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Eleições

Legislação eleitoral e partidária


Atualizada até maio de 2016
Eleições
LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2015 – 2016

Senador Renan Calheiros


PRESIDENTE

Senador Jorge Viana


PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE

Senador Romero Jucá


SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE

Senador Vicentinho Alves


PRIMEIRO-SECRETÁRIO

Senador Zeze Perrella


SEGUNDO-SECRETÁRIO

Senador Gladson Cameli


TERCEIRO-SECRETÁRIO

Senadora Ângela Portela


QUARTA-SECRETÁRIA

SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Sérgio Petecão
Senador João Alberto Souza
Senador Elmano Férrer
Senador Douglas Cintra
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas

Eleições
LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA

Brasília – 2016
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Ilana Trombka
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho

Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações


Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga

Produzida na Coordenação de Edições Técnicas


Coordenadora: Denise Zaiden Santos

Organização: Nerione Cardoso Júnior


Revisão de provas: Letícia de Castro e Vilma de Sousa
Editoração eletrônica: Rejane Campos
Ficha catalográfica: Guilherme Dias
Capa e ilustrações: Daniel Marques
Projeto gráfico: Raphael Melleiro e Rejane Campos

Atualizada até maio de 2016.

Eleições : legislação eleitoral e partidária. – Brasília : Senado Federal,


Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
202 p.

Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código eleitoral –


Normas correlatas.

ISBN: 978-85-7018-737-6

1. Código eleitoral, Brasil. 2. Direito eleitoral, Brasil.

CDDir 341.28

Coordenação de Edições Técnicas


Via N2, Secretaria de Editoração e Publicações, Bloco 2, 1o Pavimento
CEP: 70165-900 – Brasília, DF
E-mail: livros@senado.leg.br

Alô Senado: 0800 61 2211


Sumário

9 Apresentação

Dispositivos constitucionais pertinentes


12 Constituição da República Federativa do Brasil
22 Emenda Constitucional no 91, de 2016

Código Eleitoral
Lei no 4.737/1965
24 Parte Primeira – Introdução
25 Parte Segunda – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral
26 Título I – Do Tribunal Superior
28 Título II – Dos Tribunais Regionais
31 Título III – Dos Juízes Eleitorais
32 Título IV – Das Juntas Eleitorais
Parte Terceira – Do Alistamento
33 Título I – Da Qualificação e Inscrição
35 Capítulo I – Da Segunda Via
36 Capítulo II – Da Transferência
37 Capítulo III – Dos Preparadores
37 Capítulo IV – Dos Delegados de Partido perante o Alistamento
38 Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento
38 Título II – Do Cancelamento e da Exclusão
Parte Quarta – Das Eleições
39 Título I – Do Sistema Eleitoral
40 Capítulo I – Do Registro dos Candidatos
43 Capítulo II – Do Voto Secreto
43 Capítulo III – Da Cédula Oficial
43 Capítulo IV – Da Representação Proporcional
45 Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação
45 Capítulo I – Das Seções Eleitorais
45 Capítulo II – Das Mesas Receptoras
47 Capítulo III – Da Fiscalização perante as Mesas Receptoras
48 Título III – Do Material para a Votação
Título IV – Da Votação
49 Capítulo I – Dos Lugares da Votação
50 Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais
50 Capítulo III – Do Início da Votação
51 Capítulo IV – Do Ato de Votar
53 Capítulo V – Do Encerramento da Votação
Título V – Da Apuração
54 Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores
Capítulo II – Da Apuração nas Juntas
54 Seção I – Disposições Preliminares
55 Seção II – Da Abertura da Urna
56 Seção III – Das Impugnações e dos Recursos
56 Seção IV – Da Contagem dos Votos
60 Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora
61 Capítulo III – Da Apuração nos Tribunais Regionais
64 Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior
65 Capítulo V – Dos Diplomas
66 Capítulo VI – Das Nulidades da Votação
67 Capítulo VII – Do Voto no Exterior
Parte Quinta – Disposições Várias
68 Título I – Das Garantias Eleitorais
69 Título II – Da Propaganda Partidária
Título III – Dos Recursos
71 Capítulo I – Disposições Preliminares
72 Capítulo II – Dos Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais
73 Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais
75 Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior
Título IV – Disposições Penais
75 Capítulo I – Disposições Preliminares
76 Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais
81 Capítulo III – Do Processo das Infrações
82 Título V – Disposições Gerais e Transitórias

Normas correlatas
88 Lei Complementar no 135/2010
89 Lei Complementar no 78/1993
90 Lei Complementar no 64/1990
99 Lei no 13.165/2015
101 Lei no 12.034/2009
102 Lei no 9.709/1998
104 Lei no 9.504/1997
154 Lei no 9.259/1996
155 Lei no 9.096/1995
169 Lei no 7.444/1985
171 Lei no 6.996/1982
174 Lei no 6.236/1975
175 Lei no 6.091/1974
178 Lei no 5.782/1972
179 Lei no 4.410/1964
180 Lei no 1.207/1950
181 Decreto-Lei no 201/1967
186 Decreto no 7.791/2012
188 Decreto no 4.199/2002
189 Resolução do TSE no 23.465/2015
201 Resolução do TSE no 23.459/2015
As notas de rodapé indicadas ao fim do caput dos artigos apresentam as normas modificadoras
de seus dispositivos. Consta ainda nas notas referência às normas que regulamentam ou
complementam a legislação compilada.
Apresentação

As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão


à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público.

Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais


sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes,
a depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna,
apresenta-se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta.

Notas de rodapé trazem a referência das normas que alteram ou regulamentam


leis e decretos, permitindo ao leitor aprofundar seus conhecimentos. O termo
“Ver” remete a normas conexas.

O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo,


tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual.

Na Livraria Virtual do Senado (www.senado.leg.br/livraria), além das obras


impressas disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para
download imediato e gratuito.

Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente


contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos.
Apresentação

9
Dispositivos constitucionais
pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil

������������������������������������������������������������������������������� independentemente de autorização, desde que


não frustrem outra reunião anteriormente
TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;
Art. 1o  A República Federativa do Brasil, �������������������������������������������������������������������������������
formada pela união indissolúvel dos Estados e XLIV – constitui crime inafiançável e im-
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se prescritível a ação de grupos armados, civis
em Estado Democrático de Direito e tem como ou militares, contra a ordem constitucional e
fundamentos: o Estado Democrático;
������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������
V – o pluralismo político.
Parágrafo único.  Todo o poder emana do CAPÍTULO III – Da Nacionalidade
povo, que o exerce por meio de representan-
tes eleitos ou diretamente, nos termos desta Art. 12.  São brasileiros:
Constituição. I – natos:
������������������������������������������������������������������������������� a)  os nascidos na República Federativa do
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias estes não estejam a serviço de seu país;
Fundamentais b)  os nascidos no estrangeiro, de pai bra-
CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres sileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
Individuais e Coletivos deles esteja a serviço da República Federativa
do Brasil;
Art. 5o  Todos são iguais perante a lei, sem dis- c)  os nascidos no estrangeiro de pai bra-
tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos sileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País registrados em repartição brasileira competente
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, ou venham a residir na República Federativa
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois
termos seguintes: de atingida a maioridade, pela nacionalidade
I – homens e mulheres são iguais em direitos brasileira;
e obrigações, nos termos desta Constituição II – naturalizados:
������������������������������������������������������������������������������� a)  os que, na forma da lei, adquiram a nacio-
VIII – ninguém será privado de direitos por nalidade brasileira, exigidas aos originários de
motivo de crença religiosa ou de convicção países de língua portuguesa apenas residência
filosófica ou política, salvo se as invocar para por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
eximir-se de obrigação legal a todos imposta b)  os estrangeiros de qualquer nacionali-
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, dade, residentes na República Federativa do
fixada em lei; Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e
������������������������������������������������������������������������������� sem condenação penal, desde que requeiram a
XVI – todos podem reunir-se pacificamen- nacionalidade brasileira.
Eleições

te, sem armas, em locais abertos ao público, �������������������������������������������������������������������������������

12
§ 3o  São privativos de brasileiro nato os tos e quem os houver sucedido ou substituído
cargos: no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
I – de Presidente e Vice-Presidente da Re- para um único período subsequente.
pública; § 6o  Para concorrerem a outros cargos, o
II – de Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente da República, os Governadores
III – de Presidente do Senado Federal; de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
������������������������������������������������������������������������������� devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos § 7o  São inelegíveis, no território de jurisdi-
ção do titular, o cônjuge e os parentes consanguí-
Art. 14.  A soberania popular será exercida neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se- do Presidente da República, de Governador de
creto, com valor igual para todos, e, nos termos Estado ou Território, do Distrito Federal, de
da lei, mediante: Prefeito ou de quem os haja substituído dentro
I – plebiscito; dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já ti-
II – referendo; tular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
III – iniciativa popular. § 8o  O militar alistável é elegível, atendidas
§ 1o  O alistamento eleitoral e o voto são: as seguintes condições:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito I – se contar menos de dez anos de serviço,
anos; deverá afastar-se da atividade;
II – facultativos para: II – se contar mais de dez anos de serviço,
a)  os analfabetos; será agregado pela autoridade superior e, se
b)  os maiores de setenta anos; eleito, passará automaticamente, no ato da
c)  os maiores de dezesseis e menores de diplomação, para a inatividade.
dezoito anos. § 9o  Lei complementar estabelecerá outros
§ 2o  Não podem alistar-se como eleitores casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces-
os estrangeiros e, durante o período do serviço sação, a fim de proteger a probidade administra-
militar obrigatório, os conscritos. tiva, a moralidade para o exercício do mandato,
§ 3 o  São condições de elegibilidade, na considerada a vida pregressa do candidato, e a
forma da lei: normalidade e legitimidade das eleições contra
I – a nacionalidade brasileira; a influência do poder econômico ou o abuso
II – o pleno exercício dos direitos políticos; do exercício de função, cargo ou emprego na
III – o alistamento eleitoral; administração direta ou indireta.
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; § 10.  O mandato eletivo poderá ser impug-
V – a filiação partidária; nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze
VI – a idade mínima de: dias contados da diplomação, instruída a ação
a)  trinta e cinco anos para Presidente e Vice- com provas de abuso do poder econômico,
-Presidente da República e Senador; corrupção ou fraude.
Dispositivos constitucionais pertinentes

b)  trinta anos para Governador e Vice- § 11.  A ação de impugnação de mandato
-Governador de Estado e do Distrito Federal; tramitará em segredo de justiça, respondendo
c)  vinte e um anos para Deputado Federal, o autor, na forma da lei, se temerária ou de
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- manifesta má-fé.
-Prefeito e juiz de paz;
d)  dezoito anos para Vereador. Art. 15.  É vedada a cassação de direitos polí-
§ 4 o  São inelegíveis os inalistáveis e os ticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
analfabetos. casos de:
§ 5o  O Presidente da República, os Governa- I – cancelamento da naturalização por sen-
dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei- tença transitada em julgado;

13
II – incapacidade civil absoluta; TÍTULO III – Da Organização do Estado
III – condenação criminal transitada em CAPÍTULO I – Da Organização Político-
julgado, enquanto durarem seus efeitos; Administrativa
IV – recusa de cumprir obrigação a todos
imposta ou prestação alternativa, nos termos Art. 18.  A organização político-administrati-
do art. 5o, VIII; va da República Federativa do Brasil compre-
V – improbidade administrativa, nos termos ende a União, os Estados, o Distrito Federal e
do art. 37, § 4o. os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição.
Art. 16.  A lei que alterar o processo eleitoral ������������������������������������������������������������������������������
entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até um ano CAPÍTULO II – Da União
da data de sua vigência. ������������������������������������������������������������������������������

Art. 22.  Compete privativamente à União


CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual,
Art. 17.  É livre a criação, fusão, incorporação eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa-
e extinção de partidos políticos, resguardados cial e do trabalho;
a soberania nacional, o regime democrático, ������������������������������������������������������������������������������
o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
da pessoa humana e observados os seguintes CAPÍTULO III – Dos Estados Federados
preceitos: ������������������������������������������������������������������������������
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos Art. 27.  O número de Deputados à As-
financeiros de entidade ou governo estrangei- sembléia Legislativa corresponderá ao triplo
ros ou de subordinação a estes; da representação do Estado na Câmara dos
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; Deputados e, atingido o número de trinta e
IV – funcionamento parlamentar de acordo seis, será acrescido de tantos quantos forem os
com a lei. Deputados Federais acima de doze.
§ 1o  É assegurada aos partidos políticos § 1o  Será de quatro anos o mandato dos
autonomia para definir sua estrutura interna, Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as re-
organização e funcionamento e para adotar gras desta Constituição sobre sistema eleitoral,
os critérios de escolha e o regime de suas inviolabilidade, imunidades, remuneração,
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de perda de mandato, licença, impedimentos e
vinculação entre as candidaturas em âmbito incorporação às Forças Armadas.
nacional, estadual, distrital ou municipal, ������������������������������������������������������������������������������
devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária. Art. 28.  A eleição do Governador e do
§ 2o  Os partidos políticos, após adquirirem Vice-Governador de Estado, para mandato
personalidade jurídica, na forma da lei civil, de quatro anos, realizar-se-á no primeiro
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior domingo de outubro, em primeiro turno, e
Eleitoral. no último domingo de outubro, em segun-
§ 3o  Os partidos políticos têm direito a do turno, se houver, do ano anterior ao do
recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito término do mandato de seus antecessores,
ao rádio e à televisão, na forma da lei. e a posse ocorrerá em 1o de janeiro do ano
§ 4o  É vedada a utilização pelos partidos subsequente, observado, quanto ao mais, o
Eleições

políticos de organização paramilitar. disposto no art. 77.

14
§ 1o  Perderá o mandato o Governador que g)  21 (vinte e um) Vereadores, nos Muni-
assumir outro cargo ou função na administra- cípios de mais de 160.000 (cento e sessenta
ção pública direta ou indireta, ressalvada a posse mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil)
em virtude de concurso público e observado o habitantes;
disposto no art. 38, I, IV e V. h)  23 (vinte e três) Vereadores, nos Municí-
������������������������������������������������������������������������������� pios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitan-
tes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta
CAPÍTULO IV – Dos Municípios mil) habitantes;
i)  25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Mu-
Art. 29.  O Município reger-se-á por lei orgâ- nicípios de mais de 450.000 (quatrocentos e
nica, votada em dois turnos, com o interstício cinquenta mil) habitantes e de até 600.000
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços (seiscentos mil) habitantes;
dos membros da Câmara Municipal, que a pro- j)  27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municí-
mulgará, atendidos os princípios estabelecidos pios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habi-
nesta Constituição, na Constituição do respec- tantes e de até 750.000 (setecentos e cinquenta
tivo Estado e os seguintes preceitos: mil) habitantes;
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e k)  29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municí-
dos Vereadores, para mandato de quatro anos, pios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta
mediante pleito direto e simultâneo realizado mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos
em todo o país; mil) habitantes;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito l)  31 (trinta e um) Vereadores, nos Muni-
realizada no primeiro domingo de outubro do cípios de mais de 900.000 (novecentos mil)
ano anterior ao término do mandato dos que habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e
devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 cinquenta mil) habitantes;
no caso de Municípios com mais de duzentos m)  33 (trinta e três) Vereadores, nos Mu-
mil eleitores; nicípios de mais de 1.050.000 (um milhão e
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um
no dia 1o de janeiro do ano subsequente ao da milhão e duzentos mil) habitantes;
eleição; n)  35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu-
IV – para a composição das Câmaras Mu- nicípios de mais de 1.200.000 (um milhão e
nicipais, será observado o limite máximo de: duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um
a)  9 (nove) Vereadores, nos Municípios de milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
até 15.000 (quinze mil) habitantes; o)  37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni-
b)  11 (onze) Vereadores, nos Municípios de cípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e
mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um
30.000 (trinta mil) habitantes; milhão e quinhentos mil) habitantes;
c)  13 (treze) Vereadores, nos Municípios p)  39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu-
com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de nicípios de mais de 1.500.000 (um milhão e
Dispositivos constitucionais pertinentes

até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000
d)  15 (quinze) Vereadores, nos Municípios (um milhão e oitocentos mil) habitantes;
de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e q)  41 (quarenta e um) Vereadores, nos
de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão
e)  17 (dezessete) Vereadores, nos Municí- e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000
pios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; r)  43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu-
f)  19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios nicípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e
de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000
e de até 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes; (três milhões) de habitantes;

15
s)  45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos § 1o  Os Territórios poderão ser divididos
Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) em Municípios, aos quais se aplicará, no que
de habitantes e de até 4.000.000 (quatro mi- couber, o disposto no Capítulo IV deste título.
lhões) de habitantes; �������������������������������������������������������������������������������
t)  47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Mu- § 3o  Nos Territórios Federais com mais
nicípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de cem mil habitantes, além do Governador,
de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) nomeado na forma desta Constituição, have-
de habitantes; rá órgãos judiciários de primeira e segunda
u)  49 (quarenta e nove) Vereadores, nos instâncias, membros do Ministério Público e
Municípios de mais de 5.000.000 (cinco mi- defensores públicos federais; a lei disporá so-
lhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis bre as eleições para a Câmara Territorial e sua
milhões) de habitantes; competência deliberativa.
v)  51 (cinquenta e um) Vereadores, nos
Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões)
de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) CAPÍTULO VI – Da Intervenção
de habitantes;
w)  53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Art. 34.  A União não intervirá nos Estados
Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) nem no Distrito Federal, exceto para:
de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) �������������������������������������������������������������������������������
de habitantes; e VII – assegurar a observância dos seguintes
x)  55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos princípios constitucionais:
Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) a)  forma republicana, sistema representati-
de habitantes; vo e regime democrático;
������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������

CAPÍTULO V – Do Distrito Federal e dos CAPÍTULO VII – Da Administração Pública


Territórios SEÇÃO I – Disposições Gerais
SEÇÃO I – Do Distrito Federal �������������������������������������������������������������������������������

Art. 32.  O Distrito Federal, vedada sua divisão Art. 38.  Ao servidor público da administração
em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, direta, autárquica e fundacional, no exercício
votada em dois turnos com interstício mínimo de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes
de dez dias, e aprovada por dois terços da Câ- disposições:
mara Legislativa, que a promulgará, atendidos I – tratando-se de mandato eletivo federal,
os princípios estabelecidos nesta Constituição. estadual ou distrital, ficará afastado de seu
������������������������������������������������������������������������������� cargo, emprego ou função;
§ 2o  A eleição do Governador e do Vice- II – investido no mandato de Prefeito, será
-Governador, observadas as regras do art. 77, afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
e dos Deputados Distritais coincidirá com a -lhe facultado optar pela sua remuneração;
dos Governadores e Deputados Estaduais, para III – investido no mandato de Vereador, ha-
mandato de igual duração. vendo compatibilidade de horários, perceberá
§ 3o  Aos Deputados Distritais e à Câmara as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo,
������������������������������������������������������������������������������� e, não havendo compatibilidade, será aplicada
a norma do inciso anterior;
SEÇÃO II – Dos Territórios IV – em qualquer caso que exija o afasta-
mento para o exercício de mandato eletivo,
Eleições

Art. 33.  ��������������������������������������������������������������� seu tempo de serviço será contado para todos

16
os efeitos legais, exceto para promoção por Art. 49.  É da competência exclusiva do Con-
merecimento; gresso Nacional:
V – para efeito de benefício previdenciário, �������������������������������������������������������������������������������
no caso de afastamento, os valores serão deter- XV – autorizar referendo e convocar ple-
minados como se no exercício estivesse. biscito;
������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������

TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes SEÇÃO V – Dos Deputados e dos Senadores


CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo
SEÇÃO I – Do Congresso Nacional Art. 53.  Os Deputados e Senadores são invio-
láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
Art. 44.  O Poder Legislativo é exercido pelo opiniões, palavras e votos.
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara § 1o  Os Deputados e Senadores, desde a
dos Deputados e do Senado Federal. expedição do diploma, serão submetidos a jul-
Parágrafo único.  Cada legislatura terá a gamento perante o Supremo Tribunal Federal.
duração de quatro anos. § 2o  Desde a expedição do diploma, os
membros do Congresso Nacional não poderão
Art. 45.  A Câmara dos Deputados compõe-se ser presos, salvo em flagrante de crime ina-
de representantes do povo, eleitos, pelo sistema fiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
proporcional, em cada Estado, em cada Terri- dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva,
tório e no Distrito Federal. para que, pelo voto da maioria de seus mem-
§ 1o  O número total de Deputados, bem bros, resolva sobre a prisão.
como a representação por Estado e pelo Distrito § 3o  Recebida a denúncia contra Senador
Federal, será estabelecido por lei complementar, ou Deputado, por crime ocorrido após a di-
proporcionalmente à população, procedendo- plomação, o Supremo Tribunal Federal dará
-se aos ajustes necessários, no ano anterior às ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa
eleições, para que nenhuma daquelas unidades de partido político nela representado e pelo
da Federação tenha menos de oito ou mais de voto da maioria de seus membros, poderá, até
setenta Deputados. a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 2o  Cada Território elegerá quatro Depu- § 4o  O pedido de sustação será apreciado
tados. pela Casa respectiva no prazo improrrogável
de quarenta e cinco dias do seu recebimento
Art. 46.  O Senado Federal compõe-se de re- pela Mesa Diretora.
presentantes dos Estados e do Distrito Federal, § 5o  A sustação do processo suspende a
eleitos segundo o princípio majoritário. prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 1o  Cada Estado e o Distrito Federal elege- § 6o  Os Deputados e Senadores não serão
rão três Senadores, com mandato de oito anos. obrigados a testemunhar sobre informações
§ 2o  A representação de cada Estado e do recebidas ou prestadas em razão do exercício
Dispositivos constitucionais pertinentes

Distrito Federal será renovada de quatro em do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
quatro anos, alternadamente, por um e dois confiaram ou deles receberam informações.
terços. § 7o  A incorporação às Forças Armadas de
§ 3o  Cada Senador será eleito com dois Deputados e Senadores, embora militares e
suplentes. ainda que em tempo de guerra, dependerá de
������������������������������������������������������������������������������� prévia licença da Casa respectiva.
§ 8o  As imunidades de Deputados ou Se-
SEÇÃO II – Das Atribuições do Congresso nadores subsistirão durante o estado de sítio,
Nacional só podendo ser suspensas mediante o voto de
������������������������������������������������������������������������������� dois terços dos membros da Casa respectiva,

17
nos casos de atos praticados fora do recinto do interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis membro do Congresso Nacional ou a percepção
com a execução da medida. de vantagens indevidas.
§ 2o  Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda
Art. 54.  Os Deputados e Senadores não po- do mandato será decidida pela Câmara dos
derão: Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria
I – desde a expedição do diploma: absoluta, mediante provocação da respectiva
a)  firmar ou manter contrato com pessoa ju- Mesa ou de partido político representado no
rídica de direito público, autarquia, empresa pú- Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
blica, sociedade de economia mista ou empresa § 3o  Nos casos previstos nos incisos III a
concessionária de serviço público, salvo quando V, a perda será declarada pela Mesa da Casa
o contrato obedecer a cláusulas uniformes; respectiva, de ofício ou mediante provocação
b)  aceitar ou exercer cargo, função ou em- de qualquer de seus membros ou de partido
prego remunerado, inclusive os de que sejam político representado no Congresso Nacional,
demissíveis ad nutum, nas entidades constantes assegurada ampla defesa.
da alínea anterior; § 4o  A renúncia de parlamentar submetido
II – desde a posse: a processo que vise ou possa levar à perda do
a)  ser proprietários, controladores ou dire- mandato, nos termos deste artigo, terá seus
tores de empresa que goze de favor decorrente efeitos suspensos até as deliberações finais de
de contrato com pessoa jurídica de direito que tratam os §§ 2o e 3o.
público, ou nela exercer função remunerada;
b)  ocupar cargo ou função de que sejam Art. 56.  Não perderá o mandato o Deputado
demissíveis ad nutum, nas entidades referidas ou Senador:
no inciso I, “a”; I – investido no cargo de Ministro de Estado,
c)  patrocinar causa em que seja interessada Governador de Território, Secretário de Estado,
qualquer das entidades a que se refere o inciso do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura
I, “a”; de Capital ou chefe de missão diplomática
d)  ser titulares de mais de um cargo ou temporária;
mandato público eletivo. II – licenciado pela respectiva Casa por moti-
vo de doença, ou para tratar, sem remuneração,
Art. 55.  Perderá o mandato o Deputado ou de interesse particular, desde que, neste caso, o
Senador: afastamento não ultrapasse cento e vinte dias
I – que infringir qualquer das proibições por sessão legislativa.
estabelecidas no artigo anterior; § 1o  O suplente será convocado nos casos de
II – cujo procedimento for declarado incom- vaga, de investidura em funções previstas neste
patível com o decoro parlamentar; artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
III – que deixar de comparecer, em cada § 2o  Ocorrendo vaga e não havendo suplente,
sessão legislativa, à terça parte das sessões or- far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais
dinárias da Casa a que pertencer, salvo licença de quinze meses para o término do mandato.
ou missão por esta autorizada; �������������������������������������������������������������������������������
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos
políticos; SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos �������������������������������������������������������������������������������
casos previstos nesta Constituição;
VI – que sofrer condenação criminal em SUBSEÇÃO II – Da Emenda à Constituição
sentença transitada em julgado.
§ 1o  É incompatível com o decoro parla- Art. 60.  ...............................................................
Eleições

mentar, além dos casos definidos no regimento �������������������������������������������������������������������������������

18
§ 4o  Não será objeto de deliberação a pro- em primeiro turno, e no último domingo de
posta de emenda tendente a abolir: outubro, em segundo turno, se houver, do ano
������������������������������������������������������������������������������� anterior ao do término do mandato presidencial
II – o voto direto, secreto, universal e peri- vigente.
ódico; § 1o  A eleição do Presidente da República
������������������������������������������������������������������������������� importará a do Vice-Presidente com ele re-
gistrado.
SUBSEÇÃO III – Das Leis § 2o  Será considerado eleito Presidente o
candidato que, registrado por partido político,
Art. 61.  A iniciativa das leis complementares e obtiver a maioria absoluta de votos, não com-
ordinárias cabe a qualquer membro ou Comis- putados os em branco e os nulos.
são da Câmara dos Deputados, do Senado Fe- § 3o  Se nenhum candidato alcançar maioria
deral ou do Congresso Nacional, ao Presidente absoluta na primeira votação, far-se-á nova
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos eleição em até vinte dias após a proclamação
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da do resultado, concorrendo os dois candidatos
República e aos cidadãos, na forma e nos casos mais votados e considerando-se eleito aquele
previstos nesta Constituição. que obtiver a maioria dos votos válidos.
������������������������������������������������������������������������������� § 4o  Se, antes de realizado o segundo turno,
§ 2o  A iniciativa popular pode ser exercida ocorrer morte, desistência ou impedimento
pela apresentação à Câmara dos Deputados de legal de candidato, convocar-se-á, dentre os
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por remanescentes, o de maior votação.
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo § 5o  Se, na hipótese dos parágrafos anterio-
menos por cinco Estados, com não menos de res, remanescer, em segundo lugar, mais de um
três décimos por cento dos eleitores de cada candidato com a mesma votação, qualificar-se-á
um deles. o mais idoso.
������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������

Art. 68.  As leis delegadas serão elaboradas pelo Art. 81.  Vagando os cargos de Presidente e
Presidente da República, que deverá solicitar a Vice-Presidente da República, far-se-á eleição
delegação ao Congresso Nacional. noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1o  Não serão objeto de delegação os atos de § 1o  Ocorrendo a vacância nos últimos dois
competência exclusiva do Congresso Nacional, anos do período presidencial, a eleição para
os de competência privativa da Câmara dos De- ambos os cargos será feita trinta dias depois
putados ou do Senado Federal, a matéria reser- da última vaga, pelo Congresso Nacional, na
vada à lei complementar, nem a legislação sobre: forma da lei.
������������������������������������������������������������������������������� § 2o  Em qualquer dos casos, os eleitos deve-
II – nacionalidade, cidadania, direitos indi- rão completar o período de seus antecessores.
viduais, políticos e eleitorais; �������������������������������������������������������������������������������
Dispositivos constitucionais pertinentes

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CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário
CAPÍTULO II – Do Poder Executivo �������������������������������������������������������������������������������
SEÇÃO I – Do Presidente e do Vice-
Presidente da República SEÇÃO VI – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais
�������������������������������������������������������������������������������
Art. 118.  São órgãos da Justiça Eleitoral:
Art. 77.  A eleição do Presidente e do Vice- I – o Tribunal Superior Eleitoral;
-Presidente da República realizar-se-á, simul- II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
taneamente, no primeiro domingo de outubro, III – os Juízes Eleitorais;

19
IV – as Juntas Eleitorais. no exercício de suas funções, e no que lhes for
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
Art. 119.  O Tribunal Superior Eleitoral inamovíveis.
compor-se-á, no mínimo, de sete membros, § 2o  Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo
escolhidos: motivo justificado, servirão por dois anos, no
I – mediante eleição, pelo voto secreto: mínimo, e nunca por mais de dois biênios
a)  três juízes dentre os Ministros do Supre- consecutivos, sendo os substitutos escolhidos
mo Tribunal Federal; na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
b)  dois juízes dentre os Ministros do Supe- número igual para cada categoria.
rior Tribunal de Justiça; § 3o  São irrecorríveis as decisões do Tribu-
II – por nomeação do Presidente da Repúbli- nal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem
ca, dois juízes dentre seis advogados de notável esta Constituição e as denegatórias de habeas
saber jurídico e idoneidade moral, indicados corpus ou mandado de segurança.
pelo Supremo Tribunal Federal. § 4o  Das decisões dos Tribunais Regionais
Parágrafo único.  O Tribunal Superior Elei- Eleitorais somente caberá recurso quando:
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente I – forem proferidas contra disposição ex-
dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fede- pressa desta Constituição ou de lei;
ral, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros II – ocorrer divergência na interpretação de
do Superior Tribunal de Justiça. lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou
Art. 120.  Haverá um Tribunal Regional Elei- expedição de diplomas nas eleições federais
toral na Capital de cada Estado e no Distrito ou estaduais;
Federal. IV – anularem diplomas ou decretarem a
§ 1 o  Os Tribunais Regionais Eleitorais perda de mandatos eletivos federais ou esta-
compor-se-ão: duais;
I – mediante eleição, pelo voto secreto: V – denegarem habeas corpus, mandado
a)  de dois juízes dentre os desembargadores de segurança, habeas data ou mandado de
do Tribunal de Justiça; injunção.
b)  de dois juízes, dentre juízes de direito, �������������������������������������������������������������������������������
escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à
com sede na Capital do Estado ou no Distrito Justiça
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, esco- SEÇÃO I – Do Ministério Público
lhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional �������������������������������������������������������������������������������
Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da Re- Art. 128.  O Ministério Público abrange:
pública, de dois juízes dentre seis advogados �������������������������������������������������������������������������������
de notável saber jurídico e idoneidade moral, § 5o  Leis complementares da União e dos
indicados pelo Tribunal de Justiça. Estados, cuja iniciativa é facultada aos res-
§ 2o  O Tribunal Regional Eleitoral elegerá pectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a
seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os organização, as atribuições e o estatuto de cada
desembargadores. Ministério Público, observadas, relativamente
a seus membros:
Art. 121.  Lei complementar disporá sobre a �������������������������������������������������������������������������������
organização e competência dos tribunais, dos II – as seguintes vedações:
juízes de direito e das juntas eleitorais. �������������������������������������������������������������������������������
§ 1o  Os membros dos tribunais, os juízes e)  exercer atividade político-partidária;
Eleições

de direito e os integrantes das juntas eleitorais, �������������������������������������������������������������������������������

20
TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das �������������������������������������������������������������������������������
Instituições Democráticas V – o militar, enquanto em serviço ativo, não
������������������������������������������������������������������������������� pode estar filiado a partidos políticos;
�������������������������������������������������������������������������������
CAPÍTULO II – Das Forças Armadas
TÍTULO IX – Das Disposições
Art. 142.  As Forças Armadas, constituídas Constitucionais Gerais
pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáu- �������������������������������������������������������������������������������
tica, são instituições nacionais permanentes e
regulares, organizadas com base na hierarquia Art. 235.  Nos dez primeiros anos da criação
e na disciplina, sob a autoridade suprema do de Estado, serão observadas as seguintes nor-
Presidente da República, e destinam-se à defesa mas básicas:
da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais I – a Assembléia Legislativa será composta
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da de dezessete Deputados se a população do
ordem. Estado for inferior a seiscentos mil habitantes,
������������������������������������������������������������������������������� e de vinte e quatro se igual ou superior a esse
§ 3o  Os membros das Forças Armadas são número, até um milhão e quinhentos mil;
denominados militares, aplicando-se-lhes, �������������������������������������������������������������������������������
além das que vierem a ser fixadas em lei, as
seguintes disposições:

Dispositivos constitucionais pertinentes

21
Emenda Constitucional no 91, de 2016
Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado,
de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS –


nado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Deputado Eduardo Cunha, Presidente – Deputado
Constituição Federal, promulgam a seguinte Waldir Maranhão, 1o Vice-Presidente – Deputado
Emenda ao texto constitucional: Giacobo, 2o Vice-Presidente – Deputado Beto
Mansur, 1o Secretário – Deputado Felipe Bornier, 2o
Art. 1o  É facultado ao detentor de mandato Secretário – Deputada Mara Gabrilli, 3a Secretária
eletivo desligar-se do partido pelo qual foi – Deputado Alex Canziani, 4o Secretário.
eleito nos trinta dias seguintes à promulgação
desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do MESA DO SENADO FEDERAL – Senador
mandato, não sendo essa desfiliação conside- Renan Calheiros, Presidente − Senador Jorge
rada para fins de distribuição dos recursos do Viana, 1o Vice-Presidente – Senador Romero Jucá,
Fundo Partidário e de acesso gratuito ao tempo 2o Vice-Presidente – Senador Vicentinho Alves, 1o
de rádio e televisão. Secretário − Senador Zeze Perrella, 2o Secretário
− Senador Gladson Cameli, 3 o Secretário −
Art. 2o  Esta Emenda Constitucional entra em Senadora Ângela Portela, 4a Secretária.
vigor na data de sua publicação.
Promulgada em 18/2/2016 e publicada no DOU de
Brasília, 18 de fevereiro de 2016. 19/2/2016.
Eleições

22
Código Eleitoral
Lei no 4.737/1965
Institui o Código Eleitoral.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Parágrafo único.  Os militares são alistá-


veis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais,
Faço saber que sanciono a seguinte Lei, apro- guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais,
vada pelo Congresso Nacional, nos termos sargentos ou alunos das escolas militares de
do art. 4o, caput, do Ato Institucional, de 9 de ensino superior para formação de oficiais.
abril de 1964.
Art. 6o  O alistamento e o voto são obrigatórios
para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
PARTE PRIMEIRA – Introdução I – quanto ao alistamento:
a)  os inválidos;
Art. 1o  Este Código contém normas destina- b)  os maiores de setenta anos;
das a assegurar a organização e o exercício de c)  os que se encontrem fora do País;
direitos políticos precipuamente os de votar e II – quanto ao voto:
ser votado. a)  os enfermos;
Parágrafo único.  O Tribunal Superior Elei- b)  os que se encontrem fora do seu domi-
toral expedirá Instruções para sua fiel execução. cílio;
c)  os funcionários civis e os militares, em
Art. 2o  Todo poder emana do povo e será serviço que os impossibilite de votar.
exercido, em seu nome, por mandatários esco-
lhidos, direta e secretamente, dentre candidatos Art. 7o  O eleitor que deixar de votar e não se
indicados por partidos políticos nacionais, justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias
ressalvada a eleição indireta nos casos previstos após a realização da eleição incorrerá na multa
na Constituição e leis específicas.1 de três a dez por cento sobre o salário mínimo
da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada
Art. 3o  Qualquer cidadão pode pretender na forma prevista no art. 367.4
investidura em cargo eletivo, respeitadas as § 1o  Sem a prova de que votou na última
condições constitucionais e legais de elegibili- eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
dade e incompatibilidade. justificou devidamente, não poderá o eleitor:
I – inscrever-se em concurso ou prova
Art. 4o  São eleitores os brasileiros maiores de para cargo ou função pública, investir-se ou
18 (dezoito) anos que se alistarem na forma empossar-se neles;
da lei.2 II – receber vencimentos, remuneração,
salário ou proventos de função ou empre-
Art. 5o  Não podem alistar-se eleitores:3 go público, autárquico ou paraestatal, bem
I – os analfabetos; como fundações governamentais, empresas,
II – os que não saibam exprimir-se na língua institutos e sociedades de qualquer natureza,
nacional; mantidas ou subvencionadas pelo governo
III – os que estejam privados, temporária ou ou que exerçam serviço público delegado,
definitivamente, dos direitos políticos. correspondentes ao segundo mês subsequente
ao da eleição;
Eleições

1
  Ver Constituição Federal (CF), arts. 1o e 14, caput.
2
  Ver CF, art. 14, § 1o, II, “c”.   Leis nos 13.165/2015, 7.663/1988 e 4.961/1966.
4

24 3
  Ver CF, art. 14. Ver Resolução do TSE no 21.538/2003, arts. 80 e 85.
III – participar de concorrência pública ou toral até o centésimo primeiro dia anterior à
administrativa da União, dos Estados, dos Ter- eleição subsequente à data em que completar
ritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, dezenove anos.
ou das respectivas autarquias;
IV – obter empréstimos nas autarquias, Art. 9o  Os responsáveis pela inobservância do
sociedades de economia mista, caixas econô- disposto nos artigos 7o e 8o incorrerão na multa
micas federais ou estaduais, nos institutos e de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes
caixas de previdência social, bem como em na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar
qualquer estabelecimento de crédito manti- até 30 (trinta) dias.
do pelo governo, ou de cuja administração
este participe, e com essas entidades celebrar Art. 10.  O juiz eleitoral fornecerá aos que
contratos; não votarem por motivo justificado e aos não
V – obter passaporte ou carteira de iden- alistados nos termos dos artigos 5o e 6o, no 1,
tidade; documento que os isente das sanções legais.
VI – renovar matrícula em estabelecimento
de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; Art. 11.  O eleitor que não votar e não pagar
VII – praticar qualquer ato para o qual se a multa, se se encontrar fora de sua zona e ne-
exija quitação do serviço militar ou imposto cessitar documento de quitação com a Justiça
de renda. Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante
§ 2o  Os brasileiros natos ou naturalizados, o Juízo da zona em que estiver.6
maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos § 1 o  A multa será cobrada no máximo
artigos 5o e 6o, no 1, sem prova de estarem alis- previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que
tados não poderão praticar os atos relacionados o Juiz da zona em que se encontrar solicite
no parágrafo anterior. informações sobre o arbitramento ao Juízo da
§ 3o  Realizado o alistamento eleitoral pelo inscrição.
processo eletrônico de dados, será cancelada a § 2o  Em qualquer das hipóteses, efetuado
inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) o pagamento através de selos federais inuti-
eleições consecutivas, não pagar a multa ou lizados no próprio requerimento, o juiz que
não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a recolheu a multa comunicará o fato ao da
contar da data da última eleição a que deveria zona de inscrição e fornecerá ao requerente
ter comparecido. comprovante do pagamento.
§ 4o  O disposto no inciso V do §  1o não
se aplica ao eleitor no exterior que requeira
novo passaporte para identificação e retorno PARTE SEGUNDA – Dos Órgãos da Justiça
ao Brasil. Eleitoral

Art. 8o  O brasileiro nato que não se alistar até Art. 12.  São órgãos da Justiça Eleitoral:7
os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede
até um ano depois de adquirida a nacionalida- na Capital da República e jurisdição em todo
de brasileira incorrerá na multa de três a dez o país;
por cento sobre o valor do salário mínimo da II – um Tribunal Regional, na Capital de
região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da cada Estado, no Distrito Federal e, mediante
inscrição eleitoral através de selo federal inu- proposta do Tribunal Superior, na Capital de
tilizado no próprio requerimento.5 Território;
Código Eleitoral

Parágrafo único.  Não se aplicará a pena ao III – juntas eleitorais;


não alistado que requerer sua inscrição elei- IV – juízes eleitorais.

5
  Leis n os 9.041/1995 e 4.961/1966. Ver Lei 6
  Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im-
no 7.373/1985 e Lei no 5.143/1966, art. 15, que abo- posto do selo.
liu o imposto do selo (selos federais). 7
  Ver CF, arts. 118 a 121. 25
Art. 13.  O número de juízes dos Tribunais II – por nomeação do Presidente da Repú-
Regionais não será reduzido, mas poderá ser blica de dois dentre seis advogados de notável
elevado até nove, mediante proposta do Tri- saber jurídico e idoneidade moral, indicados
bunal Superior, e na forma por ele sugerida. pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 1o  Não podem fazer parte do Tribunal
Art. 14.  Os juízes dos Tribunais Eleitorais, Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre
salvo motivo justificado, servirão obrigatoria- si parentesco, ainda que por afinidade, até o
mente por dois anos, e nunca por mais de dois quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegí-
biênios consecutivos.8 timo, excluindo-se neste caso o que tiver sido
§ 1o  Os biênios serão contados, ininterrup- escolhido por último.
tamente, sem o desconto de qualquer afasta- § 2o  A nomeação de que trata o inciso II
mento, nem mesmo o decorrente de licença, deste artigo não poderá recair em cidadão que
férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3o. ocupe cargo público de que seja demissível ad
§ 2o  Os juízes afastados por motivo de li- nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio
cença, férias e licença especial, de suas funções de empresa beneficiada com subvenção, privi-
na Justiça comum, ficarão automaticamente légio, isenção ou favor em virtude de contrato
afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo cor- com a administração pública; ou que exerça
respondente, exceto quando, com períodos de mandato de caráter político, federal, estadual
férias coletivas, coincidir a realização de eleição, ou municipal.
apuração ou encerramento de alistamento.
§ 3o  Da homologação da respectiva con- Art. 17.  O Tribunal Superior Eleitoral elegerá
venção partidária até a diplomação e nos feitos para seu presidente um dos ministros do Su-
decorrentes do processo eleitoral, não poderão premo Tribunal Federal, cabendo ao outro a
servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, vice-presidência, e para Corregedor Geral da
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente Justiça Eleitoral um dos seus membros.
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, § 1o  As atribuições do Corregedor Geral
de candidato a cargo eletivo registrado na serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
circunscrição. § 2o  No desempenho de suas atribuições o
§ 4o  No caso de recondução para o segundo Corregedor Geral se locomoverá para os Esta-
biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades dos e Territórios nos seguintes casos:
indispensáveis à primeira investidura. I – por determinação do Tribunal Superior
Eleitoral;
Art. 15.  Os substitutos dos membros efetivos II – a pedido dos Tribunais Regionais Elei-
dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na torais;
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em III – a requerimento de Partido deferido pelo
número igual para cada categoria. Tribunal Superior Eleitoral;
IV – sempre que entender necessário.
§ 3o  Os provimentos emanados da Corre-
TÍTULO I – Do Tribunal Superior gedoria Geral vinculam os Corregedores Re-
gionais, que lhes devem dar imediato e preciso
Art. 16.  Compõe-se o Tribunal Superior cumprimento.
Eleitoral:9
I – mediante eleição, pelo voto secreto: Art. 18.  Exercerá as funções de Procurador
a)  de três juízes, dentre os Ministros do Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o
Supremo Tribunal Federal; e Procurador Geral da República, funcionando,
b)  de dois juízes, dentre os membros do em suas faltas e impedimentos, seu substituto
Tribunal Federal de Recursos; legal.
Eleições

Parágrafo único.  O Procurador Geral po-


8
  Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966. derá designar outros membros do Ministério
26 9
  Lei no 7.191/1984. Ver CF, art. 119. Público da União, com exercício no Distrito
Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, c)  a suspeição ou impedimento aos seus
para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Elei- membros, ao Procurador Geral e aos funcio-
toral, onde não poderão ter assento. nários da sua secretaria;
d)  os crimes eleitorais e os comuns que lhes
Art. 19.  O Tribunal Superior delibera por forem conexos cometidos pelos seus próprios
maioria de votos, em sessão pública, com a juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
presença da maioria de seus membros. e)  o habeas corpus ou mandado de seguran-
Parágrafo único.  As decisões do Tribunal ça, em matéria eleitoral, relativos a atos do Pre-
Superior, assim na interpretação do Código sidente da República, dos Ministros de Estado
Eleitoral em face da Constituição e cassação e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas
de registro de partidos políticos, como sobre corpus, quando houver perigo de se consumar
quaisquer recursos que importem anulação a violência antes que o juiz competente possa
geral de eleições ou perda de diplomas, só prover sobre a impetração;
poderão ser tomadas com a presença de todos f)  as reclamações relativas a obrigações
os seus membros. Se ocorrer impedimento de impostas por lei aos partidos políticos, quanto
algum juiz, será convocado o substituto ou o à sua contabilidade e à apuração da origem dos
respectivo suplente. seus recursos;
g)  as impugnações à apuração do resultado
Art. 20.  Perante o Tribunal Superior, qualquer geral, proclamação dos eleitos e expedição
interessado poderá arguir a suspeição ou im- de diploma na eleição de Presidente e Vice-
pedimento dos seus membros, do Procurador -Presidente da República;
Geral ou de funcionários de sua Secretaria, h)  os pedidos de desaforamento dos feitos
nos casos previstos na lei processual civil ou não decididos nos Tribunais Regionais dentro
penal e por motivo de parcialidade partidária, de trinta dias da conclusão ao relator, formula-
mediante o processo previsto em regimento. dos por partido, candidato, Ministério Público
Parágrafo único.  Será ilegítima a suspeição ou parte legitimamente interessada;
quando o excipiente a provocar ou, depois de i)  as reclamações contra os seus próprios
manifestada a causa, praticar ato que importe juízes que, no prazo de trinta dias a contar da
aceitação do arguido. conclusão, não houverem julgado os feitos a
eles distribuídos.
Art. 21.  Os Tribunais e juízes inferiores de- j)  a ação rescisória, nos casos de inelegibi-
vem dar imediato cumprimento às decisões, lidade, desde que intentada dentro do prazo
mandados, instruções e outros atos emanados de cento e vinte dias de decisão irrecorrível,
do Tribunal Superior Eleitoral. possibilitando-se o exercício do mandato ele-
tivo até o seu trânsito em julgado.
Art. 22.  Compete ao Tribunal Superior:10 II – julgar os recursos interpostos das de-
I – Processar e julgar originariamente: cisões dos Tribunais Regionais nos termos do
a)  o registro e a cassação de registro de par- art.  276, inclusive os que versarem matéria
tidos políticos, dos seus diretórios nacionais e administrativa.
de candidatos à Presidência e Vice-Presidência Parágrafo único.  As decisões do Tribunal
da República; Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do
b)  os conflitos de jurisdição entre Tribu- art. 281.
nais Regionais e juízes eleitorais de Estados
diferentes; Art. 23.  Compete, ainda, privativamente, ao
Código Eleitoral

Tribunal Superior:11
  Lei Complementar no 86/1996; e Lei no 4.961/1966.
10

Ver CF/1988, art. 102, I, “c”, e Resolução do Sena- 11


  Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 28, caput, art. 29,
do Federal no 132, de 7 de dezembro de 1984, que I e II, art.  32, §  2o, art.  77, caput, e art.  96; Lei
suspende a execução da locução “mandado de no  9.504/1997, arts.  1o e 2o, e Lei  no 6.999/1982; e
segurança” dessa alínea. Resoluções do TSE nos 21.843/2004 e 19.994/1997. 27
I – elaborar o seu regimento interno; XVII – publicar um boletim eleitoral;
II – organizar a sua Secretaria e a Correge- XVIII – tomar quaisquer outras providências
doria Geral, propondo ao Congresso Nacional que julgar convenientes à execução da legisla-
a criação ou extinção dos cargos administra- ção eleitoral.
tivos e a fixação dos respectivos vencimentos,
provendo-os na forma da lei; Art. 24.  Compete ao Procurador Geral, como
III – conceder aos seus membros licença e Chefe do Ministério Público Eleitoral:
férias, assim como afastamento do exercício I – assistir às sessões do Tribunal Superior e
dos cargos efetivos; tomar parte nas discussões;
IV – aprovar o afastamento do exercício II – exercer a ação pública e promovê-la até
dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais final, em todos os feitos de competência origi-
Regionais Eleitorais; nária do Tribunal;
V – propor a criação de Tribunal Regional III – oficiar em todos os recursos encami-
na sede de qualquer dos Territórios; nhados ao Tribunal;
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente,
do número dos juízes de qualquer Tribunal em todos os assuntos submetidos à deliberação
Eleitoral, indicando a forma desse aumento; do Tribunal, quando solicitada sua audiência
VII – fixar as datas para as eleições de por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua,
Presidente e Vice-Presidente da República, se entender necessário;
senadores e deputados federais, quando não o V – defender a jurisdição do Tribunal;
tiverem sido por lei; VI – representar ao Tribunal sobre a fiel
VIII – aprovar a divisão dos Estados em observância das leis eleitorais, especialmente
zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;
IX – expedir as instruções que julgar conve- VII – requisitar diligências, certidões e es-
nientes à execução deste Código; clarecimentos necessários ao desempenho de
X – fixar a diária do Corregedor Geral, dos suas atribuições;
Corregedores Regionais e auxiliares em dili- VIII – expedir instruções aos órgãos do Mi-
gência fora da sede; nistério Público junto aos Tribunais Regionais;
XI – enviar ao Presidente da República a lista IX – acompanhar, quando solicitado, o Cor-
tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça regedor Geral, pessoalmente ou por intermédio
nos termos do art. 25; de Procurador que designe, nas diligências a
XII – responder, sobre matéria eleitoral, serem realizadas.
às consultas que lhe forem feitas em tese por
autoridade com jurisdição federal ou órgão
nacional de partido político; TÍTULO II – Dos Tribunais Regionais
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas
mesas receptoras nos Estados em que essa pro- Art. 25.  Os Tribunais Regionais Eleitorais
vidência for solicitada pelo Tribunal Regional compor-se-ão:12
respectivo; I – mediante eleição, pelo voto secreto:
XIV – requisitar força federal necessária ao a)  de dois juízes, dentre os desembargadores
cumprimento da lei, de suas próprias decisões do Tribunal de Justiça; e
ou das decisões dos Tribunais Regionais que b)  de dois juízes de direito, escolhidos pelo
o solicitarem, e para garantir a votação e a Tribunal de Justiça;
apuração; II – do juiz federal e, havendo mais de um,
XV – organizar e divulgar a Súmula de sua do que for escolhido pelo Tribunal Federal de
jurisprudência; Recursos; e
XVI – requisitar funcionário da União e do
Eleições

Distrito Federal quando o exigir o acúmulo   Leis nos 7.191/1984 e 4.961/1966; e Decreto-Lei
12

ocasional do serviço de sua Secretaria; no 441/1969. Ver CF, art. 120.


28
III – por nomeação do Presidente da Repú- Art. 28.  Os Tribunais Regionais deliberam
blica de dois dentre seis cidadãos de notável por maioria de votos, em sessão pública, com
saber jurídico e idoneidade moral, indicados a presença da maioria de seus membros.15
pelo Tribunal de Justiça. § 1o  No caso de impedimento e não exis-
tindo quorum, será o membro do Tribunal
Art. 26.  O Presidente e o Vice-Presidente do substituído por outro da mesma categoria,
Tribunal Regional serão eleitos por este, dentre designado na forma prevista na Constituição.
os três desembargadores do Tribunal de Justiça; § 2o  Perante o Tribunal Regional, e com
o terceiro desembargador será o Corregedor recurso voluntário para o Tribunal Superior
Regional da Justiça Eleitoral.13 qualquer interessado poderá arguir a suspeição
§ 1o  As atribuições do Corregedor Regional dos seus membros, do Procurador Regional,
serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral ou de funcionários da sua Secretaria, assim
e, em caráter supletivo ou complementar, pelo como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos
Tribunal Regional Eleitoral perante o qual previstos na lei processual civil e por motivo
servir. de parcialidade partidária, mediante o processo
§ 2o  No desempenho de suas atribuições previsto em regimento.
o Corregedor Regional se locomoverá para as § 3o  No caso previsto no parágrafo anterior
zonas eleitorais nos seguintes casos: será observado o disposto no parágrafo único
I – por determinação do Tribunal Superior do art. 20.
Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral; § 4o As decisões dos Tribunais Regionais
II – a pedido dos juízes eleitorais; sobre quaisquer ações que importem cassa-
III – a requerimento de Partido, deferido ção de registro, anulação geral de eleições
pelo Tribunal Regional; ou perda de diplomas somente poderão ser
IV – sempre que entender necessário. tomadas com a presença de todos os seus
membros.
Art. 27.  Servirá como Procurador Regional § 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento
junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o de algum juiz, será convocado o suplente da
Procurador da República no respectivo Estado mesma classe.
e, onde houver mais de um, aquele que for de-
signado pelo Procurador Geral da República.14 Art. 29.  Compete aos Tribunais Regionais:16
§ 1o  No Distrito Federal, serão as funções I – processar e julgar originariamente:
de Procurador Regional Eleitoral exercidas a)  o registro e o cancelamento do regis-
pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito tro dos diretórios estaduais e municipais de
Federal. partidos políticos, bem como de candidatos a
§ 2o  Substituirá o Procurador Regional, em Governador, Vice-Governadores, e membro
suas faltas ou impedimentos, o seu substituto do Congresso Nacional e das Assembleias
legal. Legislativas;
§ 3o  Compete aos Procuradores Regionais b)  os conflitos de jurisdição entre juízes
exercer, perante os Tribunais junto aos quais eleitorais do respectivo Estado;
servirem, as atribuições do Procurador Geral. c)  a suspeição ou impedimentos aos seus
§ 4 o   Mediante prévia autorização do membros, ao Procurador Regional e aos fun-
Procurador Geral, podendo os Procuradores cionários da sua Secretaria, assim como aos
Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas juízes e escrivães eleitorais;
funções, membros do Ministério Público local, d)  os crimes eleitorais cometidos pelos
Código Eleitoral

não tendo estes, porém, assento nas sessões do juízes eleitorais;


Tribunal.
  Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966.
15
13
  Ver CF, art. 120.   Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 96, I; e Lei Com-
16
14
  Ver Lei Complementar no 75/1993, arts. 72 a 80. plementar no 64/1990, art. 2o, parágrafo único, II.
29
e)  o habeas corpus ou mandado de segu- paz, quando não determinada por disposição
rança, em matéria eleitoral, contra ato de au- constitucional ou legal;
toridades que respondam perante os Tribunais V – constituir as juntas eleitorais e designar
de Justiça por crime de responsabilidade e, em a respectiva sede e jurisdição;
grau de recurso, os denegados ou concedidos VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas
pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas eleitorais ou seções em que a contagem dos
corpus, quando houver perigo de se consumar votos deva ser feita pela mesa receptora;
a violência antes que o juiz competente possa VII – apurar, com os resultados parciais en-
prover sobre a impetração; viados pelas juntas eleitorais, os resultados finais
f)  as reclamações relativas a obrigações das eleições de Governador e Vice-Governador,
impostas por lei aos partidos políticos, quanto de membros do Congresso Nacional e expedir
à sua contabilidade e à apuração da origem dos os respectivos diplomas, remetendo, dentro do
seus recursos; prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tri-
g)  os pedidos de desaforamento dos feitos bunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
não decididos pelos juízes eleitorais em trinta VIII – responder, sobre matéria eleitoral,
dias da sua conclusão para julgamento, formu- às consultas que lhe forem feitas, em tese, por
lados por partido, candidato, Ministério Público autoridade pública ou partido político;
ou parte legitimamente interessada, sem prejuí- IX – dividir a respectiva circunscrição em
zo das sanções decorrentes do excesso de prazo. zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim
II – julgar os recursos interpostos: como a criação de novas zonas, à aprovação do
a)  dos atos e das decisões proferidas pelos Tribunal Superior;
juízes e juntas eleitorais; X – aprovar a designação do Ofício de Justiça
b)  das decisões dos juízes eleitorais que que deva responder pela escrivania eleitoral
concederem ou denegarem habeas corpus ou durante o biênio;
mandado de segurança. XI – (Revogado);
Parágrafo único.  As decisões dos Tribunais XII – requisitar a força necessária ao cumpri-
Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do mento de suas decisões e solicitar ao Tribunal
art. 276. Superior a requisição de força federal;
XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas
Art. 30.  Compete, ainda, privativamente, aos capitais dos Estados, ao seu presidente e, no
Tribunais Regionais:17 interior, aos juízes eleitorais, a requisição de
I – elaborar o seu regimento interno; funcionários federais, estaduais ou municipais
II – organizar a sua Secretaria e a Corregedo- para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando
ria Regional, provendo-lhes os cargos na forma o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
da lei, e propor ao Congresso Nacional, por XIV – requisitar funcionários da União e,
intermédio do Tribunal Superior, a criação ou ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou
supressão de cargos e a fixação dos respectivos Território, funcionários dos respectivos quadros
vencimentos; administrativos, no caso de acúmulo ocasional
III – conceder aos seus membros e aos de serviço de suas Secretarias;
juízes eleitorais licença e férias, assim como XV – aplicar as penas disciplinares de ad-
afastamento do exercício dos cargos efetivos, vertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos
submetendo, quanto àqueles, a decisão à apro- juízes eleitorais;
vação do Tribunal Superior Eleitoral; XVI – cumprir e fazer cumprir as decisões e
IV – fixar a data das eleições de Governa- instruções do Tribunal Superior;
dor e Vice-Governador, deputados estaduais, XVII – determinar, em caso de urgência,
prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de providências para a execução da lei na respec-
tiva circunscrição;
Eleições

  Leis nos 8.868/1994 e 4.961/1966. Ver CF, arts. 28,


17 XVIII – organizar o fichário dos eleitores
29, 32 e 96, I. do Estado;
30
XIX – suprimir os mapas parciais de apura- § 1 o  Não poderá servir como escrivão
ção, mandando utilizar apenas os boletins e os eleitoral, sob pena de demissão, o membro de
mapas totalizadores, desde que o menor número diretório de partido político, nem o candidato
de candidatos às eleições proporcionais justifi- a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consan-
que a supressão, observadas as seguintes normas: guíneo ou afim até o segundo grau.
a)  qualquer candidato ou partido poderá § 2o  O escrivão eleitoral, em suas faltas e im-
requerer ao Tribunal Regional que suprima a pedimentos, será substituído na forma prevista
exigência dos mapas parciais de apuração; pela lei de organização judiciária local.
b)  da decisão do Tribunal Regional qualquer
candidato ou partido poderá, no prazo de três Art. 34.  Os juízes despacharão todos os dias
dias, recorrer para o Tribunal Superior, que na sede da sua zona eleitoral.
decidirá em cinco dias;
c)  a supressão dos mapas parciais de apu- Art. 35.  Compete aos juízes:19
ração só será admitida até seis meses antes da I – cumprir e fazer cumprir as decisões e de-
data da eleição; terminações do Tribunal Superior e do Regional;
d)  os boletins e mapas de apuração serão II – processar e julgar os crimes eleitorais e
impressos pelos Tribunais Regionais, depois de os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a
aprovados pelo Tribunal Superior; competência originária do Tribunal Superior e
e)  o Tribunal Regional ouvirá os partidos na dos Tribunais Regionais;
elaboração dos modelos dos boletins e mapas III – decidir habeas corpus e mandado de
de apuração a fim de que estes atendam às pe- segurança, em matéria eleitoral, desde que essa
culiaridades locais, encaminhando os modelos competência não esteja atribuída privativamen-
que aprovar, acompanhados das sugestões ou te à instância superior;
impugnações formuladas pelos partidos, à IV – fazer as diligências que julgar neces-
decisão do Tribunal Superior. sárias à ordem e presteza do serviço eleitoral;
V – tomar conhecimento das reclamações
Art. 31.  Faltando num Território o Tribunal que lhe forem feitas verbalmente ou por escri-
Regional, ficará a respectiva circunscrição to, reduzindo-as a termo, e determinando as
eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regional providências que cada caso exigir;
que o Tribunal Superior designar. VI – indicar, para aprovação do Tribunal
Regional, a serventia de justiça que deve ter o
anexo da escrivania eleitoral;
TÍTULO III – Dos Juízes Eleitorais VII – (Revogado);
VIII – dirigir os processos eleitorais e de-
Art. 32.  Cabe a jurisdição de cada uma das terminar a inscrição e a exclusão de eleitores;
zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo IX – expedir títulos eleitorais e conceder
exercício e, na falta deste, ao seu substituto transferência de eleitor;
legal que goze das prerrogativas do art. 95 da X – dividir a zona em seções eleitorais;
Constituição. XI – mandar organizar, em ordem alfabética,
Parágrafo único.  Onde houver mais de uma relação dos eleitores de cada seção, para remessa
vara o Tribunal Regional designará aquela ou à mesa receptora, juntamente com a pasta das
aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral. folhas individuais de votação;
XII – ordenar o registro e cassação do re-
Art. 33.  Nas zonas eleitorais onde houver mais gistro dos candidatos aos cargos eletivos mu-
Código Eleitoral

de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao nicipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;


Tribunal Regional a que deve ter o anexo da XIII – designar, até 60 (sessenta) dias antes
escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.18 das eleições, os locais das seções;

  Ver Lei no 10.842/2004, art. 4o.


18
  Lei no 8.868/1994.
19

31
XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
eleição, em audiência pública anunciada com
pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os Art. 37.  Poderão ser organizadas tantas
membros das mesas receptoras; Juntas quantas permitir o número de juízes
XV – instruir os membros das mesas recep- de direito que gozem das garantias do art. 95
toras sobre as suas funções; da Constituição, mesmo que não sejam juízes
XVI – providenciar para a solução das ocor- eleitorais.
rências que se verificarem nas mesas receptoras; Parágrafo único.  Nas zonas em que houver
XVII – tomar todas as providências ao seu de ser organizada mais de uma Junta, ou quando
alcance para evitar os atos viciosos das eleições; estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver
XVIII – fornecer aos que não votaram por este impedido, o presidente do Tribunal Regio-
motivo justificado e aos não alistados, por dis- nal, com a aprovação deste, designará juízes de
pensados do alistamento, um certificado que os direito da mesma ou de outras comarcas para
isente das sanções legais; presidirem as juntes eleitorais.
XIX – comunicar, até às 12 horas do dia
seguinte à realização da eleição, ao Tribunal Art. 38.  Ao presidente da Junta é facultado
Regional e aos delegados de partidos creden- nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade,
ciados, o número de eleitores que votaram em escrutinadores e auxiliares em número capaz de
cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, atender à boa marcha dos trabalhos.
bem como o total de votantes da zona. § 1o  É obrigatória essa nomeação sempre
que houver mais de dez urnas a apurar.
§ 2o  Na hipótese do desdobramento da Junta
TÍTULO IV – Das Juntas Eleitorais em turmas, o respectivo presidente nomeará
um escrutinador para servir como secretário
Art. 36.  Compor-se-ão as juntas eleitorais de um em cada turma.
juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) § 3o  Além dos secretários a que se refere o
ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade. parágrafo anterior, será designado pelo presi-
§ 1o  Os membros das juntas eleitorais serão dente da Junta um escrutinador para secretário-
nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, -geral competindo-lhe:
depois de aprovação do Tribunal Regional, I – lavrar as atas;
pelo presidente deste, a quem cumpre também II – tomar por termo ou protocolar os recur-
designar-lhes a sede. sos, neles funcionando como escrivão;
§ 2o  Até 10 (dez) dias antes da nomeação III – totalizar os votos apurados.
os nomes das pessoas indicadas para compor
as Juntas serão publicados no órgão oficial do Art. 39.  Até 30 (trinta) dias antes da eleição o
Estado, podendo qualquer partido, no prazo presidente da Junta comunicará ao Presidente
de 3 (três) dias, em petição fundamentada, do Tribunal Regional as nomeações que houver
impugnar as indicações. feito e divulgará a composição do órgão por
§ 3o  Não podem ser nomeados membros das edital publicado ou afixado, podendo qualquer
Juntas, escrutinadores ou auxiliares: partido oferecer impugnação motivada no pra-
I – os candidatos e seus parentes, ainda que zo de 3 (três) dias.
por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e
bem assim o cônjuge; Art. 40.  Compete à Junta Eleitoral:
II – os membros de diretórios de partidos I – apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as
políticos devidamente registrados e cujos nomes eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a
tenham sido oficialmente publicados; sua jurisdição;
III – as autoridades e agentes policiais, bem II – resolver as impugnações e demais in-
Eleições

como os funcionários no desempenho de cargos cidentes verificados durante os trabalhos da


de confiança do Executivo; contagem e da apuração;
32
III – expedir os boletins de apuração men- dezoito anos e do qual conste, também, os de-
cionados no art. 179; mais elementos necessários à sua qualificação;
IV – expedir diploma aos eleitos para cargos V – documento do qual se infira a naciona-
municipais. lidade brasileira, originária ou adquirida, do
Parágrafo único.  Nos municípios onde requerente.
houver mais de uma junta eleitoral a expedição Parágrafo único.  Será devolvido o requeri-
dos diplomas será feita pela que for presidida mento que não contenha os dados constantes
pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais do modelo oficial, na mesma ordem, e em
enviarão os documentos da eleição. caracteres inequívocos.

Art. 41.  Nas zonas eleitorais em que for auto- Art. 45.  O escrivão, o funcionário ou o pre-
rizada a contagem prévia dos votos pelas mesas parador, recebendo a fórmula e documentos,
receptoras, compete à Junta Eleitoral tomar as determinará que o alistando date e assine a
providências mencionadas no art. 195.20 petição e em ato contínuo atestará terem sido
a data e a assinatura lançados na sua presença;
em seguida, tomará a assinatura do requerente
PARTE TERCEIRA – Do Alistamento na “folha individual de votação” e nas duas vias
TÍTULO I – Da Qualificação e Inscrição do título eleitoral, dando recibo da petição e do
documento.22
Art. 42.  O alistamento se faz mediante a qua- § 1o  O requerimento será submetido ao
lificação e inscrição do eleitor. despacho do juiz nas 48 (quarenta e oito) horas
Parágrafo único.  Para o efeito da inscrição, seguintes.
é domicílio eleitoral o lugar de residência ou § 2o  Poderá o juiz, se tiver dúvida quanto
moradia do requerente, e, verificado ter o alis- à identidade do requerente ou sobre qualquer
tando mais de uma, considerar-se-á domicílio outro requisito para o alistamento, converter o
qualquer delas. julgamento em diligência para que o alistando
esclareça ou complete a prova ou, se for neces-
Art. 43.  O alistando apresentará em cartório sário, compareça pessoalmente à sua presença.
ou local previamente designado, requerimento § 3o  Se se tratar de qualquer omissão ou
em fórmula que obedecerá ao modelo aprovado irregularidade que possa ser sanada, fixará o
pelo Tribunal Superior. juiz para isso prazo razoável.
§ 4o  Deferido o pedido, no prazo de cinco
Art. 44.  O requerimento, acompanhado de dias, o título e o documento que instruiu o
3 (três) retratos, será instruído com um dos pedido serão entregues pelo juiz, escrivão,
seguintes documentos, que não poderão ser funcionário ou preparador. A entrega far-se-á
supridos mediante justificação:21 ao próprio eleitor, mediante recibo, ou a quem
I – carteira de identidade expedida pelo o eleitor autorizar por escrito o recebimento,
órgão competente do Distrito Federal ou dos cancelando-se o título cuja assinatura não for
Estados; idêntica à do requerimento de inscrição e à do
II – certificado de quitação do serviço militar; recibo. O recibo será obrigatoriamente anexado
III – certidão de idade extraída do Registro ao processo eleitoral, incorrendo o juiz que não
Civil; o fizer na multa de um a cinco salários mínimos
IV – instrumento público do qual se infira, regionais, na qual incorrerão ainda o escrivão,
por direito, ter o requerente idade superior a funcionário ou preparador, se responsáveis,
Código Eleitoral

20
  Ver Leis nos 7.444/1985 e 6.996/1982, que dispõem 22
  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 8.868/1994, art. 14,
sobre a implantação e a utilização do processamento que dispõe sobre o preparador eleitoral, Lei
eletrônico de dados nos serviços eleitorais. no 7.444/1985, art. 5o, § 1o, que trata da questão do
21
  Ver Lei no 7.444/1985, art. 5o. eleitor analfabeto, e Lei no 6.996/1982, art. 12.
33
bem como qualquer deles, se entregarem ao § 1o  Da folha individual de votação e do
eleitor o título cuja assinatura não for idêntica título eleitoral constará a indicação da seção
à do requerimento de inscrição e do recibo ou em que o eleitor tiver sido inscrito a qual será
o fizerem a pessoa não autorizada por escrito. localizada dentro do distrito judiciário ou ad-
§ 5o  A restituição de qualquer documento ministrativo de sua residência e o mais próximo
não poderá ser feita antes de despachado o dela, considerados a distância e os meios de
pedido de alistamento pelo juiz eleitoral. transporte.
§ 6o  Quinzenalmente o juiz eleitoral fará § 2o  As folhas individuais de votação serão
publicar pela imprensa, onde houver, ou por conservadas em pastas, uma para cada seção
editais, a lista dos pedidos de inscrição, men- eleitoral; remetidas, por ocasião das eleições, às
cionando os deferidos, os indeferidos e os mesas receptoras, serão por estas encaminhadas
convertidos em diligência, contando-se dessa com a urna e os demais documentos da eleição
publicação o prazo para os recursos a que se às Juntas Eleitorais, que as devolverão, findos os
refere o parágrafo seguinte. trabalhos da apuração, ao respectivo cartório,
§ 7o  Do despacho que indeferir o requeri- onde ficarão guardadas.
mento de inscrição caberá recurso interposto § 3o  O eleitor ficará vinculado permanente-
pelo alistando e do que o deferir poderá recor- mente à seção eleitoral indicada no seu título,
rer qualquer delegado de partido. salvo:
§ 8o  Os recursos referidos no parágrafo I – se se transferir de zona ou Município,
anterior serão julgados pelo Tribunal Regional hipótese em que deverá requerer transferência;
Eleitoral dentro de 5 (cinco) dias. II – se, até 100 (cem) dias antes da eleição,
§ 9o  Findo esse prazo, sem que o alistando provar, perante o Juiz Eleitoral, que mudou de
se manifeste, ou logo que seja desprovido o residência dentro do mesmo Município, de um
recurso em instância superior, o juiz inutilizará distrito para outro ou para lugar muito distante
a folha individual de votação assinada pelo re- da seção em que se acha inscrito, caso em que
querente, a qual ficará fazendo parte integrante serão feitas na folha de votação e no título
do processo e não poderá, em qualquer tempo, eleitoral, para esse fim exibido, as alterações
ser substituída, nem dele retirada, sob pena de correspondentes, devidamente autenticadas
incorrer o responsável nas sanções previstas pela autoridade judiciária.
no art. 293. § 4o  O eleitor poderá, a qualquer tempo,
§ 10.  No caso de indeferimento do pedido, requerer ao juiz eleitoral a retificação de seu
o Cartório devolverá ao requerente, mediante título eleitoral ou de sua folha individual de
recibo, as fotografias e o documento com que votação, quando neles constar erro evidente,
houver instruído o seu requerimento. ou indicação de seção diferente daquela a que
§ 11.  O título eleitoral e a folha individual devesse corresponder a residência indicada no
de votação somente serão assinados pelo juiz pedido de inscrição ou transferência.
eleitoral depois de preenchidos pelo cartório e § 5o  O título eleitoral servirá de prova de
de deferido o pedido, sob as penas do art. 293. que o eleitor está inscrito na seção em que
§ 12.  É obrigatória a remessa ao Tribunal deve votar. E, uma vez datado e assinado pelo
Regional da ficha do eleitor, após a expedição presidente da mesa receptora, servirá também
do seu título. de prova de haver o eleitor votado.

Art. 46.  As folhas individuais de votação e os Art. 47.  As certidões de nascimento ou casa-


títulos serão confeccionados de acordo com mento, quando destinadas ao alistamento elei-
o modelo aprovado pelo Tribunal Superior toral, serão fornecidas gratuitamente, segundo
Eleitoral.23 a ordem dos pedidos apresentados em cartório
pelos alistandos ou delegados de partido.24
Eleições

23
  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 7.444/1985, art. 6o,
e Lei no 6.996/1982, art. 12.   Leis nos 6.018/1974 e 4.961/1966.
24

34
§ 1o  Os cartórios de Registro Civil farão, tal fim, podendo se inscrever na zona eleitoral
ainda, gratuitamente, o registro de nascimento, correspondente todos os cegos do município.
visando ao fornecimento de certidão aos alis- § 1o  Os eleitores inscritos em tais condições
tandos, desde que provem carência de recursos, deverão ser localizados em uma mesma seção
ou aos Delegados de Partido, para fins eleitorais. da respectiva zona.
§ 2o  Em cada Cartório de Registro Civil ha- § 2o  Se no alistamento realizado pela forma
verá um livro especial, aberto e rubricado pelo prevista nos artigos anteriores, o número de
Juiz Eleitoral, onde o cidadão, ou o delegado de eleitores não alcançar o mínimo exigido, este
partido deixará expresso o pedido de certidão se completará com a inclusão de outros ainda
para fins eleitorais, datando-o. que não sejam cegos.
§ 3o  O escrivão, dentro de 15 (quinze) dias
da data do pedido, concederá a certidão, ou Art. 51.  (Revogado)26
justificará, perante o Juiz Eleitoral, por que
deixa de fazê-lo.
§ 4o  A infração ao disposto neste artigo CAPÍTULO I – Da Segunda Via
sujeitará o escrivão às penas do art. 293.
Art. 52.  No caso de perda ou extravio de seu
Art. 48.  O empregado mediante comunicação título, requererá o eleitor ao juiz do seu domi-
com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, cílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da eleição,
poderá deixar de comparecer ao serviço, sem que lhe expeça segunda via.
prejuízo do salário e por tempo não excedente § 1o  O pedido de segunda via será apresen-
a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor tado em cartório, pessoalmente, pelo eleitor,
ou requerer transferência. instruído o requerimento, no caso de inutiliza-
ção ou dilaceração, com a primeira via do título.
Art. 49.  Os cegos alfabetizados pelo sistema § 2o  No caso de perda ou extravio do título,
“Braille”, que reunirem as demais condições o juiz, após receber o requerimento de segunda
de alistamento, podem qualificar-se mediante via, fará publicar, pelo prazo de 5 (cinco) dias,
o preenchimento da fórmula impressa e a pela imprensa, onde houver, ou por editais, a
aposição do nome com as letras do referido notícia do extravio ou perda e do requerimento
alfabeto.25 de segunda via, deferindo o pedido, findo este
§ 1o  De forma idêntica serão assinadas a prazo, se não houver impugnação.
folha individual de votação e as vias do título.
§ 2o  Esses atos serão feitos na presença Art. 53.  Se o eleitor estiver fora do seu domi-
também de funcionários de estabelecimento cílio eleitoral poderá requerer a segunda via ao
especializado de amparo e proteção de cegos, juiz da zona em que se encontrar, esclarecendo
conhecedor do sistema “Braille”, que subscreve- se vai recebê-la na sua zona ou na em que
rá, com o Escrivão ou funcionário designado a requereu.27
seguinte declaração a ser lançada no modelo de § 1o  O requerimento, acompanhado de um
requerimento: “Atestamos que a presente fór- novo título assinado pelo eleitor na presença
mula bem como a folha individual de votação do escrivão ou de funcionário designado e de
e vias do título foram subscritas pelo próprio, uma fotografia, será encaminhado ao juiz da
em nossa presença”. zona do eleitor.
§ 2o  Antes de processar o pedido, na forma
Art. 50.  O juiz eleitoral providenciará para prevista no artigo anterior, o juiz determinará
Código Eleitoral

que se proceda ao alistamento nas próprias que se confira a assinatura constante do novo
sedes dos estabelecimentos de proteção aos
cegos, marcando, previamente, dia e hora para   Lei no 7.914/1989.
26

  Ver Lei no 10.842/2004, art. 4o, e Lei no 6.996/1982,


27

  Ver Lei no 6.996/1982, art. 12.


25
art. 12.
35
título com a da folha individual de votação ou público civil, militar, autárquico, ou de mem-
do requerimento de inscrição. bro de sua família, por motivo de remoção ou
§ 3o  Deferido o pedido, o título será enviado transferência.
ao juiz da Zona que remeteu o requerimento,
caso o eleitor haja solicitado essa providência, Art. 56.  No caso de perda ou extravio do tí-
ou ficará em cartório aguardando que o inte- tulo anterior declarado esse fato na petição de
ressado o procure. transferência, o juiz do novo domicílio, como
§ 4o  O pedido de segunda via formulado nos ato preliminar, requisitará, por telegrama, a
termos deste artigo só poderá ser recebido até confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde
60 (sessenta) dias antes do pleito. o requerente se achava inscrito.
§ 1o  O Juiz do antigo domicílio, no prazo de
Art. 54.  O requerimento de segunda via, em 5 (cinco) dias, responderá por ofício ou telegra-
qualquer das hipóteses, deverá ser assinado ma, esclarecendo se o interessado é realmente
sobre selos federais, correspondentes a 2% (dois eleitor, se a inscrição está em vigor, e, ainda,
por cento) do salário mínimo da zona eleitoral qual o número e a data da inscrição respectiva.
de inscrição.28 § 2o  A informação mencionada no parágra-
Parágrafo único.  Somente será expedida fo anterior suprirá a falta do título extraviado,
segunda via ao eleitor que estiver quite com ou perdido, para o efeito da transferência,
a Justiça Eleitoral, exigindo-se, para o que foi devendo fazer parte integrante do processo.
multado e ainda não liquidou dívida, o prévio
pagamento, através de selo federal inutilizado Art. 57.  O requerimento de transferência de
nos autos. domicílio eleitoral será imediatamente publica-
do na imprensa oficial na Capital, e em cartório
nas demais localidades, podendo os interessa-
CAPÍTULO II – Da Transferência dos impugná-lo no prazo de 10 (dez) dias.30
§ 1o  Certificado o cumprimento do dis-
Art. 55.  Em caso de mudança de domicílio, posto neste artigo, o pedido deverá ser desde
cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo do- logo decidido, devendo o despacho do juiz ser
micílio sua transferência, juntando o título publicado pela mesma forma.
anterior.29 § 2o  Poderá recorrer para o Tribunal Regio-
§ 1o  A transferência só será admitida satis- nal Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, o eleitor
feitas as seguintes exigências: que pediu a transferência, sendo-lhe a mesma
I – entrada do requerimento no cartório negada, ou qualquer delegado de partido, quan-
eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias do o pedido for deferido.
antes da data da eleição; § 3o  Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Re-
II – transcorrência de pelo menos 1 (um) gional Eleitoral decidirá do recurso interposto
ano da inscrição primitiva; nos termos do parágrafo anterior.
III – residência mínima de 3 (três) meses no § 4o  Só será expedido o novo título decor-
novo domicílio, atestada pela autoridade poli- ridos os prazos previstos neste artigo e respec-
cial ou provada por outros meios convincentes. tivos parágrafos.
§ 2o  O disposto nos incisos II e III do pa-
rágrafo anterior não se aplica quando se tratar Art. 58.  Expedido o novo título o juiz comuni-
de transferência de título eleitoral de servidor cará a transferência ao Tribunal Regional com-
petente, no prazo de 10 (dez) dias, enviando-lhe
28
  Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im- o título eleitoral, se houver, ou documento a que
posto do selo; e Resolução do TSE no 21.538/2003, se refere o § 1o do art. 56.
Eleições

arts. 80 e 85.
29
  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 9.504/1997, art. 91,   Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 6.996/1982, art. 7o,
30

caput, e Lei no 6.996/1982, art. 8o, II e III. § 1o.


36
§ 1o  Na mesma data comunicará ao juiz da § 1o  Se o requerente não instruir o pedido
zona de origem a concessão da transferência e de transferência com o título anterior, o juiz do
requisitará a “folha individual de votação”. novo domicílio, ao solicitar informação ao da
§ 2o  Na nova folha individual de votação zona de origem, indagará se a eleitor está quite
ficará consignado, na coluna destinada a com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual
“anotações”, que a inscrição foi obtida por a importância da multa imposta e não paga.
transferência, e, de acordo com os elementos § 2o  Instruído o pedido com o título, e verifi-
constantes do título primitivo, qual o último cado que o eleitor não votou em eleição anterior, o
pleito em que o eleitor transferido votou. Essa juiz do novo domicílio solicitará informações so-
anotação constará, também, de seu título. bre o valor da multa arbitrada na zona de origem,
§ 3o  O processo de transferência só será ar- salvo se o eleitor não quiser aguardar a resposta,
quivado após o recebimento da folha individual hipótese em que pagará o máximo previsto.
de votação da Zona de origem, que dele ficará § 3o  O pagamento da multa, em qualquer
constando, devidamente inutilizada, mediante das hipóteses dos parágrafos anteriores, será
aposição de carimbo a tinta vermelha. comunicado ao juízo de origem para as neces-
§ 4o  No caso de transferência de município sárias anotações.
ou distrito dentro da mesma zona, deferido o
pedido, o juiz determinará a transposição da
folha individual de votação para a pasta cor- CAPÍTULO III – Dos Preparadores
respondente ao novo domicílio, a anotação de
mudança no título eleitoral e comunicará ao Arts.  62 a 65.  (Revogados)31
Tribunal Regional para a necessária averbação
na ficha do eleitor.
CAPÍTULO IV – Dos Delegados de Partido
Art. 59.  Na Zona de origem, recebida do juiz perante o Alistamento
do novo domicílio a comunicação de transfe-
rência, o juiz tomará as seguintes providências: Art. 66.  É lícito aos partidos políticos, por
I – determinará o cancelamento da inscri- seus delegados:32
ção do transferido e a remessa dentro de três I – acompanhar os processos de inscrição;
dias, da folha individual de votação ao juiz II – promover a exclusão de qualquer elei-
requisitante; tor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do
II – ordenará a retirada do fichário da se- eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;
gunda parte do título; III – examinar, sem perturbação do serviço
III – comunicará o cancelamento ao Tribu- e em presença dos servidores designados, os
nal Regional a que estiver subordinado, que fará documentos relativos ao alistamento eleitoral,
a devida anotação na ficha de seus arquivos; podendo deles tirar cópias ou fotocópias.
IV – se o eleitor havia assinado ficha de re- § 1o  Perante o juízo eleitoral, cada partido
gistro de partido, comunicará ao juiz do novo poderá nomear 3 (três) delegados.
domicílio e, ainda, ao Tribunal Regional, se a § 2o  Perante os preparadores, cada partido
transferência foi concedida para outro Estado. poderá nomear até 2 (dois) delegados, que
assistam e fiscalizem os seus atos.
Art. 60.  O eleitor transferido não poderá § 3o  Os delegados a que se refere este artigo
votar no novo domicílio eleitoral em eleição serão registrados perante os juízes eleitorais,
suplementar à que tiver sido realizada antes de a requerimento do presidente do Diretório
Código Eleitoral

sua transferência. Municipal.

Art. 61.  Somente será concedida transferên-   Leis nos 8.868/1994 e 4.691/1966.


31

cia ao eleitor que estiver quite com a Justiça 32


  Ver Lei no  8.868/1994, art.  14, que extingue a
Eleitoral. função do preparador eleitoral.
37
§ 4o  O delegado credenciado junto ao Tri- Parágrafo único.  A segunda via poderá ser
bunal Regional Eleitoral poderá representar o entregue ao eleitor até a véspera do pleito.
partido junto a qualquer juízo ou preparador
do Estado, assim como o delegado credenciado Art. 70.  O alistamento reabrir-se-á em cada
perante o Tribunal Superior Eleitoral poderá zona, logo que estejam concluídos os trabalhos
representar o partido perante qualquer Tribunal de sua junta eleitoral.
Regional, juízo ou preparador.

TÍTULO II – Do Cancelamento e da
CAPÍTULO V – Do Encerramento do Exclusão
Alistamento
Art. 71.  São causas de cancelamento:34
Art. 67.  Nenhum requerimento de inscrição I – a infração dos artigos 5o e 42;
eleitoral ou a transferência será recebido dentro II – a suspensão ou perda dos direitos po-
dos 100 (cem) dias anteriores à data da eleição.33 líticos;
III – a pluralidade de inscrição;
Art. 68.  Em audiência pública, que se realizará IV – o falecimento do eleitor;
às 14 (quatorze) horas do 69o (sexagésimo nono) V – deixar de votar em 3 (três) eleições
dia anterior à eleição, o juiz eleitoral declarará en- consecutivas.
cerrada a inscrição de eleitores na respectiva zona § 1o  A ocorrência de qualquer das causas
e proclamará o número dos inscritos até às 18 enumeradas neste artigo acarretará a exclusão
(dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará do eleitor, que poderá ser promovida ex officio,
incontinenti ao Tribunal Regional Eleitoral, por a requerimento de delegado de partido ou de
telegrama, e fará público em edital, imediatamen- qualquer eleitor.
te afixado no lugar próprio do juízo e divulgado § 2o  No caso de ser algum cidadão maior
pela imprensa, onde houver, declarando nele o de 18 (dezoito) anos privado temporária ou
nome do último eleitor inscrito e o número do definitivamente dos direitos políticos, a autori-
respectivo título, fornecendo aos diretórios mu- dade que impuser essa pena providenciará para
nicipais dos partidos cópia autêntica desse edital. que o fato seja comunicado ao juiz eleitoral ou
§ 1 o   Na mesma data será encerrada a ao Tribunal Regional da circunscrição em que
transferência de eleitores, devendo constar do residir o réu.
telegrama do juiz eleitoral ao Tribunal Regional § 3o  Os oficiais de Registro Civil, sob as pe-
Eleitoral, do edital e da cópia deste fornecida aos nas do art. 293, enviarão, até o dia 15 (quinze)
diretórios municipais dos partidos e da publi- de cada mês, ao juiz eleitoral da zona em que
cação da imprensa, os nomes dos 10 (dez) últi- oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos
mos eleitores, cujos processos de transferência alistáveis, ocorridos no mês anterior, para can-
estejam definitivamente ultimados e o número celamento das inscrições.
dos respectivos títulos eleitorais. § 4o  Quando houver denúncia fundamen-
§ 2o  O despacho de pedido de inscrição, tada de fraude no alistamento de uma zona ou
transferência, ou segunda via, proferido após município, o Tribunal Regional poderá determi-
esgotado o prazo legal, sujeita o juiz eleitoral nar a realização de correição e, provada a fraude
às penas do art. 291. em proporção comprometedora, ordenará a
revisão do eleitorado, obedecidas as Instruções
Art. 69.  Os títulos eleitorais resultantes dos do Tribunal Superior e as recomendações que,
pedidos de inscrição ou de transferência serão subsidiariamente, baixar, com o cancelamento
entregues até 30 (trinta) dias antes da eleição. de ofício das inscrições correspondentes aos
títulos que não forem apresentados à revisão.
Eleições

  Ver Lei no  9.504/1997, art.  21, caput, que altera


33

esse prazo para 150 dias.   Leis nos 7.663/1988 e 4.961/1966.


34

38
Art. 72.  Durante o processo e até a exclusão Art. 78.  Determinado, por sentença, o can-
pode o eleitor votar validamente. celamento, o cartório tomará as seguintes
Parágrafo único.  Tratando-se de inscrições providências:
contra as quais hajam sido interpostos recursos I – retirará, da respectiva pasta, a folha de
das decisões que as deferiram, desde que tais votação, registrará a ocorrência no local próprio
recursos venham a ser providos pelo Tribunal Re- para “Anotações” e juntá-la-á ao processo de
gional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos cancelamento;
se o seu número for suficiente para alterar qual- II – registrará a ocorrência na coluna de
quer representação partidária ou classificação “observações” do livro de inscrição;
de candidato eleito pelo princípio majoritário. III – excluirá dos fichários as respectivas
fichas, colecionando-as à parte;
Art. 73.  No caso de exclusão, a defesa pode ser IV – anotará, de forma sistemática, os claros
feita pelo interessado, por outro eleitor ou por abertos na pasta de votação para o oportuno
delegado de partido. preenchimento dos mesmos;
V – comunicará o cancelamento ao Tribunal
Art. 74.  A exclusão será mandada processar ex Regional para anotação no seu fichário.
officio pelo juiz eleitoral, sempre que tiver conhe-
cimento de alguma das causas do cancelamento. Art. 79.  No caso de exclusão por falecimento,
tratando-se de caso notório, serão dispensadas
Art. 75.  O Tribunal Regional, tomando conhe- as formalidades previstas nos nos II e III do
cimento através de seu fichário, da inscrição do art. 77.
mesmo eleitor em mais de uma zona sob sua
jurisdição, comunicará o fato ao juiz compe- Art. 80.  Da decisão do juiz eleitoral caberá
tente para o cancelamento, que de preferência recurso no prazo de 3 (três) dias, para o Tribu-
deverá recair: nal Regional, interposto pelo excluendo ou por
I – na inscrição que não corresponda ao delegado de partido.
domicílio eleitoral;
II – naquela cujo título não haja sido entre- Art. 81.  Cessada a causa do cancelamento,
gue ao eleitor; poderá o interessado requerer novamente a sua
III – naquela cujo título não haja sido utili- qualificação e inscrição.
zado para o exercício do voto na última eleição;
IV – na mais antiga.
PARTE QUARTA – Das Eleições
Art. 76.  Qualquer irregularidade determinan- TÍTULO I – Do Sistema Eleitoral
te de exclusão será comunicada por escrito e
por iniciativa de qualquer interessado ao juiz Art. 82.  O sufrágio é universal e direto; o voto,
eleitoral, que observará o processo estabelecido obrigatório e secreto.
no artigo seguinte.
Art. 83.  Na eleição direta para o Senado Fede-
Art. 77.  O juiz eleitoral processará a exclusão ral, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o
pela forma seguinte: princípio majoritário.35
I – mandará autuar a petição ou representa-
ção com os documentos que a instruírem; Art. 84.  A eleição para a Câmara dos Deputa-
II – fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dos, Assembleias Legislativas e Câmaras Muni-
Código Eleitoral

dias para ciência dos interessados, que poderão cipais, obedecerá ao princípio da representação
contestar dentro de 5 (cinco) dias; proporcional na forma desta Lei.36
III – concederá dilação probatória de 5 (cin-
co) a 10 (dez) dias, se requerida;   Lei no 6.534/1978. Ver CF, arts. 28 e 77.
35

IV – decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.   Ver CF, arts. 27, 32, 33 e 45.


36

39
Art. 85.  A eleição para deputados federais, mente registrado na circunscrição em que se
senadores e suplentes, presidente e vice- realizar a eleição.
-presidente da República, governadores, vice-
-governadores e deputados estaduais far-se-á, Art. 91.  O registro de candidatos a presidente
simultaneamente, em todo o País.37 e vice-presidente, governador e vice-governa-
dor, ou prefeito e vice-prefeito, far-se-á sempre
Art. 86.  Nas eleições presidenciais a circuns- em chapa única e indivisível, ainda que resulte
crição será o País; nas eleições federais e esta- a indicação de aliança de partidos.40
duais, o Estado; e, nas municipais, o respectivo § 1o  O registro de candidatos a senador far-
município. -se-á com o do suplente partidário.
§ 2o  Nos Territórios far-se-á o registro do
candidato a deputado com o do suplente.
CAPÍTULO I – Do Registro dos Candidatos
Art. 92. (Revogado)41
Art. 87.  Somente podem concorrer às eleições
candidatos registrados por partidos.38 Art. 93.  O prazo de entrada em cartório ou
Parágrafo único.  Nenhum registro será ad- na Secretaria do Tribunal, conforme o caso,
mitido fora do período de 6 (seis) meses antes de requerimento de registro de candidato a
da eleição. cargo eletivo terminará, improrrogavelmente,
às dezenove horas do dia 15 de agosto do ano
Art. 88.  Não é permitido registro de candidato em que se realizarem as eleições.42
embora para cargos diferentes, por mais de § 1o  Até vinte dias antes da data das elei-
uma circunscrição ou para mais de um cargo ções, todos os requerimentos, inclusive os que
na mesma circunscrição.39 tiverem sido impugnados, devem estar julgados
Parágrafo único.  Nas eleições realizadas pelas instâncias ordinárias, e publicadas as
pelo sistema proporcional o candidato deverá decisões a eles relativas.
ser filiado ao partido, na circunscrição em § 2o  As convenções partidárias para a esco-
que concorrer, pelo tempo que for fixado nos lha dos candidatos serão realizadas, no máximo,
respectivos estatutos. até 5 de agosto do ano em que se realizarem as
eleições.
Art. 89.  Serão registrados: § 3 o  Nesse caso, se se tratar de eleição
I – no Tribunal Superior Eleitoral os can- municipal, o juiz eleitoral deverá apresentar a
didatos a presidente e vice-presidente da sentença no prazo de 2 (dois) dias, podendo o
República; recorrente, nos 2 (dois) dias seguintes, aditar
II – nos Tribunais Regionais Eleitorais os as razões do recurso; no caso de registro feito
candidatos a senador, deputado federal, gover- perante o Tribunal, se o relator não apresentar
nador e vice-governador e deputado estadual; o acórdão no prazo de 2 (dois) dias, será de-
III – nos Juízos Eleitorais os candidatos a signado outro relator, na ordem da votação,
vereador, prefeito e vice-prefeito e juiz de paz.

Art. 90.  Somente poderão inscrever candida-


40
  Ver CF, art. 45, § 2o, que estabelece dois suplentes
para o registro de candidato a senador.
tos os partidos que possuam diretório devida- 41
  Leis nos  9.504/1997, 7.454/1985, 6.990/1982 e
6.324/1976.
37
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 1o. 42
  Leis n os 13.165/2015 e 6.978/1982. Ver Lei
38
  Ver Lei no  9.504/1997, art.  8o, caput, e art.  11, n  9.504/1997, art. 8o, caput, que estabelece o prazo
o

que estabelece os prazos para escolha e registro das para a escolha dos candidatos (de 10 a 30 de junho
Eleições

candidaturas pelos partidos políticos. do ano em que se realizarem as eleições), e art. 11,


39
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 9o, e Lei no 9.096/1995, que estabelece o prazo para registro das candidaturas
arts. 18 e 20. pelos partidos políticos.
40
o qual deverá lavrar o acórdão do prazo de 3 Art. 96.  Será negado o registro a candidato
(três) dias, podendo o recorrente, nesse mesmo que, pública ou ostensivamente, faça parte, ou
prazo, aditar as suas razões. seja adepto de partido político cujo registro te-
nha sido cassado com fundamento no art. 141,
Art. 94.  O registro pode ser promovido por § 13, da Constituição Federal.45
delegado de partido, autorizado em docu-
mento autêntico, inclusive telegrama de quem Art. 97.  Protocolado o requerimento de regis-
responda pela direção partidária e sempre com tro, o presidente do Tribunal ou o juiz eleitoral,
assinatura reconhecida por tabelião.43 no caso de eleição municipal ou distrital, fará
§ 1o  O requerimento de registro deverá ser publicar imediatamente edital para ciência dos
instruído: interessados.46
I – com a cópia autêntica da ata da conven- § 1o  O edital será publicado na Imprensa
ção que houver feito a escolha do candidato, Oficial, nas capitais, e afixado em cartório, no
a qual deverá ser conferida com o original na local de costume, nas demais zonas.
Secretaria do Tribunal ou no cartório eleitoral; § 2o  Do pedido de registro caberá, no prazo
II – com autorização do candidato, em de 2 (dois) dias, a contar da publicação ou afixa-
documento com a assinatura reconhecida por ção do edital, impugnação articulada por parte
tabelião; de candidato ou de partido político.
III – com certidão fornecida pelo cartório § 3o  Poderá, também, qualquer eleitor, com
eleitoral da zona de inscrição, em que conste fundamento em inelegibilidade ou incompati-
que o registrando é eleitor; bilidade do candidato ou na incidência deste no
IV – com prova de filiação partidária, salvo art. 96 impugnar o pedido de registro, dentro
para os candidatos a presidente e vice-presiden- do mesmo prazo, oferecendo prova do alegado.
te, senador e respectivo suplente, governador e § 4o  Havendo impugnação, o partido re-
vice-governador, prefeito e vice-prefeito; querente do registro terá vista dos autos, por
V – com folha corrida fornecida pelos car- 2 (dois) dias, para falar sobre a mesma, feita a
tórios competentes, para que se verifique se o respectiva intimação na forma do § 1o.
candidato está no gozo dos direitos políticos
(artigos 132, III e 135 da Constituição Federal); Art. 98.  Os militares alistáveis são elegíveis,
VI – com declaração de bens, de que cons- atendidas as seguintes condições:47
tem a origem e as mutações patrimoniais. I – o militar que tiver menos de 5 (cinco)
§ 2o  A autorização do candidato pode ser anos de serviço será, ao se candidatar a cargo
dirigida diretamente ao órgão ou juiz compe- eletivo, excluído do serviço ativo;
tente para o registro. II – o militar em atividade com 5 (cinco)
ou mais anos de serviço, ao se candidatar a
Art. 95.  O candidato poderá ser registrado cargo eletivo será afastado, temporariamente,
sem o prenome, ou com o nome abreviado, do serviço ativo, como agregado, para tratar de
desde que a supressão não estabeleça dúvida interesse particular;
quanto à sua identidade.44
45
  Ver CF, art. 17, sobre a livre criação de partidos
43
  Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 14, § 3o, que exige políticos. NE: a referência in fine é ao art.  141 da
a filiação partidária para todas as candidaturas; e Constituição de 1946.
Lei no 9.504/1997, arts. 10 a 16-A, que estabelecem 46
  Ver Lei Complementar no  64/1990, art.  3o, que
os critérios para registro das candidaturas pelos estabelece prazo de cinco dias e não prevê a possibi-
Código Eleitoral

partidos políticos. Nota do editor (NE): os artigos lidade de impugnação por parte do eleitor, e art. 4o,
mencionados no inciso V referem-se à Constituição que estabelece prazo diferente.
de 1946 e correspondem aos arts. 14, § 3o, e 15 da 47
  Ver CF, art. 14, e Lei no 6.880/1980 (Estatuto do
atual Carta. Militar), art.  82. NE: o texto refere-se à Emenda
44
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 12, caput. Constitucional no 9/1964 à Constituição de 1946.
41
III – o militar não excluído e que vier a ser § 4o  Concorrendo 10 (dez) ou mais Parti-
eleito, será, no ato da diplomação, transferido dos, a cada um corresponderá uma centena a
para a reserva ou reformado (Emenda Consti- partir de 1.101 (um mil, cento e um), de manei-
tucional no 9, art. 3). ra que a todos os candidatos sejam atribuídos
Parágrafo único.  O juízo ou Tribunal que sempre 4 (quatro) algarismos, suprimindo-se
deferir o registro de militar candidato a cargo a numeração correspondente à série 2.001
eletivo, comunicará imediatamente a decisão à (dois mil e um) a 2.100 (dois mil e cem), para
autoridade a que o mesmo estiver subordinado, reiniciá-la em 2.101 (dois mil, cento e um), a
cabendo igual obrigação ao Partido, quando partir do décimo Partido.
lançar a candidatura. § 5o  Na mesma sessão, o Tribunal Superior
Eleitoral sorteará as séries correspondentes aos
Art. 99.  Nas eleições majoritárias poderá Deputados Estaduais e Vereadores, observando,
qualquer partido registrar na mesma circuns- no que couber, as normas constantes dos pará-
crição candidato já por outro registrado, desde grafos anteriores, e de maneira que a todos os
que o outro partido e o candidato o consintam candidatos, sejam atribuídos sempre número
por escrito até 10 (dez) dias antes da eleição, de 4 (quatro) algarismos.
observadas as formalidades do art. 94.48
Parágrafo único.  A falta de consentimento Art. 101.  Pode qualquer candidato requerer,
expresso acarretará a anulação do registro em petição com firma reconhecida, o cancela-
promovido, podendo o partido prejudicado mento do registro do seu nome.50
requerê-la ou recorrer da resolução que ordenar § 1o  Desse fato, o presidente do Tribunal ou
o registro. o juiz, conforme o caso, dará ciência imediata
ao partido que tenha feito a inscrição, ao qual
Art. 100.  Nas eleições realizadas pelo sistema ficará ressalvado o direito de substituir por
proporcional, o Tribunal Superior Eleitoral, até outro o nome cancelado, observadas todas as
6 (seis) meses antes do pleito, reservará para formalidades exigidas para o registro e desde
cada Partido, por sorteio, em sessão realizada que o novo pedido seja apresentado até 60
com a presença dos Delegados de Partido, uma (sessenta) dias antes do pleito.
série de números a partir de 100 (cem).49 § 2o  Nas eleições majoritárias, se o can-
§ 1o  A sessão a que se refere o caput deste didato vier a falecer ou renunciar dentro do
artigo será anunciada aos Partidos com ante- período de 60 (sessenta) dias mencionados no
cedência mínima de 5 (cinco) dias. parágrafo anterior, o partido poderá substituí-
§ 2o  As convenções partidárias para escolha -lo; se o registro do novo candidato estiver
dos candidatos sortearão, por sua vez, em cada deferido até 30 (trinta) dias antes do pleito serão
Estado e município, os números que devam confeccionadas novas cédulas, caso contrário
corresponder a cada candidato. serão utilizadas as já impressas, computando-
§ 3o  Nas eleições para Deputado Federal, -se para o novo candidato os votos dados ao
se o número de Partidos não for superior a 9 anteriormente registrado.
(nove), a cada um corresponderá obrigatoria- § 3o  Considerar-se-á nulo o voto dado ao
mente uma centena, devendo a numeração dos candidato que haja pedido o cancelamento
candidatos ser sorteada a partir da unidade, de sua inscrição, salvo na hipótese prevista no
para que ao primeiro candidato do primeiro parágrafo anterior, in fine.
Partido corresponda o no 101 (cento e um), ao § 4o  Nas eleições proporcionais, ocorrendo
do segundo partido, 201 (duzentos e um), e a hipótese prevista neste artigo, ao substituto
assim sucessivamente. será atribuído o número anteriormente dado
ao candidato cujo registro foi cancelado.
Eleições

  Ver Lei no 9.504/1997, art. 8o.


48

  Leis n os   7.015/1982 e 4.961/1966. Ver Lei


49 50
  Lei no 6.553/1978. Ver Lei no 9.504/1997, arts. 13
no 9.504/1997, art. 15. a 17.
42
§ 5o  Em caso de morte, renúncia, inelegibi- § 2o  O sorteio será realizado após o de-
lidade e preenchimento de vagas existentes nas ferimento do último pedido de registro, em
respectivas chapas, tanto em eleições propor- audiência presidida pelo juiz ou presidente do
cionais quanto majoritárias, as substituições Tribunal, na presença dos candidatos e delega-
e indicações se processarão pelas Comissões dos de partido.
Executivas. § 3o  A realização da audiência será anuncia-
da com 3 (três) dias de antecedência, no mesmo
Art. 102.  Os registros efetuados pelo Tribunal dia em que for deferido o último pedido de
Superior serão imediatamente comunicados registro, devendo os delegados de partido ser
aos Tribunais Regionais e por estes aos juízes intimados por ofício sob protocolo.
eleitorais. § 4o  Havendo substituição de candidatos
Parágrafo único.  Os Tribunais Regionais após o sorteio, o nome do novo candidato
comunicarão também ao Tribunal Superior deverá figurar na cédula na seguinte ordem:
os registros efetuados por eles e pelos juízes I – se forem apenas 2 (dois), em último lugar;
eleitorais. II – se forem 3 (três), em segundo lugar;
III – se forem mais de 3 (três), em penúltimo
lugar;
CAPÍTULO II – Do Voto Secreto IV – se permanecer apenas 1 (um) candidato
e forem substituídos 2 (dois) ou mais, aquele
Art. 103.  O sigilo do voto é assegurado me- ficará em primeiro lugar, sendo realizado novo
diante as seguintes providências:51 sorteio em relação aos demais.
I – uso de cédulas oficiais em todas as elei- § 5o  Para as eleições realizadas pelo sistema
ções, de acordo com modelo aprovado pelo proporcional a cédula conterá espaço para
Tribunal Superior; que o eleitor escreva o nome ou o número do
II – isolamento do eleitor em cabine inde- candidato de sua preferência e indique a sigla
vassável para o só efeito de assinalar na cédula do partido.
o candidato de sua escolha e, em seguida, § 6o  As cédulas oficiais serão confecciona-
fechá-la; das de maneira tal que, dobradas, resguardem
III – verificação da autenticidade da cédula o sigilo do voto, sem que seja necessário o
oficial à vista das rubricas; emprego de cola para fechá-las.
IV – emprego de urna que assegure a invio-
labilidade do sufrágio e seja suficientemente
ampla para que não se acumulem as cédulas na CAPÍTULO IV – Da Representação
ordem em que forem introduzidas. Proporcional

Art. 105.  Fica facultado a 2 (dois) ou mais


CAPÍTULO III – Da Cédula Oficial Partidos coligarem-se para o registro de can-
didatos comuns a Deputado Federal, Deputado
Art. 104.  As cédulas oficiais serão confeccio- Estadual e Vereador.52
nadas e distribuídas exclusivamente pela Justiça § 1o  A deliberação sobre coligação cabe-
Eleitoral, devendo ser impressas em papel bran- rá à Convenção Regional de cada Partido,
co, opaco e pouco absorvente. A impressão será quando se tratar de eleição para a Câmara
em tinta preta, com tipos uniformes de letra. dos Deputados e Assembleias Legislativas,
§ 1 o  Os nomes dos candidatos para as e à Convenção Municipal, quando se tratar
Código Eleitoral

eleições majoritárias devem figurar na ordem de eleição para a Câmara de Vereadores, e


determinada por sorteio.
  Lei no 7.454/1985. Ver Lei no 9.504/1997, arts. 6o a
52

  Ver Lei n  9.504/1997, arts. 59 a 62, que dispõem


51 o
9 , que dispõem sobre as coligações e as convenções
o

sobre o sistema eletrônico de votação. partidárias.


43
será aprovada mediante a votação favorável cálculo do quociente partidário do art.  107,
da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos mais um, cabendo ao partido ou coligação
convencionais, estabelecendo-se, na mesma que apresentar a maior média um dos luga-
oportunidade, o número de candidatos que res a preencher, desde que tenha candidato
caberá a cada Partido. que atenda à exigência de votação nominal
§ 2o  Cada Partido indicará em Convenção mínima;
os seus candidatos e o registro será promovido II – repetir-se-á a operação para cada um
em conjunto pela Coligação. dos lugares a preencher;
III – quando não houver mais partidos ou
Art. 106.  Determina-se o quociente eleito- coligações com candidatos que atendam às
ral dividindo-se o número de votos válidos duas exigências do inciso I, as cadeiras serão
apurados pelo de lugares a preencher em cada distribuídas aos partidos que apresentem as
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se maiores médias.
igual ou inferior a meio, equivalente a um, se § 1o  O preenchimento dos lugares com que
superior.53 cada partido ou coligação for contemplado far-
Parágrafo único.  (Revogado) -se-á segundo a ordem de votação recebida por
seus candidatos.
Art. 107.  Determina-se para cada Partido ou § 2o  Somente poderão concorrer à distribui-
coligação o quociente partidário, dividindo-se ção dos lugares os partidos ou as coligações que
pelo quociente eleitoral o número de votos vá- tiverem obtido quociente eleitoral.
lidos dados sob a mesma legenda ou coligação
de legendas, desprezada a fração.54 Art. 110.  Em caso de empate, haver-se-á por
eleito o candidato mais idoso.
Art. 108.  Estarão eleitos, entre os candidatos
registrados por um partido ou coligação que Art. 111.  Se nenhum Partido ou coligação
tenham obtido votos em número igual ou alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão
superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitos, até serem preenchidos todos os lugares,
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente os candidatos mais votados.57
partidário indicar, na ordem da votação nomi-
nal que cada um tenha recebido.55 Art. 112.  Considerar-se-ão suplentes da re-
Parágrafo único.  Os lugares não preenchi- presentação partidária:58
dos em razão da exigência de votação nominal Parágrafo único.  Na definição dos suplentes
mínima a que se refere o caput serão distribuí- da representação partidária, não há exigência
dos de acordo com as regras do art. 109. de votação nominal mínima prevista pelo
art. 108.
Art. 109.  Os lugares não preenchidos com a
aplicação dos quocientes partidários e em razão Art. 113.  Na ocorrência de vaga, não havendo
da exigência de votação nominal mínima a que suplente para preenchê-la, far-se-á eleição, sal-
se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo vo se faltarem menos de nove meses para findar
com as seguintes regras:56 o período de mandato.59
I – dividir-se-á o número de votos válidos
atribuídos a cada partido ou coligação pelo 57
  Lei no 7.454/1985.
número de lugares definido para o partido pelo 58
  Lei no 13.165/2015.
59
  Ver CF, art. 56, § 2o, que estabelece um prazo de
53
  Lei no 9.504/1997. quinze meses, no caso de senadores e deputados. O
54
  Lei no 7.454/1985. art. 81 trata do prazo para novas eleições, em caso
Eleições

55
  Leis nos 13.165/2015 e 7.454/1985. de vacância, para os cargos de Presidente e Vice-
56
  Leis nos 13.165/2015 e 7.454/1985. -Presidente da República.

44
TÍTULO II – Dos Atos Preparatórios da facilitar o exercício do voto, aproximando o
Votação eleitor do local designado para a votação.
§ 2o  Se em seção destinada aos cegos, o
Art. 114.  Até 70 (setenta) dias antes da data número de eleitores não alcançar o mínimo
marcada para a eleição, todos os que requere- exigido, este se completará com outros, ainda
rem inscrição como eleitor, ou transferência, que não sejam cegos.
já devem estar devidamente qualificados e os
respectivos títulos prontos para a entrega, se Art. 118.  Os juízes eleitorais organizarão
deferidos pelo juiz eleitoral. relação de eleitores de cada seção, a qual será
Parágrafo único.  Será punido nos termos remetida aos presidentes das mesas receptoras
do art. 293 o juiz eleitoral, o escrivão eleitoral, para facilitação do processo de votação.
o preparador ou o funcionário responsável
pela transgressão do preceituado neste artigo
ou pela não entrega do título pronto ao eleitor CAPÍTULO II – Das Mesas Receptoras
que o procurar.
Art. 119.  A cada seção eleitoral corresponde
Art. 115.  Os juízes eleitorais, sob pena de uma mesa receptora de votos.
responsabilidade, comunicarão ao Tribunal
Regional, até 30 (trinta) dias antes de cada Art. 120.  Constituem a mesa receptora um
eleição, o número de eleitores alistados. presidente, um primeiro e um segundo mesá-
rios, dois secretários e um suplente, nomeados
Art. 116.  A Justiça Eleitoral fará ampla divul- pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição,
gação, através dos comunicados transmitidos em audiência pública, anunciada pelo menos
em obediência ao disposto no art. 250, § 5o, pelo com cinco dias de antecedência.62
rádio e televisão, bem assim por meio de car- § 1o  Não podem ser nomeados presidentes
tazes afixados em lugares públicos, dos nomes e mesários:63
dos candidatos registrados, com indicação do I – os candidatos e seus parentes ainda que
partido a que pertençam, bem como do número por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e
sob que foram inscritos, no caso dos candidatos bem assim o cônjuge;
a deputado e a vereador.60 II – os membros de diretórios de partidos
desde que exerçam função executiva;
III – as autoridades e agentes policiais, bem
CAPÍTULO I – Das Seções Eleitorais como os funcionários no desempenho de car-
gos de confiança do Executivo;
Art. 117.  As seções eleitorais, organizadas IV – Os que pertencerem ao serviço eleitoral.
à medida em que forem sendo deferidos os § 2o  Os mesários serão nomeados, de pre-
pedidos de inscrição, não terão mais de 400 ferência entre os eleitores da própria seção, e,
(quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300 dentre estes, os diplomados em escola superior,
(trezentos) nas demais localidades, nem menos os professores e os serventuários da Justiça.
de 50 (cinquenta) eleitores.61 § 3o  O juiz eleitoral mandará publicar no
§ 1o  Em casos excepcionais, devidamente jornal oficial, onde houver, e, não havendo,
justificados, o Tribunal Regional poderá autori- em cartório, as nomeações que tiver feito, e
zar que sejam ultrapassados os índices previstos intimará os mesários através dessa publicação,
neste artigo, desde que essa providência venha para constituírem as mesas no dia e lugares
Código Eleitoral

designados, às 7 horas.
60
  Ver Lei no 9.504/1997, arts. 44 a 57-I, que tratam
da propaganda eleitoral.   Lei no 4.961/1966.
62

61
  Ver Lei no 6.996/1982, art. 11.   Ver Lei no 9.504/1997, arts. 63 e 64.
63

45
§ 4o  Os motivos justos que tiverem os no- quatro) horas antes da abertura dos trabalhos,
meados para recusar a nomeação, e que ficarão ou imediatamente, se o impedimento se der
à livre apreciação do juiz eleitoral, somente dentro desse prazo ou no curso da eleição.
poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a con- § 2o  Não comparecendo o presidente até
tar da nomeação, salvo se sobrevindos depois as sete horas e trinta minutos, assumirá a
desse prazo. presidência, o primeiro mesário e, na sua falta
§ 5o  Os nomeados que não declararem a ou impedimento, o segundo mesário, um dos
existência de qualquer dos impedimentos re- secretários ou o suplente.
feridos no § 1o incorrem na pena estabelecida § 3o  Poderá o presidente, ou membro da
pelo art. 310. mesa que assumir a presidência, nomear ad
hoc, dentre os eleitores presentes e obedecidas
Art. 121.  Da nomeação da mesa receptora as prescrições do § 1o, do art. 120, os que forem
qualquer partido poderá reclamar ao juiz necessários para completar a mesa.
eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a contar da
audiência, devendo a decisão ser proferida em Art. 124.  O membro da mesa receptora que
igual prazo.64 não comparecer no local, em dia e hora de-
§ 1o  Da decisão do juiz eleitoral caberá terminados para a realização de eleição, sem
recurso para o Tribunal Regional, interposto justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30
dentro de 3 (três) dias, devendo, dentro de igual (trinta) dias após, incorrerá na multa de 50%
prazo, ser resolvido. (cinquenta por cento) a 1 (um) salário mínimo
§ 2o  Se o vício da constituição da mesa vigente na zona eleitoral, cobrada mediante
resultar da incompatibilidade prevista no no I, selo federal inutilizado no requerimento em
do § 1o, do art. 120, e o registro do candidato que for solicitado o arbitramento ou através de
for posterior à nomeação do mesário, o prazo executivo fiscal.65
para reclamação será contado da publicação dos § 1o  Se o arbitramento e pagamento da
nomes dos candidatos registrados. Se resultar multa não for requerido pelo mesário faltoso,
de qualquer das proibições dos nos II, III e IV, a multa será arbitrada e cobrada na forma pre-
e em virtude de fato superveniente, o prazo se vista no art. 367.
contará do ato da nomeação ou eleição. § 2o  Se o faltoso for servidor público ou
§ 3o  O partido que não houver reclamado autárquico, a pena será de suspensão até 15
contra a composição da mesa não poderá ar- (quinze) dias.
guir, sob esse fundamento, a nulidade da seção § 3o  As penas previstas neste artigo serão
respectiva. aplicadas em dobro se a mesa receptora deixar
de funcionar por culpa dos faltosos.
Art. 122.  Os juízes deverão instruir os mesá- § 4o  Será também aplicada em dobro obser-
rios sobre o processo da eleição, em reuniões vado o disposto nos parágrafos 1o e 2o, a pena ao
para esse fim convocadas com a necessária membro da mesa que abandonar os trabalhos
antecedência. no decurso da votação sem justa causa apresen-
tada ao juiz até 3 (três) dias após a ocorrência.
Art. 123.  Os mesários substituirão o presiden-
te, de modo que haja sempre quem responda Art. 125.  Não se reunindo, por qualquer
pessoalmente pela ordem e regularidade do motivo, a mesa receptora, poderão os eleitores
processo eleitoral, e assinarão a ata da eleição. pertencentes à respectiva seção votar na seção
§ 1o  O presidente deve estar presente ao ato mais próxima, sob jurisdição do mesmo juiz,
de abertura e de encerramento da eleição, salvo recolhendo-se os seus votos à urna da seção em
força maior, comunicando o impedimento aos
mesários e secretários, pelo menos 24 (vinte e
Eleições

  Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im-


65

posto do selo; e Resolução do TSE no 21.538/2003,


64
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 63. arts. 80 e 85.
46
que deveriam votar, a qual será transportada segundo a sua ordem numérica, recolher as de
para aquela em que tiverem de votar. numeração intercalada, acaso retidas, as quais
§ 1 o  As assinaturas dos eleitores serão não se poderão mais distribuir;
recolhidas nas folhas de votação da seção a IX – anotar o não comparecimento do eleitor
que pertencerem, as quais, juntamente com as no verso da folha individual de votação.
cédulas oficiais e o material restante, acompa-
nharão a urna. Art. 128.  Compete aos secretários:
§ 2o  O transporte da urna e dos documentos I – distribuir aos eleitores as senhas de en-
da seção será providenciado pelo presidente da trada previamente rubricadas ou carimbadas
mesa, mesário ou secretário que comparecer, ou segundo a respectiva ordem numérica;
pelo próprio juiz, ou pessoa que ele designar II – lavrar a ata da eleição;
para esse fim acompanhando-a os fiscais que III – cumprir as demais obrigações que lhes
o desejarem. forem atribuídas em instruções.
Parágrafo único.  As atribuições menciona-
Art. 126.  Se no dia designado para o pleito das no no I serão exercidas por um dos secre-
deixarem de se reunir todas as mesas de um tários e os constantes dos nos II e III pelo outro.
município, o presidente do Tribunal Regional
determinará dia para se realizar o mesmo, Art. 129.  Nas eleições proporcionais os presi-
instaurando-se inquérito para a apuração dentes das mesas receptoras deverão zelar pela
das causas da irregularidade e punição dos preservação das listas de candidatos afixadas
responsáveis. dentro das cabinas indevassáveis, tomando
Parágrafo único.  Essa eleição deverá ser imediatas providências para a colocação de
marcada dentro de 15 (quinze) dias, pelo me- nova lista no caso de inutilização total ou
nos, para se realizar no prazo máximo de 30 parcial.
(trinta) dias. Parágrafo único.  O eleitor que inutilizar
ou arrebatar as listas afixadas nas cabinas
Art. 127.  Compete ao presidente da mesa indevassáveis ou nos edifícios onde funcio-
receptora, e, em sua falta, a quem o substituir:66 narem mesas receptoras, incorrerá nas penas
I – receber os votos dos eleitores; do art. 297.
II – decidir imediatamente todas as dificul-
dades ou dúvidas que ocorrerem; Art. 130.  Nos estabelecimentos de internação
III – manter a ordem, para o que disporá de coletiva de hansenianos os membros das mesas
força pública necessária; receptoras serão escolhidos de preferência entre
IV – comunicar ao juiz eleitoral, que pro- os médicos e funcionários sadios do próprio
videnciará imediatamente as ocorrências cuja estabelecimento.
solução deste dependerem;
V – remeter à Junta Eleitoral todos os papéis
que tiverem sido utilizados durante a recepção CAPÍTULO III – Da Fiscalização perante as
dos votos; Mesas Receptoras
VI – autenticar, com a sua rubrica, as cédulas
oficiais e numerá-las nos termos das Instruções Art. 131.  Cada partido poderá nomear 2
do Tribunal Superior Eleitoral; (dois) delegados em cada município e 2 (dois)
VII – assinar as fórmulas de observações fiscais junto a cada mesa receptora, funcionan-
dos fiscais ou delegados de partido, sobre as do um de cada vez.67
Código Eleitoral

votações; § 1o  Quando o município abranger mais de


VIII – fiscalizar a distribuição das senhas e, uma zona eleitoral cada partido poderá nomear
verificando que não estão sendo distribuídas 2 (dois) delegados junto a cada uma delas.

  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 6.996/1982, art. 12.


66
  Ver Lei no 9.504/1997, arts. 65 a 72.
67

47
§ 2o  A escolha de fiscal e delegado de parti- cisão fundamentada e aprovada pelo Tribunal
do não poderá recair em quem, por nomeação Superior Eleitoral.
do juiz eleitoral, já faça parte da mesa receptora. II – relações dos partidos e dos candidatos
§ 3o  As credenciais expedidas pelos parti- registrados, as quais deverão ser afixadas no
dos, para os fiscais, deverão ser visadas pelo recinto das seções eleitorais em lugar visível, e
juiz eleitoral. dentro das cabinas indevassáveis as relações de
§ 4o  Para esse fim, o delegado do partido candidatos a eleições proporcionais;
encaminhará as credenciais ao Cartório, jun- III – as folhas individuais de votação dos elei-
tamente com os títulos eleitorais dos fiscais tores da seção, devidamente acondicionadas;
credenciados, para que, verificado pelo escrivão IV – uma folha de votação para os eleitores
que as inscrições correspondentes aos títulos de outras seções, devidamente rubricada;
estão em vigor e se referem aos nomeados, V – uma urna vazia, vedada pelo juiz eleito-
carimbe as credenciais e as apresente ao juiz ral, com tiras de papel ou pano forte;
para o visto. VI – sobrecartas maiores para os votos im-
§ 5o  As credenciais que não forem encami- pugnados ou sobre os quais haja dúvida;
nhadas ao Cartório pelos delegados de partido, VII – cédulas oficiais;
para os fins do parágrafo anterior, poderão VIII – sobrecartas especiais para remessa
ser apresentadas pelos próprios fiscais para a à Junta Eleitoral, dos documentos relativos à
obtenção do visto do juiz eleitoral. eleição;
§ 6o  Se a credencial apresentada ao presi- IX – senhas para serem distribuídas aos
dente da mesa receptora não estiver autenticada eleitores;
na forma do §  4o, o fiscal poderá funcionar X – tinta, canetas, penas, lápis e papel, ne-
perante a mesa, mas o seu voto não será ad- cessários aos trabalhos;
mitido, a não ser na seção em que o seu nome XI – folhas apropriadas para impugnação e
estiver incluído. folhas para observação de fiscais de partidos;
§ 7o  O fiscal de cada partido poderá ser XII – modelo da ata a ser lavrada pela mesa
substituído por outro no curso dos trabalhos receptora;
eleitorais. XIII – material necessário para vedar, após
a votação, a fenda da urna;
Art. 132.  Pelas mesas receptoras serão admi- XIV – um exemplar das Instruções do Tri-
tidos a fiscalizar a votação, formular protestos bunal Superior Eleitoral;
e fazer impugnações, inclusive sobre a identi- XV – material necessário à contagem dos
dade do eleitor, os candidatos registrados, os votos, quando autorizada;
delegados e os fiscais dos partidos. XVI – outro qualquer material que o Tri-
bunal Regional julgue necessário ao regular
funcionamento da mesa.
TÍTULO III – Do Material para a Votação68 § 1o  O material de que trata este artigo deve-
rá ser remetido por protocolo ou pelo correio,
Art. 133.  Os juízes eleitorais enviarão ao pre- acompanhado de uma relação ao pé da qual o
sidente de cada mesa receptora, pelo menos destinatário declarará o que recebeu e como o
72 (setenta e duas) horas antes da eleição, o recebeu, e aporá sua assinatura.
seguinte material:69 § 2o  Os presidentes da mesa que não tiverem
I – relação dos eleitores da seção, que po- recebido até 48 (quarenta e oito) horas antes do
derá ser dispensada, no todo em parte, pelo pleito o referido material, deverão diligenciar
respectivo Tribunal Regional Eleitoral em de- para o seu recebimento.
§ 3o  O juiz eleitoral, em dia e hora previa-
mente designados, em presença dos fiscais e de-
Eleições

68
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 12, e Lei no 6.996/1982,
art. 12. legados dos partidos, verificará, antes de fechar
69
  Leis nos 6.055/1974, 5.784/1972 e 4.961/1966. e lacrar as urnas, se estas estão completamente
48
vazias; fechadas, enviará uma das chaves, se Juízes Eleitorais para orientá-los na escolha dos
houver, ao presidente da Junta Eleitoral, e a da locais de votação, de maneira a garantir acessi-
fenda, também se houver, ao presidente da mesa bilidade para o eleitor com deficiência ou com
receptora, juntamente com a urna. mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno
e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.
Art. 134.  Nos estabelecimentos de internação § 6o-B (Vetado)
coletiva para hansenianos serão sempre utiliza- § 7o  Da designação dos lugares de votação
das urnas de lona. poderá qualquer partido reclamar ao juiz elei-
toral, dentro de três dias a contar da publicação,
devendo a decisão ser proferida dentro de
TÍTULO IV – Da Votação quarenta e oito horas.
CAPÍTULO I – Dos Lugares da Votação70 § 8o  Da decisão do juiz eleitoral caberá
recurso para o Tribunal Regional, interposto
Art. 135.  Funcionarão as mesas receptoras dentro de três dias, devendo, no mesmo prazo,
nos lugares designados pelos juízes eleitorais 60 ser resolvido.
(sessenta) dias antes da eleição, publicando-se § 9o  Esgotados os prazos referidos nos pa-
a designação.71 rágrafos 7o e 8o deste artigo, não mais poderá
§ 1o  A publicação deverá conter a seção com ser alegada, no processo eleitoral, a proibição
a numeração ordinal e local em que deverá contida em seu § 5o.
funcionar com a indicação da rua, número e
qualquer outro elemento que facilite a locali- Art. 136.  Deverão ser instaladas seções nas
zação pelo eleitor. vilas e povoados, assim como nos estabeleci-
§ 2o  Dar-se-á preferência aos edifícios pú- mentos de internação coletiva, inclusive para
blicos, recorrendo-se aos particulares se falta- cegos, e nos leprosários, onde haja, pelo menos,
rem aqueles em número e condições adequadas. 50 (cinquenta) eleitores.
§ 3o  A propriedade particular será obrigató- Parágrafo único.  A mesa receptora desig-
ria e gratuitamente cedida para esse fim. nada para qualquer dos estabelecimentos de
§ 4o  É expressamente vedado o uso de pro- internação coletiva deverá funcionar em local
priedade pertencente a candidato, membro do indicado pelo respectivo diretor; o mesmo
diretório de partido, delegado de partido ou critério será adotado para os estabelecimentos
autoridade policial, bem como dos respectivos especializados para proteção dos cegos.
cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até
o 2o grau, inclusive. Art. 137.  Até 10 (dez) dias antes da eleição,
§ 5o  Não poderão ser localizadas seções pelo menos, comunicarão os juízes eleitorais
eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer proprie- aos chefes das repartições públicas e aos pro-
dade rural privada, mesmo existindo no local prietários, arrendatários ou administradores
prédio público, incorrendo o juiz nas penas do das propriedades particulares a resolução de
Art. 312, em caso de infringência. que serão os respectivos edifícios, ou parte
§ 6o  Os Tribunais Regionais, nas capitais, deles, utilizados para o funcionamento das
e os juízes eleitorais, nas demais zonas, farão mesas receptoras.
ampla divulgação da localização das seções.
§ 6o-A  Os Tribunais Regionais Eleitorais Art. 138.  No local destinado à votação, a
deverão, a cada eleição, expedir instruções aos mesa ficará em recinto separado do público; ao
lado haverá uma cabina indevassável onde os
Código Eleitoral

70
  Ver Lei no 6.996/1982, que dispõe sobre a utili- eleitores, à medida que comparecerem, possam
zação de processamento eletrônico de dados nas assinalar a sua preferência na cédula.
eleições, e Lei no 9.504/1997, arts. 59 a 62. Parágrafo único.  O juiz eleitoral providen-
71
  Leis nos 13.146/2015, 10.226/2001, 6.336/1976 e ciará para que nos edifícios escolhidos sejam
4.961/1966. feitas as necessárias adaptações.
49
CAPÍTULO II – Da Polícia dos Trabalhos § 2o  Observada a prioridade assegurada aos
Eleitorais candidatos, têm preferência para votar o juiz
eleitoral da zona, seus auxiliares de serviço, os
Art. 139.  Ao presidente da mesa receptora eleitores de idade avançada, os enfermos e as
e ao juiz eleitoral cabe a polícia dos trabalhos mulheres grávidas.
eleitorais.
Art. 144.  O recebimento dos votos começará
Art. 140.  Somente podem permanecer no às 8 (oito) e terminará, salvo o disposto no
recinto da mesa receptora os seus membros, art. 153, às 17 (dezessete) horas.
os candidatos, um fiscal, um delegado de cada
partido e, durante o tempo necessário à votação, Art. 145.  O presidente, mesários, secretários,
o eleitor. suplentes e os delegados e fiscais de partido
§ 1o  O presidente da mesa, que é, durante os votarão, perante as mesas em que servirem,
trabalhos, a autoridade superior, fará retirar do sendo que os delegados e fiscais desde que a
recinto ou do edifício quem não guardar a or- credencial esteja visada na forma do art. 131,
dem e compostura devidas e estiver praticando §  3o; quando eleitores de outras seções, seus
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral. votos serão tomados em separado.73
§ 2o  Nenhuma autoridade estranha à mesa Parágrafo único.  Com as cautelas constantes
poderá intervir, sob pretexto algum, em seu do art. 147, § 2o, poderão ainda votar fora da
funcionamento, salvo o juiz eleitoral. respectiva seção:
I – o juiz eleitoral, em qualquer seção da
Art. 141.  A força armada conservar-se-á a zona sob sua jurisdição, salvo em eleições mu-
cem metros da seção eleitoral e não poderá nicipais, nas quais poderá votar em qualquer
aproximar-se do lugar da votação, ou nele seção do município em que for eleitor;
penetrar, sem ordem do presidente da mesa. II – o Presidente da República, o qual poderá
votar em qualquer seção eleitoral do País, nas
eleições presidenciais; em qualquer seção do
CAPÍTULO III – Do Início da Votação Estado em que for eleitor nas eleições para
governador, vice-governador, senador, depu-
Art. 142.  No dia marcado para a eleição, às 7 tado federal e estadual; em qualquer seção do
(sete) horas, o presidente da mesa receptora, município em que estiver inscrito, nas eleições
os mesários e os secretários verificarão se no para prefeito, vice-prefeito e vereador;
lugar designado estão em ordem o material III – os candidatos à Presidência da Repú-
remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher blica, em qualquer seção eleitoral do País, nas
os votos, bem como se estão presentes os fiscais eleições presidenciais, e, em qualquer seção do
de partido. Estado em que forem eleitores, nas eleições de
âmbito estadual;
Art. 143.  Às 8 (oito) horas, supridas as de- IV – os governadores, vice-governadores,
ficiências declarará o presidente iniciados os senadores, deputados federais e estaduais, em
trabalhos, procedendo-se em seguida à vota- qualquer seção do Estado, nas eleições de âm-
ção, que começará pelos candidatos e eleitores bito nacional e estadual; em qualquer seção do
presentes.72 município de que sejam eleitores, nas eleições
§ 1o  Os membros da mesa e os fiscais de par- municipais;
tido deverão votar no correr da votação, depois V – os candidatos a governador, vice-
que tiverem votado os eleitores que já se en- -governador, senador, deputado federal e
contravam presentes no momento da abertura estadual, em qualquer seção do Estado de que
dos trabalhos, ou no encerramento da votação.
Eleições

  Leis n os 9.504/1997 e 4.961/1966. Ver Lei


73
72
  Lei no 4.961/1966. no 7.332/1985.
50
sejam eleitores, nas eleições de âmbito nacional da folha individual de votação; em seguida
e estadual; entregar-lhe-á a cédula única rubricada no
VI – os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, ato pelo presidente e mesários e numerada de
em qualquer seção de município que represen- acordo com as Instruções do Tribunal Supe-
tarem, desde que eleitores do Estado, sendo que, rior, instruindo-o sobre a forma de dobrá-la,
no caso de eleições municipais, nelas somente fazendo-o passar à cabina indevassável, cuja
poderão votar se inscritos no município; porta ou cortina será encerrada em seguida;
VII – os candidatos a prefeito, vice-prefeito VI – o eleitor será admitido a votar, ainda
e vereador, em qualquer seção de município, que deixe de exibir no ato da votação o seu
desde que dele sejam eleitores; título, desde que seja inscrito na seção e conste
VIII – os militares, removidos ou transferi- da respectiva pasta a sua folha individual de
dos dentro do período de 6 (seis) meses antes votação; nesse caso, a prova de ter votado será
do pleito, poderão votar nas eleições para feita mediante certidão que obterá posterior-
presidente e vice-presidente da República na mente, no juízo competente;
localidade em que estiverem servindo. VII – no caso da omissão da folha individual
IX – os policiais militares em serviço. na respectiva pasta verificada no ato da votação,
será o eleitor, ainda, admitido a votar, desde que
exiba o seu título eleitoral e dele conste que o
CAPÍTULO IV – Do Ato de Votar74 portador é inscrito na seção, sendo o seu voto,
nesta hipótese, tomado em separado e colhida
Art. 146.  Obser var-se-á na votação o sua assinatura na folha de votação modelo 2
seguinte:75 (dois). Como ato preliminar da apuração do
I – o eleitor receberá, ao apresentar-se na voto, averiguar-se-á se se trata de eleitor em
seção, e antes de penetrar no recinto da mesa, condições de votar, inclusive se realmente
uma senha numerada, que o secretário rubrica- pertence à seção;
rá, no momento, depois de verificar pela relação VIII – verificada a ocorrência de que trata
dos eleitores da seção, que o seu nome consta o número anterior, a Junta Eleitoral, antes de
da respectiva pasta; encerrar os seus trabalhos, apurará a causa da
II – no verso da senha o secretário anotará o omissão. Se tiver havido culpa ou dolo, será
número de ordem da folha individual da pasta, aplicada ao responsável, na primeira hipótese,
número esse que constará da relação enviada a multa de até 2 (dois) salários mínimos, e, na
pelo cartório à mesa receptora; segunda, a de suspensão até 30 (trinta) dias;
III – admitido a penetrar no recinto da mesa, IX – na cabina indevassável, onde não po-
segundo a ordem numérica das senhas, o elei- derá permanecer mais de um minuto, o eleitor
tor apresentará ao presidente seu título, o qual indicará os candidatos de sua preferência e
poderá ser examinado por fiscal ou delegado dobrará a cédula oficial, observadas as seguintes
de partido, entregando, no mesmo ato, a senha; normas:
IV – pelo número anotado no verso da se- a)  assinalando com uma cruz, ou de modo
nha, o presidente, ou mesário, localizará a folha que torne expressa a sua intenção, o quadrilá-
individual de votação, que será confrontada tero correspondente ao candidato majoritário
com o título e poderá também ser examinada de sua preferência;
por fiscal ou delegado de partido; b)  escrevendo o nome, o prenome, ou o
V – achando-se em ordem o título e a número do candidato de sua preferência nas
folha individual e não havendo dúvida sobre eleições proporcionais;
Código Eleitoral

a identidade do eleitor, o presidente da mesa c)  escrevendo apenas a sigla do partido


o convidará a lançar sua assinatura no verso de sua preferência, se pretender votar só na
legenda;
  Ver Lei no 6.996/1982, art. 12.
74
X – ao sair da cabina o eleitor depositará na
  Leis nos 7.434/1985, 7.332/1985 e 6.989/1982.
75
urna a cédula;
51
XI – ao depositar a cédula na urna, o eleitor II – entregará ao eleitor a sobrecarta branca,
deverá fazê-lo de maneira a mostrar a parte para que ele, na presença da mesa e dos fiscais, nela
rubricada à mesa e aos fiscais de partido, para coloque a cédula oficial que assinalou, assim como
que verifiquem, sem nela tocar, se não foi o seu título, a folha de impugnação e qualquer
substituída; outro documento oferecido pelo impugnante;
XII – se a cédula oficial não for a mesma, será III – determinará ao eleitor que feche a so-
o eleitor convidado a voltar à cabine indevassá- brecarta branca e a deposite na urna;
vel e a trazer seu voto na cédula que recebeu; se IV – anotará a impugnação na ata.
não quiser tornar à cabina, ser-lhe-á recusado § 3o  O voto em separado, por qualquer
o direito de voto, anotando-se a ocorrência na motivo, será sempre tomado na forma prevista
ata e ficando o eleitor retido pela mesa, e à sua no parágrafo anterior.
disposição, até o término da votação ou a devo-
lução da cédula oficial já rubricada e numerada; Art. 148.  O eleitor somente poderá votar na se-
XIII – se o eleitor, ao receber a cédula ou ção eleitoral em que estiver incluído o seu nome.76
ao recolher-se à cabina de votação, verificar § 1 o  Essa exigência somente poderá ser
que a cédula se acha estragada ou, de qualquer dispensada nos casos previstos no art.  145 e
modo, viciada ou assinalada ou se ele próprio, seus parágrafos.
por imprudência, imprevidência ou ignorância, § 2o  Aos eleitores mencionados no art. 145
a inutilizar, estragar ou assinalar erradamente, não será permitido votar sem a exibição do
poderá pedir uma outra ao presidente da seção título, e nas folhas de votação modelo 2 (dois),
eleitoral, restituindo, porém, a primeira, a qual nas quais lançarão suas assinaturas, serão
será imediatamente inutilizada à vista dos pre- sempre anotadas na coluna própria as seções
sentes e sem quebra do sigilo do que o eleitor mencionadas nos títulos retidos.
haja nela assinalado; § 3o  Quando se tratar de candidato, o presi-
XIV – introduzida a sobrecarta na urna, o dente da mesa receptora verificará, previamente,
presidente da mesa devolverá o título ao elei- se o nome figura na relação enviada à seção, e
tor, depois de datá-lo e assiná-lo; em seguida quando se tratar de fiscal de partido, se a creden-
rubricará, no local próprio, a folha individual cial está devidamente visada pelo juiz eleitoral.
de votação. § 4o  (Revogado)
§ 5o  (Revogado)
Art. 147.  O presidente da mesa dispensará
especial atenção à identidade de cada eleitor Art. 149.  Não será admitido recurso contra a
admitido a votar. Existindo dúvida a respeito, votação, se não tiver havido impugnação peran-
deverá exigir-lhe a exibição da respectiva cartei- te a mesa receptora, no ato da votação, contra
ra, e, na falta desta, interrogá-lo sobre os dados as nulidades arguidas.
constantes do título, ou da folha individual de
votação, confrontando a assinatura do mesmo Art. 150.  O eleitor cego poderá:
com a feita na sua presença pelo eleitor, e men- I – assinar a folha individual de votação em
cionando na ata a dúvida suscitada. letras do alfabeto comum ou do sistema Braille;
§ 1o  A impugnação à identidade do eleitor, II – assinalar a cédula oficial, utilizando
formulada pelos membros da mesa, fiscais, também qualquer sistema;
delegados, candidatos ou qualquer eleitor, será III – usar qualquer elemento mecânico que
apresentada verbalmente ou por escrito, antes trouxer consigo, ou lhe for fornecido pela mesa,
de ser o mesmo admitido a votar. e que lhe possibilite exercer o direito de voto.
§ 2o  Se persistir a dúvida ou for mantida a
impugnação, tomará o presidente da mesa as Art. 151.  (Revogado)77
seguintes providências:
Eleições

I – escreverá numa sobrecarta branca o se-   Lei no 4.961/1966.


76

guinte: “Impugnado por ‘F’”;   Leis nos 7.914/1989 e 4.961/1966.


77

52
Art. 152.  Poderão ser utilizadas máquinas de f)  o número, por extenso, de eleitores de
votar, a critério e mediante regulamentação do outras seções que hajam votado e cujos votos
Tribunal Superior Eleitoral. hajam sido recolhidos ao invólucro especial;
g)  o motivo de não haverem votado alguns
dos eleitores que compareceram;
CAPÍTULO V – Do Encerramento da h)  os protestos e as impugnações apresenta-
Votação dos pelos fiscais, assim como as decisões sobre
eles proferidas, tudo em seu inteiro teor;
Art. 153.  Às 17 (dezessete) horas, o presidente i)  a razão de interrupção da votação, se tiver
fará entregar as senhas a todos os eleitores pre- havido, e o tempo de interrupção;
sentes e, em seguida, os convidará, em voz alta, j)  a ressalva das rasuras, emendas e entreli-
a entregar à mesa seus títulos, para que sejam nhas porventura existentes nas folhas de vota-
admitidos a votar. ção e na ata, ou a declaração de não existirem;
Parágrafo único.  A votação continuará na IV – mandará, em caso de insuficiência
ordem numérica das senhas e o título será de espaço no modelo destinado ao preenchi-
devolvido ao eleitor, logo que tenha votado. mento, prosseguir a ata em outra folha devi-
damente rubricada por ele, mesários e fiscais
Art. 154.  Terminada a votação e declarado o que o desejarem, mencionando esse fato na
seu encerramento pelo presidente, tomará este própria ata;
as seguintes providências:78 V – assinará a ata com os demais membros
I – vedará a fenda de introdução da cédula da mesa, secretários e fiscais que quiserem;
na urna, de modo a cobri-la inteiramente com VI – entregará a urna e os documentos do
tiras de papel ou pano forte, rubricadas pelo ato eleitoral ao presidente da Junta ou à agência
presidente e mesários e, facultativamente, pelos do Correio mais próxima, ou a outra vizinha
fiscais presentes; separará todas as folhas de que ofereça melhores condições de segurança
votação correspondentes aos eleitores faltosos e expedição, sob recibo em triplicata com a in-
e fará constar, no verso de cada uma delas, na dicação de hora, devendo aqueles documentos
parte destinada à assinatura do eleitor, a falta ser encerrados em sobrecartas rubricadas por
verificada, por meio de breve registro, que ele e pelos fiscais que o quiserem;
autenticará com a sua assinatura; VII – comunicará em ofício, ou impresso
II – encerrará, com a sua assinatura, a folha próprio, ao juiz eleitoral da zona a realização
de votação modelo 2 (dois), que poderá ser da eleição, o número de eleitores que votaram
também assinada pelos fiscais; e a remessa da urna e dos documentos à Junta
III – mandará lavrar, por um dos secretá- Eleitoral;
rios, a ata da eleição, preenchendo o modelo VIII – enviará em sobrecarta fechada uma
fornecido pela Justiça Eleitoral, para que das vias do recibo do Correio à Junta Eleitoral
conste: e a outra ao Tribunal Regional.
a)  os nomes dos membros da mesa que § 1o  Os Tribunais Regionais poderão pres-
hajam comparecido, inclusive o suplente; crever outros meios de vedação das urnas.
b)  as substituições e nomeações feitas; § 2o  No Distrito Federal e nas capitais dos
c)  os nomes dos fiscais que hajam compare- Estados poderão os Tribunais Regionais deter-
cido e dos que se retiraram durante a votação; minar normas diversas para a entrega de urnas
d)  a causa, se houver, do retardamento para e papéis eleitorais, com as cautelas destinadas a
o começo da votação; evitar violação ou extravio.
Código Eleitoral

e)  o número, por extenso, dos eleitores da


seção que compareceram e votaram e o número Art. 155.  O presidente da Junta Eleitoral e as
dos que deixaram de comparecer; agências do Correio tomarão as providências
necessárias para o recebimento da urna e dos
  Lei no 4.961/1966.
78
documentos referidos no artigo anterior.
53
§ 1o  Os fiscais e delegados de partidos têm com os resultados parciais enviados pelas Juntas
direito de vigiar e acompanhar a urna desde o Eleitorais;
momento da eleição, durante a permanência III – ao Tribunal Superior Eleitoral nas
nas agências do Correio e até a entrega à Junta eleições para presidente e vice-presidente da
Eleitoral. República, pelos resultados parciais remetidos
§ 2o  A urna ficará permanentemente à vista pelos Tribunais Regionais.
dos interessados e sob a guarda de pessoa desig-
nada pelo presidente da Junta Eleitoral.
CAPÍTULO II – Da Apuração nas Juntas
Art. 156.  Até as 12 (doze) horas do dia se- SEÇÃO I – Disposições Preliminares
guinte à realização da eleição, o juiz eleitoral é
obrigado, sob pena de responsabilidade e multa Art. 159.  A apuração começará no dia seguinte
de 1 (um) a 2 (dois) salários mínimos, a comu- ao das eleições e, salvo motivo justificado, deve-
nicar ao Tribunal Regional, e aos delegados de rá terminar dentro de 10 (dez) dias.82
partido perante ele credenciados, o número de § 1o  Iniciada a apuração, os trabalhos não
eleitores que votaram em cada uma das seções serão interrompidos aos sábados, domingos e
da zona sob sua jurisdição, bem como o total dias feriados, devendo a Junta funcionar das 8
de votantes da zona.79 (oito) às 18 (dezoito) horas, pelo menos.
§ 1o  Se houver retardamento nas medidas § 2o  Em caso de impossibilidade de obser-
referidas no art. 154, o juiz eleitoral, assim que vância do prazo previsto neste artigo, o fato
receba o ofício constante desse dispositivo, no deverá ser imediatamente justificado perante
VII, fará a comunicação constante deste artigo. o Tribunal Regional, mencionando-se as horas
§ 2o  Essa comunicação será feita por via ou dias necessários para o adiamento, que não
postal, em ofícios registrados de que o juiz poderá exceder a cinco dias.
eleitoral guardará cópia no arquivo da zona, § 3 o  Esgotado o prazo e a prorrogação
acompanhada do recibo do Correio. estipulada neste artigo, ou não tendo havido
§ 3o  Qualquer candidato, delegado ou fiscal em tempo hábil o pedido de prorrogação, a
de partido poderá obter, por certidão, o teor da respectiva Junta Eleitoral perde a competência
comunicação a que se refere este artigo, sendo para prosseguir na apuração, devendo o seu
defeso ao juiz eleitoral recusá-la ou procrastinar presidente remeter, imediatamente, ao Tribunal
a sua entrega ao requerente. Regional, todo o material relativo à votação.
§ 4o  Ocorrendo a hipótese prevista no pará-
Art. 157.  (Revogado)80 grafo anterior, competirá ao Tribunal Regional
fazer a apuração.
§ 5o  Os membros da Junta Eleitoral res-
TÍTULO V – Da Apuração ponsáveis pela inobservância injustificada dos
CAPÍTULO I – Dos Órgãos Apuradores prazos fixados neste artigo estarão sujeitos à
multa de dois a dez salários mínimos, aplicada
Art. 158.  A apuração compete:81 pelo Tribunal Regional.
I – às Juntas Eleitorais quanto às eleições
realizadas na zona sob sua jurisdição; Art. 160.  Havendo conveniência, em razão do
II – aos Tribunais Regionais a referente às número de urnas a apurar, a Junta poderá subdi-
eleições para governador, vice-governador, vidir-se em turmas, até o limite de 5 (cinco), todas
senador, deputado federal e estadual, de acordo presididas por algum dos seus componentes.
Parágrafo único.  As dúvidas que forem
79
  Ver Resolução do TSE no  21.538/2003, arts.  80 levantadas em cada turma serão decididas por
maioria de votos dos membros da Junta.
Eleições

e 85.
80
  Lei no 7.914/1989.
81
  Ver Lei no 6.996/1982, arts. 13 e 14.   Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 6.996/1982, art. 14.
82

54
Art. 161.  Cada partido poderá credenciar pe- III – se as folhas individuais de votação e as
rante as Juntas até 3 (três) fiscais, que se revezem folhas modelo 2 (dois) são autênticas;
na fiscalização dos trabalhos. IV – se a eleição se realizou no dia, hora e
§ 1o  Em caso de divisão da Junta em turmas, local designados e se a votação não foi encerrada
cada partido poderá credenciar até 3 (três) antes das 17 (dezessete) horas;
fiscais para cada turma. V – se foram infringidas as condições que
§ 2o  Não será permitida, na Junta ou turma, a resguardam o sigilo do voto;
atuação de mais de 1 (um) fiscal de cada partido. VI – se a seção eleitoral foi localizada com
infração ao disposto nos parágrafos 4o e 5o do
Art. 162.  Cada partido poderá credenciar mais art. 135;
de 1 (um) delegado perante a Junta, mas no decor- VII – se foi recusada, sem fundamento legal,
rer da apuração só funcionará 1 (um) de cada vez. a fiscalização de partidos aos atos eleitorais;
VIII – se votou eleitor excluído do alista-
Art. 163.  Iniciada a apuração da urna, não será mento, sem ser o seu voto tomado em separado;
a mesma interrompida, devendo ser concluída. IX – se votou eleitor de outra seção, a não ser
Parágrafo único.  Em caso de interrupção por nos casos expressamente admitidos;
motivo de força maior, as cédulas e as folhas de X – se houve demora na entrega da urna e
apuração serão recolhidas à urna e esta fechada dos documentos conforme determina o número
e lacrada, o que constará da ata. VI, do art. 154;
XI – se consta nas folhas individuais de
Art. 164.  É vedado às Juntas Eleitorais a divul- votação dos eleitores faltosos o devido registro
gação, por qualquer meio, de expressões, frases de sua falta.
ou desenhos estranhos ao pleito, apostos ou § 1o  Se houver indício de violação da urna,
contidos nas cédulas.83 proceder-se-á da seguinte forma:
§ 1o  Aos membros, escrutinadores e auxi- I – antes da apuração, o presidente da Junta
liares das Juntas que infringirem o disposto indicará pessoa idônea para servir como perito
neste artigo será aplicada a multa de 1 (um) e examinar a urna com assistência do represen-
a 2 (dois) salários mínimos vigentes na Zona tante do Ministério Público;
Eleitoral, cobrados através de executivo fiscal II – se o perito concluir pela existência de
ou da inutilização de selos federais no processo violação e o seu parecer for aceito pela Junta,
em que for arbitrada a multa. o presidente desta comunicará a ocorrência ao
§ 2o  Será considerada dívida líquida e certa, Tribunal Regional, para as providências de lei;
para efeito de cobrança, a que for arbitrada pelo III – se o perito e o representante do Minis-
Tribunal Regional e inscrita em livro próprio na tério Público concluírem pela inexistência de
Secretaria desse órgão. violação, far-se-á a apuração;
IV – se apenas o representante do Ministério
Público entender que a urna foi violada, a Junta
SEÇÃO II – Da Abertura da Urna84 decidirá, podendo aquele, se a decisão não for
unânime, recorrer imediatamente para o Tri-
Art. 165.  Antes de abrir cada urna a Junta bunal Regional;
verificará:85 V – não poderão servir de peritos os referi-
I – se há indício de violação da urna; dos no art. 36, § 3o, nos I a IV.
II – se a mesa receptora se constituiu legal- § 2o  As impugnações fundadas em violação
mente; da urna somente poderão ser apresentadas até
Código Eleitoral

a abertura desta.
83
  Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im- § 3o  Verificado qualquer dos casos dos nos II,
posto do selo. III, IV e V do artigo, a Junta anulará a votação,
84
  Ver Lei no 6.996/1982, art. 12. fará a apuração dos votos em separado e recor-
85
  Lei no 4.961/1966. rerá de ofício para o Tribunal Regional.
55
§ 4o  Nos casos dos nos VI, VII, VIII, IX e X, a impugnações que serão decididas de plano
Junta decidirá se a votação é válida, procedendo pela Junta.89
à apuração definitiva em caso afirmativo, ou na § 1o  As Juntas decidirão por maioria de
forma do parágrafo anterior, se resolver pela votos as impugnações.
nulidade da votação. § 2o  De suas decisões cabe recurso imedia-
§ 5o  A Junta deixará de apurar os votos de to, interposto verbalmente ou por escrito, que
urna que não estiver acompanhada dos docu- deverá ser fundamentado no prazo de 48 (qua-
mentos legais e lavrará termo relativo ao fato, renta e oito) horas para que tenha seguimento.
remetendo-a, com cópia da sua decisão, ao § 3o  O recurso, quando ocorrerem eleições
Tribunal Regional. simultâneas, indicará expressamente a eleição
a que se refere.
Art. 166.  Aberta a urna, a Junta verificará se § 4o  Os recursos serão instruídos de ofício,
o número de cédulas oficiais corresponde ao com certidão da decisão recorrida; se interpos-
de votantes.86 tos verbalmente, constará também da certidão
§ 1o  A incoincidência entre o número de vo- o trecho correspondente do boletim.
tantes e o de cédulas oficiais encontradas na urna
não constituirá motivo de nulidade da votação, Art. 170.  As impugnações quanto à identidade
desde que não resulte de fraude comprovada. do eleitor, apresentadas no ato da votação, serão
§ 2o  Se a Junta entender que a incoincidên- resolvidas pelo confronto da assinatura tomada
cia resulta de fraude, anulará a votação, fará a no verso da folha individual de votação com a
apuração em separado e recorrerá de ofício para existente no anverso; se o eleitor votou em sepa-
o Tribunal Regional. rado, no caso de omissão da folha individual na
respectiva pasta, confrontando-se a assinatura
Art. 167.  Resolvida a apuração da urna, deverá da folha modelo 2 (dois) com a do título eleitoral.
a Junta inicialmente:87
I – examinar as sobrecartas brancas contidas Art. 171.  Não será admitido recurso contra
na urna, anulando os votos referentes aos elei- a apuração, se não tiver havido impugnação
tores que não podiam votar; perante a Junta, no ato da apuração, contra as
II – misturar as cédulas oficiais dos que po- nulidades arguidas.
diam votar com as demais existentes na urna;
III – (Revogado); Art. 172.  Sempre que houver recurso fundado
IV – (Revogado). em contagem errônea de votos, vícios de cédulas
ou de sobrecartas para votos em separado, de-
Art. 168.  As questões relativas à existência de ra- verão as cédulas ser conservadas em invólucro
suras, emendas e entrelinhas nas folhas de votação lacrado, que acompanhará o recurso e deverá
e na ata da eleição, somente poderão ser suscitadas ser rubricado pelo juiz eleitoral, pelo recorrente
na fase correspondente à abertura das urnas. e pelos delegados de partido que o desejarem.90

SEÇÃO III – Das Impugnações e dos SEÇÃO IV – Da Contagem dos Votos


Recursos88
Art. 173.  Resolvidas as impugnações a Junta
Art. 169.  À medida que os votos forem sendo passará a apurar os votos.91
apurados, poderão os fiscais e delegados de
partido, assim como os candidatos, apresentar 89
  Lei no 4.961/1966.
90
  Lei no 4.961/1966.
Eleições

86
  Lei no 4.961/1966. 91
  Lei no 6.978/1982. Ver Lei no 9.504/1997, arts. 59 a
87
  Lei no 4.961/1966. 72, e Lei no 6.996/1982, que dispõe sobre a utilização
88
  Ver Lei no 9.504/1997, arts. 69 a 71. de processamento eletrônico de dados nas eleições.
56
Parágrafo único.  Na apuração, poderá II – se o eleitor escrever o nome de mais de
ser utilizado sistema eletrônico, a critério do um candidato ao mesmo cargo, pertencentes
Tribunal Superior Eleitoral e na forma por ele a partidos diversos ou, indicando apenas os
estabelecida. números, o fizer também de candidatos de
partidos diferentes;
Art. 174.  As cédulas oficiais, à medida em que III – se o eleitor, não manifestando preferên-
forem sendo abertas, serão examinadas e lidas cia por candidato, ou o fazendo de modo que
em voz alta por um dos componentes da Junta.92 não se possa identificar o de sua preferência,
§ 1o  Após fazer a declaração dos votos em escrever duas ou mais legendas diferentes no
branco e antes de ser anunciado o seguinte, será espaço relativo à mesma eleição;
aposto na cédula, no lugar correspondente à § 3o  Serão nulos, para todos os efeitos, os
indicação do voto um carimbo com a expressão votos dados a candidatos inelegíveis ou não
“em branco”, além da rubrica do presidente da registrados.
turma. § 4o  O disposto no parágrafo anterior não
§ 2o  O mesmo processo será adaptado para se aplica quando a decisão de inelegibilidade
o voto nulo. ou de cancelamento de registro for proferida
§ 3o  Não poderá ser iniciada a apuração após a realização da eleição a que concorreu
dos votos da urna subsequente, sob as penas o candidato alcançado pela sentença, caso em
do art.  345, sem que os votos em branco da que os votos serão contados para o partido pelo
anterior estejam todos registrados pela forma qual tiver sido feito o seu registro.
referida no § 1o.
§ 4o  As questões relativas às cédulas somen- Art. 176.  Contar-se-á o voto apenas para a le-
te poderão ser suscitadas nessa oportunidade. genda, nas eleições pelo sistema proporcional:94
I – se o eleitor escrever apenas a sigla
Art. 175.  Serão nulas as cédulas:93 partidária, não indicando o candidato de sua
I – que não corresponderem ao modelo preferência;
oficial; II – se o eleitor escrever o nome de mais de
II – que não estiverem devidamente auten- um candidato do mesmo partido;
ticadas; III – se o eleitor, escrevendo apenas os
III – que contiverem expressões, frases ou números, indicar mais de um candidato do
sinais que possam identificar o voto. mesmo Partido;
§ 1o  Serão nulos os votos, em cada eleição IV – se o eleitor não indicar o candidato
majoritária; através do nome ou do número com clareza
I – quando forem assinalados os nomes de suficiente para distingui-lo de outro candidato
dois ou mais candidatos para o mesmo cargo; do mesmo Partido.
II – quando a assinalação estiver colocada
fora do quadrilátero próprio, desde que torne Art. 177.  Na contagem dos votos para as
duvidosa a manifestação da vontade do eleitor. eleições realizadas pelo sistema proporcional
§ 2o  Serão nulos os votos, em cada eleição observar-se-ão, ainda, as seguintes normas:95
pelo sistema proporcional: I – a inversão, omissão ou erro de grafia do
I – quando o candidato não for indicado, nome ou prenome não invalidará o voto, desde
através do nome ou do número, com clareza que seja possível a identificação do candidato;
suficiente para distingui-lo de outro candidato II – se o eleitor escrever o nome de um can-
ao mesmo cargo, mas de outro partido, e o didato e o número correspondente a outro da
Código Eleitoral

eleitor não indicar a legenda; mesma legenda ou não, contar-se-á o voto para

  Leis nos 6.055/1974 e 4.961/1966.


92

  Leis nos 7.332/1985, 7.179/1983, 6.989/1982 e


93   Leis nos 8.037/1990, 7.332/1985 e 6.989/1982.
94

4.961/1966.   Leis nos 8.037/1990, 7.332/1985 e 6.989/1982.


95

57
o candidato cujo nome foi escrito, bem como da Junta, em local que possa ser copiado por
para a legenda a que pertence; qualquer pessoa.
III – se o eleitor escrever o nome ou o núme- § 4o  Cópia autenticada do boletim de apura-
ro de um candidato e a legenda de outro Partido, ção será entregue a cada partido, por intermédio
contar-se-á o voto para o candidato cujo nome do delegado ou fiscal presente, mediante recibo.
ou número foi escrito; § 5o  O boletim de apuração ou sua cópia au-
IV – se o eleitor escrever o nome ou o nú- tenticada com a assinatura do juiz e pelo menos
mero de um candidato a Deputado Federal na de um dos membros da Junta, fará prova do
parte da cédula referente a Deputado Estadual resultado apurado, podendo ser apresentado ao
ou vice-versa, o voto será contado para o can- Tribunal Regional, nas eleições federais e esta-
didato cujo nome ou número for escrito; duais, sempre que o número de votos constantes
V – se o eleitor escrever o nome ou o número dos mapas recebidos pela Comissão Apuradora
de candidatos em espaço da cédula que não seja o não coincidir com os nele consignados.
correspondente ao cargo para o qual o candidato § 6o  O partido ou candidato poderá apre-
foi registrado, será o voto computado para o can- sentar o boletim na oportunidade concedida
didato e respectiva legenda, conforme o registro. pelo art. 200, quando terá vista do relatório da
Comissão Apuradora, ou antes, se durante os
Art. 178.  O voto dado ao candidato a Presi- trabalhos da Comissão tiver conhecimento da
dente da República entender-se-á dado também incoincidência de qualquer resultado.
ao candidato a vice-presidente, assim como o § 7o  Apresentado o boletim, será aberta vista
dado aos candidatos a governador, senador, aos demais partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias,
deputado federal nos territórios, prefeito e juiz os quais somente poderão contestar o erro indi-
de paz entender-se-á dado ao respectivo vice cado com a apresentação de boletim da mesma
ou suplente. urna, revestido das mesmas formalidades.
§ 8o  Se o boletim apresentado na contesta-
Art. 179.  Concluída a contagem dos votos a ção consignar outro resultado, coincidente ou
Junta ou turma deverá:96 não com o que figurar no mapa enviado pela
I – transcrever nos mapas referentes à urna Junta, a urna será requisitada e recontada pelo
a votação apurada; próprio Tribunal Regional, em sessão.
II – expedir boletim contendo o resultado § 9o  A não expedição do boletim imediata-
da respectiva seção, no qual serão consignados mente após a apuração de cada urna e antes de
o número de votantes, a votação individual se passar à subsequente, sob qualquer pretexto,
de cada candidato, os votos de cada legenda constitui o crime previsto no art. 313.
partidária, os votos nulos e os em branco, bem
como recursos, se houver. Art. 180.  O disposto no artigo anterior e em
§ 1o  Os mapas, em todas as suas folhas, e todos os seus parágrafos aplica-se às eleições
os boletins de apuração, serão assinados pelo municipais, observadas somente as seguintes
presidente e membros da Junta e pelos fiscais alterações:
de partido que o desejarem. I – o boletim de apuração poderá ser apre-
§ 2o  O boletim a que se refere este artigo sentado à Junta até 3 (três) dias depois de tota-
obedecerá a modelo aprovado pelo Tribunal lizados os resultados, devendo os partidos ser
Superior Eleitoral, podendo porém, na sua falta, cientificados, através de seus delegados, da data
ser substituído por qualquer outro expedido em que começará a correr esse prazo;
por Tribunal Regional ou pela própria Junta II – apresentado o boletim será observado o
Eleitoral. disposto nos §§ 7o e 8o, do artigo anterior devendo
§ 3 o  Um dos exemplares do boletim de a recontagem ser procedida pela própria Junta.
apuração será imediatamente afixado na sede
Eleições

Art. 181.  Salvo nos casos mencionados nos


96
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 68. artigos anteriores, a recontagem de votos só
58
poderá ser deferida pelos Tribunais Regionais, § 2o  Se a remessa dos papéis eleitorais de
em recurso interposto imediatamente após a que trata este artigo não se verificar no prazo
apuração de cada urna.97 nele estabelecido, os membros da Junta estarão
Parágrafo único.  Em nenhuma outra hipó- sujeitos à multa correspondente à metade do sa-
tese poderá a Junta determinar a reabertura de lário mínimo regional por dia de retardamento.
urnas já apuradas para recontagem de votos. § 3 o  Decorridos quinze dias sem que o
Tribunal Regional tenha recebido os papéis
Art. 182.  Os títulos dos eleitores estranhos à referidos neste artigo ou comunicação de sua
seção serão separados, para remessa, depois de expedição, determinará ao Corregedor Regional
terminados os trabalhos da Junta, ao juiz elei- ou Juiz Eleitoral mais próximo que os faça apre-
toral da zona neles mencionada, a fim de que ender e enviar imediatamente, transferindo-se
seja anotado na folha individual de votação o para o Tribunal Regional a competência para
voto dado em outra seção. decidir sobre os mesmos.
Parágrafo único.  Se, ao ser feita a anotação,
no confronto do título com a folha individual, Art. 185.  Sessenta dias após o trânsito em julga-
se verificar incoincidência ou outro indício de do da diplomação de todos os candidatos eleitos
fraude, serão autuados tais documentos e o nos pleitos eleitorais realizados simultaneamente
juiz determinará as providências necessárias e prévia publicação de edital de convocação, as
para apuração do fato e consequentes medidas cédulas serão retiradas das urnas e imediatamen-
legais. te incineradas, na presença do Juiz Eleitoral e em
ato público, vedado a qualquer pessoa, inclusive
Art. 183.  Concluída a apuração, e antes de se ao Juiz, o seu exame na ocasião da incineração.99
passar à subsequente, as cédulas serão recolhi- Parágrafo único.  Poderá ainda a Justiça Elei-
das à urna, sendo esta fechada e lacrada, não toral, tomadas as medidas necessárias à garantia
podendo ser reaberta senão depois de transitada do sigilo, autorizar a reciclagem industrial das
em julgado a diplomação, salvo nos casos de cédulas, em proveito do ensino público de
recontagem de votos. primeiro grau ou de instituições beneficentes.
Parágrafo único.  O descumprimento do dis-
posto no presente artigo, sob qualquer pretexto, Art. 186.  Com relação às eleições municipais
constitui o crime eleitoral previsto no art. 314. e distritais, uma vez terminada a apuração de
todas as urnas, a Junta resolverá as dúvidas não
Art. 184.  Terminada a apuração, a Junta decididas, verificará o total dos votos apurados,
remeterá ao Tribunal Regional, no prazo de inclusive os votos em branco, determinará o
vinte e quatro horas, todos os papéis eleitorais quociente eleitoral e os quocientes partidários
referentes às eleições estaduais ou federais, e proclamará os candidatos eleitos.100
acompanhados dos documentos referentes à § 1o  O presidente da Junta fará lavrar, por um
apuração, juntamente com a ata geral dos seus dos secretários, a ata geral concernente às eleições
trabalhos, na qual serão consignadas as vota- referidas neste artigo, da qual constará o seguinte:
ções apuradas para cada legenda e candidato I – as seções apuradas e o número de votos
e os votos não apurados, com a declaração dos apurados em cada urna;
motivos por que o não foram.98 II – as seções anuladas, os motivos por que
§ 1o  Essa remessa será feita em invólucro foram e o número de votos não apurados;
fechado, lacrado e rubricado pelos membros III – as seções onde não houve eleição e os
da Junta, delegados e fiscais de Partido, por motivos;
Código Eleitoral

via postal ou sob protocolo, conforme for mais IV – as impugnações feitas, a solução que lhes
rápida e segura a chegada ao destino. foi dada e os recursos interpostos;

  Ver Lei no 9.504/1997, art. 88.


97
  Leis nos 7.977/1989 e 6.055/1974.
99

  Lei no 4.961/1966.
98
  Ver Lei no 9.504/1997, art. 3o.
100

59
V – a votação de cada legenda na eleição receptoras, nos Estados em que o Tribunal Re-
para vereador; gional indicar as zonas ou seções em que esse
VI – o quociente eleitoral e os quocientes sistema deva ser adotado.
partidários;
VII – a votação dos candidatos a vereador, Art. 189.  Os mesários das seções em que for
incluídos em cada lista registrada, na ordem da efetuada a contagem dos votos serão nomeados
votação recebida; escrutinadores da Junta.
VIII – a votação dos candidatos a prefeito,
vice-prefeito e a juiz de paz, na ordem da vo- Art. 190.  Não será efetuada a contagem dos
tação recebida. votos pela mesa se esta não se julgar suficiente-
§ 2o  Cópia da ata geral da eleição municipal, mente garantida, ou se qualquer eleitor houver
devidamente autenticada pelo juiz, será enviada votado sob impugnação, devendo a mesa, em
ao Tribunal Regional e ao Tribunal Superior um ou outro caso, proceder na forma deter-
Eleitoral. minada para as demais, das zonas em que a
contagem não foi autorizada.
Art. 187.  Verificando a Junta Apuradora que
os votos das seções anuladas e daquelas cujos Art. 191.  Terminada a votação, o presidente
eleitores foram impedidos de votar, poderão da mesa tomará as providências mencionadas
alterar a representação de qualquer partido ou nas alíneas II, III, IV e V do art. 154.
classificação de candidato eleito pelo princí-
pio majoritário, nas eleições municipais, fará Art. 192.  Lavrada e assinada a ata, o presidente
imediata comunicação do fato ao Tribunal da mesa, na presença dos demais membros,
Regional, que marcará, se for o caso, dia para a fiscais e delegados do partido, abrirá a urna e o
renovação da votação naquelas seções.101 invólucro e verificará se o número de cédulas
§ 1o  Nas eleições suplementares municipais oficiais coincide com o de votantes.
observar-se-á, no que couber, o disposto no § 1o  Se não houver coincidência entre o
art. 201. número de votantes e o de cédulas oficiais
§ 2o  Essas eleições serão realizadas perante no- encontradas na urna e no invólucro, a mesa
vas mesas receptoras, nomeadas pelo juiz eleitoral, receptora não fará a contagem dos votos.
e apuradas pela própria Junta que, considerando § 2 o  Ocorrendo a hipótese prevista no
os anteriores e os novos resultados confirmará parágrafo anterior, o presidente da mesa de-
ou invalidará os diplomas que houver expedido. terminará que as cédulas e as sobrecartas sejam
§ 3o  Havendo renovação de eleições para os novamente recolhidas à urna e ao invólucro, os
cargos de prefeito e vice-prefeito, os diplomas quais serão fechados e lacrados, procedendo, em
somente serão expedidos depois de apuradas as seguida, na forma recomendada pelas alíneas
eleições suplementares. VI, VII e VIII do art. 154.
§ 4o  Nas eleições suplementares, quando
se referirem a mandatos de representação Art. 193.  Havendo coincidência entre o nú-
proporcional, a votação e a apuração far-se-ão mero de cédulas e o de votantes deverá a mesa,
exclusivamente para as legendas registradas. inicialmente, misturar as cédulas contidas nas
sobrecartas brancas, da urna e do invólucro,
com as demais.
SEÇÃO V – Da Contagem dos Votos pela § 1o  Em seguida proceder-se-á à abertura
Mesa Receptora das cédulas e contagem dos votos, observando-
-se o disposto nos artigos 169 e seguintes, no
Art. 188.  O Tribunal Superior Eleitoral poderá que couber.
autorizar a contagem de votos pelas mesas § 2o  Terminada a contagem dos votos será
Eleições

lavrada ata resumida, de acordo com modelo


  Ver Resolução do TSE no 23.280/2010.
101
aprovado pelo Tribunal Superior e da qual
60
constarão apenas as impugnações acaso apre- Parágrafo único.  Nesse caso cada partido
sentadas, figurando os resultados no boletim poderá credenciar um fiscal para acompanhar
que se incorporará à ata e do qual se dará cópia a apuração de cada urna, realizando-se esta sob
aos fiscais dos partidos. a supervisão do juiz e dos demais membros da
Junta, aos quais caberá decidir, em cada caso,
Art. 194.  Após a lavratura da ata, que deverá ser as impugnações e demais incidentes verificados
assinada pelos membros da mesa e fiscais e dele- durante os trabalhos.
gados de partido, as cédulas e as sobrecartas se-
rão recolhidas à urna, sendo esta fechada, lacrada
e entregue ao juiz eleitoral pelo presidente da CAPÍTULO III – Da Apuração nos Tribunais
mesa ou por um dos mesários, mediante recibo. Regionais
§ 1o  O juiz eleitoral poderá, havendo possi-
bilidade, designar funcionários para recolher as Art. 197.  Na apuração, compete ao Tribunal
urnas e demais documentos nos próprios locais Regional:102
da votação ou instalar postos e locais diversos I – resolver as dúvidas não decididas e os
para o seu recebimento. recursos interpostos sobre as eleições federais e
§ 2o  Os fiscais e delegados de partido podem estaduais e apurar as votações que haja validado,
vigiar e acompanhar a urna desde o momento em grau de recurso;
da eleição, durante a permanência nos postos II – verificar o total dos votos apurados entre
arrecadadores e até a entrega à Junta. os quais se incluem os em branco;
III – determinar os quocientes, eleitoral e
Art. 195.  Recebida a urna e documentos, a partidário, bem como a distribuição das sobras;
Junta deverá: IV – proclamar os eleitos e expedir os res-
I – examinar a sua regularidade, inclusive pectivos diplomas;
quanto ao funcionamento normal da seção; V – fazer a apuração parcial das eleições para
II – rever o boletim de contagem de votos Presidente e Vice-Presidente da República.
da mesa receptora, a fim de verificar se está
aritmeticamente certo, fazendo dele constar Art. 198.  A apuração pelo Tribunal Regional
que, conferido, nenhum erro foi encontrado; começará no dia seguinte ao em que receber os
III – abrir a urna e conferir os votos sempre primeiros resultados parciais das Juntas e pros-
que a contagem da mesa receptora não permitir seguirá sem interrupção, inclusive nos sábados,
o fechamento dos resultados; domingos e feriados, de acordo com o horário
IV – proceder à apuração se da ata da eleição previamente publicado, devendo terminar 30
constar impugnação de fiscal, delegado, candi- (trinta) dias depois da eleição.103
dato ou membro da própria mesa em relação § 1o  Ocorrendo motivos relevantes, expos-
ao resultado de contagem dos votos; tos com a necessária antecedência, o Tribunal
V – resolver todas as impugnações constan- Superior poderá conceder prorrogação desse
tes da ata da eleição; prazo, uma só vez e por quinze dias.
VI – praticar todos os atos previstos na com- § 2o  Se o Tribunal Regional não terminar a
petência das Juntas Eleitorais. apuração no prazo legal, seus membros estarão
sujeitos à multa correspondente à metade do
Art. 196.  De acordo com as instruções re- salário mínimo regional por dia de retarda-
cebidas a Junta Apuradora poderá reunir os mento.
membros das mesas receptoras e demais com-
Código Eleitoral

ponentes da Junta em local amplo e adequado Art. 199.  Antes de iniciar a apuração o Tri-
no dia seguinte ao da eleição, em horário previa- bunal Regional constituirá, com 3 (três) de
mente fixado, e a proceder à apuração na forma
estabelecida nos artigos 159 e seguintes, de uma   Ver Lei no 9.504/1997, art. 5o.
102

só vez ou em duas ou mais etapas.   Lei no 4.961/1966.


103

61
seus membros, presidida por um destes, uma tro de 2 (dois) dias, sendo estas submetidas
Comissão Apuradora. a parecer da Comissão Apuradora que, no
§ 1o  O Presidente da Comissão designará prazo de 3 (três) dias, apresentará aditamento
um funcionário do Tribunal para servir de ao relatório com a proposta das modificações
secretário e para auxiliarem os seus trabalhos, que julgar procedentes, ou com a justificação
tantos outros quantos julgar necessários. da improcedência das arguições.
§ 2o  De cada sessão da Comissão Apurado- § 2o  O Tribunal Regional, antes de aprovar
ra será lavrada ata resumida. o relatório da Comissão Apuradora e, em três
§ 3o  A Comissão Apuradora fará publicar dias improrrogáveis, julgará as impugnações
no órgão oficial, diariamente, um boletim e as reclamações não providas pela Comissão
com a indicação dos trabalhos realizados e do Apuradora, e, se as deferir, voltará o relatório
número de votos atribuídos a cada candidato. à Comissão para que sejam feitas as alterações
§ 4o  Os trabalhos da Comissão Apuradora resultantes da decisão.
poderão ser acompanhados por delegados dos
partidos interessados, sem que, entretanto, ne- Art. 201.  De posse do relatório referido no
les intervenham com protestos, impugnações artigo anterior, reunir-se-á o Tribunal, no dia
ou recursos. seguinte, para o conhecimento do total dos
§ 5o  Ao final dos trabalhos, a Comissão votos apurados, e, em seguida, se verificar que
Apuradora apresentará ao Tribunal Regional os votos das seções anuladas e daquelas cujos
os mapas gerais da apuração e um relatório, eleitores foram impedidos de votar, poderão
que mencione: alterar a representação de qualquer partido ou
I – o número de votos válidos e anulados em classificação de candidato eleito pelo princípio
cada Junta Eleitoral, relativos a cada eleição; majoritário, ordenará a realização de novas
II – as seções apuradas e os votos nulos e eleições.
anulados de cada uma; Parágrafo único.  As novas eleições obede-
III – as seções anuladas, os motivos por que cerão às seguintes normas:
o foram e o número de votos anulados ou não I – o Presidente do Tribunal fixará, imediata-
apurados; mente, a data, para que se realizem dentro de 15
IV – as seções onde não houve eleição e os (quinze) dias, no mínimo, e de 30 (trinta) dias
motivos; no máximo, a contar do despacho que a fixar,
V – as impugnações apresentadas às Juntas desde que não tenha havido recurso contra a
e como foram resolvidas por elas, assim como anulação das seções;
os recursos que tenham sido interpostos; II – somente serão admitidos a votar os
VI – a votação de cada partido; eleitores da seção, que hajam comparecido à
VII – a votação de cada candidato; eleição anulada, e os de outras seções que ali
VIII – o quociente eleitoral; houverem votado;
IX – os quocientes partidários; III – nos casos de coação que haja impedido
X – a distribuição das sobras. o comparecimento dos eleitores às urnas, no
de encerramento da votação antes da hora
Art. 200.  O relatório a que se refere o artigo legal, e quando a votação tiver sido realizada
anterior ficará na Secretaria do Tribunal, pelo em dia, hora e lugar diferentes dos designados,
prazo de 3 (três) dias, para exame dos parti- poderão votar todos os eleitores da seção e
dos e candidatos interessados, que poderão somente estes;
examinar também os documentos em que ele IV – nas zonas onde apenas uma seção for
se baseou.104 anulada, o juiz eleitoral respectivo presidirá
§ 1o  Terminado o prazo supra, os partidos a mesa receptora; se houver mais uma seção
poderão apresentar as suas reclamações, den- anulada, o presidente do Tribunal Regional
Eleições

designará os juízes presidentes das respectivas


  Lei no 4.961/1966.
104
mesas receptoras;
62
V – as eleições realizar-se-ão nos mesmos do Tribunal que assinaram a ata original, será
locais anteriormente designados, servindo os remetido ao Presidente do Tribunal Superior.
mesários e secretários que pelo juiz forem no- § 5o  O Tribunal Regional comunicará o
meados, com a antecedência de, pelo menos, resultado da eleição ao Senado Federal, Câmara
cinco dias, salvo se a anulação for decretada dos Deputados e Assembleia Legislativa.
por infração dos parágrafos 4o e 5o do art. 135;
VI – as eleições assim realizadas serão apu- Art. 203.  Sempre que forem realizadas
radas pelo Tribunal Regional. eleições de âmbito estadual juntamente com
eleições para presidente e vice-presidente da
Art. 202.  Da reunião do Tribunal Regional República, o Tribunal Regional desdobrará os
será lavrada ata geral, assinada pelos seus seus trabalhos de apuração, fazendo tanto para
membros e da qual constarão: aquelas como para esta, uma ata geral.
I – as seções apuradas e o número de votos § 1 o   A Comissão Apuradora deverá,
apurados em cada uma; também, apresentar relatórios distintos, um
II – as seções anuladas, as razões por que dos quais referente apenas às eleições presi-
o foram e o número de votos não apurados; denciais.
III – as seções onde não tenha havido eleição § 2o  Concluídos os trabalhos da apuração
e os motivos; o Tribunal Regional remeterá ao Tribunal
IV – as impugnações apresentadas às juntas Superior os resultados parciais das eleições
eleitorais e como foram resolvidas; para presidente e vice-presidente da Repúbli-
V – as seções em que se vai realizar ou re- ca, acompanhados de todos os papéis que lhe
novar a eleição; digam respeito.
VI – a votação obtida pelos partidos;
VII – o quociente eleitoral e o partidário; Art. 204.  O Tribunal Regional julgando con-
VIII – os nomes dos votados na ordem veniente, poderá determinar que a totalização
decrescente dos votos; dos resultados de cada urna seja realizada pela
IX – os nomes dos eleitos; própria Comissão Apuradora.
X – os nomes dos suplentes, na ordem em Parágrafo único.  Ocorrendo essa hipótese
que devem substituir ou suceder. serão observadas as seguintes regras:
§ 1o  Na mesma sessão o Tribunal Regional I – a decisão do Tribunal será comunicada,
proclamará os eleitos e os respectivos suplentes até 30 (trinta) dias antes da eleição aos juízes
e marcará a data para a expedição solene dos eleitorais, aos diretórios dos partidos e ao Tri-
diplomas em sessão pública, salvo quanto a bunal Superior;
governador e vice-governador, se ocorrer a II – iniciada a apuração os juízes eleitorais
hipótese prevista na Emenda Constitucional remeterão ao Tribunal Regional, diariamente,
no 13.105 sob registro postal ou por portador, os mapas
§ 2o  O vice-governador e o suplente de de todas as urnas apuradas no dia;
senador, considerar-se-ão eleitos em virtude III – os mapas serão acompanhados de ofí-
da eleição do governador e do senador com os cio sucinto, que esclareça apenas a que seções
quais se candidatarem. correspondem e quantas ainda faltam para
§ 3o  Os candidatos a governador e vice-go- completar a apuração da zona;
vernador somente serão diplomados depois de IV – havendo sido interposto recurso em
realizadas as eleições suplementares referentes relação a urna correspondente aos mapas en-
a esses cargos. viados, o juiz fará constar do ofício, em seguida
Código Eleitoral

§ 4o  Um traslado da ata da sessão, auten- à indicação da seção, entre parênteses, apenas
ticado com a assinatura de todos os membros esse esclarecimento – “houve recurso”;
V – a ata final da Junta não mencionará,
  NE: o texto refere-se à EC no 13/1965 à Consti-
105 no seu texto, a votação obtida pelos partidos e
tuição de 1946. candidatos, a qual ficará constando dos boletins
63
de apuração do Juízo, que dela ficarão fazendo decisões e indicação das implicações sobre os
parte integrante; resultados.
VI – cópia autenticada da ata, assinada por
todos os que assinaram o original, será envia- Art. 208.  O relatório referente a cada Estado
da ao Tribunal Regional na forma prevista no ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de
art. 184; dois dias, para exame dos partidos e candidatos
VII – a Comissão Apuradora, à medida em interessados, que poderão examinar também os
que for recebendo os mapas, passará a totalizar documentos em que ele se baseou e apresentar
os votos, aguardando, porém, a chegada da có- alegações ou documentos sobre o relatório, no
pia autêntica da ata para encerrar a totalização prazo de 2 (dois) dias.
referente a cada zona; Parágrafo único.  Findo esse prazo serão os
VIII – no caso de extravio de mapa o juiz autos conclusos ao relator, que, dentro em 2
eleitoral providenciará a remessa de 2a via, (dois) dias, os apresentará a julgamento, que
preenchida à vista dos delegados de partido será previamente anunciado.
especialmente convocados para esse fim e pelos
resultados constantes do boletim de apuração Art. 209.  Na sessão designada será o feito cha-
que deverá ficar arquivado no juízo. mado a julgamento de preferência a qualquer
outro processo.
§ 1o  Se o relatório tiver sido impugnado,
CAPÍTULO IV – Da Apuração no Tribunal os partidos interessados poderão, no prazo de
Superior 15 (quinze) minutos, sustentar oralmente as
suas conclusões.
Art. 205.  O Tribunal Superior fará a apuração § 2o  Se do julgamento resultarem altera-
geral das eleições para presidente e vice-presi- ções na apuração efetuada pelo Tribunal Re-
dente da República pelos resultados verificados gional, o acórdão determinará que a Secretaria,
pelos Tribunais Regionais em cada Estado. dentro em 5 (cinco) dias, levante as folhas de
apuração parcial das seções cujos resultados
Art. 206.  Antes da realização da eleição o Pre- tiverem sido alterados, bem como o mapa geral
sidente do Tribunal sorteará, dentre os juízes, o da respectiva circunscrição, de acordo com as
relator de cada grupo de Estados, ao qual serão alterações decorrentes do julgado, devendo o
distribuídos todos os recursos e documentos da mapa, após o visto do relator, ser publicado
eleição referentes ao respectivo grupo. na Secretaria.
§ 3o  A esse mapa admitir-se-á, dentro em
Art. 207.  Recebidos os resultados de cada 48 (quarenta e oito) horas de sua publicação,
Estado, e julgados os recursos interpostos das impugnação fundada em erro de conta ou de
decisões dos Tribunais Regionais, o relator terá cálculo, decorrente da própria sentença.
o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar seu
relatório, com as conclusões seguintes: Art. 210.  Os mapas gerais de todas as cir-
I – os totais dos votos válidos e nulos do cunscrições com as impugnações, se houver, e
Estado; a folha de apuração final levantada pela Secre-
II – os votos apurados pelo Tribunal Regio- taria, serão autuados e distribuídos a um relator
nal que devem ser anulados; geral, designado pelo Presidente.
III – os votos anulados pelo Tribunal Regio- Parágrafo único.  Recebidos os autos, após
nal que devem ser computados como válidos; a audiência do Procurador Geral, o relator,
IV – a votação de cada candidato; dentro de 48 (quarenta e oito) horas, resolverá
V – o resumo das decisões do Tribunal Re- as impugnações relativas aos erros de conta ou
gional sobre as dúvidas e impugnações, bem de cálculo, mandando fazer as correções, se for
Eleições

como dos recursos que hajam sido interpostos o caso, e apresentará, a seguir, o relatório final
para o Tribunal Superior, com as respectivas com os nomes dos candidatos que deverão ser
64
proclamados eleitos e os dos demais candidatos, qual concorrerão os dois candidatos mais vo-
na ordem decrescente das votações. tados, cujos registros estarão automaticamente
revalidados.
Art. 211.  Aprovada em sessão especial a apu- § 2o  No caso de renúncia ou morte, con-
ração geral, o Presidente anunciará a votação correrá à eleição prevista no parágrafo anterior
dos candidatos proclamando a seguir eleito o substituto registrado pelo mesmo partido
presidente da República o candidato mais vo- político ou coligação partidária.
tado que tiver obtido maioria absoluta de votos,
excluídos, para a apuração desta, os em branco Art. 214.  O presidente e o vice-presidente
e os nulos.106 da República tomarão posse a 15 (quinze) de
§ 1o  O vice-presidente considerar-se-á eleito março, em sessão do Congresso Nacional.108
em virtude da eleição do presidente com o qual Parágrafo único.  No caso do § 1o do artigo
se candidatar. anterior, a posse realizar-se-á dentro de 15
§ 2 o  Na mesma sessão o Presidente do (quinze) dias a contar da proclamação do re-
Tribunal Superior designará a data para a ex- sultado da segunda eleição, expirando, porém, o
pedição solene dos diplomas em sessão pública. mandato a 15 (quinze) de março do quarto ano.

Art. 212.  Verificando que os votos das seções


anuladas e daquelas cujos eleitores foram impe- CAPÍTULO V – Dos Diplomas
didos de votar, em todo o País, poderão alterar a
classificação de candidato, ordenará o Tribunal Art. 215.  Os candidatos eleitos, assim como
Superior a realização de novas eleições. os suplentes, receberão diploma assinado pelo
§ 1o  Essas eleições serão marcadas desde Presidente do Tribunal Superior, do Tribunal
logo pelo Presidente do Tribunal Superior e Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.
terão lugar no primeiro domingo ou feriado que Parágrafo único.  Do diploma deverá constar
ocorrer após o 15o (décimo quinto) dia a contar o nome do candidato, a indicação da legenda
da data do despacho, devendo ser observado sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi
o disposto nos números II a VI do parágrafo eleito ou a sua classificação como suplente, e,
único do art. 201. facultativamente, outros dados a critério do juiz
§ 2o  Os candidatos a presidente e vice-presi- ou do Tribunal.
dente da República somente serão diplomados
depois de realizadas as eleições suplementares Art. 216.  Enquanto o Tribunal Superior não
referentes a esses cargos. decidir o recurso interposto contra a expedição
do diploma, poderá o diplomado exercer o
Art. 213.  Não se verificando a maioria abso- mandato em toda a sua plenitude.
luta, o Congresso Nacional, dentro de quinze
dias após haver recebido a respectiva comu- Art. 217.  Apuradas as eleições suplementares
nicação do Presidente do Tribunal Superior o juiz ou o Tribunal reverá a apuração anterior,
Eleitoral, reunir-se-á em sessão pública para confirmando ou invalidando os diplomas que
se manifestar sobre o candidato mais votado, houver expedido.
que será considerado eleito se, em escrutínio Parágrafo único.  No caso de provimento,
secreto, obtiver metade mais um dos votos dos após a diplomação, de recurso contra o registro
seus membros.107 de candidato ou de recurso parcial, será tam-
§ 1o  Se não ocorrer a maioria absoluta refe- bém revista a apuração anterior, para confir-
Código Eleitoral

rida no caput deste artigo, renovar-se-á, até 30 mação ou invalidação de diplomas, observado
(trinta) dias depois, a eleição em todo o País, à o disposto no § 3o do art. 261.

  Ver CF, art. 77, e Lei no 9.504/1997, art. 2o.


106
  Ver CF, art. 82, que fixa a data em 1o de janeiro
108

  Ver CF, art. 77, e Lei no 9.504/1997, art. 2o.


107
do ano seguinte à eleição.
65
Art. 218.  O presidente de Junta ou de Tribunal a)  eleitor excluído por sentença não
que diplomar militar candidato a cargo eletivo, cumprida por ocasião da remessa das folhas
comunicará imediatamente a diplomação à individuais de votação à mesa, desde que haja
autoridade a que o mesmo estiver subordinado, oportuna reclamação de partido;
para os fins do art. 98. b)  eleitor de outra seção, salvo a hipótese
do art. 145;
c)  alguém com falsa identidade em lugar
CAPÍTULO VI – Das Nulidades da Votação do eleitor chamado.

Art. 219.  Na aplicação da lei eleitoral o juiz Art. 222.  É também anulável a votação, quan-
atenderá sempre aos fins e resultados a que ela do viciada de falsidade, fraude, coação, uso de
se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades meios de que trata o art. 237, ou emprego de
sem demonstração de prejuízo. processo de propaganda ou captação de sufrá-
Parágrafo único.  A declaração de nulidade gios vedado por lei.111
não poderá ser requerida pela parte que lhe § 1o (Revogado)
deu causa nem a ela aproveitar. § 2o  (Revogado)

Art. 220.  É nula a votação:109 Art. 223.  A nulidade de qualquer ato, não


I – quando feita perante mesa não nomeada decretada de ofício pela Junta, só poderá
pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa ser arguida quando de sua prática, não mais
à letra da lei; podendo ser alegada, salvo se a arguição se
II – quando efetuada em folhas de votação basear em motivo superveniente ou de ordem
falsas; constitucional.112
III – quando realizada em dia, hora, ou local § 1o  Se a nulidade ocorrer em fase na qual
diferentes do designado ou encerrada antes não possa ser alegada no ato, poderá ser argui-
das 17 horas; da na primeira oportunidade que para tanto
IV – quando preterida formalidade essencial se apresente.
do sigilo dos sufrágios; § 2o  Se se basear em motivo superveniente
V – quando a seção eleitoral tiver sido loca- deverá ser alegada imediatamente, assim que
lizada com infração do disposto nos parágrafos se tornar conhecida, podendo as razões do
4o e 5o do art. 135. recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias.
Parágrafo único.  A nulidade será pronun- § 3o  A nulidade de qualquer ato, baseada
ciada quando o órgão apurador conhecer do em motivo de ordem constitucional, não po-
ato ou dos seus efeitos e a encontrar provada, derá ser conhecida em recurso interposto fora
não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja de prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só
consenso das partes. em outra que se apresentar poderá ser arguida.

Art. 221.  É anulável a votação:110 Art. 224.  Se a nulidade atingir a mais de meta-


I – quando houver extravio de documento de dos votos do País nas eleições presidenciais,
reputado essencial; do Estado nas eleições federais e estaduais ou
II – quando for negado ou sofrer restrição do município nas eleições municipais, julgar-
o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata -se-ão prejudicadas as demais votações e o
ou de protesto interposto, por escrito, no Tribunal marcará dia para nova eleição dentro
momento; do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.113
III – quando votar, sem as cautelas do
art. 147, § 2o: 111
  Lei no 4.961/1966.
Eleições

112
  Lei no 4.961/1966.
  Lei no 4.961/1966.
109 113
  Lei no 13.165/2015. Ver CF, art. 77, §§ 2o e 3o, art. 28
  Lei no 4.961/1966.
110
e art. 29, II, referentes à não computação dos votos
66
§ 1o  Se o Tribunal Regional na área de sua II – direta, nos demais casos.
competência, deixar de cumprir o disposto nes-
te artigo, o Procurador Regional levará o fato Art. 226.  Para que se organize uma seção elei-
ao conhecimento do Procurador-Geral, que toral no exterior é necessário que na circuns-
providenciará junto ao Tribunal Superior para crição sob a jurisdição da Missão Diplomática
que seja marcada imediatamente nova eleição. ou do Consulado Geral haja um mínimo de 30
§ 2o  Ocorrendo qualquer dos casos previs- (trinta) eleitores inscritos.
tos neste capítulo, o Ministério Público promo- Parágrafo único.  Quando o número de
verá, imediatamente, a punição dos culpados. eleitores não atingir o mínimo previsto no
§ 3o  A decisão da Justiça Eleitoral que im- parágrafo anterior, os eleitores poderão votar
porte o indeferimento do registro, a cassação do na mesa receptora mais próxima, desde que
diploma ou a perda do mandato de candidato localizada no mesmo país, de acordo com a
eleito em pleito majoritário acarreta, após o comunicação que lhes for feita.
trânsito em julgado, a realização de novas
eleições, independentemente do número de Art. 227.  As mesas receptoras serão organiza-
votos anulados. das pelo Tribunal Regional do Distrito Federal
§ 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a mediante proposta dos chefes de Missão e
expensas da Justiça Eleitoral e será: cônsules gerais, que ficarão investidos, no que
I – indireta, se a vacância do cargo ocorrer for aplicável, das funções administrativas de
a menos de seis meses do final do mandato; juiz eleitoral.
II – direta, nos demais casos. Parágrafo único.  Será aplicável às mesas
receptoras o processo de composição e fiscali-
zação partidária vigente para as que funcionam
CAPÍTULO VII – Do Voto no Exterior no território nacional.

Art. 225.  Nas eleições para presidente e vice- Art. 228.  Até 30 (trinta) dias antes da reali-
-presidente da República poderá votar o eleitor zação da eleição todos os brasileiros eleitores,
que se encontrar no exterior. residentes no estrangeiro, comunicarão à sede
§ 1o  Para esse fim serão organizadas seções da Missão Diplomática, ou ao consulado geral,
eleitorais, nas sedes das Embaixadas e Consu- em carta, telegrama ou qualquer outra via, a sua
lados Gerais. condição de eleitor e sua residência.
§ 2o  Sendo necessário instalar duas ou mais § 1o  Com a relação dessas comunicações e
seções poderá ser utilizado local em que fun- com os dados do registro consular, serão orga-
cione serviço do governo brasileiro. nizadas as folhas de votação, e notificados os
§ 3o  A decisão da Justiça Eleitoral que im- eleitores da hora e local da votação.
porte o indeferimento do registro, a cassação do § 2o  No dia da eleição só serão admitidos a
diploma ou a perda do mandato de candidato votar os que constem da folha de votação e os
eleito em pleito majoritário acarreta, após o passageiros e tripulantes de navios e aviões de
trânsito em julgado, a realização de novas guerra e mercantes que, no dia, estejam na sede
eleições, independentemente do número de das sessões eleitorais.
votos anulados.
§ 4o  A eleição a que se refere o § 3o correrá Art. 229.  Encerrada a votação, as urnas serão
a expensas da Justiça Eleitoral e será: enviadas pelos cônsules gerais às sedes das Mis-
I – indireta, se a vacância do cargo ocorrer sões Diplomáticas. Estas as remeterão, pela mala
Código Eleitoral

a menos de seis meses do final do mandato; diplomática, ao Ministério das Relações Exterio-
res, que delas fará entrega ao Tribunal Regional
nulos e brancos para cálculo da maioria nas eleições Eleitoral do Distrito Federal, a quem competirá
para presidente da República, governador e prefeito a apuração dos votos e julgamento das dúvidas
de município com mais de duzentos mil eleitores. e recursos que hajam sido interpostos.
67
Parágrafo único.  Todo o serviço de trans- para votar em trânsito nas eleições para Presi-
porte do material eleitoral será feito por via dente da República;
aérea. III – os eleitores que se encontrarem em
trânsito dentro da unidade da Federação de seu
Art. 230.  Todos os eleitores que votarem no domicílio eleitoral poderão votar nas eleições
exterior terão os seus títulos apreendidos pela para Presidente da República, Governador,
mesa receptora. Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual
Parágrafo único.  A todo eleitor que votar e Deputado Distrital.
no exterior será concedido comprovante para a § 2o  Os membros das Forças Armadas, os
comunicação legal ao juiz eleitoral de sua zona. integrantes dos órgãos de segurança pública a
que se refere o art. 144 da Constituição Federal,
Art. 231.  Todo aquele que, estando obrigado bem como os integrantes das guardas munici-
a votar, não o fizer, fica sujeito, além das pe- pais mencionados no § 8o do mesmo art. 144,
nalidades previstas para o eleitor que não vota poderão votar em trânsito se estiverem em
no território nacional, à proibição de requerer serviço por ocasião das eleições.
qualquer documento perante a repartição di- § 3o  As chefias ou comandos dos órgãos a
plomática a que estiver subordinado, enquanto que estiverem subordinados os eleitores men-
não se justificar.114 cionados no § 2o enviarão obrigatoriamente à
Justiça Eleitoral, em até quarenta e cinco dias
Art. 232.  Todo o processo eleitoral realizado da data das eleições, a listagem dos que estarão
no estrangeiro fica diretamente subordinado ao em serviço no dia da eleição com indicação das
Tribunal Regional do Distrito Federal. seções eleitorais de origem e destino.
§ 4o  Os eleitores mencionados no § 2o, uma
Art. 233.  O Tribunal Superior Eleitoral e o vez habilitados na forma do § 3o, serão cadas-
Ministério das Relações Exteriores baixarão as trados e votarão nas seções eleitorais indicadas
instruções necessárias e adotarão as medidas nas listagens mencionadas no § 3o independen-
adequadas para o voto no exterior. temente do número de eleitores do Município.

Art. 233-A.  Aos eleitores em trânsito no ter-


ritório nacional é assegurado o direito de votar PARTE QUINTA – Disposições Várias
para Presidente da República, Governador, TÍTULO I – Das Garantias Eleitorais
Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual
e Deputado Distrital em urnas especialmente Art. 234.  Ninguém poderá impedir ou emba-
instaladas nas capitais e nos Municípios com raçar o exercício do sufrágio.
mais de cem mil eleitores.115
§ 1o  O exercício do direito previsto neste Art. 235.  O juiz eleitoral, ou o presidente da
artigo sujeita-se à observância das regras se- mesa receptora, pode expedir salvo-conduto
guintes: com a cominação de prisão por desobediência
I – para votar em trânsito, o eleitor deve- até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que sofrer
rá habilitar-se perante a Justiça Eleitoral no violência, moral ou física, na sua liberdade de
período de até quarenta e cinco dias da data votar, ou pelo fato de haver votado.
marcada para a eleição, indicando o local em Parágrafo único.  A medida será válida para
que pretende votar; o período compreendido entre 72 (setenta e
II – aos eleitores que se encontrarem fora da duas) horas antes até 48 (quarenta e oito) horas
unidade da Federação de seu domicílio eleitoral depois do pleito.
somente é assegurado o direito à habilitação
Art. 236.  Nenhuma autoridade poderá, desde
Eleições

114
  Ver Lei no 6.091/1974, art. 16. 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito)
115
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009. horas depois do encerramento da eleição, pren-
68
der ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante remessa de material de propaganda de seus
delito ou em virtude de sentença criminal con- candidatos registrados.
denatória por crime inafiançável, ou, ainda, por
desrespeito a salvo-conduto.
§ 1o  Os membros das mesas receptoras e os TÍTULO II – Da Propaganda Partidária117
fiscais de partido, durante o exercício de suas
funções, não poderão ser detidos ou presos, Art. 240.  A propaganda de candidatos a car-
salvo o caso de flagrante delito; da mesma ga- gos eletivos somente é permitida após o dia 15
rantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) de agosto do ano da eleição.118
dias antes da eleição. Parágrafo único.  É vedada, desde quarenta
§ 2o  Ocorrendo qualquer prisão o preso e oito horas antes até vinte e quatro horas de-
será imediatamente conduzido à presença do pois da eleição, qualquer propaganda política
juiz competente que, se verificar a ilegalidade mediante radiodifusão, televisão, comícios ou
da detenção, a relaxará e promoverá a respon- reuniões públicas.
sabilidade do coator.
Art. 241.  Toda propaganda eleitoral será re-
Art. 237.  A interferência do poder econômico alizada sob a responsabilidade dos partidos e
e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em por eles paga, imputando-se-lhes solidariedade
desfavor da liberdade do voto, serão coibidos nos excessos praticados pelos seus candidatos
e punidos.116 e adeptos.119
§ 1o  O eleitor é parte legítima para denun- Parágrafo único.  A solidariedade prevista
ciar os culpados e promover-lhes a responsa- neste artigo é restrita aos candidatos e aos
bilidade, e a nenhum servidor público, inclu- respectivos partidos, não alcançando outros
sive de autarquia, de entidade paraestatal e de partidos, mesmo quando integrantes de uma
sociedade de economia mista, será lícito negar mesma coligação.
ou retardar ato de ofício tendente a esse fim.
§ 2o  Qualquer eleitor ou partido político Art. 242.  A propaganda, qualquer que seja a
poderá se dirigir ao Corregedor Geral ou sua forma ou modalidade, mencionará sempre
Regional, relatando fatos e indicando provas, a legenda partidária e só poderá ser feita em
e pedir abertura de investigação para apurar língua nacional, não devendo empregar meios
ato indevido do poder econômico, desvio ou publicitários destinados a criar, artificialmente,
abuso do poder de autoridade, em benefício na opinião pública, estados mentais, emocio-
de candidato ou de partido político. nais ou passionais.120
§ 3o  O Corregedor, verificada a seriedade
da denúncia procederá ou mandará proceder Art. 243.  Não será tolerada propaganda:121
a investigações, regendo-se estas, no que lhes I – de guerra, de processos violentos para
for aplicável, pela Lei no 1.579, de 18 de março subverter o regime, a ordem política e social ou
de 1952. de preconceitos de raça ou de classes;
II – que provoque animosidade entre as
Art. 238.  É proibida, durante o ato eleitoral, forças armadas ou contra elas ou delas contra
a presença de força pública no edifício em que as classes e instituições civis;
funcionar mesa receptora, ou nas imediações,
observado o disposto no art. 141. 117
  Ver Lei no 9.504/1997, arts. 36 a 58-A.
118
  Lei no 13.165/2015. Ver Lei no 12.034/2009.
Código Eleitoral

Art. 239.  Aos partidos políticos é assegurada 119


  Lei no 12.891/2013.
a prioridade postal durante os 60 (sessenta) 120
  Lei no 7.476/1986. Ver Lei no 9.504/1997, art. 6o,
dias anteriores à realização das eleições, para § 2o, sobre a utilização de legenda em caso de coli-
gação partidária.
  Ver Lei Complementar no 64/1990, arts. 21 e 22.
116 121
  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 9.504/1997, art. 58.
69
III – de incitamento de atentado contra ses que antecederem as eleições, alto-falantes,
pessoa ou bens; ou amplificadores de voz, nos locais referidos,
IV – de instigação à desobediência coletiva assim como em veículos seus, ou à sua dispo-
ao cumprimento da lei de ordem pública; sição, em território nacional, com observância
V – que implique em oferecimento, pro- da legislação comum.
messa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, Parágrafo único.  Os meios de propaganda
sorteio ou vantagem de qualquer natureza; a que se refere o no II deste artigo não serão
VI – que perturbe o sossego público, com permitidos, a menos de 500 metros:
algazarra ou abusos de instrumentos sonoros I – das sedes do Executivo Federal, dos
ou sinais acústicos; Estados, Territórios e respectivas Prefeituras
VII – por meio de impressos ou de objeto Municipais;
que pessoa inexperiente ou rústica possa con- II – das Câmaras Legislativas Federais, Es-
fundir com moeda; taduais e Municipais;
VIII – que prejudique a higiene e a estética III – dos Tribunais Judiciais;
urbana ou contravenha a posturas municipais IV – dos hospitais e casas de saúde;
ou a outra qualquer restrição de direito; V – das escolas, bibliotecas públicas, igrejas
IX – que caluniar, difamar ou injuriar quais- e teatros, quando em funcionamento;
quer pessoas, bem como órgãos ou entidades VI – dos quartéis e outros estabelecimentos
que exerçam autoridade pública. militares.
§ 1o  O ofendido por calúnia, difamação ou
injúria, sem prejuízo e independentemente da Art. 245.  A realização de qualquer ato de
ação penal competente, poderá demandar, no propaganda partidária ou eleitoral, em recinto
Juízo Cível, a reparação do dano moral respon- aberto, não depende de licença da polícia.123
dendo por este o ofensor e, solidariamente, o § 1o  Quando o ato de propaganda tiver de
partido político deste, quando responsável por realizar-se em lugar designado para a celebra-
ação ou omissão, e quem quer que favorecido ção de comício, na forma do disposto no art. 3
pelo crime, haja de qualquer modo contribuído da Lei no 1.207, de 25 de outubro de 1950, de-
para ele. verá ser feita comunicação à autoridade policial,
§ 2o  No que couber, aplicar-se-ão na repa- pelo menos 24 (vinte e quatro) horas antes de
ração do dano moral, referido no parágrafo sua realização.
anterior, os artigos 81 a 88 da Lei no 4.117, de § 2 o  Não havendo local anteriormente
27 de agosto de 1962. fixado para a celebração de comício, ou sendo
§ 3o  É assegurado o direito de resposta a impossível ou difícil nele realizar-se o ato de
quem for injuriado, difamado ou caluniado propaganda eleitoral, ou havendo pedido para
através da imprensa, rádio, televisão, ou alto- designação de outro local, a comunicação a
-falante, aplicando-se, no que couber, os artigos que se refere o parágrafo anterior será feita,
90 e 96 da Lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962. no mínimo, com antecedência, de 72 (setenta
e duas) horas, devendo a autoridade policial,
Art. 244.  É assegurado aos partidos políticos em qualquer desses casos, nas 24 (vinte e qua-
registrados o direito de, independentemente de tro) horas seguintes, designar local amplo e de
licença da autoridade pública e do pagamento fácil acesso, de modo que não impossibilite ou
de qualquer contribuição:122 frustre a reunião.
I – fazer inscrever, na fachada de suas sedes § 3o  Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete
e dependências, o nome que os designe, pela julgar das reclamações sobre a localização dos
forma que melhor lhes parecer; comícios e providências sobre a distribuição
II – instalar e fazer funcionar, normalmente, equitativa dos locais aos partidos.
das quatorze às vinte e duas horas, nos três me-
Eleições

  Ver Lei n o  9.504/1997, art.  39, caput, e Lei


123

  Ver Lei no 9.504/1997, art. 36, caput, e art. 39, § 3o.


122
no 1.207/1950, art. 3o.
70
Art. 246.  (Revogado)124 § 2o  O Tribunal Superior Eleitoral baixará
as instruções necessárias ao cumprimento
Art. 247.  (Revogado)125 do disposto no parágrafo anterior fixando as
condições a serem observadas.
Art. 248.  Ninguém poderá impedir a pro-
paganda eleitoral, nem inutilizar, alterar ou
perturbar os meios lícitos nela empregados. TÍTULO III – Dos Recursos
CAPÍTULO I – Disposições Preliminares
Art. 249.  O direito de propaganda não im-
porta restrição ao poder de polícia quando Art. 257.  Os recursos eleitorais não terão
este deva ser exercido em benefício da ordem efeito suspensivo.130
pública. § 1o  A execução de qualquer acórdão será
feita imediatamente, através de comunicação
Art. 250. (Revogado)126 por ofício, telegrama, ou, em casos especiais, a
critério do presidente do Tribunal, através de
Art. 251.  No período destinado à propaganda cópia do acórdão.
eleitoral gratuita não prevalecerão quaisquer § 2o  O recurso ordinário interposto contra
contratos ou ajustes firmados pelas empresas decisão proferida por juiz eleitoral ou por
que possam burlar ou tornar inexequível qual- Tribunal Regional Eleitoral que resulte em
quer dispositivo deste Código ou das instruções cassação de registro, afastamento do titular ou
baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. perda de mandato eletivo será recebido pelo
Tribunal competente com efeito suspensivo.
Art. 252 a 254. (Revogados)127 § 3o  O Tribunal dará preferência ao recurso
sobre quaisquer outros processos, ressalvados
Art. 255.  Nos 15 (quinze) dias anteriores ao os de habeas corpus e de mandado de segurança.
pleito é proibida a divulgação, por qualquer
forma, de resultados de prévias ou testes pré- Art. 258.  Sempre que a lei não fixar prazo espe-
-eleitorais.128 cial, o recurso deverá ser interposto em três dias
da publicação do ato, resolução ou despacho.
Art. 256.  As autoridades administrativas fe-
derais, estatuais e municipais proporcionarão Art. 259.  São preclusivos os prazos para in-
aos partidos, em igualdade de condições, as terposição de recurso, salvo quando neste se
facilidades permitidas para a respectiva pro- discutir matéria constitucional.
paganda.129 Parágrafo único.  O recurso em que se dis-
§ 1o  No período da campanha eleitoral, cutir matéria constitucional não poderá ser
independentemente do critério de prioridade, interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa
os serviços telefônicos, oficiais ou concedidos, fase própria, só em outra que se apresentar
farão instalar, na sede dos diretórios devida- poderá ser interposto.
mente registrados, telefones necessários, me-
diante requerimento do respectivo presidente Art. 260.  A distribuição do primeiro recurso
e pagamento das taxas devidas. que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal
Superior, prevenirá a competência do relator
124
  Lei no 9.504/1997. para todos os demais casos do mesmo muni-
125
  Lei no 9.504/1997. cípio ou Estado.
Código Eleitoral

126
  Leis nos 9.504/1997, 6.339/1976 e 4.961/1966; e
Decreto-Lei no 1.538/1977. Art. 261.  Os recursos parciais, entre os quais
127
  Decreto-Lei no 1.538/1977. não se incluem os que versarem matéria re-
128
  Ver Lei no 9.504/1997, arts. 33 a 35-A.
129
  Lei no 4.961/1966.   Lei no 13.165/2015. Ver Lei no 9.504/1997, art. 96.
130

71
ferente ao registro de candidatos, interpostos de direito constituem prejulgados para os de-
para os Tribunais Regionais no caso de eleições mais casos, salvo se contra a tese votarem dois
municipais e para o Tribunal Superior no caso terços dos membros do Tribunal.
de eleições estaduais ou federais, serão julgados
à medida que derem entrada nas respectivas Art. 264.  Para os Tribunais Regionais e para
Secretarias. o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três)
§ 1o  Havendo dois ou mais recursos parciais dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos
de um mesmo município ou Estado, ou se dos respectivos presidentes.
todos, inclusive os de diplomação já estiverem
no Tribunal Regional ou no Tribunal Superior,
serão eles julgados seguidamente, em uma ou CAPÍTULO II – Dos Recursos perante as
mais sessões. Juntas e Juízos Eleitorais
§ 2o  As decisões com os esclarecimentos ne-
cessários ao cumprimento serão comunicadas Art. 265.  Dos atos, resoluções ou despachos
de uma só vez ao juiz eleitoral ou ao presidente dos juízes ou juntas eleitorais caberá recurso
do Tribunal Regional. para o Tribunal Regional.
§ 3o  Se os recursos de um mesmo município Parágrafo único.  Os recursos das decisões
ou Estado deram entrada em datas diversas, das Juntas serão processados na forma estabe-
sendo julgados separadamente, o juiz eleitoral lecida pelos artigos 169 e seguintes.
ou o presidente do Tribunal Regional aguar-
dará a comunicação de todas as decisões para Art. 266.  O recurso independerá de termo
cumpri-las, salvo se o julgamento dos demais e será interposto por petição devidamente
importar em alteração do resultado do pleito fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e
que não tenha relação com o recurso já julgado. acompanhada, se o entender o recorrente, de
§ 4o  Em todos os recursos, no despacho que novos documentos.132
determinar a remessa dos autos à instância su- Parágrafo único.  Se o recorrente se reportar
perior, o juízo a quo esclarecerá quais os ainda a coação, fraude, uso de meios de que trata o
em fase de processamento e, no último, quais art. 237 ou emprego de processo de propagan-
os anteriormente remetidos. da ou captação de sufrágios vedado por lei,
§ 5o  Ao se realizar a diplomação, se ainda dependentes de prova a ser determinada pelo
houver recurso pendente de decisão em outra Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas
instância, será consignado que os resultados conducentes.
poderão sofrer alterações decorrentes desse
julgamento. Art. 267.  Recebida a petição, mandará o juiz
§ 6o  Realizada a diplomação, e decorrido o intimar o recorrido para ciência do recurso,
prazo para recurso, o juiz ou presidente do Tri- abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em
bunal Regional comunicará à instância superior prazo igual ao estabelecido para a sua interpo-
se foi ou não interposto recurso. sição, oferecer razões, acompanhadas ou não
de novos documentos.133
Art. 262.  O recurso contra expedição de § 1o  A intimação se fará pela publicação
diploma caberá somente nos casos de inelegi- da notícia da vista no jornal que publicar o
bilidade superveniente ou de natureza constitu- expediente da Justiça Eleitoral, onde houver, e
cional e de falta de condição de elegibilidade.131 nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão,
I a IV – (Revogados) independente de iniciativa do recorrente.
§ 2o  Onde houver jornal oficial, se a publi-
Art. 263.  No julgamento de um mesmo pleito cação não ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a
eleitoral, as decisões anteriores sobre questões
Eleições

  Lei no 4.961/1966.
132

  Leis n  12.891/2013 e 9.840/1999.


131 os
  Lei no 4.961/1966.
133

72
intimação se fará pessoalmente ou na forma rer a inclusão do processo na pauta, devendo
prevista no parágrafo seguinte. o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral
§ 3o  Nas zonas em que se fizer intimação na assentada do julgamento.
pessoal, se não for encontrado e recorrido den-
tro de 48 (quarenta e oito) horas, a intimação Art. 270.  Se o recurso versar sobre coação,
se fará por edital afixado no fórum, no local fraude, uso de meios de que trata o art. 237, ou
de costume. emprego de processo de propaganda ou capta-
§ 4o  Todas as citações e intimações serão ção de sufrágios vedado por lei dependente de
feitas na forma estabelecida neste artigo. prova indicada pelas partes ao interpô-lo ou
§ 5 o  Se o recorrido juntar novos docu- ao impugná-lo, o relator no Tribunal Regional
mentos, terá o recorrente vista dos autos por deferi-la-á em vinte e quatro horas da conclu-
48 (quarenta e oito) horas para falar sobre os são, realizando-se ela no prazo improrrogável
mesmos, contado o prazo na forma deste artigo. de cinco dias.135
§ 6o  Findos os prazos a que se referem § 1o  Admitir-se-ão como meios de prova
os parágrafos anteriores, o juiz eleitoral fará, para apreciação pelo Tribunal as justificações
dentro de quarenta e oito horas, subir os autos e as perícias processadas perante o juiz elei-
ao Tribunal Regional com a sua resposta e os toral da zona, com citação dos partidos que
documentos em que se fundar, sujeito à multa concorreram ao pleito e do representante de
de dez por cento do salário mínimo regional Ministério Público.
por dia de retardamento, salvo se entender de § 2o  Indeferindo o relator a prova, serão os
reformar a sua decisão. autos, a requerimento do interessado, nas vinte
§ 7o  Se o juiz reformar a decisão recorrida, e quatro horas seguintes, presentes à primeira
poderá o recorrido, dentro de 3 (três) dias, sessão do Tribunal, que deliberará a respeito.
requerer suba o recurso como se por ele in- § 3o  Protocoladas as diligências probatórias,
terposto. ou com a juntada das justificações ou diligên-
cias, a Secretaria do Tribunal abrirá, sem de-
mora, vista dos autos, por vinte e quatro horas,
CAPÍTULO III – Dos Recursos nos seguidamente, ao recorrente e ao recorrido para
Tribunais Regionais dizerem a respeito.
§ 4o  Findo o prazo acima, serão os autos
Art. 268.  No Tribunal Regional nenhuma conclusos ao relator.
alegação escrita ou nenhum documento poderá
ser oferecido por qualquer das partes, salvo o Art. 271.  O relator devolverá os autos à Secre-
disposto no art. 270.134 taria no prazo improrrogável de 8 (oito) dias
para, nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes,
Art. 269.  Os recursos serão distribuídos a ser o caso incluído na pauta de julgamento do
um relator em 24 (vinte e quatro) horas e na Tribunal.
ordem rigorosa da antiguidade dos respectivos § 1o  Tratando-se de recurso contra a expe-
membros, esta última exigência sob pena de dição de diploma, os autos, uma vez devolvidos
nulidade de qualquer ato ou decisão do relator pelo relator, serão conclusos ao juiz imediato
ou do tribunal. em antiguidade como revisor, o qual deverá
§ 1o  Feita a distribuição, a Secretaria do devolvê-los em 4 (quatro) dias.
Tribunal abrirá vista dos autos à Procuradoria § 2o  As pautas serão organizadas com um
Regional, que deverá emitir parecer no prazo número de processos que possam ser realmen-
Código Eleitoral

de 5 (cinco) dias. te julgados, obedecendo-se rigorosamente a


§ 2o  Se a Procuradoria não emitir parecer no ordem da devolução dos mesmos à Secretaria
prazo fixado, poderá a parte interessada reque- pelo relator, ou revisor, nos recursos contra a

  Lei no 4.961/1966.
134
  Lei no 4.961/1966.
135

73
expedição de diploma, ressalvadas as preferên- § 4o  Nos tribunais:
cias determinadas pelo regimento do Tribunal. I – o relator apresentará os embargos em
mesa na sessão subsequente, proferindo voto;
Art. 272.  Na sessão do julgamento, uma vez II – não havendo julgamento na sessão referi-
feito o relatório pelo relator, cada uma das par- da no inciso I, será o recurso incluído em pauta;
tes poderá, no prazo improrrogável de dez mi- III – vencido o relator, outro será designado
nutos, sustentar oralmente as suas conclusões. para lavrar o acórdão.
Parágrafo único.  Quando se tratar de jul- § 5o  Os embargos de declaração interrom-
gamento de recursos contra a expedição de pem o prazo para a interposição de recurso.
diploma, cada parte terá vinte minutos para § 6o  Quando manifestamente protelatórios
sustentação oral. os embargos de declaração, o juiz ou o tribu-
nal, em decisão fundamentada, condenará o
Art. 273.  Realizado o julgamento, o relator, se embargante a pagar ao embargado multa não
vitorioso, ou o relator designado para redigir excedente a 2 (dois) salários mínimos.
o acórdão, apresentará a redação deste, o mais § 7o  Na reiteração de embargos de declara-
tardar, dentro em 5 (cinco) dias. ção manifestamente protelatórios, a multa será
§ 1o  O acórdão conterá uma síntese das elevada a até 10 (dez) salários mínimos.
questões debatidas e decididas.
§ 2o  Sem prejuízo do disposto no parágra- Art. 276.  As decisões dos Tribunais Regionais
fo anterior, se o Tribunal dispuser de serviço são terminativas, salvo os casos seguintes em
taquigráfico, serão juntas ao processo as notas que cabe recurso para o Tribunal Superior:137
respectivas. I – especial:
a)  quando forem proferidas contra expressa
Art. 274.  O acórdão, devidamente assinado, disposição de lei;
será publicado, valendo como tal a inserção da b)  quando ocorrer divergência na inter-
sua conclusão no órgão oficial. pretação de lei entre dois ou mais tribunais
§ 1 o  Se o órgão oficial não publicar o eleitorais;
acórdão no prazo de 3 (três) dias, as partes II – ordinário:
serão intimadas pessoalmente e, se não forem a)  quando versarem sobre expedição de
encontradas no prazo de 48 (quarenta e oito) diplomas nas eleições federais e estaduais;
horas, a intimação se fará por edital afixado no b)  quando denegarem habeas corpus ou
Tribunal, no local de costume. mandado de segurança.
§ 2o  O disposto no parágrafo anterior apli- § 1o  É de 3 (três) dias o prazo para a inter-
car-se-á a todos os casos de citação ou intimação. posição do recurso, contado da publicação da
decisão nos casos dos nos I, letras “a” e “b” e II,
Art. 275.  São admissíveis embargos de de- letra “b” e da sessão da diplomação no caso do
claração nas hipóteses previstas no Código de no II, letra “a”.
Processo Civil.136 § 2o  Sempre que o Tribunal Regional deter-
§ 1o  Os embargos de declaração serão opos- minar a realização de novas eleições, o prazo
tos no prazo de 3 (três) dias, contado da data de para a interposição dos recursos, no caso do
publicação da decisão embargada, em petição no II, “a”, contar-se-á da sessão em que, feita
dirigida ao juiz ou relator, com a indicação do a apuração das sessões renovadas, for procla-
ponto que lhes deu causa. mado o resultado das eleições suplementares.
§ 2o  Os embargos de declaração não estão
sujeitos a preparo. Art. 277.  Interposto recurso ordinário contra
§ 3o  O juiz julgará os embargos em 5 (cin- decisão do Tribunal Regional, o presidente po-
co) dias. derá, na própria petição, mandar abrir vista ao
Eleições

  Lei no 13.105/2015.
136
  Ver CF, art. 121, §§ 3o e 4o.
137

74
recorrido para que, no mesmo prazo, ofereça legal, o Tribunal Superior imporá ao recorrente
as suas razões. multa correspondente ao valor do maior salário
Parágrafo único.  Juntadas as razões do re- mínimo vigente no País, multa essa que será
corrido, serão os autos remetidos ao Tribunal inscrita e cobrada na forma prevista no art. 367.
Superior. § 7o  Se o Tribunal Regional dispuser de
aparelhamento próprio, o instrumento deverá
Art. 278.  Interposto recurso especial contra ser formado com fotocópias ou processos seme-
decisão do Tribunal Regional, a petição será lhantes, pagas as despesas, pelo preço do custo,
juntada nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes pelas partes, em relação às peças que indicarem.
e os autos conclusos ao presidente dentro de 24
(vinte e quatro) horas.
§ 1o  O presidente, dentro em 48 (quarenta e CAPÍTULO IV – Dos Recursos no Tribunal
oito) horas do recebimento dos autos conclusos, Superior
proferirá despacho fundamentado, admitindo
ou não o recurso. Art. 280.  Aplicam-se ao Tribunal Superior as
§ 2o  Admitido o recurso, será aberta vista disposições dos artigos 268, 269, 270, 271 caput,
dos autos ao recorrido para que, no mesmo 272, 273, 274 e 275.
prazo, apresente as suas razões.
§ 3o  Em seguida serão os autos conclusos Art. 281.  São irrecorríveis as decisões do
ao presidente, que mandará remetê-los ao Tribunal Superior, salvo as que declararem a
Tribunal Superior. invalidade de lei ou ato contrário à Constituição
Federal e as denegatórias de habeas corpus ou
Art. 279.  Denegado o recurso especial, o mandado de segurança, das quais caberá recur-
recorrente poderá interpor, dentro em 3 (três) so ordinário para o Supremo Tribunal Federal,
dias, agravo de instrumento.138 interposto no prazo de 3 (três) dias.
§ 1o  O agravo de instrumento será interpos- § 1o  Juntada a petição nas 48 (quarenta e
to por petição que conterá: oito) horas seguintes, os autos serão conclusos
I – a exposição do fato e do direito; ao presidente do Tribunal, que, no mesmo
II – as razões do pedido de reforma da decisão; prazo, proferirá despacho fundamentado, ad-
III – a indicação das peças do processo que mitindo ou não o recurso.
devem ser trasladadas. § 2o  Admitido o recurso será aberta vista
§ 2o  Serão obrigatoriamente trasladadas a dos autos ao recorrido para que, dentro de 3
decisão recorrida e a certidão da intimação. (três) dias, apresente as suas razões.
§ 3o  Deferida a formação do agravo, será § 3o  Findo esse prazo os autos serão reme-
intimado o recorrido para, no prazo de 3 (três) tidos ao Supremo Tribunal Federal.
dias, apresentar as suas razões e indicar as peças
dos autos que serão também trasladadas. Art. 282.  Denegado o recurso, o recorrente
§ 4o  Concluída a formação do instrumento poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agra-
o presidente do Tribunal determinará a remessa vo de instrumento, observado o disposto no
dos autos ao Tribunal Superior, podendo, ainda, art. 279 e seus parágrafos, aplicada a multa a que
ordenar a extração e a juntada de peças não se refere o § 6o pelo Supremo Tribunal Federal.
indicadas pelas partes.
§ 5o  O presidente do Tribunal não poderá
negar seguimento ao agravo, ainda que inter- TÍTULO IV – Disposições Penais
Código Eleitoral

posto fora do prazo legal. CAPÍTULO I – Disposições Preliminares


§ 6o  Se o agravo de instrumento não for
conhecido, porque interposto fora do prazo Art. 283.  Para os efeitos penais são consi-
derados membros e funcionários da Justiça
  Ver Resolução do TSE no 21.538/2003, art. 85.
138
Eleitoral:
75
I – os magistrados que, mesmo não exercen- Art. 287.  Aplicam-se aos fatos incriminados
do funções eleitorais, estejam presidindo Juntas nesta lei as regras gerais do Código Penal.
Apuradoras ou se encontrem no exercício
de outra função por designação de Tribunal Art. 288.  Nos crimes eleitorais cometidos
Eleitoral; por meio da imprensa, do rádio ou da tele-
II – os cidadãos que temporariamente inte- visão, aplicam-se exclusivamente as normas
gram órgãos da Justiça Eleitoral; deste Código e as remissões a outra lei nele
III – os cidadãos que hajam sido nomeados contempladas.
para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras;
IV – os funcionários requisitados pela Justiça
Eleitoral. CAPÍTULO II – Dos Crimes Eleitorais
§ 1 o  Considera-se funcionário público,
para os efeitos penais, além dos indicados no Art. 289.  Inscrever-se fraudulentamente
presente artigo, quem, embora transitoriamente eleitor:
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou Pena – reclusão até cinco anos e pagamento
função pública. de cinco a 15 dias-multa.
§ 2 o  Equipara-se a funcionário público
quem exerce cargo, emprego ou função em Art. 290.  Induzir alguém a se inscrever eleitor
entidade paraestatal ou em sociedade de eco- com infração de qualquer dispositivo deste
nomia mista. Código.
Pena – Reclusão até 2 anos e pagamento de
Art. 284.  Sempre que este Código não indi- 15 a 30 dias-multa.
car o grau mínimo, entende-se que será ele de
quinze dias para a pena de detenção e de um Art. 291.  Efetuar o juiz, fraudulentamente, a
ano para a de reclusão. inscrição de alistando.
Pena – Reclusão até 5 anos e pagamento de
Art. 285.  Quando a lei determina a agravação cinco a quinze dias-multa.
ou atenuação da pena sem mencionar o quan-
tum, deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um Art. 292.  Negar ou retardar a autoridade
terço, guardados os limites da pena cominada judiciária, sem fundamento legal, a inscrição
ao crime. requerida:
Pena – Pagamento de 30 a 60 dias-multa.
Art. 286.  A pena de multa consiste no pa-
gamento, ao Tesouro Nacional, de uma soma Art. 293.  Perturbar ou impedir de qualquer
de dinheiro, que é fixada em dias-multa. Seu forma o alistamento:
montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no Pena – Detenção de 15 dias a seis meses ou
máximo, 300 (trezentos) dias-multa. pagamento de 30 a 60 dias-multa.
§ 1o  O montante do dia-multa é fixado se-
gundo o prudente arbítrio do juiz, devendo este Art. 294.  (Revogado)139
ter em conta as condições pessoais e econômi-
cas do condenado, mas não pode ser inferior ao Art. 295.  Reter título eleitoral contra a von-
salário mínimo diário da região, nem superior tade do eleitor:
ao valor de um salário mínimo mensal. Pena – Detenção até dois meses ou paga-
§ 2o  A multa pode ser aumentada até o mento de 30 a 60 dias-multa.
triplo, embora não possa exceder o máximo
genérico (caput), se o juiz considerar que, em Art. 296.  Promover desordem que prejudique
virtude da situação econômica do condenado, os trabalhos eleitorais:
Eleições

é ineficaz a cominada, ainda que no máximo,


ao crime de que se trate.   Lei no 8.868/1994.
139

76
Pena – Detenção até dois meses e pagamento tais como transporte e alimentação de eleitores,
de 60 a 90 dias-multa. impressão, publicidade e divulgação de matéria
eleitoral:
Art. 297.  Impedir ou embaraçar o exercício Pena – pagamento de 250 a 300 dias-multa.
do sufrágio:
Pena – Detenção até seis meses e pagamento Art. 304.  Ocultar, sonegar, açambarcar ou
de 60 a 100 dias-multa. recusar no dia da eleição, o fornecimento, nor-
malmente a todos, de utilidades, alimentação
Art. 298.  Prender ou deter eleitor, membro da e meios de transporte, ou conceder exclusivi-
mesa receptora, fiscal, delegado de partido ou dade dos mesmos a determinado partido ou
candidato, com violação do disposto no art. 236: candidato:
Pena – Reclusão até quatro anos. Pena – pagamento de 250 a 300 dias-multa.

Art. 299.  Dar, oferecer, prometer, solicitar Art. 305.  Intervir autoridade estranha à mesa
ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, receptora, salvo o juiz eleitoral, no seu funcio-
dádiva ou qualquer outra vantagem, para ob- namento sob qualquer pretexto:
ter ou dar voto e para conseguir ou prometer Pena – detenção até seis meses e pagamento
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita: de 60 a 90 dias-multa.
Pena – reclusão até quatro anos e pagamento
de cinco a quinze dias-multa. Art. 306.  Não observar a ordem em que os
eleitores devem ser chamados a votar:
Art. 300.  Valer-se o servidor público da sua Pena – pagamento de 15 a 30 dias-multa.
autoridade para coagir alguém a votar ou não
votar em determinado candidato ou partido: Art. 307.  Fornecer ao eleitor cédula oficial já
Pena – detenção até seis meses e pagamento assinalada ou por qualquer forma marcada:
de 60 a 100 dias-multa. Pena – reclusão até cinco anos e pagamento
Parágrafo único.  Se o agente é membro ou de 5 a 15 dias-multa.
funcionário da Justiça Eleitoral e comete o cri-
me prevalecendo-se do cargo a pena é agravada. Art. 308.  Rubricar e fornecer a cédula oficial
em outra oportunidade que não a de entrega
Art. 301.  Usar da violência ou grave ameaça da mesma ao eleitor:
para coagir alguém a votar, ou não votar, em Pena – reclusão até cinco anos e pagamento
determinado candidato ou partido, ainda que de 60 a 90 dias-multa.
os fins visados não sejam conseguidos:
Pena – reclusão até quatro anos e pagamento Art. 309.  Votar ou tentar votar mais de uma
de cinco a quinze dias-multa. vez, ou em lugar de outrem:
Pena – reclusão até três anos.
Art. 302.  Promover, no dia da eleição, com
o fim de impedir, embaraçar ou fraudar o Art. 310.  Praticar, ou permitir o membro da
exercício do voto a concentração de eleitores, mesa receptora que seja praticada qualquer
sob qualquer forma, inclusive o fornecimento irregularidade que determine a anulação de
gratuito de alimento e transporte coletivo:140 votação, salvo no caso do art. 311:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos Pena – detenção até seis meses ou pagamen-
e pagamento de 200 a 300 dias-multa. to de 90 a 120 dias-multa.
Código Eleitoral

Art. 303.  Majorar os preços de utilidades e Art. 311.  Votar em seção eleitoral em que não
serviços necessários à realização de eleições, está inscrito, salvo nos casos expressamente
previstos, e permitir, o presidente da mesa
  Decreto-Lei no 1.064/1969.
140
receptora, que o voto seja admitido:
77
Pena – detenção até um mês ou pagamento Art. 317.  Violar ou tentar violar o sigilo da
de 5 a 15 dias-multa para o eleitor e de 20 a 30 urna ou dos invólucros:
dias-multa para o presidente da mesa. Pena – reclusão de três a cinco anos.

Art. 312.  Violar ou tentar violar o sigilo do Art. 318.  Efetuar a mesa receptora a contagem
voto: dos votos da urna quando qualquer eleitor hou-
Pena – detenção até dois anos. ver votado sob impugnação (art. 190):
Pena – detenção até um mês ou pagamento
Art. 313.  Deixar o juiz e os membros da Junta de 30 a 60 dias-multa.
de expedir o boletim de apuração imediata-
mente após a apuração de cada urna e antes de Art. 319.  Subscrever o eleitor mais de uma
passar à subsequente, sob qualquer pretexto e ficha de registro de um ou mais partidos:
ainda que dispensada a expedição pelos fiscais, Pena – detenção até 1 mês ou pagamento de
delegados ou candidatos presentes: 10 a 30 dias-multa.
Pena – pagamento de 90 a 120 dias-multa.
Parágrafo único.  Nas seções eleitorais em Art. 320.  Inscrever-se o eleitor, simultanea-
que a contagem for procedida pela mesa recep- mente, em dois ou mais partidos:
tora incorrerão na mesma pena o presidente e Pena – pagamento de 10 a 20 dias-multa.
os mesários que não expedirem imediatamente
o respectivo boletim. Art. 321.  Colher a assinatura do eleitor em
mais de uma ficha de registro de partido:
Art. 314.  Deixar o juiz e os membros da Junta Pena – detenção até dois meses ou pagamen-
de recolher as cédulas apuradas na respectiva to de 20 a 40 dias-multa.
urna, fechá-la, e lacrá-la, assim que terminar
a apuração de cada seção e antes de passar à Art. 322.  (Revogado)141
subsequente, sob qualquer pretexto e ainda
que dispensada a providência pelos fiscais, Art. 323.  Divulgar, na propaganda, fatos que
delegados ou candidatos presentes: sabe inverídicos, em relação a partidos ou
Pena – detenção até dois meses ou pagamen- candidatos, e capazes de exercerem influência
to de 90 a 120 dias-multa. perante o eleitorado:
Parágrafo único.  Nas seções eleitorais em Pena – detenção de dois meses a um ano, ou
que a contagem dos votos for procedida pela pagamento de 120 a 150 dias-multa.
mesa receptora incorrerão na mesma pena o Parágrafo único.  A pena é agravada se o cri-
presidente e os mesários que não fecharem e me é cometido pela imprensa, rádio ou televisão.
lacrarem a urna após a contagem.
Art. 324.  Caluniar alguém, na propaganda
Art. 315.  Alterar nos mapas ou nos boletins de eleitoral, ou visando fins de propaganda, impu-
apuração a votação obtida por qualquer candi- tando-lhe falsamente fato definido como crime:
dato ou lançar nesses documentos votação que Pena – detenção de seis meses a dois anos, e
não corresponda às cédulas apuradas: pagamento de 10 a 40 dias-multa.
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento § 1o  Nas mesmas penas incorre quem, sa-
de 5 a 15 dias-multa. bendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2o  A prova da verdade do fato imputado
Art. 316.  Não receber ou não mencionar nas exclui o crime, mas não é admitida:
atas da eleição ou da apuração os protestos de- I – se, constituindo o fato imputado crime
vidamente formulados ou deixar de remetê-los de ação privada, o ofendido não foi condenado
à instância superior: por sentença irrecorrível;
Eleições

Pena – reclusão até cinco anos e pagamento


de 5 a 15 dias-multa.   Lei no 9.504/1997.
141

78
II – se o fato é imputado ao Presidente da Art. 330.  Nos casos dos artigos 328 e 329, se
República ou chefe de governo estrangeiro; o agente repara o dano antes da sentença final,
III – se do crime imputado, embora de ação o juiz pode reduzir a pena.144
pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível. Art. 331.  Inutilizar, alterar ou perturbar meio
de propaganda devidamente empregado:
Art. 325.  Difamar alguém, na propaganda Pena – detenção até seis meses ou pagamento
eleitoral, ou visando a fins de propaganda, de 90 a 120 dias-multa.
imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção de três meses a um ano, e Art. 332.  Impedir o exercício de propaganda:
pagamento de 5 a 30 dias-multa. Pena – detenção até seis meses e pagamento
Parágrafo único.  A exceção da verdade somen- de 30 a 60 dias-multa.
te se admite se o ofendido é funcionário público
e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Art. 333.  (Revogado)145

Art. 326.  Injuriar alguém, na propaganda Art. 334.  Utilizar organização comercial de


eleitoral, ou visando a fins de propaganda, vendas, distribuição de mercadorias, prêmios
ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: e sorteios para propaganda ou aliciamento de
Pena – detenção até seis meses, ou pagamen- eleitores:
to de 30 a 60 dias-multa. Pena – detenção de seis meses a um ano e cas-
§ 1o  O juiz pode deixar de aplicar a pena: sação do registro se o responsável for candidato.
I – se o ofendido, de forma reprovável, pro-
vocou diretamente a injúria; Art. 335.  Fazer propaganda, qualquer que seja
II – no caso de retorsão imediata, que con- a sua forma, em língua estrangeira:
sista em outra injúria. Pena – detenção de três a seis meses e paga-
§ 2o  Se a injúria consiste em violência ou mento de 30 a 60 dias-multa.
vias de fato, que, por sua natureza ou meio Parágrafo único.  Além da pena cominada, a
empregado, se considerem aviltantes: infração ao presente artigo importa na apreen-
Pena – detenção de três meses a um ano são e perda do material utilizado na propaganda.
e pagamento de 5 a 20 dias-multa, além das
penas correspondentes à violência prevista no Art. 336.  Na sentença que julgar ação penal
Código Penal. pela infração de qualquer dos artigos 322, 323,
324, 325, 326, 328, 329, 331, 332, 333, 334 e 335,
Art. 327.  As penas cominadas nos artigos 324, deve o juiz verificar, de acordo com o seu livre
325 e 326 aumentam-se de um terço, se qualquer convencimento, se o diretório local do partido,
dos crimes é cometido: por qualquer dos seus membros, concorreu
I – contra o Presidente da República ou chefe para a prática de delito, ou dela se beneficiou
de governo estrangeiro; conscientemente.146
II – contra funcionário público, em razão de Parágrafo único.  Nesse caso, imporá o juiz ao
suas funções; diretório responsável pena de suspensão de sua
III – na presença de várias pessoas, ou por atividade eleitoral, por prazo de 6 a 12 meses,
meio que facilite a divulgação da ofensa. agravada até o dobro nas reincidências.

Art. 328.  (Revogado)142 144


  NE: os artigos mencionados foram revogados pela
Código Eleitoral

Lei no 9.504/1997.
Art. 329.  (Revogado)143 145
  Lei no 9.504/1997.
146
  NE: os artigos 322, 328, 329 e 333 mencionados
  Lei no 9.504/1997.
142
neste caput foram revogados pelo art.  107 da Lei
  Lei no 9.504/1997.
143
no 9.504/1997.
79
Art. 337.  Participar, o estrangeiro ou brasi- deixar de promover a execução de sentença
leiro que não estiver no gozo dos seus direitos condenatória:
políticos, de atividades partidárias, inclusive Pena – detenção até dois meses ou pagamen-
comícios e atos de propaganda em recintos to de 60 a 90 dias-multa.
fechados ou abertos:
Pena – detenção até seis meses e pagamento Art. 343.  Não cumprir o juiz o disposto no
de 90 a 120 dias-multa. § 3o do art. 357:
Parágrafo único.  Na mesma pena incorrerá Pena – detenção até dois meses ou pagamen-
o responsável pelas emissoras de rádio ou to de 60 a 90 dias-multa.
televisão que autorizar transmissões de que
participem os mencionados neste artigo, bem Art. 344.  Recusar ou abandonar o serviço
como o diretor de jornal que lhes divulgar os eleitoral sem justa causa:
pronunciamentos. Pena – detenção até dois meses ou pagamen-
to de 90 a 120 dias-multa.
Art. 338.  Não assegurar o funcionário postal
a prioridade prevista no art. 239: Art. 345.  Não cumprir a autoridade judiciária,
Pena – Pagamento de 30 a 60 dias-multa. ou qualquer funcionário dos órgãos da Justiça
Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos
Art. 339.  Destruir, suprimir ou ocultar urna por este Código, se a infração não estiver sujeita
contendo votos, ou documentos relativos à a outra penalidade:147
eleição: Pena – pagamento de trinta a noventa dias-
Pena – reclusão de dois a seis anos e paga- -multa.
mento de 5 a 15 dias-multa.
Parágrafo único.  Se o agente é membro Art. 346.  Violar o disposto no art. 377:
ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete Pena – detenção até seis meses e pagamento
o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é de 30 a 60 dias-multa.
agravada. Parágrafo único.  Incorrerão na pena, além
da autoridade responsável, os servidores que
Art. 340.  Fabricar, mandar fabricar, adquirir, prestarem serviços e os candidatos, membros
fornecer, ainda que gratuitamente, subtrair ou diretores de partido que derem causa à
ou guardar urnas, objetos, mapas, cédulas ou infração.
papéis de uso exclusivo da Justiça Eleitoral:
Pena – reclusão até três anos e pagamento Art. 347.  Recusar alguém cumprimento ou
de 3 a 15 dias-multa. obediência a diligências, ordens ou instruções
Parágrafo único.  Se o agente é membro da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua
ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete execução:
o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é Pena – detenção de três meses a um ano e
agravada. pagamento de 10 a 20 dias-multa.

Art. 341.  Retardar a publicação ou não publi- Art. 348.  Falsificar, no todo ou em parte, do-
car, o diretor ou qualquer outro funcionário de cumento público, ou alterar documento público
órgão oficial federal, estadual, ou municipal, verdadeiro, para fins eleitorais:
as decisões, citações ou intimações da Justiça Pena – reclusão de dois a seis anos e paga-
Eleitoral: mento de 15 a 30 dias-multa.
Pena – detenção até um mês ou pagamento § 1o  Se o agente é funcionário público e
de 30 a 60 dias-multa. comete o crime prevalecendo-se do cargo, a
pena é agravada.
Eleições

Art. 342.  Não apresentar o órgão do Mi-


nistério Público, no prazo legal, denúncia ou   Lei no 4.961/1966.
147

80
§ 2o  Para os efeitos penais, equipara-se a Pena – a cominada à falsificação ou à alte-
documento público o emanado de entidade ração.
paraestatal inclusive Fundação do Estado.

Art. 349.  Falsificar, no todo ou em parte, CAPÍTULO III – Do Processo das Infrações


documento particular, ou alterar documento
particular verdadeiro, para fins eleitorais: Art. 355.  As infrações penais definidas neste
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento Código são de ação pública.
de 3 a 10 dias-multa.
Art. 356.  Todo cidadão que tiver conheci-
Art. 350.  Omitir, em documento público ou mento de infração penal deste Código deverá
particular, declaração que dele devia constar, comunicá-la ao juiz eleitoral da zona onde a
ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa mesma se verificou.
ou diversa da que devia ser escrita, para fins § 1 o  Quando a comunicação for verbal,
eleitorais: mandará a autoridade judicial reduzi-la a termo,
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento assinado pelo apresentante e por duas testemu-
de 5 a 15 dias-multa, se o documento é público, nhas, e a remeterá ao órgão do Ministério Públi-
e reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 co local, que procederá na forma deste Código.
dias-multa se o documento é particular. § 2o  Se o Ministério Público julgar neces-
Parágrafo único.  Se o agente da falsidade sários maiores esclarecimentos e documentos
documental é funcionário público e comete complementares ou outros elementos de
o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a convicção, deverá requisitá-los diretamente
falsificação ou alteração é de assentamentos de de quaisquer autoridades ou funcionários que
registro civil, a pena é agravada. possam fornecê-los.

Art. 351.  Equipara-se a documento (348, 349 Art. 357.  Verificada a infração penal, o Mi-
e 350), para os efeitos penais, a fotografia, o nistério Público oferecerá a denúncia dentro
filme cinematográfico, o disco fonográfico ou do prazo de 10 (dez) dias.
fita de ditafone a que se incorpore declaração § 1o  Se o órgão do Ministério Público, ao
ou imagem destinada à prova de fato juridica- invés de apresentar a denúncia, requerer o ar-
mente relevante. quivamento da comunicação, o juiz, no caso de
considerar improcedentes as razões invocadas,
Art. 352.  Reconhecer, como verdadeira, no fará remessa da comunicação ao Procurador
exercício da função pública, firma ou letra que Regional, e este oferecerá a denúncia, designará
o não seja, para fins eleitorais: outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no
Pena – reclusão até cinco anos e pagamento pedido de arquivamento, ao qual só então estará
de 5 a 15 dias-multa se o documento é público, o juiz obrigado a atender.
e reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 § 2o  A denúncia conterá a exposição do fato
dias-multa se o documento é particular. criminoso com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos
Art. 353.  Fazer uso de qualquer dos documen- pelos quais se possa identificá-lo, a classifica-
tos falsificados ou alterados, a que se referem ção do crime e, quando necessário, o rol das
os artigos 348 a 352: testemunhas.
Pena – a cominada à falsificação ou à alte- § 3o  Se o órgão do Ministério Público não
Código Eleitoral

ração. oferecer a denúncia no prazo legal representará


contra ele a autoridade judiciária, sem prejuízo
Art. 354.  Obter, para uso próprio ou de ou- da apuração da responsabilidade penal.
trem, documento público ou particular, material § 4o  Ocorrendo a hipótese prevista no pa-
ou ideologicamente falso para fins eleitorais: rágrafo anterior o juiz solicitará ao Procurador
81
Regional a designação de outro promotor, que, autos à instância inferior para a execução da
no mesmo prazo, oferecerá a denúncia. sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco)
§ 5o  Qualquer eleitor poderá provocar a dias, contados da data da vista ao Ministério
representação contra o órgão do Ministério Público.
Público se o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, Parágrafo único.  Se o órgão do Ministério
não agir de ofício. Público deixar de promover a execução da
sentença serão aplicadas as normas constantes
Art. 358.  A denúncia será rejeitada quando: dos parágrafos 3o, 4o e 5o do art. 357.
I – o fato narrado evidentemente não cons-
tituir crime; Art. 364.  No processo e julgamento dos cri-
II – já estiver extinta a punibilidade, pela mes eleitorais e dos comuns que lhes forem
prescrição ou outra causa; conexos, assim como nos recursos e na exe-
III – for manifesta a ilegitimidade da parte cução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á,
ou faltar condição exigida pela lei para o exer- como lei subsidiária ou supletiva, o Código de
cício da ação penal. Processo Penal.
Parágrafo único.  Nos casos do número III,
a rejeição da denúncia não obstará ao exercício
da ação penal, desde que promovida por parte TÍTULO V – Disposições Gerais e
legítima ou satisfeita a condição. Transitórias

Art. 359.  Recebida a denúncia, o juiz desig- Art. 365.  O serviço eleitoral prefere a qual-
nará dia e hora para o depoimento pessoal do quer outro, é obrigatório e não interrompe o
acusado, ordenando a citação deste e a notifi- interstício de promoção dos funcionários para
cação do Ministério Público.148 ele requisitados.
Parágrafo único.  O réu ou seu defensor terá
o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações Art. 366.  Os funcionários de qualquer órgão
escritas e arrolar testemunhas. da Justiça Eleitoral não poderão pertencer a di-
retório de partido político ou exercer qualquer
Art. 360.  Ouvidas as testemunhas da acu- atividade partidária, sob pena de demissão.
sação e da defesa e praticadas as diligências
requeridas pelo Ministério Público e deferidas Art. 367.  A imposição e a cobrança de qual-
ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 quer multa, salvo no caso das condenações
(cinco) dias a cada uma das partes – acusação criminais, obedecerão as seguintes normas:149
e defesa – para alegações finais. I – No arbitramento será levada em conta a
condição econômica do eleitor;
Art. 361.  Decorrido esse prazo, e conclusos II – Arbitrada a multa, de ofício ou a re-
os autos ao juiz dentro de quarenta e oito ho- querimento do eleitor, o pagamento será feito
ras, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir através de selo federal inutilizado no próprio
a sentença. requerimento ou no respectivo processo;
III – Se o eleitor não satisfizer o pagamento
Art. 362.  Das decisões finais de condenação no prazo de 30 (trinta) dias, será considerada
ou absolvição cabe recurso para o Tribunal dívida líquida e certa, para efeito de cobrança
Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) mediante executivo fiscal, a que for inscrita em
dias. livro próprio no Cartório Eleitoral;
IV – A cobrança judicial da dívida será feita
Art. 363.  Se a decisão do Tribunal Regional por ação executiva, na forma prevista para a
for condenatória, baixarão imediatamente os
Eleições

  Lei no 4.961/1966. Ver Lei no 5.143/1966, art. 15,


149

  Lei no 10.732/2003.
148
que aboliu o imposto do selo.
82
cobrança da dívida ativa da Fazenda Pública, Art. 368-A.  A prova testemunhal singular,
correndo a ação perante os juízos eleitorais; quando exclusiva, não será aceita nos processos
V – Nas Capitais e nas comarcas onde houver que possam levar à perda do mandato.150
mais de um Promotor de Justiça, a cobrança
da dívida far-se-á por intermédio do que for Art. 369.  O Governo da União fornecerá, para
designado pelo Procurador Regional Eleitoral; ser distribuído por intermédio dos Tribunais
VI – Os recursos cabíveis, nos processos Regionais, todo o material destinado ao alista-
para cobrança da dívida decorrente de multa, mento eleitoral e às eleições.
serão interpostos para a instância superior da
Justiça Eleitoral; Art. 370.  As transmissões de natureza eleito-
VII – Em nenhum caso haverá recurso de ral, feitas por autoridades e repartições com-
ofício; petentes, gozam de franquia postal, telegráfica,
VIII – As custas, nos Estados, Distrito Fede- telefônica, radiotelegráfica ou radiotelefônica,
ral e Territórios serão cobradas nos termos dos em linhas oficiais ou nas que sejam obrigadas
respectivos Regimentos de Custas; a serviço oficial.
IX – Os juízes eleitorais comunicarão aos
Tribunais Regionais, trimestralmente, a impor- Art. 371.  As repartições públicas são obri-
tância total das multas impostas nesse período gadas, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a
e quanto foi arrecadado através de pagamentos fornecer às autoridades, aos representantes
feitos na forma dos números II e III; de partidos ou a qualquer alistando as infor-
X – Idêntica comunicação será feita pelos mações e certidões que solicitarem relativas
Tribunais Regionais ao Tribunal Superior. à matéria eleitoral, desde que os interessados
§ 1o  As multas aplicadas pelos Tribunais manifestem especificamente as razões e os fins
Eleitorais serão consideradas líquidas e certas, do pedido.
para efeito de cobrança mediante executivo
fiscal desde que inscritas em livro próprio na Art. 372.  Os tabeliães não poderão deixar de
Secretaria do Tribunal competente. reconhecer nos documentos necessários à ins-
§ 2o  A multa pode ser aumentada até dez trução dos requerimentos e recursos eleitorais,
vezes, se o juiz, ou Tribunal considerar que, as firmas de pessoas do seu conhecimento, ou
em virtude da situação econômica do infrator, das que se apresentarem com 2 (dois) abona-
é ineficaz, embora aplicada no máximo. dores conhecidos.
§ 3o  O alistando, ou o eleitor, que comprovar
devidamente o seu estado de pobreza, ficará Art. 373.  São isentos de selo os requerimentos
isento do pagamento de multa. e todos os papéis destinados a fins eleitorais e
§ 4o  Fica autorizado o Tesouro Nacional a é gratuito o reconhecimento de firma pelos
emitir selos, sob a designação “Selo Eleitoral” tabeliães, para os mesmos fins.
destinados ao pagamento de emolumentos, Parágrafo único.  Nos processos-crimes e
custas, despesas e multas, tanto as administra- nos executivos fiscais referentes à cobrança
tivas como as penais, devidas à Justiça Eleitoral. de multas serão pagas custas nos termos do
§ 5o  Os pagamentos de multas poderão ser Regimento de Custas de cada Estado, sendo as
feitos através de guias de recolhimento, se a devidas à União pagas através de selos federais
Justiça Eleitoral não dispuser de selo eleitoral inutilizados nos autos.
em quantidade suficiente para atender aos
interessados. Art. 374.  Os membros dos tribunais eleitorais,
Código Eleitoral

os juízes eleitorais e os servidores públicos re-


Art. 368.  Os atos requeridos ou propostos quisitados para os órgãos da Justiça Eleitoral,
em tempo oportuno, mesmo que não sejam que, em virtude de suas funções nos mencio-
apreciados no prazo legal, não prejudicarão
aos interessados.   Lei no 13.165/2015.
150

83
nados órgãos, não tiverem as férias que lhes diplomado em direito e de conduta moral ir-
couberem, poderão gozá-las no ano seguinte, repreensível, no de Escrivão da Corregedoria,
acumuladas ou não.151 símbolo PJ-1, a cuja nomeação serão inerentes,
Parágrafo único.  (Revogado) assim na Secretaria como nas diligências, as
atribuições de titular de ofício de Justiça.
Art. 375.  Nas áreas contestadas, enquanto não
forem fixados definitivamente os limites inte- Art. 379.  Serão considerados de relevância os
restaduais, far-se-ão as eleições sob a jurisdição serviços prestados pelos mesários e componen-
do Tribunal Regional da circunscrição eleitoral tes das Juntas Apuradoras.
em que, do ponto de vista da administração § 1o  Tratando-se de servidor público, em
judiciária estadual, estejam elas incluídas. caso de promoção, a prova de haver prestado
tais serviços será levada em consideração para
Art. 376.  A proposta orçamentária da Justiça efeito de desempate, depois de observados os
Eleitoral será anualmente elaborada pelo Tri- critérios já previstos em leis ou regulamentos.
bunal Superior, de acordo com as propostas § 2o  Persistindo o empate de que trata o
parciais que lhe forem remetidas pelos Tri- parágrafo anterior, terá preferência, para a
bunais Regionais, e dentro das normas legais promoção, o funcionário que tenha servido
vigentes. maior número de vezes.
Parágrafo único.  Os pedidos de créditos § 3o  O disposto neste artigo não se aplica
adicionais que se fizerem necessários ao bom aos membros ou servidores da Justiça Eleitoral.
andamento dos serviços eleitorais, durante
o exercício, serão encaminhados em relação Art. 380.  Será feriado nacional o dia em
trimestral à Câmara dos Deputados, por inter- que se realizarem eleições de data fixada pela
médio do Tribunal Superior. Constituição Federal; nos demais casos, serão
as eleições marcadas para um domingo ou dia
Art. 377.  O serviço de qualquer reparti- já considerado feriado por lei anterior.
ção, federal, estadual, municipal, autarquia,
fundação do Estado, sociedade de economia Art. 381.  Esta lei não altera a situação das can-
mista, entidade mantida ou subvencionada didaturas a Presidente ou Vice-Presidente da
pelo poder público, ou que realiza contrato República e a Governador ou Vice-Governador
com este, inclusive o respectivo prédio e suas de Estado, desde que resultantes de convenções
dependências não poderá ser utilizado para partidárias regulares e já registradas ou em pro-
beneficiar partido ou organização de caráter cesso de registro, salvo a ocorrência de outros
político. motivos de ordem legal ou constitucional que
Parágrafo único.  O disposto neste artigo será as prejudiquem.
tornado efetivo, a qualquer tempo, pelo órgão Parágrafo único.  Se o registro requerido se
competente da Justiça Eleitoral, conforme o âm- referir isoladamente a Presidente ou a Vice-
bito nacional, regional ou municipal do órgão -Presidente da República e a Governador ou
infrator, mediante representação fundamentada Vice-Governador de Estado, a validade respec-
de autoridade pública, representante partidário, tiva dependerá de complementação da chapa
ou de qualquer eleitor. conjunta na forma e nos prazos previstos neste
Código (Constituição, art. 81, com a redação
Art. 378.  O Tribunal Superior organizará, dada pela Emenda Constitucional no 9).152
mediante proposta do Corregedor Geral, os
serviços da Corregedoria, designando para Art. 382.  Este Código entrará em vigor 30 dias
desempenhá-los funcionários efetivos do seu após a sua publicação.
quadro e transformando o cargo de um deles,
Eleições

  NE: o dispositivo refere-se à Constituição de


152

  Lei no 4.961/1966.
151
1946.
84
Art. 383.  Revogam-se as disposições em H. CASTELLO BRANCO – Milton Soares
contrário. Campos

Brasília, 15 de julho de 1965; 144o da Indepen- Promulgada em 15/7/1965, publicada no DOU de


dência e 77o da República. 19/7/1965 e retificada no DOU de 30/7/1965.

Código Eleitoral

85
Normas correlatas
Lei Complementar no 135/2010
Altera a Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9o do
art.  14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras
providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa
e a moralidade no exercício do mandato.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 5o  Esta Lei Complementar entra em vigor


na data da sua publicação.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Brasília, 4 de junho de 2010; 189o da Indepen-
������������������������������������������������������������������������������� dência e 122o da República.

Art. 3o  Os recursos interpostos antes da vigên- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Luiz Paulo
cia desta lei complementar poderão ser aditados Teles Ferreira Barreto – Luiz Inácio Lucena
para o fim a que se refere o caput do art. 26-C Adams
da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de
1990, introduzido por esta Lei Complementar. Promulgada em 4/6/2010 e publicada no DOU de
������������������������������������������������������������������������������� 7/6/2010.
Eleições

88
Lei Complementar no 78/1993
Disciplina a fixação do número de Deputados, nos termos do art. 45, § 1o, da Constituição Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Parágrafo único.  Cada Território Federal


será representado por quatro deputados fe-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta derais.
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 3o  O Estado mais populoso será represen-
Art. 1   Proporcional à população dos Estados
o
tado por setenta deputados federais.
e do Distrito Federal, o número de deputados
federais não ultrapassará quinhentos e treze Art. 4o  Esta lei complementar entra em vigor
representantes, fornecida pela Fundação Ins- na data de sua publicação.
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no
ano anterior às eleições, a atualização estatística Art. 5o  Revogam-se as disposições em con-
demográfica das unidades da Federação. trário.
Parágrafo único.  Feitos os cálculos da re-
presentação dos Estados e do Distrito Federal, Brasília, 30 de dezembro de 1993; 172o da In-
o Tribunal Superior Eleitoral fornecerá aos dependência e 105o da República.
Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos
políticos o número de vagas a serem disputadas. ITAMAR FRANCO – Maurício Corrêa

Art. 2o  Nenhum dos Estados membros da Fe- Promulgada em 30/12/1993 e publicada no DOU
deração terá menos de oito deputados federais. de 5/1/1994.

Normas correlatas

89
Lei Complementar no 64/1990
Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9o da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de
cessação, e determina outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e)  os que forem condenados, em decisão


transitada em julgado ou proferida por órgão
Faço saber que o Congresso Nacional decreta judicial colegiado, desde a condenação até o
e eu sanciono a seguinte Lei: transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:
Art. 1o  São inelegíveis:1 1.  contra a economia popular, a fé pública, a
I – para qualquer cargo: administração pública e o patrimônio público;
a)  os inalistáveis e os analfabetos; 2.  contra o patrimônio privado, o sistema
b)  os membros do Congresso Nacional, financeiro, o mercado de capitais e os previstos
das Assembleias Legislativas, da Câmara na lei que regula a falência;
Legislativa e das Câmaras Municipais, que 3.  contra o meio ambiente e a saúde pública;
hajam perdido os respectivos mandatos por 4.  eleitorais, para os quais a lei comine pena
infringência do disposto nos incisos I e II do privativa de liberdade;
art. 55 da Constituição Federal, dos disposi- 5.  de abuso de autoridade, nos casos em
tivos equivalentes sobre perda de mandato que houver condenação à perda do cargo ou à
das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas inabilitação para o exercício de função pública;
dos Municípios e do Distrito Federal, para as 6.  de lavagem ou ocultação de bens, direitos
eleições que se realizarem durante o período e valores;
remanescente do mandato para o qual foram 7.  de tráfico de entorpecentes e drogas afins,
eleitos e nos oito anos subsequentes ao término racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
da legislatura. 8.  de redução à condição análoga à de
c)  o Governador e o Vice-Governador de escravo;
Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o 9.  contra a vida e a dignidade sexual; e
Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos 10.  praticados por organização criminosa,
por infringência a dispositivo da Constituição quadrilha ou bando;
Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal f)  os que forem declarados indignos do
ou da Lei Orgânica do Município, para as oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo
eleições que se realizarem durante o período de 8 (oito) anos;
remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes g)  os que tiverem suas contas relativas ao
ao término do mandato para o qual tenham exercício de cargos ou funções públicas rejeita-
sido eleitos; das por irregularidade insanável que configure
d)  os que tenham contra sua pessoa re- ato doloso de improbidade administrativa, e
presentação julgada procedente pela Justiça por decisão irrecorrível do órgão competente,
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou salvo se esta houver sido suspensa ou anulada
proferida por órgão colegiado, em processo pelo Poder Judiciário, para as eleições que se
de apuração de abuso do poder econômico ou realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, conta-
político, para a eleição na qual concorrem ou dos a partir da data da decisão, aplicando-se o
tenham sido diplomados, bem como para as disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
Eleições

exclusão de mandatários que houverem agido


1
  Leis Complementares nos 135/2010 e 81/1994. nessa condição;
90
h)  os detentores de cargo na administração m)  os que forem excluídos do exercício da
pública direta, indireta ou fundacional, que profissão, por decisão sancionatória do órgão
beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do profissional competente, em decorrência de
poder econômico ou político, que forem con- infração ético-profissional, pelo prazo de 8
denados em decisão transitada em julgado ou (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado
proferida por órgão judicial colegiado, para a ou suspenso pelo Poder Judiciário;
eleição na qual concorrem ou tenham sido di- n)  os que forem condenados, em decisão
plomados, bem como para as que se realizarem transitada em julgado ou proferida por órgão
nos 8 (oito) anos seguintes; judicial colegiado, em razão de terem desfeito
i)  os que, em estabelecimentos de crédito, ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de
financiamento ou seguro, que tenham sido ou união estável para evitar caracterização de
estejam sendo objeto de processo de liquidação inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após
judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 a decisão que reconhecer a fraude;
(doze) meses anteriores à respectiva decretação, o)  os que forem demitidos do serviço públi-
cargo ou função de direção, administração ou co em decorrência de processo administrativo
representação, enquanto não forem exonerados ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado
de qualquer responsabilidade; da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso
j)  os que forem condenados, em decisão ou anulado pelo Poder Judiciário;
transitada em julgado ou proferida por órgão p)  a pessoa física e os dirigentes de pessoas
colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção jurídicas responsáveis por doações eleitorais
eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por tidas por ilegais por decisão transitada em
doação, captação ou gastos ilícitos de recur- julgado ou proferida por órgão colegiado da
sos de campanha ou por conduta vedada aos Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos
agentes públicos em campanhas eleitorais que após a decisão, observando-se o procedimento
impliquem cassação do registro ou do diploma, previsto no art. 22;
pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; q)  os magistrados e os membros do Mi-
k)  o Presidente da República, o Governador nistério Público que forem aposentados com-
de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os pulsoriamente por decisão sancionatória, que
membros do Congresso Nacional, das Assem- tenham perdido o cargo por sentença ou que
bleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das tenham pedido exoneração ou aposentadoria
Câmaras Municipais, que renunciarem a seus voluntária na pendência de processo adminis-
mandatos desde o oferecimento de represen- trativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;
tação ou petição capaz de autorizar a abertura II – para Presidente e Vice-Presidente da
de processo por infringência a dispositivo da República:
Constituição Federal, da Constituição Estadu- a)  até 6 (seis) meses depois de afastados
al, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da definitivamente de seus cargos e funções:
Lei Orgânica do Município, para as eleições 1.  os Ministros de Estado:
que se realizarem durante o período remanes- 2.  os chefes dos órgãos de assessoramento di-
cente do mandato para o qual foram eleitos e reto, civil e militar, da Presidência da República;
nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da 3.  o chefe do órgão de assessoramento de
legislatura; informações da Presidência da República;
l)  os que forem condenados à suspensão dos 4.  o chefe do Estado-Maior das Forças
direitos políticos, em decisão transitada em jul- Armadas;
gado ou proferida por órgão judicial colegiado, 5.  o Advogado-Geral da União e o Consul-
Normas correlatas

por ato doloso de improbidade administrativa tor-Geral da República;


que importe lesão ao patrimônio público e en- 6.  os chefes do Estado-Maior da Marinha,
riquecimento ilícito, desde a condenação ou o do Exército e da Aeronáutica;
trânsito em julgado até o transcurso do prazo 7.  os Comandantes do Exército, Marinha
de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; e Aeronáutica;
91
8.  os Magistrados; g)  os que tenham, dentro dos 4 (quatro)
9.  os Presidentes, Diretores e Superinten- meses anteriores ao pleito, ocupado cargo
dentes de autarquias, empresas públicas, socie- ou função de direção, administração ou re-
dades de economia mista e fundações públicas presentação em entidades representativas de
e as mantidas pelo poder público; classe, mantidas, total ou parcialmente, por
10.  os Governadores de Estado, do Distrito contribuições impostas pelo Poder Público ou
Federal e de Territórios; com recursos arrecadados e repassados pela
11.  os Interventores Federais; Previdência Social;
12.  os Secretários de Estado; h)  os que, até 6 (seis) meses depois de
13.  os Prefeitos Municipais; afastados das funções, tenham exercido cargo
14.  os membros do Tribunal de Contas da de Presidente, Diretor ou Superintendente de
União, dos Estados e do Distrito Federal; sociedades com objetivos exclusivos de opera-
15.  o Diretor-Geral do Departamento de ções financeiras e façam publicamente apelo
Polícia Federal; à poupança e ao crédito, inclusive através de
16.  os Secretários-Gerais, os Secretários- cooperativas e da empresa ou estabelecimentos
-Executivos, os Secretários Nacionais, os Se- que gozem, sob qualquer forma, de vantagens
cretários Federais dos Ministérios e as pessoas asseguradas pelo poder público, salvo se decor-
que ocupem cargos equivalentes; rentes de contratos que obedeçam a cláusulas
b)  os que tenham exercido, nos 6 (seis) me- uniformes;
ses anteriores à eleição, nos Estados, no Distrito i)  os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores
Federal, Territórios e em qualquer dos poderes ao pleito, hajam exercido cargo ou função de
da União, cargo ou função, de nomeação pelo direção, administração ou representação em
Presidente da República, sujeito à aprovação pessoa jurídica ou em empresa que mantenha
prévia do Senado Federal; contrato de execução de obras, de prestação de
c)  (Vetado); serviços ou de fornecimento de bens com órgão
d)  os que, até 6 (seis) meses antes da elei- do Poder Público ou sob seu controle, salvo
ção, tiverem competência ou interesse, direta, no caso de contrato que obedeça a cláusulas
indireta ou eventual, no lançamento, arre- uniformes;
cadação ou fiscalização de impostos, taxas e j)  os que, membros do Ministério Público,
contribuições de caráter obrigatório, inclusive não se tenham afastado das suas funções até 6
parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas (seis) meses anteriores ao pleito;
com essas atividades; l)  os que, servidores públicos, estatutários
e)  os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, ou não, dos órgãos ou entidades da Adminis-
tenham exercido cargo ou função de direção, tração direta ou indireta da União, dos Estados,
administração ou representação nas empresas do Distrito Federal, dos Municípios e dos
de que tratam os arts. 3o e 5o da Lei no 4.137, de Territórios, inclusive das fundações mantidas
10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três)
e natureza de suas atividades, possam tais em- meses anteriores ao pleito, garantido o direito
presas influir na economia nacional; à percepção dos seus vencimentos integrais;
f)  os que, detendo o controle de empresas III – para Governador e Vice-Governador
ou grupo de empresas que atuem no Brasil, nas de Estado e do Distrito Federal;
condições monopolísticas previstas no parágra- a)  os inelegíveis para os cargos de Presiden-
fo único do art. 5o da lei citada na alínea anterior, te e Vice-Presidente da República especificados
não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) na alínea “a” do inciso II deste artigo e, no
meses antes do pleito, a prova de que fizeram tocante às demais alíneas, quando se tratar de
cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou repartição pública, associação ou empresas que
de que transferiram, por força regular, o controle operem no território do Estado ou do Distrito
Eleições

de referidas empresas ou grupo de empresas; Federal, observados os mesmos prazos;

92
b)  até 6 (seis) meses depois de afastados b)  em cada Município, os inelegíveis para
definitivamente de seus cargos ou funções: os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado
1.  os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do o prazo de 6 (seis) meses para a desincompa-
Governador do Estado ou do Distrito Federal; tibilização.
2.  os comandantes do Distrito Naval, Região § 1o  Para concorrência a outros cargos,
Militar e Zona Aérea; o Presidente da República, os Governadores
3.  os diretores de órgãos estaduais ou socie- de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
dades de assistência aos Municípios; devem renunciar aos respectivos mandatos até
4.  os secretários da administração munici- 6 (seis) meses antes do pleito.
pal ou membros de órgãos congêneres; § 2o  O Vice-Presidente, o Vice-Governador
IV – para Prefeito e Vice-Prefeito: e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a ou-
a)  no que lhes for aplicável, por identidade tros cargos, preservando os seus mandatos res-
de situações, os inelegíveis para os cargos de pectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses
Presidente e Vice-Presidente da República, anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou
Governador e Vice-Governador de Estado e substituído o titular.
do Distrito Federal, observado o prazo de 4 § 3o  São inelegíveis, no território de ju-
(quatro) meses para a desincompatibilização; risdição do titular, o cônjuge e os parentes,
b)  os membros do Ministério Público e consanguíneos ou afins, até o segundo grau
Defensoria Pública em exercício na Comarca, ou por adoção, do Presidente da República, de
nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem Governador de Estado ou Território, do Distrito
prejuízo dos vencimentos integrais; Federal, de Prefeito ou de quem os haja subs-
c)  as autoridades policiais, civis ou militares, tituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao
com exercício no Município, nos  4 (quatro) pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
meses anteriores ao pleito; candidato à reeleição.
V – para o Senado Federal: § 4o  A inelegibilidade prevista na alínea “e”
a)  os inelegíveis para os cargos de Presiden- do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes
te e Vice-Presidente da República especificados culposos e àqueles definidos em lei como de
na alínea “a” do inciso II deste artigo e, no menor potencial ofensivo, nem aos crimes de
tocante às demais alíneas, quando se tratar de ação penal privada.
repartição pública, associação ou empresa que § 5o  A renúncia para atender à desincom-
opere no território do Estado, observados os patibilização com vistas a candidatura a cargo
mesmos prazos; eletivo ou para assunção de mandato não gerará
b)  em cada Estado e no Distrito Federal, a inelegibilidade prevista na alínea “k”, a menos
os inelegíveis para os cargos de Governador que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao
e Vice-Governador, nas mesmas condições disposto nesta Lei Complementar.
estabelecidas, observados os mesmos prazos;
VI – para a Câmara dos Deputados, Assem- Art. 2o  Compete à Justiça Eleitoral conhecer e
bleia Legislativa e Câmara Legislativa, no que decidir as arguições de inelegibilidade.
lhes for aplicável, por identidade de situações, Parágrafo único.  A arguição de inelegibili-
os inelegíveis para o Senado Federal, nas mes- dade será feita perante:
mas condições estabelecidas, observados os I – o Tribunal Superior Eleitoral, quando
mesmos prazos; se tratar de candidato a Presidente ou Vice-
VII – para a Câmara Municipal: -Presidente da República;
a)  no que lhes for aplicável, por identidade II – os Tribunais Regionais Eleitorais, quan-
Normas correlatas

de situações, os inelegíveis para o Senado Fede- do se tratar de candidato a Senador, Governa-


ral e para a Câmara dos Deputados, observado dor e Vice-Governador de Estado e do Distrito
o prazo de 6 (seis) meses para a desincompa- Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual
tibilização; e Deputado Distrital;

93
III – os Juízes Eleitorais, quando se tratar de pelas partes, ou testemunhas, como conhecedo-
candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. res dos fatos e circunstâncias que possam influir
na decisão da causa.
Art. 3o  Caberá a qualquer candidato, a partido § 4o  Quando qualquer documento necessá-
político, coligação ou ao Ministério Público, no rio à formação da prova se achar em poder de
prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação terceiro, o Juiz, ou o Relator, poderá ainda, no
do pedido de registro do candidato, impugná-lo mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.
em petição fundamentada. § 5o  Se o terceiro, sem justa causa, não exibir
§ 1o  A impugnação, por parte do candidato, o documento, ou não comparecer a juízo, pode-
partido político ou coligação, não impede a ação rá o Juiz contra ele expedir mandado de prisão e
do Ministério Público no mesmo sentido. instaurar processo por crime de desobediência.
§ 2o  Não poderá impugnar o registro de can-
didato o representante do Ministério Público Art. 6o  Encerrado o prazo da dilação probató-
que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha dis- ria, nos termos do artigo anterior, as partes, in-
putado cargo eletivo, integrado diretório de par- clusive o Ministério Público, poderão apresentar
tido ou exercido atividade político-partidária. alegações no prazo comum de 5 (cinco) dias.
§ 3o  O impugnante especificará, desde logo,
os meios de prova com que pretende demons- Art. 7o  Encerrado o prazo para alegações, os
trar a veracidade do alegado, arrolando teste- autos serão conclusos ao Juiz, ou ao Relator,
munhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). no dia imediato, para sentença ou julgamento
pelo Tribunal.
Art. 4o  A partir da data em que terminar o Parágrafo único.  O Juiz, ou Tribunal, for-
prazo para impugnação, passará a correr, após mará sua convicção pela livre apreciação da
devida notificação, o prazo de 7 (sete) dias para prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias
que o candidato, partido político ou coligação constantes dos autos, ainda que não alegados
possa contestá-la, juntar documentos, indicar pelas partes, mencionando, na decisão, os que
rol de testemunhas e requerer a produção de motivaram seu convencimento.
outras provas, inclusive documentais, que se
encontrarem em poder de terceiros, de repar- Art. 8o  Nos pedidos de registro de candidatos
tições públicas ou em procedimentos judiciais, a eleições municipais, o Juiz Eleitoral apresen-
ou administrativos, salvo os processos em tra- tará a sentença em cartório 3 (três) dias após a
mitação em segredo de justiça. conclusão dos autos, passando a correr deste
momento o prazo de 3 (três) dias para a inter-
Art. 5o  Decorrido o prazo para contestação, posição de recurso para o Tribunal Regional
se não se tratar apenas de matéria de direito e a Eleitoral.
prova protestada for relevante, serão designados § 1o  A partir da data em que for protoco-
os 4 (quatro) dias seguintes para inquirição das lizada a petição de recurso, passará a correr o
testemunhas do impugnante e do impugnado, prazo de 3 (três) dias para a apresentação de
as quais comparecerão por iniciativa das par- contrarrazões.
tes que as tiverem arrolado, com notificação § 2o  Apresentadas as contrarrazões, serão
judicial. os autos imediatamente remetidos ao Tribunal
§ 1o  As testemunhas do impugnante e do Regional Eleitoral, inclusive por portador, se
impugnado serão ouvidas em uma só assentada. houver necessidade, decorrente da exiguidade
§ 2o  Nos 5 (cinco) dias subsequentes, o Juiz, de prazo, correndo as despesas do transporte
ou o Relator, procederá a todas as diligências por conta do recorrente, se tiver condições de
que determinar, de ofício ou a requerimento pagá-las.
das partes.
Eleições

§ 3o  No prazo do parágrafo anterior, o Juiz, Art. 9o  Se o Juiz Eleitoral não apresentar a sen-
ou o Relator, poderá ouvir terceiros, referidos tença no prazo do artigo anterior, o prazo para
94
recurso só começará a correr após a publicação Complementar, o pedido de registro, com ou
da mesma por edital, em cartório. sem impugnação, será julgado em 3 (três) dias,
Parágrafo único.  Ocorrendo a hipótese independentemente de publicação em pauta.
prevista neste artigo, o Corregedor Regional, Parágrafo único.  Proceder-se-á ao julga-
de ofício, apurará o motivo do retardamento e mento na forma estabelecida no art. 11 desta
proporá ao Tribunal Regional Eleitoral, se for o Lei Complementar e, havendo recurso para
caso, a aplicação da penalidade cabível. o Tribunal Superior Eleitoral, observar-se-á o
disposto no artigo anterior.
Art. 10.  Recebidos os autos na Secretaria do
Tribunal Regional Eleitoral, estes serão autua- Art. 14.  No Tribunal Superior Eleitoral, os
dos e apresentados no mesmo dia ao Presidente, recursos sobre registro de candidatos serão
que, também na mesma data, os distribuirá a processados e julgados na forma prevista nos
um Relator e mandará abrir vistas ao Procura- arts. 10 e 11 desta Lei Complementar.
dor Regional pelo prazo de 2 (dois) dias.
Parágrafo único.  Findo o prazo, com ou sem Art. 15.  Transitada em julgado ou publicada
parecer, os autos serão enviados ao Relator, que a decisão proferida por órgão colegiado que
os apresentará em mesa para julgamento em 3 declarar a inelegibilidade do candidato, ser-
(três) dias, independentemente de publicação -lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver
em pauta. sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já
expedido.2
Art. 11.  Na sessão do julgamento, que poderá Parágrafo único.  A decisão a que se refere o
se realizar em até 2 (duas) reuniões seguidas, caput, independentemente da apresentação de
feito o relatório, facultada a palavra às partes recurso, deverá ser comunicada, de imediato,
e ouvido o Procurador Regional, proferirá ao Ministério Público Eleitoral e ao órgão da
o Relator o seu voto e serão tomados os dos Justiça Eleitoral competente para o registro de
demais Juízes. candidatura e expedição de diploma do réu.
§ 1o  Proclamado o resultado, o Tribunal se
reunirá para lavratura do acórdão, no qual serão Art. 16.  Os prazos a que se referem o art. 3o e
indicados o direito, os fatos e as circunstâncias seguintes desta Lei Complementar são peremp-
com base nos fundamentos do Relator ou do tórios e contínuos e correm em Secretaria ou
voto vencedor. Cartório e, a partir da data do encerramento
§ 2o  Terminada a sessão, far-se-á a leitura e a do prazo para registro de candidatos, não se
publicação do acórdão, passando a correr dessa suspendem aos sábados, domingos e feriados.
data o prazo de 3 (três) dias, para a interposição
de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, Art. 17.  É facultado ao partido político ou
em petição fundamentada. coligação que requerer o registro de candidato
considerando inelegível dar-lhe substituto,
Art. 12.  Havendo recurso para o Tribunal mesmo que a decisão passada em julgado
Superior Eleitoral, a partir da data em que for tenha sido proferida após o termo final do
protocolizada a petição passará a correr o prazo prazo de registro, caso em que a respectiva
de 3 (três) dias para a apresentação de contrar- Comissão Executiva do Partido fará a escolha
razões, notificado por telegrama o recorrido. do candidato.
Parágrafo único.  Apresentadas as contrarra-
zões, serão os autos imediatamente remetidos Art. 18.  A declaração de inelegibilidade do
Normas correlatas

ao Tribunal Superior Eleitoral. candidato à Presidência da República, Gover-


nador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito
Art. 13.  Tratando-se de registro a ser julgado Municipal não atingirá o candidato a Vice-
originariamente por Tribunal Regional Eleito-
ral, observado o disposto no art.  6o desta Lei   Lei Complementar no 135/2010.
2

95
-Presidente, Vice-Governador ou Vice-Prefeito, I – o Corregedor, que terá as mesmas atri-
assim como a destes não atingirá aqueles. buições do Relator em processos judiciais,
ao despachar a inicial, adotará as seguintes
Art. 19.  As transgressões pertinentes à origem providências:
de valores pecuniários, abuso do poder econô- a)  ordenará que se notifique o representado
mico ou político, em detrimento da liberdade do conteúdo da petição, entregando-se-lhe a
de voto, serão apuradas mediante investigações segunda via apresentada pelo representante
jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral com as cópias dos documentos, a fim de que,
e Corregedores Regionais Eleitorais. no prazo de 5 (cinco) dias, ofereça ampla defesa,
Parágrafo único.  A apuração e a punição das juntada de documentos e rol de testemunhas,
transgressões mencionadas no caput deste arti- se cabível;
go terão o objetivo de proteger a normalidade b)  determinará que se suspenda o ato
e legitimidade das eleições contra a influência que deu motivo à representação, quando for
do poder econômico ou do abuso do exercício relevante o fundamento e do ato impugnado
de função, cargo ou emprego na administração puder resultar a ineficiência da medida, caso
direta, indireta e fundacional da União, dos seja julgada procedente;
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. c)  indeferirá desde logo a inicial, quando
não for caso de representação ou lhe faltar
Art. 20.  O candidato, partido político ou coliga- algum requisito desta Lei Complementar;
ção são parte legítima para denunciar os culpados II – no caso do Corregedor indeferir a re-
e promover-lhes a responsabilidade; a nenhum clamação ou representação, ou retardar-lhe a
servidor público, inclusive de autarquias, de solução, poderá o interessado renová-la perante
entidade paraestatal e de sociedade de economia o Tribunal, que resolverá dentro de 24 (vinte e
mista será lícito negar ou retardar ato de ofício quatro) horas;
tendente a esse fim, sob pena de crime funcional. III – o interessado, quando for atendido ou
ocorrer demora, poderá levar o fato ao conhe-
Art. 21.  As transgressões a que se refere o cimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de
art. 19 desta Lei Complementar serão apuradas que sejam tomadas as providências necessárias;
mediante procedimento sumaríssimo de in- IV – feita a notificação, a Secretaria do
vestigação judicial, realizada pelo Corregedor- Tribunal juntará aos autos cópia autêntica do
-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, ofício endereçado ao representado, bem como
nos termos das Leis nos 1.579, de 18 de março a prova da entrega ou da sua recusa em aceitá-
de 1952, e 4.410, de 24 de setembro de 1964, -la ou dar recibo;
com as modificações desta Lei Complementar. V – findo o prazo da notificação, com ou
sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias
Art. 22.  Qualquer partido político, coligação, para inquirição, em uma só assentada, de tes-
candidato ou Ministério Público Eleitoral pode- temunhas arroladas pelo representante e pelo
rá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao representado, até o máximo de 6 (seis) para
Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos cada um, as quais comparecerão independen-
e indicando provas, indícios e circunstâncias temente de intimação;
e pedir abertura de investigação judicial para VI – nos 3 (três) dias subsequentes, o Corre-
apurar uso indevido, desvio ou abuso do po- gedor procederá a todas as diligências que deter-
der econômico ou do poder de autoridade, ou minar, ex officio ou a requerimento das partes;
utilização indevida de veículos ou meios de co- VII – no prazo da alínea anterior, o Corre-
municação social, em benefício de candidato ou gedor poderá ouvir terceiros, referidos pelas
de partido político, obedecido o seguinte rito:3 partes, ou testemunhas, como conhecedores
dos fatos e circunstâncias que possam influir
Eleições

3
  Lei Complementar no 135/2010. na decisão do feito;

96
VIII – quando qualquer documento neces- XVI – para a configuração do ato abusivo,
sário à formação da prova se achar em poder de não será considerada a potencialidade de o fato
terceiro, inclusive estabelecimento de crédito, alterar o resultado da eleição, mas apenas a gra-
oficial ou privado, o Corregedor poderá, ainda, vidade das circunstâncias que o caracterizam.
no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito Parágrafo único.  O recurso contra a di-
ou requisitar cópias; plomação, interposto pelo representante, não
IX – se o terceiro, sem justa causa, não exi- impede a atuação do Ministério Público no
bir o documento, ou não comparecer a juízo, mesmo sentido.
o Juiz poderá expedir contra ele mandado
de prisão e instaurar processo por crime de Art. 23.  O Tribunal formará sua convicção
desobediência; pela livre apreciação dos fatos públicos e
X – encerrado o prazo da dilação probatória, notórios, dos indícios e presunções e prova
as partes, inclusive o Ministério Público, po- produzida, atentando para circunstâncias ou
derão apresentar alegações no prazo comum fatos, ainda que não indicados ou alegados
de 2 (dois) dias; pelas partes, mas que preservem o interesse
XI – terminado o prazo para alegações, público de lisura eleitoral.
os autos serão conclusos ao Corregedor, no
dia imediato, para apresentação de relatório Art. 24.  Nas eleições municipais, o Juiz
conclusivo sobre o que houver sido apurado; Eleitoral será competente para conhecer e
XII – o relatório do Corregedor, que será processar a representação prevista nesta Lei
assentado em 3 (três) dias, e os autos da re- Complementar, exercendo todas as funções
presentação serão encaminhados ao Tribunal atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional,
competente, no dia imediato, com pedido de constantes dos incisos I a XV do art. 22 desta
inclusão incontinenti do feito em pauta, para Lei Complementar, cabendo ao representante
julgamento na primeira sessão subsequente; do Ministério Público Eleitoral em função
XIII – no Tribunal, o Procurador-Geral da Zona Eleitoral as atribuições deferidas ao
ou Regional Eleitoral terá vista dos autos Procurador-Geral e Regional Eleitoral, obser-
por 48 (quarenta e oito) horas, para se pro- vadas as normas do procedimento previstas
nunciar sobre as imputações e conclusões do nesta Lei Complementar.
Relatório;
XIV – julgada procedente a representação, Art. 25.  Constitui crime eleitoral a arguição
ainda que após a proclamação dos eleitos, o de inelegibilidade, ou a impugnação de registro
Tribunal declarará a inelegibilidade do repre- de candidato feito por interferência do poder
sentado e de quantos hajam contribuído para econômico, desvio ou abuso do poder de au-
a prática do ato, cominando-lhes sanção de toridade, deduzida de forma temerária ou de
inelegibilidade para as eleições a se realizarem manifesta má-fé:
nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois)
que se verificou, além da cassação do registro anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinquenta)
ou diploma do candidato diretamente benefi- vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacional
ciado pela interferência do poder econômico (BTN) e, no caso de sua extinção, de título
ou pelo desvio ou abuso do poder de autori- público que o substitua.
dade ou dos meios de comunicação, deter-
minando a remessa dos autos ao Ministério Art. 26.  Os prazos de desincompatibilização
Público Eleitoral, para instauração de processo previstos nesta Lei Complementar que já esti-
Normas correlatas

disciplinar, se for o caso, e de ação penal, or- verem ultrapassados na data de sua vigência
denando quaisquer outras providências que a considerar-se-ão atendidos desde que a desin-
espécie comportar; compatibilização ocorra até 2 (dois) dias após
XV – (Revogado); a publicação desta Lei Complementar.

97
Art. 26-A.  Afastada pelo órgão competente decisões colegiadas a que se referem as alíneas
a inelegibilidade prevista nesta Lei Comple- “d”, “e”, h”, “j”, “l” e “n” do inciso I do art.  1o
mentar, aplicar-se-á, quanto ao registro de poderá, em caráter cautelar, suspender a inele-
candidatura, o disposto na lei que estabelece gibilidade sempre que existir plausibilidade da
normas para as eleições.4 pretensão recursal e desde que a providência
tenha sido expressamente requerida, sob pena
Art. 26-B.  O Ministério Público e a Justiça de preclusão, por ocasião da interposição do
Eleitoral darão prioridade, sobre quaisquer recurso.6
outros, aos processos de desvio ou abuso do § 1o  Conferido efeito suspensivo, o julga-
poder econômico ou do poder de autoridade mento do recurso terá prioridade sobre todos
até que sejam julgados, ressalvados os de habeas os demais, à exceção dos de mandado de segu-
corpus e mandado de segurança.5 rança e de habeas corpus.
§ 1o  É defeso às autoridades mencionadas § 2o  Mantida a condenação de que derivou a
neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo inelegibilidade ou revogada a suspensão liminar
previsto nesta Lei Complementar sob alegação mencionada no caput, serão desconstituídos o
de acúmulo de serviço no exercício das funções registro ou o diploma eventualmente concedi-
regulares. dos ao recorrente.
§ 2o  Além das polícias judiciárias, os órgãos § 3 o  A prática de atos manifestamente
da receita federal, estadual e municipal, os tri- protelatórios por parte da defesa, ao longo da
bunais e órgãos de contas, o Banco Central do tramitação do recurso, acarretará a revogação
Brasil e o Conselho de Controle de Atividade do efeito suspensivo.
Financeira auxiliarão a Justiça Eleitoral e o
Ministério Público Eleitoral na apuração dos Art. 27.  Esta Lei Complementar entra em
delitos eleitorais, com prioridade sobre as suas vigor na data de sua publicação.
atribuições regulares.
§ 3o  O Conselho Nacional de Justiça, o Art. 28.  Revogam-se a Lei Complementar
Conselho Nacional do Ministério Público e as no 5, de 29 de abril de 1970 e as demais dispo-
Corregedorias Eleitorais manterão acompa- sições em contrário.
nhamento dos relatórios mensais de atividades
fornecidos pelas unidades da Justiça Eleitoral Brasília, 18 de maio de 1990; 169o da Indepen-
a fim de verificar eventuais descumprimentos dência e 102o da República.
injustificados de prazos, promovendo, quando
for o caso, a devida responsabilização. FERNANDO COLLOR

Art. 26-C.  O órgão colegiado do tribunal ao Promulgada em 18/5/1990 e publicada no DOU de


qual couber a apreciação do recurso contra as 21/5/1990.
Eleições

4
  Lei Complementar no 135/2010.
5
  Lei Complementar no 135/2010.   Lei Complementar no 135/2010.
6

98
Lei no 13.165/2015
Altera as Leis nos 9.504, de 30 de setembro de 1997, 9.096, de 19 de setembro de 1995, e 4.737, de
15 de julho de 1965 – Código Eleitoral, para reduzir os custos das campanhas eleitorais, simplificar
a administração dos Partidos Políticos e incentivar a participação feminina.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para Vereador,


ou o estabelecido no caput se for maior.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu promulgo, nos termos do § 5o do art. 66 Art. 6o  O limite de gastos nas campanhas
da Constituição, as seguintes partes da Lei eleitorais dos candidatos às eleições para Se-
no 13.165, de 29 de setembro de 2015: nador, Deputado Federal, Deputado Estadual,
Deputado Distrital e Vereador será de 70% (se-
Art. 1o  Esta Lei modifica as Leis nos  9.504, tenta por cento) do maior gasto contratado na
de 30 de setembro de 1997, 9.096, de 19 de circunscrição para o respectivo cargo na eleição
setembro de 1995, e 4.737, de 15 de julho de imediatamente anterior à publicação desta Lei.
1965 – Código Eleitoral, alterando a legislação
infraconstitucional e complementando a refor- Art. 7o  Na definição dos limites mencionados
ma das instituições político-eleitorais do País. nos arts. 5o e 6o, serão considerados os gastos rea-
������������������������������������������������������������������������������� lizados pelos candidatos e por partidos e comitês
financeiros nas campanhas de cada um deles.
Art. 5o  O limite de gastos nas campanhas
eleitorais dos candidatos às eleições para Pre- Art. 8o  Caberá à Justiça Eleitoral, a partir das
sidente da República, Governador e Prefeito regras definidas nos arts. 5o e 6o:
será definido com base nos gastos declarados, I – dar publicidade aos limites de gastos
na respectiva circunscrição, na eleição para para cada cargo eletivo até 20 de julho do ano
os mesmos cargos imediatamente anterior à da eleição;
promulgação desta Lei, observado o seguinte:1 II – na primeira eleição subsequente à pu-
I – para o primeiro turno das eleições, o blicação desta Lei, atualizar monetariamente,
limite será de: pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
a)  70% (setenta por cento) do maior gasto – INPC da Fundação Instituto Brasileiro de
declarado para o cargo, na circunscrição eleito- Geografia e Estatística – IBGE ou por índice que
ral em que houve apenas um turno; o substituir, os valores sobre os quais incidirão
b)  50% (cinquenta por cento) do maior os percentuais de limites de gastos previstos
gasto declarado para o cargo, na circunscrição nos arts. 5o e 6o;
eleitoral em que houve dois turnos; III – atualizar monetariamente, pelo INPC
II – para o segundo turno das eleições, onde do IBGE ou por índice que o substituir, os limi-
houver, o limite de gastos será de 30% (trinta tes de gastos nas eleições subsequentes.
por cento) do valor previsto no inciso I.
Parágrafo único.  Nos Municípios de até Art. 9o  Nas três eleições que se seguirem à
dez mil eleitores, o limite de gastos será de publicação desta Lei, os partidos reservarão,
Normas correlatas

R$ 100.000,00 (cem mil reais) para Prefeito e em contas bancárias específicas para este fim,
no mínimo 5% (cinco por cento) e no máximo
1
  Ver Resolução do TSE no 23.459/2015, que estabe- 15% (quinze por cento) do montante do Fundo
lece os limites de gastos para as campanhas eleitorais Partidário destinado ao financiamento das cam-
municipais de 2016. panhas eleitorais para aplicação nas campanhas
99
de suas candidatas, incluídos nesse valor os apoiamento de eleitores, não se aplica aos pe-
recursos a que se refere o inciso V do art. 44 da didos protocolizados até a data de publicação
Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995. desta Lei.

Art. 10.  Nas duas eleições que se seguirem à Art. 14.  Esta Lei entra em vigor na data de
publicação desta Lei, o tempo mínimo referido sua publicação.
no inciso IV do art. 45 da Lei no 9.096, de 19 de
setembro de 1995, será de 20% (vinte por cento) Art. 15.  Revogam-se os §§ 1o e 2o do art. 10,
do programa e das inserções. o art. 17-A, os §§ 1o e 2o do art. 18, o art. 19,
os incisos I e II do § 1o do art. 23, o inciso I do
Art. 11.  Nas duas eleições que se seguirem à caput e o § 1o do art. 29, os §§ 1o e 2o do art. 48, o
última das mencionadas no art.  10, o tempo inciso II do art. 51, o art. 81 e o § 4o do art. 100-
mínimo referido no inciso IV do art.  45 da A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997; o
Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, será art. 18, o § 3o do art. 32 e os arts. 56 e 57 da Lei
de 15% (quinze por cento) do programa e das no 9.096, de 19 de setembro de 1995; e o § 11
inserções. do art. 32 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro
de 1996.
Art. 12.  Até a primeira eleição geral subse-
quente à aprovação desta Lei, será implantado Brasília, 29 de setembro de 2015; 194o da Inde-
o processo de votação eletrônica com impressão pendência e 127o da República.
do registro do voto a que se refere o art. 59-A
da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997. DILMA ROUSSEFF – José Eduardo Cardozo
– Nelson Barbosa – Luís Inácio Lucena Adams
Art. 13.  O disposto no § 1o do art. 7o da Lei
no 9.096, de 19 de setembro de 1995, no tocante Promulgada em 29/9/2015 e publicada no DOU de
ao prazo de dois anos para comprovação do 29/9/2015 – Edição extra.
Eleições

100
Lei no 12.034/2009
Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30 de setembro
de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA § 5o  É permitido o uso de identificação do


eleitor por sua biometria ou pela digitação do
Faço saber que o Congresso Nacional decreta seu nome ou número de eleitor, desde que a
e eu sanciono a seguinte Lei: máquina de identificar não tenha nenhuma
������������������������������������������������������������������������������� conexão com a urna eletrônica.
�������������������������������������������������������������������������������
Art. 5o  Fica criado, a partir das eleições de
2014, inclusive, o voto impresso conferido Art. 7o  Não se aplica a vedação constante do
pelo eleitor, garantido o total sigilo do voto e parágrafo único do art. 240 da Lei no 4.737, de
observadas as seguintes regras:1 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral, à pro-
§ 1o  A máquina de votar exibirá para o paganda eleitoral veiculada gratuitamente na
eleitor, primeiramente, as telas referentes às internet, no sítio eleitoral, blog, sítio interativo
eleições proporcionais; em seguida, as referen- ou social, ou outros meios eletrônicos de comu-
tes às eleições majoritárias; finalmente, o voto nicação do candidato, ou no sítio do partido ou
completo para conferência visual do eleitor e coligação, nas formas previstas no art. 57-B da
confirmação final do voto. Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997.
§ 2o  Após a confirmação final do voto pelo
eleitor, a urna eletrônica imprimirá um número Art. 8o  Esta Lei entra em vigor na data de sua
único de identificação do voto associado à sua publicação.
própria assinatura digital.
§ 3o  O voto deverá ser depositado de forma Art. 9o  Fica revogado o § 3o do art. 45 da Lei
automática, sem contato manual do eleitor, em no 9.504, de 30 de setembro de 1997.
local previamente lacrado.
§ 4o  Após o fim da votação, a Justiça Elei- Brasília, 29 de setembro de 2009; 188o da Inde-
toral realizará, em audiência pública, auditoria pendência e 121o da República.
independente do software mediante o sorteio
de 2% (dois por cento) das urnas eletrônicas LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
de cada Zona Eleitoral, respeitado o limite – Guido Mantega – Franklin Martins
mínimo de 3 (três) máquinas por município,
que deverão ter seus votos em papel contados Promulgada em 29/9/2009 e publicada no DOU de
e comparados com os resultados apresentados 30/9/2009.
pelo respectivo boletim de urna.
Normas correlatas

1
  NE: artigo declarado inconstitucional pelo
Tribunal Pleno do STF, no julgamento da ADI
no 4.543/2011, ocorrido em 6/11/2013.
101
Lei no 9.709/1998
Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA cada um dos Estados e do Congresso Nacional,


por lei complementar, ouvidas as respectivas
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e Assembleias Legislativas.
eu sanciono a seguinte Lei: § 1o  Proclamado o resultado da consulta ple-
biscitária, sendo favorável à alteração territorial
Art. 1o  A soberania popular é exercida por prevista no caput, o projeto de lei complementar
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, respectivo será proposto perante qualquer das
com valor igual para todos, nos termos desta Casas do Congresso Nacional.
Lei e das normas constitucionais pertinentes, § 2o  À Casa perante a qual tenha sido apre-
mediante: sentado o projeto de lei complementar referido
I – plebiscito; no parágrafo anterior compete proceder à audi-
II – referendo; ência das respectivas Assembleias Legislativas.
III – iniciativa popular. § 3o  Na oportunidade prevista no parágrafo
anterior, as respectivas Assembleias Legislati-
Art. 2o  Plebiscito e referendo são consultas vas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a
formuladas ao povo para que delibere sobre matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional
matéria de acentuada relevância, de natureza os detalhamentos técnicos concernentes aos
constitucional, legislativa ou administrativa. aspectos administrativos, financeiros sociais e
§ 1o  O plebiscito é convocado com ante- econômicos da área geopolítica afetada.
rioridade a ato legislativo ou administrativo, § 4o  O Congresso Nacional, ao aprovar a lei
cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar complementar, tomará em conta as informações
o que lhe tenha sido submetido. técnicas a que se refere o parágrafo anterior.
§ 2o  O referendo é convocado com poste-
rioridade a ato legislativo ou administrativo, Art. 5o  O plebiscito destinado à criação, à in-
cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou corporação, à fusão e ao desmembramento de
rejeição. Municípios, será convocado pela Assembleia
Legislativa, de conformidade com a legislação
Art. 3o  Nas questões de relevância nacional, de federal e estadual.
competência do Poder Legislativo ou do Poder
Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Cons- Art. 6o  Nas demais questões, de competência
tituição Federal, o plebiscito e o referendo são dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
convocados mediante decreto legislativo, por pios, o plebiscito e o referendo serão convoca-
proposta de um terço, no mínimo, dos membros dos de conformidade, respectivamente, com a
que compõe qualquer das Casas do Congresso Constituição Estadual e com a Lei Orgânica.
Nacional, de conformidade com esta Lei.
Art. 7o  Nas consultas plebiscitárias previstas
Art. 4   A incorporação de Estados entre si,
o
nos arts.  4o e 5o entende-se por população
subdivisão ou desmembramento para se ane- diretamente interessada tanto a do território
xarem a outros, ou formarem novos Estados ou que se pretende desmembrar, quanto a do que
Territórios Federais, dependem da aprovação da sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou
Eleições

população diretamente interessada, por meio de anexação, tanto a população da área que se quer
plebiscito realizado na mesma data e horário em anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e
102
a vontade popular se aferirá pelo percentual que Art. 12.  A tramitação dos projetos de ple-
se manifestar em relação ao total da população biscito e referendo obedecerá às normas do
consultada. Regimento Comum do Congresso Nacional.

Art. 8o  Aprovado o ato convocatório, o Pre- Art. 13.  A iniciativa popular consiste na


sidente do Congresso Nacional dará ciência à apresentação de projeto de lei à Câmara dos
Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites Deputados, subscrito por, no mínimo, um por
de sua circunscrição: cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
I – fixar a data da consulta popular; menos por cinco Estados, com não menos de
II – tornar pública a cédula respectiva; três décimos por cento dos eleitores de cada
III – expedir instruções para a realização do um deles.
plebiscito ou referendo; § 1o  O projeto de lei de iniciativa popular
IV – assegurar a gratuidade nos meios de deverá circunscrever-se a um só assunto.
comunicação de massa concessionários de ser- § 2o  O projeto de lei de iniciativa popular
viço público, aos partidos políticos a às frentes não poderá ser rejeitado por vício de forma,
suprapartidárias organizadas pela sociedade cabendo à Câmara dos Deputados, por seu
civil em torno da matéria em questão, para a órgão competente, providenciar a correção de
divulgação de seus postulados referentes ao eventuais impropriedades de técnica legislativa
tema sob consulta. ou de redação.

Art. 9o  Convocado o plebiscito, o projeto legis- Art. 14.  A Câmara dos Deputados, verificando
lativo ou medida administrativa não efetivada, o cumprimento das exigências estabelecidas no
cujas matérias constituam objeto da consulta art. 13 e respectivos parágrafos, dará seguimen-
popular, terá sustada sua tramitação, até que o to à iniciativa popular, consoante as normas do
resultado das urnas seja proclamado. Regimento Interno.

Art. 10.  O plebiscito ou referendo, convocado Art. 15.  Esta Lei entra em vigor na data de
nos termos da presente Lei, será considerado sua publicação.
aprovado ou rejeitado por maioria simples,
de acordo com o resultado homologado pelo Brasília, 18 de novembro de 1998; 177o da In-
Tribunal Superior Eleitoral. dependência e 110o da República.

Art. 11.  O referendo pode ser convocado no FERNANDO HENRIQUE CARDOSO –


prazo de trinta dias, a contar da promulgação Renan Calheiros
de lei ou adoção de medida administrativa, que
se relacione de maneira direta com a consulta Promulgada em 18/11/1998 e publicada no DOU
popular. de 19/11/1998. Normas correlatas

103
Lei no 9.504/1997
Estabelece normas para as eleições.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, de um candidato com a mesma votação,


no exercício do cargo de PRESIDENTE DA qualificar-se-á o mais idoso.
REPÚBLICA § 4o  A eleição do Presidente importará a do
candidato a Vice-Presidente com ele registrado,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta o mesmo se aplicando à eleição de Governador.
e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 3o  Será considerado eleito Prefeito o
Disposições Gerais candidato que obtiver a maioria dos votos, não
computados os em branco e os nulos.
Art. 1o  As eleições para Presidente e Vice- § 1o  A eleição do Prefeito importará a do
-Presidente da República, Governador e Vice- candidato a Vice-Prefeito com ele registrado.
-Governador de Estado e do Distrito Federal, § 2o  Nos Municípios com mais de duzentos
Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado mil eleitores, aplicar-se-ão as regras estabeleci-
Federal, Deputado Estadual, Deputado Dis- das nos §§ 1o a 3o do artigo anterior.
trital e Vereador dar-se-ão, em todo o País,
no primeiro domingo de outubro do ano Art. 4o  Poderá participar das eleições o par-
respectivo. tido que, até um ano antes do pleito, tenha
Parágrafo único.  Serão realizadas simulta- registrado seu estatuto no Tribunal Superior
neamente as eleições: Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha,
I – para Presidente e Vice-Presidente da até a data da convenção, órgão de direção
República, Governador e Vice-Governador de constituído na circunscrição, de acordo com
Estado e do Distrito Federal, Senador, Depu- o respectivo estatuto.
tado Federal, Deputado Estadual e Deputado
Distrital; Art. 5o  Nas eleições proporcionais, contam-se
II – para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. como válidos apenas os votos dados a can-
didatos regularmente inscritos e às legendas
Art. 2o  Será considerado eleito o candidato partidárias.
a Presidente ou a Governador que obtiver a
maioria absoluta de votos, não computados os Das Coligações
em branco e os nulos.
§ 1o  Se nenhum candidato alcançar maioria Art. 6o  É facultado aos partidos políticos,
absoluta na primeira votação, far-se-á nova dentro da mesma circunscrição, celebrar coli-
eleição no último domingo de outubro, con- gações para eleição majoritária, proporcional,
correndo os dois candidatos mais votados, e ou para ambas, podendo, neste último caso,
considerando-se eleito o que obtiver a maioria formar-se mais de uma coligação para a eleição
dos votos válidos. proporcional dentre os partidos que integram
§ 2o  Se, antes de realizado o segundo turno, a coligação para o pleito majoritário.1
ocorrer morte, desistência ou impedimento § 1o  A coligação terá denominação própria,
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os que poderá ser a junção de todas as siglas dos
remanescentes, o de maior votação. partidos que a integram, sendo a ela atribuí-
Eleições

§ 3o  Se, na hipótese dos parágrafos ante-


riores, remanescer em segundo lugar mais   Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.
1

104
das as prerrogativas e obrigações de partido § 5o  A responsabilidade pelo pagamento de
político no que se refere ao processo eleitoral, multas decorrentes de propaganda eleitoral é
e devendo funcionar como um só partido no solidária entre os candidatos e os respectivos
relacionamento com a Justiça Eleitoral e no partidos, não alcançando outros partidos
trato dos interesses interpartidários. mesmo quando integrantes de uma mesma
§ 1o-A.  A denominação da coligação não coligação.
poderá coincidir, incluir ou fazer referência
a nome ou número de candidato, nem conter Das Convenções para a Escolha de
pedido de voto para partido político. Candidatos
§ 2o  Na propaganda para eleição majo-
ritária, a coligação usará, obrigatoriamente, Art. 7o  As normas para a escolha e substi-
sob sua denominação, as legendas de todos os tuição dos candidatos e para a formação de
partidos que a integram; na propaganda para coligações serão estabelecidas no estatuto do
eleição proporcional, cada partido usará apenas partido, observadas as disposições desta Lei.2
sua legenda sob o nome da coligação. § 1o  Em caso de omissão do estatuto, caberá
§ 3o  Na formação de coligações, devem ser ao órgão de direção nacional do partido esta-
observadas, ainda, as seguintes normas: belecer as normas a que se refere este artigo,
I – na chapa de coligação, podem inscrever- publicando-as no Diário Oficial da União até
-se candidatos filiados a qualquer partido cento e oitenta dias antes das eleições.
político dela integrante; § 2o  Se a convenção partidária de nível
II – o pedido de registro dos candidatos deve inferior se opuser, na deliberação sobre coliga-
ser subscrito pelos presidentes dos partidos ções, às diretrizes legitimamente estabelecidas
coligados, por seus delegados, pela maioria dos pelo órgão de direção nacional, nos termos do
membros dos respectivos órgãos executivos de respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a
direção ou por representante da coligação, na deliberação e os atos dela decorrentes.
forma do inciso III; § 3 o  As anulações de deliberações dos
III – os partidos integrantes da coligação atos decorrentes de convenção partidária, na
devem designar um representante, que terá condição acima estabelecida, deverão ser co-
atribuições equivalentes às de presidente de municadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30
partido político, no trato dos interesses e na (trinta) dias após a data limite para o registro
representação da coligação, no que se refere de candidatos.
ao processo eleitoral; § 4o  Se, da anulação, decorrer a necessidade
IV – a coligação será representada perante de escolha de novos candidatos, o pedido de
a Justiça Eleitoral pela pessoa designada na registro deverá ser apresentado à Justiça Elei-
forma do inciso III ou por delegados indica- toral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação,
dos pelos partidos que a compõem, podendo observado o disposto no art. 13.
nomear até:
a)  três delegados perante o Juízo Eleitoral; Art. 8o  A escolha dos candidatos pelos parti-
b)  quatro delegados perante o Tribunal dos e a deliberação sobre coligações deverão ser
Regional Eleitoral; feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do
c)  cinco delegados perante o Tribunal Su- ano em que se realizarem as eleições, lavrando-
perior Eleitoral. -se a respectiva ata em livro aberto, rubricado
§ 4o  O partido político coligado somente pela Justiça Eleitoral, publicada em vinte e qua-
possui legitimidade para atuar de forma isolada tro horas em qualquer meio de comunicação.3
Normas correlatas

no processo eleitoral quando questionar a va-


lidade da própria coligação, durante o período 2
  Lei no 12.034/2009.
compreendido entre a data da convenção e o 3
  Leis nos 13.165/2015 e 12.891/2013. NE: o STF, por
termo final do prazo para a impugnação do maioria, deferiu a medida cautelar para suspender
registro de candidatos. a eficácia do § 1o, conforme a ADI no 2.530/2001.
105
§ 1o  Aos detentores de mandato de De- § 3o  Do número de vagas resultante das
putado Federal, Estadual ou Distrital, ou de regras previstas neste artigo, cada partido ou
Vereador, e aos que tenham exercido esses coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta
cargos em qualquer período da legislatura que por cento) e o máximo de 70% (setenta por
estiver em curso, é assegurado o registro de cento) para candidaturas de cada sexo.
candidatura para o mesmo cargo pelo partido § 4o  Em todos os cálculos, será sempre des-
a que estejam filiados. prezada a fração, se inferior a meio, e igualada
§ 2o  Para a realização das convenções de a um, se igual ou superior.
escolha de candidatos, os partidos políticos § 5o  No caso de as convenções para a es-
poderão usar gratuitamente prédios públicos, colha de candidatos não indicarem o número
responsabilizando-se por danos causados com máximo de candidatos previsto no caput, os
a realização do evento. órgãos de direção dos partidos respectivos
poderão preencher as vagas remanescentes até
Art. 9o  Para concorrer às eleições, o candidato trinta dias antes do pleito.
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva
circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um Art. 11.  Os partidos e coligações solicitarão
ano antes do pleito, e estar com a filiação defe- à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos
rida pelo partido no mínimo seis meses antes até as dezenove horas do dia 15 de agosto do
da data da eleição.4 ano em que se realizarem as eleições.6
Parágrafo único.  Havendo fusão ou incor- § 1o  O pedido de registro deve ser instruído
poração de partidos após o prazo estipulado no com os seguintes documentos:
caput, será considerada, para efeito de filiação I – cópia da ata a que se refere o art. 8o;
partidária, a data de filiação do candidato ao II – autorização do candidato, por escrito;
partido de origem. III – prova de filiação partidária;
IV – declaração de bens, assinada pelo
Do Registro de Candidatos candidato;
V – cópia do título eleitoral ou certidão,
Art. 10.  Cada partido ou coligação poderá fornecida pelo cartório eleitoral, de que o can-
registrar candidatos para a Câmara dos De- didato é eleitor na circunscrição ou requereu
putados, a Câmara Legislativa, as Assembleias sua inscrição ou transferência de domicílio no
Legislativas e as Câmaras Municipais no total prazo previsto no art. 9o;
de até 150% (cento e cinquenta por cento) do VI – certidão de quitação eleitoral;
número de lugares a preencher, salvo:5 VII – certidões criminais fornecidas pelos
I – nas unidades da Federação em que o nú- órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral,
mero de lugares a preencher para a Câmara dos Federal e Estadual;
Deputados não exceder a doze, nas quais cada VIII – fotografia do candidato, nas dimen-
partido ou coligação poderá registrar candida- sões estabelecidas em instrução da Justiça Elei-
tos a Deputado Federal e a Deputado Estadual toral, para efeito do disposto no § 1o do art. 59.
ou Distrital no total de até 200% (duzentos por IX – propostas defendidas pelo candidato a
cento) das respectivas vagas; Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente
II – nos Municípios de até cem mil eleitores, da República.
nos quais cada coligação poderá registrar candi- § 2o  A idade mínima constitucionalmente
datos no total de até 200% (duzentos por cento) estabelecida como condição de elegibilidade é
do número de lugares a preencher. verificada tendo por referência a data da posse,
§ 1o (Revogado) salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese
§ 2o (Revogado) em que será aferida na data-limite para o pe-
dido de registro.
Eleições

4
  Lei no 13.165/2015.
5
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.   Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013 e 12.034/2009.
6

106
§ 3o  Caso entenda necessário, o Juiz abrirá § 9o  A Justiça Eleitoral enviará aos partidos
prazo de setenta e duas horas para diligências. políticos, na respectiva circunscrição, até o dia
§ 4o  Na hipótese de o partido ou coligação 5 de junho do ano da eleição, a relação de todos
não requerer o registro de seus candidatos, os devedores de multa eleitoral, a qual embasará
estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleito- a expedição das certidões de quitação eleitoral.
ral, observado o prazo máximo de quarenta e § 10.  As condições de elegibilidade e as
oito horas seguintes à publicação da lista dos causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
candidatos pela Justiça Eleitoral. momento da formalização do pedido de regis-
§ 5o  Até a data a que se refere este artigo, tro da candidatura, ressalvadas as alterações,
os Tribunais e Conselhos de Contas deverão fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro
tornar disponíveis à Justiça Eleitoral relação dos que afastem a inelegibilidade.
que tiveram suas contas relativas ao exercício de § 11.  A Justiça Eleitoral observará, no par-
cargos ou funções públicas rejeitadas por irre- celamento a que se refere o § 8o deste artigo, as
gularidade insanável e por decisão irrecorrível regras de parcelamento previstas na legislação
do órgão competente, ressalvados os casos em tributária federal.
que a questão estiver sendo submetida à apre- § 12.  (Vetado)
ciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença § 13.  Fica dispensada a apresentação pelo
judicial favorável ao interessado. partido, coligação ou candidato de documentos
§ 6o  A Justiça Eleitoral possibilitará aos in- produzidos a partir de informações detidas pela
teressados acesso aos documentos apresentados Justiça Eleitoral, entre eles os indicados nos
para os fins do disposto no § 1o. incisos III, V e VI do § 1o deste artigo.
§ 7o  A certidão de quitação eleitoral abran-
gerá exclusivamente a plenitude do gozo dos Art. 12.  O candidato às eleições proporcionais
direitos políticos, o regular exercício do voto, o indicará, no pedido de registro, além de seu
atendimento a convocações da Justiça Eleitoral nome completo, as variações nominais com que
para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a deseja ser registrado, até o máximo de três op-
inexistência de multas aplicadas, em caráter ções, que poderão ser o prenome, sobrenome,
definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remiti- cognome, nome abreviado, apelido ou nome
das, e a apresentação de contas de campanha pelo qual é mais conhecido, desde que não se
eleitoral. estabeleça dúvida quanto à sua identidade, não
§ 8o  Para fins de expedição da certidão atente contra o pudor e não seja ridículo ou
de que trata o §  7o, considerar-se-ão quites irreverente, mencionando em que ordem de
aqueles que: preferência deseja registrar-se.
I – condenados ao pagamento de multa, § 1o  Verificada a ocorrência de homonímia,
tenham, até a data da formalização do seu pe- a Justiça Eleitoral procederá atendendo ao
dido de registro de candidatura, comprovado seguinte:
o pagamento ou o parcelamento da dívida I – havendo dúvida, poderá exigir do candi-
regularmente cumprido; dato prova de que é conhecido por dada opção
II – pagarem a multa que lhes couber indivi- de nome, indicada no pedido de registro;
dualmente, excluindo-se qualquer modalidade II – ao candidato que, na data máxima pre-
de responsabilidade solidária, mesmo quando vista para o registro, esteja exercendo mandato
imposta concomitantemente com outros can- eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro
didatos e em razão do mesmo fato. anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha can-
III – o parcelamento das multas eleitorais é didatado com um dos nomes que indicou, será
Normas correlatas

direito do cidadão, seja ele eleitor ou candidato, deferido o seu uso no registro, ficando outros
e dos partidos políticos, podendo ser parcela- candidatos impedidos de fazer propaganda com
das em até 60 (sessenta) meses, desde que não esse mesmo nome;
ultrapasse o limite de 10% (dez por cento) de III – ao candidato que, pela sua vida política,
sua renda. social ou profissional, seja identificado por um
107
dado nome que tenha indicado, será deferido o § 1o  A escolha do substituto far-se-á na
registro com esse nome, observado o disposto forma estabelecida no estatuto do partido a que
na parte final do inciso anterior; pertencer o substituído, e o registro deverá ser
IV – tratando-se de candidatos cuja ho- requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou
monímia não se resolva pelas regras dos dois da notificação do partido da decisão judicial
incisos anteriores, a Justiça Eleitoral deverá que deu origem à substituição.
notificá-los para que, em dois dias, cheguem § 2o  Nas eleições majoritárias, se o candida-
a acordo sobre os respectivos nomes a serem to for de coligação, a substituição deverá fazer-
usados; -se por decisão da maioria absoluta dos órgãos
V – não havendo acordo no caso do inciso executivos de direção dos partidos coligados,
anterior, a Justiça Eleitoral registrará cada podendo o substituto ser filiado a qualquer
candidato com o nome e sobrenome constantes partido dela integrante, desde que o partido
do pedido de registro, observada a ordem de ao qual pertencia o substituído renuncie ao
preferência ali definida. direito de preferência.
§ 2o  A Justiça Eleitoral poderá exigir do § 3o  Tanto nas eleições majoritárias como
candidato prova de que é conhecido por de- nas proporcionais, a substituição só se efetivará
terminada opção de nome por ele indicado, se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte)
quando seu uso puder confundir o eleitor. dias antes do pleito, exceto em caso de faleci-
§ 3 o  A Justiça Eleitoral indeferirá todo mento de candidato, quando a substituição
pedido de variação de nome coincidente com poderá ser efetivada após esse prazo.
nome de candidato a eleição majoritária, salvo
para candidato que esteja exercendo mandato Art. 14.  Estão sujeitos ao cancelamento do
eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro registro os candidatos que, até a data da elei-
anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha con- ção, forem expulsos do partido, em processo
corrido em eleição com o nome coincidente. no qual seja assegurada ampla defesa e sejam
§ 4o  Ao decidir sobre os pedidos de registro, observadas as normas estatutárias.
a Justiça Eleitoral publicará as variações de Parágrafo único.  O cancelamento do regis-
nome deferidas aos candidatos. tro do candidato será decretado pela Justiça
§ 5o  A Justiça Eleitoral organizará e publica- Eleitoral, após solicitação do partido.
rá, até trinta dias antes da eleição, as seguintes
relações, para uso na votação e apuração: Art. 15.  A identificação numérica dos can-
I – a primeira, ordenada por partidos, com didatos se dará mediante a observação dos
a lista dos respectivos candidatos em ordem seguintes critérios:
numérica, com as três variações de nome cor- I – os candidatos aos cargos majoritários
respondentes a cada um, na ordem escolhida concorrerão com o número identificador do
pelo candidato; partido ao qual estiverem filiados;
II – a segunda, com o índice onomástico e II – os candidatos à Câmara dos Deputados
organizada em ordem alfabética, nela constan- concorrerão com o número do partido ao qual
do o nome completo de cada candidato e cada estiverem filiados, acrescido de dois algarismos
variação de nome, também em ordem alfabé- à direita;
tica, seguidos da respectiva legenda e número. III – os candidatos às Assembleias Legisla-
tivas e à Câmara Distrital concorrerão com o
Art. 13.  É facultado ao partido ou coligação número do partido ao qual estiverem filiados
substituir candidato que for considerado ine- acrescido de três algarismos à direita;
legível, renunciar ou falecer após o termo final IV – o Tribunal Superior Eleitoral baixará
do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro resolução sobre a numeração dos candidatos
indeferido ou cancelado.7 concorrentes às eleições municipais.
Eleições

§ 1o  Aos partidos fica assegurado o direito


7
  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009. de manter os números atribuídos à sua legen-
108
da na eleição anterior, e aos candidatos, nesta da ao deferimento de seu registro por instância
hipótese, o direito de manter os números que superior.9
lhes foram atribuídos na eleição anterior para Parágrafo único.  O cômputo, para o respec-
o mesmo cargo. tivo partido ou coligação, dos votos atribuídos
§ 2o  Aos candidatos a que se refere o § 1o ao candidato cujo registro esteja sub judice no
do art. 8o, é permitido requerer novo número dia da eleição fica condicionado ao deferimento
ao órgão de direção de seu partido, indepen- do registro do candidato.
dentemente do sorteio a que se refere o § 2o
do art. 100 da Lei no 4.737, de 15 de julho de Art. 16-B.  O disposto no art.  16-A quanto
1965 – Código Eleitoral. ao direito de participar da campanha eleitoral,
§ 3 o  Os candidatos de coligações, nas inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito,
eleições majoritárias, serão registrados com aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido
o número de legenda do respectivo partido de registro tenha sido protocolado no prazo
e, nas eleições proporcionais, com o número legal e ainda não tenha sido apreciado pela
de legenda do respectivo partido acrescido do Justiça Eleitoral.10
número que lhes couber, observado o disposto
no parágrafo anterior. Da Arrecadação e da Aplicação de
Recursos nas Campanhas Eleitorais
Art. 16.  Até vinte dias antes da data das elei-
ções, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão Art. 17.  As despesas da campanha eleitoral
ao Tribunal Superior Eleitoral, para fins de serão realizadas sob a responsabilidade dos
centralização e divulgação de dados, a relação partidos, ou de seus candidatos, e financiadas
dos candidatos às eleições majoritárias e pro- na forma desta Lei.
porcionais, da qual constará obrigatoriamente a
referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.8 Art. 17-A. (Revogado)11
§ 1o  Até a data prevista no caput, todos os
pedidos de registro de candidatos, inclusive os Art. 18.  Os limites de gastos de campanha,
impugnados e os respectivos recursos, devem em cada eleição, são os definidos pelo Tribunal
estar julgados pelas instâncias ordinárias, e Superior Eleitoral com base nos parâmetros
publicadas as decisões a eles relativas. definidos em lei.12
§ 2o  Os processos de registro de candida- § 1o (Revogado)
turas terão prioridade sobre quaisquer outros, § 2o (Revogado)
devendo a Justiça Eleitoral adotar as providên-
cias necessárias para o cumprimento do prazo Art. 18-A.  Serão contabilizadas nos limites de
previsto no § 1o, inclusive com a realização de gastos de cada campanha as despesas efetuadas
sessões extraordinárias e a convocação dos pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos
juízes suplentes pelos Tribunais, sem prejuízo que puderem ser individualizadas.13
da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de
representação ao Conselho Nacional de Justiça. Art. 18-B.  O descumprimento dos limites de
gastos fixados para cada campanha acarretará
Art. 16-A.  O candidato cujo registro esteja
sub judice poderá efetuar todos os atos relati- 9
  Lei no 12.034/2009.
vos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o 10
  Lei no 12.891/2013.
horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão
Normas correlatas

11
  Leis nos 13.165/2015 e 11.300/2006.
e ter seu nome mantido na urna eletrônica 12
  Leis nos 13.165/2015 e 11.300/2006. Ver Resolução
enquanto estiver sob essa condição, ficando a do TSE no  23.459/2015, que estabelece os limites
validade dos votos a ele atribuídos condiciona- de gastos para as campanhas eleitorais municipais
de 2016.
8
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009. 13
  Lei no 13.165/2015.
109
o pagamento de multa em valor equivalente em Municípios onde não haja agência bancária
a 100% (cem por cento) da quantia que ul- ou posto de atendimento bancário.
trapassar o limite estabelecido, sem prejuízo § 3o  O uso de recursos financeiros para
da apuração da ocorrência de abuso do poder pagamentos de gastos eleitorais que não pro-
econômico.14 venham da conta específica de que trata o
caput deste artigo implicará a desaprovação da
Art. 19. (Revogado)15 prestação de contas do partido ou candidato;
comprovado abuso de poder econômico, será
Art. 20.  O candidato a cargo eletivo fará, cancelado o registro da candidatura ou cassado
diretamente ou por intermédio de pessoa por o diploma, se já houver sido outorgado.
ele designada, a administração financeira de § 4o  Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral
sua campanha usando recursos repassados pelo remeterá cópia de todo o processo ao Ministé-
partido, inclusive os relativos à cota do Fundo rio Público Eleitoral para os fins previstos no
Partidário, recursos próprios ou doações de pes- art.  22 da Lei Complementar no  64, de 18 de
soas físicas, na forma estabelecida nesta Lei.16 maio de 1990.

Art. 21.  O candidato é solidariamente respon- Art. 22-A.  Os candidatos estão obrigados


sável com a pessoa indicada na forma do art. 20 à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa
desta Lei pela veracidade das informações finan- Jurídica – CNPJ.19
ceiras e contábeis de sua campanha, devendo § 1o  Após o recebimento do pedido de re-
ambos assinar a respectiva prestação de contas.17 gistro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá
fornecer em até 3 (três) dias úteis, o número de
Art. 22.  É obrigatório para o partido e para registro de CNPJ.
os candidatos abrir conta bancária específica § 2o  Cumprido o disposto no § 1o deste arti-
para registrar todo o movimento financeiro da go e no § 1o do art. 22, ficam os candidatos au-
campanha.18 torizados a promover a arrecadação de recursos
§ 1o  Os bancos são obrigados a: financeiros e a realizar as despesas necessárias
I – acatar, em até três dias, o pedido de aber- à campanha eleitoral.
tura de conta de qualquer candidato escolhido
em convenção, sendo-lhes vedado condicioná- Art. 23.  Pessoas físicas poderão fazer doações
-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para
de outras despesas de manutenção; campanhas eleitorais, obedecido o disposto
II – identificar, nos extratos bancários das nesta Lei.20
contas correntes a que se refere o caput, o CPF § 1o  As doações e contribuições de que trata
ou o CNPJ do doador. este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento)
III – encerrar a conta bancária no final do dos rendimentos brutos auferidos pelo doador
ano da eleição, transferindo a totalidade do sal- no ano anterior à eleição.
do existente para a conta bancária do órgão de I – (Revogado);
direção indicado pelo partido, na forma prevista II – (Revogado).
no art. 31, e informar o fato à Justiça Eleitoral. § 1o-A.  O candidato poderá usar recursos
§ 2o  O disposto neste artigo não se aplica aos próprios em sua campanha até o limite de
casos de candidatura para Prefeito e Vereador gastos estabelecido nesta Lei para o cargo ao
qual concorre.
14
  Lei no 13.165/2015. § 2o  As doações estimáveis em dinheiro a
15
  Lei no 13.165/2015. candidato específico, comitê ou partido deve-
16
  Lei no 13.165/2015.
Eleições

17
  Lei no 11.300/2006.   Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.
19

18
  Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009 e   Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009 e
20

11.300/2006. 11.300/2006.
110
rão ser feitas mediante recibo, assinado pelo I – entidade ou governo estrangeiro;
doador, exceto na hipótese prevista no § 6o do II – órgão da administração pública direta
art. 28. e indireta ou fundação mantida com recursos
§ 3o  A doação de quantia acima dos limites provenientes do Poder Público;
fixados neste artigo sujeita o infrator ao paga- III – concessionário ou permissionário de
mento de multa no valor de cinco a dez vezes serviço público;
a quantia em excesso. IV – entidade de direito privado que receba,
§ 4o  As doações de recursos financeiros na condição de beneficiária, contribuição com-
somente poderão ser efetuadas na conta men- pulsória em virtude de disposição legal;
cionada no art. 22 desta Lei por meio de: V – entidade de utilidade pública;
I – cheques cruzados e nominais ou trans- VI – entidade de classe ou sindical;
ferência eletrônica de depósitos; VII – pessoa jurídica sem fins lucrativos que
II – depósitos em espécie devidamente receba recursos do exterior.
identificados até o limite fixado no inciso I do VIII – entidades beneficentes e religiosas;
§ 1o deste artigo. IX – entidades esportivas;
III – mecanismo disponível em sítio do X – organizações não-governamentais que
candidato, partido ou coligação na internet, recebam recursos públicos;
permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, XI – organizações da sociedade civil de
e que deverá atender aos seguintes requisitos: interesse público.
a)  identificação do doador; XII – (Vetado).
b)  emissão obrigatória de recibo eleitoral § 1o  Não se incluem nas vedações de que
para cada doação realizada. trata este artigo as cooperativas cujos coopera-
§ 5o  Ficam vedadas quaisquer doações em dos não sejam concessionários ou permissioná-
dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas rios de serviços públicos, desde que não estejam
de qualquer espécie feitas por candidato, entre o sendo beneficiadas com recursos públicos,
registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. observado o disposto no art. 81.
§ 6o  Na hipótese de doações realizadas por § 2o (Vetado)
meio da internet, as fraudes ou erros cometidos § 3o (Vetado)
pelo doador sem conhecimento dos candidatos, § 4o  O partido ou candidato que receber
partidos ou coligações não ensejarão a respon- recursos provenientes de fontes vedadas ou
sabilidade destes nem a rejeição de suas contas de origem não identificada deverá proceder à
eleitorais. devolução dos valores recebidos ou, não sendo
§ 7o  O limite previsto no § 1o não se aplica possível a identificação da fonte, transferi-los
a doações estimáveis em dinheiro relativas à para a conta única do Tesouro Nacional.
utilização de bens móveis ou imóveis de pro-
priedade do doador, desde que o valor estimado Art. 24-A. (Vetado)22
não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Art. 24-B. (Vetado)23
Art. 24.  É vedado, a partido e candidato,
receber direta ou indiretamente doação em Art. 24-C.  O limite de doação previsto no
dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive § 1o do art. 23 será apurado anualmente pelo
por meio de publicidade de qualquer espécie, Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da
procedente de:21 Receita Federal do Brasil.24
§ 1o  O Tribunal Superior Eleitoral deverá
Normas correlatas

  Leis nos 13.165/2015, 12.034/2009 e 11.300/2006.


21 consolidar as informações sobre as doações
Ver ADI no  4.650/2011, publicada no DOU de
25/9/2015, que declara “a inconstitucionalidade dos
22
  Lei no 13.165/2015.
dispositivos legais que autorizavam as contribuições 23
  Lei no 13.165/2015.
de pessoas jurídicas às campanhas eleitorais”. 24
  Lei no 13.165/2015.
111
registradas até 31 de dezembro do exercício I – confecção de material impresso de qual-
financeiro a ser apurado, considerando: quer natureza e tamanho, observado o disposto
I – as prestações de contas anuais dos par- no § 3o do art. 38 desta Lei;
tidos políticos, entregues à Justiça Eleitoral até II – propaganda e publicidade direta ou
30 de abril do ano subsequente ao da apuração, indireta, por qualquer meio de divulgação,
nos termos do art. 32 da Lei no 9.096, de 19 de destinada a conquistar votos;
setembro de 1995; III – aluguel de locais para a promoção de
II – as prestações de contas dos candidatos atos de campanha eleitoral;
às eleições ordinárias ou suplementares que IV – despesas com transporte ou desloca-
tenham ocorrido no exercício financeiro a ser mento de candidato e de pessoal a serviço das
apurado. candidaturas;
§ 2o  O Tribunal Superior Eleitoral, após a V – correspondência e despesas postais;
consolidação das informações sobre os valores VI – despesas de instalação, organização e
doados e apurados, encaminhá-las-á à Secreta- funcionamento de Comitês e serviços necessá-
ria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio rios às eleições;
do ano seguinte ao da apuração. VII – remuneração ou gratificação de qual-
§ 3o  A Secretaria da Receita Federal do Brasil quer espécie a pessoal que preste serviços às
fará o cruzamento dos valores doados com os candidaturas ou aos comitês eleitorais;
rendimentos da pessoa física e, apurando indí- VIII – montagem e operação de carros de
cio de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho som, de propaganda e assemelhados;
do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério IX – a realização de comícios ou eventos
Público Eleitoral, que poderá, até o final do destinados à promoção de candidatura;
exercício financeiro, apresentar representação X – produção de programas de rádio, televi-
com vistas à aplicação da penalidade prevista no são ou vídeo, inclusive os destinados à propa-
art. 23 e de outras sanções que julgar cabíveis. ganda gratuita;
XI – (Revogado);
Art. 25.  O partido que descumprir as normas XII – realização de pesquisas ou testes pré-
referentes à arrecadação e aplicação de recursos -eleitorais;
fixadas nesta Lei perderá o direito ao recebimen- XIII – (Revogado);
to da quota do Fundo Partidário do ano seguinte, XIV – (Revogado);
sem prejuízo de responderem os candidatos XV – custos com a criação e inclusão de
beneficiados por abuso do poder econômico.25 sítios na Internet;
Parágrafo único.  A sanção de suspensão do XVI – multas aplicadas aos partidos ou can-
repasse de novas quotas do Fundo Partidário, didatos por infração do disposto na legislação
por desaprovação total ou parcial da prestação eleitoral.
de contas do candidato, deverá ser aplicada de XVII – produção de jingles, vinhetas e slogans
forma proporcional e razoável, pelo período de para propaganda eleitoral.
1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do Parágrafo único.  São estabelecidos os se-
desconto, do valor a ser repassado, na impor- guintes limites com relação ao total do gasto
tância apontada como irregular, não podendo da campanha:
ser aplicada a sanção de suspensão, caso a I – alimentação do pessoal que presta servi-
prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ços às candidaturas ou aos comitês eleitorais:
ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de 10% (dez por cento);
sua apresentação. II – aluguel de veículos automotores: 20%
(vinte por cento).
Art. 26.  São considerados gastos eleitorais, su-
jeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:26 Art. 27.  Qualquer eleitor poderá realizar gastos,
Eleições

em apoio a candidato de sua preferência, até a


  Lei no 12.034/2009.
25
quantia equivalente a um mil UFIR, não sujeitos
112   Leis nos 12.891/2013 e 11.300/2006.
26
a contabilização, desde que não reembolsados.
Da Prestação de Contas § 7o  As informações sobre os recursos recebi-
dos a que se refere o § 4o deverão ser divulgadas
Art. 28.  A prestação de contas será feita:27 com a indicação dos nomes, do CPF ou CNPJ
I – no caso dos candidatos às eleições ma- dos doadores e dos respectivos valores doados.
joritárias, na forma disciplinada pela Justiça § 8o  Os gastos com passagens aéreas efetua-
Eleitoral; dos nas campanhas eleitorais serão comprovados
II – no caso dos candidatos às eleições mediante a apresentação de fatura ou duplicata
proporcionais, de acordo com os modelos emitida por agência de viagem, quando for o caso,
constantes do Anexo desta Lei. desde que informados os beneficiários, as datas e
§ 1o  As prestações de contas dos candidatos os itinerários, vedada a exigência de apresentação
às eleições majoritárias serão feitas pelo pró- de qualquer outro documento para esse fim.
prio candidato, devendo ser acompanhadas § 9o  A Justiça Eleitoral adotará sistema sim-
dos extratos das contas bancárias referentes à plificado de prestação de contas para candidatos
movimentação dos recursos financeiros usados que apresentarem movimentação financeira
na campanha e da relação dos cheques recebi- correspondente a, no máximo, R$  20.000,00
dos, com a indicação dos respectivos números, (vinte mil reais), atualizados monetariamente,
valores e emitentes. a cada eleição, pelo Índice Nacional de Preços
§ 2o  As prestações de contas dos candida- ao Consumidor – INPC da Fundação Instituto
tos às eleições proporcionais serão feitas pelo Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou
próprio candidato. por índice que o substituir.
§ 3o  As contribuições, doações e as receitas § 10.  O sistema simplificado referido no § 9o
de que trata esta Lei serão convertidas em UFIR, deverá conter, pelo menos:
pelo valor desta no mês em que ocorrerem. I – identificação das doações recebidas, com
§ 4o  Os partidos políticos, as coligações e os nomes, o CPF ou CNPJ dos doadores e os
os candidatos são obrigados, durante as campa- respectivos valores recebidos;
nhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela II – identificação das despesas realizadas,
Justiça Eleitoral para esse fim na rede mundial com os nomes e o CPF ou CNPJ dos fornece-
de computadores (internet): dores de material e dos prestadores dos serviços
I – os recursos em dinheiro recebidos para fi- realizados;
nanciamento de sua campanha eleitoral, em até III – registro das eventuais sobras ou dívidas
72 (setenta e duas) horas de seu recebimento; de campanha.
II – no dia 15 de setembro, relatório discri- § 11.  Nas eleições para Prefeito e Vereador
minando as transferências do Fundo Partidá- de Municípios com menos de cinquenta mil
rio, os recursos em dinheiro e os estimáveis eleitores, a prestação de contas será feita sempre
em dinheiro recebidos, bem como os gastos pelo sistema simplificado a que se referem os
realizados. §§ 9o e 10.
§ 5o (Vetado) § 12.  Os valores transferidos pelos partidos
§ 6o  Ficam também dispensadas de com- políticos oriundos de doações serão registrados
provação na prestação de contas: na prestação de contas dos candidatos como
I – a cessão de bens móveis, limitada ao transferência dos partidos e, na prestação de
valor de R$  4.000,00 (quatro mil reais) por contas dos partidos, como transferência aos
pessoa cedente; candidatos, sem individualização dos doadores.
II – doações estimáveis em dinheiro entre
candidatos ou partidos, decorrentes do uso Art. 29.  Ao receber as prestações de contas e
Normas correlatas

comum tanto de sedes quanto de materiais de demais informações dos candidatos às eleições
propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser re- majoritárias e dos candidatos às eleições pro-
gistrado na prestação de contas do responsável porcionais que optarem por prestar contas por
pelo pagamento da despesa. seu intermédio, os comitês deverão:28

  Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013 e 11.300/2006.


27
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.
28
113
I – (Revogado); § 2o  Erros formais e materiais corrigidos
II – resumir as informações contidas na não autorizam a rejeição das contas e a comi-
prestação de contas, de forma a apresentar nação de sanção a candidato ou partido.
demonstrativo consolidado das campanhas; § 2o-A.  Erros formais ou materiais irre-
III – encaminhar à Justiça Eleitoral, até o levantes no conjunto da prestação de contas,
trigésimo dia posterior à realização das elei- que não comprometam o seu resultado, não
ções, o conjunto das prestações de contas dos acarretarão a rejeição das contas.
candidatos e do próprio comitê, na forma do § 3o  Para efetuar os exames de que trata
artigo anterior, ressalvada a hipótese do inciso este artigo, a Justiça Eleitoral poderá requisitar
seguinte; técnicos do Tribunal de Contas da União, dos
IV – havendo segundo turno, encaminhar Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
a prestação de contas, referente aos 2 (dois) pelo tempo que for necessário.
turnos, até o vigésimo dia posterior à sua § 4o  Havendo indício de irregularidade na
realização. prestação de contas, a Justiça Eleitoral poderá
§ 1o (Revogado) requisitar do candidato as informações adi-
§ 2o  A inobservância do prazo para enca- cionais necessárias, bem como determinar
minhamento das prestações de contas impede diligências para a complementação dos dados
a diplomação dos eleitos, enquanto perdurar. ou o saneamento das falhas.
§ 3o  Eventuais débitos de campanha não § 5o  Da decisão que julgar as contas presta-
quitados até a data de apresentação da prestação das pelos candidatos caberá recurso ao órgão
de contas poderão ser assumidos pelo partido superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três)
político, por decisão do seu órgão nacional de dias, a contar da publicação no Diário Oficial.
direção partidária. § 6o  No mesmo prazo previsto no § 5o, ca-
§ 4o  No caso do disposto no § 3o, o órgão berá recurso especial para o Tribunal Superior
partidário da respectiva circunscrição eleitoral Eleitoral, nas hipóteses previstas nos incisos I
passará a responder por todas as dívidas solida- e II do § 4o do art. 121 da Constituição Federal.
riamente com o candidato, hipótese em que a § 7o  O disposto neste artigo aplica-se aos
existência do débito não poderá ser considerada processos judiciais pendentes.
como causa para a rejeição das contas.
Art. 30-A.  Qualquer partido político ou co-
Art. 30.  A Justiça Eleitoral verificará a regu- ligação poderá representar à Justiça Eleitoral,
laridade das contas de campanha, decidindo:29 no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação,
I – pela aprovação, quando estiverem re- relatando fatos e indicando provas, e pedir a
gulares; abertura de investigação judicial para apurar
II – pela aprovação com ressalvas, quando condutas em desacordo com as normas desta
verificadas falhas que não lhes comprometam Lei, relativas à arrecadação e gastos de recur-
a regularidade; sos.30
III – pela desaprovação, quando verificadas § 1o  Na apuração de que trata este artigo,
falhas que lhes comprometam a regularidade; aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22
IV – pela não prestação, quando não apre- da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de
sentadas as contas após a notificação emitida 1990, no que couber.
pela Justiça Eleitoral, na qual constará a obriga- § 2o  Comprovados captação ou gastos ilíci-
ção expressa de prestar as suas contas, no prazo tos de recursos, para fins eleitorais, será negado
de setenta e duas horas. diploma ao candidato, ou cassado, se já houver
§ 1o  A decisão que julgar as contas dos can- sido outorgado.
didatos eleitos será publicada em sessão até três § 3o  O prazo de recurso contra decisões pro-
dias antes da diplomação. feridas em representações propostas com base
Eleições

29
  Leis nos 13.165/2015, 12.034/2009 e 11.300/2006.   Leis nos 12.034/2009 e 11.300/2006.
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114
neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data Parágrafo único.  Estando pendente de jul-
da publicação do julgamento no Diário Oficial. gamento qualquer processo judicial relativo
às contas, a documentação a elas concernente
Art. 31.  Se, ao final da campanha, ocorrer deverá ser conservada até a decisão final.
sobra de recursos financeiros, esta deve ser
declarada na prestação de contas e, após julga- Das Pesquisas e Testes Pré-Eleitorais
dos todos os recursos, transferida ao partido,
obedecendo aos seguintes critérios:31 Art. 33.  As entidades e empresas que reali-
I – no caso de candidato a Prefeito, Vice- zarem pesquisas de opinião pública relativas
-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser às eleições ou aos candidatos, para conhe-
transferidos para o órgão diretivo municipal do cimento público, são obrigadas, para cada
partido na cidade onde ocorreu a eleição, o qual pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral,
será responsável exclusivo pela identificação até cinco dias antes da divulgação, as seguintes
desses recursos, sua utilização, contabilização informações:32
e respectiva prestação de contas perante o juízo I – quem contratou a pesquisa;
eleitoral correspondente; II – valor e origem dos recursos despendidos
II – no caso de candidato a Governador, no trabalho;
Vice-Governador, Senador, Deputado Federal III – metodologia e período de realização
e Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos da pesquisa;
deverão ser transferidos para o órgão diretivo IV – plano amostral e ponderação quanto a
regional do partido no Estado onde ocorreu a sexo, idade, grau de instrução, nível econômi-
eleição ou no Distrito Federal, se for o caso, o co e área física de realização do trabalho a ser
qual será responsável exclusivo pela identifica- executado, intervalo de confiança e margem
ção desses recursos, sua utilização, contabili- de erro;
zação e respectiva prestação de contas perante V – sistema interno de controle e verificação,
o Tribunal Regional Eleitoral correspondente; conferência e fiscalização da coleta de dados e
III – no caso de candidato a Presidente e do trabalho de campo;
Vice-Presidente da República, esses recursos VI – questionário completo aplicado ou a
deverão ser transferidos para o órgão diretivo ser aplicado;
nacional do partido, o qual será responsável VII – nome de quem pagou pela realização
exclusivo pela identificação desses recursos, sua do trabalho e cópia da respectiva nota fiscal.
utilização, contabilização e respectiva prestação § 1o  As informações relativas às pesquisas
de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral; serão registradas nos órgãos da Justiça Elei-
IV – o órgão diretivo nacional do partido não toral aos quais compete fazer o registro dos
poderá ser responsabilizado nem penalizado candidatos.
pelo descumprimento do disposto neste artigo § 2o  A Justiça Eleitoral afixará no prazo de
por parte dos órgãos diretivos municipais e vinte e quatro horas, no local de costume, bem
regionais. como divulgará em seu sítio na internet, aviso
Parágrafo único.  As sobras de recursos finan- comunicando o registro das informações a que
ceiros de campanha serão utilizadas pelos parti- se refere este artigo, colocando-as à disposição
dos políticos, devendo tais valores ser declarados dos partidos ou coligações com candidatos ao
em suas prestações de contas perante a Justiça pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo
Eleitoral, com a identificação dos candidatos. prazo de 30 (trinta) dias.
§ 3o  A divulgação de pesquisa sem o prévio
Normas correlatas

Art. 32.  Até cento e oitenta dias após a diplo- registro das informações de que trata este arti-
mação, os candidatos ou partidos conservarão go sujeita os responsáveis a multa no valor de
a documentação concernente a suas contas. cinquenta mil a cem mil UFIR.

  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.


31
  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.
32

115
§ 4o  A divulgação de pesquisa fraudulenta anterior à escolha pelo partido, de propagan-
constitui crime, punível com detenção de seis da intrapartidária com vista à indicação de
meses a um ano e multa no valor de cinquenta seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e
mil a cem mil UFIR. outdoor.
§ 5o  É vedada, no período de campanha § 2o  No segundo semestre do ano da eleição,
eleitoral, a realização de enquetes relacionadas não será veiculada a propaganda partidária
ao processo eleitoral. gratuita prevista em lei nem permitido qualquer
tipo de propaganda política paga no rádio e na
Art. 34. (Vetado) televisão.
§ 1o  Mediante requerimento à Justiça Elei- § 3o  A violação do disposto neste artigo
toral, os partidos poderão ter acesso ao sistema sujeitará o responsável pela divulgação da pro-
interno de controle, verificação e fiscalização da paganda e, quando comprovado o seu prévio
coleta de dados das entidades que divulgaram conhecimento, o beneficiário à multa no valor
pesquisas de opinião relativas às eleições, inclu- de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00
ídos os referentes à identificação dos entrevis- (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao
tadores e, por meio de escolha livre e aleatória custo da propaganda, se este for maior.
de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, § 4o  Na propaganda dos candidatos a cargo
confrontar e conferir os dados publicados, pre- majoritário deverão constar, também, os nomes
servada a identidade dos respondentes. dos candidatos a vice ou a suplentes de senador,
§ 2o  O não-cumprimento do disposto nes- de modo claro e legível, em tamanho não infe-
te artigo ou qualquer ato que vise a retardar, rior a 30% (trinta por cento) do nome do titular.
impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos § 5o  A comprovação do cumprimento das
partidos constitui crime, punível com deten- determinações da Justiça Eleitoral relacionadas
ção, de seis meses a um ano, com a alternativa a propaganda realizada em desconformidade
de prestação de serviços à comunidade pelo com o disposto nesta Lei poderá ser apresen-
mesmo prazo, e multa no valor de dez mil a tada no Tribunal Superior Eleitoral, no caso de
vinte mil UFIR. candidatos a Presidente e Vice-Presidente da
§ 3o  A comprovação de irregularidade nos República, nas sedes dos respectivos Tribunais
dados publicados sujeita os responsáveis às Regionais Eleitorais, no caso de candidatos
penas mencionadas no parágrafo anterior, sem a Governador, Vice-Governador, Deputado
prejuízo da obrigatoriedade da veiculação dos Federal, Senador da República, Deputados
dados corretos no mesmo espaço, local, horário, Estadual e Distrital, e, no Juízo Eleitoral, na
página, caracteres e outros elementos de desta- hipótese de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito
que, de acordo com o veículo usado. e Vereador.

Art. 35.  Pelos crimes definidos nos arts.  33, Art. 36-A.  Não configuram propaganda
§ 4o e 34, §§ 2o e 3o, podem ser responsabilizados eleitoral antecipada, desde que não envolvam
penalmente os representantes legais da empresa pedido explícito de voto, a menção à pretensa
ou entidade de pesquisa e do órgão veiculador. candidatura, a exaltação das qualidades pesso-
ais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que
Da Propaganda Eleitoral em Geral poderão ter cobertura dos meios de comuni-
cação social, inclusive via internet:34
Art. 36.  A propaganda eleitoral somente é I – a participação de filiados a partidos
permitida após o dia 15 de agosto do ano da políticos ou de pré-candidatos em entrevistas,
eleição.33 programas, encontros ou debates no rádio, na
§ 1o  Ao postulante a candidatura a cargo televisão e na internet, inclusive com a exposi-
eletivo é permitida a realização, na quinzena ção de plataformas e projetos políticos, obser-
Eleições

33
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.   Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013 e 12.034/2009.
34

116
vado pelas emissoras de rádio e de televisão o Parágrafo único.  Nos casos permitidos
dever de conferir tratamento isonômico; de convocação das redes de radiodifusão, é
II – a realização de encontros, seminários ou vedada a utilização de símbolos ou imagens,
congressos, em ambiente fechado e a expensas exceto aqueles previstos no § 1o do art. 13 da
dos partidos políticos, para tratar da organiza- Constituição Federal.
ção dos processos eleitorais, discussão de po-
líticas públicas, planos de governo ou alianças Art. 37.  Nos bens cujo uso dependa de cessão
partidárias visando às eleições, podendo tais ou permissão do poder público, ou que a ele
atividades ser divulgadas pelos instrumentos pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive
de comunicação intrapartidária; postes de iluminação pública, sinalização de
III – a realização de prévias partidárias e a tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas
respectiva distribuição de material informativo, de ônibus e outros equipamentos urbanos, é
a divulgação dos nomes dos filiados que par- vedada a veiculação de propaganda de qual-
ticiparão da disputa e a realização de debates quer natureza, inclusive pichação, inscrição a
entre os pré-candidatos; tinta e exposição de placas, estandartes, faixas,
IV – a divulgação de atos de parlamentares cavaletes, bonecos e assemelhados.36
e debates legislativos, desde que não se faça § 1o  A veiculação de propaganda em de-
pedido de votos; sacordo com o disposto no caput deste artigo
V – a divulgação de posicionamento pessoal sujeita o responsável, após a notificação e
sobre questões políticas, inclusive nas redes comprovação, à restauração do bem e, caso
sociais; não cumprida no prazo, a multa no valor de
VI – a realização, a expensas de partido R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito
político, de reuniões de iniciativa da sociedade mil reais).
civil, de veículo ou meio de comunicação ou § 2o  Em bens particulares, independe de
do próprio partido, em qualquer localidade, obtenção de licença municipal e de autorização
para divulgar ideias, objetivos e propostas da Justiça Eleitoral a veiculação de propagan-
partidárias. da eleitoral, desde que seja feita em adesivo
§ 1o  É vedada a transmissão ao vivo por ou papel, não exceda a 0,5 m² (meio metro
emissoras de rádio e de televisão das prévias quadrado) e não contrarie a legislação elei-
partidárias, sem prejuízo da cobertura dos toral, sujeitando-se o infrator às penalidades
meios de comunicação social. previstas no § 1o.
§ 2o  Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, § 3o  Nas dependências do Poder Legislati-
são permitidos o pedido de apoio político e a di- vo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a
vulgação da pré-candidatura, das ações políticas critério da Mesa Diretora.
desenvolvidas e das que se pretende desenvolver. § 4o  Bens de uso comum, para fins eleitorais,
§ 3o  O disposto no §  2o não se aplica aos são os assim definidos pela Lei no 10.406, de 10
profissionais de comunicação social no exer- de janeiro de 2002 – Código Civil e também
cício da profissão. aqueles a que a população em geral tem acesso,
tais como cinemas, clubes, lojas, centros comer-
Art. 36-B.  Será considerada propaganda ciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de
eleitoral antecipada a convocação, por parte propriedade privada.
do Presidente da República, dos Presidentes § 5o  Nas árvores e nos jardins localizados
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal em áreas públicas, bem como em muros, cer-
e do Supremo Tribunal Federal, de redes de cas e tapumes divisórios, não é permitida a
Normas correlatas

radiodifusão para divulgação de atos que deno- colocação de propaganda eleitoral de qualquer
tem propaganda política ou ataques a partidos natureza, mesmo que não lhes cause dano.
políticos e seus filiados ou instituições.35
36
  Leis nos  13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009
  Lei no 12.891/2013.
35
e 11.300/2006.
117
§ 6o  É permitida a colocação de mesas aberto ou fechado, não depende de licença da
para distribuição de material de campanha polícia.38
e a utilização de bandeiras ao longo das vias § 1 o  O candidato, partido ou coligação
públicas, desde que móveis e que não dificul- promotora do ato fará a devida comunicação
tem o bom andamento do trânsito de pessoas à autoridade policial em, no mínimo, vinte e
e veículos. quatro horas antes de sua realização, a fim de
§ 7o  A mobilidade referida no §  6o estará que esta lhe garanta, segundo a prioridade do
caracterizada com a colocação e a retirada dos aviso, o direito contra quem tencione usar o
meios de propaganda entre as seis horas e as local no mesmo dia e horário.
vinte e duas horas. § 2o  A autoridade policial tomará as pro-
§ 8o  A veiculação de propaganda eleitoral vidências necessárias à garantia da realização
em bens particulares deve ser espontânea e do ato e ao funcionamento do tráfego e dos
gratuita, sendo vedado qualquer tipo de paga- serviços públicos que o evento possa afetar.
mento em troca de espaço para esta finalidade. § 3o  O funcionamento de alto-falantes ou
amplificadores de som, ressalvada a hipótese
Art. 38.  Independe da obtenção de licença contemplada no parágrafo seguinte, somente é
municipal e de autorização da Justiça Eleito- permitido entre as oito e as vinte e duas horas,
ral a veiculação de propaganda eleitoral pela sendo vedados a instalação e o uso daqueles
distribuição de folhetos, adesivos, volantes e equipamentos em distância inferior a duzentos
outros impressos, os quais devem ser editados metros:
sob a responsabilidade do partido, coligação I – das sedes dos Poderes Executivo e Le-
ou candidato.37 gislativo da União, dos Estados, do Distrito
§ 1o  Todo material impresso de campanha Federal e dos Municípios, das sedes dos Tribu-
eleitoral deverá conter o número de inscrição nais Judiciais, e dos quartéis e outros estabele-
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – cimentos militares;
CNPJ ou o número de inscrição no Cadastro II – dos hospitais e casas de saúde;
de Pessoas Físicas – CPF do responsável pela III – das escolas, bibliotecas públicas, igrejas
confecção, bem como de quem a contratou, e e teatros, quando em funcionamento.
a respectiva tiragem. § 4o  A realização de comícios e a utilização
§ 2o  Quando o material impresso veicular de aparelhagens de sonorização fixas são permi-
propaganda conjunta de diversos candidatos, tidas no horário compreendido entre as 8 (oito)
os gastos relativos a cada um deles deverão e as 24 (vinte e quatro) horas, com exceção do
constar na respectiva prestação de contas, ou comício de encerramento da campanha, que
apenas naquela relativa ao que houver arcado poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas.
com os custos. § 5o  Constituem crimes, no dia da eleição,
§ 3o  Os adesivos de que trata o caput deste puníveis com detenção, de seis meses a um ano,
artigo poderão ter a dimensão máxima de 50 com a alternativa de prestação de serviços à
(cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) comunidade pelo mesmo período, e multa no
centímetros. valor de cinco mil a quinze mil UFIR:
§ 4o  É proibido colar propaganda eleitoral I – o uso de alto-falantes e amplificadores
em veículos, exceto adesivos microperfurados de som ou a promoção de comício ou carreata;
até a extensão total do para-brisa traseiro e, II – a arregimentação de eleitor ou a propa-
em outras posições, adesivos até a dimensão ganda de boca de urna;
máxima fixada no § 3o. III – a divulgação de qualquer espécie de
propaganda de partidos políticos ou de seus
Art. 39.  A realização de qualquer ato de candidatos.
propaganda partidária ou eleitoral, em recinto
Eleições

38
  Leis nos  13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009
37
  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009. e 11.300/2006.
118
§ 6 o  É vedada na campanha eleitoral a de amplificação maior que 20.000 (vinte mil)
confecção, utilização, distribuição por comitê, watts.
candidato, ou com a sua autorização, de cami-
setas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas Art. 39-A.  É permitida, no dia das eleições, a
básicas ou quaisquer outros bens ou materiais manifestação individual e silenciosa da prefe-
que possam proporcionar vantagem ao eleitor. rência do eleitor por partido político, coligação
§ 7o  É proibida a realização de showmício e ou candidato, revelada exclusivamente pelo uso
de evento assemelhado para promoção de can- de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.39
didatos, bem como a apresentação, remunerada § 1o  É vedada, no dia do pleito, até o tér-
ou não, de artistas com a finalidade de animar mino do horário de votação, a aglomeração de
comício e reunião eleitoral. pessoas portando vestuário padronizado, bem
§ 8o  É vedada a propaganda eleitoral me- como os instrumentos de propaganda referidos
diante outdoors, inclusive eletrônicos, sujei- no caput, de modo a caracterizar manifestação
tando-se a empresa responsável, os partidos, as coletiva, com ou sem utilização de veículos.
coligações e os candidatos à imediata retirada § 2o  No recinto das seções eleitorais e juntas
da propaganda irregular e ao pagamento de apuradoras, é proibido aos servidores da Justiça
multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) Eleitoral, aos mesários e aos escrutinadores
a R$ 15.000,00 (quinze mil reais). o uso de vestuário ou objeto que contenha
§ 9o  Até as vinte e duas horas do dia que an- qualquer propaganda de partido político, de
tecede a eleição, serão permitidos distribuição coligação ou de candidato.
de material gráfico, caminhada, carreata, pas- § 3o  Aos fiscais partidários, nos trabalhos de
seata ou carro de som que transite pela cidade votação, só é permitido que, em seus crachás,
divulgando jingles ou mensagens de candidatos. constem o nome e a sigla do partido político ou
§ 9o-A.  Considera-se carro de som, além do coligação a que sirvam, vedada a padronização
previsto no § 12, qualquer veículo, motorizado do vestuário.
ou não, ou ainda tracionado por animais, que § 4o  No dia do pleito, serão afixadas cópias
transite divulgando jingles ou mensagens de deste artigo em lugares visíveis nas partes in-
candidatos. terna e externa das seções eleitorais.
§ 10.  Fica vedada a utilização de trios elé-
tricos em campanhas eleitorais, exceto para a Art. 40.  O uso, na propaganda eleitoral, de
sonorização de comícios. símbolos, frases ou imagens, associadas ou se-
§ 11.  É permitida a circulação de carros de melhantes às empregadas por órgão de governo,
som e minitrios como meio de propaganda empresa pública ou sociedade de economia
eleitoral, desde que observado o limite de 80 mista constitui crime, punível com detenção,
(oitenta) decibéis de nível de pressão sonora, de seis meses a um ano, com a alternativa
medido a 7 (sete) metros de distância do ve- de prestação de serviços à comunidade pelo
ículo, e respeitadas as vedações previstas no mesmo período, e multa no valor de dez mil a
§ 3o deste artigo. vinte mil UFIR.
§ 12.  Para efeitos desta Lei, considera-se:
I – carro de som: veículo automotor que usa Art. 40-A. (Vetado)40
equipamento de som com potência nominal
de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez Art. 40-B.  A representação relativa à propa-
mil) watts; ganda irregular deve ser instruída com prova
II – minitrio: veículo automotor que usa da autoria ou do prévio conhecimento do bene-
Normas correlatas

equipamento de som com potência nominal de ficiário, caso este não seja por ela responsável.41
amplificação maior que 10.000 (dez mil) watts
e até 20.000 (vinte mil) watts; 39
  Lei no 12.034/2009.
III – trio elétrico: veículo automotor que usa 40
  Lei no 11.300/2006.
equipamento de som com potência nominal 41
  Lei no 12.034/2009.
119
Parágrafo único.  A responsabilidade do § 3o  A representação contra as condutas
candidato estará demonstrada se este, inti- vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data
mado da existência da propaganda irregular, da diplomação.
não providenciar, no prazo de quarenta e oito § 4o  O prazo de recurso contra decisões
horas, sua retirada ou regularização e, ainda, proferidas com base neste artigo será de 3
se as circunstâncias e as peculiaridades do (três) dias, a contar da data da publicação do
caso específico revelarem a impossibilidade julgamento no Diário Oficial.
de o beneficiário não ter tido conhecimento
da propaganda. Da Propaganda Eleitoral mediante outdoors

Art. 41.  A propaganda exercida nos termos Art. 42. (Revogado)44


da legislação eleitoral não poderá ser objeto de
multa nem cerceada sob alegação do exercício Da Propaganda Eleitoral na Imprensa
do poder de polícia ou de violação de postura
municipal, casos em que se deve proceder na Art. 43.  São permitidas, até a antevéspera das
forma prevista no art. 40.42 eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita,
§ 1o  O poder de polícia sobre a propaganda e a reprodução na internet do jornal impresso,
eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleito-
pelos juízes designados pelos Tribunais Regio- ral, por veículo, em datas diversas, para cada
nais Eleitorais. candidato, no espaço máximo, por edição, de
§ 2 o  O poder de polícia se restringe às 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão
providências necessárias para inibir práticas e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou
ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor tabloide.45
dos programas a serem exibidos na televisão, § 1o  Deverá constar do anúncio, de forma
no rádio ou na internet. visível, o valor pago pela inserção.
§ 2o  A inobservância do disposto neste
Art. 41-A.  Ressalvado o disposto no art.  26 artigo sujeita os responsáveis pelos veículos de
e seus incisos, constitui captação de sufrágio, divulgação e os partidos, coligações ou candida-
vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, tos beneficiados a multa no valor de R$ 1.000,00
prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou
obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de equivalente ao da divulgação da propaganda
qualquer natureza, inclusive emprego ou fun- paga, se este for maior.
ção pública, desde o registro da candidatura até
o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de Da Propaganda Eleitoral no Rádio e na
mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do regis- Televisão
tro ou do diploma, observado o procedimento
previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, Art. 44.  A propaganda eleitoral no rádio e
de 18 de maio de 1990.43 na televisão restringe-se ao horário gratuito
§ 1o  Para a caracterização da conduta ilícita, definido nesta Lei, vedada a veiculação de
é desnecessário o pedido explícito de votos, propaganda paga.46
bastando a evidência do dolo, consistente no § 1o  A propaganda eleitoral gratuita na tele-
especial fim de agir. visão deverá utilizar a Linguagem Brasileira de
§ 2o  As sanções previstas no caput aplicam- Sinais – LIBRAS ou o recurso de legenda, que
-se contra quem praticar atos de violência ou deverão constar obrigatoriamente do material
grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe entregue às emissoras.
o voto.
Eleições

44
  Lei no 11.300/2006.
42
  Lei no 12.034/2009. 45
  Leis nos 12.034/2009 e 11.300/2006.
43
  Leis nos 12.034/2009 e 9.840/1999. 46
  Lei no 12.034/2009.
120
§ 2o  No horário reservado para a propa- -candidato, sob pena, no caso de sua escolha na
ganda eleitoral, não se permitirá utilização convenção partidária, de imposição da multa
comercial ou propaganda realizada com a prevista no § 2o e de cancelamento do registro
intenção, ainda que disfarçada ou subliminar, da candidatura do beneficiário.
de promover marca ou produto. § 2o  Sem prejuízo do disposto no parágrafo
§ 3o  Será punida, nos termos do §  1o do único do art. 55, a inobservância do disposto
art. 37, a emissora que, não autorizada a fun- neste artigo sujeita a emissora ao pagamento de
cionar pelo poder competente, veicular propa- multa no valor de vinte mil a cem mil UFIR,
ganda eleitoral. duplicada em caso de reincidência.
§ 3o (Revogado)
Art. 45.  Encerrado o prazo para a realização § 4o  Entende-se por trucagem todo e qual-
das convenções no ano das eleições, é vedado quer efeito realizado em áudio ou vídeo que
às emissoras de rádio e televisão, em sua pro- degradar ou ridicularizar candidato, partido
gramação normal e em seu noticiário:47 político ou coligação, ou que desvirtuar a re-
I – transmitir, ainda que sob a forma de alidade e beneficiar ou prejudicar qualquer
entrevista jornalística, imagens de realização candidato, partido político ou coligação.
de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta § 5 o  Entende-se por montagem toda e
popular de natureza eleitoral em que seja pos- qualquer junção de registros de áudio ou vídeo
sível identificar o entrevistado ou em que haja que degradar ou ridicularizar candidato, par-
manipulação de dados; tido político ou coligação, ou que desvirtuar a
II – usar trucagem, montagem ou outro realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer
recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer candidato, partido político ou coligação.
forma, degradem ou ridicularizem candidato, § 6o  É permitido ao partido político utilizar
partido ou coligação, ou produzir ou veicular na propaganda eleitoral de seus candidatos em
programa com esse efeito; âmbito regional, inclusive no horário eleitoral
III – veicular propaganda política ou difun- gratuito, a imagem e a voz de candidato ou
dir opinião favorável ou contrária a candidato, militante de partido político que integre a sua
partido, coligação, a seus órgãos ou represen- coligação em âmbito nacional.
tantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candida- Art. 46.  Independentemente da veiculação
to, partido ou coligação; de propaganda eleitoral gratuita no horário
V – veicular ou divulgar filmes, novelas, definido nesta Lei, é facultada a transmissão
minisséries ou qualquer outro programa com por emissora de rádio ou televisão de debates
alusão ou crítica a candidato ou partido po- sobre as eleições majoritária ou proporcional,
lítico, mesmo que dissimuladamente, exceto sendo assegurada a participação de candidatos
programas jornalísticos ou debates políticos; dos partidos com representação superior a nove
VI – divulgar nome de programa que se re- Deputados, e facultada a dos demais, observado
fira a candidato escolhido em convenção, ainda o seguinte:48
quando preexistente, inclusive se coincidente I – nas eleições majoritárias, a apresentação
com o nome do candidato ou com a variação dos debates poderá ser feita:
nominal por ele adotada. Sendo o nome do a)  em conjunto, estando presentes todos os
programa o mesmo que o do candidato, fica candidatos a um mesmo cargo eletivo;
proibida a sua divulgação, sob pena de cance- b)  em grupos, estando presentes, no míni-
lamento do respectivo registro. mo, três candidatos;
Normas correlatas

§ 1o  A partir de 30 de junho do ano da II – nas eleições proporcionais, os debates


eleição, é vedado, ainda, às emissoras transmitir deverão ser organizados de modo que asse-
programa apresentado ou comentado por pré- gurem a presença de número equivalente de

  Leis nos 13.165/2015, 12.034/2009 e 11.300/2006.


47
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.
48

121
candidatos de todos os partidos e coligações a a)  das sete horas às sete horas e doze mi-
um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar- nutos e trinta segundos e das doze horas às
-se em mais de um dia; doze horas e doze minutos e trinta segundos,
III – os debates deverão ser parte de progra- no rádio;
mação previamente estabelecida e divulgada b)  das treze horas às treze horas e doze
pela emissora, fazendo-se mediante sorteio a minutos e trinta segundos e das vinte horas e
escolha do dia e da ordem de fala de cada can- trinta minutos às vinte horas e quarenta e dois
didato, salvo se celebrado acordo em outro sen- minutos e trinta segundos, na televisão;
tido entre os partidos e coligações interessados. II – nas eleições para Deputado Federal, às
§ 1o  Será admitida a realização de debate terças e quintas-feiras e aos sábados:
sem a presença de candidato de algum par- a)  das sete horas e doze minutos e trinta
tido, desde que o veículo de comunicação segundos às sete horas e vinte e cinco minutos e
responsável comprove havê-lo convidado com das doze horas e doze minutos e trinta segundos
a antecedência mínima de setenta e duas horas às doze horas e vinte e cinco minutos, no rádio;
da realização do debate. b)  das treze horas e doze minutos e trinta
§ 2o  É vedada a presença de um mesmo segundos às treze horas e vinte e cinco minutos
candidato a eleição proporcional em mais de e das vinte horas e quarenta e dois minutos e
um debate da mesma emissora. trinta segundos às vinte horas e cinquenta e
§ 3o  O descumprimento do disposto neste cinco minutos, na televisão;
artigo sujeita a empresa infratora às penalidades III – nas eleições para Senador, às segundas,
previstas no art. 56. quartas e sextas-feiras:
§ 4o  O debate será realizado segundo as a)  das sete horas às sete horas e cinco mi-
regras estabelecidas em acordo celebrado entre nutos e das doze horas às doze horas e cinco
os partidos políticos e a pessoa jurídica interes- minutos, no rádio, nos anos em que a renovação
sada na realização do evento, dando-se ciência do Senado Federal se der por um terço;
à Justiça Eleitoral. b)  das treze horas às treze horas e cinco mi-
§ 5o  Para os debates que se realizarem no nutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte
primeiro turno das eleições, serão consideradas horas e trinta e cinco minutos, na televisão, nos
aprovadas as regras, inclusive as que definam anos em que a renovação do Senado Federal se
o número de participantes, que obtiverem a der por um terço;
concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) c)  das sete horas às sete horas e sete minutos
dos candidatos aptos, no caso de eleição majo- e das doze horas às doze horas e sete minutos,
ritária, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos no rádio, nos anos em que a renovação do Se-
partidos ou coligações com candidatos aptos, nado Federal se der por dois terços;
no caso de eleição proporcional. d)  das treze horas às treze horas e sete mi-
nutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte
Art. 47.  As emissoras de rádio e de televisão e horas e trinta e sete minutos, na televisão, nos
os canais de televisão por assinatura menciona- anos em que a renovação do Senado Federal se
dos no art. 57 reservarão, nos trinta e cinco dias der por dois terços;
anteriores à antevéspera das eleições, horário IV – nas eleições para Deputado Estadual
destinado à divulgação, em rede, da propaganda e Deputado Distrital, às segundas, quartas e
eleitoral gratuita, na forma estabelecida neste sextas-feiras:
artigo.49 a)  das sete horas e cinco minutos às sete
§ 1o  A propaganda será feita: horas e quinze minutos e das doze horas e cinco
I – na eleição para Presidente da República, minutos às doze horas e quinze minutos, no
às terças e quintas-feiras e aos sábados: rádio, nos anos em que a renovação do Senado
Federal se der por um terço;
Eleições

  Leis nos 13.165/2015, 13.107/2015, 12.891/2013,


49 b)  das treze horas e cinco minutos às treze
12.875/2013, 12.034/2009 e 11.300/2006. horas e quinze minutos e das vinte horas e trinta
122
e cinco minutos às vinte horas e quarenta e cinco de trinta e sessenta segundos, no rádio e na
minutos, na televisão, nos anos em que a reno- televisão, totalizando setenta minutos diários,
vação do Senado Federal se der por um terço; de segunda-feira a domingo, distribuídas ao
c)  das sete horas e sete minutos às sete ho- longo da programação veiculada entre as cinco
ras e dezesseis minutos e das doze horas e sete e as vinte e quatro horas, na proporção de 60%
minutos às doze horas e dezesseis minutos, no (sessenta por cento) para Prefeito e 40% (qua-
rádio, nos anos em que a renovação do Senado renta por cento) para Vereador.
Federal se der por dois terços; § 1o-A  Somente serão exibidas as inserções
d)  das treze horas e sete minutos às treze de televisão a que se refere o inciso VII do § 1o
horas e dezesseis minutos e das vinte horas e nos Municípios em que houver estação geradora
trinta e sete minutos às vinte horas e quarenta de serviços de radiodifusão de sons e imagens
e seis minutos, na televisão, nos anos em que a § 2o  Os horários reservados à propaganda
renovação do Senado Federal se der por dois de cada eleição, nos termos do § 1o, serão dis-
terços; tribuídos entre todos os partidos e coligações
V – na eleição para Governador de Estado que tenham candidato, observados os seguintes
e do Distrito Federal, às segundas, quartas e critérios:
sextas-feiras: I – 90% (noventa por cento) distribuídos pro-
a)  das sete horas e quinze minutos às sete porcionalmente ao número de representantes
horas e vinte e cinco minutos e das doze horas na Câmara dos Deputados, considerados, no
e quinze minutos às doze horas e vinte e cinco caso de coligação para eleições majoritárias, o
minutos, no rádio, nos anos em que a renovação resultado da soma do número de representantes
do Senado Federal se der por um terço; dos seis maiores partidos que a integrem e, nos
b)  das treze horas e quinze minutos às treze casos de coligações para eleições proporcionais,
horas e vinte e cinco minutos e das vinte horas o resultado da soma do número de representan-
e quarenta e cinco minutos às vinte horas e tes de todos os partidos que a integrem;
cinquenta e cinco minutos, na televisão, nos II – 10% (dez por cento) distribuídos igua-
anos em que a renovação do Senado Federal se litariamente.
der por um terço; § 3o  Para efeito do disposto neste artigo, a
c)  das sete horas e dezesseis minutos às sete representação de cada partido na Câmara dos
horas e vinte e cinco minutos e das doze horas e Deputados é a resultante da eleição.
dezesseis minutos às doze horas e vinte e cinco § 4o  O número de representantes de partido
minutos, no rádio, nos anos em que a renovação que tenha resultado de fusão ou a que se tenha
do Senado Federal se der por dois terços; incorporado outro corresponderá à soma dos
d)  das treze horas e dezesseis minutos às representantes que os partidos de origem possu-
treze horas e vinte e cinco minutos e das vinte íam na data mencionada no parágrafo anterior.
horas e quarenta e seis minutos às vinte horas § 5o  Se o candidato a Presidente ou a Gover-
e cinquenta e cinco minutos, na televisão, nos nador deixar de concorrer, em qualquer etapa
anos em que a renovação do Senado Federal se do pleito, e não havendo a substituição prevista
der por dois terços; no art. 13 desta Lei, far-se-á nova distribuição
VI – nas eleições para Prefeito, de segunda do tempo entre os candidatos remanescentes.
a sábado: § 6o  Aos partidos e coligações que, após a
a)  das sete horas às sete horas e dez minutos aplicação dos critérios de distribuição referi-
e das doze horas às doze horas e dez minutos, dos no caput, obtiverem direito a parcela do
no rádio; horário eleitoral inferior a trinta segundos, será
Normas correlatas

b)  das treze horas às treze horas e dez mi- assegurado o direito de acumulá-lo para uso em
nutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte tempo equivalente.
horas e quarenta minutos, na televisão; § 7o  Para efeito do disposto no § 2o, serão
VII – ainda nas eleições para Prefeito, e desconsideradas as mudanças de filiação par-
também nas de Vereador, mediante inserções tidária em quaisquer hipóteses.
123
§ 8o  As mídias com as gravações da propa- Art. 50.  A Justiça Eleitoral efetuará sorteio
ganda eleitoral no rádio e na televisão serão para a escolha da ordem de veiculação da
entregues às emissoras, inclusive nos sábados, propaganda de cada partido ou coligação no
domingos e feriados, com a antecedência primeiro dia do horário eleitoral gratuito; a
mínima: cada dia que se seguir, a propaganda veiculada
I – de 6 (seis) horas do horário previsto para por último, na véspera, será a primeira apre-
o início da transmissão, no caso dos programas sentando-se as demais no ordem do sorteio.
em rede;
II – de 12 (doze) horas do horário previsto Art. 51.  Durante os períodos previstos nos
para o início da transmissão, no caso das arts. 47 e 49, as emissoras de rádio e televisão
inserções. e os canais por assinatura mencionados no
§ 9o  As emissoras de rádio sob responsa- art.  57 reservarão, ainda, setenta minutos
bilidade do Senado Federal e da Câmara dos diários para a propaganda eleitoral gratuita, a
Deputados instaladas em localidades fora do serem usados em inserções de trinta e sessenta
Distrito Federal são dispensadas da veiculação segundos, a critério do respectivo partido ou
da propaganda eleitoral gratuita dos pleitos coligação, assinadas obrigatoriamente pelo
referidos nos incisos II a VI do § 1o. partido ou coligação, e distribuídas, ao longo
da programação veiculada entre as cinco e
Art. 48.  Nas eleições para Prefeitos e Ve- as vinte quatro horas, nos termos do § 2o do
readores, nos Municípios em que não haja art. 47, obedecido o seguinte:51
emissora de rádio e televisão, a Justiça Eleitoral I – o tempo será dividido em partes iguais
garantirá aos Partidos Políticos participantes para a utilização nas campanhas dos candidatos
do pleito a veiculação de propaganda eleitoral às eleições majoritárias e proporcionais, bem
gratuita nas localidades aptas à realização de como de suas legendas partidárias ou das que
segundo turno de eleições e nas quais seja componham a coligação, quando for o caso;
operacionalmente viável realizar a retrans- II – (Revogado);
missão.50 III – a distribuição levará em conta os blocos
§ 1o (Revogado) de audiência entre as cinco e as onze horas, as
§ 2o (Revogado) onze e as dezoito horas, e as dezoito e as vinte
e quatro horas;
Art. 49.  Se houver segundo turno, as emisso- IV – na veiculação das inserções, é vedada a
ras de rádio e televisão reservarão, a partir de divulgação de mensagens que possam degradar
quarenta e oito horas da proclamação dos re- ou ridicularizar candidato, partido ou coliga-
sultados do primeiro turno e até a antevéspera ção, aplicando-se-lhes, ainda, todas as demais
da eleição, horário destinado à divulgação da regras aplicadas ao horário de propaganda
propaganda eleitoral gratuita, dividido em dois eleitoral, previstas no art. 47.
períodos diários de vinte minutos para cada Parágrafo único.  É vedada a veiculação de
eleição, iniciando-se às sete e às doze horas, inserções idênticas no mesmo intervalo de
no rádio, e às treze e às vinte horas e trinta programação, exceto se o número de inserções
minutos, na televisão. de que dispuser o partido exceder os intervalos
§ 1o  Em circunscrição onde houver se- disponíveis, sendo vedada a transmissão em
gundo turno para Presidente e Governador, o sequência para o mesmo partido político.
horário reservado à propaganda deste iniciar-
-se-á imediatamente após o término do horário Art. 52.  A partir do dia 15 de agosto do
reservado ao primeiro. ano da eleição, a Justiça Eleitoral convocará
§ 2o  O tempo de cada período diário será os partidos e a representação das emissoras
dividido igualitariamente entre os candidatos. de televisão para elaborarem plano de mídia,
Eleições

50
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.   Leis nos 13.165/2015 e 12.891/2013.
51

124
nos termos do art. 51, para o uso da parcela do Art. 54.  Nos programas e inserções de rádio
horário eleitoral gratuito a que tenham direito, e televisão destinados à propaganda eleitoral
garantida a todos participação nos horários de gratuita de cada partido ou coligação só pode-
maior e menor audiência.52 rão aparecer, em gravações internas e externas,
observado o disposto no §  2 o, candidatos,
Art. 53.  Não serão admitidos cortes instan- caracteres com propostas, fotos, jingles, clipes
tâneos ou qualquer tipo de censura prévia nos com música ou vinhetas, inclusive de passagem,
programas eleitorais gratuitos. com indicação do número do candidato ou do
§ 1o  É vedada a veiculação de propaganda partido, bem como seus apoiadores, inclusive
que possa degradar ou ridicularizar candidatos, os candidatos de que trata o § 1o do art. 53-A,
sujeitando-se o partido ou coligação infratores que poderão dispor de até 25% (vinte e cinco
à perda do direito à veiculação de propaganda por cento) do tempo de cada programa ou in-
no horário eleitoral gratuito do dia seguinte. serção, sendo vedadas montagens, trucagens,
§ 2o  Sem prejuízo do disposto no parágrafo computação gráfica, desenhos animados e
anterior, a requerimento de partido, coligação efeitos especiais.54
ou candidato, a Justiça Eleitoral impedirá a § 1o.  No segundo turno das eleições não
reapresentação de propaganda ofensiva à honra será permitida, nos programas de que trata
de candidato, à moral e aos bons costumes. este artigo, a participação de filiados a parti-
dos que tenham formalizado o apoio a outros
Art. 53-A.  É vedado aos partidos políticos e candidatos.
às coligações incluir no horário destinado aos § 2o  Será permitida a veiculação de entre-
candidatos às eleições proporcionais propa- vistas com o candidato e de cenas externas nas
ganda das candidaturas a eleições majoritárias quais ele, pessoalmente, exponha:
ou vice-versa, ressalvada a utilização, durante I – realizações de governo ou da adminis-
a exibição do programa, de legendas com tração pública;
referência aos candidatos majoritários ou, ao II – falhas administrativas e deficiências ve-
fundo, de cartazes ou fotografias desses candi- rificadas em obras e serviços públicos em geral;
datos, ficando autorizada a menção ao nome e III – atos parlamentares e debates legislativos.
ao número de qualquer candidato do partido
ou da coligação.53 Art. 55.  Na propaganda eleitoral no horário
§ 1o  É facultada a inserção de depoimento gratuito, são aplicáveis ao partido, coligação ou
de candidatos a eleições proporcionais no candidato as vedações indicadas nos incisos I
horário da propaganda das candidaturas majo- e II do art. 45.55
ritárias e vice-versa, registrados sob o mesmo Parágrafo único.  A inobservância do dispos-
partido ou coligação, desde que o depoimento to neste artigo sujeita o partido ou coligação à
consista exclusivamente em pedido de voto ao perda de tempo equivalente ao dobro do usado
candidato que cedeu o tempo. na prática do ilícito, no período do horário gra-
§ 2o  Fica vedada a utilização da propaganda tuito subsequente, dobrada a cada reincidência,
de candidaturas proporcionais como propagan- devendo o tempo correspondente ser veiculado
da de candidaturas majoritárias e vice-versa. após o programa dos demais candidatos com a
§ 3o  O partido político ou a coligação que informação de que a não veiculação do progra-
não observar a regra contida neste artigo per- ma resulta de infração da lei eleitoral.
derá, em seu horário de propaganda gratuita,
tempo equivalente no horário reservado à pro- Art. 56.  A requerimento de partido, coliga-
Normas correlatas

paganda da eleição disputada pelo candidato ção ou candidato, a Justiça Eleitoral poderá
beneficiado. determinar a suspensão, por vinte e quatro

  Lei no 13.165/2015.
52
  Lei no 13.165/2015.
54

  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.


53
  Lei no 12.891/2013.
55

125
horas, da programação normal de emissora § 1o  É vedada, ainda que gratuitamente, a
que deixar de cumprir as disposições desta Lei veiculação de propaganda eleitoral na internet,
sobre propaganda.56 em sítios:
§ 1o  No período de suspensão a que se I – de pessoas jurídicas, com ou sem fins
refere este artigo, a Justiça Eleitoral veiculará lucrativos;
mensagem de orientação ao eleitor, intercalada, II – oficiais ou hospedados por órgãos ou
a cada 15 (quinze) minutos. entidades da administração pública direta ou
§ 2o  Em cada reiteração de conduta, o perí- indireta da União, dos Estados, do Distrito
odo de suspensão será duplicado. Federal e dos Municípios.
§ 2o  A violação do disposto neste artigo
Art. 57.  As disposições desta Lei aplicam-se sujeita o responsável pela divulgação da pro-
às emissoras de televisão que operam em VHF paganda e, quando comprovado seu prévio
e UHF e os canais de televisão por assinatura conhecimento, o beneficiário à multa no valor
sob a responsabilidade do Senado Federal, de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00
da Câmara dos Deputados, das Assembleias (trinta mil reais).
Legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito
Federal ou das Câmaras Municipais. Art. 57-D.  É livre a manifestação do pensa-
mento, vedado o anonimato durante a cam-
Art. 57-A.  É permitida a propaganda eleitoral panha eleitoral, por meio da rede mundial de
na internet, nos termos desta Lei, após o dia 15 computadores – internet, assegurado o direito
de agosto do ano da eleição.57 de resposta, nos termos das alíneas “a”, “b” e
“c” do inciso IV do § 3o do art. 58 e do 58-A, e
Art. 57-B.  A propaganda eleitoral na internet por outros meios de comunicação interpessoal
poderá ser realizada nas seguintes formas:58 mediante mensagem eletrônica.60
I – em sítio do candidato, com endereço § 1o (Vetado)
eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e § 2o  A violação do disposto neste artigo
hospedado, direta ou indiretamente, em prove- sujeitará o responsável pela divulgação da
dor de serviço de internet estabelecido no País; propaganda e, quando comprovado seu prévio
II – em sítio do partido ou da coligação, conhecimento, o beneficiário à multa no valor
com endereço eletrônico comunicado à Justiça de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00
Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, (trinta mil reais).
em provedor de serviço de internet estabelecido § 3o  Sem prejuízo das sanções civis e crimi-
no País; nais aplicáveis ao responsável, a Justiça Eleitoral
III – por meio de mensagem eletrônica para poderá determinar, por solicitação do ofendi-
endereços cadastrados gratuitamente pelo can- do, a retirada de publicações que contenham
didato, partido ou coligação; agressões ou ataques a candidatos em sítios da
IV – por meio de blogs, redes sociais, sítios de internet, inclusive redes sociais.
mensagens instantâneas e assemelhados, cujo
conteúdo seja gerado ou editado por candida- Art. 57-E.  São vedadas às pessoas relacionadas
tos, partidos ou coligações ou de iniciativa de no art. 24 a utilização, doação ou cessão de ca-
qualquer pessoa natural. dastro eletrônico de seus clientes, em favor de
candidatos, partidos ou coligações.61
Art. 57-C.  Na internet, é vedada a veiculação § 1o  É proibida a venda de cadastro de en-
de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga.59 dereços eletrônicos.
§ 2o  A violação do disposto neste artigo
56
  Lei no 12.891/2013. sujeita o responsável pela divulgação da pro-
Eleições

57
  Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.
58
  Lei no 12.034/2009.   Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.
60

59
  Lei no 12.034/2009.   Lei no 12.034/2009.
61

126
paganda e, quando comprovado seu prévio anos e multa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais)
conhecimento, o beneficiário à multa no valor a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 § 2o  Igualmente incorrem em crime, pu-
(trinta mil reais). nível com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um)
ano, com alternativa de prestação de serviços à
Art. 57-F.  Aplicam-se ao provedor de conte- comunidade pelo mesmo período, e multa de
údo e de serviços multimídia que hospeda a R$  5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00
divulgação da propaganda eleitoral de candi- (trinta mil reais), as pessoas contratadas na
dato, de partido ou de coligação as penalidades forma do § 1o.
previstas nesta Lei, se, no prazo determinado
pela Justiça Eleitoral, contado a partir da Art. 57-I.  A requerimento de candidato, par-
notificação de decisão sobre a existência de tido ou coligação, observado o rito previsto no
propaganda irregular, não tomar providências art. 96, a Justiça Eleitoral poderá determinar a
para a cessação dessa divulgação.62 suspensão, por vinte e quatro horas, do acesso
Parágrafo único.  O provedor de conteúdo a todo conteúdo informativo dos sítios da in-
ou de serviços multimídia só será considerado ternet que deixarem de cumprir as disposições
responsável pela divulgação da propaganda se a desta Lei.65
publicação do material for comprovadamente § 1o  A cada reiteração de conduta, será
de seu prévio conhecimento. duplicado o período de suspensão.
§ 2o  No período de suspensão a que se re-
Art. 57-G.  As mensagens eletrônicas envia- fere este artigo, a empresa informará, a todos
das por candidato, partido ou coligação, por os usuários que tentarem acessar seus serviços,
qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que se encontra temporariamente inoperante
que permita seu descadastramento pelo desti- por desobediência à legislação eleitoral.
natário, obrigado o remetente a providenciá-lo
no prazo de quarenta e oito horas.63 Do Direito de Resposta
Parágrafo único.  Mensagens eletrônicas
enviadas após o término do prazo previsto no Art. 58.  A partir da escolha de candidatos em
caput sujeitam os responsáveis ao pagamento convenção, é assegurado o direito de resposta
de multa no valor de R$  100,00 (cem reais), a candidato, partido ou coligação atingidos,
por mensagem. ainda que de forma indireta, por conceito,
imagem ou afirmação caluniosa, difamatória,
Art. 57-H.  Sem prejuízo das demais sanções injuriosa ou sabidamente inverídica, difun-
legais cabíveis, será punido, com multa de didos por qualquer veículo de comunicação
R$  5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 social.66
(trinta mil reais), quem realizar propaganda § 1o  O ofendido, ou seu representante legal,
eleitoral na internet, atribuindo indevidamente poderá pedir o exercício do direito de resposta
sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, à Justiça Eleitoral nos seguintes prazos, conta-
partido ou coligação.64 dos a partir da veiculação da ofensa:
§ 1o  Constitui crime a contratação direta ou I – vinte e quatro horas, quando se tratar do
indireta de grupo de pessoas com a finalidade horário eleitoral gratuito;
específica de emitir mensagens ou comentários II – quarenta e oito horas, quando se tratar
na internet para ofender a honra ou denegrir da programação normal das emissoras de rádio
a imagem de candidato, partido ou coligação, e televisão;
Normas correlatas

punível com detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) III – setenta e duas horas, quando se tratar
de órgão da imprensa escrita.
62
  Lei no 12.034/2009.
63
  Lei no 12.034/2009.   Lei no 12.034/2009.
65

64
  Leis nos 12.891/2013 e 12.034/2009.   Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013 e 12.034/2009.
66

127
IV – a qualquer tempo, quando se tratar pelo reclamante ou representante, por cópia
de conteúdo que esteja sendo divulgado na protocolada do pedido de resposta, preservará
internet, ou em 72 (setenta e duas) horas, após a gravação até a decisão final do processo;
a sua retirada. c)  deferido o pedido, a resposta será dada
§ 2o  Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral em até quarenta e oito horas após a decisão,
notificará imediatamente o ofensor para que em tempo igual ao da ofensa, porém nunca
se defenda em vinte e quatro horas, devendo inferior a um minuto;
a decisão ser prolatada no preza máximo de III – no horário eleitoral gratuito:
setenta e duas horas da data da formulação a)  o ofendido usará, para a resposta, tempo
do pedido. igual ao da ofensa, nunca inferior, porém, a
§ 3o  Observar-se-ão, ainda, as seguintes um minuto;
regras no caso de pedido de resposta relativo b)  a resposta será veiculada no horário des-
a ofensa veiculada: tinado ao partido ou coligação responsável pela
I – em órgão da imprensa escrita: ofensa, devendo necessariamente dirigir-se aos
a)  o pedido deverá ser instruído com um fatos nela veiculados;
exemplar da publicação e o texto para resposta; c)  se o tempo reservado ao partido ou co-
b)  deferido o pedido, a divulgação da res- ligação responsável pela ofensa for inferior a
posta dar-se-á no mesmo veículo, espaço, local, um minuto, a resposta será levada ao ar tantas
página, tamanho, caracteres e outros elementos vezes quantas sejam necessárias para a sua
de realce usados na ofensa, em até quarenta e complementação;
oito horas após a decisão ou, tratando-se de d)  deferido o pedido para resposta, a emis-
veículo com periodicidade de circulação maior sora geradora e o partido ou coligação atin-
que quarenta e oito horas, na primeira vez em gidos deverão ser notificados imediatamente
que circular; da decisão, na qual deverão estar indicados
c)  por solicitação do ofendido, a divulgação quais os períodos, diurno ou noturno, para a
da resposta será feita no mesmo dia da semana veiculação da resposta, que deverá ter lugar no
em que a ofensa foi divulgada, ainda que fora início do programa do partido ou coligação;
do prazo de quarenta e oito horas; e)  o meio magnético com a resposta deverá
d)  se a ofensa for produzida em dia e hora ser entregue à emissora geradora, até trinta e
que inviabilizem sua reparação dentro dos seis horas após a ciência da decisão, para veicu-
prazos estabelecidos nas alíneas anteriores, a lação no programa subsequente do partido ou
Justiça Eleitoral determinará a imediata divul- coligação em cujo horário se praticou a ofensa;
gação da resposta; f)  se o ofendido for candidato, partido ou
e)  o ofensor deverá comprovar nos autos coligação que tenha usado o tempo concedido
o cumprimento da decisão, mediante dados sem responder aos fatos veiculados na ofensa,
sobre a regular distribuição dos exemplares, a terá subtraído tempo idêntico do respectivo
quantidade impressa e o raio de abrangência programa eleitoral; tratando-se de terceiros,
na distribuição; ficarão sujeitos à suspensão de igual tempo em
II – em programação normal das emissoras eventuais novos pedidos de resposta e à multa
de rádio e de televisão: no valor de duas mil a cinco mil UFIR.
a)  a Justiça Eleitoral, à vista do pedido, IV – em propaganda eleitoral na internet:
deverá notificar imediatamente o responsável a)  deferido o pedido, a divulgação da res-
pela emissora que realizou o programa para posta dar-se-á no mesmo veículo, espaço, local,
que entregue em vinte e quatro horas, sob as horário, página eletrônica, tamanho, caracteres
penas do art. 347 da Lei no 4.737, de 15 de julho e outros elementos de realce usados na ofensa,
de 1965 – Código Eleitoral, cópia da fita da em até quarenta e oito horas após a entrega da
transmissão, que será devolvida após a decisão; mídia física com a resposta do ofendido;
Eleições

b)  o responsável pela emissora, ao ser b)  a resposta ficará disponível para acesso
notificado pela Justiça Eleitoral ou informado pelos usuários do serviço de internet por tempo
128
não inferior ao dobro em que esteve disponível Do Sistema Eletrônico de Votação e da
a mensagem considerada ofensiva; Totalização dos Votos
c)  os custos de veiculação da resposta corre-
rão por conta do responsável pela propaganda Art. 59.  A votação e a totalização dos votos
original. serão feitas por sistema eletrônico, podendo o
§ 4o  Se a ofensa ocorrer em dia e hora que Tribunal Superior Eleitoral autorizar, em cará-
inviabilizem sua reparação dentro dos prazos ter excepcional, a aplicação das regras fixadas
estabelecidos nos parágrafos anteriores, a res- nos arts. 83 a 89.68
posta será divulgada nos horários que a Justiça § 1o  A votação eletrônica será feita no nú-
Eleitoral determinar, ainda que nas quarenta mero do candidato ou da legenda partidária,
e oito horas anteriores ao pleito, em termos e devendo o nome e fotografia do candidato e
forma previamente aprovados, de modo a não o nome do partido ou a legenda partidária
ensejar tréplica. aparecer no painel da urna eletrônica, com a
§ 5o  Da decisão sobre o exercício do direito expressão designadora do cargo disputado no
de resposta cabe recurso às instâncias supe- masculino ou feminino, conforme o caso.
riores, em vinte e quatro horas da data de sua § 2o  Na votação para as eleições propor-
publicação em cartório ou sessão, assegurado cionais, serão computados para a legenda
ao recorrido oferecer contrarrazões em igual partidária os votos em que não seja possível
prazo, a contar da sua notificação. a identificação do candidato, desde que o nú-
§ 6o  A Justiça Eleitoral deve proferir suas mero identificador do partido seja digitado de
decisões no prazo máximo de vinte e quatro forma correta.
horas, observando-se o disposto nas alíneas § 3o  A urna eletrônica exibirá para o eleitor
“d” e “e” do inciso III do § 3o para a restituição os painéis na seguinte ordem:
do tempo em caso de provimento de recurso. I – para as eleições de que trata o inciso I do
§ 7o  A inobservância do prazo previsto parágrafo único do art. 1o, Deputado Federal,
no parágrafo anterior sujeita a autoridade Deputado Estadual ou Distrital, Senador, Go-
judiciária às penas previstas no art.  345 da vernador e Vice-Governador de Estado ou do
Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Distrito Federal, Presidente e Vice-Presidente
Eleitoral. da República;
§ 8o  O não cumprimento integral ou em II – para as eleições de que trata o inciso II
parte da decisão que conceder a resposta sujei- do parágrafo único do art. 1o, Vereador, Prefeito
tará o infrator ao pagamento de multa no valor e Vice-Prefeito.
de cinco mil a quinze mil UFIR, duplicada em § 4o  A urna eletrônica disporá de recursos
caso de reiteração de conduta, sem prejuízo do que, mediante assinatura digital, permitam o
disposto no art. 347 da Lei no 4.737, de 15 de registro digital de cada voto e a identificação
julho de 1965 – Código Eleitoral. da urna em que foi registrado, resguardado o
§ 9o  Caso a decisão de que trata o § 2o não anonimato do eleitor.
seja prolatada em 72 (setenta e duas) horas § 5o  Caberá à Justiça Eleitoral definir a
da data da formulação do pedido, a Justiça chave de segurança e a identificação da urna
Eleitoral, de ofício, providenciará a alocação eletrônica de que trata o § 4o.
de Juiz auxiliar. § 6o  Ao final da eleição, a urna eletrônica
procederá à assinatura digital do arquivo de
Art. 58-A.  Os pedidos de direito de resposta votos, com aplicação do registro de horário e
e as representações por propaganda eleitoral do arquivo do boletim de urna, de maneira a
Normas correlatas

irregular em rádio, televisão e internet trami- impedir a substituição de votos e a alteração


tarão preferencialmente em relação aos demais dos registros dos termos de início e término
processos em curso na Justiça Eleitoral.67 da votação.

  Lei no 12.034/2009.
67
  Leis nos 12.976/2014, 10.740/2003 e 10.408/2002.
68

129
§ 7o  O Tribunal Superior Eleitoral colocará § 1o  Da decisão do Juiz Eleitoral caberá
à disposição dos eleitores urnas eletrônicas recurso para o Tribunal Regional, interposto
destinadas a treinamento. dentro de três dias, devendo ser resolvido em
§ 8o (Revogado) igual prazo.
§ 2o  Não podem ser nomeados presidentes
Art. 59-A.  No processo de votação eletrônica, e mesários os menores de dezoito anos.
a urna imprimirá o registro de cada voto, que
será depositado, de forma automática e sem Art. 64.  É vedada a participação de parentes
contato manual do eleitor, em local previa- em qualquer grau ou de servidores da mesma
mente lacrado.69 repartição pública ou empresa privada na mes-
Parágrafo único.  O processo de votação ma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.
não será concluído até que o eleitor confirme
a correspondência entre o teor de seu voto
e o registro impresso e exibido pela urna
eletrônica. Da Fiscalização das Eleições

Art. 60.  No sistema eletrônico de votação Art. 65.  A escolha de fiscais e delegados, pe-


considerar-se-á voto de legenda quando o elei- los partidos ou coligações, não poderá recair
tor assinalar o número do partido no momento em menor de dezoito anos ou em quem, por
de votar para determinado cargo e somente nomeação do Juiz Eleitoral, já faça parte de
para este será computado. Mesa Receptora.71
§ 1o  O fiscal poderá ser nomeado para fis-
Art. 61.  A urna eletrônica contabilizará cada calizar mais de uma Seção Eleitoral, no mesmo
voto, assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, local de votação.
garantida aos partidos políticos, coligações e § 2o  As credenciais de fiscais e delegados
candidatos ampla fiscalização. serão expedidas, exclusivamente, pelos parti-
dos ou coligações.
Art. 61-A. (Revogado)70 § 3o  Para efeito do disposto no parágrafo
anterior, o presidente do partido ou o repre-
Art. 62.  Nas Seções em que for adotada a urna sentante da coligação deverá registrar na Justiça
eletrônica, somente poderão votar eleitores Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a
cujos nomes estiverem nas respectivas folhas expedir as credenciais dos fiscais e delegados.
de votação, não se aplicando a ressalva a que § 4o  Para o acompanhamento dos trabalhos
se refere o art. 148, § 1o da Lei no 4.737, de 15 de votação, só será permitido o credenciamento
de julho de 1965 – Código Eleitoral. de, no máximo, 2 (dois) fiscais de cada partido
Parágrafo único.  O Tribunal Superior Elei- ou coligação por seção eleitoral.
toral disciplinará a hipótese de falha na urna
eletrônica que prejudique o regular processo Art. 66.  Os partidos e coligações poderão
de votação. fiscalizar todas as fases do processo de votação
e apuração das eleições e o processamento ele-
Das Mesas Receptoras trônico da totalização dos resultados.72
§ 1o  Todos os programas de computador
Art. 63.  Qualquer partido pode reclamar ao de propriedade do Tribunal Superior Eleitoral,
Juiz Eleitoral, no prazo de cinco dias, da no- desenvolvidos por ele ou sob sua encomen-
meação da Mesa Receptora, devendo a decisão da, utilizados nas urnas eletrônicas para os
ser proferida em 48 horas. processos de votação, apuração e totalização,
Eleições

69
  Lei no 13.165/2015.   Lei no 12.891/2013.
71

70
  Leis nos 10.740/2003 e 10.408/2002.   Leis nos 10.740/2003 e 10.408/2002.
72

130
poderão ter suas fases de especificação e de de computador e os mesmos dados alimentado-
desenvolvimento acompanhadas por técnicos res do sistema oficial de apuração e totalização.
indicados pelos partidos políticos, Ordem dos
Advogados do Brasil e Ministério Público, até Art. 67.  Os órgãos encarregados do proces-
seis meses antes das eleições. samento eletrônico de dados são obrigados a
§ 2o  Uma vez concluídos os programas a fornecer aos partidos ou coligações, no mo-
que se refere o §  1o, serão eles apresentados, mento da entrega ao Juiz Encarregado, cópias
para análise, aos representantes credenciados dos dados do processamento parcial de cada
dos partidos políticos e coligações, até vinte dia, contidos em meio magnético.
dias antes das eleições, nas dependências
do Tribunal Superior Eleitoral, na forma de Art. 68.  O boletim de urna, segundo modelo
programas-fonte e de programas executáveis, aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral,
inclusive os sistemas aplicativo e de segurança conterá os nomes e os números dos candidatos
e as bibliotecas especiais, sendo que as chaves nela votados.
eletrônicas privadas e senhas eletrônicas de § 1o  O Presidente da Mesa Receptora é
acesso manter-se-ão no sigilo da Justiça Elei- obrigado a entregar cópia do boletim de uma
toral. Após a apresentação e conferência, serão aos partidos e coligações concorrentes ao pleito
lacradas cópias dos programas-fonte e dos cujos representantes o requeiram até uma hora
programas compilados. após a expedição.
§ 3o  No prazo de cinco dias a contar da § 2o  O descumprimento do disposto no
data da apresentação referida no §  2o, o par- parágrafo anterior constitui crime, punível com
tido político e a coligação poderão apresentar detenção, de um a três meses, com a alternativa
impugnação fundamentada à Justiça Eleitoral. de prestação de serviço à comunidade pelo
§ 4o  Havendo a necessidade de qualquer mesmo período, e multa no valor de um mil a
alteração nos programas, após a apresentação cinco mil UFIR.
de que trata o § 3o, dar-se-á conhecimento do
fato aos representantes dos partidos políticos Art. 69.  A impugnação não recebida pela Jun-
e das coligações, para que sejam novamente ta Eleitoral pode ser apresentada diretamente
analisados e lacrados. ao Tribunal Regional Eleitoral, em quarenta e
§ 5 o  A carga ou preparação das urnas oito horas, acompanhada de declaração de duas
eletrônicas será feita em sessão pública, com testemunhas.
prévia convocação dos fiscais dos partidos e Parágrafo único.  O Tribunal decidirá sobre
coligações para assistirem e procederem aos o recebimento em quarenta e oito horas, publi-
atos de fiscalização, inclusive para verificarem cando o acórdão na própria sessão de julgamen-
se os programas carregados são idênticos aos to e transmitindo imediatamente à Junta, via
que foram lacrados na sessão referida no § 2o telex, fax ou qualquer outro meio eletrônico, o
deste artigo, após o que as urnas serão lacradas. inteiro teor da decisão e da impugnação.
§ 6o  No dia da eleição, será realizada, por
amostragem, auditoria de verificação do fun- Art. 70.  O Presidente de Junta Eleitoral que
cionamento das urnas eletrônicas, através de deixar de receber ou de mencionar em ata os
votação paralela, na presença dos fiscais dos protestos recebidos, ou ainda, impedir o exercí-
partidos e coligações, nos moldes fixados em cio de fiscalização, pelos partidos ou coligações,
resolução do Tribunal Superior Eleitoral. deverá ser imediatamente afastado, além de res-
§ 7o  Os partidos concorrentes ao pleito ponder pelos crimes previstos na Lei no 4.737,
Normas correlatas

poderão constituir sistema próprio de fisca- de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.


lização, apuração e totalização dos resultados
contratando, inclusive, empresas de auditoria Art. 71.  Cumpre aos partidos e coligações, por
de sistemas, que, credenciadas junto à Justiça seus fiscais e delegados devidamente creden-
Eleitoral, receberão, previamente, os programas ciados, e aos candidatos, proceder à instrução
131
dos recursos interpostos contra a apuração, seus serviços, para comitês de campanha eleito-
juntando, para tanto, cópia do boletim relativo ral de candidato, partido político ou coligação,
à uma impugnada. durante o horário de expediente normal, salvo
Parágrafo único.  Na hipótese de surgirem se o servidor ou empregado estiver licenciado;
obstáculos à obtenção do boletim, caberá ao IV – fazer ou permitir uso promocional em
recorrente requerer, mediante a indicação dos favor de candidato, partido político ou coliga-
dados necessários, que o órgão da Justiça Elei- ção, de distribuição gratuita de bens e serviços
toral perante o qual foi interposto o recurso o de caráter social custeados ou subvencionados
instrua, anexando o respectivo boletim de urna. pelo Poder Público;
V – nomear, contratar ou de qualquer forma
Art. 72.  Constituem crimes, puníveis com admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou
reclusão, de cinco a dez anos: readaptar vantagens ou por outros meios dificul-
I – obter acesso a sistema de tratamento au- tar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex
tomático de dados usado pelo serviço eleitoral, a officio, remover, transferir ou exonerar servidor
fim de alterar a apuração ou a contagem de votos; público, na circunscrição do pleito, nos três me-
II – desenvolver ou introduzir comando, ses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob
instrução, ou programa de computador capaz pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
de destruir, apagar, eliminar, alterar, gravar ou a)  a nomeação ou exoneração de cargos em
transmitir dado, instrução ou programa ou comissão e designação ou dispensa de funções
provocar qualquer outro resultado diverso do de confiança;
esperado em sistema de tratamento automático b)  a nomeação para cargos do Poder Judi-
de dados usados pelo serviço eleitoral; ciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou
III – causar, propositadamente, dano físico Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidên-
ao equipamento usado na votação ou na tota- cia da República;
lização de votos ou a suas partes. c)  a nomeação dos aprovados em concursos
públicos homologados até o início daquele
Das Condutas Vedadas aos Agentes prazo;
Públicos em Campanhas Eleitorais d)  a nomeação ou contratação necessária à
instalação ou ao funcionamento inadiável de
Art. 73.  São proibidas aos agentes público, serviços públicos essenciais, com prévia e ex-
servidores ou não, as seguintes condutas ten- pressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
dentes a afetar a igualdade de oportunidades e)  a transferência ou remoção ex officio de mi-
entre candidatos nos pleitos eleitorais:73 litares, policiais civis e de agentes penitenciários;
I – ceder ou usar, em benefício de candidato, VI – nos três meses que antecedem o pleito:
partido político ou coligação, bens móveis ou a)  realizar transferência voluntária de
imóveis pertencentes à administração direta recursos da União aos Estados e Municípios,
ou indireta da União, dos Estados, do Distrito e dos Estados aos Municípios, sob pena de
Federal, dos Territórios e dos Municípios, res- nulidade de pleno direito, ressalvados os re-
salvada a realização de convenção partidária; cursos destinados a cumprir obrigação formal
II – usar materiais ou serviços, custeados preexistente para execução de obra ou serviço
pelos Governos ou Casas Legislativas, que em andamento e com cronograma prefixado, e
excedam as prerrogativas consignadas nos os destinados a atender situações de emergência
regimentos e normas dos órgãos que integram; e de calamidade pública;
III – ceder servidor público ou empregado da b)  com exceção da propaganda de produtos
administração direta ou indireta federal, estadu- e serviços que tenham concorrência no mer-
al ou municipal do Poder Executivo, ou usar de cado, autorizar publicidade institucional dos
atos, programas, obras, serviços e campanhas
Eleições

73
  Leis nos  13.165/2015, 12.034/2009, 11.300/2006 dos órgãos públicos federais, estaduais ou
e 9.840/1999. municipais, ou das respectivas entidades da
132
administração indireta, salvo em caso de grave e § 5 o  Nos casos de descumprimento do
urgente necessidade pública, assim reconhecida disposto nos incisos do caput e no § 10, sem
pela Justiça Eleitoral; prejuízo do disposto no § 4o, o candidato be-
c)  fazer pronunciamento em cadeia de rádio neficiado, agente público ou não, ficará sujeito
e televisão, fora do horário eleitoral gratuito, à cassação do registro ou do diploma.
salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, § 6o  As multas de que trata este artigo serão
tratar-se de matéria urgente, relevante e carac- duplicadas a cada reincidência.
terística das funções de governo; § 7 o  As condutas enumeradas no caput
VII – realizar, no primeiro semestre do ano caracterizam, ainda, atos de improbidade admi-
de eleição, despesas com publicidade dos órgãos nistrativa, a que se refere o art. 11, inciso I, da
públicos federais, estaduais ou municipais, ou Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, e sujeitam-
das respectivas entidades da administração -se às disposições daquele diploma legal, em
indireta, que excedam a média dos gastos no especial às coligações do art. 12, inciso III.
primeiro semestre dos três últimos anos que § 8 o  Aplicam-se as sanções do §  4 o aos
antecedem o pleito; agentes públicos responsáveis pelas condutas
VIII – fazer, na circunscrição do pleito, vedadas e aos partidos, coligações e candidatos
revisão geral da remuneração dos servidores que delas se beneficiarem.
públicos que exceda a recomposição da perda de § 9o  Na distribuição dos recursos do Fundo
seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, Partidário (Lei no 9.096, de 19 de setembro de
a partir do início do prazo estabelecido no art. 7o 1995) oriundos da aplicação do disposto no § 4o,
desta Lei e até a posse dos eleitos. deverão ser excluídos os partidos beneficiados
§ 1 o  Reputa-se agente público, para os pelos atos que originaram as multas.
efeitos deste artigo, quem exerce, ainda que § 10.  No ano em que se realizar eleição, fica
transitoriamente ou sem remuneração, por proibida a distribuição gratuita de bens, valores
eleição, nomeação, designação, contratação ou ou benefícios por parte da Administração Pú-
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, blica, exceto nos casos de calamidade pública,
mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos de estado de emergência ou de programas
ou entidades da administração pública direta, sociais autorizados em lei e já em execução
indireta, ou fundacional. orçamentária no exercício anterior, casos em
§ 2o  A vedação do inciso I do caput não que o Ministério Público poderá promover o
se aplica ao uso, em campanha, de transporte acompanhamento de sua execução financeira
oficial pelo Presidente da República, obedecido e administrativa.
o disposto no art. 76, nem ao uso, em campa- § 11.  Nos anos eleitorais, os programas
nha, pelos candidatos a reeleição de Presidente sociais de que trata o § 10 não poderão ser exe-
e Vice-Presidente da República, Governador e cutados por entidade nominalmente vinculada
Vice-Governador de Estado e do Distrito Fede- a candidato ou por esse mantida.
ral, Prefeito e Vice-Prefeito, de suas residências § 12.  A representação contra a não obser-
oficiais para realização de contatos, encontros e vância do disposto neste artigo observará o rito
reuniões pertinentes à própria campanha, desde do art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de
que não tenham caráter de ato público. maio de 1990, e poderá ser ajuizada até a data
§ 3o  As vedações do inciso VI do caput, da diplomação.
alíneas “b” e “c”, aplicam-se apenas aos agentes § 13.  O prazo de recurso contra decisões
públicos das esferas administrativas cujos car- proferidas com base neste artigo será de 3
gos estejam em disputa na eleição. (três) dias, a contar da data da publicação do
Normas correlatas

§ 4o  O descumprimento do disposto neste julgamento no Diário Oficial.


artigo acarretará a suspensão imediata da con-
duta vedada, quando for o caso, e sujeitará os Art. 74.  Configura abuso de autoridade, para os
responsáveis a multa no valor de cinco a cem fins do disposto no art. 22 da Lei Complementar
mil UFIR. no 64, de 18 de maio de 1990, a infringência do
133
disposto no § 1o do art. 37 da Constituição Fede- Parágrafo único.  A inobservância do dispos-
ral, ficando o responsável, se candidato, sujeito to neste artigo sujeita o infrator à cassação do
ao cancelamento do registro ou do diploma.74 registro ou do diploma.

Art. 75.  Nos três meses que antecederem as Art. 78.  A aplicação das sanções cominadas,
eleições, na realização de inaugurações é vedada no art. 73, §§ 4o e 5o, dar-se-á sem prejuízo de
a contratação de shows artísticos pagos com outras de caráter constitucional, administrativo
recursos públicos.75 ou disciplinar fixadas pelas demais leis vigentes.
Parágrafo único.  Nos casos de descumpri-
mento do disposto neste artigo, sem prejuízo Disposições Transitórias
da suspensão imediata da conduta, o candidato
beneficiado, agente público ou não, ficará sujei- Art. 79.  O financiamento das campanhas elei-
to à cassação do registro ou do diploma. torais com recursos públicos será disciplinada
em lei específica.
Art. 76.  O ressarcimento das despesas com
o uso de transporte oficial pelo Presidente da Art. 80.  Nas eleições a serem realizadas no ano
República e sua comitiva em campanha eleitoral de 1998, cada partido ou coligação deverá reser-
será de responsabilidade do partido político ou var, para candidatos de cada sexo, no mínimo,
coligação a que esteja vinculado. vinte e cinco por cento e, no máximo, setenta
§ 1o  O ressarcimento de que trata este artigo e cinco por cento do número de candidaturas
terá por base o tipo de transporte usado e a que puder registrar.
respectiva tarifa de mercado cobrada no tre-
cho correspondente, ressalvado o uso do avião Art. 81. (Revogado)77
presidencial, cujo ressarcimento corresponderá
ao aluguel de uma aeronave de propulsão a jato Art. 82.  Nas Seções Eleitorais em que não for
do tipo táxi aéreo. usado o sistema eletrônico de votação e totaliza-
§ 2o  No prazo de dez dias úteis da realização ção de votos, serão aplicadas as regras definidas
do pleito, em primeiro turno, ou segundo, se nos arts. 83 a 89 desta Lei e as pertinentes da
houver, o órgão competente de controle inter- Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código
no procederá ex officio à cobrança dos valores Eleitoral.
devidos nos termos dos parágrafos anteriores.
§ 3o  A falta do ressarcimento, no prazo Art. 83.  As cédulas oficiais serão confeccio-
estipulado, implicará a comunicação do fato nadas pela Justiça Eleitoral, que as imprimirá
ao Ministério Público Eleitoral, pelo órgão de com exclusividade para distribuição às Mesas
controle interno. Receptoras, sendo sua impressão feita em papel
§ 4o  Recebida a denúncia do Ministério opaco, com tinta preta e em tipos uniformes
Público, a Justiça Eleitoral apreciará o feito de letras e números, identificando o gênero na
no prazo de trinta dias, aplicando aos infra- denominação dos cargos em disputa.
tores pena de multa correspondente ao dobro § 1o  Haverá duas cédulas distintas, uma
das despesas, duplicada a cada reiteração de para as eleições majoritárias e outra para as
conduta. proporcionais, a serem confeccionadas segundo
modelos determinados pela Justiça Eleitoral.
Art. 77.  É proibido a qualquer candidato § 2o  Os candidatos à eleição majoritária
comparecer, nos 3 (três) meses que precedem serão identificados pelo nome indicado no
o pleito, a inaugurações de obras públicas.76 pedido de registro e pela sigla adotada pelo
partido a que pertencem e deverão figurar na
ordem determinada por sorteio.
Eleições

74
  Lei no 12.034/2009.
75
  Lei no 12.034/2009.
76
  Lei no 12.034/2009.   Leis nos 13.165/2015 e 12.034/2009.
77

134
§ 3o  Para as eleições realizadas pelo sistema § 2o  Ao final da transcrição dos resultados
proporcional, a cédula terá espaços para que o apurados no boletim, o Presidente da Junta
eleitor escreva o nome ou o número do can- Eleitoral é obrigado a entregar cópia deste aos
didato escolhido, ou a sigla ou o número do partidos e coligações concorrentes ao pleito
partido de sua preferência. cujos representantes o requeiram até uma hora
§ 4o  No prazo de quinze dias após a realiza- após sua expedição.
ção do sorteio a que se refere o § 2o, os Tribunais § 3o  Para os fins do disposto no parágrafo
Regionais Eleitorais divulgarão o modelo da anterior, cada partido ou coligação poderá cre-
cédula completa com os nomes dos candidatos denciar até três fiscais perante a Junta Eleitoral,
majoritários na ordem já definida. funcionando um de cada vez.
§ 5o  Às eleições em segundo turno aplica-se § 4o  O descumprimento de qualquer das
o disposto no § 2o, devendo o sorteio verificar- disposições deste artigo constitui crime, punível
-se até quarenta e oito horas após a proclamação com detenção de um a três meses, com a alter-
do resultado do primeiro turno e a divulgação nativa de prestação de serviços à comunidade
do modelo da cédula nas vinte e quatro horas pelo mesmo período e multa, no valor de um
seguintes. mil a cinco mil UFIR.
§ 5o  O rascunho ou qualquer outro tipo de
Art. 84.  No momento da votação, o eleitor anotação fora dos boletins de urna, usados no
dirigir-se-á à cabina duas vezes, sendo a momento da apuração dos votos, não poderão
primeira para o preenchimento da cédula servir de prova posterior perante a Junta apu-
destinada às eleições proporcionais, de cor radora ou totalizadora.
branca, e a segunda para o preenchimento da § 6o  O boletim mencionado no § 2o deverá
cédula destinada às eleições majoritárias, de conter o nome e o número dos candidatos nas
cor amarela. primeiras colunas, que precederão aquelas
Parágrafo único.  A Justiça Eleitoral fixará onde serão designados os votos e o partido ou
o tempo de votação e o número de eleitores coligação.
por seção, para garantir o pleno exercício do
direito de voto. Art. 88.  O Juiz Presidente da Junta Eleitoral é
obrigado a recortar a urna, quando:
Art. 85.  Em caso de dúvida na apuração de vo- I – o boletim apresentar resultado não coinci-
tos dados a homônimos, prevalecerá o número dente com o número de votantes ou discrepante
sobre o nome do candidato. dos dados obtidos no momento da apuração;
II – ficar evidenciada a atribuição de votos
Art. 86.  No sistema de votação convencional a candidatos inexistentes, o não fechamento
considerar-se-á voto de legenda quando o elei- da contabilidade da urna ou a apresentação
tor assinalar o número do partido no local exato de totais de votos nulos, brancos ou válidos
reservado para o cargo respectivo e somente destoantes da média geral das demais Seções
para este será computado. do mesmo Município, Zona Eleitoral.

Art. 87.  Na apuração, será garantido aos Art. 89.  Será permitido o uso de instrumentos
fiscais e delegados dos partidos e coligações que auxiliem o eleitor analfabeto a votar, não
o direito de observar diretamente, a distância sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los.
não superior a um metro da mesa, a abertura
da urna, a abertura e a contagem das cédulas e Disposições Finais
Normas correlatas

o preenchimento do boletim.
§ 1o  O não atendimento ao disposto no ca- Art. 90.  Aos crimes definidos nesta Lei, aplica-
put enseja a impugnação do resultado da urna -se o disposto nos arts. 287 e 355 a 364 da Lei
desde que apresentada antes da divulgação do no  4.737, de 15 de julho de 1965 – Código
boletim. Eleitoral.
135
§ 1o  Para os efeitos desta Lei, respondem rádio e televisão, no período de um mês antes
penalmente pelos partidos e coligações os seus do início da propaganda eleitoral a que se refere
representantes legais. o art.  36 e nos três dias anteriores à data do
§ 2o  Nos casos de reincidência, as penas pleito, até dez minutos diários, contínuos ou
pecuniárias previstas nesta Lei aplicam-se em não, que poderão ser somados e usados em dias
dobro. espaçados, para a divulgação de comunicados,
boletins e instruções ao eleitorado.80
Art. 90-A. (Vetado)78
Art. 93-A.  O Tribunal Superior Eleitoral, no
Art. 91.  Nenhum requerimento de inscrição período compreendido entre 1o de abril e 30
eleitoral ou de transferência será recebido de julho dos anos eleitorais, promoverá, em
dentro dos cento e cinquenta dias anteriores à até cinco minutos diários, contínuos ou não,
data da eleição. requisitados às emissoras de rádio e televisão,
Parágrafo único.  A retenção de título eleito- propaganda institucional, em rádio e televisão,
ral ou do comprovante de alistamento eleitoral destinada a incentivar a participação feminina
constitui crime, punível com detenção, de um na política, bem como a esclarecer os cidadãos
a três meses, com a alternativa de prestação sobre as regras e o funcionamento do sistema
de serviços à comunidade por igual período, eleitoral brasileiro.81
e multa no valor de cinco mil a dez mil UFIR.
Art. 94.  Os feitos eleitorais, no período entre
Art. 91-A.  No momento da votação, além da o registro das candidaturas até cinco dias após
exibição do respectivo título, o eleitor deverá a realização do segundo turno das eleições,
apresentar documento de identificação com terão prioridade para a participação do Minis-
fotografia.79 tério Público e dos Juízes de todas as Justiças e
Parágrafo único.  Fica vedado portar apare- instâncias, ressalvados os processos de habeas
lho de telefonia celular, máquinas fotográficas e corpus e mandado de segurança.82
filmadoras, dentro da cabina de votação. § 1o  É defeso às autoridades mencionadas
neste artigo deixar de cumprir qualquer prazo
Art. 92.  O Tribunal Superior Eleitoral, ao desta Lei, em razão do exercício das funções
conduzir o processamento dos títulos eleitorais, regulares.
determinará de ofício a revisão ou correição das § 2o  O descumprimento do disposto neste
Zonas Eleitorais sempre que: artigo constitui crime de responsabilidade e
I – o total de transferências de eleitores será objeto de anotação funcional para efeito
ocorridas no ano em curso seja dez por cento de promoção na carreira.
superior ao do ano anterior; § 3o  Além das polícias judiciárias, os ór-
II – O eleitorado for superior ao dobro da gãos da receita federal, estadual e municipal,
população entre dez e quinze anos, somada à os tribunais e órgãos de contas auxiliarão a
de idade superior a setenta anos do território Justiça Eleitoral na apuração dos delitos elei-
daquele Município; torais, com prioridade sobre suas atribuições
III – o eleitorado for superior a sessenta e regulares.
cinco por cento da população projetada para § 4o  Os advogados dos candidatos ou dos
aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geogra- partidos e coligações serão notificados para os
fia e Estatística – IBGE. feitos de que trata esta Lei com antecedência
mínima de vinte e quatro horas, ainda que por
Art. 93.  O Tribunal Superior Eleitoral poderá, fax, telex ou telegrama.
nos anos eleitorais, requisitar das emissoras de
Eleições

80
  Lei no 13.165/2015.
78
  Lei no 11.300/2006. 81
  Leis nos 13.165/2015 e 12.891/2013.
79
  Lei no 12.034/2009. 82
  Lei no 13.165/2015.
136
§ 5o  Nos Tribunais Eleitorais, os advogados Juiz para apreciar as reclamações ou repre-
dos candidatos ou dos partidos e coligações sentações.
serão intimados para os feitos que não versem § 3o  Os Tribunais Eleitorais designarão
sobre a cassação do registro ou do diploma três juízes auxiliares para a apreciação das
de que trata esta Lei por meio da publicação reclamações ou representações que lhes forem
de edital eletrônico publicado na página do dirigidas.
respectivo Tribunal na internet, iniciando-se § 4o  Os recursos contra as decisões dos
a contagem do prazo no dia seguinte ao da juízes auxiliares serão julgados pelo Plenário
divulgação. do Tribunal.
§ 5o  Recebida a reclamação ou represen-
Art. 94-A.  Os órgãos e entidades da Admi- tação, a Justiça Eleitoral notificará imedia-
nistração Pública direta e indireta poderão, tamente o reclamado ou representado para,
quando solicitados, em casos específicos e de querendo, apresentar defesa em quarenta e
forma motivada, pelos Tribunais Eleitorais:83 oito horas.
I – fornecer informações na área de sua § 6o (Revogado)
competência; § 7o  Transcorrido o prazo previsto no § 5o,
II – ceder funcionários no período de 3 apresentada ou não a defesa, o órgão compe-
(três) meses antes a 3 (três) meses depois de tente da Justiça Eleitoral decidirá e fará publicar
cada eleição. a decisão em vinte e quatro horas.
§ 8o  Quando cabível recurso contra a de-
Art. 94-B. (Vetado)84 cisão, este deverá ser apresentado no prazo de
vinte e quatro horas da publicação da decisão
Art. 95.  Ao Juiz Eleitoral que seja parte em em cartório ou sessão, assegurado ao recorri-
ações judiciais que envolvam determinado do o oferecimento de contrarrazões, em igual
candidato é defeso exercer suas funções em prazo, a contar da sua notificação.
processo eleitoral no qual o mesmo candidato § 9o  Os Tribunais julgarão o recurso no
seja interessado. prazo de quarenta e oito horas.
§ 10.  Não sendo o feito julgado nos prazos
Art. 96.  Salvo disposições específicas em fixados, o pedido pode ser dirigido ao órgão
contrário desta Lei, as reclamações ou repre- superior, devendo a decisão ocorrer de acordo
sentações relativas ao seu descumprimento com o rito definido neste artigo.
podem ser feitas por qualquer partido político, § 11.  As sanções aplicadas a candidato em
coligação ou candidato, e devem dirigir-se:85 razão do descumprimento de disposições desta
I – aos Juízes Eleitorais, nas eleições mu- Lei não se estendem ao respectivo partido,
nicipais; mesmo na hipótese de esse ter se beneficiado
II – aos Tribunais Regionais Eleitorais, nas da conduta, salvo quando comprovada a sua
eleições federais, estaduais e distritais; participação.
III – ao Tribunal Superior Eleitoral, na elei-
ção presidencial. Art. 96-A.  Durante o período eleitoral, as
§ 1o  As reclamações e representações de- intimações via fac-símile encaminhadas pela
vem relatar fatos, indicando provas, indícios Justiça Eleitoral a candidato deverão ser ex-
e circunstâncias. clusivamente realizadas na linha telefônica por
§ 2o  Nas eleições municipais, quando a ele previamente cadastrada, por ocasião do
circunscrição abranger mais de uma Zona preenchimento do requerimento de registro
Normas correlatas

Eleitoral, o Tribunal Regional designará um de candidatura.86


Parágrafo único.  O prazo de cumprimento
83
  Lei no 11.300/2006. da determinação prevista no caput é de qua-
84
  Lei no 11.300/2006.
85
  Leis nos 13.165/2015 e 9.840/1999.   Lei no 12.034/2009.
86

137
renta e oito horas, a contar do recebimento Art. 97-A.  Nos termos do inciso LXXVIII
do fac-símile. do art. 5o da Constituição Federal, considera-
-se duração razoável do processo que possa
Art. 96-B.  Serão reunidas para julgamento resultar em perda de mandato eletivo o perí-
comum as ações eleitorais propostas por partes odo máximo de 1 (um) ano, contado da sua
diversas sobre o mesmo fato, sendo competente apresentação à Justiça Eleitoral.89
para apreciá-las o juiz ou relator que tiver re- § 1o  A duração do processo de que trata o
cebido a primeira.87 caput abrange a tramitação em todas as instân-
§ 1o  O ajuizamento de ação eleitoral por cias da Justiça Eleitoral.
candidato ou partido político não impede ação § 2o  Vencido o prazo de que trata o caput,
do Ministério Público no mesmo sentido. será aplicável o disposto no art. 97, sem pre-
§ 2o  Se proposta ação sobre o mesmo fato juízo de representação ao Conselho Nacional
apreciado em outra cuja decisão ainda não de Justiça.
transitou em julgado, será ela apensada ao
processo anterior na instância em que ele se Art. 98.  Os eleitores nomeados para compor
encontrar, figurando a parte como litisconsorte as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os
no feito principal. requisitados para auxiliar seus trabalhos serão
§ 3o  Se proposta ação sobre o mesmo fato dispensados do serviço, mediante declaração
apreciado em outra cuja decisão já tenha expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo
transitado em julgado, não será ela conhecida do salário, vencimento ou qualquer outra
pelo juiz, ressalvada a apresentação de outras vantagem, pelo dobro dos dias de convocado.
ou novas provas.
Art. 99.  As emissoras de rádio e televisão te-
Art. 97.  Poderá o candidato, partido ou rão direito a compensação fiscal pela cedência
coligação representar ao Tribunal Regional do horário gratuito previsto nesta Lei.90
Eleitoral contra o Juiz Eleitoral que descum- § 1o  O direito à compensação fiscal das
prir as disposições desta Lei ou der causa ao emissoras de rádio e televisão previsto no pará-
seu descumprimento, inclusive quanto aos grafo único do art. 52 da Lei no 9.096, de 19 de
prazos processuais; neste caso, ouvido o repre- setembro de 1995, e neste artigo, pela cedência
sentado em vinte e quatro horas, o Tribunal do horário gratuito destinado à divulgação das
ordenará a observância do procedimento propagandas partidárias e eleitoral, estende-se
que explicitar, sob pena de incorrer o Juiz em à veiculação de propaganda gratuita de plebis-
desobediência.88 citos e referendos de que dispõe o art. 8o da Lei
§ 1o  É obrigatório, para os membros dos no 9.709, de 18 de novembro de 1998, mantido
Tribunais Eleitorais e do Ministério Público, também, a esse efeito, o entendimento de que:
fiscalizar o cumprimento desta Lei pelos I – (Vetado);
juízes e promotores eleitorais das instâncias II – a compensação fiscal consiste na apu-
inferiores, determinando, quando for o caso, ração do valor correspondente a 0,8 (oito dé-
a abertura de procedimento disciplinar para cimos) do resultado da multiplicação de 100%
apuração de eventuais irregularidades que (cem por cento) ou de 25% (vinte e cinco por
verificarem. cento) do tempo, respectivamente, das inser-
§ 2 o  No caso do descumprimento das ções e das transmissões em bloco, pelo preço
disposições desta Lei por Tribunal Regional do espaço comercializável comprovadamente
Eleitoral, a representação poderá ser feita ao vigente, assim considerado aquele divulgado
Tribunal Superior Eleitoral, observado o dis- pelas emissoras de rádio e televisão por inter-
posto neste artigo. médio de tabela pública de preços de veiculação
Eleições

87
  Lei no 13.165/2015.   Lei no 12.034/2009.
89

88
  Lei no 12.034/2009.   Leis nos 12.350/2010 e 12.034/2009.
90

138
de publicidade, atendidas as disposições regula- Art. 100-A.  A contratação direta ou terceiri-
mentares e as condições de que trata o § 2o-A; zada de pessoal para prestação de serviços refe-
III – o valor apurado na forma do inciso II rentes a atividades de militância e mobilização
poderá ser deduzido do lucro líquido para efeito de rua nas campanhas eleitorais observará os
de determinação do lucro real, na apuração seguintes limites, impostos a cada candidato:92
do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica I – em Municípios com até 30.000 (trinta
(IRPJ), inclusive da base de cálculo dos reco- mil) eleitores, não excederá a 1% (um por cen-
lhimentos mensais previstos na legislação fiscal to) do eleitorado;
(art. 2o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de II – nos demais Municípios e no Distrito
1996), bem como da base de cálculo do lucro Federal, corresponderá ao número máximo
presumido. apurado no inciso I, acrescido de 1 (uma)
§ 2o (Vetado) contratação para cada 1.000 (mil) eleitores que
§ 2o-A.  A aplicação das tabelas públicas de exceder o número de 30.000 (trinta mil).
preços de veiculação de publicidade, para fins de § 1o  As contratações observarão ainda os
compensação fiscal, deverá atender ao seguinte: seguintes limites nas candidaturas aos cargos a:
I – deverá ser apurada mensalmente a I – Presidente da República e Senador: em
variação percentual entre a soma dos preços cada Estado, o número estabelecido para o
efetivamente praticados, assim considerados Município com o maior número de eleitores;
os valores devidos às emissoras de rádio e te- II – Governador de Estado e do Distrito
levisão pelas veiculações comerciais locais, e o Federal: no Estado, o dobro do limite estabe-
correspondente a 0,8 (oito décimos) da soma lecido para o Município com o maior número
dos respectivos preços constantes da tabela de eleitores, e, no Distrito Federal, o dobro do
pública de veiculação de publicidade; número alcançado no inciso II do caput;
II – a variação percentual apurada no inciso III – Deputado Federal: na circunscrição,
I deverá ser deduzida dos preços constantes da 70% (setenta por cento) do limite estabelecido
tabela pública a que se refere o inciso II do § 1o. para o Município com o maior número de
§ 3o  No caso de microempresas e empresas eleitores, e, no Distrito Federal, esse mesmo
de pequeno porte optantes pelo Regime Especial percentual aplicado sobre o limite calculado
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contri- na forma do inciso II do caput, considerado
buições (Simples Nacional), o valor integral da o eleitorado da maior região administrativa;
compensação fiscal apurado na forma do inciso IV – Deputado Estadual ou Distrital: na
II do § 1o será deduzido da base de cálculo de circunscrição, 50% (cinquenta por cento) do
imposto e contribuições federais devidos pela limite estabelecido para Deputados Federais;
emissora, seguindo os critérios definidos pelo V – Prefeito: nos limites previstos nos incisos
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). I e II do caput;
VI – Vereador: 50% (cinquenta por cento)
Art. 100.  A contratação de pessoal para pres- dos limites previstos nos incisos I e II do caput,
tação de serviços nas campanhas eleitorais não até o máximo de 80% (oitenta por cento) do
gera vínculo empregatício com o candidato ou limite estabelecido para Deputados Estaduais.
partido contratantes, aplicando-se à pessoa § 2o  Nos cálculos previstos nos incisos I e
física contratada o disposto na alínea “h” do II do caput e no § 1o, a fração será desprezada,
inciso V do art. 12 da Lei no 8.212, de 24 de se inferior a 0,5 (meio), e igualada a 1 (um), se
julho de 1991.91 igual ou superior.
Parágrafo único.  Não se aplica aos partidos § 3o  A contratação de pessoal por candida-
Normas correlatas

políticos, para fins da contratação de que trata o tos a Vice-Presidente, Vice-Governador, Su-
caput, o disposto no parágrafo único do art. 15 plente de Senador e Vice-Prefeito é, para todos
da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. os efeitos, contabilizada como contratação pelo

  Lei no 13.165/2015.
91
  Leis nos 13.165/2015 e 12.891/2013.
92

139
titular, e a contratação por partidos fica vincu- Art. 105.  Até o dia 5 de março do ano da elei-
lada aos limites impostos aos seus candidatos. ção, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao
§ 4o (Revogado) caráter regulamentar e sem restringir direitos
§ 5o  O descumprimento dos limites pre- ou estabelecer sanções distintas das previstas
vistos nesta Lei sujeitará o candidato às penas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções
previstas no art. 299 da Lei no 4.737, de 15 de necessárias para sua fiel execução, ouvidos,
julho de 1965. previamente, em audiência pública, os delega-
§ 6o  São excluídos dos limites fixados por dos ou representantes dos partidos políticos.93
esta Lei a militância não remunerada, pes- § 1o  O Tribunal Superior Eleitoral publicará
soal contratado para apoio administrativo e o código orçamentário para o recolhimento das
operacional, fiscais e delegados credenciados multas eleitorais ao Fundo Partidário, mediante
para trabalhar nas eleições e os advogados dos documento de arrecadação correspondente.
candidatos ou dos partidos e coligações. § 2o  Havendo substituição da UFIR por ou-
tro índice oficial, o Tribunal Superior Eleitoral
Art. 101. (Vetado) procederá à alteração dos valores estabelecidos
nesta Lei pelo novo índice.
Art. 102.  O parágrafo único do art.  145 da § 3 o  Serão aplicáveis ao pleito eleitoral
Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código imediatamente seguinte apenas as resoluções
Eleitoral passa a vigorar acrescido do seguinte publicadas até a data referida no caput.
inciso IX:
“Art. 145.  ������������������������������������������������������� Art. 105-A.  Em matéria eleitoral, não são
........................................................................... aplicáveis os procedimentos previstos na Lei
Parágrafo único.  �������������������������������������������� no 7.347, de 24 de julho de 1985.94
IX – os policiais militares em serviço.”
Art.  103.  O art. 19, caput, da Lei no 9.096, de Art. 106.  Esta Lei entra em vigor na data de
19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos, sua publicação.
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.  19.  Na segunda semana dos meses de Art. 107.  Revogam-se os arts.  92, 246, 241,
abril e outubro de cada ano, o partido, por 250, 322, 328, 329, 333 e o parágrafo único
seus órgãos de direção municipais, regio- do art. 106 da Lei no 4.737, de 15 de julho de
nais ou nacional, deverá remeter, aos juízes 1965 – Código Eleitoral; o 4o do art. 39 da Lei
eleitorais, para arquivamento, publicação e no 9.096, de 19 de setembro de 1995; o § 2o do
cumprimento dos prazos de filiação parti- art. 50 e o § 1o do art. 64 da Lei no 9.100, de
dária para efeito de candidatura a cargos 29 de setembro de 1995; e o § 2o do art. 7o do
eletivos, a relação dos nomes de todos os seus Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967.
filiados, da qual constará a data de filiação,
o número dos títulos eleitorais e das seções Brasília, 30 de setembro de 1997; 176o da Inde-
em que estão inscritos.” pendência e 109o da República.

Art. 104.  O art. 44 da Lei no 9.096, de 19 de MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL


setembro de 1995, passa a vigorar acrescido do – Iris Rezende
seguinte § 3o:
“Art. 44.  ���������������������������������������������������������� Promulgada em 30/9/1997 e publicada no DOU de
........................................................................... 1o/10/1997.
���������������������������������������������������������������������������
........................................................................... 93
  Lei n o  12.034/2009. Ver Resolução do TSE
§ 3o  Os recursos de que trata este artigo não
Eleições

n  23.459/2015, que estabelece os limites de gastos


o

estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de para as campanhas eleitorais municipais de 2016.
21 de junho de 1993.” 94
  Lei no 12.034/2009.
140
Anexo

Sigla e no do Partido/Série NOME DO PARTIDO


Recebemos de Recibo Eleitoral
UF R$
Endereço: Município UFIR
Valor por extenso
Mun. CEP em moeda corrente
CPF ou CGC n o

a quantia de R$ doação para campanha eleitoral das eleições municipais


correspondente a UFIR
Data / / Data / /
(Assinatura do responsável)
Nome do Responsável Nome do Resp.
CPF no CPF no

Série: sigla e no do partido/numeração sequencial

Normas correlatas

141
Ficha de Qualificação do Candidato (Modelo 1)

Nome: No
No do CPF: N da identidade:
o
Órgão Expedidor:
Endereço Residencial: Telefone:
Endereço Comercial: Telefone:
Partido Político: Comitê Financeiro:
Eleição: Circunscrição:
Conta bancária no: Banco: Agência:
Limite de Gastos em REAL:

DADOS PESSOAIS DO RESPONSÁVEL PELA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DA CAMPANHA


Nome: No
N do CPF:
o
N da identidade:
o
Órgão Expedidor:
Endereço Residencial: Telefone:
Endereço Comercial: Telefone:

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

a)  DADOS DO CANDIDATO


1 – Nome – informar o nome completo do candidato;
2 – No – informar o número atribuído ao candidato para concorrer às eleições;
3 – No do CPF – informar o número do documento de identificação do candidato no Cadastro
de Pessoas Físicas;
4 – No da Identidade – informar o número da carteira de identidade do candidato;
5 – Órgão Expedidor – informar o órgão expedidor da Carteira de Identidade;
6 – Endereço Residencial – informar o endereço residencial completo do candidato;
7 – Telefone – informar o número do telefone residencial do candidato, inclusive DDD;
8 – Endereço Comercial – informar o endereço comercial completo do candidato;
9 – Telefone – informar o número do telefone comercial do candidato, inclusive DDD;
10 – Partido Político – informar o nome do partido político pelo qual concorre às eleições;
11 – Comitê Financeiro – informar o nome do comitê financeiro ao qual está vinculado o candidato;
12 – Eleição – informar a eleição para a qual o candidato concorre (cargo eletivo);
13 – Circunscrição – informar a circunscrição à qual está jurisdicionado o Comitê;
14 – Conta Bancária No – informar o número da conta-corrente da campanha, caso tenha sido
aberta pelo Candidato;
15 – Banco – se o campo anterior foi preenchido, informar o banco onde abriu a conta-corrente;
16 – Agência – informar a agência bancária onde foi aberta a conta-corrente;
17 – Limite de Gastos em REAL – informar, em REAL, o limite de gastos estabelecidos pelo Partido;
Eleições

142
b)  DADOS DO RESPONSÁVEL PELA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DA CAMPANHA
1 – Nome – informar o nome do Responsável indicado pelo candidato para administrar os re-
cursos de sua campanha;
2 – No do CPF – informar o número do documento de identificação do Responsável no Cadastro
de Pessoas Físicas;
3 – No da Identidade – informar o número da carteira de identidade do Responsável;
4 – Órgão Expedidor – informar o órgão expedidor da Carteira de Identidade;
5 – Endereço Residencial – informar o endereço residencial completo do Responsável;
6 – Telefone – informar o número do telefone residencial, inclusive DDD;
7 – Endereço Comercial – informar o endereço comercial completo do Responsável;
8 – Telefone – informar o número do telefone comercial, inclusive DDD;
9 – indicar local e data do preenchimento;
10 – assinaturas do Candidato e do Responsável pela Administração Financeira da Campanha.

Normas correlatas

143
Demonstração dos Recibos Eleitorais Recebidos (Modelo 2)

Direção Nacional/Estadual do Partido/Comitê Financeiro/Candidato


Eleição: UF/MUNICÍPIO

DATA NUMERAÇÃO QUANTIDADE RECEBIDOS DE

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL/ESTADUAL DO PARTIDO/COMITÊ FINANCEIRO/CANDIDATO


– informar o nome de quem está apresentando a Demonstração: se Direção Nacional/Estadual
do partido político, Comitê ou Candidato;
2 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
3 – UF/MUNICÍPIO – informar a Unidade da Federação e Município;
4 – DATA – informar a data em que os Recibos Eleitorais foram recebidos, no formato dia, mês e ano;
5 – NUMERAÇÃO – informar a numeração e série dos Recibos Eleitorais Recebidos;
6 – QUANTIDADE – informar a quantidade de Recibos Eleitorais Recebidos;
7 – RECEBIDOS DE – informar o nome do Órgão repassador dos Recibos;
8 – indicar local e data do preenchimento;
9 – assinatura dos responsáveis.
Eleições

144
Demonstração dos Recursos Arrecadados (Modelo 3)

Direção Nacional do Partido/Estadual/Comitê/Candidato


Eleição UF/MUNICÍPIO

NÚMERO DOADOR/
ESPÉCIE DO
DATA DOS CONTRI- CGC/CPF VALORES
RECURSO
RECIBOS BUINTE

UFIR R$

TOTAL/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL/ESTADUAL DO PARTIDO/COMITÊ FINANCEIRO/CANDIDATO


– informar o nome de quem está apresentando a Demonstração: se Direção Nacional/Estadual
do partido político, Comitê ou Candidato;
2 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
3 – UF/MUNICÍPIO – informar a Unidade da Federação e Município;
4 – DATA – informar a data em que os Recibos Eleitorais foram recebidos, no formato dia, mês
e ano;
5 – NÚMERO DOS RECIBOS – informar a numeração e série dos Recibos Eleitorais entregues
aos doadores/contribuintes;
6 – ESPÉCIE DO RECURSO – informar o tipo de recursos recebido, se em moeda corrente ou
estimável em dinheiro;
7 – DOADOR/CONTRIBUINTE – informar o nome completo de quem doou os recursos, in-
clusive no caso de recursos próprios do candidato;
8 – CGC/CPF – informar o número do CGC ou do CPF do doador/contribuinte, conforme seja
pessoa jurídica ou pessoa física;
9 – VALORES
9-a – UFIR – informar o valor das arrecadações em UFIR, dividindo o valor em R$ pelo valor
Normas correlatas

da UFIR do mês da doação em moeda corrente;


9-b – R$ – informar o valor da doação em moeda corrente;
10 – TOTAL/TRANSPORTAR – informar o total em UFIR e R$ dos valores arrecadados;
11 – indicar local e data do preenchimento;
12 – assinatura dos responsáveis.
145
Relação de Cheques Recebidos (Modelo 4)
Direção Nacional/Estadual do Partido/Comitê/Candidato
Eleição UF/MUNICÍPIO

DATA DO IDENTIFICAÇÃO EMITENTE


IDENTIFICAÇÃO DO CHEQUE VALORES
RECEBIMENTO DOADOR

DATA DA
NOME CGC/CPF No BCO No AG No CHEQUE R$
EMISSÃO

TOTAL/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL/ESTADUAL DO PARTIDO/COMITÊ FINANCEIRO/CANDIDATO


– informar o nome de quem está apresentando a Demonstração: se Direção Nacional/Estadual
do partido político, Comitê ou Candidato;
2 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
3 – UF/MUNICÍPIO – informar a Unidade da Federação e Município;
4 – DATA DO RECEBIMENTO – informar a data em que os cheques foram recebidos, no for-
mato dia, mês e ano;
5 – IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE/DOADOR
5-a – NOME – informar o nome do emitente do cheque;
5-b – CGC/CPF – informar o número do CGC ou CPF do emitente do cheque, conforme seja
pessoa jurídica ou pessoa física;
6 – IDENTIFICAÇÃO DO CHEQUE
6-a – DATA DA EMISSÃO – informar a data em que o cheque foi emitido pelo doador, no
formato dia, mês e ano;
6-b – No DO BANCO – informar o número do Banco sacado;
6-c – No DA AGÊNCIA – informar o número da Agência;
6-d – No DO CHEQUE – informar o número do cheque;
7 – VALORES – R$ – informar o valor dos cheques em moeda corrente;
8 – TOTAL/TRANSPORTAR – informar o total em R$ dos Cheques recebidos.
9 – indicar local e data do preenchimento;
10 – assinatura dos responsáveis.
Eleições

146
Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (Modelo 5)

PARTIDO/COMITÊ/CANDIDATO
ELEIÇÃO UF/MUNICÍPIO
TÍTULO DA CONTA TOTAL (R$)
1 – RECEITAS
DOAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
Recursos Próprios
Recursos de Pessoas Físicas
Recursos de Pessoas Jurídicas
Transferências Financeiras Recebidas
FUNDO PARTIDÁRIO
Cotas Recebidas
RECEITAS FINANCEIRAS
Variações Monetárias Ativas
Rendas de Aplicações
OUTRAS RECEITAS
Vendas de Bens de Uso
F. PARTIDÁRIO O. RECURSOS TOTAL (R$)
2 – DESPESAS
Despesas com Pessoal
Encargos Sociais
Impostos
Aluguéis
Despesas de Viagens
Honorários Profissionais
Locações de Bens Móveis
Despesas Postais
Materiais de Expediente
Despesas com Veículos
Propagandas e Publicidade
Serviços Prestados por Terceiros
Cachês de Artistas ou Animadores
Materiais Impressos
Lanches e Refeições
Energia Elétrica
Despesas de Manutenção e Reparo
Montagem de Palanques e Equipamentos
Despesas com Pesquisas ou Testes Eleitorais
Despesas de Eventos Promocionais
Despesas Financeiras
Produção Audiovisuais
Outras Despesas
3 – TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS EFETUADAS
4 – IMOBILIZAÇÕES – TOTAL
Bens Móveis
Bens Imóveis
SALDO (+1-2-3-4=5) TOTAL
Normas correlatas

Saldo em Caixa
Saldo em Banco
Banco (...)

Obs.: As Obrigações a Pagar deverão ser deduzidas dos saldos financeiros (caixa e banco), sendo demonstradas mediante
Demonstração de Obrigações a Pagar (Modelo 11) devidamente assinada pelo Tesoureiro.
147
Ficha de Qualificação do Comitê Financeiro (Modelo 6)

Partido:
Direção/Comitê Financeiro/Candidato: Único? Sim: Não:
Eleição: UF/Município:
Número da Conta Bancária: Banco: Agência:
Endereço:

NOME DOS MEMBROS FUNÇÕES

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – NOME DO PARTIDO – informar o nome do partido político;


2 – DIREÇÃO/COMITÊ/CANDIDATO – informar se é da Direção Nacional/Estadual/Comitê
Financeiro ou Candidato;
2-a – ÚNICO? SIM? NÃO? – marcar um X no campo correspondente, conforme se trate,
no caso de Comitê Estadual/Municipal, de Comitê Único do Partido para as eleições de toda a
circunscrição ou de Comitê específico para determinada eleição;
3 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
4 – UF/MUNICÍPIO – informar a Unidade da Federação e Município;
5 – CONTA BANCÁRIA – informar o número da conta-corrente do Comitê Financeiro;
6 – BANCO – informar o banco onde foi aberta a conta-corrente do Comitê;
7 – AGÊNCIA – informar a agência bancária;
8 – NOMES DOS MEMBROS – informar o nome completo dos membros do Comitê Financeiro;
9 – FUNÇÕES – informar as funções (tipo de responsabilidade) por eles exercidas, na mesma
ordem da citação dos nomes;
10 – indicar local e data do preenchimento;
11 – assinatura dos responsáveis.
Eleições

148
Demonstração do Limite de Gastos (Modelo 7)

Nome do Partido:
Direção/Comitê Financeiro/Candidato:

ELEIÇÃO
CANDIDATO LIMITE EM R$
NOME NÚMERO

TOTAL/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – NOME DO PARTIDO – informar o nome do partido político;


2 – COMITÊ FINANCEIRO/DIREÇÃO/CANDIDATO – informar o nome: se da Direção Na-
cional/Estadual, do Comitê e Candidato que está apresentando a Demonstração;
3 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
4 – CANDIDATO
4-a – NOME – informar o nome completo do Candidato;
4-b – NÚMERO – informar o número atribuído ao candidato, com o qual concorre à eleição;
5 – LIMITE EM R$ – informar o valor em Real do limite de gastos atribuído ao Candidato, pelo
partido;
6 – TOTAL/TRANSPORTAR – informar o total em REAL;
7 – indicar o local e a data do preenchimento;
8 – assinatura dos responsáveis.
Normas correlatas

149
Demonstração dos Recibos Eleitorais Distribuídos (Modelo 8)

Direção Nacional/Estadual/Comitê Financeiro:


Eleição:

DATA NUMERAÇÃO QUANTIDADE DISTRIBUÍDO A

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL/ESTADUAL DO PARTIDO/COMITÊ FINANCEIRO – informar


o nome de quem está apresentando a Demonstração: se Direção Nacional/Estadual do partido
político ou Comitê Financeiro;
2 – ELEIÇÃO – informar a eleição de que se trata (cargo eletivo);
3 – DATA – informar a data da entrega dos Recibos Eleitorais, no formato dia, mês e ano;
4 – NUMERAÇÃO – informar a numeração dos Recibos Eleitorais Distribuídos, inclusive com
a sua série;
5 – QUANTIDADE – informar a quantidade de Recibos Eleitorais Distribuídos, separados por
valor de face;
6 – DISTRIBUÍDO A – informar o nome da Direção (Nacional/Estadual) ou do Comitê ou
Candidato que recebeu os Recibos Eleitorais;
7 – indicar local e data do preenchimento;
8 – assinatura dos responsáveis.
Eleições

150
Demonstração de Transferências Financeiras (Modelo 9)

Direção Nacional/Estadual do Partido/Comitê Financeiro:

NOME DO PARTIDO/COMITÊ/CANDIDATO VALORES


DATA
BENEFICIÁRIO R$

TOTAL/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL/ESTADUAL DO PARTIDO/COMITÊ FINANCEIRO – informar o


nome de quem realizou as transferências: se Direção Nacional/Estadual do partido político ou
Comitê Financeiro, inclusive no caso de coligações;
2 – DATA – informar a data em que ocorreu a transferência financeira, no formato dia, mês e ano;
3 – NOME DO PARTIDO/COMITÊ/CANDIDATO – informar o nome do Partido (Direção
Nacional/Estadual) edo Comitê ou do Candidato beneficiário da transferência dos recursos,
inclusive no caso de coligações;
4 – VALORES – R$ – informar o valor das transferências em moeda corrente;
5 – TOTAL/TRANSPORTAR – informar o total em R$ das transferências recebidas;
6 – indicar local e data do preenchimento;
7 – assinatura dos responsáveis.
Normas correlatas

151
Demonstração Financeira Consolidada (Modelo 10)

Nome do Partido:
Direção Nacional:

COMITÊS
VALORES R$
FINANCEIROS VINCULADOS
ARRECADADOS APLICADOS SALDOS

TOTAIS/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – NOME DO PARTIDO – informar o nome do partido político;


2 – COMITÊS FINANCEIROS VINCULADOS – informar o nome da Direção Estadual ou Co-
mitês Estadual ou Municipal vinculados à Campanha para Prefeito.
3 – VALORES/R$ 
3-a – ARRECADADOS – informar o total, em moeda corrente, dos valores arrecadados para
cada Comitê;
3-b – APLICADOS – informar o total, em moeda corrente, dos valores aplicados para cada
Comitê;
3-c – SALDOS – informar os saldos financeiros apresentados, de cada Comitê;
4 – TOTAIS/TRANSPORTAR – informar os totais dos recursos arrecadados, aplicados e dos
respectivos saldos, representando o movimento financeiro de toda a campanha para Prefeito;
5 – indicar o local e data do preenchimento;
6 – assinatura dos responsáveis.
Eleições

152
Demonstração Consolidada do Limite de Gastos (Modelo 11)

Direção Nacional do Partido Político:

CIRCUNSCRIÇÃO VALORES EM R$

TOTAL/TRANSPORTAR

LOCAL DATA / /

ASSINATURA ASSINATURA

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

1 – DIREÇÃO NACIONAL DO PARTIDO POLÍTICO – informar o nome do partido político;


2 – No – informar o número com o qual o Partido Político concorreu às eleições;
3 – CIRCUNSCRIÇÃO – informar a circunscrição em relação à qual foi estabelecido o limite
de gastos;
4 – VALORES REAL – informar o valor em REAL do limite de gastos atribuído pelo Partido,
para cada circunscrição;
5 – TOTAL/TRANSPORTAR – informar o total em REAL;
6 – indicar local e data do preenchimento;
7 – assinaturas dos responsáveis.
Normas correlatas

153
Lei no 9.259/1996
Acrescenta parágrafo único ao art. 10, dispõe sobre a aplicação dos arts. 49, 56, incisos III e IV, e
57, inciso III, da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e dá nova redação ao § 1o do art. 1o da
Lei no 1.533, de 31 de dezembro de 1951.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA tempo, ainda que submetidas à Justiça Elei-


toral na vigência da Lei no  5.682, de 21 de
Faço saber que o Congresso Nacional decreta julho de 1971, sem que tenha sido prolatada
e eu sanciono a seguinte Lei: decisão final.

Art. 1o  É acrescido ao art. 10 da Lei no 9.096, Art. 4o  O disposto no art. 49 da Lei no 9.096,
de 19 de setembro de 1995, o seguinte pará- de 19 de setembro de 1995, tem eficácia imedia-
grafo único: ta, aplicando-se aos partidos políticos que não
“Art. 10.  ��������������������������������������������������������� atenderem aos seus requisitos as disposições
Parágrafo único.  O Partido comunica à dos arts. 56, incisos III e IV, e 57, inciso III,
Justiça Eleitoral a constituição de seus ór- da mesma lei.
gãos de direção e os nomes dos respectivos
integrantes, bem como as alterações que Art. 5o  Esta Lei entra em vigor na data de sua
forem promovidas, para anotação: publicação.
I – no Tribunal Superior Eleitoral, dos
integrantes dos órgãos de âmbito nacional; Art. 6o  Revogam-se as disposições em con-
II – nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos trário.
integrantes dos órgãos de âmbito estadual,
municipal ou zonal.” Brasília, 9 de janeiro de 1996; 175o da Indepen-
dência e 108o da República.
Art. 2o  (Revogado)1
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO –
Art. 3o  O disposto no parágrafo único do Nelson A. Jobim
art. 10 da Lei no 9.096, de 19 de setembro de
1995, na redação dada por esta Lei, aplica-se Promulgada em 9/1/1996 e publicada no DOU de
a todas as alterações efetivadas a qualquer 10/1/1996.
Eleições

154 1
  Lei no 12.016/2009.
Lei no 9.096/1995
Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3o, inciso V, da Constituição Federal.

O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no organização da mesma natureza e adotar uni-


exercício do cargo de PRESIDENTE DA RE- forme para seus membros.
PÚBLICA
Art. 7o  O partido político, após adquirir perso-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e nalidade jurídica na forma da lei civil, registra
eu sanciono a seguinte Lei: seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral.2
§ 1o  Só é admitido o registro do estatuto de
partido político que tenha caráter nacional, con-
TÍTULO I – Disposições Preliminares siderando-se como tal aquele que comprove, no
período de dois anos, o apoiamento de eleitores
Art. 1o  O partido político, pessoa jurídica de não filiados a partido político, correspondente
direito privado, destina-se a assegurar, no inte- a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento)
resse do regime democrático, a autenticidade do dos votos dados na última eleição geral para a
sistema representativo e a defender os direitos Câmara dos Deputados, não computados os
fundamentais definidos na Constituição Federal. votos em branco e os nulos, distribuídos por um
terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo
Art. 2o  É livre a criação, fusão, incorporação de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado
e extinção de partidos políticos cujos progra- que haja votado em cada um deles.
mas respeitem a soberania nacional, o regime § 2o  Só o partido que tenha registrado seu
democrático, o pluripartidarismo e os direitos estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode
fundamentais da pessoa humana. participar do processo eleitoral, receber recur-
sos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao
Art. 3 o  É assegurada, ao partido político, rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei.
autonomia para definir sua estrutura interna, § 3o  Somente o registro do estatuto do par-
organização e funcionamento.1 tido no Tribunal Superior Eleitoral assegura
Parágrafo único.  É assegurada aos candidatos, a exclusividade da sua denominação, sigla e
partidos políticos e coligações autonomia para símbolos, vedada a utilização, por outros par-
definir o cronograma das atividades eleitorais de tidos, de variações que venham a induzir a erro
campanha e executá-lo em qualquer dia e horá- ou confusão.
rio, observados os limites estabelecidos em lei.

Art. 4o  Os filiados de um partido político têm TÍTULO II – Da Organização e


iguais direitos e deveres. Funcionamento dos Partidos Políticos3
CAPÍTULO I – Da Criação e do Registro dos
Art. 5o  A ação do partido tem caráter nacio- Partidos Políticos
nal e é exercida de acordo com seu estatuto e
programa, sem subordinação a entidades ou Art. 8o  O requerimento do registro de partido
Normas correlatas

governos estrangeiros. político, dirigido ao cartório competente do


Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital
Art. 6o  É vedado ao partido político ministrar Federal, deve ser subscrito pelos seus funda-
instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de
  Leis nos 13.165/2015 e 13.107/2015.
2

1
  Lei n  12.891/2013.
o
  Ver Resolução do TSE no 23.465/2015.
3
155
dores, em número nunca inferior a cento e no prazo de quinze dias, lavra o seu atestado,
um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, devolvendo-a ao interessado.
um terço dos Estados, e será acompanhado de: § 3o  Protocolado o pedido de registro no
I – cópia autêntica da ata da reunião de Tribunal Superior Eleitoral, o processo res-
fundação do partido; pectivo, no prazo de quarenta e oito horas,
II – exemplares do Diário Oficial que publi- é distribuído a um Relator, que, ouvida a
cou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; Procuradoria-Geral, em dez dias, determina,
III – relação de todos os fundadores com em igual prazo, diligências para sanar eventuais
o nome completo, naturalidade, número do falhas do processo.
título eleitoral com a Zona, Seção, Município § 4o  Se não houver diligências a determinar,
e Estado, profissão e endereço da residência. ou após o seu atendimento, o Tribunal Superior
§ 1o  O requerimento indicará o nome e Eleitoral registra o estatuto do partido, no prazo
função dos dirigentes provisórios e o endereço de trinta dias.
da sede do partido na Capital Federal.
§ 2o  Satisfeitas as exigências deste artigo, o Art. 10.  As alterações programáticas ou
Oficial do Registro Civil efetua o registro no estatutárias, após registradas no Ofício Civil
livro correspondente, expedindo certidão de competente, devem ser encaminhadas, para
inteiro teor. o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral.4
§ 3o  Adquirida a personalidade jurídica Parágrafo único.  O Partido comunica à Jus-
na forma deste artigo, o partido promove a tiça Eleitoral a constituição de seus órgãos de
obtenção do apoiamento mínimo de eleitores direção e os nomes dos respectivos integrantes,
a que se refere o § 1o do art. 7o e realiza os atos bem como as alterações que forem promovidas,
necessários para a constituição definitiva de para anotação:
seus órgãos e designação dos dirigentes, na I – no Tribunal Superior Eleitoral, dos inte-
forma do seu estatuto. grantes dos órgãos de âmbito nacional;
II – nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos
Art. 9o  Feita a constituição e designação, re- integrantes dos órgãos de âmbito estadual,
feridas no § 3o do artigo anterior, os dirigentes municipal ou zonal.
nacionais promoverão o registro do estatuto do
partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, Art. 11.  O partido com registro no Tribunal
através de requerimento acompanhado de: Superior Eleitoral pode credenciar, respecti-
I – exemplar autenticado do inteiro teor do vamente:
programa e do estatuto partidários, inscritos I – delegados perante o Juiz Eleitoral;
no Registro Civil; II – delegados perante o Tribunal Regional
II – certidão do registro civil da pessoa ju- Eleitoral;
rídica, a que se refere o § 2o do artigo anterior; III – delegados perante o Tribunal Superior
III – certidões dos cartórios eleitorais que Eleitoral.
comprovem ter o partido obtido o apoiamento Parágrafo único.  Os delegados credencia-
mínimo de eleitores a que se refere o § 1o do dos pelo órgão de direção nacional represen-
art. 7o. tam o partido perante quaisquer Tribunais
§ 1o  A prova do apoiamento mínimo de ou Juízes Eleitorais; os credenciados pelos
eleitores é feita por meio de suas assinaturas, órgãos estaduais, somente perante o Tribu-
com menção ao número do respectivo título nal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais
eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, do respectivo Estado, do Distrito Federal ou
sendo a veracidade das respectivas assinaturas Território Federal; e os credenciados pelo
e o número dos títulos atestados pelo Escrivão órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da
Eleitoral. respectiva jurisdição.
Eleições

§ 2o  O Escrivão Eleitoral dá imediato re-


cibo de cada lista que lhe for apresentada e,   Lei no 9.259/1996.
4

156
CAPÍTULO II – Do Funcionamento VI – condições e forma de escolha de seus
Parlamentar candidatos a cargos e funções eletivas;
VII – finanças e contabilidade, estabelecen-
Art. 12.  O partido político funciona, nas Casas do, inclusive, normas que os habilitem a apurar
Legislativas, por intermédio de uma bancada, as quantias que os seus candidatos possam
que deve constituir suas lideranças de acordo despender com a própria eleição, que fixem os
com o estatuto do partido, as disposições re- limites das contribuições dos filiados e definam
gimentais das respectivas Casas e as normas as diversas fontes de receita do partido, além
desta Lei. daquelas previstas nesta Lei;
VIII – critérios de distribuição dos recursos
Art. 13.  Tem direito a funcionamento parla- do Fundo Partidário entre os órgãos de nível
mentar, em todas as Casas Legislativas para as municipal, estadual e nacional que compõem
quais tenha elegido representante, o partido o partido;
que, em cada eleição para a Câmara dos Depu- IX – procedimento de reforma do programa
tados obtenha o apoio de, no mínimo, cinco por e do estatuto.
cento dos votos apurados, não computados os
brancos e os nulos, distribuídos em, pelo menos, Art. 15-A.  A responsabilidade, inclusive civil
um terço dos Estados, com um mínimo de dois e trabalhista, cabe exclusivamente ao órgão
por cento do total de cada um deles.5 partidário municipal, estadual ou nacional que
tiver dado causa ao não cumprimento da obri-
gação, à violação de direito, a dano a outrem ou
CAPÍTULO III – Do Programa e do Estatuto a qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade
de outros órgãos de direção partidária.6
Art. 14.  Observadas as disposições constitu- Parágrafo único.  O órgão nacional do parti-
cionais e as desta Lei, o partido é livre para fixar, do político, quando responsável, somente pode-
em seu programa, seus objetivos políticos e para rá ser demandado judicialmente na circunscri-
estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura ção especial judiciária da sua sede, inclusive nas
interna, organização e funcionamento. ações de natureza cível ou trabalhista.

Art. 15.  O Estatuto do partido deve conter,


entre outras, normas sobre: CAPÍTULO IV – Da Filiação Partidária
I – nome, denominação abreviada e o esta-
belecimento da sede na Capital Federal; Art. 16.  Só pode filiar-se a partido o eleitor que
II – filiação e desligamento de seus membros; estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
III – direitos e deveres dos filiados;
IV – modo como se organiza e administra, Art. 17.  Considera-se deferida, para todos os
com a definição de sua estrutura geral e identi- efeitos, a filiação partidária, com o atendimento
ficação, composição e competências dos órgãos das regras estatutárias do partido.
partidários nos níveis municipal, estadual e Parágrafo único.  Deferida a filiação do elei-
nacional, duração dos mandatos e processo de tor, será entregue comprovante ao interessado,
eleição dos seus membros; no modelo adotado pelo partido.
V – fidelidade e disciplina partidárias, pro-
cesso para apuração das infrações e aplicação Art. 18. (Revogado)7
das penalidades, assegurado amplo direito de
Normas correlatas

defesa; Art. 19.  Na segunda semana dos meses de


abril e outubro de cada ano, o partido, por seus
5
  NE: artigo declarado inconstitucional, segundo
Acórdão do STF, nas ADIs nos 1.351-3/2006 e 1.354-   Leis nos 12.891/2013, 12.034/2009 e 11.694/2008.
6

8/2006, publicadas no DOU de 18/12/2006.   Lei no 13.165/2015.


7

157
órgãos de direção municipais, regionais ou V – filiação a outro partido, desde que a
nacional, deverá remeter, aos juízes eleitorais, pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva
para arquivamento, publicação e cumprimento Zona Eleitoral.
dos prazos de filiação partidária para efeito de Parágrafo único.  Havendo coexistência de
candidatura a cargos eletivos, a relação dos no- filiações partidárias, prevalecerá a mais recente,
mes de todos os seus filiados, da qual constará a devendo a Justiça Eleitoral determinar o can-
data de filiação, o número dos títulos eleitorais celamento das demais.
e das seções em que estão inscritos.8
§ 1o  Se a relação não é remetida nos prazos Art. 22-A.  Perderá o mandato o detentor de
mencionados neste artigo, permanece inaltera- cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa,
da a filiação de todos os eleitores, constante da do partido pelo qual foi eleito.10
relação remetida anteriormente. Parágrafo único.  Consideram-se justa causa
§ 2o  Os prejudicados por desídia ou má-fé para a desfiliação partidária somente as seguin-
poderão requerer, diretamente à Justiça Elei- tes hipóteses:
toral, a observância do que prescreve o caput I – mudança substancial ou desvio reiterado
deste artigo. do programa partidário;
§ 3o  Os órgãos de direção nacional dos II – grave discriminação política pessoal; e
partidos políticos terão pleno acesso às infor- III – mudança de partido efetuada durante o
mações de seus filiados constantes do cadastro período de trinta dias que antecede o prazo de
eleitoral. filiação exigido em lei para concorrer à eleição,
majoritária ou proporcional, ao término do
Art. 20.  É facultado ao partido político es- mandato vigente.
tabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação
partidária superiores aos previstos nesta Lei,
com vistas a candidatura a cargos eletivos. CAPÍTULO V – Da Fidelidade e da
Parágrafo único.  Os prazos de filiação parti- Disciplina Partidárias
dária, fixados no estatuto do partido, com vistas
a candidatura a cargos eletivos, não podem ser Art. 23.  A responsabilidade por violação dos
alterados no ano da eleição. deveres partidários deve ser apurada e punida
pelo competente órgão, na conformidade do
Art. 21.  Para desligar-se do partido, o filiado que disponha o estatuto de cada partido.
faz comunicação escrita ao órgão de direção § 1 o  Filiado algum pode sofrer medida
municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que disciplinar ou punição por conduta que não
for inscrito. esteja tipificada no estatuto do partido político.
Parágrafo único.  Decorridos dois dias da § 2o  Ao acusado é assegurado amplo direito
data da entrega da comunicação, o vínculo de defesa.
torna-se extinto, para todos os efeitos.
Art. 24.  Na Casa Legislativa, o integrante
Art. 22.  O cancelamento imediato da filiação da bancada de partido deve subordinar sua
partidária verifica-se nos casos de:9 ação parlamentar aos princípios doutrinários
I – morte; e programáticos e às diretrizes estabelecidas
II – perda dos direitos políticos; pelos órgãos de direção partidários, na forma
III – expulsão; do estatuto.
IV – outras formas previstas no estatuto,
com comunicação obrigatória ao atingido no Art. 25.  O estatuto do partido poderá estabe-
prazo de quarenta e oito horas da decisão. lecer, além das medidas disciplinares básicas de
Eleições

8
  Leis nos 12.034/2009 e 9.504/1997.   Lei no 13.165/2015. Ver Emenda Constitucional
10
9
  Lei no 12.891/2013. no 91/2016.
158
caráter partidário, normas sobre penalidades, consequência de atos praticados por órgãos
inclusive com desligamento temporário da regionais ou municipais.
bancada, suspensão do direito de voto nas § 4o  Despesas realizadas por órgãos parti-
reuniões internas ou perda de todas as prer- dários municipais ou estaduais ou por candida-
rogativas, cargos e funções que exerça em tos majoritários nas respectivas circunscrições
decorrência da representação e da proporção devem ser assumidas e pagas exclusivamente
partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao pela esfera partidária correspondente, salvo
parlamentar que se opuser, pela atitude ou pelo acordo expresso com órgão de outra esfera
voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas partidária.
pelos órgãos partidários. § 5o  Em caso de não pagamento, as despesas
não poderão ser cobradas judicialmente dos ór-
Art. 26.  Perde automaticamente a função gãos superiores dos partidos políticos, recaindo
ou cargo que exerça, na respectiva Casa Le- eventual penhora exclusivamente sobre o órgão
gislativa, em virtude da proporção partidária, partidário que contraiu a dívida executada.
o parlamentar que deixar o partido sob cuja § 6 o  O disposto no inciso III do caput
legenda tenha sido eleito. refere-se apenas aos órgãos nacionais dos par-
tidos políticos que deixarem de prestar contas
ao Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo
CAPÍTULO VI – Da Fusão, Incorporação e o cancelamento do registro civil e do estatuto
Extinção dos Partidos Políticos do partido quando a omissão for dos órgãos
partidários regionais ou municipais.
Art. 27.  Fica cancelado, junto ao Ofício Civil
e ao Tribunal Superior Eleitoral, o registro do Art. 29.  Por decisão de seus órgãos nacionais
partido que, na forma de seu estatuto, se dissol- de deliberação, dois ou mais partidos poderão
va, se incorpore ou venha a se fundir a outro. fundir-se num só ou incorporar-se um ao
outro.12
Art. 28.  O Tribunal Superior Eleitoral, após § 1o  No primeiro caso, observar-se-ão as
trânsito em julgado de decisão, determina o seguintes normas:
cancelamento do registro civil e do estatuto do I – os órgãos de direção dos partidos elabo-
partido contra o qual fique provado:11 rarão projetos comuns de estatuto e programa;
I – ter recebido ou estar recebendo recursos II – os órgãos nacionais de deliberação dos
financeiros de procedência estrangeira; partidos em processo de fusão votarão em
II – estar subordinado a entidade ou gover- reunião conjunta, por maioria absoluta, os
no estrangeiros; projetos, e elegerão o órgão de direção nacional
III – não ter prestado, nos termos desta Lei, que promoverá o registro do novo partido.
as devidas contas à Justiça Eleitoral; § 2o  No caso de incorporação, observada
IV – que mantém organização paramilitar. a lei civil, caberá ao partido incorporando de-
§ 1o  A decisão judicial a que se refere este liberar por maioria absoluta de votos, em seu
artigo deve ser precedida de processo regular, órgão nacional de deliberação, sobre a adoção
que assegure ampla defesa. do estatuto e do programa de outra agremiação.
§ 2o  O processo de cancelamento é iniciado § 3o  Adotados o estatuto e o programa do
pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer partido incorporador, realizar-se-á, em reunião
eleitor, de representante de partido, ou de conjunta dos órgãos nacionais de deliberação,
representação do Procurador-Geral Eleitoral. a eleição do novo órgão de direção nacional.
Normas correlatas

§ 3o  O partido político, em nível nacional, § 4o  Na hipótese de fusão, a existência legal
não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo do novo partido tem início com o registro, no
Partidário, nem qualquer outra punição como Ofício Civil competente da Capital Federal,

  Leis nos 12.034/2009 e 9.693/1998.


11
  Leis nos 13.107/2015 e 12.875/2013.
12

159
do estatuto e do programa, cujo requerimento virtude de lei e para cujos recursos concorram
deve ser acompanhado das atas das decisões órgãos ou entidades governamentais;
dos órgãos competentes. IV – entidade de classe ou sindical.
§ 5o  No caso de incorporação, o instrumen-
to respectivo deve ser levado ao Ofício Civil Art. 32.  O partido está obrigado a enviar, anu-
competente, que deve, então, cancelar o registro almente, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil
do partido incorporado a outro. do exercício findo, até o dia 30 de abril do ano
§ 6o  No caso de incorporação, o instrumen- seguinte.13
to respectivo deve ser levado ao Ofício Civil § 1o  O balanço contábil do órgão nacional
competente, que deve, então, cancelar o registro será enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, o
do partido incorporado a outro. dos órgãos estaduais aos Tribunais Regionais
§ 7o  Havendo fusão ou incorporação, de- Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes
vem ser somados exclusivamente os votos dos Eleitorais.
partidos fundidos ou incorporados obtidos na § 2o  A Justiça Eleitoral determina, imediata-
última eleição geral para a Câmara dos Depu- mente, a publicação dos balanços na imprensa
tados, para efeito da distribuição dos recursos oficial, e, onde ela não exista, procede à afixação
do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao dos mesmos no Cartório Eleitoral.
rádio e à televisão. § 3o (Revogado)
§ 8o  O novo estatuto ou instrumento de § 4o  Os órgãos partidários municipais que
incorporação deve ser levado a registro e aver- não hajam movimentado recursos financeiros
bado, respectivamente, no Ofício Civil e no ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro
Tribunal Superior Eleitoral. ficam desobrigados de prestar contas à Justiça
§ 9 o  Somente será admitida a fusão ou Eleitoral, exigindo-se do responsável partidário,
incorporação de partidos políticos que hajam no prazo estipulado no caput, a apresentação
obtido o registro definitivo do Tribunal Supe- de declaração da ausência de movimentação de
rior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos. recursos nesse período.
§ 5o  A desaprovação da prestação de contas
do partido não ensejará sanção alguma que o
TÍTULO III – Das Finanças e Contabilidade impeça de participar do pleito eleitoral.
dos Partidos
CAPÍTULO I – Da Prestação de Contas Art. 33.  Os balanços devem conter, entre
outros, os seguintes itens:
Art. 30.  O partido político, através de seus I – discriminação dos valores e destinação
órgãos nacionais, regionais e municipais, deve dos recursos oriundos do fundo partidário;
manter escrituração contábil, de forma a permi- II – origem e valor das contribuições e
tir o conhecimento da origem de suas receitas doações;
e a destinação de suas despesas. III – despesas de caráter eleitoral, com a
especificação e comprovação dos gastos com
Art. 31.  É vedado ao partido receber, direta ou programas no rádio e televisão, comitês,
indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, propaganda, publicações, comícios, e demais
contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável atividades de campanha;
em dinheiro, inclusive através de publicidade IV – discriminação detalhada das receitas
de qualquer espécie, procedente de: e despesas.
I – entidade ou governo estrangeiros;
II – autoridade ou órgãos públicos, ressalva- Art. 34.  A Justiça Eleitoral exerce a fiscaliza-
das as dotações referidas no art. 38; ção sobre a prestação de contas do partido e
III – autarquias, empresas públicas ou con- das despesas de campanha eleitoral, devendo
Eleições

cessionárias de serviços públicos, sociedades


de economia mista e fundações instituídas em   Lei no 13.165/2015.
13

160
atestar se elas refletem adequadamente a real Parágrafo único.  O partido pode examinar,
movimentação financeira, os dispêndios e os na Justiça Eleitoral, as prestações de contas
recursos aplicados nas campanhas eleitorais, mensais ou anuais dos demais partidos, quinze
exigindo a observação das seguintes normas:14 dias após a publicação dos balanços financeiros,
I – obrigatoriedade de designação de diri- aberto o prazo de cinco dias para impugná-las,
gentes partidários específicos para movimentar podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas
recursos financeiros nas campanhas eleitorais; e pedir abertura de investigação para apurar
II – (Revogado); qualquer ato que viole as prescrições legais ou
III – relatório financeiro, com documentação estatutárias a que, em matéria financeira, os
que comprove a entrada e saída de dinheiro ou partidos e seus filiados estejam sujeitos.
de bens recebidos e aplicados;
IV – obrigatoriedade de ser conservada pelo Art. 36.  Constatada a violação de normas
partido, por prazo não inferior a cinco anos, a legais ou estatutárias, ficará o partido sujeito
documentação comprobatória de suas presta- às seguintes sanções:
ções de contas; I – no caso de recursos de origem não men-
V – obrigatoriedade de prestação de contas cionada ou esclarecida, fica suspenso o recebi-
pelo partido político e por seus candidatos no mento das quotas do fundo partidário até que o
encerramento da campanha eleitoral, com o esclarecimento seja aceito pela Justiça Eleitoral;
recolhimento imediato à tesouraria do partido II – no caso de recebimento de recursos men-
dos saldos financeiros eventualmente apurados. cionados no art. 31, fica suspensa a participação
§ 1o  A fiscalização de que trata o caput tem no fundo partidário por um ano;
por escopo identificar a origem das receitas e a III – no caso de recebimento de doações cujo
destinação das despesas com as atividades parti- valor ultrapasse os limites previstos no art. 39,
dárias e eleitorais, mediante o exame formal dos § 4o, fica suspensa por dois anos a participação
documentos fiscais apresentados pelos partidos no fundo partidário e será aplicada ao partido
políticos e candidatos, sendo vedada a análise multa correspondente ao valor que exceder aos
das atividades político-partidárias ou qualquer limites fixados.
interferência em sua autonomia.
§ 2o  Para efetuar os exames necessários ao Art. 37.  A desaprovação das contas do partido
atendimento do disposto no caput, a Justiça implicará exclusivamente a sanção de devolução
Eleitoral pode requisitar técnicos do Tribunal da importância apontada como irregular, acres-
de Contas da União ou dos Estados, pelo tempo cida de multa de até 20% (vinte por cento).15
que for necessário. § 1o  A Justiça Eleitoral pode determinar
diligências necessárias à complementação de
Art. 35.  O Tribunal Superior Eleitoral e os informações ou ao saneamento de irregulari-
Tribunais Regionais Eleitorais, à vista de de- dades encontradas nas contas dos órgãos de
núncia fundamentada de filiado ou delegado direção partidária ou de candidatos.
de partido, de representação do Procurador- § 2o  A sanção a que se refere o caput será
-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corre- aplicada exclusivamente à esfera partidária
gedor, determinarão o exame da escrituração responsável pela irregularidade, não suspen-
do partido e a apuração de qualquer ato que dendo o registro ou a anotação de seus órgãos
viole as prescrições legais ou estatutárias a que, de direção partidária nem tornando devedores
em matéria financeira, aquele ou seus filiados ou inadimplentes os respectivos responsáveis
estejam sujeitos, podendo, inclusive, determi- partidários.
Normas correlatas

nar a quebra de sigilo bancário das contas dos § 3o  A sanção a que se refere o caput deverá
partidos para o esclarecimento ou apuração de ser aplicada de forma proporcional e razoável,
fatos vinculados à denúncia.
15
  Leis nos  13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009
  Leis nos 13.165/2015 e 12.891/2013.
14
e 9.693/1998.
161
pelo período de um a doze meses, e o pagamen- grave e insanável resultante de conduta dolosa
to deverá ser feito por meio de desconto nos que importe enriquecimento ilícito e lesão ao
futuros repasses de cotas do Fundo Partidário, patrimônio do partido.
desde que a prestação de contas seja julgada, § 14.  O instituto ou fundação de pesqui-
pelo juízo ou tribunal competente, em até cinco sa e de doutrinação e educação política não
anos de sua apresentação. será atingido pela sanção aplicada ao partido
§ 4o  Da decisão que desaprovar total ou político em caso de desaprovação de suas
parcialmente a prestação de contas dos órgãos contas, exceto se tiver diretamente dado causa
partidários caberá recurso para os Tribunais à reprovação.
Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Supe-
rior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá Art. 37-A.  A falta de prestação de contas im-
ser recebido com efeito suspensivo. plicará a suspensão de novas cotas do Fundo
§ 5o  As prestações de contas desaprovadas Partidário enquanto perdurar a inadimplência
pelos Tribunais Regionais e pelo Tribunal e sujeitará os responsáveis às penas da lei.16
Superior poderão ser revistas para fins de
aplicação proporcional da sanção aplicada,
mediante requerimento ofertado nos autos da CAPÍTULO II – Do Fundo Partidário
prestação de contas.
§ 6o  O exame da prestação de contas dos Art. 38.  O Fundo Especial de Assistência
órgãos partidários tem caráter jurisdicional. Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Par-
§ 7o (Vetado) tidário) é constituído por:
§ 8o (Vetado) I – multas e penalidades pecuniárias apli-
§ 9o  O desconto no repasse de cotas resul- cadas nos termos do Código Eleitoral e leis
tante da aplicação da sanção a que se refere o conexas;
caput será suspenso durante o segundo semes- II – recursos financeiros que lhe forem
tre do ano em que se realizarem as eleições. destinados por lei, em caráter permanente ou
§ 10.  Os gastos com passagens aéreas serão eventual;
comprovados mediante apresentação de fatura III – doações de pessoa física ou jurídi-
ou duplicata emitida por agência de viagem, ca17, efetuadas por intermédio de depósitos
quando for o caso, desde que informados os bancários diretamente na conta do Fundo
beneficiários, as datas e os itinerários, vedada Partidário;
a exigência de apresentação de qualquer outro IV – dotações orçamentárias da União em
documento para esse fim. valor nunca inferior, cada ano, ao número de
§ 11.  Os órgãos partidários poderão apre- eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano
sentar documentos hábeis para esclarecer ques- anterior ao da proposta orçamentária, multi-
tionamentos da Justiça Eleitoral ou para sanear plicados por trinta e cinco centavos de real, em
irregularidades a qualquer tempo, enquanto valores de agosto de 1995.
não transitada em julgado a decisão que julgar § 1o (Vetado)
a prestação de contas. § 2o (Vetado)
§ 12.  Erros formais ou materiais que no
conjunto da prestação de contas não compro- Art. 39.  Ressalvado o disposto no art.  31,
metam o conhecimento da origem das receitas o partido político pode receber doações de
e a destinação das despesas não acarretarão a
desaprovação das contas.
  Lei no 13.165/2015.
16
§ 13.  A responsabilização pessoal civil e
  NE: a expressão “ou jurídica” foi declarada in-
17
criminal dos dirigentes partidários decorren- constitucional pelo STF, em controle concentrado,
te da desaprovação das contas partidárias e
Eleições

conforme a ADI no 4.650/2015, publicada no DOU


de atos ilícitos atribuídos ao partido político de 25/9/2015, o que tornou ilegal a doação de pes-
somente ocorrerá se verificada irregularidade soas jurídicas às campanhas eleitorais.
162
pessoas físicas e jurídicas para constituição de no Anexo do Poder Judiciário, ao Tribunal
seus fundos.18 Superior Eleitoral.
§ 1o  As doações de que trata este artigo po- § 1o  O Tesouro Nacional depositará, men-
dem ser feitas diretamente aos órgãos de direção salmente, os duodécimos no Banco do Brasil,
nacional, estadual e municipal, que remeterão, à em conta especial à disposição do Tribunal
Justiça Eleitoral e aos órgãos hierarquicamente Superior Eleitoral.
superiores do partido, o demonstrativo de seu § 2o  Na mesma conta especial serão depo-
recebimento e respectiva destinação, juntamen- sitadas as quantias arrecadadas pela aplicação
te com o balanço contábil. de multas e outras penalidades pecuniárias,
§ 2o  Outras doações, quaisquer que sejam, previstas na Legislação Eleitoral.
devem ser lançadas na contabilidade do partido,
definidos seus valores em moeda corrente. Art. 41.  O Tribunal Superior Eleitoral, dentro
§ 3o  As doações de recursos financeiros de cinco dias, a contar da data do depósito a
somente poderão ser efetuadas na conta do que se refere o §  1o do artigo anterior, fará a
partido político por meio de: respectiva distribuição aos órgãos nacionais dos
I – cheques cruzados e nominais ou transfe- partidos, obedecendo aos seguintes critérios:
rência eletrônica de depósitos; I – um por cento do total do Fundo Parti-
II – depósitos em espécie devidamente dário será destacado para entrega, em partes
identificados; iguais, a todos os partidos que tenham seus
III – mecanismo disponível em sítio do par- estatutos registrados no Tribunal Superior
tido na internet que permita inclusive o uso de Eleitoral;20
cartão de crédito ou de débito e que atenda aos II – noventa e nove por cento do total do
seguintes requisitos: Fundo Partidário serão distribuídos aos partidos
a)  identificação do doador; que tenham preenchido as condições do art. 13,
b)  emissão obrigatória de recibo eleitoral na proporção dos votos obtidos na última eleição
para cada doação realizada. geral para a Câmara dos Deputados. 21
§ 4o  (Revogado)
§ 5o  Em ano eleitoral, os partidos políticos Art. 41-A.  Do total do Fundo Partidário:22
poderão aplicar ou distribuir pelas diversas I – 5% (cinco por cento) serão destacados
eleições os recursos financeiros recebidos de para entrega, em partes iguais, a todos os parti-
pessoas físicas e jurídicas19, observando-se o dos que atendam aos requisitos constitucionais
disposto no § 1o do art. 23, no art. 24 e no § 1o de acesso aos recursos do Fundo Partidário; e
do art. 81 da Lei no 9.504, de 30 de setembro de II – 95% (noventa e cinco por cento) serão
1997, e os critérios definidos pelos respectivos distribuídos aos partidos na proporção dos
órgãos de direção e pelas normas estatutárias. votos obtidos na última eleição geral para a
Câmara dos Deputados.
Art. 40.  A previsão orçamentária de recursos Parágrafo único.  Para efeito do disposto no
para o Fundo Partidário deve ser consignada, inciso II, serão desconsideradas as mudanças
de filiação partidária em quaisquer hipóteses.
18
  Leis nos 13.165/2015, 12.034/2009 e 9.504/1997.
NE: a expressão “e jurídicas” foi declarada incons-
titucional pelo STF, em controle concentrado, con-
20
  NE: inciso declarado inconstitucional pelo STF,
forme a ADI no 4.650/2015, publicada no DOU de em controle concentrado, conforme as ADIs nos
25/9/2015, o que tornou ilegal a doação de pessoas 1.351-3/2006 e 1.354-8/2006, publicadas no DOU
Normas correlatas

jurídicas às campanhas eleitorais. de 18/12/2006.


19
  NE: a expressão “e jurídicas” foi declarada in-
21
  NE: inciso declarado inconstitucional pelo STF,
constitucional pelo STF, em controle concentrado, em controle concentrado, conforme as ADIs nos
conforme a ADI no 4.650/2015, publicada no DOU 1.351-3/2006 e 1.354-8/2006, publicadas no DOU
de 25/9/2015, o que tornou ilegal a doação de pessoas de 18/12/2006.
jurídicas às campanhas eleitorais. 22
  Leis nos 13.165/2015, 13.107/2015 e 12.875/2013.
163
Art. 42.  Em caso de cancelamento ou caduci- § 1o  Na prestação de contas dos órgãos de
dade do órgão de direção nacional do partido, direção partidária de qualquer nível devem
reverterá ao Fundo Partidário a quota que a ser discriminadas as despesas realizadas com
este caberia. recursos do Fundo Partidário, de modo a
permitir o controle da Justiça Eleitoral sobre
Art. 43.  Os depósitos e movimentações dos o cumprimento do disposto nos incisos I e IV
recursos oriundos do Fundo Partidário serão deste artigo.
feitos em estabelecimentos bancários contro- § 2o  A Justiça Eleitoral pode, a qualquer
lados pelo Poder Público Federal, pelo Poder tempo, investigar sobre a aplicação de recursos
Público Estadual ou, inexistindo estes, no banco oriundos do Fundo Partidário.
escolhido pelo órgão diretivo do partido. § 3o  Os recursos de que trata este artigo não
estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 21
Art. 44.  Os recursos oriundos do Fundo Par- de junho de 1993, tendo os partidos políticos
tidário serão aplicados:23 autonomia para contratar e realizar despesas.
I – na manutenção das sedes e serviços do § 4o  Não se incluem no cômputo do percen-
partido, permitido o pagamento de pessoal, a tual previsto no inciso I deste artigo encargos e
qualquer título, observado, do total recebido, tributos de qualquer natureza.
os seguintes limites: § 5o  O partido político que não cumprir o
a)  50% (cinquenta por cento) para o órgão disposto no inciso V do caput deverá transferir
nacional; o saldo para conta específica, sendo vedada
b)  60% (sessenta por cento) para cada órgão sua aplicação para finalidade diversa, de modo
estadual e municipal; que o saldo remanescente deverá ser aplicado
II – na propaganda doutrinária e política; dentro do exercício financeiro subsequente,
III – no alistamento e campanhas eleitorais; sob pena de acréscimo de 12,5% (doze inteiros
IV – na criação e manutenção de instituto e cinco décimos por cento) do valor previsto
ou fundação de pesquisa e de doutrinação e no inciso V do caput, a ser aplicado na mesma
educação política, sendo esta aplicação de, no finalidade.
mínimo, vinte por cento do total recebido. § 5o-A.  A critério das agremiações partidá-
V – na criação e manutenção de programas rias, os recursos a que se refere o inciso V po-
de promoção e difusão da participação política derão ser acumulados em diferentes exercícios
das mulheres, criados e mantidos pela secre- financeiros, mantidos em contas bancárias es-
taria da mulher do respectivo partido político pecíficas, para utilização futura em campanhas
ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou eleitorais de candidatas do partido.
fundação de pesquisa e de doutrinação e edu- § 6o  No exercício financeiro em que a fun-
cação política de que trata o inciso IV, conforme dação ou instituto de pesquisa não despender
percentual que será fixado pelo órgão nacional a totalidade dos recursos que lhe forem assi-
de direção partidária, observado o mínimo de nalados, a eventual sobra poderá ser revertida
5% (cinco por cento) do total; para outras atividades partidárias, conforme
VI – no pagamento de mensalidades, previstas no caput deste artigo.
anuidades e congêneres devidos a organismos § 7o  A critério da secretaria da mulher ou,
partidários internacionais que se destinem ao inexistindo a secretaria, a critério da fundação
apoio à pesquisa, ao estudo e à doutrinação de pesquisa e de doutrinação e educação polí-
política, aos quais seja o partido político regu- tica, os recursos a que se refere o inciso V do
larmente filiado; caput poderão ser acumulados em diferentes
VII – no pagamento de despesas com ali- exercícios financeiros, mantidos em contas
mentação, incluindo restaurantes e lanchonetes. bancárias específicas, para utilização futura
em campanhas eleitorais de candidatas do
Eleições

23
  Leis nos 13.165/2015, 12.891/2013, 12.034/2009 partido, não se aplicando, neste caso, o dis-
e 9.504/1997. posto no § 5o.
164
TÍTULO IV – Do Acesso Gratuito ao Rádio inserções transmitidos nos Estados corres-
e à Televisão pondentes.
§ 4o  O prazo para o oferecimento da repre-
Art. 45.  A propaganda partidária gratuita, sentação encerra-se no último dia do semestre
gravada ou ao vivo, efetuada mediante trans- em que for veiculado o programa impugnado,
missão por rádio e televisão será realizada entre ou se este tiver sido transmitido nos últimos 30
as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e (trinta) dias desse período, até o 15o (décimo
duas horas para, com exclusividade:24 quinto) dia do semestre seguinte.
I – difundir os programas partidários; § 5o  Das decisões dos Tribunais Regionais
II – transmitir mensagens aos filiados so- Eleitorais que julgarem procedente represen-
bre a execução do programa partidário, dos tação, cassando o direito de transmissão de
eventos com este relacionados e das atividades propaganda partidária, caberá recurso para o
congressuais do partido; Tribunal Superior Eleitoral, que será recebido
III – divulgar a posição do partido em rela- com efeito suspensivo.
ção a temas político-comunitários. § 6o  A propaganda partidária, no rádio e
IV – promover e difundir a participação po- na televisão, fica restrita aos horários gratui-
lítica feminina, dedicando às mulheres o tempo tos disciplinados nesta Lei, com proibição de
que será fixado pelo órgão nacional de direção propaganda paga.
partidária, observado o mínimo de 10% (dez
por cento) do programa e das inserções a que Art. 46.  As emissoras de rádio e de televisão
se refere o art. 49. ficam obrigadas a realizar, para os partidos
§ 1o  Fica vedada, nos programas de que políticos, na forma desta Lei, transmissões
trata este Título: gratuitas em âmbito nacional e estadual, por
I – a participação de pessoa filiada a partido iniciativa e sob a responsabilidade dos respec-
que não o responsável pelo programa; tivos órgãos de direção.25
II – a divulgação de propaganda de candi- § 1o  As transmissões serão em bloco, em
datos a cargos eletivos e a defesa de interesses cadeia nacional ou estadual, e em inserções de
pessoais ou de outros partidos; trinta segundos e um minuto, no intervalo da
III – a utilização de imagens ou cenas in- programação normal das emissoras.
corretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer § 2o  A formação das cadeias, tanto nacional
outros recursos que distorçam ou falseiem os quanto estaduais, será autorizada pelo Tribunal
fatos ou a sua comunicação. Superior Eleitoral, que fará a necessária requi-
§ 2o  O partido que contrariar o disposto sição dos horários às emissoras de rádio e de
neste artigo será punido: televisão, mediante requerimento dos órgãos
I – quando a infração ocorrer nas transmis- nacionais dos partidos, com antecedência
sões em bloco, com a cassação do direito de mínima de quinze dias.
transmissão no semestre seguinte; § 3o  No requerimento a que se refere o pa-
II – quando a infração ocorrer nas transmis- rágrafo anterior, o órgão partidário solicitará
sões em inserções, com a cassação de tempo conjuntamente a fixação das datas de formação
equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção das cadeias, nacional e estaduais.
ilícita, no semestre seguinte. § 4o  O Tribunal Superior Eleitoral, inde-
§ 3o  A representação, que somente poderá pendentemente do âmbito nacional ou estadual
ser oferecida por partido político, será julgada da transmissão, havendo coincidência de data,
pelo Tribunal Superior Eleitoral quando se dará prioridade ao partido que apresentou o
Normas correlatas

tratar de programa em bloco ou inserções na- requerimento em primeiro lugar.


cionais e pelos Tribunais Regionais Eleitorais § 5o  O material de áudio e vídeo com os
quando se tratar de programas em bloco ou programas em bloco ou as inserções será en-

  Leis nos 13.165/2015 e12.034/2009.


24
  Lei no 12.891/2013.
25

165
tregue às emissoras com antecedência mínima I – a realização de um programa a cada
de 12 (doze) horas da transmissão, podendo semestre, em cadeia nacional, com duração de:
as inserções de rádio ser enviadas por meio de a)  cinco minutos cada, para os partidos
correspondência eletrônica. que tenham eleito até quatro Deputados
§ 6o  As inserções a serem feitas na progra- Federais;
mação das emissoras serão determinadas: b)  dez minutos cada, para os partidos
I – pelo Tribunal Superior Eleitoral, quando que tenham eleito cinco ou mais Deputados
solicitadas por órgão de direção nacional de Federais;
partido; II – a utilização, por semestre, para inserções
II – pelo Tribunal Regional Eleitoral, quan- de trinta segundos ou um minuto, nas redes
do solicitadas por órgão de direção estadual nacionais, e de igual tempo nas emissoras
de partido. estaduais, do tempo total de:
§ 7o  Em cada rede somente serão autori- a)  dez minutos, para os partidos que te-
zadas até dez inserções de trinta segundos ou nham eleito até nove Deputados Federais;
cinco de um minuto por dia. b)  vinte minutos, para os partidos que
§ 8o  É vedada a veiculação de inserções tenham eleito dez ou mais deputados federais.
idênticas no mesmo intervalo de programação, Parágrafo único.  A critério do órgão parti-
exceto se o número de inserções de que dispu- dário nacional, as inserções em redes nacionais
ser o partido exceder os intervalos disponíveis, referidas no inciso II do caput deste artigo
sendo vedada a transmissão em sequência para poderão veicular conteúdo regionalizado,
o mesmo partido político. comunicando-se previamente o Tribunal Su-
perior Eleitoral.
Art. 47.  Para agilizar os procedimentos,
condições especiais podem ser pactuadas
diretamente entre as emissoras de rádio e de TÍTULO V – Disposições Gerais
televisão e os órgãos de direção do partido,
obedecidos os limites estabelecidos nesta Lei, Art. 50. (Vetado)
dando-se conhecimento ao Tribunal Eleitoral
da respectiva jurisdição. Art. 51.  É assegurado ao partido político
com estatuto registrado no Tribunal Superior
Art. 48.  O partido registrado no Tribunal Eleitoral o direito à utilização gratuita de
Superior Eleitoral que não atenda ao disposto escolas públicas ou Casas Legislativas para a
no art. 13 tem assegurada a realização de um realização de suas reuniões ou convenções,
programa em cadeia nacional, em cada semes- responsabilizando-se pelos danos porventura
tre, com a duração de dois minutos.26 causados com a realização do evento.

Art. 49.  Os partidos com pelo menos um Art. 52. (Vetado)


representante em qualquer das Casas do Con- Parágrafo único.  As emissoras de rádio e
gresso Nacional têm assegurados os seguintes televisão terão direito a compensação fiscal
direitos relacionados à propaganda partidária:27 pela cedência do horário gratuito previsto
nesta Lei.
26
  NE: artigo declarado inconstitucional pelo
STF, em controle concentrado, conforme as ADIs Art. 53.  A fundação ou instituto de direito
n  1.351-3/2006 e 1.354-8/2006, publicadas no DOU
os
privado, criado por partido político, destinado
de 18/12/2006. ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educa-
27
  Lei no 13.165/2015. NE: a expressão “que atenda ção política, rege-se pelas normas da lei civil e
ao disposto no art. 13” foi declarada inconstitucional
tem autonomia para contratar com instituições
Eleições

pelo STF, em controle concentrado, conforme as


ADIs nos 1.351-3/2006 e 1.354-8/2006, publicadas públicas e privadas, prestar serviços e manter
no DOU de 18/12/2006. estabelecimentos de acordo com suas finalida-
166
des, podendo, ainda, manter intercâmbio com filiados, nos termos do art. 19, obedecidas as
instituições não nacionais. normas estatutárias.
Parágrafo único.  Para efeito de candidatura
Art. 54.  Para fins de aplicação das normas a cargo eletivo será considerada como primeira
estabelecidas nesta Lei, consideram-se como filiação a constante das listas de que trata este
equivalentes a Estados e Municípios o Distrito artigo.
Federal e os Territórios e respectivas divisões
político-administrativas. Art. 59.  O art.  16 da Lei no  3.071, de 1o de
janeiro de 1916 (Código Civil), passa a vigorar
com a seguinte redação:
TÍTULO VI – Disposições Finais e “Art. 16.  ����������������������������������������������������������
Transitórias ���������������������������������������������������������������������������
III – os partidos políticos.
Art. 55.  O partido político que, nos termos da ���������������������������������������������������������������������������
legislação anterior, tenha registro definitivo, fica § 3o  Os partidos políticos reger-se-ão pelo
dispensado da condição estabelecida no § 1o do disposto, no que lhes for aplicável, nos
art. 7o, e deve providenciar a adaptação de seu arts. 17 a 22 deste Código e em lei específica.”
estatuto às disposições desta Lei, no prazo de
seis meses da data de sua publicação. Art. 60.  Os artigos a seguir enumerados da Lei
§ 1o  A alteração estatutária com a finalidade no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passam a
prevista neste artigo pode ser realizada pelo vigorar a seguinte redação:
partido político em reunião do órgão nacional “Art. 114.  �������������������������������������������������������
máximo, especialmente convocado na forma ���������������������������������������������������������������������������
dos estatutos, com antecedência mínima de III – os atos constitutivos e os estatutos dos
trinta dias e ampla divulgação, entre seus órgãos partidos políticos.
e filiados, do projeto do estatuto. ���������������������������������������������������������������������������
§ 2o  Aplicam-se as disposições deste artigo “Art. 120.  O registro das sociedades, fun-
ao partido que, na data da publicação desta Lei: dações e partidos políticos consistirá na
I – tenha completado seu processo de or- declaração, feita em livro, pelo oficial, do
ganização nos termos da legislação anterior e número de ordem, da data da apresentação
requerido o registro definitivo; e da espécie do ato constitutivo, com as
II – tenha seu pedido de registro sub judice, seguintes indicações:
desde que sobrevenha decisão favorável do ���������������������������������������������������������������������������
órgão judiciário competente; Parágrafo único.  Para o registro dos par-
III – tenha requerido registro de seus estatu- tidos políticos, serão obedecidos, além dos
tos junto ao Tribunal Superior Eleitoral, após o requisitos deste artigo, os estabelecidos em
devido registro como entidade civil. lei específica.”

Art. 56.  (Revogado)28 Art. 61.  O Tribunal Superior Eleitoral expe-


dirá instruções para a fiel execução desta Lei.
Art. 57.  (Revogado)29
Art. 62.  Esta Lei entra em vigor na data de
Art. 58.  A requerimento de partido, o Juiz sua publicação.
Eleitoral devolverá as fichas de filiação parti-
Normas correlatas

dária existentes no cartório da respectiva Zona, Art. 63.  Ficam revogadas a Lei no 5.682, de 21
devendo ser organizada a primeira relação de de julho de 1971, e respectivas alterações; a Lei
no 6.341, de 5 de julho de 1976; a Lei no 6.817, de
  Leis nos 13.165/2015 e 11.459/2007.
28
5 de setembro de 1980; a Lei no 6.957, de 23 de
  Leis nos 13.165/2015 e 11.459/2007.
29
novembro de 1981; o art. 16 da Lei no 6.996, de
167
7 de junho de 1982; a Lei no 7.307, de 9 de abril MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL
de 1985, e a Lei no 7.514, de 9 de julho de 1986. – Nelson A. Jobim

Brasília, 19 de setembro de 1995; 174o da Inde- Promulgada em 19/9/1995 e publicada no DOU de


pendência e 107o da República. 20/9/1995.
Eleições

168
Lei no 7.444/1985
Dispõe sobre a implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral e a revisão
do eleitorado e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA inscrições correspondentes aos títulos que não


forem apresentados à revisão.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 4o  Para a conferência e atualização dos
registros eleitorais a que se refere o art. 2o desta
Art. 1 o  O alistamento eleitoral será feito Lei, a Justiça Eleitoral poderá utilizar, também,
mediante processamento eletrônico de dados. informações pertinentes, constantes de cadas-
Parágrafo único.  Em cada Zona Eleitoral, tros de qualquer natureza, mantidos por órgãos
enquanto não for implantado o processamento federais, estaduais ou municipais.
eletrônico de dados, o alistamento continuará Parágrafo único.  Os órgãos aludidos neste
a ser efetuado na forma da legislação em vigor artigo ficam obrigados a fornecer à Justiça Elei-
na data desta Lei. toral, gratuitamente, as informações solicitadas.

Art. 2o  Ao adotar o sistema de que trata o Art. 5o  Para o alistamento, na forma do art. 1o
artigo anterior, a Justiça Eleitoral procederá, desta Lei, o alistando apresentará em Cartório,
em cada Zona, à revisão dos eleitores inscritos, ou em local previamente designado, requeri-
bem como à conferência e à atualização dos mento em formulário que obedecerá a modelo
respectivos registros, que constituirão, a seguir, aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
cadastros mantidos em computador. § 1o  O escrivão, o funcionário ou o prepara-
dor, recebendo o formulário e os documentos,
Art. 3o  A revisão do eleitorado prevista no datará o requerimento e determinará que o
art. 2o desta Lei far-se-á, de conformidade com alistando nele aponha sua assinatura, ou, se
instruções baixadas pelo Tribunal Superior não souber assinar, a impressão digital de seu
Eleitoral, mediante a apresentação do título polegar direito, atestando, a seguir, terem sido
eleitoral pelos eleitores inscritos na Zona e a assinatura ou a impressão digital lançadas na
preenchimento do formulário adotado para o sua presença.
alistamento de que trata o art. 1o. § 2 o  O requerimento de inscrição será
§ 1o  A revisão do eleitorado, que poderá instruído com um dos seguintes documentos:
realizar-se, simultaneamente, em mais de I – carteira de identidade, expedida por
uma Zona ou em várias Circunscrições, será órgão oficial competente;
procedida, sempre, de ampla divulgação, II – certificado de quitação do serviço
processando-se em prazo marcado pela Justiça militar;
Eleitoral, não inferior a 30 (trinta) dias. III – carteira emitida pelos órgãos criados
§ 2o  Sem prejuízo do disposto no § 1o deste por lei federal, controladores do exercício
artigo, a Justiça Eleitoral poderá fixar datas profissional;
especiais e designar previamente locais para a IV – certidão de idade, extraída do Registro
Normas correlatas

apresentação dos eleitores inscritos. Civil;


§ 3o  Ao proceder-se à revisão, ficam anistia- V – instrumento público do qual se infira,
dos os débitos dos eleitores inscritos na Zona, por direito, ter o requerente a idade mínima
em falta para com a Justiça Eleitoral. de 18 (dezoito) anos e do qual constem, tam-
§ 4o  Em cada Zona, vencido o prazo de bém, os demais elementos necessários à sua
que trata o § 1o deste artigo, cancelar-se-ão as qualificação; 169
VI – documento do qual se infira a nacio- I – a administração e a utilização dos cadas-
nalidade brasileira, originária ou adquirida, tros eleitorais em computador, exclusivamente,
do requerente. pela Justiça Eleitoral;
§ 3o  Será devolvido o requerimento que II – a forma de solicitação e de utilização de
não contenha os dados constantes do modelo informações constantes de cadastros mantidos
oficial, na mesma ordem, em caracteres ine- por órgãos federais, estaduais ou municipais,
quívocos. visando resguardar sua privacidade;
§ 4o  Para o alistamento, na forma deste ar- III – as condições gerais para a execução
tigo, é dispensada a apresentação de fotografia direta ou mediante convênio ou contrato, dos
do alistando. serviços de alistamento, revisão do eleitorado,
conferência e atualização dos registros elei-
Art. 6o  Implantado o sistema previsto no torais, inclusive de coleta de informações e
art. 1o desta Lei, o título eleitoral será emitido transporte de documentos eleitorais, quando
por computador. necessário, das Zonas Eleitorais até os Centros
§ 1o  O Tribunal Superior Eleitoral aprovará de Processamento de Dados;
o modelo do título e definirá o procedimento IV – o acompanhamento e a fiscalização pe-
a ser adotado, na Justiça Eleitoral, para sua los partidos políticos, da execução dos serviços
expedição. de que trata esta Lei;
§ 2o  Aos eleitores inscritos, em cada Zona, V – a programação e o calendário de execu-
após a revisão e conferência de seu registro. na ção dos serviços;
conformidade do art. 3o e parágrafos desta Lei, VI – a forma de divulgação do alistamento
será expedido novo título eleitoral, na forma eleitoral e da revisão do eleitorado, em cada
deste artigo. Zona e Circunscrição, atendidas as peculiari-
dades locais;
Art. 7o  A Justiça Eleitoral executará os serviços VII – qualquer outra especificação necessá-
previstos nesta Lei, atendidas as condições e ria à execução dos serviços de que trata esta Lei.
peculiaridades locais, diretamente ou mediante
convênio ou contrato. Art. 10.  Fica o Poder Executivo autorizado a
Parágrafo único.  Os convênios ou contratos abrir, para a Justiça Eleitoral, à disposição do
de que cuida este artigo somente poderão ser Tribunal Superior Eleitoral, o crédito especial
ajustados com entidades da Administração de Cr$ 600.000.000.000 (seiscentos bilhões de
Direta ou Indireta da União, dos Estados, do cruzeiros), destinado a atender às despesas
Distrito Federal ou dos Municípios, ou com decorrentes desta Lei.
empresas cujo capital seja exclusivamente
nacional. Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 8o  Para a implantação do alistamento
mediante processamento de dados e revisão Art. 12.  – Revogam-se as disposições em
do eleitorado nos termos desta lei, a Justiça contrário, especialmente o § 2o do art. 2o da Lei
Eleitoral poderá requisitar servidores federais, no 6.996, de 7 de junho de 1982.
estaduais ou municipais, bem como utilizar
instalações e serviços de órgãos da União, dos Brasília, em 20 de dezembro de 1985; 164o da
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e Independência e 97o da República.
Municípios.
JOSÉ SARNEY – Fernando Lyra
Art. 9o  O Tribunal Superior Eleitoral baixará
as instruções necessárias à execução desta Lei,
Eleições

Promulgada em 20/12/1985 e publicada no DOU


especialmente, para definir: de 23/12/1985.

170
Lei no 6.996/1982
Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA III – manter atualizado o cadastro geral de


eleitores do Estado;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta IV – manter atualizado o cadastro de filiação
e eu sanciono a seguinte Lei: partidária, expedindo relações destinadas aos
Partidos Políticos e à Justiça Eleitoral;
Art. 1o  Os Tribunais Regionais Eleitorais, nos V – expedir comunicações padronizadas e
Estados em que for autorizado pelo Tribunal previamente programadas nos processos de
Superior Eleitoral, poderão utilizar processa- alistamento, transferência ou cancelamento
mento eletrônico de dados nos serviços eleito- de inscrições;
rais, na forma prevista nesta Lei. VI – contar votos, ou totalizar resultados
§ 1o  A autorização do Tribunal Superior já apurados, expedindo relações ou boletins
Eleitoral será solicitada pelo Tribunal Regional destinados à Justiça Eleitoral e aos Partidos
Eleitoral interessado, que, previamente, ouvirá Políticos;
os Partidos Políticos. VII – calcular quociente eleitoral, quociente
§ 2o  O pedido de autorização poderá referir- partidário e distribuição de sobras, indicando
-se ao alistamento eleitoral, à votação e à apu- os eleitos;
ração, ou a apenas uma dessas fases, em todo VIII – preencher diplomas e expedir relações
o Estado, em determinadas Zonas Eleitorais ou com os resultados finais de cada pleito, destina-
em parte destas. dos à justiça Eleitoral e aos Partidos Políticos;
IX – executar outras tarefas que lhe forem
Art. 2o  Concedida a autorização, o Tribunal atribuídas por instruções do Tribunal Superior
Regional Eleitoral, em conformidade com as Eleitoral.
condições e peculiaridades locais, executará os
serviços de processamento eletrônico de dados Art. 4o  O alistamento se faz mediante a ins-
diretamente ou mediante convênio ou contrato.1 crição do eleitor.
§ 1o  Os serviços de que trata este artigo de- Parágrafo único.  Para efeito de inscrição,
verão ser executados de acordo com definições domicílio eleitoral é o lugar de residência ou
e especificações fixadas pelo Tribunal Superior moradia do requerente, e, verificado ter o alis-
Eleitoral. tando mais de uma, considerar-se-á domicílio
§ 2o (Revogado) qualquer delas.

Art. 3o  Ao setor da Secretaria do Tribunal Art. 5o  O alistando apresentará em cartório,


Regional Eleitoral responsável pelos serviços ou em local previamente designado, requeri-
de processamento eletrônico de dados compete: mento em formulário que obedecerá a modelo
I – preencher as fórmulas dos títulos e do- aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
cumentos eleitorais; Parágrafo único.  O escrivão, o funcionário
Normas correlatas

II – confeccionar relações de eleitores des- ou o preparador, recebendo o formulário e do-


tinadas aos Cartórios Eleitorais e aos Partidos cumentos, determinará que o alistando date e
Políticos; assine o requerimento, e, ato contínuo, atestará
terem sido a data e a assinatura lançadas na
1
  Lei no 7.444/1985. sua presença.
171
Art. 6o  O pedido de inscrição do eleitor será mês, ou no  1o (primeiro) dia útil seguinte,
instruído com um dos seguintes documentos: datas em que começarão a correr os prazos
I – carteira de identidade; mencionados no parágrafo anterior, ainda que
II – certificado de quitação de serviço mi- tenham sido exibidas ao alistando antes dessas
litar; datas e mesmo que os Partidos não as retirem.
III – carteira emitida pelos órgãos criados
por lei federal, controladores do exercício Art. 8 o  A transferência do eleitor só será
profissional; admitida se satisfeitas as seguintes exigências:
IV – certidão de idade extraída do Registro I – entrada do requerimento no Cartório
Civil; Eleitoral do novo domicílio até 100 (cem) dias
V – instrumento público do qual se infira, antes da data da eleição;
por direito, ter o requerente idade superior a II – transcurso de, pelo menos, 1 (um) ano
18 (dezoito) anos e do qual conste, também, da inscrição anterior;
os demais elementos necessários à sua quali- III – residência mínima de 3 (três) meses no
ficação; novo domicílio, declarada, sob as penas da lei,
VI – documento do qual se infira a nacio- pelo próprio eleitor.
nalidade brasileira, originária ou adquirida, Parágrafo único.  O disposto nos incisos II e
do requerente. III deste artigo não se aplica à transferência de
§ 1o  A restituição de qualquer documento título eleitoral de servidor público civil, militar,
não poderá ser feita antes de despachado o autárquico, ou de membro de sua família, por
requerimento pelo Juiz Eleitoral. motivo de remoção ou transferência.
§ 2o  Sempre que, com o documento, for
apresentada cópia, o original será devolvido no Art. 9o (Revogado)2
ato, feita a autenticação pelo próprio funcioná-
rio do Cartório Eleitoral, mediante aposição de Art. 10.  Na votação poderá ser utilizada
sua assinatura no verso da cópia. cédula de acordo com modelo aprovado pelo
§ 3o  O documento poderá ser apresentado Tribunal Superior Eleitoral.
em cópia autenticada por tabelião, dispensan-
do-se, nessa hipótese, nova conferência com o Art. 11.  O Tribunal Superior Eleitoral es-
documento original. tabelecerá o número de eleitores das seções
eleitorais em função do número de cabinas
Art. 7o  Despachado o requerimento de inscri- nelas existentes.
ção pelo Juiz Eleitoral, o setor da Secretaria do Parágrafo único.  Cada seção eleitoral terá,
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos no mínimo, duas cabinas.
serviços de processamento eletrônico de dados
enviará ao Cartório Eleitoral, que as fornecerá Art. 12.  Nas seções das Zonas Eleitorais em
aos Partidos Políticos, relações dos eleitores que o alistamento se fizer pelo processamento
inscritos originariamente ou por transferência, eletrônico de dados, as folhas individuais de vo-
com os respectivos endereços, assim como tação serão substituídas por listas de eleitores,
dos pedidos indeferidos ou convertidos em emitidas por computador, das quais constarão,
diligência. além do nome do eleitor, os dados de qualifica-
§ 1o  Do despacho que indeferir o requeri- ção indicados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
mento de inscrição, caberá recurso interposto § 1o  Somente poderão votar fora da res-
pelo alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do pectiva seção os mesários, os candidatos e os
que o deferir, poderá recorrer qualquer delega- fiscais ou delegados de Partidos Políticos, desde
do de Partido Político no prazo de 10 (dez) dias. que eleitores do Município e de posse do título
§ 2o  As relações a que se refere o caput deste eleitoral.
Eleições

artigo serão fornecidas aos Partidos Políticos


nos dias 1o (primeiro) e 15 (quinze) de cada   Lei no 7.663/1988.
2

172
§ 2o  Ainda que não esteja de posse do seu tí- Art. 15.  Incorrerá nas penas do art.  315 do
tulo, o eleitor será admitido a votar desde que seja Código Eleitoral quem, no processamento ele-
inscrito na seção, conste da lista dos eleitores e trônico das cédulas, alterar resultados, qualquer
exiba documento que comprove sua identidade. que seja o método utilizado.
§ 3o  Os votos dos eleitores mencionados
nos parágrafos anteriores não serão tomados Art. 16. (Revogado)3
em separado.
§ 4o  O voto em separado será recolhido em Art. 17.  Os arts.  6o e 8o e o parágrafo único
invólucro especial e somente será admitido do art.  9o desta Lei também serão aplicados
quando houver dúvida quanto à identidade nas Zonas Eleitorais em que o alistamento
ou inscrição do eleitor, ou quando da lista não continuar a ser efetuado na forma prevista no
constar nome de eleitor que apresentar título Código Eleitoral.
correspondente à seção.
§ 5o  A validade dos votos tomados em sepa- Art. 18.  O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
rado, das seções de um mesmo Município, será as instruções que se fizerem necessárias para o
examinada em conjunto pela Junta Apuradora, cumprimento desta Lei, inclusive divulgando
independentemente da apuração dos votos entre os Partidos Políticos, os Juízes e os Car-
contidos nas urnas. tórios Eleitorais manuais de procedimentos
detalhando a nova sistemática.
Art. 13.  O Tribunal Superior Eleitoral poderá
autorizar a criação de Juntas Apuradoras Re- Art. 19.  Esta Lei entra em vigor na data de
gionais, nos termos das instruções que baixar. sua publicação.

Art. 14.  A apuração poderá ser iniciada a Art. 20.  Revogam-se as disposições em con-


partir do recebimento da primeira urna, pro- trário.
longando-se pelo tempo necessário, observado
o prazo máximo de 10 (dez) dias. Brasília, em 7 de junho de 1982; 161o da Inde-
Parágrafo único.  Ultrapassada a fase de pendência e 94o da República.
abertura da urna, as cédulas programadas para
a apuração através da computação serão eletro- JOÃO FIGUEIREDO – Ibrahim Abi-Ackel
nicamente processadas, caso em que os Partidos
poderão manter fiscais nos locais destinados a Promulgada em 7/6/1982 e publicada no DOU de
esse fim. 8/6/1982.

Normas correlatas

  Lei no 9.096/1995.
3

173
Lei no 6.236/1975
Determina providências para cumprimento da obrigatoriedade do alistamento eleitoral.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 3o  Os serviços de rádio, televisão e cinema


educativos, participantes do Plano de Alfabe-
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL tização Funcional e Educação Continuada de
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Adolescentes e Adultos, encarecerão em seus
programas as vantagens atribuídas ao cidadão
Art. 1o  A matrícula, em qualquer estabeleci- eleitor, no pleno gozo de seus direitos civis e
mento de ensino, público ou privado, de maior políticos, e informarão da obrigatoriedade do
de dezoito anos alfabetizado, só será concedida alistamento e do voto, para os brasileiros de
ou renovada mediante a apresentação do título ambos os sexos.
de eleitor do interessado.
§ 1o  O diretor, professor ou responsável Art. 4o  Esta Lei entrará em vigor na data de
por curso de alfabetização de adolescentes e sua publicação, revogadas as disposições em
adultos encaminhará o aluno que o concluir contrário.
ao competente juiz eleitoral, para obtenção do
título de eleitor. Brasília, 18 de setembro de 1975; 154o da Inde-
§ 2o  A inobservância do disposto no pará- pendência e 87o da República.
grafo anterior sujeitará os responsáveis às penas
previstas no artigo 9o do Código Eleitoral. ERNESTO GEISEL – Armando Falcão – Ney
Braga
Art. 2 o  Os eleitores do Distrito Federal,
enquanto não se estabelecer o seu direito de Promulgada em 18/9/1975 e publicada no DOU de
voto, ficam dispensados de todas as exigências 19/9/1975.
legais a que se sujeitam os portadores de títulos
eleitorais.
Eleições

174
Lei no 6.091/1974
Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores residentes nas
zonas rurais e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA estadual e municipal oficiarão à Justiça Eleito-


ral, informando o número, a espécie e lotação
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL dos veículos e embarcações de sua proprieda-
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: de, e justificando, se for o caso, a ocorrência
da exceção prevista no parágrafo 1o do art. 1o
Art. 1o  Os veículos e embarcações, devida- desta Lei.
mente abastecidos e tripulados, pertencentes § 1o  Os veículos e embarcações à disposição
à União, Estados, Territórios e Municípios e da Justiça Eleitoral deverão, mediante comu-
suas respectivas autarquias e sociedades de nicação expressa de seus proprietários, estar
economia mista, excluídos os de uso militar, em condições de ser utilizados, pelo menos,
ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para o vinte e quatro horas antes das eleições e cir-
transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, cularão exibindo de modo bem visível, dístico
em dias de eleição. em letras garrafais, com a frase: “A serviço da
§ 1o  Excetuam-se do disposto neste artigo Justiça Eleitoral.”
os veículos e embarcações em número justifi- § 2o  A Justiça Eleitoral, à vista das infor-
cadamente indispensável ao funcionamento de mações recebidas, planejará a execução do
serviço público insusceptível de interrupção. serviço de transporte de eleitores e requisitará
§ 2o  Até quinze dias antes das eleições, aos responsáveis pelas repartições, órgãos ou
a Justiça Eleitoral requisitará dos órgãos da unidades, até trinta dias antes do pleito, os
administração direta ou indireta da União, veículos e embarcações necessários.
dos Estados, Territórios, Distrito Federal e
Municípios os funcionários e as instalações Art. 4o  Quinze dias antes do pleito, a Justiça
de que necessitar para possibilitar a execução Eleitoral divulgará, pelo órgão competente,
dos serviços de transporte e alimentação de o quadro geral de percursos e horários pro-
eleitores previstos nesta Lei. gramados para o transporte de eleitores, dele
fornecendo cópias aos partidos políticos.
Art. 2o  Se a utilização de veículos perten- § 1o  O transporte de eleitores somente será
centes às entidades previstas no art.  1o não feito dentro dos limites territoriais do respec-
for suficiente para atender ao disposto nesta tivo município e quando das zonas rurais para
Lei, a Justiça Eleitoral requisitará veículos e as mesas receptoras distar pelo menos dois
embarcações a particulares, de preferência os quilômetros.
de aluguel. § 2o  Os partidos políticos, os candidatos,
Parágrafo único.  Os serviços requisitados ou eleitores em número de vinte, pelo menos,
serão pagos, até trinta dias depois do pleito, poderão oferecer reclamações em três dias
a preços que correspondam aos critérios da contados da divulgação do quadro.
localidade. A despesa correrá por conta do § 3o  As reclamações serão apreciadas nos
Normas correlatas

Fundo Partidário. três dias subsequentes, delas cabendo recurso


sem efeito suspensivo.
Art. 3o  Até cinquenta dias antes da data do § 4o  Decididas as reclamações, a Justiça
pleito, os responsáveis por todas as repartições, Eleitoral divulgará, pelos meios disponíveis, o
órgãos e unidades do serviço público federal, quadro definitivo.
175
Art. 5o  Nenhum veículo ou embarcação po- inexata que vise a elidir, total ou parcialmente,
derá fazer transporte de eleitores desde o dia a contribuição de que ele trata:
anterior até o posterior à eleição, salvo: Pena – detenção de quinze dias a seis meses
I – a serviço da Justiça Eleitoral; e pagamento de 60 a 100 dias – multa;
II – coletivos de linhas regulares e não II – desatender à requisição de que trata o
fretados; art. 2o:
III – de uso individual do proprietário, para Pena – pagamento de 200 a 300 dias-multa,
o exercício do próprio voto e dos membros da além da apreensão do veículo para o fim pre-
sua família; visto;
IV – o serviço normal, sem finalidade elei- III – descumprir a proibição dos artigos
toral, de veículos de aluguel não atingidos pela 5o, 8o e 10o:
requisição de que trata o art. 2o. Pena – reclusão de quatro a seis anos e pa-
gamento de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do
Art. 6o  A indisponibilidade ou as deficiências Código Eleitoral);
do transporte de que trata esta Lei não eximem IV – obstar, por qualquer forma, a prestação
o eleitor do dever de votar. dos serviços previstos nos arts. 4o e 8o desta Lei,
Parágrafo único.  Verificada a inexistência atribuídos à Justiça Eleitoral:
ou deficiência de embarcações e veículos, pode- Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos;
rão os órgãos partidários ou os candidatos indi- V – utilizar em campanha eleitoral, no
car à Justiça Eleitoral onde há disponibilidade decurso dos 90 (noventa) dias que antecedem
para que seja feita a competente requisição. o pleito, veículos e embarcações pertencentes
à União, Estados, Territórios, Municípios e
Art. 7o  O eleitor que deixar de votar e não se respectivas autarquias e sociedades de econo-
justificar perante o Juiz Eleitoral até sessenta mia mista:
dias após a realização da eleição incorrerá na Pena – cancelamento do registro do can-
multa de três a dez por cento sobre o salário didato ou de seu diploma, se já houver sido
mínimo da região imposta pelo Juiz Eleitoral proclamado eleito.
e cobrada na forma prevista no art. 367, da Lei Parágrafo único.  O responsável, pela guar-
no 4.737, de 15 de julho de 1965. da do veículo ou da embarcação, será punido
com a pena de detenção, de 15 (quinze) dias a
Art. 8o  Somente a Justiça Eleitoral poderá, 6 (seis) meses, e pagamento de 60 (sessenta) a
quando imprescindível, em face da absoluta 100 (cem) dias-multa.
carência de recursos de eleitores da zona rural,
fornecer-lhes refeições, correndo, nesta hipóte- Art. 12.  A propaganda eleitoral, no rádio e na
se, as despesas por conta do Fundo Partidário. televisão, circunscrever-se-á, única e exclusi-
vamente, ao horário gratuito disciplinado pela
Art. 9o  É facultado aos Partidos exercer fis- Justiça Eleitoral, com a expressa proibição de
calização nos locais onde houver transporte e qualquer propaganda paga.
fornecimento de refeições a eleitores. Parágrafo único.  Será permitida apenas
a divulgação paga, pela imprensa escrita, do
Art. 10.  É vedado aos candidatos ou órgãos curriculum-vitae do candidato e do número
partidários, ou a qualquer pessoa, o forneci- do seu registro na Justiça Eleitoral, bem como
mento de transporte ou refeições aos eleitores do partido a que pertence.
da zona urbana.
Art. 13.  São vedados e considerados nulos de
Art. 11.  Constitui crime eleitoral: pleno direito, não gerando obrigação de espé-
I – descumprir, o responsável por órgão, cie alguma para a pessoa jurídica interessada,
Eleições

repartição ou unidade do serviço público, o nem qualquer direito para o beneficiário, os


dever imposto no art. 3o, ou prestar informação atos que, no período compreendido entre os
176
noventa dias anteriores à data das eleições mandará anotar o fato, na respectiva folha
parlamentares e o término, respectivamente, individual de votação.
do mandato do Governador do Estado impor- § 1o  O requerimento, em duas vias, será
tem em nomear, contratar, designar, readaptar levado, em sobrecarta aberta, a agência postal,
ou proceder a quaisquer outras formas de que, depois de dar andamento à 1a via, aplicará
provimento de funcionário ou servidor na carimbo de recepção na 2a, devolvendo-a ao
administração direta e nas autarquias, empre- interessado, valendo esta como prova para
sas públicas e sociedades de economia mista todos os efeitos legais.
dos Estados e Municípios, salvo os cargos em § 2o  Estando no exterior, no dia em que se
comissão, e da magistratura, do Ministério realizarem eleições, o eleitor terá o prazo de
Público e, com aprovação do respectivo Órgão 30 (trinta) dias, a contar de sua volta ao País,
Legislativo, dos Tribunais de Contas e os apro- para a justificação.
vados em concursos públicos homologados até
a data da publicação desta lei. Arts. 17 a 25. (Revogados)1
§ 1o  Excetuam-se do disposto no artigo:
I – nomeação ou contratação necessárias Art. 26.  O Poder Executivo é autorizado a
à instalação inadiável de serviços públicos abrir o crédito especial de Cr$ 20.000.000,00
essenciais, com prévia e expressa autorização (vinte milhões de cruzeiros) destinado ao
do governador ou Prefeito; Fundo Partidário, para atender às despesas
II – nomeação ou contratação de técnico decorrentes da aplicação desta Lei na eleição
indispensável ao funcionamento do serviço de 15 de novembro de 1974.
público essencial. Parágrafo único.  A abertura do crédito
§ 2o  O ato com a devida fundamentação autorizado neste artigo será compensada me-
será publicado no respectivo órgão oficial. diante a anulação de dotações constantes no
Orçamento para o corrente exercício, de que
Art. 14.  A Justiça Eleitoral instalará, trinta trata a Lei no 5.964, de 10 de novembro de 1973.
dias antes do pleito, na sede de cada Município,
Comissão Especial de Transporte e Alimen- Art. 27.  Sem prejuízo do disposto no inciso
tação, composta de pessoas indicadas pelos XVII do artigo 30 do Código Eleitoral (Lei
Diretórios Regionais dos Partidos Políticos no 4.737, de 15 de julho de 1965), o Tribunal
Nacionais, com a finalidade de colaborar na Superior Eleitoral expedirá, dentro de 15 dias
execução desta lei. da data da publicação desta Lei, as instruções
§ 1o  Para compor a Comissão, cada Partido necessárias a sua execução.
indicará três pessoas, que não disputem cargo
eletivo. Art. 28.  Esta Lei entra em vigor na data de
§ 2o  É facultado a candidato, em Município sua publicação, revogadas as disposições em
de sua notória influência política, indicar ao contrário.
Diretório do seu Partido, pessoa de sua con-
fiança para integrar a Comissão. Brasília, 15 de agosto de 1974; 153o da Inde-
pendência e 86o da República.
Art. 15.  Os Diretórios Regionais, até quarenta
dias antes do pleito, farão as indicações de que ERNESTO GEISEL – Armando Falcão – Mário
trata o artigo 14 desta lei. Henrique Simonsen – João Paulo dos Reis
Velloso
Normas correlatas

Art. 16.  O eleitor que deixar de votar por se


encontrar ausente de seu domicílio eleitoral Promulgada em 15/8/1974 e publicada no DOU de
deverá justificar a falta, no prazo de 60 (ses- 15/8/1974.
senta) dias, por meio de requerimento dirigido
ao Juiz Eleitoral de sua zona de inscrição, que   Leis nos 7.493/1986 e 6.961/1981.
1

177
Lei no 5.782/1972
Fixa prazo para filiação partidária, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA pelos § 4o, “c”, e § 5o do artigo 110 da Lei no 5.682,
de 21 de julho de 1971, ficam dispensados dos
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL prazos estabelecidos nos artigos 1o e 2o desta Lei
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: para se candidatarem a cargos eletivos.1

Art. 1o  Nas eleições para Governador, Vice- Art. 4o  É facultada a filiação de eleitor perante
-Governador, Senador e respectivo suplente, Diretório Nacional de Partido Político.
Deputado Federal e Deputado Estadual, o
candidato deverá ser filiado ao Partido, na Art. 5o  Esta lei entra em vigor na data de
circunscrição em que concorrer, pelo prazo sua publicação, revogadas as disposições em
de 12 (doze) meses antes da data das eleições. contrário.

Art. 2o  Nas eleições para Prefeito, Vice-Prefei- Brasília, 6 de junho de 1972; 151o da Indepen-
to e Vereador, o candidato deverá ser filiado ao dência e 84o da República.
Partido, no Município em que concorrer, pelo
prazo de 6 (seis) meses antes da data da eleição. EMÍLIO G. MÉDICI – Alfredo Buzaid

Art. 3o  No caso de incorporação de partidos, Promulgada em 6/6/1972 e publicada no DOU de


os filiados que utilizarem a faculdade concedida 9/6/1972.
Eleições

  Lei no 6.989/1982.
1

178
Lei no 4.410/1964
Institui prioridade para os feitos eleitorais e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 2o  Os que infringirem o disposto no


art. 1o cometem o crime de responsabilidade.
Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL
decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 3o  Esta lei entrará em vigor na data de
sua publicação, revogadas as disposições em
Art. 1o  Os feitos eleitorais terão prioridade na contrário.
participação do Ministério Público e na dos
juízes de todas as Justiças e instâncias, ressalva- Brasília, 24 de setembro de 1964; 143o da Inde-
dos os processos de habeas corpus e mandado pendência e 76o da República.
de segurança.
§ 1o  Consideram-se feitos eleitorais as ques- H. CASTELLO BRANCO – Milton Soares
tões levadas à Justiça que tenham por objeto o Campos
provimento ou o exercício dos cargos eletivos.
§ 2o  Na segunda instância, para a referida Promulgada em 24/9/1964 e publicada no DOU de
prioridade ser cumprida, serão convocadas 29/9/1964.
sessões extraordinárias quando preciso.

Normas correlatas

179
Lei no 1.207/1950
Dispõe sobre o direito de reunião.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA modificação só entrará em vigor dez dias depois


de publicada.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta § 1o  Se a fixação se fizer em lugar inadequa-
e eu sanciono a seguinte Lei: do, que importe, de fato, em frustrar o direito de
reunião, qualquer indivíduo poderá reclamar
Art. 1o  Sob nenhum pretexto poderá qualquer da autoridade policial indicação de lugar ade-
agente do Poder Executivo intervir em reunião quado. Se a autoridade, dentro de dois dias não
pacífica e sem armas, convocada para casa par- o fizer, ou indicar lugar inadequado, poderá o
ticular ou recinto fechado de associação, salvo reclamante impetrar ao Juiz competente man-
no caso do § 15 do artigo 141 da Constituição dado de segurança que lhe garanta o direito de
Federal, ou quando a convocação se fizer para comício, embora não pretenda no momento
prática de ato proibido por lei.1 realizá-lo. Em tal caso, caberá ao Juiz indicar o
§ 1o  No caso da convocação para prática lugar apropriado, se a polícia, modificando o
de ato proibido, a autoridade policial poderá seu ato, não o fizer.
impedi-la, e, dentro de dois dias, exporá ao § 2o  A celebração do comício, em praça fixa-
Juiz competente os motivos por que a reunião da para tal fim, independe de licença da polícia;
foi impedida ou suspensa. O Juiz ouvirá o mas o promotor do mesmo, pelo menos vinte
promotor da reunião ao qual dará o prazo de e quatro horas antes da sua realização, deverá
dois dias para defesa. Dentro de dois dias o Juiz fazer a devida comunicação à autoridade po-
proferirá sentença da qual caberá apelação que licial, a fim de que esta lhe garanta, segundo a
será recebida somente no efeito devolutivo. prioridade do aviso, o direito contra qualquer
§ 2o  Se a autoridade não fizer no prazo que, no mesmo dia, hora e lugar, pretenda
legal a exposição determinada no § 1o, poderá celebrar outro comício.
o promotor da reunião impetrar mandado de
segurança. Art. 4o  Esta Lei entrará em vigor na data da
sua publicação, revogadas as disposições em
Art. 2o  A infração de qualquer preceito do contrário.
artigo anterior e seus parágrafos sujeita o agente
do Poder Executivo à pena de seis meses a um Rio de Janeiro, 25 de outubro de 1950; 129o da
ano de reclusão e perda do emprego, nos termos Independência e 62o da República.
do art. 189 da Constituição Federal.2
EURICO G. DUTRA – José Francisco Bias
Art. 3o  No Distrito Federal e nas cidades a Fortes
autoridade policial de maior categoria, ao co-
meço de cada ano, fixará as praças destinadas a Promulgada em 25/10/1950 e publicada no DOU
comício e dará publicidade a esse ato. Qualquer de 27/10/1950.

1
  Lei no 6.071/1974. NE: o artigo mencionado refere-
-se à Constituição de 1946.
Eleições

2
  NE: o artigo mencionado refere-se à Constituição
de 1946.

180
Decreto-Lei no 201/1967
Dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando IX – Conceder empréstimos, auxílios ou


da atribuição que lhe confere o parágrafo 2o, subvenções sem autorização da Câmara, ou
do artigo 9o, do Ato Institucional no 4, de 7 de em desacordo com a lei;
dezembro de 1966, X – Alienar ou onerar bens imóveis, ou ren-
das municipais, sem autorização da Câmara, ou
DECRETA: em desacordo com a lei;
XI – Adquirir bens, ou realizar serviços e
Art. 1o  São crimes de responsabilidade dos obras, sem concorrência ou coleta de preços,
Prefeitos Municipais, sujeitos ao julgamento nos casos exigidos em lei;
do Poder Judiciário, independentemente do XII – Antecipar ou inverter a ordem de
pronunciamento da Câmara dos Vereadores:1 pagamento a credores do Município, sem
I – apropriar-se de bens ou rendas públicas, vantagem para o erário;
ou desviá-los em proveito próprio ou alheio; XIII – Nomear, admitir ou designar servi-
II – utilizar-se, indevidamente, em proveito dor, contra expressa disposição de lei;
próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços XIV – Negar execução a lei federal, estadual
públicos; ou municipal, ou deixar de cumprir ordem
III – desviar, ou aplicar indevidamente, judicial, sem dar o motivo da recusa ou da
rendas ou verbas públicas; impossibilidade, por escrito, à autoridade
IV – empregar subvenções, auxílios, em- competente;
préstimos ou recursos de qualquer natureza, XV – Deixar de fornecer certidões de atos
em desacordo com os planos ou programas a ou contratos municipais, dentro do prazo es-
que se destinam; tabelecido em lei.
V – ordenar ou efetuar despesas não autori- XVI – deixar de ordenar a redução do
zadas por lei, ou realizá-las em desacordo com montante da dívida consolidada, nos prazos
as normas financeiras pertinentes; estabelecidos em lei, quando o montante ultra-
VI – deixar de prestar contas anuais da ad- passar o valor resultante da aplicação do limite
ministração financeira do Município à Câmara máximo fixado pelo Senado Federal;
de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição XVII – ordenar ou autorizar a abertura de
do Estado indicar, nos prazos e condições crédito em desacordo com os limites estabele-
estabelecidos; cidos pelo Senado Federal, sem fundamento na
VII – Deixar de prestar contas, no devido lei orçamentária ou na de crédito adicional ou
tempo, ao órgão competente, da aplicação de com inobservância de prescrição legal;
recursos, empréstimos, subvenções ou auxílios XVIII – deixar de promover ou de ordenar,
internos ou externos, recebidos a qualquer na forma da lei, o cancelamento, a amortização
título; ou a constituição de reserva para anular os
VIII – Contrair empréstimo, emitir apólices, efeitos de operação de crédito realizada com
ou obrigar o Município por títulos de crédito, inobservância de limite, condição ou montante
Normas correlatas

sem autorização da Câmara, ou em desacordo estabelecido em lei;


com a lei; XIX – deixar de promover ou de ordenar a
liquidação integral de operação de crédito por
1
  Lei no 10.028/2000. antecipação de receita orçamentária, inclusive

181
os respectivos juros e demais encargos, até o III – Do despacho, concessivo ou denegató-
encerramento do exercício financeiro; rio, de prisão preventiva, ou de afastamento do
XX – ordenar ou autorizar, em desacordo cargo do acusado, caberá recurso, em sentido
com a lei, a realização de operação de crédito estrito, para o Tribunal competente, no prazo
com qualquer um dos demais entes da Fede- de cinco dias, em autos apartados. O recurso
ração, inclusive suas entidades da administra- do despacho que decreta a prisão preventiva ou
ção indireta, ainda que na forma de novação, o afastamento do cargo terá efeito suspensivo.
refinanciamento ou postergação de dívida § 1o  Os órgãos federais, estaduais ou muni-
contraída anteriormente; cipais, interessados na apuração da responsabi-
XXI – captar recursos a título de antecipação lidade do Prefeito, podem requerer a abertura
de receita de tributo ou contribuição cujo fato do inquérito policial ou a instauração da ação
gerador ainda não tenha ocorrido; penal pelo Ministério Público, bem como
XXII – ordenar ou autorizar a destinação intervir, em qualquer fase do processo, como
de recursos provenientes da emissão de títulos assistente da acusação.
para finalidade diversa da prevista na lei que § 2o  Se as providências para a abertura
a autorizou; do inquérito policial ou instauração da ação
XXIII – realizar ou receber transferência vo- penal não forem atendidas pela autoridade
luntária em desacordo com limite ou condição policial ou pelo Ministério Público estadual,
estabelecida em lei. poderão ser requeridas ao Procurador-Geral
§ 1o  Os crimes definidos neste artigo são da República.
de ação pública, punidos os dos itens I e II,
com a pena de reclusão, de dois a doze anos, Art. 3o  O Vice-Prefeito, ou quem vier a subs-
e os demais, com a pena de detenção, de três tituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo
meses a três anos. do substituído, ainda que tenha cessado a
§ 2o  A condenação definitiva em qualquer substituição.
dos crimes definidos neste artigo, acarreta a
perda de cargo e a inabilitação, pelo prazo de Art. 4o  São infrações político-administrativas
cinco anos, para o exercício de cargo ou função dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento
pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com
da reparação civil do dano causado ao patri- a cassação do mandato:
mônio público ou particular. I – Impedir o funcionamento regular da
Câmara;
Art. 2o  O processo dos crimes definidos no II – Impedir o exame de livros, folhas de
artigo anterior é o comum do juízo singular, pagamento e demais documentos que devam
estabelecido pelo Código de Processo Penal, constar dos arquivos da Prefeitura, bem como
com as seguintes modificações: a verificação de obras e serviços municipais,
I – Antes de receber a denúncia, o Juiz por comissão de investigação da Câmara ou
ordenará a notificação do acusado para auditoria, regularmente instituída;
apresentar defesa prévia, no prazo de cinco III – Desatender, sem motivo justo, as
dias. Se o acusado não for encontrado para convocações ou os pedidos de informações da
a notificação, ser-lhe-á nomeado defensor, a Câmara, quando feitos a tempo e em forma
quem caberá apresentar a defesa, dentro no regular;
mesmo prazo. IV – Retardar a publicação ou deixar de pu-
II – Ao receber a denúncia, o Juiz manifes- blicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;
tar-se-á, obrigatória e motivadamente, sobre V – Deixar de apresentar à Câmara, no
a prisão preventiva do acusado, nos casos dos devido tempo, e em forma regular, a proposta
itens I e II do artigo anterior, e sobre o seu orçamentária;
Eleições

afastamento do exercício do cargo durante a VI – Descumprir o orçamento aprovado


instrução criminal, em todos os casos. para o exercício financeiro;
182
VII – Praticar, contra expressa disposição testemunhas, até o máximo de dez. Se estiver
de lei, ato de sua competência ou omitir-se na ausente do Município, a notificação far-se-á por
sua prática; edital, publicado duas vezes, no órgão oficial,
VIII – Omitir-se ou negligenciar na defesa com intervalo de três dias, pelo menos, contado
de bens, rendas, direitos ou interesses do Mu- o prazo da primeira publicação. Decorrido o
nicípio, sujeitos à administração da Prefeitura; prazo de defesa, a Comissão processante emiti-
IX – Ausentar-se do Município, por tempo rá parecer dentro em cinco dias, opinando pelo
superior ao permitido em lei, ou afastar-se da prosseguimento ou arquivamento da denúncia,
Prefeitura, sem autorização da Câmara dos o qual, neste caso, será submetido ao Plenário.
Vereadores; Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o
X – Proceder de modo incompatível com a Presidente designará desde logo, o início da
dignidade e o decoro do cargo. instrução, e determinará os atos, diligências e
audiências que se fizerem necessários, para o
Art. 5o  O processo de cassação do mandato do depoimento do denunciado e inquirição das
Prefeito pela Câmara, por infrações definidas testemunhas.
no artigo anterior, obedecerá ao seguinte rito, IV – O denunciado deverá ser intimado de
se outro não for estabelecido pela legislação do todos os atos do processo, pessoalmente, ou na
Estado respectivo:2 pessoa de seu procurador, com a antecedência,
I – A denúncia escrita da infração poderá ser pelo menos, de vinte e quatro horas, sendo-lhe
feita por qualquer eleitor, com a exposição dos permitido assistir as diligências e audiências,
fatos e a indicação das provas. Se o denunciante bem como formular perguntas e reperguntas às
for Vereador, ficará impedido de votar sobre a testemunhas e requerer o que for de interesse
denúncia e de integrar a Comissão processante, da defesa.
podendo, todavia, praticar todos os atos de V – Concluída a instrução, será aberta
acusação. Se o denunciante for o Presidente vista do processo ao denunciado, para razões
da Câmara, passará a Presidência ao substituto escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e, após, a
legal, para os atos do processo, e só votará se Comissão processante emitirá parecer final,
necessário para completar o quorum de julga- pela procedência ou improcedência da acu-
mento. Será convocado o suplente do Vereador sação, e solicitará ao Presidente da Câmara
impedido de votar, o qual não poderá integrar a convocação de sessão para julgamento. Na
a Comissão processante. sessão de julgamento, serão lidas as peças re-
II – De posse da denúncia, o Presidente da queridas por qualquer dos Vereadores e pelos
Câmara, na primeira sessão, determinará sua denunciados, e, a seguir, os que desejarem po-
leitura e consultará a Câmara sobre o seu re- derão manifestar-se verbalmente, pelo tempo
cebimento. Decidido o recebimento, pelo voto máximo de 15 (quinze) minutos cada um, e, ao
da maioria dos presentes, na mesma sessão será final, o denunciado, ou seu procurador, terá o
constituída a Comissão processante, com três prazo máximo de 2 (duas) horas para produzir
Vereadores sorteados entre os desimpedidos, sua defesa oral;
os quais elegerão, desde logo, o Presidente e VI – Concluída a defesa, proceder-se-á a
o Relator. tantas votações nominais, quantas forem as
III – Recebendo o processo, o Presidente infrações articuladas na denúncia. Considerar-
da Comissão iniciará os trabalhos, dentro em -se-á afastado, definitivamente, do cargo, o
cinco dias, notificando o denunciado, com a denunciado que for declarado pelo voto de
remessa de cópia da denúncia e documentos dois terços, pelo menos, dos membros da
Normas correlatas

que a instruírem, para que, no prazo de dez Câmara, incurso em qualquer das infrações
dias, apresente defesa prévia, por escrito, indi- especificadas na denúncia. Concluído o jul-
que as provas que pretender produzir e arrole gamento, o Presidente da Câmara proclamará
imediatamente o resultado e fará lavrar ata
2
  Lei no 11.966/2009. que consigne a votação nominal sobre cada
183
infração, e, se houver condenação, expedirá o Art. 8o  Extingue-se o mandato do Vereador
competente decreto legislativo de cassação do e assim será declarado pelo Presidente da Câ-
mandato de Prefeito. Se o resultado da votação mara, quando:4
for absolutório, o Presidente determinará o I – Ocorrer falecimento, renúncia por escri-
arquivamento do processo. Em qualquer dos to, cassação dos direitos políticos ou condena-
casos, o Presidente da Câmara comunicará à ção por crime funcional ou eleitoral;
Justiça Eleitoral o resultado. II – Deixar de tomar posse, sem motivo justo
VII – O processo, a que se refere este artigo, aceito pela Câmara, dentro do prazo estabele-
deverá estar concluído dentro em noventa dias, cido em lei;
contados da data em que se efetivar a notifi- III – deixar de comparecer, em cada sessão
cação do acusado. Transcorrido o prazo sem legislativa anual, à terça parte das sessões ordi-
o julgamento, o processo será arquivado, sem nárias da Câmara Municipal, salvo por motivo
prejuízo de nova denúncia ainda que sobre os de doença comprovada, licença ou missão
mesmos fatos. autorizada pela edilidade; ou, ainda, deixar
de comparecer a cinco sessões extraordinárias
Art. 6o  Extingue-se o mandato de Prefeito, e, convocadas pelo prefeito, por escrito e mediante
assim, deve ser declarado pelo Presidente da recibo de recebimento, para apreciação de
Câmara de Vereadores, quando: matéria urgente, assegurada ampla defesa, em
I – Ocorrer falecimento, renúncia por escri- ambos os casos.
to, cassação dos direitos políticos ou condena- IV – Incidir nos impedimentos para o
ção por crime funcional ou eleitoral. exercício do mandato, estabelecidos em lei e
II – Deixar de tomar posse, sem motivo justo não se desincompatibilizar até a posse, e, nos
aceito pela Câmara, dentro do prazo estabele- casos supervenientes, no prazo fixado em lei
cido em lei. ou pela Câmara.
III – Incidir nos impedimentos para o § 1o  Ocorrido e comprovado o ato ou fato
exercício do cargo, estabelecidos em lei, e extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira
não se desincompatibilizar até a posse, e, nos sessão, comunicará ao plenário e fará constar da
casos supervenientes, no prazo que a lei ou a ata a declaração da extinção do mandato e con-
Câmara fixar. vocará imediatamente o respectivo suplente.
Parágrafo único.  A extinção do mandato § 2o  Se o Presidente da Câmara omitir-
independe de deliberação do plenário e se tor- -se nas providências no parágrafo anterior, o
nará efetiva desde a declaração do fato ou ato suplente do Vereador ou o Prefeito Municipal
extintivo pelo Presidente e sua inserção em ata. poderá requerer a declaração de extinção do
mandato, por via judicial, e se procedente, o
Art. 7o  A Câmara poderá cassar o mandato de juiz condenará o Presidente omisso nas custas
Vereador, quando:3 do processo e honorários de advogado que
I – Utilizar-se do mandato para a prática fixará de plano, importando a decisão judicial
de atos de corrupção ou de improbidade ad- na destituição automática do cargo da Mesa e
ministrativa; no impedimento para nova investidura durante
II – Fixar residência fora do Município; toda a legislatura.
III – Proceder de modo incompatível com § 3o  O disposto no item III não se aplicará às
a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro sessões extraordinárias que forem convocadas
na sua conduta pública. pelo Prefeito, durante os períodos de recesso
§ 1o  O processo de cassação de mandato de das Câmaras Municipais.
Vereador é, no que couber, o estabelecido no
art. 5o deste Decreto-Lei. Art. 9o  O presente decreto-lei entrará em
§ 2o (Revogado) vigor na data de sua publicação, revogadas as
Eleições

3
  Lei no 9.504/1997.   Leis nos 6.793/1980 e 5.659/1971.
4

184
Leis nos 211, de 7 de janeiro de 1948, e 3.528, H. CASTELLO BRANCO – Carlos Medeiros
de 3 de janeiro de 1959, e demais disposições Silva
em contrário.
Decretado em 24/2/1967, publicado no DOU de
Brasília, 24 de fevereiro de 1967; 146o da Inde- 27/2/1967 e republicado, com retificação, no DOU
pendência e 79o da República. de 14/3/1967.

Normas correlatas

185
Decreto no 7.791/2012
Regulamenta a compensação fiscal na apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ
pela divulgação gratuita da propaganda partidária e eleitoral, de plebiscitos e referendos.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso II – apura-se o “valor do faturamento” com


da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, base na tabela a que se refere o inciso anterior,
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o de acordo com o seguinte procedimento:
disposto no parágrafo único do art. 52 da Lei a)  parte-se do volume de serviço de divul-
no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e no art. 99 gação de mensagens de propaganda comercial
da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, local efetivamente prestado pelo veículo de
divulgação no mês da veiculação da propa-
DECRETA: ganda partidária e eleitoral, do plebiscito ou
referendo;
Art. 1o  As emissoras de rádio e televisão b)  classifica-se o volume de serviço da alí-
obrigadas à divulgação gratuita da propaganda nea “a” por faixa de horário, identificando-se
partidária e eleitoral, de plebiscitos e referen- o respectivo valor com base na tabela pública
dos poderão efetuar a compensação fiscal de para veiculações comerciais locais;
que trata o parágrafo único do art. 52 da Lei c)  para cada faixa de horário, multiplica-
no 9.096, de 19 de setembro de 1995, e o art. 99 -se o respectivo valor unitário de prestação
da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997, na de serviço pelo volume de serviço a ela
apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa relativo; e
Jurídica – IRPJ, inclusive da base de cálculo dos d)  o somatório dos resultados da multipli-
recolhimentos mensais previstos na legislação cação referida na alínea “c”, para cada faixa de
fiscal, e da base de cálculo do lucro presumido. horário, corresponde ao “valor do faturamen-
to”, com base na tabela pública;
Art. 2o  A apuração do valor da compensação III – apura-se o “valor efetivamente fatura-
fiscal de que trata o art. 1o se dará mensalmente, do” no mês de veiculação da propaganda par-
de acordo com o seguinte procedimento: tidária ou eleitoral com base nos documentos
I – parte-se do preço dos serviços de divul- fiscais emitidos pelos serviços de divulgação
gação de mensagens de propaganda comercial, de mensagens de propaganda comercial local
fixados em tabela pública pelo veículo de divul- efetivamente prestados;
gação, conforme previsto no art. 14 do Decreto IV – calcula-se o coeficiente percentual
no 57.690, de 1o de fevereiro de 1966, para o entre os valores apurados conforme previsto
mês de veiculação da propaganda partidária e nos incisos II e III do caput, de acordo com a
eleitoral, do plebiscito ou referendo; seguinte fórmula:

Coeficiente Percentual = [ Valor doValor


faturamento conforme tabela (inciso II) * 0,8 ]* 100
efetivamente faturado (inciso III)
Eleições

186
V – para cada espaço de serviço de divulgação ao tráfego gratuito de sinais de televisão e rádio
de mensagens de propaganda cedido para o também poderão fazer a exclusão de que trata
horário eleitoral e partidário gratuito: o art. 3o.
a)  identifica-se, na tabela pública de que tra-
ta o inciso I, o respectivo preço, multiplicando- Art. 5o  O disposto neste Decreto aplica-se
-o pelo espaço cedido e por 0,8 (oito décimos); também aos comunicados, às instruções e a
b)  multiplica-se cada resultado obtido na outras requisições da Justiça Eleitoral, relativos
alínea “a” por 0,25 (vinte e cinco décimos) no aos programas partidários e eleitorais.
caso de transmissões em bloco, e por um, no
caso de inserções; e Art. 6o  Fica o Ministro de Estado da Fazenda
c)  aplica-se sobre cada valor apurado na autorizado a expedir atos normativos comple-
alínea “b” o coeficiente percentual a que se mentares a este Decreto.
refere o inciso IV do caput; e
VI – apura-se o somatório dos valores de- Art. 7o  Este Decreto entra em vigor na data de
correntes da operação de que trata a alínea “c” sua publicação, produzindo efeitos a partir de
do inciso V do caput. 21 de dezembro de 2010.

Art. 3o  O valor apurado na forma do inciso VI Art. 8o  Fica revogado o Decreto no 5.331, de
do caput do art. 2o poderá ser excluído: 4 de janeiro de 2005.
I – do lucro líquido para determinação do
lucro real; Brasília, 17 de agosto de 2012; 191o da Indepen-
II – da base de cálculo dos recolhimentos dência e 124o da República.
mensais previstos no art. 2o da Lei no 9.430, de
27 de dezembro de 1996; e DILMA ROUSSEFF – Guido Mantega
III – da base de cálculo do IRPJ incidente
sobre o lucro presumido. Decretado em 17/8/2012 e publicado no DOU de
20/8/2012.
Art. 4o  As empresas concessionárias de ser-
viços públicos de telecomunicações, obrigadas

Normas correlatas

187
Decreto no 4.199/2002
Dispõe sobre a prestação de informações institucionais relativas à administração pública federal a
partidos políticos, coligações e candidatos à Presidência da República até a data da divulgação oficial
do resultado final das eleições.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da Art. 3o  As informações serão prestadas por es-


atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, crito no prazo máximo de quinze dias, contados
alínea “a”, da Constituição, da data de protocolo da solicitação.

DECRETA: Art. 4o  As informações serão prestadas a teor


de critérios estabelecidos pelo Chefe da Casa
Art. 1o  Este Decreto regulamenta a presta- Civil da Presidência da República.
ção de informações institucionais relativas § 1o  Informações e dados estatísticos de
à Administração Pública Federal a partidos domínio público constantes de estudos já finali-
políticos, coligações e candidatos à Presidência zados poderão ser prestados a qualquer tempo.
da República até a data de divulgação oficial do § 2o  Em nenhuma hipótese, serão prestadas
resultado final das eleições. informações relativas a segredo de Estado ou
protegidas por sigilo bancário, fiscal ou de
Art. 2o  Qualquer solicitação de informações justiça.
institucionais relativas à Administração Pública
Federal poderá ser feita por partido político ou Art. 5o  Poderá ser constituído, no âmbito da
coligação. Secretaria-Executiva da Casa Civil da Presidên-
§ 1o  Após a escolha de candidato a que se cia da República, grupo de trabalho destinado à
refere o art. 8o da Lei no 9.504, de 30 de setembro consecução do disposto neste Decreto.
de 1997, as informações relativas à Adminis-
tração Pública Federal do interesse de partido Art. 6o  Quaisquer dúvidas no cumprimento
político ou coligação com candidato à Presidên- deste Decreto serão dirimidas pelo Secretário-
cia da República deverão ser formalizadas pelo -Executivo da Casa Civil da Presidência da
candidato registrado do partido ou coligação. República.
§ 2o  Na hipótese do § 1o, qualquer que seja
a natureza da informação pleiteada, as solici- Art. 7o  Este Decreto entra em vigor na data
tações deverão ser requeridas por escrito ao da sua publicação.
Secretário-Executivo da Casa Civil da Presi-
dência da República. Brasília, 16 de abril de 2002; 181o da Indepen-
§ 3o  O Secretário-Executivo da Casa Civil dência e 114o da República.
da Presidência da República poderá requisitar
a órgão, entidade ou servidor os dados neces- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Pedro
sários à satisfação da solicitação. Parente
§ 4o  O órgão, a entidade ou o servidor ins-
tado a se manifestar deverá fazê-lo no prazo Decretado em 16/4/2002 e publicado no DOU de
de dez dias, salvo determinação diversa do 17/4/2002.
Secretário-Executivo da Casa Civil da Presi-
dência da República.
Eleições

188
Resolução do TSE no 23.465/2015
Disciplina a criação, organização, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.

O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, no de organização da mesma natureza e adotar


uso de suas competências e tendo em vista o uniforme para seus membros (Lei no 9.096/95,
disposto no art. 61 da Lei no 9.096, de 19 de art. 6o).
setembro de 1995, resolve expedir a seguinte
resolução: TÍTULO II – Da Organização e do
Funcionamento dos Partidos Políticos
CAPÍTULO I – Da Criação e do Registro
TÍTULO I – Disposições Preliminares dos Partidos Políticos
SEÇÃO I – Da Criação
Art. 1o  O partido político, pessoa jurídica de
direito privado, destina-se a assegurar, no in- Art. 7 o  O partido político, após adquirir
teresse do regime democrático, a autenticidade personalidade jurídica na forma da lei civil,
do sistema representativo e a defender os di- registrará seu estatuto no Tribunal Superior
reitos fundamentais definidos na Constituição Eleitoral (Lei no 9.096/95, art. 7o, caput).
Federal (Lei no 9.096/95, art. 1o). § 1o  Só é admitido o registro do estatuto
de partido político que tenha caráter nacional,
Art. 2o  É livre a criação, fusão, incorporação considerando-se como tal aquele que com-
e extinção de partidos políticos cujos progra- prove, no período de dois anos, o apoiamento
mas respeitem a soberania nacional, o regime de eleitores não filiados a partido político,
democrático, o pluripartidarismo e os direitos correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco
fundamentais da pessoa humana, observadas décimos por cento) dos votos dados na última
as normas desta resolução (Lei no  9.096/95, eleição geral para a Câmara dos Deputados,
art. 2o). não computados os votos em branco e os
nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos
Art. 3o  É assegurada ao partido político au- estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo
tonomia para definir sua estrutura interna, por cento) do eleitorado que haja votado em
organização e funcionamento (Lei no 9.096/95, cada um deles (Lei no 9.096/95, art. 7o, § 1o).
art. 3o). § 2o  O apoiamento mínimo de que trata
o § 1o deste artigo é calculado de acordo com
Art. 4o  Os filiados de um partido político os votos dados, na última eleição geral para a
têm iguais direitos e deveres (Lei no 9.096/95, Câmara dos Deputados, não computados os
art. 4o). votos em branco e os nulos, de acordo com
os registros da Justiça Eleitoral constantes no
Art. 5o  A ação do partido tem caráter nacio- último dia previsto para a diplomação dos
nal e é exercida de acordo com seu estatuto candidatos eleitos no respectivo pleito.
e programa, sem subordinação a entidades § 3o  O prazo de dois anos para obtenção
ou governos estrangeiros (Lei no  9.096/95, do apoiamento de que trata o § 1o deste artigo
Normas correlatas

art. 5o). é contado a partir da data da aquisição da


personalidade jurídica do partido político em
Art. 6o  É vedado ao partido político ministrar formação, na forma prevista no art. 10 desta
instrução militar ou paramilitar, utilizar-se resolução.

189
Art. 8o  Somente o partido político que tiver pelos seus fundadores, em número nunca
registrado o seu estatuto no Tribunal Superior inferior a 101 (cento e um), com domicílio
Eleitoral pode participar do processo eleitoral, eleitoral em, no mínimo, um 1/3 (um terço dos
receber recursos do Fundo Partidário e ter estados), e acompanhado de (Lei no 9.096/95,
acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos art. 8o, incisos I a III, §§ 1o e 2o):
da Lei (Lei no 9.096/95, art. 7o, § 2o). I – cópia autêntica da ata da reunião de
§ 1o  Somente o registro do estatuto do par- fundação do partido político;
tido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a II – exemplares do Diário Oficial da União
exclusividade da sua denominação, sigla e sím- que publicou, no seu inteiro teor, o programa
bolos, vedada a utilização, por outros partidos, e o estatuto; e
de variações que venham a induzir a erro ou III – relação de todos os fundadores com
confusão (Lei no 9.096/95, art. 7o, § 3o). nome completo, naturalidade, número do
§ 2o  Pode participar das eleições o partido título eleitoral com a zona, seção, município
que, até um ano antes do pleito, tiver registrado e unidade da Federação, profissão e endereço
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, da residência.
conforme o disposto em lei, e tiver, até a data § 1o  O requerimento deve indicar o nome
da convenção, órgão de direção constituído na e a função dos dirigentes provisórios e o ende-
circunscrição, de acordo com o respectivo es- reço da sede nacional do partido político, que
tatuto e devidamente anotado (Lei no 9.504/97, deverá ser sempre na Capital Federal (Res.-TSE
art. 4o; Código Eleitoral, art. 90). no 22.316/2006).
§ 2o  Satisfeitas as exigências deste artigo,
Art. 9o  Os fundadores, em número nunca além dos requisitos estabelecidos na Lei de
inferior a 101 (cento e um) eleitores no gozo de Registros Públicos, o Oficial do Registro Civil
seus direitos políticos, com domicílio eleitoral efetua o registro no livro correspondente, ex-
em, no mínimo, um terço dos estados, elaboram pedindo certidão de inteiro teor.
o programa e o estatuto do partido político em § 3o  O partido político em formação, no
formação e elegem, na forma do estatuto, os prazo de até 100 (cem) dias contados da ob-
seus dirigentes nacionais provisórios, os quais tenção do seu registro civil, deve informar
se encarregam das providências necessárias ao Tribunal Superior Eleitoral a sua criação,
para o registro do estatuto perante o Cartório apresentando:
do Registro Civil competente e no Tribunal I – a respectiva certidão do Registro Civil de
Superior Eleitoral (Lei no 9.096/95, art. 8o). Pessoas Jurídicas;
§ 1o  Devem ser publicados no Diário Ofi- II – o seu número de inscrição no Cadastro
cial da União o inteiro teor do programa e do Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
estatuto aprovados na reunião de fundadores III – cópia da ata de fundação e da relação
do partido político. dos fundadores, acompanhada do estatuto
§ 2o  Antes da apresentação para anotação e do programa aprovados no momento da
perante a Justiça Eleitoral, as alterações progra- fundação; e
máticas e estatutárias devem ser publicadas no IV – o endereço, telefone e número de fac-
Diário Oficial da União e, em seguida, registra- -símile de sua sede e de seus dirigentes nacio-
das no cartório civil. nais provisórios.
§ 4o  As informações prestadas ao Tribunal
Superior Eleitoral nos termos do §  3o deste
SEÇÃO II – Do Registro Civil artigo não acarretam a autuação do processo
administrativo de que trata o art. 26 desta re-
Art. 10.  O requerimento do registro de parti- solução, não são objeto de análise pela Justiça
do político em formação, dirigido ao cartório Eleitoral nesta fase e podem ser divulgadas no
Eleições

competente do Registro Civil das Pessoas Ju- sítio do Tribunal Superior Eleitoral para efeito
rídicas da Capital Federal, deve ser subscrito de consulta dos interessados.
190
SEÇÃO III – Do Apoiamento de Eleitores VI – o nome de quem coletou a assinatura
do apoiador, com declaração de quem pessoal-
Art. 11.  O partido político em formação, por mente a colheu, sob as penas da lei.
meio de seu representante legal, em requeri- § 2o  O eleitor analfabeto manifesta seu
mento acompanhado de certidão do Registro apoio mediante aposição da impressão digital,
Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal, devendo constar das listas ou dos formulários a
deve informar aos tribunais regionais eleitorais identificação pelo nome, número de inscrição,
o nome das pessoas responsáveis pela apresen- zona e seção, município, unidade da Federação
tação das listas ou dos formulários de assina- e data de emissão do título eleitoral (Res.-TSE
turas e solicitação de certidão de apoiamento no 21.853/2004).
perante os cartórios eleitorais. § 3o  A assinatura ou impressão digital apos-
Parágrafo único.  Os tribunais regionais ta pelo eleitor nas listas ou nos formulários de
eleitorais devem encaminhar as informações apoiamento a partido político em formação
prestadas na forma do caput para os cartórios não implica filiação partidária (Res.-TSE
eleitorais em relação aos quais tenham sido no 21.853/2004).
indicados responsáveis.
Art. 13.  O representante legal, mediante
Art. 12.  Adquirida a personalidade jurídica senha entregue pela Justiça Eleitoral, deve re-
na forma do art. 10 desta resolução, o partido alizar o cadastro prévio dos dados dos eleitores
político em formação promove a obtenção do que manifestaram apoio à criação do partido
apoiamento mínimo de eleitores a que se refere político em formação, por meio de sistema
o § 1o do art. 7o desta resolução e realiza os atos específico, em relações individualizadas por
necessários para a constituição definitiva de zona eleitoral.
seus órgãos e designação dos dirigentes, na for- § 1o  Não são aceitos no momento do pré-
ma do seu estatuto (Lei no 9.096/95, art. 8o, § 3o). -cadastramento nomes de eleitores que constem
§ 1o  O apoiamento mínimo deve ser obtido nos registros da Justiça Eleitoral como filiados
no prazo de que trata o § 3o do art. 7o desta reso- a partido político ou que já tenham sido pre-
lução, mediante a assinatura de eleitor não filia- viamente cadastrados como apoiadores da
do a partido político em listas ou formulários de respectiva agremiação.
acordo com os modelos disponibilizados pela § 2o  O eleitor não filiado pode manifestar
Justiça Eleitoral, organizados pela agremiação apoio à criação de mais de uma agremiação.
em formação para cada zona eleitoral, as quais
conterão: Art. 14.  Preenchidos os dados do pré-cadas-
I – a denominação do partido político, sua tramento, os responsáveis credenciados devem
sigla e o seu número de inscrição no CNPJ; apresentar, em duas vias (original e cópia), os
II – declaração de que o(s) subscritor(es) não formulários, listas ou fichas individuais de
é(são) filiado(s) a partido político e apoia(m) a apoiamento ao cartório da respectiva zona
criação do partido político em formação; eleitoral para conferência das assinaturas.
III – o nome completo do eleitor que ma- § 1o  O chefe de cartório deve dar imediato
nifesta seu apoio à criação do partido político, recibo de cada lista ou formulário que lhe for
indicando o número de seu título de eleitor, apresentado e, no prazo de até 15 (quinze) dias,
zona e seção eleitoral; após conferir, por semelhança, as assinaturas e
IV – a data do apoio manifestado; os números dos títulos eleitorais, deve lavrar
V – a assinatura ou, no caso de eleitor anal- o seu atestado nas listas ou nos formulários,
Normas correlatas

fabeto, a impressão digital do eleitor, de acordo devolvendo a cópia ao representante creden-


com as cadastradas perante a Justiça Eleitoral; ciado do partido em formação (Lei no 9.096/95,
VI – informação de que a assinatura da art. 9o, § 2o, c.c. o art. 4o da Lei no 10.842/2004).
lista de apoio não caracteriza ato de filiação § 2o  O prazo referido no parágrafo anterior
partidária; e pode ser prorrogado pelo juiz eleitoral, por
191
igual período, quando houver motivo que o § 1o  A impugnação deve ser apresentada
justifique. diretamente ao juízo eleitoral competente,
§ 3o  A via original das listas ou formulários relatando fatos devidamente comprovados.
deve permanecer sob a guarda do juízo eleito- § 2o  Conhecida a impugnação, o juiz de-
ral até o julgamento, pelo Tribunal Superior terminará a notificação do responsável indi-
Eleitoral, do pedido de registro do estatuto e cado pelo partido político em formação e, se
do órgão de direção nacional do partido em for o caso, de quem mais estiver indicado na
formação, após o que, se sua autenticidade não impugnação para que, no prazo de 5 (cinco)
estiver sendo discutida judicialmente, pode ser dias, apresente(m) defesa, com as provas que
devolvida aos interessados ou descartada. entender(em) cabíveis.
§ 4o  A verificação dos dados do eleitor, § 3o  Apresentada ou não defesa, o juiz elei-
em especial sua assinatura, deve ser realizada toral, após ouvir o Ministério Público Eleitoral,
mediante a comparação com os que constam decidirá o incidente em até 3 (três) dias.
do cadastro de eleitores e das folhas de votação § 4o  Julgada procedente a impugnação, o
utilizadas nas duas últimas eleições. juiz determinará a exclusão do nome do eleitor
§ 5o  Não devem ser atestadas como válidas da respectiva lista de apoiamento.
as assinaturas que: § 5o  Havendo indícios da prática de crime
I – divirjam dos padrões constantes dos na documentação apresentada para apoiamen-
registros da Justiça Eleitoral; to, será remetida cópia desta ao Ministério
II – não possuam registros suficientes para Público Eleitoral para as providências cabí-
a comparação; ou veis, independentemente do oferecimento de
III – tenham sido obtidas antes do registro impugnação.
civil do partido em formação ou após o trans-
curso do prazo previsto no § 3o do art. 7o desta Art. 16.  As certidões comprobatórias do
resolução. apoiamento mínimo podem ser obtidas dire-
§ 6o  Em qualquer hipótese, a razão do não tamente no sítio do Tribunal Superior Eleitoral
reconhecimento da assinatura deve ser infor- na internet.
mada ao partido político em formação, ainda
que de forma sucinta. Art. 17.  O eleitor cujo nome tenha sido
§ 7o  É facultado ao interessado e aos parti- registrado no sistema de que trata o art.  13
dos em formação comprovar a autenticidade desta resolução pode, mediante requerimento
da assinatura recusada pelo cartório mediante justificado e endereçado ao juízo competente,
o comparecimento pessoal do eleitor para rati- requerer a exclusão de seu nome.
ficação de seu apoio e, se for o caso, atualização § 1o  Recebido o pedido de exclusão de apoio
de seus dados. e verificada a autenticidade da representação do
§ 8o  O nome dos eleitores cujos dados forem eleitor, o Juiz Eleitoral deve determinar liminar-
atestados pelo chefe do cartório devem ser va- mente a retirada do nome do requerente da lista
lidados no sistema de que trata o art. 13 desta de apoiamento à criação do partido político
resolução e podem ser consultados no sítio do em formação, sem prejuízo da comunicação
Tribunal Superior Eleitoral na internet. prevista no § 5o do art. 15 desta resolução.
§ 2o  A exclusão do nome do eleitor somen-
Art. 15.  Os dados constantes nas listas ou nos te é admitida até o encerramento da fase de
formulários devem ser publicados em cartório e instrução do processo de registro do estatuto
no sítio do Tribunal Superior Eleitoral no prazo e do órgão de direção nacional do partido em
de 3 (três) dias contados do seu recebimento e formação pelo Tribunal Superior Eleitoral.
podem ser impugnados por qualquer interes- § 3 o  Havendo indícios de ilicitude, os
sado, em petição fundamentada, no prazo de 5 pedidos formulados após a fase prevista no
Eleições

(cinco) dias contados da publicação. § 2o deste artigo podem ser encaminhados ao

192
Ministério Público Eleitoral, sem prejuízo de o Art. 21.  O pedido de registro, após o protoco-
eleitor requerer judicialmente o que for cabível. lo, deve ser autuado e distribuído, na classe pró-
pria, a um relator, no prazo de até 48 (quarenta
Art. 18.  Obtido o apoiamento mínimo de e oito) horas, devendo a secretaria do tribunal
eleitores na unidade da Federação, o partido publicar, imediatamente, no Diário da Justiça
político em formação deve constituir, definiti- Eletrônico, edital para ciência dos interessados.
vamente, na forma do seu estatuto, órgãos de
direção regional e municipais, designando os Art. 22.  Cabe a qualquer interessado impug-
seus dirigentes, organizados em, no mínimo, nar, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da
1/3 (um terço) dos estados, e constituirá, tam- publicação do edital, em petição fundamentada,
bém definitivamente, o seu órgão de direção o pedido de registro.
nacional (Lei no 9.096/95, art. 8o, § 3o). § 1o  A impugnação deve ser formulada em
petição fundamentada dirigida ao relator, com a
Art. 19.  Os partidos em formação têm o direi- clara identificação dos fatos e dos fundamentos
to de obter, no respectivo cartório eleitoral, a lis- jurídicos do pedido.
ta de eleitores com informações sobre o nome, § 2o  Na impugnação, o impugnante deve
o número do título, a zona, a seção e a eventual juntar desde logo a prova documental perti-
filiação a partido político, vedada a divulgação nente e, se for o caso, requerer, justificadamente,
de outros dados (Res.-TSE no 21.966, de 2004). outras provas, inclusive requisição de docu-
mentos em poder de terceiros ou de repartições
públicas.
SEÇÃO IV – Do Registro dos Órgãos
Partidários nos Tribunais Regionais Eleitorais Art. 23.  Oferecida impugnação, o relator de-
termina a intimação do requerente do registro
Art. 20.  Feita a constituição definitiva e a para apresentação de defesa, no prazo de 7
designação dos órgãos de direção regional e (sete) dias.
municipais, o presidente regional do partido Parágrafo único.  Na defesa, o partido em
político em formação deve solicitar o registro formação deve juntar desde logo a prova do-
no respectivo Tribunal Regional Eleitoral, por cumental pertinente e, se for o caso, requerer,
meio de requerimento acompanhado de: justificadamente, outras provas, inclusive docu-
I – exemplar autenticado do inteiro teor do mentos em poder de terceiros ou de repartições
programa e do estatuto partidários, inscritos públicas.
no registro civil;
II – certidão do Cartório do Registro Civil Art. 24.  Oferecida a resposta ou findo o
das Pessoas Jurídicas a que se refere o § 2o do respectivo prazo, o relator decidirá sobre a
art. 10 desta resolução; pertinência das provas requeridas pelas partes,
III – cópia da(s) ata(s) de escolha e desig- determinando a realização daquelas que con-
nação, na forma do respectivo estatuto, dos tribuírem para decisão da causa e indeferindo
dirigentes dos órgãos partidários regionais as inúteis ou meramente protelatórias.
e, se houver, municipais, com a indicação do Parágrafo único.  Da juntada de qualquer
respectivo nome, endereço, número de telefone documento, deve ser dada vista a outra parte
e de fac-símile e e-mail. para manifestação no prazo de 3 (três) dias.
Parágrafo único.  As certidões comproba-
tórias do apoiamento mínimo são impressas Art. 25.  Não havendo impugnação ou finda a
Normas correlatas

diretamente do sistema de que trata o art. 13 instrução do feito, o relator deve ouvir o Minis-
e juntadas aos autos pelo respectivo Tribunal tério Público Eleitoral no prazo de 10 (dez) dias
Regional Eleitoral, sendo dispensada a sua e determinar, em igual prazo, as diligências para
apresentação pelo partido em formação. sanar eventuais falhas do processo.

193
§ 1o  Ouvido o Ministério Público, os autos impressas e juntadas aos autos pelo Tribunal
são conclusos ao relator, que os apresentará para Superior Eleitoral, sendo dispensada a sua
julgamento perante o Plenário do Tribunal no apresentação pelo partido em formação.
prazo de até 30 (trinta) dias. § 2o  O partido político em formação deve
§ 2o  Na sessão de julgamento, após o relató- indicar, no pedido de registro, o nome, a sigla
rio, as partes, inclusive o Procurador Regional e o número da legenda pretendidos.
Eleitoral, podem sustentar oralmente suas § 3o  É vedada a utilização do número da
razões, no prazo improrrogável de 20 (vinte) agremiação juntamente com a sigla partidária.
minutos cada um. § 4o  O número da legenda deverá ser esco-
lhido entre o 10 (dez) e o 90 (noventa).
§ 5o  A preferência para a utilização de de-
SEÇÃO V – Do Registro do Estatuto e do terminado número pelo partido em formação é
Órgão de Direção Nacional no Tribunal verificada pela ordem cronológica dos pedidos
Superior Eleitoral de registro de partidos políticos protocoli-
zados perante o Tribunal Superior Eleitoral,
Art. 26.  Registrados os órgãos de direção observando-se que:
regional em, pelo menos, 1/3 (um terço) dos I – é assegurada a exclusividade do número
estados, o presidente do partido político em da legenda após o deferimento do registro
formação deve solicitar o registro do estatuto do estatuto do partido no Tribunal Superior
e do respectivo órgão de direção nacional no Eleitoral; e
Tribunal Superior Eleitoral, por meio de reque- II – indeferido o pedido de registro, a prefe-
rimento acompanhado de: rência de uso do número é transferida em or-
I – cópia da ata da reunião de fundação do dem cronológica, se for o caso, para o próximo
partido político autenticada por tabelião de pedido de registro que o pretenda utilizar ou,
notas; não havendo, pode ser requerida por qualquer
II – exemplar autenticado do inteiro teor do interessado.
programa e do estatuto partidários, inscritos
no cartório competente do Registro Civil das Art. 27.  Protocolizado o pedido de registro,
Pessoas Jurídicas da Capital Federal; será ele autuado e distribuído a um relator no
III – relação de todos os fundadores com prazo de 48 (quarenta e oito) horas, devendo
o nome completo, naturalidade, número do a secretaria do tribunal publicar, imediata-
título eleitoral com a zona, seção, município mente, no Diário da Justiça Eletrônico, edital
e unidade da Federação, profissão e endereço para ciência dos interessados (Lei no 9.096/95,
da residência; art. 9o, § 3o).
IV – certidão do Cartório do Registro Civil
das Pessoas Jurídicas a que se refere o § 2o do Art. 28.  Cabe a qualquer interessado impug-
art. 9o desta resolução; nar, no prazo de 5 (cinco) dias contados da
V – certidões expedidas pelos tribunais re- publicação do edital, em petição fundamentada,
gionais eleitorais que comprovem ter o partido o pedido de registro.
político em formação obtido o registro do órgão § 1o  A impugnação deve ser formulada em
de direção nos respectivos estados; e petição fundamentada dirigida ao relator, com a
VI – cópia da ata da reunião que comprova clara identificação dos fatos e dos fundamentos
a constituição definitiva do órgão de direção jurídicos do pedido.
nacional, com a designação de seus dirigentes, § 2o  Na impugnação, o impugnante deve
autenticada por tabelião de notas, quando se juntar desde logo a prova documental perti-
tratar de cópia. nente e, se for o caso, requerer, justificadamente,
§ 1o  As certidões comprobatórias do apoia- outras provas, inclusive requisição de docu-
Eleições

mento mínimo e do deferimento do registro do mentos em poder de terceiros ou de repartições


órgão de direção, nos respectivos estados, são públicas.
194
Art. 29.  Oferecida impugnação, o relator de- Eleitoral, o novo pedido de registro do estatuto
termina a intimação do requerente do registro e do órgão de direção nacional do partido po-
para apresentação de defesa, no prazo de 7 lítico que tenha sido anteriormente indeferido
(sete) dias. somente pode ser requerido em autos próprios,
Parágrafo único.  Na defesa, o partido em com a observância do prazo previsto no § 3o do
formação deve juntar desde logo a prova do- art. 7o desta resolução e de todos os requisitos
cumental pertinente e, se for o caso, requerer, necessários.
justificadamente, outras provas, inclusive docu-
mentos em poder de terceiros ou de repartições Art. 34.  Ficam automaticamente sem efeito,
públicas. independentemente de decisão de qualquer ór-
gão da Justiça Eleitoral, os registros dos órgãos
Art. 30.  Oferecida a resposta ou findo o de direção municipais e regionais se indeferido
respectivo prazo, o relator decidirá sobre a o pedido de registro do estatuto e do órgão de
pertinência das provas requeridas pelas partes, direção nacional.
determinado a realização daquelas que contri-
buírem para a decisão da causa e indeferindo CAPÍTULO II – Da Anotação dos Órgãos
as inúteis ou meramente protelatórias. Diretivos Partidários e dos Delegados
Parágrafo único.  Da juntada de qualquer SEÇÃO I – Da Anotação dos Órgãos
documento, deve ser dada vista a outra parte Partidários nos Tribunais Regionais Eleitorais
para manifestação no prazo de 3 (três) dias.
Art. 35.  O órgão de direção nacional ou regio-
Art. 31.  Não havendo impugnação ou finda a nal deve comunicar ao respectivo tribunal elei-
instrução do feito, o relator deve ouvir o Minis- toral, no prazo de 30 (trinta) dias contados da
tério Público Eleitoral no prazo de 10 (dez) dias deliberação, por meio de sistema específico da
e determinar, em igual prazo, as diligências para Justiça Eleitoral, a constituição de seus órgãos
sanar eventuais falhas do processo. de direção partidária regional e municipais, seu
§ 1o  Ouvido o Ministério Público, os autos início e fim de vigência, os nomes, números de
são conclusos ao relator, que os apresentará para inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
julgamento perante o Plenário do Tribunal no e do título de eleitor dos respectivos integrantes,
prazo de até 30 (trinta) dias. bem como as alterações que forem promovidas,
§ 2o  Na sessão de julgamento, após o rela- para anotação (Res.-TSE no 23.093/2009).
tório, as partes, inclusive o Procurador-Geral § 1o  A data de início da vigência do novo
Eleitoral, podem sustentar oralmente suas órgão partidário não pode ser anterior à data
razões, no prazo improrrogável de 20 (vinte) de deliberação.
minutos cada um. § 2o  Devem ser informados, além dos dados
exigidos no caput, os números de telefone,
Art. 32.  Deferido ou não o registro do estatuto fac-símile, endereço residencial e e-mail atua-
e do órgão de direção nacional, o tribunal deve lizados dos membros da comissão provisória,
fazer imediata comunicação do resultado aos comissão executiva ou órgão equivalente (Res.-
tribunais regionais eleitorais, e estes, da mesma -TSE no 23.093/2009).
forma, aos juízos eleitorais. § 3o  Apenas no Distrito Federal é autorizada
a anotação de órgãos de direção zonais, que cor-
Art. 33.  Indeferido o pedido de registro pelo responderão aos órgãos de direção municipais
Tribunal Superior Eleitoral, os interessados para fins de aplicação das normas estabelecidas
Normas correlatas

podem requerer o desentranhamento dos do- nesta resolução (Lei no 9.096/95, art. 54, c. c. o
cumentos juntados nos autos para posterior art. 1o da Lei no 9.259/96).
utilização, se for o caso, em novo pedido. § 4o  Nos demais tribunais regionais eleito-
Parágrafo único.  Salvo deliberação em rais, as anotações restringem-se exclusivamente
contrário do Plenário do Tribunal Superior aos órgãos de direção regionais e municipais.
195
§ 5o  Os tribunais regionais eleitorais po- previstas nos estatutos do partido político, o
dem solicitar que o órgão nacional do partido órgão interventor deve comunicar ao Tribunal
político comunique diretamente ou ratifique a Regional Eleitoral competente a relação dos
anotação de órgão regional. nomes das pessoas designadas para compor
§ 6o  Protocolizado o pedido, não havendo o órgão ou a comissão provisória e o prazo
necessidade de diligências, o Presidente do Tri- designado para a constituição do novo órgão
bunal Regional Eleitoral determinará à unidade definitivo do partido político.
competente que proceda à anotação.
§ 7o  Os pedidos de anotação apresentados Art. 39.  As anotações relativas aos órgãos
extemporaneamente devem ser acompanhados provisórios têm validade de 120 (cento e vinte)
de justificativa, sob pena de indeferimento. dias.1
§ 8o  Na hipótese de erro no pedido de ano- § 1o  Em situações excepcionais e devidamen-
tação, o Presidente do Tribunal determinará a te justificadas, o partido político pode requerer
notificação do partido para que se manifeste no ao Presidente do Tribunal Eleitoral competente a
prazo de 5 (cinco) dias. prorrogação do prazo de validade previsto neste
§ 9o  No prazo de 30 (trinta) dias da anotação artigo, pelo período necessário à realização da
a que se refere o caput, o partido político deve convenção para escolha dos novos dirigentes.
informar ao Tribunal Regional Eleitoral os § 2o  A prorrogação do prazo de validade dos
números de inscrição no Cadastro Nacional da órgãos provisórios não desobriga o partido de
Pessoa Jurídica (CNPJ) dos órgãos de direção adotar, com a urgência necessária, as medidas
regionais e municipais que houver constituído cabíveis para a observância do regime democrá-
(SRF, IN no 1.470/2014, art. 4o, § 6o), sob pena tico a que está obrigado nos termos dos arts. 1o,
de suspensão da anotação. 2o e 48, parágrafo único, desta resolução.
§ 10.  Na hipótese de eleição de novos di-
rigentes, o requerimento de fornecimento de Art. 40.  Anotada a composição de órgão de
senha de acesso ao sistema mencionado no direção municipal e eventuais alterações, os
caput deste artigo deve ser encaminhado com dados devem ficar disponíveis para consulta
cópia da respectiva ata da reunião em que eles pela intranet da Justiça Eleitoral e no sítio
foram eleitos. do Tribunal Superior Eleitoral, na internet,
considerando-se efetivada a comunicação aos
Art. 36.  Ocorre a caducidade do órgão de juízes eleitorais, independentemente de qual-
direção partidária sempre que se der o encer- quer outro expediente ou aviso.
ramento dos mandatos de seus dirigentes e não
houver pedido de anotação dos dirigentes para Art. 41.  Os órgãos de direção regional e
o período subsequente. municipal devem manter atualizados perante
Parágrafo único.  Os órgãos regionais e a Justiça Eleitoral os seus dados de endereço,
municipais dos partidos políticos não podem telefone, fac-símile e e-mail, bem como os de
receber recursos do Fundo Partidário até que seus dirigentes.
a situação de sua direção esteja regularizada. § 1o  Os dados a que se refere o caput deste
artigo são anotados pela secretaria judiciária do
Art. 37.  A Justiça Eleitoral deve comunicar, por respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
meio de sistema específico, aos órgãos nacional, § 2o  A sede estadual dos partidos políticos
estaduais e municipais do respectivo partido po- deve estar sempre localizada na capital do res-
lítico a caducidade das anotações de seus órgãos pectivo estado.
diretivos para que a situação seja regularizada. § 3o  A sede municipal dos partidos políti-
cos deve estar sempre localizada no respectivo
Art. 38.  Na hipótese de intervenção ou disso- município.
Eleições

lução dos órgãos partidários pelas instâncias


hierarquicamente superiores nas hipóteses   Resolução do TSE no 23.471/2016.
1

196
Art. 42.  Será suspenso o registro ou a anota- Art. 45.  O órgão de direção nacional deve
ção do órgão de direção estadual ou munici- manter atualizado perante a Justiça Eleitoral os
pal que tiver suas contas partidárias julgadas seus dados de endereço, telefone, fac-símile e
como não prestadas, até que seja regularizada e-mail, bem como os de seus dirigentes.
a situação. Parágrafo único.  Os dados a que se refere o
Parágrafo único.  A desaprovação das contas caput deste artigo são anotados pela Secretaria
partidárias apresentadas à Justiça Eleitoral não Judiciária do Tribunal Superior Eleitoral.
enseja a suspensão de que trata este artigo (Lei
no 9.096, art. 32, § 5o).
SEÇÃO III – Dos Delegados

SEÇÃO II – Da Anotação dos Órgãos Art. 46.  O partido político com registro no


Partidários no Tribunal Superior Eleitoral Tribunal Superior Eleitoral pode credenciar,
respectivamente (Lei no 9.096/95, art. 11, caput,
Art. 43.  O órgão de direção nacional deve I a III):
comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral, no I – três delegados perante o Juízo Eleitoral;
prazo de 30 (trinta) dias da deliberação, por II – quatro delegados perante o Tribunal
meio de sistema específico da Justiça Eleitoral, Regional Eleitoral;
a constituição de seu órgão de direção, o início III – cinco delegados perante o Tribunal
e o fim de sua vigência, os nomes, números de Superior Eleitoral.
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) § 1 o  Os delegados são credenciados no
e do título de eleitor dos respectivos integrantes, órgão competente da Justiça Eleitoral, a reque-
bem como as alterações que forem promovidas, rimento do presidente do respectivo órgão de
para anotação (Res.-TSE no 23.093/2009). direção partidária.
§ 1o  A data do início de vigência do novo § 2o  Quando o município abarcar mais
órgão partidário não pode ser anterior à data de uma zona eleitoral, o Tribunal Regional
de deliberação. Eleitoral deve designar uma delas para o
§ 2o  Devem ser informados, além dos dados credenciamento dos delegados; quando uma
exigidos no caput, os números de telefone, fac- zona eleitoral abranger mais de um município,
-símile, e-mail e endereço residencial atualizado o credenciamento deve ser realizado no juízo
dos membros da comissão executiva ou órgão separadamente, por município.
equivalente (Res.-TSE no 23.093/2009). § 3o  Protocolizado o pedido, que deve con-
§ 3o  Protocolizado o pedido, não havendo ter os nomes, endereços, números do título de
a necessidade de diligência, o Presidente do eleitor e telefone dos delegados e, se houver, o
Tribunal determinará à unidade competente número de inscrição na Ordem dos Advogados
que proceda à anotação. do Brasil (OAB), o Presidente do Tribunal ou
§ 4o  O pedido de anotação apresentado o Juiz Eleitoral determina, conforme o caso, à
extemporaneamente deve ser acompanhado de unidade competente do Tribunal ou ao cartório
justificativa, sob pena de indeferimento. eleitoral que proceda à anotação.
§ 5o  Na hipótese de eleição de novos di- § 4o  Os delegados credenciados pelo órgão
rigentes, o requerimento de fornecimento de de direção nacional representam o partido
senha de acesso ao sistema mencionado no político perante quaisquer tribunais ou juízes
caput deste artigo deve ser encaminhado com eleitorais; os credenciados pelos órgãos estadu-
cópia da respectiva ata da reunião em que eles ais, somente perante o tribunal regional eleito-
Normas correlatas

foram eleitos. ral e os juízes eleitorais do respectivo estado,


do Distrito Federal ou território federal; e os
Art. 44.  Aplicam-se aos órgãos nacionais dos credenciados pelo órgão municipal, perante
partidos políticos, no que couber, as disposições o juiz eleitoral do respectivo município (Lei
previstas no art. 36 desta Resolução. no 9.096/95, art. 11, parágrafo único).
197
CAPÍTULO III – Do Programa e do Estatuto I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos
Art. 47.  Observadas as disposições constitu- financeiros de entidade ou governo estrangeiros
cionais e legais, o partido é livre para fixar, em ou de subordinação a estes;
seu programa, seus objetivos políticos e para III – prestação de contas à Justiça Eleitoral; e
estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura IV – funcionamento parlamentar de acordo
interna, organização e funcionamento (CF, com a lei.
art. 17, caput; Lei no 9.096/95, art. 14).
Art. 49.  As alterações programáticas ou
Art. 48.  O estatuto do partido político estatutárias, depois de registradas no ofício
deve prever, entre outras, normas sobre (Lei civil competente, devem ser encaminhadas ao
no 9.096/95, art. 15, I a IX): Tribunal Superior Eleitoral, e tal pedido será
I – nome, denominação abreviada e estabe- juntado aos respectivos autos do processo de
lecimento da sede na Capital Federal; registro do partido político, ou, se for o caso,
II – filiação e desligamento de seus membros; aos da petição que deferiu o registro do es-
III – direitos e deveres dos filiados; tatuto partidário adaptado à Lei no 9.096/95,
IV – formas de organização e administração, obedecido, no que couber, o procedimento
com a definição de sua estrutura geral e identi- previsto nos arts.  26 a 31 desta resolução,
ficação, composição e competência dos órgãos acompanhado de:
partidários nos níveis municipal, estadual e I – exemplar autenticado do inteiro teor do
nacional, duração dos mandatos e processo de novo programa ou novo estatuto partidário
eleição dos seus membros; inscrito no cartório competente do Registro
V – fidelidade e disciplina partidárias, proces- Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal;
so para apuração das infrações e aplicação das II – certidão do Cartório do Registro Civil
penalidades, assegurado amplo direito de defesa; das Pessoas Jurídicas a que se refere o § 2o do
VI – condições e forma de escolha de seus art. 10 desta resolução; e
candidatos a cargos e funções eletivas; III – cópia da ata da reunião que deliberou
VII – finanças e contabilidade, estabelecen- pelas alterações do programa ou do estatuto
do, inclusive, normas que os habilitem a apurar do partido autenticada por tabelião de notas.
as quantias que os seus candidatos possam
despender com a própria eleição, que fixem os
limites das contribuições dos filiados e definam CAPÍTULO IV – Da Fusão, Incorporação e
as diversas fontes de receita do partido político, Extinção dos Partidos Políticos
além daquelas previstas nesta resolução;
VIII – critérios de distribuição dos recursos Art. 50.  Fica cancelado, junto ao ofício civil
do Fundo Partidário entre os órgãos de nível e ao Tribunal Superior Eleitoral, o registro do
municipal, estadual e nacional que compõem partido político que, na forma de seu estatuto,
o partido político; se dissolva, se incorpore ou venha a se fundir
IX – procedimento de reforma do programa a outro (Lei no 9.096/95, art. 27).
e do estatuto partidários.
Parágrafo único.  Os estatutos dos partidos Art. 51.  O Tribunal Superior Eleitoral, após
políticos não podem conter disposições que o trânsito em julgado da decisão, determina o
afrontem a legislação vigente, os direitos e cancelamento do registro civil e do estatuto do
garantias fundamentais previstos na Consti- partido político contra o qual fique provado
tuição da República ou que atentem contra a (Lei no 9.096/95, art. 28, I a IV):
soberania nacional, o regime democrático, o I – ter recebido ou estar recebendo recursos
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da financeiros de procedência estrangeira;
Eleições

pessoa humana, e devem observar os seguintes II – estar subordinado a entidade ou governo


preceitos (CF, art. 17): estrangeiros;
198
III – não ter prestado, nos termos da le- estatuto e do programa de outra agremiação
gislação em vigor, as devidas contas à Justiça partidária (Lei no 9.096/95, art. 29, § 2o).
Eleitoral; ou § 3o  Adotados o estatuto e o programa do
IV – manter organização paramilitar. partido político incorporador, realiza-se, em
§ 1o  A decisão judicial a que se refere este reunião conjunta dos órgãos nacionais de de-
artigo deve ser precedida de processo regular, liberação, a eleição do novo órgão de direção
que assegure ampla defesa (Lei no  9.096/95, nacional (Lei no 9.096/95, art. 29, § 3o).
art. 28, § 1o). § 4o  O novo órgão de direção nacional pro-
§ 2o  O processo de cancelamento é iniciado videncia a realização de reuniões municipais e
pelo tribunal à vista de denúncia de qualquer regionais conjuntas, que constituirão os novos
eleitor, de representante de partido político, ou órgãos municipais e regionais.
de representação do Procurador-Geral Eleitoral § 5o  Nos estados e municípios em que ape-
(Lei no 9.096/95, art. 28, § 2o). nas um dos partidos políticos possuía órgão
§ 3o  Apresentada a denúncia, o feito deve ser regional ou municipal, o novo órgão nacional
autuado na classe Cancelamento de Registro de ou regional pode requerer ao Tribunal Regional
Partido Político (CRPP), distribuído livremente Eleitoral que seja anotada a alteração decorren-
a um relator, que, verificando as condições de te da incorporação.
conhecimento, determina a citação do partido § 6 o  Na hipótese de fusão, a existência
político para oferecer defesa no prazo de 15 legal do novo partido político tem início
(quinze) dias. com o registro, no ofício civil competente da
§ 4o  O processo que visa à extinção do par- Capital Federal, do estatuto e do programa,
tido político segue o rito e os prazos previstos cujo requerimento deve ser acompanhado das
nos arts. 3o e seguintes da Lei Complementar atas das decisões dos órgãos competentes (Lei
no 64/90. no 9.096/95, art. 29, § 4o).
§ 7o  No caso de incorporação, o instrumen-
Art. 52.  Por decisão de seus órgãos nacionais to respectivo deve ser levado ao ofício civil
de deliberação, dois ou mais partidos políticos competente, que deve, então, cancelar o registro
podem fundir-se num só ou incorporar-se um do partido político incorporado a outro (Lei
ao outro (Lei no 9.096/95, art. 29, caput). no 9.096/95, art. 29, § 6o).
§ 1o  No caso de fusão, observam-se as se- § 8o  O novo estatuto, no caso de fusão, ou
guintes normas (Lei no 9.096/95, art. 29, § 1o, instrumento de incorporação deve ser levado a
I e II): registro e averbado, respectivamente, no ofício
I – os órgãos de direção dos partidos polí- civil e no Tribunal Superior Eleitoral, obedeci-
ticos elaboram projetos comuns de estatuto e do, no que couber, o procedimento previsto nos
programa; arts. 26 a 33 desta resolução (Lei no 9.096/95,
II – os órgãos nacionais de deliberação dos art. 29, § 7o).
partidos políticos em processo de fusão votam
em reunião conjunta, por maioria absoluta, os Art. 53.  Somente é admitida a fusão ou incor-
projetos e elegem o órgão de direção nacional poração de partidos políticos que tenham ob-
que promoverá o registro do novo partido tido o registro definitivo do Tribunal Superior
político; Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos (Lei
III – deferido o registro do novo partido no 9.096/95, art. 29, § 9o).
político, devem ser cancelados, de ofício, os
registros dos órgãos de direção regionais e Art. 54.  O Tribunal Superior Eleitoral fará
Normas correlatas

municipais dos partidos políticos extintos. imediata comunicação do trânsito em julgado


§ 2o  No caso de incorporação, observada a da decisão que determinar o registro, can-
lei civil, cabe ao partido político incorporando celamento de registro, incorporação e fusão
deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu de partido político, bem como alteração de
órgão de direção nacional, sobre a adoção do denominação e sigla partidárias à Câmara dos
199
Deputados, ao Senado Federal, ao cartório pectivas divisões político-administrativas (Lei
competente do Registro Civil das Pessoas Jurí- no 9.096/95, art. 54).
dicas e aos tribunais regionais eleitorais, e estes,
da mesma forma, aos juízos eleitorais. Art. 57.  As disposições procedimentais pre-
§ 1o  Transitada em julgado a decisão de vistas nesta resolução aplicam-se aos processos
que trata o caput deste artigo, as agremiações de registro de estatuto e de órgão de direção
partidárias extintas, incorporadas ou fundidas nacional de partido político que ainda não
devem, no prazo de 30 (trinta) dias, apresentar tenham sido julgados, cabendo ao respectivo
no Tribunal Superior Eleitoral comprovação do relator decidir sobre a adequação do feito, sem
pedido de cancelamento de contas bancárias e, que sejam anulados ou prejudicados os atos já
no prazo de 90 (noventa) dias, a prova do can- realizados.
celamento da inscrição no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ) na Secretaria da Art. 58.  O prazo de dois anos para comprova-
Receita Federal. ção do apoiamento de eleitores de que trata o
§ 2o  O não cumprimento do disposto no § 1o do art. 7o desta resolução não se aplica aos
parágrafo anterior pode ensejar a desaprovação pedidos protocolizados antes de 30 de setembro
das contas dos partidos políticos extintos ou de 2015 (Lei no 13.165/2015, art. 13).
originários da fusão ou incorporação.
§ 3o  Em caso de cancelamento ou caduci- Art. 59.  O sistema de que trata o art. 13 desta
dade do órgão de direção nacional do partido, resolução, assim como os demais que se fizerem
reverte ao Fundo Partidário a quota que àquele necessários, serão desenvolvidos e mantidos
caberia (Lei no 9.096/95, art. 42). pela Secretaria de Tecnologia da Informação
§ 4o  A caducidade prevista no §  3o deste do Tribunal Superior Eleitoral, a partir de
artigo configura-se com o encerramento do janeiro de 2016.
mandato dos dirigentes do órgão nacional Parágrafo único.  A Secretaria de Tecnologia
de direção partidária sem que haja pedido da Informação do Tribunal Superior Eleitoral,
de anotação dos dirigentes para o período como coordenadora, poderá manter parcerias,
subsequente. convênios ou projetos comuns com os órgãos
técnicos dos tribunais regionais eleitorais para
o desenvolvimento e manutenção dos sistemas
TÍTULO III – Disposições Finais e informatizados previstos nesta resolução.
Transitórias
Art. 60.  Esta resolução entra em vigor na
Art. 55.  Os partidos políticos devem enca- data de sua publicação, revogada a Res.-TSE
minhar ao Tribunal Superior Eleitoral, para no 23.282, de 22 de junho de 2010.
anotação, o nome da fundação de pesquisa,
doutrinação e educação política de que trata Brasília, 17 de dezembro de 2015.
o inciso IV do art. 44 da Lei no 9.096/95, a in-
dicação do seu representante legal, número de MINISTRO DIAS TOFFOLI, Presidente –
inscrição no CNPJ, endereço da sede, telefone, Ministro Henrique Neves da Silva, Relator –
fac-símile e e-mail. Ministro Gilmar Mendes – Ministra Rosa Weber –
Ministra Maria Thereza de Assis Moura – Ministro
Art. 56.  Para fins de aplicação das normas Herman Benjamin – Ministra Luciana Lóssio.
estabelecidas nesta resolução, consideram-se
como equivalentes a estados e municípios o Aprovada em 17/12/2015 e publicada no Diário da
Distrito Federal e os Territórios e suas res- Justiça Eletrônico do TSE de 22/12/2015.
Eleições

200
Resolução do TSE no 23.459/2015
Dispõe sobre os limites de gastos para os cargos de vereador e de prefeito nas eleições municipais de 2016.

O Tribunal Superior Eleitoral, no uso das atri- § 2o  Para efeito do disposto no §  1o, será
buições que lhe conferem o art. 23, inciso IX, considerado o número de eleitores existen-
do Código Eleitoral e os arts. 18 e 105 da Lei tes no município na data do fechamento do
no  9.504, de 30 de setembro de 1997, resolve cadastro eleitoral previsto no art.  91 da Lei
expedir a seguinte instrução: no 9.504/1997.
§ 3o  Os limites previstos no §  1o também
Art. 1o  O limite de gastos nas campanhas elei- serão aplicáveis aos municípios com mais de
torais dos candidatos às eleições para prefeito e dez mil eleitores sempre que o cálculo realizado
vereador em 2016 será definido com base nos na forma do caput resultar em valor inferior ao
valores previstos no Anexo, que representam os patamar previsto para cada cargo.
maiores gastos declarados, na respectiva circuns-
crição, na eleição de 2012, observado o seguinte: Art. 2o  O Tribunal Superior Eleitoral atualizará
I – nas eleições para prefeito, para o primei- monetariamente os valores constantes do Ane-
ro turno, o limite será de (Lei no 13.165/2015, xo, na forma do inciso IV do art. 1o.
art. 5o, inciso I): § 1o  A atualização dos valores terá como
a)  setenta por cento do maior gasto decla- termo inicial o mês de outubro de 2012 e como
rado para o cargo em 2012, na circunscrição termo final o mês de junho do ano de 2016.
eleitoral em que houve apenas um turno; § 2o  Os valores atualizados serão divulgados
b)  cinquenta por cento do maior gasto de- por ato editado pelo Presidente do Tribunal
clarado para o cargo em 2012, na circunscrição Superior Eleitoral, cuja publicação deverá ocor-
eleitoral em que houve dois turnos; rer até o dia 20 de julho do ano da eleição (Lei
II – para o segundo turno das eleições para no 13.165/2015, art. 8o, inciso I).
prefeito, onde houver, o limite de gastos será § 3o  O Tribunal Superior Eleitoral manterá a
de trinta por cento do valor previsto no inciso divulgação dos valores atualizados relativos aos
I (Lei no 13.165/2015, art. 5o, inciso II). gastos de campanha eleitoral na sua página na
III – o limite de gastos nas campanhas elei- Internet, para efeito de consulta dos interessa-
torais dos candidatos às eleições para vereador dos (Lei no 13.165/2015, art. 8o, inciso I).
será de setenta por cento do maior gasto con-
tratado na circunscrição para o respectivo cargo Art. 4o  O limite de gastos para os municípios
na eleição de 2012 (Lei no 13.165/2015, art. 6o). criados após a eleição de 2012 será calculado
IV – os valores constantes do Anexo serão conforme o limite de gastos previsto para o
atualizados monetariamente de acordo com a va- município-mãe, procedendo-se ao rateio de tal
riação do Índice Nacional de Preços ao Consumi- valor entre o município-mãe e o novo município
dor (INPC) da Fundação Instituto Brasileiro de de acordo com o número de eleitores transferi-
Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que dos, observando, quando for o caso, os valores
o substituir (Lei no 13.165/2015, art. 8o, inciso II). mínimos previstos no § 1o do art. 1o.1
§ 1o  Nos municípios de até dez mil eleitores,
Normas correlatas

o limite de gastos será de R$ 100.000,00 (cem Art. 5o  Esta resolução entra em vigor na data
mil reais) para prefeito e de R$ 10.000,00 (dez de sua publicação.
mil reais) para vereador, ou o estabelecido no
caput se for maior (Lei no 13.165/2015, art. 5o, 1
  NE.: não consta, em sua publicação oficial, o art. 3o
parágrafo único). desta Resolução.
201
Brasília, 15 de dezembro de 2015. Ministro Herman Benjamin – Ministro Henrique
Neves da Silva – Ministra Luciana Lóssio.
MINISTRO DIAS TOFFOLI, Presidente –
Ministro Gilmar Mendes, Relator – Ministro Luiz Aprovada em 15/12/2015 e publicada no Diário da Justiça
Fux – Ministra Maria Thereza de Assis Moura – Eletrônico do TSE de 28/12/2015. Anexo não incluído.
Eleições

202
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O núcleo desta coletânea normativa é a Lei no 4.737/1965, que institui o Código Eleitoral.
A despeito de ter sido promulgada em momento anterior à redemocratização, a Lei passou
por inúmeras modificações desde então e ainda disciplina aspectos cruciais do processo
eleitoral do País.

O leitor também encontra, neste Eleições – Legislação eleitoral e partidária, todos os dispositivos
da Constituição da República relativos ao processo eleitoral e à atuação dos partidos, bem
como normas essenciais concernentes ao tema, tais como leis complementares, leis, decretos
e as Resoluções do TSE nos 23.465 e 23.459, ambas de 2015.

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