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NOTÍCIAS

B O X E
V S
M M A
POR QUE O BOXE E
MAIOR QUE O MMA?
EDITORIAL
Toda vez que um ano está para começar é comum haver um pág.04
balanço, avaliar o que deve continuar e o que merece ser atua-
lizado. Assim também não é diferente com a revista da Luta.
POR QUE O BOXE E
Nesta edição, mostramos a força do boxe em comparação com MAIOR QUE O MMA?
o MMA.
De onde vem esse abismo
Sucesso nos volumes anteriores, os cadernos de notícias sobre
MMA, Muaythai, Karate e Judô, encerram a temporada de 2017 entre os dois esportes de
com chave de ouro. combate mais importantes
Em nome de toda a equipe, agradeço por ter nos acompanhado do planeta?
durante todo esse tempo, com elogios, críticas e sugestões.
Que o novo ano seja de transformações, crescimento e de mui-
to sucesso para todos nós.

Supervisão Geral:

Designer Gráfico: VT Desig


A ARTE DAS OITOS
ARMAS
A luta que faz do corpo uma
arma
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10 TÉCNICAS DE
KARATE PARA O
MMA

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LUTAS: 26
VITORIAS: 18
DERROTAS: 8

TITULOS:
VENCEU BELLATOR 183
VENCEU BELLATOR 172
VENCEU BELLATOR 152
VENCEU BELLATOR 148
VENCEU BELLATOR 141
VENCEU BELLATOR 117
VENCEU BELLATOR 113
VENCEU BELLATOR 107
VENCEU BELLATOR 59
VENCEU BELLATOR 39
VENCEU BELLATOR 36
VENCEU ARENA GOLD FIGHTS 2
VENCEU PLATINUM FIGHT BRAZIL 3
VENCEU GOUVEIA FIGHT CHAMPIONSHIP
VENCEU LEAL COMBAT: NATAL
VENCEU CAGE FIGHT NORDESTE
VENCEU FIGHT SHIP LOOKING BOY 2
VENCEU FIGHT SHIP LOOKING BOY 1

WORLD CLASS CHAMPIONS

VENCEU IVC 9: THE REVENGE

VENCEU IVC 6: THE CHALLENGE

VENCEU IVC 2: A QUESTION OF PRIDE

VENCEU BRAZILIAN VALE TUDO 10

VENCEU BRAZILIAN VALE TUDO 6


De onde vem esse abismo entre os dois esportes de combate

N
o Brasil, a percepção geral é que o Além disso, despertou novamente o interesse do
MMA é maior do que o boxe atual- mundo nos pesos-pesados.
mente. Afinal, atletas brasileiros de É o que eu falo: o boxe é muito forte. O MMA é
MMA têm repercussão maior do uma coisa muito nova”, fala Batarelli.
que os lutadores de boxe. Outra grande diferença entre o boxe e o MMA é
“O UFC teve aquele pico, explodiu, principal- a divisão de pagamentos, como explica Nima
mente no Brasil. O problema é que o Brasil tem Safapour, empresário de vários atletas de MMA
mania de achar que é o centro do mundo, que -entre eles Gegard Mousasi, que, mesmo próxi-
reflete no mundo todo, e não é verdade. UFC é mo de uma luta de cinturão, preferiu trocar o gi-
forte nos Estados Unidos. É grande? É, mas gante UFC pelo Bellator, evento em ascensão e
nunca foi e nunca vai ser maior que o boxe. Na grande rival do Ultimate atualmente.
Europa? Também não é maior. Na Ásia? Em "No mundo do boxe, a maior parte da renda vai
alguns países, talvez sim... Mas o esporte caiu para o pugilista, enquanto a menor parte vai pa-
bastante”, analisa Sergio Batarelli, ex-campeão ra a promoção. Já no MMA, o sistema é o con-
mundial de kickboxing e empresário ligado ao trário: a maioria vai para o promotor do evento e
MMA e boxe. a minoria para os lutadores", analisa o empresá-
Muita gente conhece o UFC. Mas as outras rio.
marcas do MMA são consideravelmente menos Outro fator preponderante é centralização de
populares (Bellator, ONE FC, PFL...). A estrutu- praticamente tudo do MMA no UFC. Em um
ra do boxe é bem diferente, mas, do seu jeito, é mercado com concorrência maior, as discussões
um esporte com “quatro UFCs” diferentes para de preço são mais fáceis. Se existissem duas
se promover. organizações fortes de MMA, um lutador poderia
Esses UFCs são as quatro grandes organiza- lutar por aquela que oferecesse mais dinheiro. O
ções que distribuem títulos mundiais: Associa- problema é que o grande rival do evento coman-
ção Mundial, Conselho Mundial, Federação In- dado por Dana White, o Bellator, ainda está lon-
ternacional e Organização Mundial de boxe. ge de ser uma ameaça real.
Só isso já é um ganho em repercussão: são Neste caso, a grande diferença é que o boxe é
muito mais campeões e oportunidades de unifi- muito mais ramificado. São quatro organizações
cação dos cinturões, além de uma variedade principais que distribuem cinturões (WBA, WBC,
maior de nacionalidades. O boxe, por exemplo, IBF e WBO). Ainda existem os promotores de
tem campeão japonês, britânico, cazaque, me- evento (Golden Boys, Top Rank e Mayweather
xicano, francês, alemão e cubano. Com isso, o Promotions são algumas). Depois, vem os ma-
esporte atinge mais países, gera mais patrocí- nagers,
nios e conta com uma audiência maior no ge- responsáveis por brigar pelos interesses dos pu-
ral, o que eleva a renda gerada pela modalida- gilistas junto aos eventos (como pagamentos).
de. Só então chegam os atletas.
“Uma luta do Pacquiao vai vender um milhão No MMA, o UFC acumula todas essas funções.
de pay-per-views. A bolsa mínima é de 25 mi- Não bastasse ser organização, produtor e mana-
lhões de dólares. Isso já é tudo acordado antes ger, a entidade ainda proibiu patrocinadores
de o evento acontecer, perdendo ou ganhando. pessoais dos lutadores nas semanas de luta. E
E isso falando só de EUA. Podemos pegar o não tem concorrência. Nima Safapour, empresá-
Anthony Joshua (britânico), que nocauteou o rio de atletas de MMA (entre eles Gegard Mou-
Wladimir Klitschko (ucraniano) e arrebentou de sasi, que trocou o UFC pelo Bellator)
audiência na Europa.
No MMA, essa estratégia de domínio do Para Batarelli, só há um jeito de, algum dia,
UFC é permitida. No boxe, não. Nos EUA, lutadores de MMA receberem fortunas pare-
uma lei foi promulgada em 2000 para cidas com os valores dos pugilistas: a moda-
“proteger os direitos e o lidade integrar
bem-estar de boxeadores”. Chamada de o Muhammad Ali Act. Segundo ele, es-
Muhammad Ali Act, a legislação combate a sa movimentação já
exploração dos lutadores e os conflitos de está acontecendo. “O UFC ainda não es-
interesse dentro tá nessa lei. Por anos era proibido em
do esporte. Nova
“No boxe, o produtor não York, além de alguns países europeus.
pode ser manager. Eles precisam Mas, agora, alguns senadores já estão
de mim, eu preciso estar no trabalhando na legislação para incluir
meio do caminho, que é justamente o MMA dentro do Ali Act.
para defender os Ficaria ótimo para o lutador. Randy
interesses do lutador Couture (um dos ícones do MMA)
junto ao promotor”, é um dos que lideram esse movi-
diz Batarelli. mento também”, fala.
“Com essa lei, A opinião também é seguida por
os promotores de Safapour. "A extensão da
eventos são Muhammad Ali Act
obrigados a para o MMA ajuda-
divulgar a receita ria a resolver mui-
que está entrando, tos dos proble-
quanto eles rece- mas que temos
bem no
da televisão e tudo esporte. Por
mais. exemplo, o UFC
Sabendo do montante está envolvido dire-
geral, os atletas, junto tamente nesta luta
de seus managers, po- entre Floyd Maywea-
dem lutar pelo valor que ther e Conor McGre-
acham correto receberem. gor. Temos que ter mui-
Afinal, eles que fazem o to cuidado com
espetáculo. Sem eles, não existe na- isso... Nós temos proble-
da. Se um promotor recusa, pode ir para mas acontecendo, como managers
outro. É aquela coisa de concorrência...”, que também são promotores... Isso é conflito de in-
esclarece. teresse. Sem dúvida que a entrada
Mas e se todos os promotores se fecharem do MMA nesta lei só iria melhorar".
e decidirem pagar menos do que os luta- Já Carrano crê que esse processo se dará de forma
dores pedem? É para isso (também) que natural. "Não acho que essa mudança virá em uma
serve a Muhammad 'canetada'. O MMA é um produto muito
Ali Act. “Se o governo norte-americano mais pronto que o boxe. É um esporte contemporâ-
sentir que tem alguma coisa errada, que neo, criado há pouco tempo, não tem mais de 100
estão abusando do lutador, como hoje anos. De onde vem a maior parte do dinheiro
acontece no UFC, eles dos esportes americanos? As ligas mais ricas do
podem intervir. Todos os contratos e nego- mundo? Da televisão! O UFC ralou para conseguir
ciações passam pelo governo. seu primeiro grande acordo com uma
E funciona para o outro lado também. Se emissora (FOX Sports). Nos EUA, com os esportes
algum pugilista tenta sacanear alguma pro- consolidados, as emissoras precisam se juntar para
moção, eles agem da mesma maneira”. conseguir pagar uma liga".
A Arte Muaythai a luta que faz do corpo
uma arma

das Oitos Armas


É conhecida como a arte
das oito armas, pois se
caracteriza pelo uso
combinado de punhos,
cotovelos, joelhos, cane-
las e pés, e associada a
uma boa preparação físi-
ca que a torna uma luta
de contato total muito
eficiente..
Muay thai ou boxe tai-
landês: é uma luta
originária da Tailân-
dia, país do qual é o es-
porte nacional. Esta arte
marcial é conhecida co-
mo “a arte das oito ar-
mas”, pois se caracteriza
pelo uso combinado de
punhos, cotovelos, joe-
lhos, canelas e pés, e
está associada a uma
boa preparação física
que a torna uma luta de
contato total muito efici-
ente. O Muay Thai foi
desenvolvido há mais de
mil anos, e é hoje consi-
derada uma das mais
As suas raízes encontram-se Outro grande lutador de Mu-
no Muay Boran, uma arte an- ay Thai foi o Nhai Khon Tom.
cestral que foi desenvolvida a Segundo a lenda ele foi cap-
partir de uma forma de luta turado pelos Birmaneses du-
designada de "Chupasart". rante um dos inúmeros confli-
Esta arte deu origem ao atual tos entre os Birmaneses e os
Muay Thai e Krabi Krabong. Tailandeses. Quando captu-
Hoje em dia, o Muay Thai é rado, foi-lhe oferecida a liber-
geralmente considerado um dade se ele conseguisse der-
desporte radical, o que favo- rotar alguns lutadores Birma-
rece a realização de apostas. neses. O resultado refletiu-se
O Muay Thai, o qual também na vitória e subsequentemen-
é conhecido como Thai Bo- te na obtenção da liberdade
xing em alguns países como após vencer seguidamente
E.U.A e Inglaterra, é também 12 desses lutadores.
frequentemente denominado Em Bangkok, atual capital da
de Boxe Tailandês. Sendo Tailândia existem dois gran-
uma arte marcial Tailandesa des estádios, o Lumpinee e o
Uma luta que além de prati-
com mais de 2.200 anos de Ratchdamnoen que conce-
car elaboradas técnicas de
idade, a origem do Muay Thai dem o desenrolar de lutas de
punhos e pernas também é
confunde-se com a origem do Muay Thai
considerada uma das artes
povo Tailandês. Existem vá-
marciais de contato mais efi- Na relação de países onde o
rias versões sobre a origem
cazes do mundo. Muay Thai é mais desenvolvi-
do Muay Thai, contudo a teo-
do a classificação é apresen-
O Muay Thai desenvolve um ria considerada a mais aceita
tada do seguinte modo: em
ótimo condicionamento físico, pela maioria dos mestres de
primeiro lugar vem à Tailân-
concentração e autoconfian- Muay Thai assim com por vá-
dia, como não poderia deixar
ça ao praticante. A maioria rios historiadores Tailande-
de ser, depois estão diversos
das Associações e Confede- ses fundamenta que a origem
países dos quais é difícil pre-
rações mundiais não aprova do seu povo encontra-se na
cisar uma ordem pois no ex-
o uso das cotoveladas em província de Yunnan, nas
terior o Muay Thai tem-se de-
lutas oficiais mantendo assim margens do Rio Yangtzé na
senvolvido muito invariavel-
a integridade física dos atle- China Central. Há várias ge-
mente. Desses países em
tas, sendo estas técnicas rações atrás, eles migraram
que o Muay Thai é conhecido
consideradas somente nas da China para o local onde
e praticado estão: França,
regras asiáticas. Embora ulti- atualmente é a Tailândia em
Russia, Holanda, Japão, EUA
mamente essas regras este- busca de liberdade e de ter-
e Brasil, entre outros.
jam cada vez mais em evi- ras férteis para agricultura.
dência.
O Muay Thai era bastante
Hoje em dia o Muay Thai é popular entre os tailandeses,
um símbolo nacional do reino principalmente no período do
da Tailândia, sendo o despor- rei Pra Chao Sua mais co-
to nacional mais praticado no nhecido por "Rei Tigre". O rei
REALIZADO EM 11 A 19 DE MARÇO DE 2018

15º WORLD MUAY THAI CHAMPIONSHIP

World Muaythai Federa!on

O
Brasil seguiu com duas delegações para o Campeonato Mundial de mu-
aythai uma presidida pelo
Grão Mestre Artur Maria-
no e outra pelo Grão Mestre Alva-
ro de Aguiar para a 15º edição do
World Muay Thai Championship
organizado pela World Muaythai
Federation (WMF). O Brasil teve
um desempenho muito acima da
média, foram 18 títulos mundiais,
dentre eles destaque para Rafael
Marques que conquistou 2 títulos,
uma na divisão Senior e outro na
divisão Pro-am, outro destaque foi Jussemar Noskoski que se sagrou o atleta do
Brasil com mais títulos na história, no total foram 4 títulos e o atleta Maurício Casti-
lhos que conquistou o Bi campeonato mundial consecutivo. Esse ano os treinado-
res da seleção Brasileira foram o Grão Mestre Artur Mariano, Alvaro de Aguiar, Pe-
dro Paulo Peu, Fred Junior e o recém promovido a técnico da seleção o Mestre
Eduardo Verissimo, treinador premiado com títulos mundiais.

Campeões Mundiais:
Kerolyn Azambuja Barros 63,5 Kg (Pro-am Female)
Daniel de Moraes Vieira 86 Kg (Pro-am)
Marcio de Jesus Maria 67 Kg (Pro-am)
Iure dos Santos Silva 60 Kg (Pro-am)
Kauã Mattoso dos Santos 54 kg (Kadet)
Rafael Marques Sanson 54kg em duas divisões (Senior/ Pro-am)
Alexandre Teles da Silva 63.5 Kg (Senior)
Rudiney Rodrigues (Senior)
Estevão Bennica 81kg (Senior)
Jussemar Noskoski 86 Kg (Pro-am)
Maurício Castilhos 91 kg
Ângelo Gabriel Macedo de Sousa 57kg (Cadet Male)
Bruno Santos Oliveira Filho 43 kg (Cadet Male)
Emanuel Rodrigues Belem 71 Kg (Pro-AM Male)
Silvio Toledo de Almeida Neto 75 Kg (Pro-AM Male)
Kerolyn Azambuja Barros 63,5 Kg (Sênior Female)
Hildemberg Cavalcante de Lima 57 Kg (Youth Male)
Fabricia Ramos de Cerqueira 67 Kg (Sênior Female)

2º lugar:
Yara Luiza da Silva Aguiar 60 Kg (Pro-am Female)
Robert William Ferreira Ribeiro 60 Kg (Sênior Male)
Yanzer Marchetto da Silva 67 Kg (Youth Male)
Djulia Alana da Silva de Oliveira 60 Kg (Sênior Female)
Adams Azambuja Barros 81 kg (Pro-am)

3º lugar:
Renato Rossato 75 Kg (Pro-am)
Gabriel Bonikoski 54 kg (Youth Male )
Gabriel Batista Azeredo 54 Kg (Sênior Male)
Ivan dos Santos Guimarães 51 Kg (Sênior Male)
Beatriz de Souza da Silva 51 Kg (Sênior Male)
Por Mark Lonsdale

Notas preliminares sobre o treino na Kodokan


Todo judoca sério e sensei tem ou já treinou na Kodokan ou tem o sonho de treinar na Kodokan. A maioria acredita
que ao voltar às raízes do judô, pode-se experimentar o judô na forma como foi concebido e construído pelo profes-
sor Kano. É também um processo de “renovação” para confirmar que se está permanecedo fiel aos princípios fun-
damentais do judô que podem ter sido perdidos ou diluídos em muitos países ocidentais.
O treinamento na Kodokan começa com o planejamento de seu itinerário e visita, especialmente se é a primeira vez
e você não está viajando com um amigo ou grupo que são veteranos e já treinaram por lá antes.

Planejando a viagem para o Instituto Kodokan


Planejar uma viagem para a Kodokan deve começar conversando com aqueles que já estiveram por lá. Em segui-
da, acesse e estude o website oficial da Kodokan em Kodokan.org (http://www.kodokan.org/). Uma vez que você
saiba quando você quer viajar e se você quer participar de quaisquer programas organizados, tais como o programa
de kata ou o programa técnico, então você precisa enviar um e-mail para o Escritório Internacional KDK para come-
çar o processo de reserva e registro. O endereço de email é intl@kodokan.org, ou pode ser acessado através do
site da Kodokan.

Programas especiais de formação da Kodokan incluem:


Kan-Geiko, formação no meados do inverno, começando todas as manhãs às 5:30 e seguindo por 10 dias. Iniciado
em 1884, o Kan-Geiko é um evento anual tradicional na Kodokan que visa desenvolver um espírito e corpo forte
através do treinamento em uma condição de inverno rigoroso.
Shochu-Geiko, formação em meados do verão, começa todos os dias às 18:00 e também funciona por 10 dias con-
secutivos. O Shochu-Geiko se destina ao judoca que quer melhorar as suas técnicas de judô, durante o desenvolvi-
mento de uma mente e corpo forte através de treinamento intenso no mais quente período do ano. O judoca partici-
pa destes programas para fazer parte de um processo de endurecimento físico e mental, recebendo um certificado
de participação concedido no final de cada programa.
Concomitante com o Shochu-Geiko, mas ocorrendo durante o dia, existe o Programa Internacional de Formação de
Verão, dividido em duas sessões. A Sessão 1 é o Camping de 7 dias de Kata, seguido pela Sessão 2, o Programa
Técnico de 5 dias. O camping de kata cobre todos os sete kata’s da Kodokan e destina-se a pessoas acima do 4 °
dan, para os homens e acima do 2º dan para as mulheres.
O Programa Técnico de 5 dias é uma peregrinação anual para muitos que desejam melhorar suas técnicas e co-
nhecimentos sob a tutela dos instrutores Kodokan. Os participantes no Programa Técnico são divididos em três gru-
pos: estudantes do ensino médio, faixas marrom (mudansha) e pessoas com grau de dan (yudansha). Este ano
(2013) o grupo de faixa-preta era composto de cerca de 60 judocas internacionais e 80 estudantes japoneses.
Mas se você não quiser se matricular em qualquer programa específico, você pode simplesmente aparecer para o
treino de todas as noites e pagar a taxa de treino de ¥ 800 (US $ 8/ R$ 24). Crianças e adolescentes treinam das
16:30 – 18:00, e os adultos das 18:00 – 20:00. O treinamento de rotina acontece seis noites por semana, exceto
durante o treinamento de verão, quando o dojo principal também está aberto no domingo à noite.
Quando você enviar o e-mail para o Escritório Internacional KDK, eles vão responder prontamente a aconselhá-lo
sobre as datas de reserva e os custos. Todos os custos são pagos na chegada e em dinheiro (iene japonês), sem
cartões de crédito. Há bancos que convertem de dólares americanos para iene no quarteirao do Kodokan, e há má-
quinas ATM no centro cívico ao lado.
A taxa de câmbio tanto nos EUA como no Japão, no momento da escrita, foi de 97 ienes para o dólar dos EUA, por
isso não foi problema troca de dólares por ienes antes de viajar. (Nota JudoCTJ: na cotação de novembro/2015, 1
real equivale a 33 ienes japoneses)
Alguns custos básicos no Kodokan foram: filiação Kodokan, ¥ 8000 (R$ 242); quarto com beliche, 1.800 (R$ 54) por
noite, ou quarto privado, ¥ 3.500 (R$ 106) por noite; Programa de Kata de 7 dias, ¥ 8000 (R$ 242); Programa técni-
co de 5 dias, ¥ 6.000 (R$ 181). O treinamento noturno regular é de 800 ienes (R$ 24) por noite, pago no 4º andar,
na sala de registro.
A pousada, no 3º andar do Kodokan, tem 27 quartos e pode acomodar mais de 100 judocas em quatro quartos de
beliche para 20 pessoas ou quartos privados. As acomodações, latrinas e chuveiros são limpos e a pressão da água
é boa. Lençóis limpos, lençóis, travesseiros e cobertores são fornecidos, mas você precisa trazer uma toalha e seu
próprio sabão. Mas qualquer coisa que você esquecer ou se tiver necessidade, pode ser comprado nos supermerca-
dos ou lojas de conveniência dentro de 50 metros da Kodokan.
Para o treinamento você vai precisar trazer dois judogis brancos ou, se você tiver interesse em um novo gi, então
estes podem ser convenientemente comprados na loja no Kodokan que estoca kimonos de alta qualidade da KuSa-
kura e Mizuno. Você também pode comprar a partir da grande loja Mizuno, a 20 minutos a pé do Kodokan. Alerta
Smurf: não apareça com um judogi azul. O Kodokan é um centro de treinamento de judô tradicional onde o judogi
branco é obrigatório e todas as etiquetas de dojos tradicionais são respeitadas. Estas podem ser lidas na página
web Kodokan e são afixadas nas paredes dos vários dojos. Dito isto, os instrutores Kodokan são muito hospitaleiros
e agradáveis.
Recomenda-se usar um judogi limpo todos os dias, por isso existem máquinas de lavar roupa disponíveis no alber-
gue no 3º andar e nos vestiários no 4º andar, mas não existem secadores. Os judogis são pendurados para secar
no seu quarto ou em uma área designada no telhado. Com a alta umidade no verão, você pode rapidamente enxar-
car um judogi de suor, mesmo com treinamento moderado, mas pode demorar quase 2 dias para um judogi secar.
Assim, para os campos de treinamento multi-dia, dois judogis são essenciais.
Além judogi, recomenda-se trazer uma toalha pequena para suor, uma garrafa de água, caneleiras, e camisetas
brancas para as mulheres. Os homens não estão autorizados a usar camisetas ou rash guards sob seu gi. Como as
lesões menores são inevitáveis, também é uma boa idéia levar um suplemento de band-aids, aspirina, Advil, e uma
variedade fitas atléticas. Além da fita atlética branca convencional utilizada para os dedos das mãos e pés, eu tam-
bém levo o Power Flex e o Elastikon, que têm boa elasticidade e oferecem um bom suporte para os tornozelos, pul-
sos, cotovelos e entorses do polegar (ambos disponíveis através amazon.com). Se você tem problemas de joelho,
punho, tornozelo ou pré-existentes, então você vai querer trazer protetores também.

A Viagem para a Kodokan


Eu voei pela United Airlines diretamente de San Francisco para Narita, Japão (10,5 horas), mas vôos diretos diários
também estão disponíveis a partir de Los Angeles, Denver e Seattle. A imigração e Alfândega em Narita foram muito
eficiente e as malas dos passageiros estavam fora do carrossel antes mesmo de chegarmos a área de bagagens e
Alfândega.
No hall de chegada do Terminal 1 (onde a United Airlines pousa) você pode comprar um bilhete para a estação de
trem de Tóquio através do contador de bilhete Keisei. O quiosque está diretamente na sua frente ao sair do salão de
Alfândega e você também pode fazer o download de informações e orientações a partir da Internet. Custou ¥ 2.400
(cerca de US$ 25 / R$ 72) para o trem expresso da Keisei Skyliner de Narita para Ueno (Tóquio) e a plataforma é
logo abaixo do elevador sob Terminal 1. A primeira coisa que você vai notar nos trens japoneses é como limpo, con-
fortável e tranquilo. Os trens partem a cada 20 minutos de Narita e fazem a viagem para Ueno em cerca de 43 minu-
tos.
Da estação de Ueno para a Kodokan é cerca de 10 minutos de táxi e cerca de US$ 10 a US$ 15, dependendo da
hora do dia e do tráfego. Vale bem a pena evitar o metro no verão, se você está carregado de malas pesadas mas,
uma vez que você está na Kodokan, o metro torna-se a melhor e mais barata forma para se locomover em Tóquio.
Você pode ir a praticamente qualquer lugar na cidade por 160 a 190 ienes (menos de US $ 2,00/ R$ 6,00), mas às
vezes quando você for fazer conexão ou mudar linhas de metrô, você vai ser obrigado a pagar duas vezes.
Se você chegar na Kodokan durante o horário comercial (9:30 às 17:00), você pode fazer o check-in no Escritório
Internacional, logo à direita da estátua do Sensei Jigoro Kano. Depois do horário comercial, você deve ir para a en-
trada do porão, no escritório de segurança, onde eles vão lhe dar a chave do quarto e aconselhá-lo a ir para o Escri-
tório Internacional às 09:30 da manhã para pagar sua conta. Todos os custos são pagos antecipadamente em di-
nheiro, sem cartões de crédito.
O dia a dia na Kodokan
O prédio da Kodokan é uma estrutura de 8 níveis com um restaurante para almoço no porão. Quando você entrar
pela entrada principal, no átrio do piso 1º você vai encontrar a loja de presentes Kodokan na direita, as escadas até
o restaurante à esquerda, e os elevadores em frente. O 2 º andar é a biblioteca e museu; o 3º andar é o albergue; e
o 4 º andar é a entrada dojo e a secretária de registro. Todos os judocas devem deixar seus sapatos nas prateleiras
do 4º andar, cadastrar-se no balcão, pagar a taxa de treino noturno de 800 ienes, e depois vestir o judogi.
A partir do quarto andar, o judoca deve pegar as
escadas até o 7º andar para o dojo principal. Do 4º
andar para o 7º andar temos uma área limpa com
piso de madeira polida para que você possa cami-
nhar sem sapatos, mesmo fora do tatame. O princi-
pal dojo é composto por mais de 400 tatames ver-
des em um piso flutuante, divididos em quatro áreas
de treino do tamanho das áreas de competição, com
bordas delimitando a área feita por tatames verme-
lho. Além do dojo principal no 7º andar, existem dois
grandes dojos no 6º andar, e mais três no 5 ° andar.
Os espectadores são bem-vindos na Kodokan e po-
dem pegar o elevador diretamente a partir do hall de
Dojo principal na Kodokan, no 7º andar, olhando para baixo
entrada no piso térreo para a galeria de visualização
no 8º andar, que permite olhar para o dojo principal a partir da galeria para espectadores, no 8º andar.
no 7º andar. O judoca não deve tentar ir do dojo principalaté a área de espectador sem os sapatos uma vez que a
área dos espectadores não é uma área limpa. Para ir para as galerias de espectadores, o judoca deve ir até o 4º
andar, recolher os seus sapatos, e em seguida, tomar o elevador até o 8º andar.
As aulas para crianças começam em torno 16:30 e adultos às 18:00, mas você pode chegar mais cedo para aque-
cer e alongar. A maioria dos adultos chegam em torno das 17:30, e para o treino de verão e inverno eles tocam o
tambor taiko como um sinal para que todos estejam preparados.
No dojo principal, à noite, não é incomum ver quatro classes diferentes acontecendo ao mesmo tempo, com os
adolescentes em uma área, adultos até a faixa marrom em outra; alunos internacionais em um canto e os mais ve-
lhos veteranos japoneses em outro. Em outros momentos podem haver 80 a 100 crianças no tatame ou um número
similar de adultos.
Programas especiais, como o Programa de Kata de 7 dias no Verão pode trazer ate 200 participantes de mais de
40 países e ocorre no dojo principal das 09h30 – 16:00 todos os dias. O Programa Técnico de 5 dias atrai um nú-
mero similar, mas com uma maior percentagem de participantes japoneses de várias escolas de ensino médio, e
ocorre das 09h30 – 17:00 todos os dias.

A etiqueta do dojo na Kodokan


Recomenda-se ler as orientações da Kodokan antes de viajar e aprender a se curvar e cumprimentar corretamente
tanto em pé e na posição ajoelhada. Muitos ocidentais têm o hábito de fazer um cumprimento de competição super-
ficial apenas balançando sua cabeça, mas se espera que os judocas, na Kodokan, cumprimentem corretamente.
Por exemplo, ao fazer o cumprimento em pé, os calcanhares devem estar juntos com os dedos apontando para
fora, e as mãos devem deslizar para baixo pela frente das coxas até a ponta dos dedos apenas tocarem na parte
superior dos joelhos. Quando ajoelhado, sempre ajoelhar dobrando a perna esquerda primeiro e ao se levantar,
sempre com a perna direita primeiro, assim como em todos os katas e assim como sempre damos um passo à fren-
te com o pé esquerdo primeiro, e para trás com o pé direito em competições. Na posição de joelhos, os joelhos de-
vem estar a dois punhos de distância (para os homens).
Ao entrar no 7º andar dojo principal, os judocas são obrigados a estarem vestidos corretamente (faixa amarrada) e
na porta, executar um cumprimento em pé para a imagem de Kano, e não a partir da borda do tatami. O quadro
está pendurado em um recanto especialmente iluminado em frente à entrada principal do outro lado do dojo. No 5º
e 6º andar do dojo o quadro está pendurado na parede no final do corredor de treinamento para que você vire-se e
cumprimente assim que você pisar o tatami.
Uma vez que você cumprimentou e entrou no dojo, não é necessário cumprimentar a cada vez que você pisa den-
tro e fora do tatame. É bastante comum sair do tatame quando não estiver fazendo randori ou para beber água ou
alguma bebida. Enquanto a etiqueta é bastante formal,
você é livre para sair e entrar do tatame à vontade, ou
ir ao banheiro, sem obter permissão do sensei. Não é
incomum ter vários adultos internacionais mais velhos
ou fora de forma no dojo principal andando, especial-
mente no calor do verão, por isso muitas vezes eles
vão apenas sentar-se nos bancos em torno dos lados
da sala de treinamento, sem problemas.
O cumprimento para o seu parceiro de randori é feito a
partir da posição de joelhos (seiza), e não em pé.
Quando ajoelhando-se para cumprimentar seu parcei-
ro de treinamento, você deve estar lateral à frente do
dojo (Shomen) com o mais graduado à direita. Nunca
cumprimente com as costas para o Shomen (frente do
dojo). Se você precisa ajustar seu judogi ou re- Estatua do Shihan Jigoro Kano, fundador do Judô, na
amarrar a faixa, isso deve ser feito na posição ajoelha- frente do Escritório Internacional da Kodokan
da (seiza).
Os comandos no início do treinamento podem variar, mas, em geral, são bastante tradicionais. Você sempre vai se
curvar para o Shomen, o sensei, e depois uma terceira vez um para o outro como um grupo. Antes de treinar os
comandos pode parecer algo como isto:
“Seiza!” (ajoelhem)
“Shisei wo tadashi te Shimen ni, rei” (cumprimentem Kano shihan)
“Sensei ni, rei” ou “gata sensei ni, rei” (cumprimentem o(s) sensei(s))
“Otagai doshi rei” (cumprimentem uns aos outros)
“Mokuso; Yamai “(no final da formação, o comando meditação, e o Yamai para terminar a meditação)
Nota: isto foi escrito para mim por um dos instrutores Kodokan.
É permitido trazer objetos pessoais de valor, um notebook, máquina fotográfica, uma toalha para limpar o suor e
uma garrafa de água no dojo, especialmente no verão. Estas devem ser colocadas no espaço existente em torno
das paredes e abaixo das janelas. Nunca coloque nada sobre os peitorais das janelas ou saliências, uma vez que
se algo vier a cair para fora da janela ele poderia bater um transeunte na rua abaixo.
Em caso de dúvida, observe o que os frequentadores estão fazendo e sinta-se livre para fazer perguntas. Há sem-
pre outros estrangeiros no dojo principal, a partir de uma dúzia de países diferentes, e geralmente há pelo menos
um instrutor Kodokan que fala Inglês. Vários dos mais graduados também falam francês.

Randori na Kodokan
Ao fazer randori, sempre começar e terminar com um cumprimento ajoelhado ao seu parceiro. Na hora do randori,
se você quer um parceiro, você pode chamar alguém ou simplesmente caminhar sobre o tapete e colocar a mão
para cima. Há um espaço de dois metros de madeira em torno do tatami, então é esperado que você fique fora do
tatame para dar espaço aos outros, se não estiver realmente fazendo randori.
O randori na Kodokan não é sobre ganhar, mesmo que você deva dar o seu melhor para jogar seu oponente, mas
é sobre a prática de suas técnicas. Os instrutores Kodokan estão procurando bons waza (técnicas) e não pessoas
com um tipo de luta mal feita estilo competição. Eles não irão instruí-lo para lutar pelo pequeno ponto (yuko), mas
sempre tentar para o grande ponto, o Ippon.
Se você sentir que está prestes a ser lançado, basta relaxar, ir com o fluxo e tomar a queda. Isto é mais seguro e
beneficia o seu adversário.

Nota JudoCTJ: Esse post é uma tradução livre do texto Notas preliminares sobre o treino no Kodokan International
Judô Institute, escrito pelo Sensei Mark Lonsdale, do Judo Training Development
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COMO SE PREPARAR CORRETAMENTE PARA UM COMBATE DE TÍTULO

Por Bratislavská župa

U
m combate de título envolve muito mais do que o choque frontal de dois ad-
versários em luta pelo mesmo objetivo. A preparação do combate requisita o
esforço combinado de saberes físicos e psicológicos, a fim de que o atleta
esteja nas melhores condições no dia do desafio. A seguir vamos ficar a
conhecer como se preparar para um combate de título:
Aprofundar os conhecimentos sobre as regras do
combate
É da maior importância que o atleta esteja devidamente in-
formado sobre as regras do combate que irá disputar, seja
de boxe, Muay Thai ou outro desporto. Vencer um desafio
passa também pelo conhecimento intrínseco desse mesmo
desafio, uma vez que o árduo trabalho pode ser deita- do
a perder caso se infrinja alguma das determinações do
combate. Por isso é de toda a vantagem que o atleta pesquise, se informe e obtenha
esclarecimentos de eventuais dúvidas, para estar na posse do saber que lhe permitirá
pôr em prática o que aprendeu da forma mais correta.
Interiorizar o espírito desportivo
Vencer o combate é, sem dúvida, o objetivo maior de qualquer atleta, mas importa não
esquecer que acima de tudo tem de reinar o espírito desportivo. Realizar o desafio
dentro do fair play e da civilidade indispensáveis, são requisitos que não devem nunca
ser menosprezados. Pôr em prática uma atitude respeitosa para com o adversário, não
tentar vencer o combate de forma desonesta, valorizar a boa convivência e a sã ca-
maradagem são aspetos que o atleta deve trabalhar durante a sua preparação para um
combate de título. Um verdadeiro campeão é aquele que vence honestamente em
qualquer desporto ou arte marcial, colocando em prática um jogo limpo e frontal.
Boa preparação física
Os treinos físicos têm que ser postos em prática com eficiência, rigor e empenho. É
necessária grande mentalização por parte do atleta para conseguir superar o cansaço,
a fadiga e até as dores provenientes do esforço enorme que um bom treino físico en-
volve. Porém só com muito trabalho afincado por parte do atleta será possível atingir
um excelente estágio de preparação física capaz de proporcionar a vitória no combate.
Neste aspeto é fundamental que o atleta deposite inteira confiança no treinador que o
orienta e que siga à risca as instruções por ele expostas.
Alimentação adequada
Um combate de título envolve sempre um enorme desgaste físico e emocional por
parte do atleta e é bom que o organismo e a mente estejam devidamente preparados
para o embate do grande dia.
É importantíssimo que o atleta siga uma dieta alimentar equilibrada e rica em todos os
nutrientes necessários à saúde e que se alimente o melhor possível face à exigência da
sua atividade. Também neste campo se revela útil recorrer ao conselho abalizado de
um nutricionista ou outro especialista na área alimentar, pois exageros são sempre
prejudiciais, sejam eles por defeito ou por excesso.
Conduta regrada
Para ajudar na boa preparação de um combate de título o atleta deve adotar uma con-
duta regrada nos seus hábitos de vida. Desta forma deve abster-se de noitadas, con-
sumo de álcool e de outras substâncias ilícitas, e deve evitar frequentar ambientes
poluídos aonde respire ar tóxico para os pulmões. É de toda a utilidade que o atleta
pratique um conjunto de regras de vida saudáveis aonde o deitar cedo, respeitando um
número mínimo de horas de repouso indispensáveis ao bom funcionamento físico e
mental, ocupa lugar de destaque. Também é fundamental que o atleta se autopreserve
de exposições a elementos prejudicais à saúde tais como fumos de cigarros, fumos de
escapes de automóveis etc., pois todos esses agentes poluentes se refletem na forma
como respira, prejudicando o rendimento em combate.
Visionar vídeos e gravações de outros combates
Proceder ao visionamento de diversos combates já efetuados pelo seu adversário do
momento, ou por outros atletas da mesma competição, é também uma excelente estra-
tégia de preparação de combate. As palavras valem muito mas as imagens falam por
si, e não há como ser confrontado com o que foi já feito para que o atleta possa ter uma
noção o mais aproximada possível da realidade que o espera. Esta é uma das regras
para ser um grande lutador de boxe por exemplo. Não se trata obviamente de ir em
busca de fórmulas mágicas infalíveis, ou de tentar decalcar o estilo de desempenho de
outros atletas, trata-se antes de armazenar alternativas viáveis para cada situação
complicada que posa surgir durante o desafio. Saber é sempre poder.
Adotar um estilo próprio sem contudo ser inflexível
Todos os atletas devem ter um estilo próprio de fazer as coisas e de sair das situações.
Porém isso não quer de forma alguma dizer que devam permanecer teimosamente
agarrados a esse estilo independentemente das circunstâncias de cada combate.
Preparar adequadamente um desafio inclui também o mentalizar de que se dança con-
forme a música, e desde que não se infrinjam as regras não há porque não ir adotando
formas inovadoras de responder a problemas novos. Aqui é imperiosa a intervenção do
treinador para aconselhar e orientar, pois o atleta pode ficar confuso demais para per-
ceber a necessidade de mudar as estratégias durante o combate.
A preparação para um combate de título deve ser pensada ao pormenor para que nada
seja deixado ao acaso. Os atletas de alta competição contam com o auxílio de bons
treinadores que os conduzem no caminho mais acertado para a vitória. Os atletas
amadores, ou em princípio de carreira treinam-se praticamente a si mesmos e são re-
sponsáveis por cada uma das escolhas que fazem em matéria de treino e preparação.
Em qualquer uma das situações o que se requer é dedicação, esforço, trabalho e muito
espírito desportista. E um pouco de sorte, que também convém não faltar.
ARTES MARCIAIS PRATICADAS MUNDO AFORA
Brasil ganhará Federação
de Muay Boran
Responsável pela entidade no país é o mestre
Fabiano Moreira Cosme Krushevsky

EVALA

Origem: Togo
Por José Augusto Maciel Torres

P
raticada principalmente A ntes de 2006, poucos sabiam o que era o Muay Boran,
a arte marcial que uniu o estilo esportivo ao tradicional.
pelo povo Kabyé, que vi- Se por um lado, o Muay Thai Tradicional utiliza regras para
ve no Togo, no oeste do competições, do outro, o Boran se classifica em sua forma
de divisão. De comum entre os dois somente o país de ori-
continente africano, a gem: a Tailândia.
Evala não é apenas uma luta – é O brasileiro Fabiano Moreira Cosme Krushevsky é um dos
poucos a deter a chancela de mestre na modalidade. Come-
também parte de um rito de passa- çou a estudar o Muay Boran na Europa, com o tailandês
Grand Master Narong.
gem, que marca a entrada de jo-
Moreira reside no exterior desde os 18 anos, tendo passa-
vens na vida adulta. Muito antes de gens pela Holanda e Portugal, onde fixou residência e abriu
enfrentarem um oponente, os jo- uma academia de Muay Thai Tradicional.
O estabelecimento foi fechado em 2004, ano em que deci-
vens participam de um treinamento diu viajar para a Tailândia com o objetivo de treinar.
intensivo, que inclui a tarefa Em seguida, fez o curso da World Muay Thai Federation
(eliminatória) de escalar três monta- (WMF) para ser treinador. Dos 40 países representados, se
destacou com a melhor nota e passou a ser Coach Trainer
nhas: quem não é bem sucedido nível B, chamando a atenção do diretor técnico da WMF,
Chinawut Sirosupan, que lhe propôs se dedicar ao estudo
não pode ser iniciado na maioridade do Muay Boran.
fuén. Já no “ringue”, ninguém é eli- Em 2006, foi examinado pela Comissão Técnica, graduado
minado, mas a derrota não é levada Kru Muay Boran e apresentado aos maiores mestres das
escolas tradicionais. Após 38 combates, expandiu os conhe-
na esportiva – perder é considerado cimentos de Krabi Krabong, Thai Massage,

uma grande vergonha para toda a Thai Rusie Datton, Yoga e Thai Vipassana, formando-se kru
(professor) em todas essas áreas.
família no “novo adulto”.
Quando regressou a Portugal, em 2010, reabriu a acade-
mia, mas com um novo nome: Muay Thai Boran Portugal,
voltada a ensinar exclusivamente a arte e a cultura tradicio-
nal tailandesa. Em três anos e meio, a academia teve sete
campeões nacionais e um campeão ibérico. Soma ainda
quatro medalhas de ouro, cinco de prata e cinco de bronze
em Campeonatos Mundiais de Muay Thai e Kickboxing.
Sucesso em Portugal, o mestre que também é faixa preta
de Karate Kyokushin, quer agora abrir a Federação Muay
Thai Boran no Brasil, baseado em sua experiência de mais
de uma década na Tailândia.
fabianomoreira36@hotmail.com
O karaté é originalmente uma "arte marcial
mista".
Muito antes do UFC e seu octógono existi-
rem, velhos mestres de karate recolheram,
misturaram e compartilharam diferentes
técnicas de combate em Okinawa - o local
de nascimento do karaté.
Hoje, muitas dessas técnicas testadas em
batalha raramente são vistas no MMA mo-
derno .

# 1: Ude Uchi: Por que funciona: quando você usa ude uchi, a # 2: Ura Ken (sem girar) Por que funciona: O ura ken é uma adição
distância entre você e seu oponente deve se bem próxima um pouco perfeita ao seu arsenal. Ele combina perfeitamente com jabs,
maior que a distancia do seu cotovelo. ganchos e uppercuts, e pode ser usado a partir de vários ângulos .

# 3: Ashi Barai Por que funciona: Embora seja relativamente fácil # 4: Gyaku Mawashi Geri Por que funciona: Gyaku mawashi geri é
para o seu oponente detectar um chute, ashi barai é mais difícil de totalmente inesperado e mega poderoso. Também é diverso: você
notar, já que você está raspando com o pé. pode fazê-lo com qualquer perna (frente / traseira).
10 TÉCNICAS DE KARATE PARA O MMA
# 5: Ura Mawashi Geri Por que funciona: Você nem tem tempo de # 6: Mae Geri Por que funciona: os músculos da perna são os
piscar. Este chute é tão rápido que quase não tem defesa! Os músculos mais poderosos do corpo humano. Quando esse poder é
pontos do impacto são o calcanhar ou sola do pé. concentrado na sola do pé.

# 7: Mawashi Geri Por que funciona: é talvez o chute mais # 8: Kansetsu Geri Por que funciona: todas as articulações têm
poderoso de todos. Então imagine todo esse poder concentrado na seus limites. Ao pisar o joelho ou o quadril, você pode facilmente
bola do pé. É brutal! parar a luta e talvez a sua carreira do seu oponente.

# 9: Hiji Ate Por que funciona: se você estiver em posição de luta, # 10: Morote Zuki Por que funciona: seu oponente espera que você
seus cotovelos naturalmente apontaram para baixo. Então, aplique ataque com um braço de cada vez. Então, de repente usando
uma cotovelada quando seu oponente estiver bem próximo. ambos os braços ao mesmo tempo.
PRÊMIO OSVALDO PAQUETÁ
Autor: Leandro Mamute (Live Esporte) / Fotos: Cassiano Correia (Photo Fight)

Prêmio Osvaldo Paquetá – Melhores do MMA Brasileiro se solidificou como a mais importante premiação
do MMA nacional. Em sua quinta edição, a premiação desembarcou em Nova Iguaçu no estado do Rio
de Janeiro para entregar os troféus para os vencedores das
19 categorias escolhidos pelo voto popular. A cerimônia
contou com presenças ilustres do mundo das lutas incluindo
as esposas dos saudosos mestres Carlson Gracie e Osvado
Paquetá, que foram homenageados com uma linda charge
confeccionada pelo artista David Carvalho.
Além das premiações para as categorias do Prêmio Osval-
do Paquetá, a edição de 2017 contou com o troféu Alessan-
Marcos Sabadin dro Souza de honra ao mérito esportivo que foi entregue
aos homenageados Marcelo Alonso, Fernando Flores, Erica
Paes, Ludy Goulart, Vinicius da Costa e projetos da parceria Prime Esportes.
A categoria que abriu o Prêmio Osvaldo Paquetá foi a de announcer, que pela 1ª vez foi vencida por um
concorrente do norte do Brasil, o manaura Marcos Sabadin.
E a noite continuou sendo especial para o povo de Manaus, na categoria Evento do ano não televisiona-
do o Óscar do MMA nacional foi vencido pelo Mr. Cage, vitória que levou as lágrimas o CEO da organiza-
ção, Samir Nadaf.
Após um grande ano em 2017 com muitos pupilos se desta-
cando dentro e fora do Brasil, o treinador Cristiano Marcello
que é líder da equipe CM System conquistou o bicampeona-
to em duas categorias, treinador do ano e equipe do ano.
A cerimônia contou com muitas homenagens, dentre elas o
jornalista Marcelo Alonso pelo livro “Por trás do octógono”
lançado em 2017 que além de ser um sucesso de vendas é
também um registro genuíno dos primeiros passos do nosso
MMA no Brasil e no mundo.
Samir Nadaf
“Uma honra ter mais este livro reconhecido por contribuir um
pouco com a memória do mma nacional. Ainda mais sendo
premiado junto com os personagens que mais se destacaram no nosso esporte em 2017.” – declara Mar-
celo Alonso.
Ludy Goulart também marcou presença na cerimônia do Óscar do MMA nacional e falou um pouco sobre
a sua recuperação após lesão sofrida em 2017 ao se acidentar em uma luta e comprimir uma das vérte-
bras da coluna.

Confira a lista completa dos vencedores:


LISTA DE VENCEDORES DO PRÊMIO OSVAL-
DO PAQUETÁ 2017

ANNOUNCER DO ANO
Marcos Sabadin

ARTE GRÁFICA DO ANO


Action Fight

RING GIRL DO ANO


Cris&ano Marcello
Stefanny Freitas

FOTOGRAFIA DO ANO
Deive Coutinho e Michael Dantas (Empatados em votos)

MATÉRIA DO ANO
Jorge Junior

ÁRBITRO CENTRAL DO ANO


Andre Ricardo (Xaropinho)

TREINADOR DO ANO
Cristiano Marcello

EDIÇÃO DO ANO
Wocs 45
Marcelo Alonso
ORGANIZAÇÃO DO ANO (NÃO TELEVISIONADA)
Mr. Cage

ORGANIZAÇÃO DO ANO (TELEVISIONADA)


Shooto

REVIRAVOLTA DO ANO
Wallace Lord

FINALIZAÇÃO DO ANO
Ricardo “Capitão America” Guimarães

NOCAUTE DO ANO
Rudson Caliocane

EQUIPE DO ANO Ludy Goular


CM System

LUTA DO ANO
Marta “Galdiadora” x Priscila “Pedrita”

ATLETA REVELAÇÃO (MASCULINO)


Wallace Lopes

ATLETA REVELAÇÃO (FEMININO)


Marília Fanta

LUTADORA DO ANO
Jessica Delboni

LUTADOR DO ANO Sra. Marly Gracie e Sra. Marlene Paquetá


Glaico “Nego” França
4 RAZÕES PORQUE A FILOSOFIA DA ARTE MARCIAL
DEVERIA ESTAR EM TODO LÍDER EMPRESARIAL

Por Fabio Gurgel

H
á aproximadamente 15 anos fui convidado pe-
la Rede Globo para fazer um seminário em-
presarial para suas filiadas de todo o Brasil, o
evento faria parte de uma ação anual da em-
presa e tinha como objetivo integrar as áreas de engenha-
ria, marketing e jornalismo, o evento aconteceu em Foz do
Iguaçu e se chamou “Percepção e Liderança”.
Quando recebi a ligação me deram um pequeno briefing da ideia e marcaram uma
reunião com o diretor que a idealizara, embora tivesse dito ao telefone que sim
claro que seria possível, na verdade não fazia a menor ideia de como fazer aquele
seminário/palestra, estava muito acostumado a seminários técnicos de jiu jitsu os
quais realizava e ainda os faço por todo o mundo da Finlândia a Indonésia, do Ja-
pão ao Equador mas falar para o mundo empresarial era um desafio totalmente
novo!
Após a reunião muito agradável por sinal fiquei muito empolgado em tentar fazer
uma correlação das coisas que vivemos durante o treinamento e as emoções du-
rante uma luta com a vida de um empresário e suas dificuldades mas ainda não
tinha a menor ideia de como faze-lo, estava contratado e tinha 30 dias para me
preparar.
A literatura sobre esse assunto é inexistente ou quase, minha maior fonte de pes-
quisa com certeza foram meus alunos e suas experiências, pessoas de diferentes
áreas me contavam naturalmente suas formas de lidar com os problemas não só
no trabalho mas na vida pessoal, comecei a perceber em todos um certo padrão
de comportamento e quanto mais graduados e experientes eles eram mais pareci-
das se tornavam suas reações.
Não por coincidência esses alunos eram (e ainda são) lideres em suas áreas de
atuação que vão do mercado financeiro ao ramo da publicidade passando por co-
merciantes, advogados e profissionais liberais, o Jiu Jitsu dava a eles um padrão,
1- Nunca o instinto, sempre a técnica
Na primeira aula de Jiu jItsu ensino aos meus alunos basicamente duas coisas, a
primeira é o principio da força de alavanca que permite uma pessoa bem mais fraca
e leve vencer um adversário mais forte e pesado ( e aqui não vamos evocar a estó-
ria de Davi e Golias ou qualquer tipo de crença, é na técnica mesmo) e a segunda é
nunca agir pelo instinto, explico porque, o jiu jitsu foi criado justamente observando
os animais lutarem e quais eram seus instintos, os movimentos eram previsíveis e
quando sabemos o que vai acontecer fica fácil de se neutralizar ou contra atacar,
acontecem sempre as mesmas reações. O jiu jitsu te ensina a pensar sempre na
frente mais rápido e mais preciso, isso é técnica!
2 – Pensar sob pressão
Aprender a usar a técnica sobre pressão é fundamental para um líder que precisa
tomar decisões, o jiu itsu vai te ensinar isso também e da forma mais natural e por-
que não dizer divertida, imagine uma situação onde você esta no meio de um treino
e sofrendo uma tentativa de estrangulamento, você esta cansado, tem pouco ar pa-
ra respirar e o estrangulamento começa a fazer efeito ou seja o oxigenação do cé-
rebro não é das melhores fica mais difícil raciocinar, provavelmente uma pessoa
despreparada desistiria no cenário descrito acima, no entanto se eu te contar que
um único movimento pode te salvar? e se você acreditasse que sempre há uma
maneira técnica de sair antes de a derrota se consumar?
Que tudo pode acontecer antes de o jogo terminar? Isso serve para tudo!!!!
3 – A busca da excelência
A compreensão da importância do treinamento, a busca pela excelência o aprendi-
zado diário independente de quão bom você seja tudo isso são coisas inerentes a
pratica da arte marcial e que criam uma disciplina de vida que se estende pelo seu
trabalho e em qualquer outra coisa que você se proponha a fazer.
4 – Faça da disputa uma prática saudável
Trabalhar em grupo é algo que todo artista marcial aprende desde cedo, sem seu
colega ao lado você não vai a lugar nenhum, ajudar seu companheiro te obriga a
ser melhor ainda para poder vence-lo, sim disputamos com nossos amigos e apren-
demos a ganhar e perder deles também.
Poderia ainda enumerar uma serie de outros benefiios que vao te fazer um líder
melhor, um companheiro melhor e por que não um ser humano melhor, afinal essa
é a verdadeira busca que devemos perseguir, mas vou deixar você descobrir o res-
to sozinho!

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