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criminológica marcada pela ideia de que as noções de crime e criminoso são construídas
socialmente a partir da definição legal e das ações de instâncias oficiais de controle social
a respeito do comportamento de determinados indivíduos.
Na atualidade o que garante o Direito é o poder e não a igualdade social, pois o Direito
faz parte de todo o aparato estatal, com vista a implementar uma ideologia para a
perpetuação das classes dominantes no poder, pois as leis penais buscam proteger, em
sua maioria, os bens jurídicos de maior importância para a elite, que por conseguinte são
mais suscetíveis a ação dos menos favorecidos.
A Sociologia Criminal, que contempla o delito como fenômeno social, estudou e aplicou a
sua análise diversos marcos teóricos (ecológico, estrutural-funcionalista, subcultural,
conflitual, interacionista, etc. As principais teorias nasceram na Escola de Chicago e
destacam-se as teorias do processo social que formulam diversas respostas ao fenômeno
da criminalidade e sua gênese.
Esses fatos demonstram claramente que a pena não ressocializa ninguém e sim
estigmatiza, pois não é o fato de ter praticado um crime que torna o sujeito indesejável
aos olhos da sociedade, e sim o fato de ter cumprido uma pena. O modelo clássico de
justiça encontra-se em crise, então a resposta mais satisfatória ao problema criminal é o
Direito Penal Mínimo, pois há um menor custo social.
Nos dias de hoje, com o aumento da violência e do clamor social por justiça, ganham
cada vez mais importância os temas relacionados ao direito de punir do Estado e a
efetividade desse direito. O Direito Penal do Inimigo é uma forma de demonstrar como
esse etiquetamento social é drástico e perigoso.