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Inimputáveis: Não se pode formar juízos de culpa, ou seja, não pode ser condenado
pois não se preenchem todos os pressupostos. Nestes casos são aplicados medidas de
segurança. A inimputabilidade tem de ser provada.
Sanções Criminais:
Sentido subjetivo ( ius puniendi) : é a faculdade que o Estado tem de estabelecer quais
os comportamentos humanos que são crimes, ameaçar os agentes desses
comportamentos com penas ou medidas de segurança e aplicar sanções a quem violar
os preconceitos
Crime em sentido formal: situação em que a lei prevê um comportamento como crime
e para o qual estabelece a respetiva reação criminal: pena de prisão, multa ou medida
de segurança
Crime em sentido material: lesão grave de bens jurídicos; é um crime que não esta na
lei, logo não é crime em sentido formal, mas é um comportamento que tem particular
danosidade social e suscita, portanto, uma particular reprovação por parte da
coletividade
Em sentido formal um comportamento é crime porque é definido como tal pela lei, em
sentido material, um comportamento é definido como tal pela lei porque é crime
Teorias absolutas: a pena como instrumento de retribuição
Para as teorias absolutas, a essência da pena criminal reside na retribuição, expiração,
reparação ou compensação do mal do crime. Durante longo tempo discutiu-se sobre a
forma como deveria ser determinada a “compensação” a operar o “mal do crime” e o
“mal da pena”. Logo porque esta doutrina se reeinvidica de exigências de justiça, essas
implicam que cada pessoa seja tratada segundo a sua culpa e não segundo a lotaria da
sorte e do azar. Daí esta doutrina caracteriza-se dos seguintes princípios:
O principio da culpa: principio segundo o qual, não há pena sem culpa e a pena deverá
ser medida na culpa do agente, funcionando assim a culpa como um limite a pena
aplicar. A pena tem de ser rigorosamente igual a culpa. Não pode haver pena para alem
da culpa.
O principio da bilateralidade da culpa: a culpa é o fundamento (porque não pode haver
pena sem culpa, a razão de ser da aplicaçao da pena é a culpa do agente infrator),
pressuposto (em caso algum pode haver pena sem culpa. Só poderá haver aplicação de
pena quando haja um comportamento culposo), a medida (a pena tem de ser
proporcional á culpa, pelo que so desta forma haverá uma pena justa) e o limite (nunca
a pena pode exceder a medida da culpa) da pena.
Estas teorias tem um dado positivo- definir um limite para a pena- a culpa porque a pena
nunca pode ser superior a culpa.
Críticas:
Estas teorias deixam a sociedade particularmente, desarmada em relação aos
criminosos por tendência, pois quando estes indivíduos cometem crimes têm menos
culpa e por isso, a sua pena é menor. Mas é precisamente nestes casos que as penas
deveriam ser mais graves, pois eles certamente continuarão a cometer crimes.
Como teoria dos fins da pena, a doutrina da retribuição deverá ser recusada. Desde logo,
porque não é assumidamente uma teoria dos fins de pena.
Esta doutrina não faz sentido, a nível de legitimação, estas faziam sentido numa
sociedade em que todos seguissem a mesma relegião. A pena numa sociedade
democrática, vale para cidadãos de varias relegioes. Mas há uma coisa comum ás varias
ideologias: todos querem viver na sociedade com a salvaguarda de todos os bens
jurídicos- contrato social.
As teorias ético- retributivas não dao sentido á pena e a execução destas, a pena deve
ter um sentido, um incentivo por exemplo: ressocializando.
Criticas:
- estas teorias não definem um limite para a pena, porque são teorias de finalidade,
visam atingir objetivos com a pena, assim quando maior é a pena, maior é a prevenção.
- a aplicação desta teoria gera um estado de terror na sociedade porque para atingir os
efeitos de prevenção geral pode-se aumentar as penas desmesuradamente.
- estas teorias não dao sentido a pena
- a prevenção geral parte da logica de determinar um quantum da pena que fosse
inferior ao prazer que retira da pena. Contudo a equação prazer/desprazer varia de
pessoa para pessoa.
Criticas:
- dao um sentido a pena, pena com utilidade social
- não segrega um limite a pena
- não é dada uma indicação quanto ao modo de execução da pena mas sugere a ideia
de fidelidade ao direito quando se aplica a pena aos delinquentes.
Criticas:
- Critica de legitimidade ético- a ressocialização não deve corresponder a um direito do
estado, mas sim a um direito do cidadão. O estado tem o dever de garantir a
ressocialização do cidadão que a quiser mas não a pode impor.
- a prevenção especial não pode ser a única finalidade da pena, caso contrario a pena
deveria durar por todo o tempo que persistisse a perigosidade social, o que levaria a que
certos delinquentes incorrigiveis fossem aplicadas penas perpetuas.
- estas teorias de prevenção especial apontam para um limite mas não um limite tao
seguro como o limite das teorias ético- retributicas- perigosidade e necessidade de
ressocialização
teorias mistas/ecléticas:
estas teorias são uma tentativa de conjugar as diferentes teorias dos fins das penas.
Uma das doutrinas, defendia que existia uma pena retributiva no seio da qual procura
dar-se realização a pontos de vista de perevençao geral e especial.
Esta dotrina liga-se a doutrina diacrónica dos fins das penas, segundo a qual no
momento da sua ameaça abstrata a pena seria um instrumento de prevenção geral.
Por outro lado existiam as doutrinas de prevenção integral. Nestas a unificação da
finalidade das penas so pode ocorrer a nível da prevenção, geral e especial.
As primeiras doutrinas não são de aceitar, porque as teorias ético- retributivas não
podem combinar com as teorias de prevenção, porque asz primeiras negam um próprio
fim a pena. Quanto as segundas não são de aceitar porque elas excluem a culpa como
limite do problema, procurando substitui-lo pela perigosidade.