Sie sind auf Seite 1von 159

INTRODUÇÃO À

ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

Prof. Ewerton Alex Avelar


OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

Maximizar o
valor da
empresa!
Prof. Ewerton Alex Avelar 2
OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

• Valor presente dos benefícios econômicos


esperados, descontados a uma taxa que
representa a remuneração mínima exigida
pelos proprietários de capital.

Reflete o risco associado a


esses resultados

Prof. Ewerton Alex Avelar 3


OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

Benefícios:
• O preço da ação é uma medida observável.
• O preço das ações em um mercado com
investidores racionais reflete os efeitos a
longo prazo das decisões da empresa.
• O preço das ações é a medida real da
riqueza dos acionistas.

Prof. Ewerton Alex Avelar 4


OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA

Pressupostos:

• Os administradores da empresa focam na


maximização da riqueza dos acionistas.

• Os financiadores sentem-se seguros de que


seus interesses serão protegidos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 5


OBJETIVO BÁSICO DA ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
Pressupostos:

• Os administradores da empresa não tentam


enganar ou mentir para os mercados
financeiros sobre suas perspectivas futuras, e
existem informações suficientes para
caracterizar os efeitos das medidas da
empresa sobre o seu valor.

• Não há encargos para a sociedade.


Prof. Ewerton Alex Avelar 6
CONFLITOS DE INTERESSES
Conflito básico: Principal versus agente
• Problema básico: o acionista (principal)
contrata um administrador (agente) para
gerir a empresa.
• Teoricamente, os administradores
deveriam atuar de acordo com a
maximização da riqueza do acionista.

Prof. Ewerton Alex Avelar 7


CONFLITOS DE INTERESSES
• Entretanto, os administradores também
se preocupam com sua riqueza pessoal,
com a segurança de seu emprego, com
benefícios indiretos e com seu estilo de
vida.
• Isso pode fazer com que os
administradores não atuem de maneira a
sempre beneficiar os acionistas da
empresa.

Prof. Ewerton Alex Avelar 8


CONFLITOS DE INTERESSES
• Formas de reduzir o conflito de agência:
• Forças de mercado – os principais
acionistas e a ameaça de conquista de
controle por outra empresa ajudam a
pressionar os administradores a se
preocuparem com o desempenho da
empresa.
• Custos de agência – podem garantir que os
administradores atuem de acordo com os
interesses dos acionistas.

Prof. Ewerton Alex Avelar 9


CONFLITOS DE INTERESSES
• Podem existir conflitos entre os
administradores e outros stakeholders:
credores, sociedade e mercados
financeiros.

Os stakeholders podem ser compreendidos


como agentes interessados em um dado
empreendimento.
Prof. Ewerton Alex Avelar 10
CONFLITOS DE INTERESSES

Acionistas Credores

Conflitos

Administradores

Mercado
Sociedade
financeiro
Prof. Ewerton Alex Avelar 11
DECISÕES EM FINANÇAS

• Investimentos: Aplicações de recursos.

• Financiamento: Captação de recursos.

• Dividendos: Distribuir ou reter lucros.

Prof. Ewerton Alex Avelar 12


DECISÕES EM FINANÇAS
• Decisão de investimentos:
– A mais importante das decisões financeiras.
– É avaliada em termos de risco e retorno.
– Cria valor para a empresa quando o retorno
esperado da alternativa de investimento
exceder a taxa exigida pelos proprietários de
capital.
– Reflete um compromisso com a continuidade
da empresa.
Prof. Ewerton Alex Avelar 13
DECISÕES EM FINANÇAS
• Decisão de financiamento:
– Preocupa-se com as melhores ofertas de
recursos.
– Enfoca a melhor proporção a ser mantida
entre capital de terceiros e próprio.
– As empresas têm variadas fontes de
captação de recursos à sua disposição, tais
como: fornecedores, instituições financeiras,
acionistas etc.
Prof. Ewerton Alex Avelar 14
DECISÕES EM FINANÇAS
• Decisão de dividendos:

– A decisão de reter lucros pressupõe que o


retorno gerado pela empresa supera o ganho
que o acionista poderia obter na hipótese de
dispor de seus lucros.
– Trata-se essencialmente de uma decisão de
financiamento mediante capital próprio.

Prof. Ewerton Alex Avelar 15


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
BALANÇO PATRIMONIAL

Financiamento
Ativo Passivo
Investimento

Decisões de
Decisões de

circulante circulante

Ativo não Recursos


circulante de longo
prazo

Prof. Ewerton Alex Avelar 16


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Aumenta
Alternativa
Administrador de decisão Retorno? o preço
financeiro financeira Risco? das
ações?

Sim Não

Aceitar Rejeitar

Prof. Ewerton Alex Avelar 17


MERCADO FINANCEIRO
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é
constituído por um conjunto de instituições
financeiras públicas e privadas que atuam
por meio de diversos instrumentos
financeiros, na captação de recursos,
distribuição e transferência de valores
entre os agentes (ASSAF NETO, 2009, p.
47).

Prof. Ewerton Alex Avelar 18


Oferta de
Demanda de Crédito Capital (fundos)
EMPRESA Intermediários Financeiros INDIVÍDUOS
Oferta de Crédito Demanda de
Bancos Capital
Caixas Econômicas
Associações de Poupança e Empréstimo
Financeiras
Fundos de pensão
Outros Intermediários

GOVERNO

Mercado Financeiros

Mercado Monetário
(dívidas a curto prazo - DCP)

Mercado de Capitais
(dívidas a médio e longo prazo - DMP e DLP)
Prof. Ewerton Alex Avelar
Ações e Obrigações 19
MERCADO FINANCEIRO
• Conselho Monetário Nacional: órgão máximo
do Sistema Financeiro Nacional (SFN), cuja
missão é definir as diretrizes de funcionamento
do sistema, assim como formular toda a política
de moeda e crédito da economia.
• Sua composição atual é:
– Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho)
– Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
– Presidente do Banco Central do Brasil

Prof. Ewerton Alex Avelar 20


MERCADO FINANCEIRO
• Banco Central: principal órgão executivo
do Sistema Financeiro Nacional (SFN),
atuando principalmente como fiscalizador
do mercado financeiro, gestor do sistema
e executor da política monetária do
governo.

Prof. Ewerton Alex Avelar 21


MERCADO FINANCEIRO
• Comissão de Valores Mobiliários: visa
basicamente controlar e fomentar o
mercado de valores mobiliários (bolsa de
valores). Sua atuação abrange: instituições
financeiras, companhias de capital aberto
emitentes de títulos e valores mobiliários, e
investidores.

Prof. Ewerton Alex Avelar 22


MERCADO FINANCEIRO
• O mercado financeiro é um fórum no qual
os fornecedores e os demandantes de
fundos podem transacionar diretamente.

• Os dois principais segmentos do


mercado financeiro são o mercado
monetário e o mercado de capitais.

Prof. Ewerton Alex Avelar 23


MERCADO FINANCEIRO

• O mercado monetário é criado por uma


relação financeira entre fornecedores e
demandantes de fundos de curto prazo (com
prazo de vencimento de, no máximo, um ano).

Prof. Ewerton Alex Avelar 24


MERCADO FINANCEIRO
• O mercado de capitais permite
transações entre fornecedores e
demandantes de fundos de longo prazo.

• Os principais instrumentos do mercado de


capitais são obrigações (dívidas de longo
prazo) e ações ordinárias e preferenciais.

Prof. Ewerton Alex Avelar 25


MERCADO FINANCEIRO
• As bolsas de valores são mercados
secundários nos quais ocorrem compras e
vendas de títulos.
• A principal razão da existência da bolsa de
valores é proporcionar liquidez aos títulos,
possibilitando que as negociações sejam
realizadas no menor tempo possível, a um
preço justo de mercado (formado pelo
consenso entre oferta demanda).

Prof. Ewerton Alex Avelar 26


VALOR DO DINHEIRO
NO TEMPO

Prof. Ewerton Alex Avelar 27


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Dinheiro: são os valores dos pagamentos
ou recebimentos em uma transação.

• Tempo: prazo compreendido entre a data


da operação e a época em que o
pagamento ou o recebimento irá ocorrer.

Prof. Ewerton Alex Avelar 28


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
O valor do dinheiro no tempo é um dos
conceitos mais importantes em finanças. O
dinheiro que a empresa tem em mãos hoje
vale mais do que no futuro, pois o dinheiro,
hoje, pode ser investido e render retornos
positivos (GITMAN, 2010, p. 147).

Prof. Ewerton Alex Avelar 29


Qual era o salário mínimo
em julho de 1994?

Prof. Ewerton Alex Avelar 30


O salário mínimo
em julho de 1994
era de R$ 64,79.

Prof. Ewerton Alex Avelar 31


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

• Componentes que explicam a variação do


valor do dinheiro no tempo:

– Recompensa pela incerteza.


– Taxa da inflação.
– Taxa de juros real.

Prof. Ewerton Alex Avelar 32


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• A Inflação é o aumento do nível geral de
preços da economia.
IPCA - Acumulado (em %)
500,00 395,20%
Valores (em %)

400,00
300,00
200,00
100,00
-
Julho/1994 Abril/2015
Fonte: Adaptado de IBGE (2015)
Prof. Ewerton Alex Avelar 33
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Dados sobre a inflação do país podem ser
obtidos nos seguintes sites:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE):
http://www.ibge.gov.br/home/
Fundação Getúlio Vargas (FGV):
www.fgv.br/

Prof. Ewerton Alex Avelar 34


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• O dinheiro pode ser considerado uma
mercadoria como qualquer outra.
• Juro é a quantia que remunera um credor
pelo uso de seu dinheiro por parte de um
devedor durante um período determinado,
gerando uma percentagem sobre o que foi
emprestado.

Prof. Ewerton Alex Avelar 35


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Juros: é a remuneração do capital
emprestado, um “aluguel” pago pelo uso
do dinheiro.

• Taxa de juros: razão entre juros


recebidos ( pagos) no final de um período
e o capital inicialmente aplicado
(emprestado).
Prof. Ewerton Alex Avelar 36
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Estimula as pessoas a fazer poupança e controlar o
consumo.
• É a remuneração do capital de terceiros.
• A taxa de juros é determinada pela lei da oferta e
procura de recursos financeiros.
• As taxas de juros são expressas em unidades de tempo:

ao dia (a.d.) 0,32% ao dia


ao mês (a.m.) 10% ao mês
ao trimestre (a.t.) 33,1% ao trimestre
ao semestre (a.s.) 77,16% ao semestre
ao ano (a.a.) 213,84% ao ano

Prof. Ewerton Alex Avelar 37


JUROS

Estrutura da Taxa de Juros

Taxa de Risco
Taxa
de Juro
Real Taxa
Taxa Livre de Risco Bruta
de Juro

Inflação
38
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• As calculadoras financeiras e as planilhas
eletrônicas podem ser usadas para
simplificar os cálculos do valor do dinheiro
no tempo.

Prof. Ewerton Alex Avelar 39


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Importantes teclas das calculadoras
financeiras:

Teclas Descrição
n Número de períodos
i Taxa de juros por período
PV Valor presente (Present value)
PMT Valor do pagamento (usado para anuidades)
FV Valor futuro (Future value)

Prof. Ewerton Alex Avelar 40


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

Juros simples
• Caracterizado pelo fato de que apenas o
valor principal, ou capital inicial, será
remunerado ao longo do tempo de
aplicação.

Prof. Ewerton Alex Avelar 41


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros simples (exemplo):
• Caso eu deposite o valor de R$ 1 mil no Banco
X no início do ano 1, sendo que esse valor será
remunerado a uma taxa de juros de 10% ao
ano, quanto eu terei ao final de 5 anos?
Período Principal Juros acumulados Final do período
1 1.000,00 100,00 1.100,00
2 1.000,00 200,00 1.200,00
3 1.000,00 300,00 1.300,00
4 1.000,00 400,00 1.400,00
5 1.000,00 500,00
Prof. Ewerton Alex Avelar 1.500,00
42
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros simples – Adaptado de Dias (2002)
A Cia. de Aviação Céu de Brigadeiro S.A.
aplicou parte das suas “sobras” de caixa (no
valor de R$ 1 milhão), por quatro meses, no
banco América do Norte, a uma taxa de 1,2%
ao mês, na modalidade de juros simples.
Calcule o montante a ser resgatado ao final
dessa aplicação.

Prof. Ewerton Alex Avelar 43


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros simples – Adaptado de Dias (2002)
A Cia. de Aviação Céu de Brigadeiro S.A.
aplicou parte das suas “sobras” de caixa (no
valor de R$ 1 milhão), por quatro meses, no
banco América do Norte, a uma taxa de 1,2%
ao mês, na modalidade de juros simples.
Calcule o montante a ser resgatado ao final
dessa aplicação.
FV = 1.000.000*(1+0,012*4) = 1.048.000
Prof. Ewerton Alex Avelar 44
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros simples – Adaptado de Dias (2002)
A Indústria de Sorvetes Gelinho Ltda. ampliou suas
instalações e negociou com o Banco de Financiamento
Nacional um empréstimo no valor de R$ 3,9 milhões (valor
já com os juros incorporados) e com vencimento em 5 anos.
O Sr. Epaminondas, gerente financeiro da empresa, estudou
as taxas de alguns bancos e constatou que, caso desejasse
aplicar na modalidade juros simples, obteria um taxa de 6%
ao ano. Qual o capital que a empresa precisaria aplicar hoje
para dispor do montante necessário para quitar o
empréstimo no seu vencimento?

Prof. Ewerton Alex Avelar 45


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros simples – Adaptado de Dias (2002)
A Indústria de Sorvetes Gelinho Ltda. ampliou suas
instalações e negociou com o Banco de Financiamento
Nacional um empréstimo no valor de R$ 3,9 milhões (valor
já com os juros incorporados) e com vencimento em 5 anos.
O Sr. Epaminondas, gerente financeiro da empresa, estudou
as taxas de alguns bancos e constatou que, caso desejasse
aplicar na modalidade juros simples, obteria um taxa de 6%
ao ano. Qual o capital que a empresa precisaria aplicar hoje
para dispor do montante necessário para quitar o
empréstimo no seu vencimento?

3.900.000=PV*(1+0,06*5)=3.000.000

Prof. Ewerton Alex Avelar 46


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Juros compostos
• Método de cômputo dos juros, no qual o
capital inicial acrescido dos juros de
períodos anteriores é utilizado no cálculo
do rendimento atual.

Prof. Ewerton Alex Avelar 47


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

• Valor futuro (Future Value – FV): o valor de


uma quantia em uma data futura encontrado
com a aplicação de juros compostos por
certo período.

Prof. Ewerton Alex Avelar 48


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Valor futuro (exemplo):
• Caso eu deposite o valor de R$ 1 mil no Banco
X no início do ano 1, sendo que esse valor será
remunerado a uma taxa de juros de 10% ao
ano, quanto eu terei ao final de 5 anos?
Período Principal Juros Final do período
1 1.000,00 100,00 1.100,00
2 1.100,00 110,00 1.210,00
3 1.210,00 121,00 1.331,00
4 1.331,00 133,10 1.464,10
5 1.464,10 146,41
Prof. Ewerton Alex Avelar 1.610,5149
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Valor futuro (exemplo):

• Como realizar os cálculos na HP 12C:


Final do período

Dado Função
1000 PV
10 i
5 n
FV

Prof. Ewerton Alex Avelar 50


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Valor presente (Present Value – PV): valor
monetário corrente de uma quantia futura,
ou seja, o capital que precisa ser investido
hoje a certa taxa de juros por um período
estipulado para igualar-se à quantia futura.

Prof. Ewerton Alex Avelar 51


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Valor presente (exemplo):
• Caso eu tenha obtido a quantia de R$ 1.610,51
após depositar um determinado valor há cinco
anos atrás, remunerado a uma taxa de juros de
10% ao ano, qual seria esse valor?
Período Principal Juros Final do período
1 1.000,00 100,00 1.100,00
2 1.100,00 110,00 1.210,00
3 1.210,00 121,00 1.331,00
4 1.331,00 133,10 1.464,10
5 1.464,10 146,41
Prof. Ewerton Alex Avelar 1.610,5152
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Valor presente (exemplo):

• Como realizar os cálculos na HP 12C:


Final do período

Dado Função
1.610,51 FV
10 i
5 n
PV

Prof. Ewerton Alex Avelar 53


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
A Mineradora Morro Marrom S.A. é uma das maiores
exportadoras de metais do país. Um dos seus
principais produtos está cotado em R$1.235,00 a
tonelada (para compra a vista). Entretanto, a referida
empresa proporciona aos seus importadores a
possibilidade de pagar em 180 dias. Sabendo que a
taxa de juros da Morro Marrom S.A. é de 0,65% ao
mês, qual o valor (por tonelada) que deverá constar
da fatura internacional?

Prof. Ewerton Alex Avelar 54


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
A Mineradora Morro Marrom S.A. é uma das maiores
exportadoras de metais do país. Um dos seus
principais produtos está cotado em R$1.235,00 a
tonelada (para compra a vista). Entretanto, a referida
empresa proporciona aos seus importadores a
possibilidade de pagar em 180 dias. Sabendo que a
taxa de juros da Morro Marrom S.A. é de 0,65% ao
mês, qual o valor (por tonelada) que deverá constar
da fatura internacional?
FV = R$1.235*(1+0,065)^6=R$1.283,95

Prof. Ewerton Alex Avelar 55


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
O Sr. Afrânio, supervisor de serviços gerais da Comercial
Globinho de Lustres Ltda., está analisando a aquisição de
oito máquinas de alta pressão para lavagem de pisos. O
fabricante do equipamento, detentor da preferência do Sr.
Afrânio, encaminhou-lhe um folheto técnico e uma oferta
comercial. Cada equipamento tem um custo de R$
4.890,00, perfazendo um total de R$ 39.120,00. O
pagamento seria realizado em 120 dias a partir da entrega
das máquinas. O Sr. Afrânio quer saber qual seria o preço
a vista, considerando um custo financeiro de 1,2% ao mês.

Prof. Ewerton Alex Avelar 56


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
O Sr. Afrânio, supervisor de serviços gerais da Comercial
Globinho de Lustres Ltda., está analisando a aquisição de
oito máquinas de alta pressão para lavagem de pisos. O
fabricante do equipamento, detentor da preferência do Sr.
Afrânio, encaminhou-lhe um folheto técnico e uma oferta
comercial. Cada equipamento tem um custo de R$
4.890,00, perfazendo um total de R$ 39.120,00. O
pagamento seria realizado em 120 dias a partir da entrega
das máquinas. O Sr. Afrânio quer saber qual seria o preço
a vista, considerando um custo financeiro de 1,2% ao mês.
PV=R$39.120 / (1+0,012)^4 = R$37.297,25
R$37.297,25
Prof. Ewerton Alex Avelar 57
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Anuidades ou Pagamentos periódicos
(Periodic Payments – PMT): uma série
de fluxos de caixa periódicos iguais, por
um prazo determinado.

PV  i  (1  i) n
PMT 
(1  i) 1
n

Prof. Ewerton Alex Avelar 58


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Anuidade (exemplo):
• Caso eu aplique anualmente (sempre no final do
período), o valor de R$ 1 mil no Banco X, sendo
que esse valor será remunerado a uma taxa de
juros de 10% ao ano, quanto eu terei ao final de
5 anos?

Período Pagamento anual Principal Juros Final do período


1 1.000,00 1.000,00 0,00 1.000,00
2 1.000,00 2.000,00 100,00 2.100,00
3 1.000,00 3.100,00 210,00 3.310,00
4 1.000,00 4.310,00 331,00 4.641,00
5 1.000,00 5.641,00 464,10 6.105,10
Prof. Ewerton Alex Avelar 59
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Anuidade (exemplo):
• Como realizar os cálculos na HP 12C:

Dado Função
1000 PMT
10 i
5 n
FV

Prof. Ewerton Alex Avelar 60


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
A Companhia de Produtos Siderúrgicos Ferro Doce Ltda.
mantém uma pendência com o governo federal relativa
ao não recolhimento de imposto de renda nos últimos
dois anos. O total da dívida, já com juros e multa inclusos,
é de R$ 2.540.000,00. Por se tratar de um valor elevado,
impossível de ser pago em uma única oportunidade, ficou
estabelecido com a Receita Federal, um parcelamento
em quatro anos, com pagamentos mensais. A taxa de
juros foi fixada em 1% ao mês. Determine o valor de cada
parcela. Reposta: R$ 66.887,94

Prof. Ewerton Alex Avelar 61


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Adaptado de Dias (2002)
A Companhia de Produtos Siderúrgicos Ferro Doce Ltda.
mantém uma pendência com o governo federal relativa ao
não recolhimento de imposto de renda nos últimos dois
anos. O total da dívida, já com juros e multa inclusos, é de
R$ 2.540.000,00. Por se tratar de um valor elevado,
impossível de ser pago em uma única oportunidade, ficou
estabelecido com a Receita Federal, um parcelamento em
quatro anos, com pagamentos mensais. A taxa de juros foi
fixada em 1% ao mês. Determine o valor de cada parcela.
PV = 2540000; i = 1; n = 48; PMT.
Reposta: R$ 66.887,94 Prof. Ewerton Alex Avelar 62
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Pode-se utilizar uma linha de tempo para
representar os fluxos de caixa associados a
um dado investimento.

• Linha de tempo (diagrama de fluxo de


caixa): uma linha horizontal na qual a data
zero é colocada na ponta mais à esquerda e
os períodos são indicados da esquerda para
a direita.

Prof. Ewerton Alex Avelar 63


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
• Suponhamos que temos uma previsão de fluxo de
caixa esquematizada abaixo. Podemos descontá-lo
trazendo-o ao seu período inicial, determinando o
seu valor presente, ou podemos capitalizá-lo até
o seu período final, determinando o seu valor
futuro.

Valor Presente Valor Futuro

1.000 1.000 1.000 1.000 1.000


0 1 2 3 4
Prof. Ewerton Alex Avelar 64
VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Perpetuidade:
• Trata-se de uma anuidade com duração
infinita, ou seja, uma anuidade que
nunca deixa de fornecer ao seu titular
um fluxo de caixa ao fim de cada
período.

Prof. Ewerton Alex Avelar 65


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Séries mistas
• Trata-se de uma série de fluxos de caixa
periódicos e desiguais, que não apresenta
nenhum padrão específico.
• O cálculo do valor de uma série mista é
realizado a partir da determinação de cada
fluxo de caixa em uma data específica e
somam-se todos os valores individuais para se
chegar ao valor total.

Prof. Ewerton Alex Avelar 66


VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Taxas de juros anuais nominais e efetivas
• Taxa de juros nominal: é a taxa anual de
juros contratada e cobrada por um credor ou
prometida por um tomador.
• Taxa de juros efetiva: é a taxa anual de juros
efetivamente paga ou recebida. Essa taxa
reflete a frequência de composição dos juros.

Prof. Ewerton Alex Avelar 67


INVESTIMENTOS DE
LONGO PRAZO
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Orçamento de capital
– Inclui decisões de quais ativos permanentes
comprar, em quais mercados concorrer ou
qual produto lançar.
– O processo de orçamento de capital poderia
se chamar “alocação estratégica de ativos”.
“O ativo permanente é o que define os negócios
da empresa” (ROSS et al., 2008, p. 265).

Prof. Ewerton Alex Avelar 69


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Razões para investir:

– Expansão
– Substituição / Modernização
– Outros propósitos

Prof. Ewerton Alex Avelar 70


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Fatores que estimulam os investimentos:
– Oportunidade de negócio.
– Disposição ao risco.
– Existência de fontes de recursos.
– Baixo custo de capital.

• Fatores que inibem os investimentos:


– Racionamento de capital.
– Inflação.
– Custo de capital elevado.
– Instabilidade econômica.

Prof. Ewerton Alex Avelar 71


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Tipos mais comuns de projetos de
investimentos:
– Projetos independentes.
– Projetos dependentes.

• Fatores que devem ser analisados em um


projeto de capital:
– Viabilidade financeira.
– Viabilidade técnica.
– Viabilidade comercial.
Prof. Ewerton Alex Avelar 72
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Etapas de um projeto de investimento:
1) Geração da proposta;
2) Avaliação e análise;
3) Tomada de decisão;
4) Implementação; e
5) Acompanhamento.

• Geração da proposta de investimento:


1) Cálculo do investimento inicial;
2) Cálculo dos fluxos de caixa incrementais; e
3) Cálculo do valor residual do projeto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 73


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Investimento Inicial: é a saída de caixa
no instante zero do projeto.
Custo do ativo novo
(+) Custos de instalação
(=) Custo total do ativo
(+) Receita da venda do ativo velho
( - ) IR sobre ganho de capital
(+/-) Variação no CCL (NCG)
(=) INVESTIMENTO INICIAL

Prof. Ewerton Alex Avelar 74


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Fluxo de Caixa Incremental: são as entradas de
caixa incrementais após os impostos sobre o
lucro, adicionado o valor da depreciação.
• Fluxo de Caixa Residual: valor de entrada de
caixa em decorrência da liquidação do projeto
(venda do ativo novo).

(+) Receita da venda do ativo novo


( - ) IR sobre ganho de capital
(+/-) Variação do CCL (NCG)
(=) FLUXO DE CAIXA RESIDUAL

Prof. Ewerton Alex Avelar 75


TOMANDO DECISÕES DE
INVESTIMENTO DE CAPITAL
DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Fluxos de caixa relevantes (incrementais):
– Diferença entre os fluxos de caixa futuros de uma
empresa considerando um projeto e sem considerá-
lo.
– Todo fluxo de caixa que existe independente de um
projeto pode ser ou não assumido não é relevante.
• Princípio da independência:
– Suposição de que a avaliação de um projeto pode
se basear nos fluxos de caixa incrementais do
projeto.
– Cada projeto é tratado como uma “mini-empresa”.

Prof. Ewerton Alex Avelar 77


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Há algumas “armadilhas” na definição dos
fluxos de caixa relevantes:
– Custos irrecuperáveis: custo que já foi incorrido,
não pode ser removido e, portanto, não deve ser
considerado em uma decisão de investimento.
– Custo de oportunidade: alternativa de maior valor
que é oferecida se determinado investimento for
aceito.
– Efeitos colaterais: efeitos “bons” ou “ruins” sobre
os fluxos de caixa da empresa provenientes de
outro projeto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 78


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Devem ser considerados outros aspectos:
– O investimento em capital circulante líquido
(CCL), que funciona como uma espécie de
empréstimo, uma vez que o valor é
recuperado no final do projeto.
– Os juros pagos não estão relacionados ao
projeto em si.
– Os fluxos de caixa considerados são após
aos tributos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 79


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• O primeiro aspecto que devemos
considerar na análise de um projeto de
investimento é o levantamento de
demonstrações financeiras pro forma
(projetadas).
• Demonstrações financeiras pro forma:
demonstrações financeiras que projetam
as operações de períodos futuros.

Prof. Ewerton Alex Avelar 80


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Para preparar demonstrações financeiras
pro forma, é necessário estimar:
– as quantidades de vendas unitárias;
– o preço de venda por unidade;
– o custo variável por unidade;
– os custos fixos totais;
– o investimento em CCL; e
– a alíquota de impostos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 81


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Posteriormente, os fluxos de caixa
descontados (FCD) devem ser calculados
com base nessas informações.
FCD  FCO  CCL  Gastos_ de _ Capital _ do _ Pr ojeto
Onde:
FCO = fluxo de caixa operacional.
ΔCCL = variação no capital circulante
líquido.

FCO  EBITDA Im postos Onde:


EBITDA = Lucro antes dos juros,
tributos sobre o lucro, depreciação e
amortização.
Prof. Ewerton Alex Avelar 82
DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Salienta-se que os valores recuperados
no futuro (CCL e/ou parte dos gastos de
capital) devem ser incluídos no final do
período de análise (com sinal trocado).

Prof. Ewerton Alex Avelar 83


DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL
• Salienta-se que as discrepâncias entre valores
pagos e ou recebidos efetivamente não atrapalha
a análise das informações contábeis para
estimativa dos fluxos de caixa, desde que esses
valores sejam considerados adequadamente na
variação do CCL.
• A depreciação é uma dedução não caixa, ou seja,
ela só influencia os fluxos de caixa pela dedução
de tributos.
• Ademais, devem-se considerar aspectos tais
como a depreciação acelerada permitida pela
legislação fiscal.
Prof. Ewerton Alex Avelar 84
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE
PROJETOS
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Valor presente líquido (VPL)


Diferença entre o valor de mercado e de o
seu custo. Medida do valor que é criado
ou agregado hoje por um investimento
que será feito.
REGRA DO VPL: Um investimento deveria ser
aceito se o VPL fosse positivo e, recusado, se ele
fosse negativo.
Prof. Ewerton Alex Avelar 86
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Fluxos de caixa descontado de avaliação:
o processo de avaliação de um investimento
pelo desconto de seus fluxos de caixa
futuros.
• Deve-se se seguir estes passos:
1. estimam-se os fluxos de caixa;
2. estimam-se os valores presentes dos fluxos
de caixa; e
3. estima-se o VPL (diferença entre os fluxos
de caixa).
Prof. Ewerton Alex Avelar 87
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• O ganho/perda de cada ação,


teoricamente, pode ser calculado pela
divisão do VPL pelo número de ações.

• O mais complicado na estimativa é a


previsão dos fluxos de caixa e a definição
da taxa de desconto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 88


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Período de retorno de investimento


(payback)
Tempo necessário para que um
investimento gere fluxos de caixa
suficientes para recuperar seu custo
inicial.

Prof. Ewerton Alex Avelar 89


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• O payback tende a nos influenciar a


escolher investimentos de curto prazo.

REGRA DO PAYBACK: Um investimento é


aceitável se o seu período de retorno calculado
for menor que um número pré-estabelecido de
anos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 90


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
Vantagens e as desvantagens do uso do payback:
Vantagens Desvantagens
_ A regra é simples e aplicável _ Não considera o valor do
em alguns casos (nos quais o dinheiro no tempo.
custo de uma análise detalhada _ Não difere o risco entre
supera os custos de possíveis projetos.
erros), no qual os valores são
_ Não é possível escolher
relativamente baixos.
objetivamente o período de
_ Foca na liquidez. corte.
_ Fluxos de caixa no longo
prazo são mais incertos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 91


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Período de retorno descontado


(payback descontado)
Tempo necessário para que os fluxos de
caixa descontados de um investimento
sejam iguais ao seu custo inicial.

Prof. Ewerton Alex Avelar 92


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Por meio da regra do payback


descontado, não são aceitos projetos com
VPL negativos.

REGRA DO PAYBACK DESCONTADO: um


investimento é aceitável se o seu período de
retorno descontado for menor que um número
pré-especificado de anos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 93


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
Vantagens e as desvantagens do uso do payback descontado:
Vantagens Desvantagens
_ Inclui o valor do dinheiro _ Pode rejeitar projetos com
no tempo. VPL positivo.
_ Fácil de entender. _ Exige um ponto de corte
_ Não aceita projetos com arbitrário.
VPL negativo. _ Ignora fluxos de caixa
_ Tente à liquidez. além do ponto de corte.
_ Tende a ir contra projetos
de longo prazo (P&D etc.)

Prof. Ewerton Alex Avelar 94


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Retorno contábil médio (RCM)


Lucro líquido de um investimento dividido
pelo seu valor contábil médio.

REGRA DO RCM: um projeto é aceitável se seu


RCM exceder a um retorno contábil médio alvo.

Prof. Ewerton Alex Avelar 95


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
Vantagens e as desvantagens do uso do RCM:

Vantagens Desvantagens
_ Fácil de calcular. _ O valor do dinheiro no
_ As informações tempo não é considerado.
necessárias estão _ Utiliza uma taxa de
normalmente disponíveis. benchmarking arbitrária.
_ Foco nos valores
contábeis e não nos
fluxos de caixa ou de
mercado.

Prof. Ewerton Alex Avelar 96


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Taxa interna de retorno (TIR)


A taxa de desconto que torna o VPL de
um investimento igual a zero. Trata-se da
alternativa mais importante em relação ao
VPL.
REGRA DA TIR: um investimento é aceitável se
a TIR exceder ao retorno necessário. Caso
contrário, ele deveria ser recusado.
Prof. Ewerton Alex Avelar 97
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Há uma relação estreita entre a TIR e o VPL.


• A TIR, muitas vezes, é chamada de retorno
do fluxo de caixa descontado.
• A relação entre TIR e VPL pode ser ilustrada
por meio da curva de perfil do VPL.
• Perfil do VPL: representação gráfica da
relação entre os VPLs de um investimento e
as diversas taxas de desconto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 98


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Em geral, as regras do VPL e da TIR


levam às mesmas decisões, desde que:
– Os fluxos de caixa do projeto sejam
convencionais – o primeiro fluxo de caixa (I0)
é negativo e os demais são positivos; e
– O projeto seja independente – a decisão de
aceitá-lo ou recusá-lo não afeta a decisão de
aceitar ou recusar qualquer outro projeto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 99


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Taxa de retornos múltiplos: possibilidade
de que mais de uma taxa de desconto torne
o VPL de um investimento igual a zero.
• A taxa de retornos múltiplos tende a ocorrer
quando os fluxos de caixa são não
convencionais.
• Nesse caso, fluxos de caixa negativos
tendem a gerar mais de uma TIR e é
impossível decidir corretamente qual é a
adequada.

Prof. Ewerton Alex Avelar 100


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Decisões de investimentos mutuamente
excludentes: situação na qual um
investimento assumido impede que outros
sejam assumidos.
• Ao se analisar dois ou mais investimentos
concorrentes, verifica-se um conflito entre as
regras do VPL e da TIR, pois aquele primeiro
apresenta resultados distintos para cada
projeto dependendo do nível da TIR.

Prof. Ewerton Alex Avelar 101


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• O VPL não é afetado por nenhum dos
problemas da TIR.

• As vantagens da TIR em relação ao VPL


são:
– é mais fácil de entender e comunicar; e
– não precisamos estimar uma taxa de
desconto apropriada.

Prof. Ewerton Alex Avelar 102


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS

• Taxa interna de retorno modificada


(TIRM)
Existem várias formas de se calculá-la,
mas a ideia básica é modificar os fluxos
de caixa e, posteriormente, calcular a TIR
usando os fluxos já modificados.

Prof. Ewerton Alex Avelar 103


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Cálculo da TIRM (abordagem da
combinação):

 VF 
1
n 
TIRM   FC _ entradas
  100
 VPFC _ saídas  
 
Onde:
n  Número de períodos do projeto.
VFFC_entradas  valor futuro das entradas de
fluxos de caixa
VPFC_saídas  valor presente das saídas de
fluxos
Prof. Ewerton Alex de caixa
Avelar 104
CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• A vantagem da TIRM é resolver o problema
dos fluxos de caixa não convencionais.
• Contudo, seus críticos argumentam que o se
valor não tem uma interpretação adequada
(pois não se referem a fluxos de caixa “reais”
do projeto).
• Além disso, se já foi calculada uma taxa de
desconto, por que não calcular o VPL
diretamente?

Prof. Ewerton Alex Avelar 105


CRITÉRIOS DE INVESTIMENTOS
• Mesmo o VPL sendo a técnica favorita, é
importante aos gestores utilizarem outras
técnicas concomitantemente para analisar
decisões de capital, uma vez que o VPL é
estimado.
• Caso as decisões das demais técnicas
ratifiquem as do VPL, teríamos menos
incerteza. Do contrário, apesar do VPL
positivo, o projeto provavelmente demandaria
maior detalhamento para subsidiar os
gestores.

Prof. Ewerton Alex Avelar 106


ALGUMAS LIÇÕES DA
HISTÓRIA DO MERCADO DE
CAPITAIS
LIÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS
• Duas lições importantes do estudo da história
do mercado:
– Há uma recompensa pelo risco;
– Quanto maior a recompensa em potencial, maior o
risco.
• Retorno sobre seu investimento: seu
ganho ou perda com qualquer ativo que
você adquiriu.
• Esse retorno é divido em duas partes:
– Componente de lucro – recebimento direto de
dinheiro pela propriedade do investimento; e
– Ganho de capital – variação do valor do ativo.
Prof. Ewerton Alex Avelar 108
LIÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS
• Geralmente, é mais conveniente resumir as
informações sobre retornos em termos
percentuais.

Dt  VM
Re torno_ Percentual 
VM 0
Onde:
Dt = Dividendos pagos no final do período
ΔVM = Variação do valor de mercado
VMo = Valor de mercado inicial.

Prof. Ewerton Alex Avelar 109


LIÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS
• Cálculo de retornos médios: a forma mais
óbvia de se calcular os retornos médios de um
investimento é simplesmente somar os retornos
periódicos e dividir pelo número de períodos.
• Prêmio de risco: o retorno excedente exigido
de um investimento sobre um ativo de risco em
relação àquele exigido de um investimento livre
de risco.
• A variância e a sua raiz quadrada (o desvio-
padrão) são as medidas mais usadas de
volatilidade.
Prof. Ewerton Alex Avelar 110
LIÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS
• Mercado de capitais eficiente: um
mercado no qual os preços dos títulos
refletem as informações disponíveis.
• Hipótese dos mercados eficientes (HME):
a hipótese de que mercados reais são
eficientes (pelo menos em termos práticos).
• Implicação importante se o mercado de
capitais é eficiente: todos os investimentos
daquele mercado são investimentos com
VPL zero.

Prof. Ewerton Alex Avelar 111


LIÇÕES DO MERCADO DE CAPITAIS
• A partir do grau de eficiência, podemos
classificar os mercados em três grupos (no
que diz respeito às informações que são
refletidas nos preços):
– Forma forte: todas as informações de todos os
tipos se refletem nos preços das ações.
– Forma semiforte: todas as informações públicas
são refletidas nos preços das ações.
– Forma fraca: o preço atual de uma ação reflete
os próprios preços passados da ação.
Prof. Ewerton Alex Avelar 112
CUSTO DE CAPITAL
CUSTO DE CAPITAL
• Retorno exigido = Taxa de desconto apropriada =
Custo do capital.
• Custo do Patrimônio Líquido (PL): o retorno
que os investidores do PL exigem sobre o seu
investimento na empresa.
• Há duas abordagens para se determinar o custo
do PL:
– Modelo do crescimento de dividendos; e
– Abordagem LMT.

Prof. Ewerton Alex Avelar 114


CUSTO DE CAPITAL
• Modelo do crescimento de dividendos:
D0  (1  g ) D1
P0   Onde:
Re  g Re  g D0 =Dividendos que acabaram de ser
pagos.
D1 D1 = Dividendos projetados para o
Re   g próximo período.
P0 Re = Retorno exigido sobre a ação

• Nesse caso, o Re equivale ao custo do PL da


empresa.

Prof. Ewerton Alex Avelar 115


CUSTO DE CAPITAL
• Observa-se que é necessário estimar o “g” do
modelo, sendo que isso pode ser feito com base
em dados históricos (usando a média aritmética
ou geométrica) ou previsões de analistas.

• A grande vantagem do método é a sua


simplicidade.

Prof. Ewerton Alex Avelar 116


CUSTO DE CAPITAL
• Contudo, o modelo apresenta sérias limitações,
tais como:
– Só vale para empresas que distribuem
dividendos;
– Pressupõe que os dividendos sejam
crescentes;
– O custo estimado do capital é bastante
sensível à taxa g estimada; e
– A abordagem não considera explicitamente o
risco.
Prof. Ewerton Alex Avelar 117
CUSTO DE CAPITAL
• Abordagem LMT

Re  R f  e [Rm  R f ]
Onde:
Re = Retorno sobre o PL = Custo do capital

• As principais vantagens da abordagem


LMT é que ela se ajusta explicitamente ao
risco e se aplica a companhias que não
têm crescimento constante de dividendos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 118


CUSTO DE CAPITAL
• Como limitações da abordagem LMT
podem ser citadas:

– A necessidade de se estimar o prêmio de risco


de mercado e o coeficiente beta.
– São usadas essencialmente informações
históricas para prever o futuro.

Prof. Ewerton Alex Avelar 119


RETORNO, RISCO E LINHA
DE MERCADO DE TÍTULOS
RETORNO, RISCO E LINHA...
• Risco sistemático (risco de mercado):
influencia um grande número de ativos
(inflação, por exemplo).
• Risco não sistemático: afeta, no máximo, um
pequeno número de ativos (greve dos
petroleiros, por exemplo).
• Princípio da diversificação: a distribuição de
um investimento por meio de vários ativos
eliminará parte, mas não todo o risco.

Prof. Ewerton Alex Avelar 121


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Temos que:
– o risco associado aos ativos individuais (não sistemático)
pode ser eliminado pela formação de carteiras; e
– a diversificação reduz o risco até determinado ponto (o
risco sistemático não é eliminado).
• Princípio do risco sistemático: o retorno esperado
de um ativo de risco só depende do risco
sistemático desse ativo.
• “Como o risco não sistemático pode ser eliminado
sem nenhum custo (pela diversificação), não há
nenhum prêmio por ele. Em outras palavras, o
mercado não premia os riscos que são corridos
Prof. Ewerton Alex Avelar
desnecessariamente” (ROSS et al., 2008, p. 418) 122
RETORNO, RISCO E LINHA...
• Coeficiente Beta (β): quantidade do risco
sistemático presente em determinado ativo de
risco em relação àquela de um ativo de risco
médio.
• Índice de prêmio por risco: prêmio de risco
por unidade de risco sistemático.
• “O índice de prêmio por risco deve ser o
mesmo para todos os ativos do mercado”
(ROSS et al., 2008, p.424)

Prof. Ewerton Alex Avelar 123


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Linha de mercado de títulos (LMT): uma linha
reta com inclinação positiva exibindo a relação
entre o retorno esperado e o beta.

• Prêmio de risco do mercado: a inclinação da


LMT, a diferença entre o retorno esperado de
uma carteira de mercado e a taxa livre de risco.

Prof. Ewerton Alex Avelar 124


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Modelo de determinação do preço de ativos
(CAPM): equação da LMT demonstrando a
relação entre o retorno esperado e o Beta. A
equação abaixo apresenta o CAPM,
considerando todos os ativos sobre a LMT.

Prof. Ewerton Alex Avelar 125


RETORNO, RISCO E LINHA...
• O CAPM se aplica a carteiras de ativos e
pode ser segregado em três
componentes:
– o puro valor do dinheiro no tempo (Rf);
– o prêmio por assumir risco sistemático
(E(Rm)); e
– a quantidade do risco sistemático (β).

Prof. Ewerton Alex Avelar 126


Ri = Rf+β(Rm – Rf) + erro

• Ativo livre de risco


Rf • Poupança, SELIC

• Retorno do mercado
Rm • Ibovespa

R m – Rf • Prêmio de risco do mercado

• Beta
β • Sensibilidade de Ri às variações de Rm
•β =1 β >1 β<1 β<0 β=0

β(Rm – Rf) • Prêmio de risco da empresa

Prof. Ewerton Alex Avelar 127


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Sobre o Beta (β):
– O beta é uma medida de risco em relação ao
mercado de capitais como um todo.
– O beta pode variar com o passar do tempo.
– O beta é influenciado por variações de
endividamento e risco operacional.
– O beta utilizado na fórmula do CAPM é
alavancado, ou seja, possui a influência das
dívidas.

Prof. Ewerton Alex Avelar 128


RETORNO, RISCO E LINHA...

Beta = Covariância (Ra,Rm)


Variância(Rm)

Prof. Ewerton Alex Avelar 129


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Interpretação do Beta (β):
Retorno do Ativo varia mais que o retorno do mercado.
O ativo é mais arriscado que o mercado
Beta > 1 Exemplo: Beta empresa ABC=1,2
• Retorno do Ibovespa = 10% a.a.
• Retorno do Ativo ABC = 12% a.a.

Retorno do Ativo acompanha o retorno do mercado.


O ativo possui o mesmo grau de risco que o mercado
Beta = 1 Exemplo: Beta empresa DEF=1,0
• Retorno do Ibovespa = 10% a.a.
• Retorno do Ativo DEF = 10% a.a.

Prof. Ewerton Alex Avelar 130


RETORNO, RISCO E LINHA...
• Interpretação do Beta (β):
Retorno do Ativo varia menos que o retorno do mercado.
O ativo é menos arriscado que o mercado
Beta < 1 Exemplo: Beta empresa GHI=0,8
• Retorno do Ibovespa = 10% a.a.
• Retorno do Ativo GHI = 8% a.a

Retorno do Ativo varia o oposto ao retorno do mercado.


O ativo é mais arriscado que o mercado
Beta < 0 Exemplo: Beta empresa ABC=-1,2
• Retorno do Ibovespa = 10% a.a.
• Retorno do Ativo ABC = -12% a.a.

Prof. Ewerton Alex Avelar 131


CUSTO DE CAPITAL
• Custo da dívida (capital de terceiros):
retorno que os credores exigem sobre a
dívida da empresa.

• Esse custo é simplesmente a taxa de juros


que a empresa deve pagar sobre novos
financiamentos.

Prof. Ewerton Alex Avelar 132


CUSTO DE CAPITAL
• A partir do momento que temos os valores
do custo do PL e da dívida, podemos
combiná-los:
Onde:
V = Valor combinado da dívida e do PL

V ED
E = Valor de mercado do PL (ações
ordinárias × número de ações)
D = Valor de mercado da dívida de longo
prazo em circulação (no caso da dívida de
curto prazo, os valores contábeis são
suficientes).

Prof. Ewerton Alex Avelar 133


CUSTO DE CAPITAL
• Os pesos da estrutura de capital são:
E D
100%  
V V
• O procedimento correto é usar valores de
mercado para o PL e a dívida, mas quando
isso não é possível, podemos usar valores
contábeis (mas devemos desconfiar um
pouco da resposta).

Prof. Ewerton Alex Avelar 134


CUSTO DE CAPITAL
• Precisamos de estimar os fluxos de caixa
após os tributos.
• Os juros das dívidas são dedutíveis de
imposto de renda (IRPJ), mas os dividendos
não.
• Assim, o custo da dívida pode ser calculado
de acordo com a seguinte equação:
RD  (1  Tc ) Onde:
Tc = alíquota do imposto.

Prof. Ewerton Alex Avelar 135


CUSTO DE CAPITAL
• Custo médio ponderado de capital
(CMPC): a média ponderada do PL e o custo
da dívida após impostos.
E D
CMPC   Re   Rd  (1  Tc )
V V
• Há limitações no uso do CMPC para avaliar
projetos individuais da empresa e que não
compartilham risco similar com a mesma (β).

Prof. Ewerton Alex Avelar 136


CUSTO DE CAPITAL
• Há duas abordagens práticas para lidar com o
problema apresentado:
– Abordagem do negócio único: o uso de um CMPC
exclusivo em determinado projeto, com base em
empresas que tenham linhas de negócios similares.
– Abordagem subjetiva: a empresa adotaria ajustes
subjetivos para o risco geral. Por exemplo, caso a
empresa tivesse um CMPC de 14% (vide Tabela).
Categoria Fator de ajuste Taxa de desconto
Risco alto +6% 20%
Risco moderado +0% 14%
Prof. Ewerton Alex Avelar 137
Risco baixo -4% 10%
MODELO DE HAMADA
• Baseado no pressuposto de que os investidores podem
diversificar parte do risco isolado que correm quando
aumenta o endividamento da empresa, esse modelo
relaciona estrutura de capital e retorno exigido sobre a
ação da empresa.
• O modelo diz que o custo do capital próprio de uma
empresa alavancada é dado por 3 componentes:
– Taxa livre de risco do mercado.
– Prêmio de risco de negócio.
– Prêmio pelo risco financeiro (uso de endividamento).

138
MODELO DE HAMADA

• A equação do custo do capital próprio de uma empresa


alavancada será dada por:
KE  RF  (RM  RF ) * bU  (RM  RF ) * bU * (1  T ) * (D / PL)

Taxa Prêmio de Prêmio de Risco Financeiro


Livre de Risco de
Risco Negócio

O valor bU representa o beta da empresa quando ela não utiliza dívidas,


ou seja, quando ela está sem alavancagem financeira. Representa,
então, o quanto o risco de negócio de uma empresa contribui para o
risco da carteira de um investidor bem-diversificado.
139
MODELO DE HAMADA
• Igualando a equação de Hamada à equação do CAPM
e resolvendo, pode-se determinar uma relação entre o
nível de alavancagem financeira e o beta:

Rf + βL(Rm – Rf) = Rf + βu(Rm – Rf) + βu (Rm – Rf) (D/PL)(1-T)

βL= βu+ βu (D/PL) (1-T)


Onde.:
βL = βu (1+ (D/PL) (1-T)) ou βu = beta desalavancado
βL = beta alavancado
βu = βL÷(1+ (D/PL) (1-T)) T= % de imposto de renta
D= Dívida
PL= Equity medido pelo Pat.
Líquido
Observação: O PL também pode ser medido pelo valor de mercado das ações.
140
MODELO DE HAMADA
• O método de Hamada é bastante útil quando a empresa
que estamos analisando não possui capital em bolsa, não
sendo portanto possível obter diretamente seu beta
• Para resolver este problema, é necessário:
1. Obter os betas de empresas similares (do mesmo setor),
2. Desalavancá-los, ou seja, “descontaminá-los” do fator
endividamento de cada empresa para encontrar o beta
desalavancado do setor
3. Em seguida, alavancar o beta do setor em função do
endividamento específico da empresa que queremos
analisar.

• O exemplo a seguir ilustra melhor este método.

141
MODELO DE HAMADA
Exemplo: Calcule o beta desalavancado do setor de
siderurgia, considerando as empresas listadas abaixo:

Fator de desalav
Beta desalav
Empresa Beta Dívida/PL Alíquota IR do beta
= alav/Fator
[1 + D/PL (1-IR)]
USIMINAS 1,0900 27,0% 34%
GERDAU 1,2300 9,2% 34%
CONFAB 0,5200 0,0% 34%
CSN 1,0300 125,5% 34%

142
MODELO DE HAMADA
Exemplo: Calcule o beta desalavancado do setor de
siderurgia, considerando as empresas listadas abaixo:

Fator de desalav
Beta desalav
Empresa Beta Dívida/PL Alíquota IR do beta
= alav/Fator
[1 + D/PL (1-IR)]
USIMINAS 1,0900 27,0% 34% 1,18 0,9251
GERDAU 1,2300 9,2% 34% 1,06 1,1596
CONFAB 0,5200 0,0% 34% 1,00 0,5200
CSN 1,0300 125,5% 34% 1,83 0,5634
média 0,7920

143
MODELO DE HAMADA
• Por essa equação, pode-se facilmente estimar como ficaria
o beta da empresa quando fosse alterada a estrutura de
capital da empresa. Para isso, partindo do endividamento e
do beta atual, basta desalavancá-lo para encontrar o beta
com 0% de endividamento e, depois, realavancá-lo para o
novo nível de endividamento desejado.

Onde.:
βL = βu (1+ (D/PL) (1-T)) ou βu = beta desalavancado
βL = beta alavancado
βu = βL____ T= % de imposto de renta
D= Dívida
(1+ (D/PL) (1-T)) PL= Equity medido pelo Pat. Líquido

Observação: O PL também pode ser medido pelo valor de mercado das ações.
144
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
E POLÍTICA DE ESTRUTURA
DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL
• Reestruturação de capital: atividades que
alteram a estrutura de capital existente da
empresa.
• Tais decisões ocorrem quando a empresa
substitui uma estrutura de capital por outra, mas
mantém o ativo inalterado.
• O objetivo dos administradores financeiros é
maximizar o valor da empresa e isso poderia ser
feito por meio das decisões de estrutura financeira.

Prof. Ewerton Alex Avelar 146


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Estrutura ótima de capital (capital meta):
índice de dívida/PL que resulta no menor CMPC
possível.

“O valor da empresa é maximizado, quando o


CMPC é minimizado” (ROSS et al., 2008, p.
553).

• Alavancagem financeira: medida com a qual


uma empresa se utiliza de dívida.

Prof. Ewerton Alex Avelar 147


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Alavancagem caseira: o uso de empréstimo
pessoal para mudar o montante geral da
alavancagem financeira à qual o indivíduo está
exposto.
• Considerando a alavancagem caseira, verifica-se
que seria irrelevante a estrutura de capital para o
valor da empresa.
• Nesse sentido, caminham as duas proposições de
Modigliani e Miller (M&M).

Prof. Ewerton Alex Avelar 148


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Proposição I de M&M: o valor da empresa é
independente da estrutura de capital.
• Proposição II de M&M: o custo de capital
próprio de uma empresa é uma função linear
positiva da sua estrutura de capital.
E D
CMPC   Re   Rd
V V
E D D
Ra   Re   Rd Re  Ra  ( Ra  Rd ) 
V V E
Onde:
CMPC = Ra
Prof. Ewerton Alex Avelar 149
V=E+D
ESTRUTURA DE CAPITAL
• Proposição III de M&M: o valor da empresa
alavancada supera o da empresa não alavancada no
valor presente do benefício fiscal de juros.
• “O resultado [...] é a percepção de que, após
deduzirmos os impostos, a estrutura de capital sem
dúvida nenhuma importa. Entretanto, imediatamente
chegamos à conclusão ilógica de que a estrutura de
capital ideal é 100% de dívida” (ROSS et al., 2008,
p. 564).
• A dívida também reduz o CMPC (aumentando o
valor da empresa), ou seja, leva à mesma
conclusão.

Prof. Ewerton Alex Avelar 150


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Os custos de falência são limitantes ao montante
da dívida que pode assumir.
• Teoricamente, uma empresa pede falência
quando o valor de seu ativo é igual ao valor da
sua dívida. Nesse ponto, o controle passa dos
acionistas (PL=0) para os detentores de títulos.
• Todavia, na prática, pedir falência é caro e corrói
substancialmente o ativo da empresa.

Prof. Ewerton Alex Avelar 151


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Custos diretos da falência: os custos que estão
associados diretamente à falência, como as
despesas legais e administrativas.
• Há um trade-off entre benefício fiscal e “imposto”
de falência.
• Custos indiretos da falência: o custo para
evitar um pedido de falência incorridos por uma
empresa com problemas financeiros.

Prof. Ewerton Alex Avelar 152


ESTRUTURA DE CAPITAL
• A empresa perde valor, porque:
– A administração está preocupada em evitar a falência
e não em administrar os negócios;
– As operações normais são interrompidas;
– Funcionários valiosos se demitem; e
– Bons projetos são abandonados para poupar caixa.

• Pedindo ou não falência, o valor da empresa é


reduzido, sendo um incentivo a não aumentar
indefinidamente as dívidas.

Prof. Ewerton Alex Avelar 153


ESTRUTURA DE CAPITAL
• A Teoria de M&M tem uma importante
contribuição. Ela destaca que os fluxos de caixa
(FC) da empresa devem dar conta de todos os
que o reivindicam.

FC  Pgto _ Acionistas  Pgto _ Credores  Pgto _ Governo


 Pgto _ Tribunais_ e _ Advogados_ de _ Falência
 Pgto _ Todo _ e _ qualquer_ Pr etendente_ do _ FC

Prof. Ewerton Alex Avelar 154


ESTRUTURA DE CAPITAL
• Nesse sentido, os que reivindicam os fluxos de
caixa podem ser divididos em:

– Reivindicações de mercado – acionistas e detentores


de títulos. Podem ser compradas e vendidas no
mercado financeiro.

– Reivindicações fora do mercado – governo e litigantes


em potencial, não podem ser compradas e vendidas
no mercado financeiro.

Prof. Ewerton Alex Avelar 155


ESTRUTURA DE CAPITAL

• Teoria estática da estrutura de capital: a teoria


de que uma empresa toma emprestado até o
ponto em que o benefício fiscal de uma unidade
monetária extra de dívida é exatamente ao custo
resultante da maior probabilidade de problemas
financeiros.

Prof. Ewerton Alex Avelar 156


ESTRUTURA DE CAPITAL

• A teoria estática é confrontada por evidências


empíricas que demonstram que grandes
empresas com baixo risco têm baixo
endividamento.

• Assim, a teoria da ordem hierárquica de


financiamento (pecking order theory – POT) tenta
solucionar essa situação.

Prof. Ewerton Alex Avelar 157


ESTRUTURA DE CAPITAL
• POT: teoria que destaca que as empresas
preferem financiamento interno e apenas, em
último caso, emitem ações.
• As empresas evitariam emitir ações, porque:
– Emitir ações é caro.
– As ações tendem a ser subvalorizadas devido à
assimetria de informações sobre novos projetos.
– Ações supervalorizadas tendem a perder valor quando
da emissão de novas ações.

Prof. Ewerton Alex Avelar 158


ESTRUTURA DE CAPITAL

• Dessa forma, a POT estabelece a seguinte


ordem de prioridade no financiamento das
empresas:

1) Lucros retidos;
2) Dívidas; e
3) Ações.

Prof. Ewerton Alex Avelar 159

Das könnte Ihnen auch gefallen