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O ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO ESTADO DA PARAÍBA: ESTUDO

À LUZ DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SUS

O saneamento básico, direito fundamental de todo cidadão, é definido pela Lei


nº. 11.445/2007 como sendo um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo de águas pluviais urbanas (BRASIL,
2007, p. 62).

Pode-se afirmar que o serviço de saneamento mais essencial diz respeito ao


abastecimento de água. A água é, desde os primórdios do tempo, a fonte do
desenvolvimento das nações. Todas as atividades fundamentais dos seres vivos carecem
desse recurso, que deve ser conferido a qualquer indivíduo por direito. Contudo, mesmo
com os avanços da modernidade e a política governamental vigente, o abastecimento de
água ainda não é acessível a toda espécie humana.

Seguindo esse viés, a Lei nº 9.433/1997, da Política Nacional de Recursos


Hídricos, evidencia que a água é um bem de domínio público e que a gestão de recursos
hídricos deve ser descentralizada e que deve contar com a participação do Poder
Público, dos usuários e da comunidade. Enfatiza, ainda, que a utilização da água para
abastecimento da população deve ter prioridade sobre os demais usos dos recursos
hídricos.

Todavia, embora o Brasil possua uma boa legislação vigente sobre a temática de
saneamento temos que poucos municípios brasileiros usufruem dos serviços de
drenagem, abastecimento de água e esgotamento sanitário em termos de quantidade e
qualidade. O Estado da Paraíba, por exemplo, é um dos maiores da região Nordeste e
onde o acesso à rede de abastecimento de água tem progredido continuamente ao longo
do tempo. No entanto, o estado paraibano ainda carece de investimentos e infraestrutura
no que tange o abastecimento de água para os cidadãos.

Assim sendo, o presente artigo tem para os devidos fins explanar os tipos de
abastecimento de água praticados pelas famílias paraibanas cadastradas entre os anos de
2008 – 2012 no Programa de Saúde da Família (PSF), em consonância com o
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na qual
apresenta ações de importância notória para a promoção da saúde pública e da qualidade
de vida. Para tal, a discussão está baseada em consensos e bases numéricas,
considerando os dados do SISAGUA – Sistema de Informação de Vigilância da
Qualidade da Água para o Consumo Humano, na qual é uma ferramenta de gestão do
VIGIAGUA e tem como objetivo sistematizar dados de qualidade de água dos estados,
municípios e distrito federal, e gerar relatórios, de forma a produzir informações
necessárias para à prática da vigilância.

Destarte, no conjunto do período registrado (2008-2012), o postulado elencado


possibilista uma reflexão conceitual e ao mesmo tempo preocupante, em virtude das
averiguações deixarem explícito o estado caótico dos 12 Núcleos Regionais da Saúde
(NRS), em que grande parte da população não possui acesso à água via abastecimento.
Ademais, muitos indivíduos ainda utilizam água de poços/nascentes, na qual são fontes
susceptíveis a contaminações, prejudicando o quadro de saúde das pessoas que utilizam
deste meio. Por fim, é plausível sancionar que a captação de água da chuva por meio de
cisternas é algo presente no semiárido, em virtude da escassez de recursos hídricos.
Além disso, a utilização carros pipa é algo característico da população paraibana.
Todavia a água consumida por estes métodos elencados costuma apresentar-se
imprópria para o consumo, salobra ou contaminada por microrganismos patogênicos.

SÍNTESE

É incontrovertível que o saneamento básico é um bem fundamental que se


reflete significativamente na saúde e no bem-estar do indivíduo e no desenvolvimento
socioeconômico das nações. Pode-se afirmar que o serviço de saneamento mais
essencial diz respeito ao abastecimento de água. Mesmo com os avanços da
modernidade, o abastecimento de água ainda não contempla toda a espécie humana.
Diante dessa problemática, no presente trabalho objetivou-se elaborar um panorama das
condições do abastecimento de água no estado da Paraíba, de forma a avaliar como a
prestação de serviços de abastecimento de água tem evoluído ao longo dos anos.

A metodologia constou de uma pesquisa nas principais fontes de dados


referentes ao abastecimento de água na Paraíba, com construção de gráficos e tabelas
das informações acerca da evolução do serviço de abastecimento de água. Entre os
dados amostrados entre 2008 e 2012, observou-se que o acesso à água pela rede pública
é o mais recomendado, porém ainda não se encontra universalizado. No que se refere à
área geográfica do Estado da Paraíba, merece especial atenção o NRS III, o qual tem
sua sede no município de Campina Grande, visto que 30% das famílias não dispõem
deste tipo de acesso.

Ademais, grande quantidade de cidadãos paraibanos utilizam água oriunda de


poços e nascentes, na qual se constitui como uma forma de acesso perigosa à saúde
humana, já que apresenta alto risco de contaminação, porém é algo constante no
território paraibano hodierno. Vale salientar que a ineficiência no sistema de
abastecimento de água pela rede pública obriga a população a buscar outras fontes de
acesso à água, a exemplo de barreiros utilizados também por animais, água proveniente
de carros pipa, dentre outros, colocando em risco sua saúde e a conservação do meio
ambiente.

Desse modo, mediante aos fatos supracitados, a pesquisa efetuada sinalizou a


importância da análise do papel institucional do Poder Público na manutenção e
monitoramento da qualidade da água e relaciona com o abastecimento. Outro ponto que
merece atenção é o descaso dos governantes para com o estado da Paraíba, uma vez que
muitas cidades carecem de dispositivos que auxiliem na proteção sanitária da qualidade
da água armazenada na cisterna como filtros, bombas e o desvio automático dos
primeiros milímetros de chuva.

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