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MARANHÃO
INDUSTRIAL
Mala Direta
Básica
9912379773/2015-DR/MA
FIEMA
ANO 11/ Nº 37
MARÇO / ABRIL 2017
ENERGIA
NO FIM DO TÚNEL
o Maranhão no caminho de transformar-se
na nova fronteira energética do Brasil
ARTIGO
ENTREVISTA AMEAÇAS E O presidente da
Simplício Araújo OPORTUNIDADES Confederação Nacional
Distritos industriais da Indústria (CNI), Robson
Secretário de Indústria
Braga de Andrade
e Comércio analisa em situação
destaca papel da indústria
perspectivas da economia precária brasileira na crise
MATÉRIA PRIMA
10 FEITO NO
MARANHÃO
Mesa farta
09 13
CAPITAL DE GIRO VITRINE
Em destaque na coluna deste São diferentes os tipos de
número, os altos investimentos produtos fabricados pela Nutrilar,
feitos em Saúde, Segurança Eco Brazil e Laticínios Bethe,
e Educação Profissional no mas eles possuem em comum
Maranhão pelo Sistema FIEMA. a contribuição que deixam à
economia maranhense. Saiba
mais detalhes sobre alguns
deles, produzidos por indústrias
instaladas em solo local.
16
AMEAÇAS E
OPORTUNIDADES
Desempenho de excelência
30
TENDÊNCIAS
MARANHÃO
INDUSTRIAL
O INSUMO VALIOSO
Federação das Indústrias do Estado do Maranhão
www.fiema.org.br
DA INFORMAÇÃO
A
Presidente
Edilson Baldez das Neves s expectativas otimistas com relação ao cenário eco-
1º Vice-Presidente nômico nacional parecem ter naufragado logo nos
Francisco de Sales Alencar
2º Vice-Presidente primeiros meses de 2017. Segundo os últimos dados
Jose Orlando Soares Leite Filho divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-
Vice-Presidentes: Mário Machado Mendes, Clynewton Dias dos
Santos, Cirilo José Campelo Arruda, Cláudio Donizete Azevedo, ca (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 3,6%
Benedito Bezerra Mendes, José de Ribamar Barbosa Belo, João em relação ao ano anterior. Com a queda, já são dois anos
Alberto Teixeira Mota Filho, João Neto Franco, Júlio Rodrigues
dos Santos, Francisco de Assis Miranda, Antônio Carlos Lopes seguidos de baixa. Dados do Cadastro Nacional de Empre-
Ribeiro, Francisco das Chagas Sousa Nascimento, Ana Rute Nunes gados e Desempregados (CAGED), referentes ao mês de
Mendonça, Osvaldo Amaral Pavão, Antônio Rosa Cruz Pereira,
Nelson Nagem Frota, Cíntia Cristina Ticianeli, João Batista Rodrigues, janeiro deste ano, registram ainda o fechamento de 2,1 mil
José Raimundo Nunes Sarmento, Antônio Alves Barbosa, Luís dos postos de trabalho, neste período, no Maranhão. O setor da
Santos Lima, José Antônio Buhatem, Francisco de Assis Gonçalves
e Rachid Abdalla Neto. Construção Civil registrou maior número de demissões no
1º Secretário
estado. O IBGE também já divulgou, este ano, a renda per
Leopoldo Debtz de Moraes Rêgo capta por domicílio. Das 27 unidades da Federação, 20 es-
2º Secretário
Pedro Robson Holanda da Costa
tados ficaram abaixo da média de 2016. O Maranhão ficou
1º Tesoureiro em último lugar, com renda per capta familiar de apenas 575
José de Jesus Reis Ataíde
2º Tesoureiro reais por habitante.
Raimundo Nonato Pinheiro Gaspar
CONSELHO FISCAL - EFETIVOS As perspectivas locais sofrem com o efeito dominó. Em en-
Luiz Fernando Coimbra Renner, Roberto Vasconcelos Alencar e trevista nesta edição, o secretário de Indústria, Comércio e
Francisco de Assis Barros Carvalho.
Energia, Simplício Araújo, fala de vultosos investimentos fei-
CONSELHO FISCAL - SUPLENTES tos pela iniciativa privada no Estado, mas admite que, com
Edvan da Silva Amâncio e Carlos Geisel Alves Barbosa.
relação ao PIB estadual, é preciso olhar também para a
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNI questão nacional. “É uma coisa que afeta o Brasil como um
Efetivos: Edilson Baldez das Neves e Francisco de Sales Alencar.
Suplentes: Alexandre Rodrigues Ataíde e Joanas Alves da Silva. todo”, contextualiza a crise.
Presidentes dos Sindicatos afiliados:
Benedito Bezerra Mendes, Jeremias Oliveira Gaspar, Fábio Ribeiro Se por um lado, a indústria nacional não tem dado sinais
Nahuz, Fabiano Churchill N. Cesar, João Neto Franco, Carlos
Geisel Alves Barbosa, Ana Rute Nunes Mendonça, João Carlos
claros de recuperação, a produção industrial maranhense
Magalhães Lopes, Pedro Robson Holanda da Costa, Raimundo manteve-se em crescimento pelo quarto mês consecutivo.
Nonato Pinheiro Gaspar, Edvan da Silva Amâncio, Adão Gonçalves
de Oliveira Junior, Francisco de Assis Gonçalves, Roberto Carlos
Segundo a Sondagem Industrial do Maranhão, elaborada
Moreira, Luís dos Santos Lima, Antônio Carlos Lopes Ribeiro, José pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIE-
de Ribamar Barbosa Belo, Mário Machado Mendes, Joanas Alves da
Silva, Manoel de Jesus Silva, Cláudio Donizete Azevedo, Alexandre MA) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria
Rodrigues Ataíde, Nelson José Nagem Frota, Antônio Rosa Cruz (CNI), houve um aumento de 7,6 pontos em janeiro de 2017,
Pereira, Rodolfo Natalino Alexandrino Araujo, Francisco Magalhães
Rocha e Cintia Cristina Ticianeli. em consequência do crescimento da produção nas indústrias
de todos os portes, mas muito abaixo do que seria desejado.
SISTEMA FIEMA
Superintendência da FIEMA O resultado não reflete a situação precária, por exemplo, dos
Albertino Leal de Barros Filho distritos industriais de São Luís e de alguns municípios, ma-
Superintendência Regional do SESI
Roseli de Oliveira Ramos téria da editoria Ameaças e Oportunidades. Mas demonstra
Diretoria Regional do SENAI, Superintendência Regional do IEL e que há muitos mercados promissores a serem explorados
Superintendência Corporativa
Marco Antonio Moura da Silva no Maranhão, um estado com inquestionável potencial eco-
Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA nômico, a exemplo dos campos de produção de gás da Bacia
Fernanda Moraes Rêgo
do Parnaíba, em área predominantemente maranhense, re-
Revista da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão
- FIEMA
portagem de capa deste número, e da indústria de alimen-
Av. Jerônimo de Albuquerque, S/N - Cohama - CEP 65.060-645 - tos, na editoria Feito no Maranhão.
São Luís-MA.
Tel.: (98) 3212.1897
www.fiema.org.br O cenário é dos mais adversos. Porém, o crescimento da ati-
Facebook: Sistema FIEMA
Instagram: @sistemafiema vidade da indústria local, em plena retração econômica, evi-
dencia um setor que contribui, decisivamente, para manter
Edição: Com Comunicação Estratégica
Editora: Flávia Regina Melo (DRT-MA 955) o estado de pé. A tarefa de mostrar contradições, debater,
Impressão: Gráfica POLIGRAF questionar, contribuir para o desenvolvimento por meio da no-
Reportagem: Benedito Júnior, Djane Sampaio, Emerson Araújo e
Léa Martins Brito. tícia significa o cumprimento de nossas finalidades editoriais.
Fotografia: Acervo CNI, Acervo FIEMA, Assessoria de Comunicação Afinal, é a informação o insumo mais valioso do século XXI.
da Parnaíba Gás Natural, Divulgação Shows, Flávia Regina, Miguel
Ângelo, Orcenil Júnior, Veruska Oliveira.
Boa leitura!
As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade
de seus autores, não refletindo necessariamente o pensamento do
Sistema FIEMA.
BENEFÍCIOS DO LEITE
Em Imperatriz, a expectativa é leite por dia, gerando mais de 150 RECURSOS MINERAIS
grande para a instalação, este empregos diretos na fase inicial.
ano, de uma unidade da indústria Atualmente, o Maranhão tem uma O secretário de Indústria, Comér-
de laticínios Piracanjuba. O em- produção anual de 393 milhões de cio e Energia do Estado, Simplício
preendimento vai funcionar nas litros de leite, que coloca o estado Araújo, entrevistado nesta edição
dependências das antigas insta- na 4ª posição em relação à pro- de Maranhão Industrial, garante
lações da Cooperleite, localizada dução do Nordeste e em 16º lugar a continuidade de todas as ações
no bairro Bacuri, e terá previsão no ranking nacional. relacionadas às fontes de ener-
de captação de 120 mil litros de gias não renováveis, mesmo com
a fusão da Secretaria de Minas
e Energia, após a reforma admi-
nistrativa do governo no início do
ano. Simplício informou que será
feita uma catalogação de todos
os recursos minerais encontrados
no estado, por ações em diálo-
go com a FIEMA, a Secretaria de
Meio Ambiente e os sindicatos de
Mineração, para maior controle
da atividade e dos licenciamentos
adequados. Segundo ele, os da-
dos serão importantes não ape-
nas para o governo, mas principal-
mente para os empresários que
queiram investir no setor.
?
A Construção Civil foi o setor mais atingido
pela crise econômica nacional. Qual a avaliação
que o senhor faz das perdas para este
segmento aqui no Maranhão
O
s impactos da crise econô- afetou cinco vezes mais, em de- pagar os imóveis adquiridos, com
mica brasileira foram enor- corrência da forte agregação da queda para a receita direta das
mes em nosso setor, com cadeia produtiva. Por outro lado, construções. O CUB (Custo Unitá-
proporção ainda mais grave se houve também um alto índice de rio Básico da Construção Civil), no
formos considerar que a indústria distratos chegando aos 43,4% Maranhão, foi de R$ 1.194,68 (mil,
da Construção Civil é a maior do no ano passado, por parte de cento e noventa e quatro reais
estado do Maranhão, a que mais pessoas que não conseguiriam e sessenta e oito centavos), em
gera empregos. E, quando a crise março deste ano.
nos atinge, atinge também toda
uma cadeia que envolve farda- Mas a crise trouxe também desa-
mento, alimentação, material de
Mas a crise trouxe fios à readequação do setor, pro-
construção e outros itens. Ou seja, também desafios à moveu a união dos empresários e
as consequências são diretas no readequação do setor, uma interlocução importante com
enfraquecimento da economia promoveu a união dos instituições financeiras, com os go-
maranhense. Um dos principais vernos estadual e municipal para
fatores agravantes foi a suspen-
empresários e uma atenuarmos os efeitos. Ainda en-
são dos contratos do programa interlocução importante frentamos muitos problemas com
Minha Casa, Minha Vida, provo- com instituições a burocracia excessiva e é crucial
cando grandes perdas de postos financeiras, com os para o setor a resolução do Pla-
de trabalhos. Nossos índices de governos estadual no Diretor da capital. A dinâmica
demissões no setor da construção do Sinduscon-MA (Sindicato das
civil chegaram a 700 mil postos
e municipal para Indústrias da Construção Civil do
de trabalho, diretamente, e indi- atenuarmos os efeitos. Maranhão) não foi afetada com a
retamente – pelos nossos cálculos crise, muito pelo contrário.
MILHÕES EM EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL, SAÚDE E
SEGURANÇA
MESA FARTA
O bom desempenho das indústrias do setor alimentício do
Maranhão evidencia um novo e promissor mercado, que se
beneficia da pequena concorrência local. Djane Sampaio
I
nvestimento, consumo e até sopas com sabores diversificados, controle e envasamento. Respon-
exportações. A partir da com- mistura para mingau, arroz e riso- sável pela geração de 140 empre-
binação desses três pilares, a tos que surgiram da necessidade gos diretos, os proprietários da
indústria de alimentos vem ga- de atender segmentos distintos, empresa pretendem expandir a
nhando força no Maranhão, tra- ligados ao varejo e ao mercado atuação dos negócios para cida-
zendo produtos de qualidade de alimentação fora do lar. Esco- des do Pará e Tocantins, regiões
para a mesa do consumidor e las, hospitais, penitenciária, ongs que já são atendidas pela indús-
expandido o setor a outros esta- e restaurantes populares estão tria Viana. Além de cinco tipos di-
dos do Brasil e até a outros pa- entre o público atendido pela em- ferenciados de café, o empreen-
íses. Empresas como a Nutrichef, presa. Em 2016, a empresa iniciou dimento produz filtros de papel,
Café Viana, Indústria Mateus e a fase de exportação para países molhos e temperos.
Psiu vêm conseguindo se sobres- como a República de Cabo Verde
sair no mercado, mesmo sob os e, a partir daí, começou a investir Cardápio variado - O panorama
efeitos da crise econômica nacio- em embalagens a granel de 25 e do setor no Maranhão demons-
nal. São empreendimentos que 30 quilos. tra que os desdobramentos e a
estão se tornando cada vez mais diversificação dos negócios es-
integrados, englobando não so- Outro exemplo de como a indús- tão na linha de frente para ex-
mente a produção de um produto tria alimentícia se consolida no trapolar o setor e abrir novas
específico, mas incluindo também mercado maranhense é a Indús- possibilidades de crescimento.
um leque de produtos adicionais. tria Viana ou o Café Viana, como é Esse é caso que pode ser facil-
mais conhecida pelos maranhen- mente relacionado com a história
Há 16 anos no mercado local pro- ses. Com um dos maiores parques da indústria Psiu, fábrica que ini-
duzindo alimentos desidratados, produtivos, localizado em Impera- ciou suas operações em 1999 e
a Pronutre tem registrado bom triz, em uma área de 4.500 m², a que hoje atende a 193 municípios
desempenho para se tornar uma empresa realiza as principais eta- maranhenses, a partir dos seus
referência no setor. A aposta da pas de beneficiamento do café, dois centros distribuição, um em
empresa é na linha Nutrichef, mar- incluindo a seleção dos grãos, São Luís e outro em Imperatriz.
ca responsável pela fabricação de torrefação, moagem, aferição,
Ao comemorar os resultados da
Psiu e o crescimento da indústria,
o presidente Francisco Magalhães
Rocha afirmou que o Maranhão é
um estado que oferece múltiplas
oportunidades para diversifica-
dos segmentos da indústria de
alimentos. “Grande parte de tudo
que é consumido no Maranhão
vem de outros estados. Acredito
A unidade fabril Bumba Meu Pão, Ao falar sobre o projeto de am- Comercial do Maranhão (Juce-
indústria de pães do Grupo Ma- pliação do empreendimento, o ma), o Estado possui 3.200 indús-
teus em São Luís, tem produção diretor da indústria Bumba Meu trias alimentícias contabilizadas
mensal de 500 toneladas de pão Pão, Leandro Ortegal, adiantou no cadastro de empresas ativas
e outros itens de panificação e que a meta é dobrar a capacidade do órgão. Desse total, a capital
confeitaria, tais como doces, tor- de produção nos próximos anos e maranhense fica com a maior fa-
tas e salgados que abastecem 35 construir uma nova unidade para tia da Região Metropolitana, com
lojas da empresa, localizadas em atender à crescente demanda. 740 empreendimentos do ramo.
São Luís, Imperatriz, Açailândia, “As indústrias alimentícias no Ma- O município de Imperatriz está na
Balsas, Santa Inês e nas cidades ranhão estão se consolidando segunda colocação, com 298 em-
de Belém, Parauapebas e Cas- cada vez mais, porém temos mui- presas do setor, seguida de São
tanhal no Pará. A indústria fica to a expandir em diversas cate-
José de Ribamar, com um total de
no Distrito Industrial, ocupa uma gorias de produtos do mundo do
142 formalizações, Timon, com 104
área construída de aproximada- alimento. Acredito que seja ques-
e, por fim, Caxias com 102 indús-
mente 4 mil metros quadrados e tão de tempo, pois nossa mão de
é a maior do setor de panifica- obra já está mais desenvolvida e o trias do setor alimentício. São in-
ção em funcionamento na capital, consumo cada vez mais forte, pro- dústrias com portes diferenciados
responsável pela geração direta piciando, assim, possibilidade de e fabricação distinta de produtos
de 420 postos de trabalho. Cria- instalação de outras indústrias e a que precisam de investimentos
da há 10 anos, a Bumba Meu Pão expansão das existentes”, reforça. constantes para ter uma cadeia
oferece produtos de panificação produtiva competitiva.
com aspectos regionais e padro- O mercado promissor tem mo-
niza os produtos disponibilizados tivado empresários a investi- Com foco na competividade, lu-
nas padarias das lojas do grupo. rem. Segundo dados da Junta cratividade e sustentabilidade das
614,3
também é o que mais emprega:
QUE ENGORDA R$
1,6
NO BRASIL bilhões.
Os números de 2016 vão contra
A expansão da indústria de ali- uma tendência dos últimos anos.
mentos no Maranhão, o aumento Segundo a Associação, dentre as
de investimentos e o bom desem- indústrias de transformação, a de
alimentos e bebidas é a maior, com
penho do setor são comprovados
milhão de
550,8
pelos dados divulgados no balan-
ço da Associação Brasileira das R$ funcionários.
Indústrias da Alimentação (ABIA).
bilhões.
De acordo com a entidade, o fatu-
ramento nominal do setor cresceu
SUSTENTÁVEL DE A a Z
BEM NUTRIDA
Com uma linha de produção que Bethe fornece até para o Ceará,
iCom uma linha de produção que Rio Grande do Norte, Pernam-
inclui queijos tipo muçarela, coalho buco, Paraíba e São Paulo. Loca-
e ricota, vendidos para a capital lizada na zona rural do município
maranhense e outros quatro mu- de Açailândia, no Maranhão, a em
nicípios (Imperatriz, Caxias, Açai- presa vem se firmando na cadeia
lândia e Santa Inês), a Laticínios produtiva do leite e seus derivados.
LIMPEZA TOTAL
A marca Nutrilar, de soluções para soda cáustica, limpador perfuma-
limpeza doméstica, avança para do, esponja, pedra sanitária e, em
se consolidar como um empreen- breve, sabão em pó. Os produtos
dimento de sucesso no Maranhão. da Nutrilar já podem ser encon-
Com 16 anos de história e 500 trados em centenas de pontos de
funcionários, a empresa sediada venda de municípios maranhenses
no município de Presidente Dutra e em estados como Piauí, Tocan-
iniciou com produção de sabão e tins, Pará e Amazonas (Manaus).
hoje comercializa um mix que inclui A Nutrilar está expandido a pro-
água sanitária, sabão marmori- dução e construindo um novo par-
zado e glicerinado, produtos para que industrial, com área fabril de
limpar alumínio, alvejante, desin- 69 mil metros quadrados.
fetante, amaciante, sabão líquido,
SUSTENTABILIDADE
PARA COMPETITIVIDADE
Quarenta empresas que compõem os
sindicatos ligados à indústria impera-
trizense receberão consultoria espe-
cializada para práticas de responsa-
bilidade ambiental e sustentabilidade,
por meio do programa de Gestão Sus-
tentável e Competitividade para Mi-
cro e Pequenas Empresas, iniciativa
do SESI Nacional. Um workshop deverá
reforçar a iniciativa com a participa-
ção de empresários e representantes
dos sindicatos, entre eles: Sinduscon do
Oeste, Simetal, Sindimir e Sinpancimp.
MELHOR DESEMPENHO
O Sindicato da Indústria de Re- da empresa Ultracar, Fábio Mo- com a participação da vice-pre-
paração de Veículos e Acessórios raes, com 25 anos de experiên- sidente do Sindirepa, Leonor de
do Estado do Maranhão (Sindi- cia em gestão e administração de Carvalho, empresários ligados ao
repa) realizou em março, em Im- oficinas, que destacou as princi- setor automotivo e representan-
peratriz, a palestra: Oficina dá Di- pais falhas no processo produtivo tes do Sebrae.
nheiro, mas tem que Administrar, e administrativo das reparado-
ministrada pelo diretor executivo ras de veículos. A iniciativa contou
Ruas crivadas de buracos, ma- esburacadas. Não temos segu- Luís possui problemas que extra-
tagal invadindo galpões, algumas rança, enfim nenhuma infraestru- polam a precária infraestrutura. A
construções abandonadas, pla- tura. Cumprimos a nossa parte legislação ambiental, por exemplo,
cas de aluguel. A descrição pare- ao recolhermos todos os meses somente entrou em vigência seis
ce ser de um bairro abandonado impostos e o governo não faz a anos após a implantação do Dis-
na periferia de qualquer estado sua”, desabafa. Fernando Mora- trito e não é cumprida por nenhu-
brasileiro, mas é este o quadro es acrescenta que o módulo I do ma empresa instalada no local.
atual do Distrito Industrial de São distrito da capital, em especial, é
Luís, capital propagandeada aos totalmente viável, basta o governo A situação não é melhor em mu-
empresários do Brasil e do mun- investir dando reais condições de nicípios como Pinheiro e Rosá-
do por sua localização estraté- produção e produtividade às em- rio, cujas obras estão paralisa-
gica, extraordinárias condições presas ali instaladas. “A localiza- das há cerca de dois anos. Em
portuárias e outros atrativos. ção é boa, mas, todos os dias en- Bacabeira, só existe o projeto.
frentamos muitas dificuldades e Muitos não possuem qualquer
O empresário Fernando de Almei- obstáculos. Uma delas, é o acesso perspectiva de efetiva ocupa-
da Moraes, proprietário da Pre- ruim à BR-135 e sem sinalização”, ção por empresários locais, de
max Serviços de Concretagem destaca o proprietário da Premax. outros estados ou do exterior.
Ltda, narra as dificuldades vividas
pelos empresários instalados no Criado por meio do Decreto Esta-
Distrito Industrial de São Luís: “os dual n° 7.632, de 23 de maio de
acessos são péssimos, as ruas, 1980, o Distrito Industrial de São
para o seu pleno funcionamento. enfatizando que o empresário “Todos nós já sabemos que o Ma-
A administração e manutenção fi- busca uma segurança de 20, 30 ranhão possui localização geográ-
cará por conta dos empresários”, anos para expandir ou implemen- fica privilegiada, porto de maior
explica. Em distritos industriais, tar seus empreendimentos. calado, menor distância com os
como o de Imperatriz, Caxias e principais portos mundiais, entre
Pinheiro, na visão do secretá- Mais do que infraestrutura - Para outras vantagens. Mas é preciso
rio Simplício, o futuro não é dos o empresário e consultor Pedro muito investimento e o empresário
mais auspiciosos. “O distrito de Dantas da Rocha Neto, ex-se- não conseguirá fazê-lo sozinho”,
Pinheiro fica afastado da cidade cretário de Indústria e Comér- explica o empresário. E enumera
e em uma área de desnível muito cio, não basta que o governo a necessidade de uma conjuga-
grande. O de Caxias, a 12 km da apenas implante distritos indus- ção de medidas e fatores que vão
cidade, encarecendo custos para triais, mesmo que tenham toda da implementação de ZPEs (Zo-
a implementação de empreendi- infraestrutura necessária. Ro- nas de Processamento de Expor-
mentos nesses locais, com custos cha Neto defende uma mudan- tação) alfandegada, transporte
adicionais como a implantação de ça nos paradigmas de gestão, multimodal, que se dialogam e se
uma linha especial de ônibus e re- com implementação de Zonas de complementam, além de incenti-
feitórios para os funcionários das Processamento de Exportação vos fiscais, possibilitando a expan-
empresas que lá se instalarem. O Alfandegária, onde os empresá- são e criação de novos negócios
empresário busca melhor localiza- rios tenham real competividade e, consequentemente, empregos,
ção para seus empreendimentos. no mercado local e internacional, renda e produção para exporta-
Mesmo com todos os nossos es- como acontece nos chamados ção. O caminho de transformar os
forços em prospectar investimen- Distritos Industriais e Tecnológi- distritos industriais maranhenses
tos para esses distritos a taxa de cos chineses ou os clusters, que em centros de fortalecimento da
ocupação será baixa. No de Impe- se proliferaram ao longo de Hong economia do estado é promissor,
ratriz, a nossa expectativa é de 30 Kong e Macau, cidades percorridas mas ainda longo.
a 40% de utilização”, argumentou, por ele em missão internacional.
SITUAÇÃO
DOS DISTRITOS
INDUSTRIAIS
DO MARANHÃO
Segundo a Secretaria de Indústria
e Comércio do Estado, existem
atualmente 15 parques e distritos
industriais no Maranhão, locali-
zados nas cidades de Açailândia,
Aldeias Altas, Bacabeira, Bacabal,
Balsas, Caxias, Estreito, Grajaú,
Imperatriz, Porto Franco, Pinhei-
ro, Rosário, São José de Ribamar,
São Luís e Timon. O órgão classi-
fica a situação e cada um, da se-
guinte forma:
A FORÇA DA INTEGRAÇÃO
PARA O BRASIL VOLTAR A
CRESCER Robson Braga de Andrade
A
indústria brasileira ainda K, que estabelece MA, por meio do
enfrenta graves dificulda- uma série de re- as federações das SENAI, inaugurou
des com o fechamento de gras de apresen- indústrias dos novos laborató-
fábricas, demissões e problemas tação de dados rios em dois cen-
financeiros. Temos o grande de- às autoridades estados, a exemplo tros de educação
safio de reverter esse quadro e, fiscais. A alíquota da FIEMA, têm profissional e tec-
assim, contribuir com a retoma- do Reintegra, que contribuído nológica: no Mon-
da do crescimento econômico do devolve parte dos te Castelo e Tibiri,
país. Apesar do cenário adverso, impostos embuti- fortemente com oferecendo en-
o setor apresentou, em janeiro, dos nas exporta- a agenda de sino profissiona-
alguns indicadores positivos, como ções, foi mantida desenvolvimento lizante de exce-
o crescimento do faturamento em em 2017, os go- lente qualidade.
0,7%, em comparação com de- vernos estaduais econômico e social Também realizou
zembro de 2016, e o rendimento descomplicaram do Brasil. quase 40 mil ma-
médio do trabalhador, que cres- algumas obriga- trículas em 2016
ceu 0,6% no mesmo período. Mas ções acessórias, em várias moda-
ainda precisamos de mais núme- e o Supersimples, regime de pa- lidades de ensino, atendendo mui-
ros positivos ao longo do ano para gamento único de impostos, foi tas empresas.
a consolidação da recuperação. modificado, instituindo vantagens
para micro e pequenas empresas. Com esse trabalho articulado, po-
Para fazer a economia voltar a demos ajudar o país a superar as
crescer, a Confederação Nacio- Além desses resultados em nível dificuldades que atrasam a com-
nal da Indústria (CNI) e as federa- nacional, fruto do apoio das fe- pleta realização do nosso poten-
ções das indústrias dos estados, a derações, cada uma delas tem cial como grande nação. Nesse
exemplo da Federação das Indús- adotado uma atitude proativa em processo, a FIEMA, sob a liderança
trias do Estado do Maranhão (FIE- favor do fortalecimento industrial do presidente Edilson Baldez das
MA), têm contribuído fortemente regional. A FIEMA empreende es- Neves, tem contribuído enorme-
com a agenda de desenvolvimen- forços significativos para a melho- mente para que o Brasil retome o
to econômico e social do Brasil. ra dos indicadores industriais, do caminho do desenvolvimento eco-
desenvolvimento econômico da nômico e social.
Esse movimento articulado in- Região Nordeste e da competiti-
fluencia positivamente a tomada vidade das empresas do estado.
de decisões pelo poder público. No Robson Braga de Andrade é
presidente da Confederação Nacional
da Indústria (CNI)
A TODO GÁS
Condições altamente favoráveis contribuem para que o Maranhão
se transforme, de fato, na nova fronteira energética do Brasil.
A
gosto de 2010. Os princi- “O anúncio, eu me lembro como ANP (Agência Nacional de Petró-
pais jornais do Maranhão se fosse hoje, de grandes volu- leo), o Maranhão foi o estado que
estampavam as declara- mes de gás feito pelo Eike Batis- mais atraiu investidores, com 6
ções do empresário Eike Batista, ta. Foi muito exagerado”, afirma blocos arrematados, em um leilão
à época um dos homens mais ri- o secretário de Indústria, Comér- realizado em meio a solavancos na
cos do mundo, de que havia “meia cio e Energia do Estado, Simplí- economia nacional, que terminou
Bolívia em gás no Maranhão”. De- cio Araújo, que admite não exis- somente com 14% de arremates.
tentor de um dos maiores poten- tir um excedente de gás natural O volume hoje estimado de reser-
ciais de gás natural do Brasil, na no momento a ser utilizado para vas, a partir de estudos já realiza-
região leste, com oeste do Piauí fins industriais. Ainda pairam mui- dos, está na ordem de 27 bilhões
e áreas de menor extensão em tas dúvidas sobre o propalado de metros cúbicos. A Parnaíba Gás
outros estados, compondo a Ba- potencial de gás no estado, já Natural, principal empresa insta-
cia do Parnaíba (uma das quatro chamado pelos órgãos governa- lada em território maranhense,
maiores bacias paleozoicas bra- mentais locais de “a nova fron- possui 101 poços exploratórios na
sileiras), o estado é a nova por- teira energética do gás natural.” Bacia do Parnaíba. Mas os núme-
ta de entrada para investidores ros promissores não param por aí.
de todo o país. Porém, sem as Em outubro de 2015, na 13a. ro- Estudos da própria ANP indicam
megalômanas projeções iniciais. dada de licitações de blocos ex- que a reserva atual corresponde
ploratórios de gás, realizada pela a apenas 10% do total estimado.
explica que os atuais níveis de con- Entraves - Há, entretanto, alguns interesse em gasodutos. O em-
sumo de energia em São Luís não obstáculos na rota percorrida pelo presário faz contas. O empre-
justificam investimentos para um Maranhão para alcançar o pata- sário quer garantias jurídicas. Se
eventual abastecimento (domici- mar de nova fronteira enérgica do não houver um ambiente juridi-
liar, industrial, comercial e automo- Brasil. Ex-diretor da ANP, o mara- camente em que se possa in-
tivo). “O esforço que a companhia nhense Allan Kardec Duailibe ob- vestir, ele não investe. A outra
faz para explorar o gás no Mara- serva: “O Maranhão já está produ- é a garantia de preço. E isso im-
nhão serve de demonstração para zindo bem, mas o estado tem que plica em fazer um investimen-
atrair mais investidores ao esta- explorar isso a seu favor. E isto só to de longo prazo”, argumenta.
do. Estamos falando em somas pode acontecer se houver um diá- Neste mercado, as cifras cos-
estratosféricas”, justifica. Apenas logo com as leis federais”. Ele con- tumam de fato ser superlativas.
para se ter uma ideia dos vultosos sidera que existe uma lacuna de Em 2014, a Parnaíba Gás Natural
investimentos, a empresa gastou legislação específica para o setor. foi destaque no jornal Valor Eco-
cerca de 140 milhões de reais para “Na verdade, esse modelo, que eu nômico por ter registrado um lu-
a construção de um gasoduto de diria o modelo maranhense, possui cro de R$ 122 milhões, resultado
22 km, ligando os municípios de uma contradição entre a legisla- 863% superior aos R$ 12 milhões
Trizidela do Vale a Lima Campos. ção de gás e a legislação do setor alcançados em 2013. Os cofres
energético, então essa é a grande públicos do pequeno município de
É inquestionável a importância questão a ser resolvida. É preci- Santo Antônio dos Lopes, locali-
do potencial de gás maranhense, so que a bancada (de deputa- zado a cerca de 320 km de São
considerando a crise energéti- dos federais) maranhense aten- Luís, também têm engordado com
ca que afeta o país, há décadas. te para isso”. Kardec, professor os royalites recebidos, nos últimos
Sofrendo os efeitos da retração de Engenharia Elétrica da UFMA, anos. Estados e municípios são
econômica nacional, o Governo do com doutorado e pós-doutora- beneficiados pela compensação
Estado promoveu este ano uma do no Japão, faz uma distinção: financeira repassada pelas em-
reforma administrativa e fundiu a regulamentação da produção e presas que produzem petróleo
a Secretaria de Minas e Energia distribuição do óleo e gás no Brasil e gás natural no território brasi-
com a Secretaria de Indústria e foi feita para a indústria de óleo. leiro, como forma de remunera-
Comércio. Mas a mudança parece “Mas uma coisa é produzir óleo e ção à sociedade pela exploração
não ter afetado o bom desem- outra coisa é produzir gás”. O en- desses recursos não renováveis.
penho do setor, controlado pela genheiro destaca ainda a neces- Para se ter uma ideia, o municí-
Gasmar, nos aspectos da segu- sidade de aumentar o potencial, pio, de apenas 14 mil habitantes,
rança da distribuição e comercia- nos termos do gás não convencio- recebeu em 2016 o total de 9
lização do gás natural. A empresa nal, algo que também demanda milhões 978 mil 304 reais e 83
opera comercialmente há apenas legislação federal. “São necessá- centavos do FPM (Fundo de Par-
3 anos, já se preparando para ae- rios maiores investimentos para ticipação dos Municípios), quan-
xpansão do negócio no estado. aumentar a produção. Não há tia bem inferior aos 12 milhões,
P
oderia ser apenas arrou- de produção caracterizados por São empreendimentos que ado-
bo de um empresário ávido desperdícios, excesso de proces- taram uma sincronia de estraté-
para estar na vanguarda samento, de tempo de espera e gias rápidas e de baixo custo, que
das mudanças bem-sucedidas. por outras práticas rotineiras, po- estão gerando impactos diretos
Mas não é. O case da Inova Am- rém, que trazem obstáculo à efi- na produtividade dos seus negó-
bientes e de outras empresas cácia da produção. Agora, a meta cios. Um dos exemplos é o da Ino-
como Horizonte Madeiras, Átala principal destas empresas não é va Ambientes, empresa com 23
Colchões, Salenro Móveis e Ca- apenas produzir mais. É produzir anos de mercado, 60 funcioná-
dzol Colchões, todas instaladas mais, utilizando cada vez menos e rios, especializada em desenvol-
em solo maranhense, constitui, de em menos tempo. vimento de projetos e fabricação
fato, uma ruptura com processos de móveis planejados. Segundo o
DESEMPENHO DE EXCELÊNCIA
De olho em potenciais fornecedores, empresas maranhenses
investem em ferramentas gerenciais para garantir qualidade aos
produtos e serviços ofertados.
IEL Maranhão, Michele Frota do já realizou um total de 33 Roda- montante investido pelas empre-
Vale, os participantes melhoram das e Encontros de Negócios, con- sas mantenedoras do PDF. De
seus processos e, consequente- sultorias diversas, visitas técnicas 1999, quando o projeto foi criado,
mente, conseguem gerir seus ne- e estreitou parcerias por meio da até 2016, a soma ultrapassava os
gócios de forma mais estruturada participação em eventos como 27 bilhões e 264 milhões de reais
e segura. Segundo ela, passam a Expo Indústria Maranhão, Feira do em negócios realizados, que en-
ter uma vantagem competitiva de Comércio e Indústria de Imperatriz volvem tanto a aquisição de pro-
mercado com a otimização do sis- (Fecoimp), Workshop Empresarial dutos como a contratação de ser-
tema de gestão. “O IEL é respon- de Açailândia e Feira de Negócios viços no Maranhão.
sável por toda operacionalização de Timon. “A empresa participan-
do PROCEM, realizando as eta- te do PDF tem a oportunidade de Ao falar sobre o impacto da inicia-
pasde capacitação, monitoria e melhorar o processo de forneci- tiva para o Estado, o presidente
auditoria por meio de módulos de mento de bens e serviços e, desta do Conselho Gestor do programa,
Qualidade e Produtividade, Saúde forma, passa a ter vantagem com- Carlos Afonso Araújo, represen-
e Segurança do Trabalho e Meio petitiva no mercado em que atua tante da Cemar, destacou que, a
Ambiente, Gestão Contábil, Tribu- com a otimização do seu sistema partir do PDF, as empresas par-
tária, Trabalhista e Financeira e de gestão. O Programa, a pedido ticipantes se tornam muito mais
Responsabilidade Social. Também das mantenedoras e do Sistema eficientes, focadas, com produtos
atuamos com as etapas de recer- FIEMA, organizou vários Encontros e serviços cada vez mais com-
tificações, que acontecem a cada de Negócios, quando os empre- petitivos. “São empresas que
12 meses após a certificação”, ex- sários locais conheceram asre- passam a ter uma participação
plicou a coordenadora, acrescen- gras de contratação e tiveram o extremamente positiva no de-
tando: somente em 2016, foram primeiro contato com o setor de senvolvimento do Estado, visto
capacitados 78 colaboradores de suprimentos dos compradores”, que por meio do PDF tornam o
42 empresas. afirmou o coordenador do PDF, ambiente de negócios mais par-
Carlos Jorge Taborda Macedo. ticipativo e, consequentemente,
Para facilitar o processo de gestão contribuem para o fortalecimen-
estratégica, o programa também Outro dado que reforça a po- to da economia local”, garantiu.
tencialidade da iniciativa é o
EMPRESÁRIOS BUSCAM A
CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE DE
SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS PARA
MELHOR ATENDER À CLIENTELA
D
ez homens trabalham na do pagamento de possíveis in- exemplo, um acidente de trabalho
concretagem de uma laje. denizações resultantes de ações para essa empresa? Quanto cus-
Todos usam EPIs (Equipa- na justiça trabalhista, acarretam ta esse afastamento? Desta for-
mentos de Proteção Individual). maior impacto no orçamento ma, o que estamos fazendo ago-
Porém, um detalhe, quase im- de uma empresa do que ado- ra, nacionalmente, é justamente
perceptível, demonstra falha nas tar procedimentos de prevenção. dando transparência a esses nú-
condições de trabalho. Para este meros, a exemplo da parceria que
tipo de atividade, é recomendada Para o gerente de Saúde e Se- tivemos com a CBIC (Câmara Bra-
a bota sete léguas que impede o gurança do Trabalho do SESI Na- sileira da Indústria da Construção),
contato do concreto (por possuir cional, Julio Zorzal, a questão da do setor da Indústria da Constru-
propriedades cáusticas) com a saúde e a segurança no traba- ção, uma ferramenta para que a
pele. Os funcionários executam lho tem que ser entendida como empresa consiga simular situa-
a obra usando bota de borracha. investimento para a empresa. ções relacionadas ao custo com
No final do dia, o estrago estava “Quando se trabalha as questões fatores de prevenção”, explica.
feito: os dez apresentaram cor- relacionadas ao acidente de tra-
rosão nos membros inferiores do balho se aumenta a possibilidade Neste processo, o trabalhador é
corpo. Dez acidentes de trabalho, de parceiros para essa empresa e peça-chave, pois ciente dos ris-
provocando o afastamento dos até são diminuídos os custos ad- cos de não utilizar normas básicas
empregados e uma dezena de vindos do próprio acidente, que de segurança no trabalho, sabe
potenciais indenizações terá que ocasiona o afastamento desse do que pode acarretar de com-
ser paga pela empresa. trabalhador. Há multas, embar- prometimento em sua carreira
gos”, pondera. Ele também fala profissional. “Isso é algo que te-
A história é verídica e foi relatada da iniciativa do SESI em realizar mos que fomentar e disseminar,
pelo médico do trabalho e pro- uma espécie de mapeamento, constantemente, no ambiente da
fissional prevencionista do Ser- junto às empresas, para saber empresa. A questão da saúde e
viço Social da Indústria, Gusta- as principais causas de afasta- segurança no trabalho não pode
vo Nicolai, durante uma série de mentos dos funcionários e qual o ser esquecida. Por esta razão, a
workshops desenvolvido, em São custo relacionado a esses afas- orientação de programas como o
Luís, pelo SESI Nacional para de- tamentos. “Muitas dessas empre- da educação continuada é funda-
bater, discutir, divulgar políticas e sas às vezes não têm essa infor- mental para a manutenção des-
projetos da instituição nessa área. mação. Então, quanto custa, por ses indicadores de melhoria da
A situação serve também para
ilustrar como investimentos na
saúde do trabalhador e na segu-
rança do trabalho podem evitar
custos com situações de risco, que
trazem prejuízos não só ao traba-
lhador, mas para toda a estrutura
organizacional de uma empresa.
Empresários interessados em aderir ao SESI PIT STOP podem entrar em contato com a Unidade de Qualida-
de de Vida do Trabalhador do SESI, em São Luís, pelos telefones: (98) 3232-5115/3221-3071 e 99100-3148
(WhatsApp), ou pelo email: sesiuqvt@fiema.org.br; em Imperatriz, pelo telefone: (99) 3523-1570 ou pelo email:
imperatriz@fiema.org.br; e em Caxias pelo telefone: (99) 3521-4445 ou pelo email: caxias@fiema.org.br.
CIFRAS E CIFRÕES
A indústria da diversão tem se mantido de pé, mesmo em meio à crise,
pela alta receptividade do maranhense a diferentes gêneros musicais.
Emerson Araújo
S
ão atrações locais, nacionais alguns segmentos, como o forró cliente, deve vir em primeiro lugar”,
e até internacionais, de di- que sobrevive muito bem em nos- diz João Marcelo de Sá, proprietá-
ferentes gêneros. Festas de so estado. E, embora o mercado rio da JProduções e responsável
temáticas variadas, festivais musi- tenha sempre que inovar, cortar por eventos já consagrados, como
cais e shows com ingresso combo custos, o maranhense é um públi- os festivais de música em Barreiri-
(do inglês combination: combina- co extremamente festivo e aco- nhas, eventos para 3 mil pessoas,
ção de vários em um só). Do reg- lhedor”, explica o produtor cultural com entrada média de 60 reais.
gae, tão forte na cultura local, ao Paulo Siqueira da Gajo Entreteni- João Marcelo é parceiro empre-
sertanejo romântico, hoje renova- mento. Curitibano, radicado em sarial do Bloco da Devassa, evento
do pelas cantoras famosas no Bra- São Luís, escolheu o Maranhão que costuma reunir 4 mil pessoas,
sil inteiro. O mercado da diversão como locação pra seus projetos com cifras que que giram em torno
no Maranhão chega a reunir até 5 culturais. Por aqui ele já produz, de 500 mil reais, faturadas em 4
mil pessoas em um único evento com êxito, o Bloco da Devassa e dias de atrações locais e nacionais.
e aquece uma cadeia de negó- o Concentra mas Não Sai, ambos
cios, que vai de revendedores de criados especialmente para fatu-
bebidas, aos aluguéis de tendas, rar com o Carnaval maranhense. Dançar conforme a música - Ri-
espaços e sonorizações, além da Por trás de cada evento existe cardo Pororoca, que comanda
geração de renda a garçons, DJs, uma enorme estrutura de colabo- a Casa das Dunas, referência no
bandas e vendedores ambulantes. radores, financiamentos, parcerias mercado local de entretenimento,
Locais como a Casa das Dunas, e alguns cuidados especiais como como o clube de reggae Trapiche,
a Toca do Trovão, AABB, Cozinha garantia de sucesso. ”Um even- na Ponta D’areia e o Festival de
Massari e Batuque Brasil se des- to de qualidade, com segurança Surf na Pororoca, em Arari, expli-
tacam como cenários para os es- e conforto, visando sempre ao ca que é preciso inovar sempre,
petáculos de entretenimento na apostar em gostos ecléticos, da
capital. No interior do Maranhão, banda de rock Sepultura ao clás-
eventos como o Bacabal Folia, pro- sico brega romântico, Odair José.
duzido pela Gajo Entretenimento, Segundo ele, o Maranhão tem
é um investimento que gira em um enorme potencial turístico e
torno de 1 milhão e 800 mil reais, o turista não quer ver só belezas
com público estimado em 15 mil naturais, já que isso ele faz du-
pessoas, nos três dias de diversão. rante o dia e, à noite, quer festa.
Simplício
Araújo
SECRETÁRIO DE INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DO ESTADO DO MARANHÃO
‘‘
NESTES DOIS ANOS DE GOVERNO
Léa Martins Brito
A
tualmente, o secretário Bacabal, formado em Análise impactos a todos os estados-
de Indústria, Comércio de Sistemas e cursando Direi- da Federação. Como deputa-
e Energia do Estado do to, ele defende que o desen- do federal, integrou comissões
Maranhão, Simplício Araújo, 47 volvimento do Estado passe permanentes e especiais na
anos, divide a função com o pela valorização das vocações Câmara dos Deputados. Nesta
cargo de presidente nacional econômicas de cada região entrevista, ele faz uma avalia-
do Conselho de Secretários maranhense. Simplício Araú- ção com ênfase político-econô-
de Desenvolvimento, Indústria jo avalia o quadro econômico mica dos setores estratégicos
e Comércio do Governo Fe- do Brasil como delicado, mais de desenvolvimento do Estado.
deral. Natural do município de precisamente com relação aos
Quais as perspectivas para o Co- - um macro ZEE (Zoneamen- a Caixa Econômica, que permite
mércio e a Indústria maranhen- to Econômico e Ecológico), que continuarmos com crédito na pra-
ses, ainda atravessando este a gestão anterior concluiu, mas ça, digamos assim, e mantermos
momento de turbulência na eco- sem resolutividade. Agora es- os serviços sociais e as folhas de
nomia nacional, agora em 2017? tamos para concluir este macro pagamento rigorosamente em
com uma resolutividade maior dia e que são muitos importantes
para permitir que muitos ne- para a indústria, o comércio e para
Nós somos ricos em possibilida- gócios possam vir com segu- todo o funcionamento da econo-
des. Mas a forma como se tratou rança jurídica para o Maranhão. mia do Estado. O governo, mesmo
o Maranhão nos últimos 40 anos, num quadro econômico complica-
levou a uma condição de fragi- do, não atrasou e vem até adian-
lidade grande em um momento A indústria tem participa- tando o pagamento do funciona-
em que se tem uma tempestade ção de 19% no PIB maranhen- lismo público, de forma a fazer
forte no âmbito da economia bra- se. Qual a sua avaliação de um movimento econômico forte.
sileira. Para se ter uma ideia, há com tem se dado a articu-
medidas que deveriam ter sido to- lação do Estado com a clas- Em se tratando de PIB, temos
madas pelos governos anteriores, se industrial / empresarial? que olhar também para a ques-
mas não foram e hoje impactam tão nacional. E quando compara-
diretamente no desenvolvimen- Eu acredito que a gente tem hoje mos o Maranhão com os demais
to do Estado. E que caem neste uma afinação grande com a FIE- estados do País, se vê que não
momento em nosso colo, como, MA, como temos também com as é só aqui que tem essa retração
por exemplo, o Zoneamento Eco- demais federações de Comércio do PIB, é uma coisa que afeta o
nômico e Ecológico do Maranhão. e de Agricultura no Estado. Temos Brasil como um todo. Ainda sobre
Esse zoneamento iria permitir atualmente algo inédito que é o o PIB, temos a dizer que se tem
que empresas interessadas em Conselho Empresarial - um fórum trabalhado e temos anúncio de
agronegócios pudessem expandir onde o empresariado tem assen- investimentos privados e públicos.
seus empreendimentos aqui, ou to, que pode levar os problemas Nesse momento em que o esta-
mesmo se instalassem em terras da categoria e que dialoga com do tem um ambiente onde o go-
maranhenses, mas como não se o próprio governador, que presi- verno não quer participar do ne-
tem hoje um instrumento que dê de esse conselho e que tem dado gócio de ninguém, essas pessoas
segurança a esses negócios, as respostas a essas pautas leva- não têm os recursos para investir
empresas deixam de vir para cá. das pela classe empreendedo- no Maranhão e alguns negócios
ra. No nosso Estado, temos feito se deterioram mesmo, acabando
Estamos lutando fortemente políticas de forma responsável, no com a perspectiva do emprego.
para implementar - e já até en- sentido de manter a credibilidade
caminhamos para a Assembleia do governo junto a órgãos como
EDILSON
BALDEZ *
NO RUMO CERTO
C
omeçamos o ano com o foram extremamente satisfató- – recursos do trabalhador e re-
pé direito e com muita rios, apontando crescimento da presados em contas inativas do
vontade de fazer a eco- confiança do setor, pelas medidas FGTS, que vão circular a partir de
nomia decolar. Esse fôlego todo que serão adotadas. Precisamos março. Essa imensa massa de
acontece porque, alguns dos te- seguir em frente e acelerar as mu- recursos vai promover um verda-
mas mais importantes para des- danças para promover avanços deiro impulso à economia, provo-
pertar a economia da letargia mais profundos nas áreas de ino- car grande onda de consumo e
que se encontra e avançar rumo vação, competitividade e estabili- acrescentar muitos empregos e
ao desenvolvimento, passam a dade macroeconômica para gerar esperanças para milhões de fa-
ser discutidos no Congresso Na- esperança e um cenário econô- mílias, habitantes de todas as ter-
cional. São pautas relevantes, mico favorável ao crescimento. ras desse imenso chão brasileiro.
como a modernização das rela-
ções trabalhistas, que aumentam Essas ações em discussão pelo
a segurança jurídica e permitem Legislativo e o Executivo poderão
retomar as contratações pelas Precisamos levantar o país do marasmo eco-
empresas. O país precisa ser mais seguir em frente nômico e desenhar um novo ca-
dinâmico e atualizado na con- e acelerar as minho para a retomada do cres-
dução das relações trabalhistas. mudanças para cimento, o rumo certo que tanto
almejam empresários, governan-
promover avanços
Estão no mesmo pacote, os ajus- tes, trabalhadores e a sociedade.
tes necessários ao equilíbrio fiscal
mais profundos nas Um país para se destacar no ce-
e macroeconômico para a con- áreas de inovação, nário mundial precisa ser eficien-
cepção de um orçamento enxu- competitividade e te, competitivo, tecnológico, pos-
to. Essa nova medida já apro- estabilidade suir educação de qualidade e ter
vada e promulgada, permite a macroeconômica. economia forte. Esse é o melhor
redução das taxas de juros e cria momento para começarmos a
ambiente propício ao crescimen- pavimentar essa estrada moder-
to econômico, estimula o retor- na que possa nos levar ao futuro.
no dos investimentos na iniciativa No mesmo bojo, destaca-se ou-
privada e provoca a retomada tro assunto de grande interesse
do crescimento da economia. nacional que poderá dar maior
impulso a vida das organizações (*) Presidente da Federação
Na última pesquisa do índice e da população brasileira, como das Indústrias do Estado do
de satisfação da indústria re- a atitude do governo federal de Maranhão-FIEMA e do Conselho
alizada pela CNI os resultados injetar no mercado R$ 41 bilhões Deliberativo do SEBRAE/MA