mais clique aqui.