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1. Direitos Políticos
Direitos políticos são os direitos do cidadão que permitem sua participação e influência nas
atividades de governo.
Os direitos políticos são “as prerrogativas, atributos, faculdades ou poder de intervenção
dos cidadãos ativos no governo de seu país, intervenção direta ou só indireta, mais ou menos
ampla, segundo a intensidade do gozo desses direitos”.
Direitos políticos são “as prerrogativas e os deveres inerentes à cidadania. Englobam o
direito de participar direta ou indiretamente do governo, da organização e do funcionamento do
Estado”.
Os direitos políticos compreendem os institutos do direito de sufrágio, sistemas eleitorais,
privação dos direitos políticos e inelegibilidade.
Os direitos políticos constituem o conjunto de normas que confere ao cidadão o direito de
participar da vida política do Estado.
Um conceito importante correlato ao de “direitos políticos” é o de “cidadania”.
Ser cidadão é ter capacidade de exercer ativa e passivamente seus direitos políticos.
2. Exercício da Democracia
2.1. Democracia Direta (ação direta do cidadão): O cidadão exerce o poder diretamente,
sem representantes. Ex.:
a) Plebiscito (consulta popular prévia pela qual os cidadãos decidem a respeito de
assuntos relevantes);
b) Referendo (manifestação popular pela qual os cidadãos aprovam ou rejeitam NORMA já
editada).
c) Iniciativa Popular (Projetos de Iniciativa Popular):
INICIATIVA POPULAR FEDERAL: Apoio de 1% do eleitorado nacional, distribuídos em pelo
menos 5 estados-membros com, no mínimo, 0,3% dos eleitores em cada um dos Estados.
Exemplos: Lei 8.930/1994: o caso Daniella Perez (homicídio qualificado no rol de crimes
hediondos). Lei 9.840/1999: combate à compra de votos. Lei 11.124/2005: moradia
popular. Lei Complementar 135/2010: a Lei da Ficha Limpa.
INICIATIVA POPULAR ESTADUAL (RN): Apoio de 1% do eleitorado que tenha votado nas
últimas eleições gerais do Estado, distribuído, no mínimo, em 10% dos municípios, com não
menos de 1% dos eleitores de cada um deles.
INICIATIVA POPULAR MUNICIPAL (Natal): Apoio de 5% do eleitorado do respectivo
município, cidade ou bairro, conforme abrangência da proposta.
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O verdadeiro significado de sufrágio, vem do latim “sufragium” e significa apoio,
intercessão, aprovação. O sufrágio é a aprovação que pode se dar por meio do voto. Em suma, o
direito de sufrágio é exercido praticando-se o voto.
Portanto, o voto é um instrumento de ação política, ou seja, é a forma do cidadão exercer
seus direitos políticos. O voto é o exercício do sufrágio.
O voto, à luz do nosso ordenamento e de acordo com o que leciona a doutrina, possui
diversas características:
Direto: voto exercido direta e pessoalmente pelo eleitor (sem intermediários);
Secreto: não identificado;
De Igual Valor: cada voto possui mesmo peso;
Obrigatório: todos devem votar (havendo exceções);
Universal: exercício por todas as pessoas (que se adequem às condições legais);
Periódico: exercido de tempos e tempos.
3.2. Capacidade Eleitoral Ativa: Direito de votar e participar diretamente da vida política
do Estado. A capacidade eleitoral ativa consiste na possibilidade de a pessoa participar do
processo democrático, seja por intermédio do voto, seja diretamente em casos de plebiscitos,
referendos ou iniciativa popular. Dessa forma, para exercer a capacidade eleitoral ativa é
necessário atentar para as condicionantes do alistamento eleitoral.
Alistamento e Voto Obrigatórios: Maiores de 18 anos;
Alistamento e Voto Facultativos: Analfabetos, maiores de 70 anos e adolescentes entre 16
e 18 anos;
Alistamento e Voto Não permitidos: Estrangeiros e Conscritos.
3.3. Capacidade Eleitoral Passiva: Direito de ser votado. A capacidade eleitoral passiva
consiste no direito do cidadão de se candidatar a algum cargo público, a fim de representar a
sociedade no âmbito do Poder Executivo ou Legislativo. Dessa forma, para exercer a capacidade
eleitoral passiva é necessário atentar para as condições de elegibilidade e hipóteses de
inelegibilidade:
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Hipóteses de Inelegibilidade: A inelegibilidade, portanto, é um IMPEDIMENTO. Constitui,
em verdade, uma restrição à capacidade política, que tem por função defender a democracia
contra abusos.
Condições de Elegibilidade:
Nacionalidade Brasileira;
Pleno exercício dos Direitos Políticos;
Alistamento Eleitoral;
Domicílio Eleitoral;
Filiação Partidária;
Idade Mínima (35 anos: Presidente, Vice e Senador; 30 anos: Governador e Vice; 21 anos:
Deputado Federal e Estadual e Prefeito; 18 anos: Vereador).
Inelegibilidades Absolutas
Inalistáveis: Estrangeiros; Conscritos; Privados dos Direito Políticos (definitiva ou
temporariamente); e Absolutamente Incapazes.
Analfabetos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Direitos Políticos e Democracia: Os direitos políticos estão diretamente relacionados à
democracia, uma vez que permitem a participação do cidadão no governo.
Consequências da Democracia: Atualmente, são raros os governos ou países que não se
proclamem democráticos e, em todos eles, como consequência da democracia, estão o direito de
sufrágio universal e igual e o voto direto e secreto.
Desafios da Democracia: Embora a garantia dos direitos políticos tenha sido uma grande
conquista, ainda há um longo caminho a ser percorrido com vistas à implantação de estados
democráticos que, de fato, materializem todos os direitos garantidos ao cidadão.
5. Aspectos Constitucionais
Como é possível um cidadão ser escolhido representante da sociedade? Partidos Políticos
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§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha
atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo
partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
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FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR (arts. 12 e 13)
O partido político funciona, nas Casas Legislativas, por intermédio de uma bancada, que
deve constituir suas lideranças de acordo com o estatuto do partido, as disposições regimentais
das respectivas Casas e as normas da Lei dos Partidos Políticos.
Tem direito a funcionamento parlamentar, em todas as Casas Legislativas para as quais
tenha elegido representante, o partido que, em cada eleição para a Câmara dos Deputados
obtenha o apoio de, no mínimo, 5% dos votos apurados, distribuídos em, pelo menos, um terço
dos Estados, com um mínimo de 2 % do total de cada um deles. (CLÁUSULA DE BARREIRA).
Estatuto do Partido:
Filiação e desligamento dos membros;
Direitos e deveres dos filiados;
Organização e administração (composição dos órgão e competências, duração de
mandatos e eleição);
Fidelidade e disciplina partidárias (processo para apuração das infrações e aplicação das
penalidades);
Condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e funções eletivas;
Finanças e contabilidade (despesas eleitorais, contribuições dos filiados e outras fontes de
receita);
Critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário.
CLÁUSULA DE DESEMPENHO
O Congresso Nacional promulgou uma Emenda a Constituição que estabelece uma cláusula
de desempenho nas urnas para a legenda ter acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de
propaganda gratuita no rádio e na TV, e em virtude de um processo de transição crescerá
gradualmente até 2030.
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Os partidos terão de obter, nas eleições para deputado federal de 2018 , pelo menos 1,5%
dos votos válidos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação, com ao
menos 1% dos votos válidos em cada uma delas; ou ter eleito pelo menos 9 deputados,
distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação.
Os partidos terão de obter, nas eleições para deputado federal a partir de 2030 , pelo
menos 3% dos votos válidos, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação,
com ao menos 2% dos votos válidos em cada uma delas; ou ter eleito pelo menos 15 deputados,
distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação.
Qual o impacto desta mudança no na dinâmica dos partidos políticos e no processo
político eleitoral do Brasil?
Entre os partidos que teriam sido afetados caso a regra estivesse valendo na última
eleição, seis têm atualmente representantes na Câmara: PEN; PRP; PHS; LIVRES (PSL);
PTdoB; e PODEMOS.
Outros oito partidos, que não elegeram deputados em 2014, também seriam atingidos:
PCB; PCO; PMN; PRTB; PSDC; PPL; PTC; e PSTU.
Existem ainda dois partidos que possuem representantes na Câmara, porém que foram
criados após a eleição de 2014: REDE; e PMB.
Segundo a legislação brasileira, como os Partidos Políticos conseguem sustentar essas
estruturas e divulgar suas ideias e princípios?
FUNDO PARTIDÁRIO
Art. 38. O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário)
é constituído por:
I – multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis
conexas;
II – recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou
eventual;
III – doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários
diretamente na conta do Fundo Partidário;
IV – dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de
eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados
por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995.
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IV – na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido.
V – na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política
das mulheres, criados e mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido político ou,
inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e educação
política de que trata o inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de
direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total;
VI – no pagamento de mensalidades, anuidades e congêneres devidos a organismos
partidários internacionais que se destinem ao apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação política,
aos quais seja o partido político regularmente filiado;
VII – no pagamento de despesas com alimentação, incluindo restaurantes e lanchonetes.
PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada mediante
transmissão por rádio e televisão será realizada entre as dezenove horas e trinta minutos e as
vinte e duas horas para, com exclusividade (a propaganda partidária gratuita tem as seguintes
finalidades):
I – difundir os programas partidários;
II – transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos
eventos com este relacionado e das atividades congressuais do partido;
III – divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários.
IV – promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo
que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por
cento) do programa e das inserções a que se refere o art. 49.
Nos programas de propaganda partidária é vedada:
§ 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:
I – a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo programa;
II – a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses
pessoais ou de outros partidos;
III – a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer
outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação.
As recentes mudanças da legislação eleitoral também impactaram a propaganda partidária,
através da seguinte alteração: As emissoras de rádio e televisão NÃO transmitirão mais os
programas partidários em ano não eleitoral, com isso, acabando com a propaganda eleitoral em
ano que não houver eleição no país.
Outro critério, trazido na recente mudança da legislação eleitoral, estabelece que para
concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição
pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para
eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de
uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o
pleito majoritário, sendo a elas atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no
que se refere ao processo eleitoral.
Na formação de coligações, devem ser observadas as seguintes normas:
Na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido político
dela integrante;
O pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos
coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgãos
executivos de direção ou por representante da coligação.
Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a
Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 150% do
número de lugares a preencher.
Nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos
Deputados não exceder a 12, cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado
Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% das respectivas vagas.
Nos municípios de até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar candidatos no
total de até 200% do número de lugares a preencher.
Do número de vagas resultante das regras para registro de candidaturas, cada partido ou
coligação preencherá: O mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.
O Congresso Nacional aprovou uma Emenda Constitucional que assegura aos partidos políticos
autonomia para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
No entanto, a vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais, prevista na
Emenda Constitucional, aplicar-se-á, somente, a partir das eleições de 2020.
Outra alteração oriunda das recentes mudanças eleitorais é a que determina a vedação do
registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária.
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11. Financiamento das Eleições
Quais recursos financeiros podem ser utilizados em uma Eleição?
Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
campanhas eleitorais, obedecido ao disposto nesta Lei. Essas doações e contribuições ficam
limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.
O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos
estabelecido em lei para o cargo ao qual concorre.
Uma das novas mudanças na legislação eleitoral aprovada recentemente pelo Congresso
Nacional foi à criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Os recursos
desse Fundo Especial serão distribuídos entre os partidos políticos obedecendo a uma série de
critérios:
2% - Divisão igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no TSE;
15% - Divisão entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado
Federal;
35% - Divisão entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara dos
Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição geral
para a Câmara dos Deputados;
48% - Divisão entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara
dos Deputados.
SISTEMA MAJORITÁRIO
As eleições para cargos do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e
Prefeitos) dar-se-á pelo sistema majoritário, isso também se aplica na eleição para o cargo de
Senador da República. Será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os votos em branco e nulo.
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Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição
no último domingo de outubro (segundo turno), concorrendo os dois candidatos mais votados, e
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. A hipótese do segundo turno
acontecerá apenas nos municípios com mais de 200 mil eleitores.
SISTEMA PROPORCIONAL
As eleições para cargos do Poder Legislativo (Vereador, Deputado Estadual e Deputado
Federal) dar-se-á pelo sistema proporcional, com exceção do cargo de Senador da República. Nas
eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente
inscritos e às legendas partidárias.
No sistema proporcional, inicialmente, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral,
desprezada a fração se igual ou inferior à meio, equivalente a um, se superior. Ex.: 100 mil votos
válidos ÷ 10 cadeiras em disputa na Câmara = 10 mil (quociente eleitoral).
Em seguida, determina-se para cada Partido ou Coligação o quociente partidário dividindo-
se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de
legendas, desprezada a fração.
Exemplo: Se o partido receber 50 mil votos válidos (votos na legenda + votos em
candidatos), o quociente do partido será os 50 mil votos válidos ÷ (dividido) os 10 mil do quociente
eleitoral = (tendo como resultado) o direito do partido de preencher 5 cadeiras (os 5 primeiros
colocados do partido) na Câmara.
Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido ou coligação que tenham
obtido votos em número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral, tantos quantos o
respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha
recebido.
Obs.: O candidato só ocupará uma vaga se tiver obtido votos correspondentes a pelo
menos 10% do quociente eleitoral, que neste caso, são 1000 votos. Caso ele não alcance esse
percentual, é efetuado um novo cálculo, e a vaga é transferida para outro partido ou coligação.
Em uma eleição proporcional, é possível que, após a distribuição das vagas entre os partidos,
restem cadeiras para serem preenchidas, as chamadas “sobras”. Estas serão distribuídas por um
cálculo conhecido como “Média”. Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos e
coligações que participaram do pleito.
O preenchimento das vagas se dará através do seguinte cálculo: o número de votos válidos
atribuídos a cada partido político/coligação será dividido pelo valor do quociente partidário
somado às vagas obtidas por média mais um cabendo à legenda ou à coligação que apresentar a
maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de
votação nominal mínima.
Se nenhum Partido ou Coligação alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos,
até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo da legislação eleitoral nos permite compreender a importância do cidadão e dos
partidos políticos como protagonistas na dinâmica política e eleitoral do país.
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