Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Opinião 13
Conselho Editorial: ÂngelaFelippi, Alberto Bracagioli, Ari
Henrique Uriartt, Dulphe Pinheiro Machado Neto, ErosMarion
Agroecologia. Enfoque científico e estratégico Mussoi, Fábio José Esswein, Francisco Roberto Caporal,
Caporal, Francisco Roberto; Costabeber, José Antônio Gervásio Paulus, Jaime Miguel Weber, João CarlosCanuto, João
Carlos Costa Gomes, Isabel Cristina de Moura Carvalho, Jorge
Relato de Experiência 17 LuizAristimunha, Jorge LuizVivan, José Antônio Costabeber,
Bananicultura emSistemas Agroflorestais no Litoral Norte José Mário Guedes, Leonardo AlvimBeroldt da Silva, Leonardo
do RS. Melgarejo, Lino De David, LuizAntônio RochaBarcellos, Nilton
Vivan,Jorge Luiz Pinho de Bem, Renato dosSantosIuva, Rogério de Oliveira
Antunes, Soel Antonio Claro.
Artigo 27
Editor Responsável: Jorn. ÂngelaFelippi - RP7272
Agroecología, sustentabilidad y reforma agraria
Editoração deTexto: MariléaFabião
Toledo, Víctor M. Projeto Gráfico eIlustração: Sérgio Batsow
Diagramação: MairãAlves- ImprensaLivreEditora
AlternativaTecnológica 37 Revisão: NiamaraPessoaRibeiro
Estrumeiras de solo-cimento Fotografia: KátiaFarinaMarcon, Rogério daS. Fernandes,
Bartels, Henrique A. S.; Kappel, Paulo Sérgio; Thume, LeonardoMelgarejo
Valmir Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 3.000 exemplares
Artigo 40
Impressão: Pallotti
Distribuição: BibliotecadaEMATER/RS
Incorporando el enfoqueagroecológico enlasInstitucionesde
Educación Agrícola Superior EMATER/RS
Sarandón, Santiago J. RuaBotafogo, 1051
BairroMenino Deus
Econotas 49 90150-053 - Porto Alegre- RS
Telefone: 51- 3233-3144
Fax: 51- 3233-9598
Artigo 54
AssistênciaTécnicaeExtensão Rural - EMATER/RS.
OsartigospublicadosnestaRevistasão de inteiraresponsabilidade
Transformação (agri)cultural ou etnossustentabilidade de seus autores.
Pinto, José Galvão; Garavello, Maria Elisa de Paula
Eduardo Cartas
Asinstituiçõesinteressadasemmanter permutapodemenviar cartas
Resenha 61
paraabibliotecáriaMariléaFabião, EMATER/RS, RuaBotafogo,
1051, 2°andar, Bairro Menino Deus,
CEP 90.150.053,
Normaseditoriais 65 Porto Alegre/RS, oupara agroeco@emater.tche.br.
ISSN 1519-1060
r efer ên cia à cu lt u r a h u m an a. Ou seja: a) Os cion ais e a exper iên cia com in st it u ições e
sist em as biológicos e sociais t êm pot en cial t ecn ol ogi as agr ícol as oci den t ai s podem se
agr ícola; b) est e pot en cial foi capt ado pelos u n ir par a m elh or ar t an t o os agr oecossist e-
agr icu lt or es t r adicion ais at r avés de u m pr o- m as t r adicion ais com o os m oder n os; f) o de-
cesso de t en t at iva, er r o, apr en dizado selet i- sen volvim en t o agr ícola, at r avés da Agr oeco-
vo e cu lt u r al; c) os sist em as sociais e biológi- logia, m an t er á m ais opções cu lt u r ais e bioló-
cos coevolu ír am de t al m an eir a qu e a su s- gicas par a o fu t u r o e pr odu zir á m en or det er i-
t en t ação de cada u m depen de est r u t u r alm en - or ação cu lt u r al, biológica e am bien t al qu e os
te do ou tr o; d) a n atu r eza do poten cial dos sis- en foqu es das ciên cias con ven cion ais por si
t em as social e biológico pode ser m elh or com - sós (Nor gaar d, 1989).
preendida dado o nosso presente estado do co- Den t r o dest a per spect iva, especialm en t e
n h ecim en t o for m al, social e biológico, est u - ao lon go dos ú lt im os 3 an os, o Rio Gr an de do
dan do-se com o as cu lt u r as t r adicion ais cap- Su l vem se t r an sfor m an do em u m est ado
t ar am est e pot en cial; e) o con h ecim en t o for - on de exist em r efer ên cias con cr et as qu an t o
m al, social e biológico, o con h ecim en t o obt i- ao pr ocesso de t r an sição agr oecológica a par -
do do est u do dos sist em as agr ár ios con ven ci- t ir da adoção dos pr in cípios da Agr oecologia
on ais, o con h ecim en t o de algu n s in su m os de- com o base cien t ífica par a or ien t ar est a t r an -
sen volvidos pelas ciên cias agr ár ias con ven - sição a est ilos de agr icu lt u r a e desen volvi- 15
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
O pinião
m en t o r u r al su st en t áveis. Não obst an t e, ain - r ar , de for m a h olíst ica e sist êm ica, as seis
da qu e o t em a, com o abor dam os acim a, t e- dim en sões da su st en t abilidade, ou seja: a
n h a sido objet o de discu ssão em dist in t os Ecológica, a Econ ôm ica, a Social, a Cu lt u r al,
even t os r ealizados em t odas as r egiões do a Polít ica e a Ét ica (Capor al e Cost abeber ,
est ado e est eja pr esen t e em vár ios t ext os e 2002). Par t in do dest a com pr een são, r epet i-
docu m en t os de am pla cir cu lação, con t in u a- m os qu e a Agr oecologia n ão pode ser con fu n -
m os a obser var qu e segu e exist in do u m u so dida com u m est ilo de agr icu lt u r a. Tam bém
equ ivocado do t er m o Agr oecologia e de seu n ão pode ser con fu n dida sim plesm en t e com
sign ificado. u m c on j u n t o d e p r á t i c a s a gr í c ol a s
Por est e m ot i vo, n os par ece i m por t an t e am bien t alm en t e am igáveis. Ain da qu e ofe-
r efor çar a n oção de Agr oecol ogi a qu e vem r eça pr in cípios par a est abelecim en t o de es-
r espal dan do o pr ocesso de t r an si ção agr oe- t ilos de agr icu lt u r a de base ecológica, n ão se
c o l ó gi c a em c u r s o c o m s eu c a r á t er pode confu ndir Agr oecologia com as vár ias de-
ecossoci al , com o fazem os n est e ar t i go de n om in ações est abelecidas par a iden t ificar al-
opi n i ão. Na pr át i ca e t eor i cam en t e, a Agr o- gu m as cor r en t es da agr icu lt u r a "ecológica".
ecol ogi a p r eci sa ser en t en d i d a com o u m Por t an t o, n ão se pode con fu n dir Agr oecologia
en foqu e ci en t ífi co, u m a ci ên ci a ou u m con - com "agr icu lt u r a sem ven en o" ou "agr icu lt u -
j u n t o de con h eci m en t os qu e n os aj u da t an - r a or gân ica", por exem plo, at é por qu e est as
t o par a a an ál i se cr ít i ca da agr i cu l t u r a con - n em sem pr e t r at am de en fr en t ar -se em r e-
ven ci on al (n o sen t i do da com pr een são das lação aos pr oblem as pr esen t es em t odas as
r azões da i n su st en t abi l i dade da agr i cu l t u - dim en sões da su st en t abilidade.
r a da Revol u ção Ver de), com o t am bém par a Est as são con sider ações qu e ju lgam os ser
or i en t ar o cor r et o r edesen h o e o adequ ado de su m a im por t ân cia qu an do se alm eja pr o-
m an ej o de agr oecossi st em as, n a per spect i - m over a con st r u ção de pr ocessos de desen -
va da su st en t abi l i dade. vol vi m en t o r u r al su st en t ável , or i en t ad os
Assi m sen do, o En foqu e Agr oecol ógi co, pel o i m per at i vo soci oam bi en t al , com par t i -
com o o est am os en t en den do n o Rio Gr an de ci pação e equ i dade soci al , com o j á n os r e-
do Su l, t r az con sigo as fer r am en t as t eór icas f er i m o s em o u t r o t ex t o (C a p o r a l e
e m et odológicas qu e n os au xiliam a con side- Cost abeber , 2000; 2001).
ReferênciasBibliográficas
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroe- c i a l i d a d e s e m q u e s t ã o . San t a Cr u z do Su l:
cologia e desen volvim en t o r u r al su st en t á- EDUSC, 2001. p.19-52.
vel: per spect ivas par a u m a n ova Ext en são CAPO RAL , F . R. ; CO STAB E B E R, J . A.
Ru r al. Ag r oe c ol og i a e De s e n vol vi m e n t o Agroecologia! en foqu e cien t ífico e est r at égico
Ru r a l S u s t e n t á ve l , Por t o Alegr e, v.1, n .1, par a apoiar o desen volvim en t o r u r al su st en -
p.16-37, jan./ mar. 2000. t ável. Por t o Alegr e: EMATER/ RS, 2002. 48p.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agr o- (m im eo.).
ecologia e desen volvim en t o r u r al su st en - NORGAARD, R. B. A base epistemológica da Agro-
t ável: per spect ivas par a u m a n ova Ext en - ecologia. In: ALTIERI, M. A. (ed.). Agr oecolo-
são Ru r al. In : ETGES, Vir gín ia Elisabet a gia : as bases científicas da agricultura alterna-
SAF. Naqu ele m esm o an o, m u it os dos par t i- sist em at izar est es pr ocessos n a r egião, con s-
cipan t es, con t an do com o apoio do CE e da t r u in do fer r am en t as apr opr iadas a u m pr o-
Past or al Ru r al da r egião, for m ar am a Asso- cesso par t icipat ivo de pesqu isa-ação.
ciação dos Colon os Ecologist as da Região de
Tor r es (ACERT). Essa associação r eú n e h oje 4 Sistema agroflorestal
em t or n o de 30 fam ílias e est á dividida em bananeiro
t r ês n ú cleos r egion alizados, qu e or gan izam
A fam ília qu e t r abalh a e r eside n a pr opr i-
e f a c i l i t a m o p r oc es s a m en t o e a
com er cialização de pr odu t os de or igem eco- edade é com post a pelo casal Model e m ais
u m a filh a adolescen t e, e aju dan t es ocasio-
lógica, en t en didos aqu i com o pr odu zidos sem
n ais pagos com o diar ist as desem pen h am t a-
o u so de agr oqu ím icos. Por volt a de 1994, u m
con vên i o en t r e o CE e a Past or al Ru r al r efas em er gen ciais. Os plan t ios de ban an a-
pr at a e ban an a-m açã ocu pam 4h a localiza-
viabilizou a in t en sificação do t r abalh o n a r e-
dos em u m a en cost a com exposição n or t e-
gião com a con t r at ação de u m t écn ico, m an -
t en do-se ain da a assessor ia pr est ada pelo n or dest e. Mam ão, aipim , m u das de or n am en -
t ais e er vas con dim en t ar es/ m edicin ais, pr o-
au t or desse Relat o de Exper iên cia, en qu an t o
du zidas pela esposa e filh a, com plem en t am
fu n cion ár io da EMATER/ RS.
a r en d a d a b a n a n a . O s p r od u t os s ã o
3 Integração de com er cializados n as Feir as de Agr icu lt or es
Ecologist as em Por t o Alegr e, RS (a 200 qu ilô-
saberes m et r os da pr opr iedade), e as or n am en t ais (so-
Um dos r esu lt ados do t r abalh o n a r egião m en t e as exót icas)2 t am bém são ofer ecidas
foi a sen sibilização de vár ios agr icu lt or es em n a Feir a de Agr icu ltor es de Tor r es, RS (18 qu i-
r elação à Agr oecologia. O Sr . An t on io Bor ges lôm et r os da pr opr iedade).
Model, o "Ton in h o", com o é con h ecido pelos A ár ea t ot al do Sr . Model é de 14,3 h ect a-
seu s am igos, foi u m deles. Su a pr opr iedade r es, dos qu ais m ais de 50% est ão cober t os por
fica sit u ada n o m u n icípio de Dom Pedr o de veget ação n at iva. A ár ea apr esen t a gr an de
Alcân t ar a, a 200 qu ilôm et r os de Por t o Alegr e aflor am en t o de r och as e t em h ist ór ico de cu l-
e a 18 qu ilôm et r os de Tor r es. O caso do Sr . t ivo de can a-de-açú car e ban an a an t er ior à
Model agr ega a for ça de u m a associação (a com pr a, o qu e pr odu ziu im pact os n a fer t ili-
ACERT) e a com bin ação de saber es locais e dade do solo. Est a difer en ciação in flu en cia o
ext er n os. É est a in t egr ação qu e vem dan do m an ejo, qu e é difer en ciado segu n do as "zo-
m a i or c om p l ex i d a d e a s eu b a n a n a l n as" qu e o agr icu lt or r econ h ece. An álises de
agr oflor est al, e ele afir m a qu e seu in t er esse solo destas zon as podem ser com par adas com
pelos con sór cios passou a ser m ais for t e n os a per cepção do agr icu lt or .
ú lt im os an os: "passei a pr est ar m ais at en - En t en den do o con t ext o em qu e a exper i -
ção n o papel das ár vor es den t r o do ban an al". ên ci a se desen vol ve, os pr i n cípi os de fu n ci -
O con h ecim en t o do agr icu lt or , en t r et an - on am en t o do SAF ban an ei r o são r el at i va-
t o, é o qu e r ealm en t e m ove o sist em a. Ele m en t e sim ples de r eplicar , e podem ser apli-
segu e acu m u lan do exper iên cia, fr u t o t an t o cados t an t o em ban an ais já in st alados com o
da obser vação diár ia e de seu pr ópr io in t e- em ban an ai s a i n st al ar . Em am bos os ca-
r esse, com o de viagen s de in t er câm bio e in - sos, o t i po de m u das e espaçam en t o (2,5
for m ações qu e t r oca em cu r sos e r eu n iões. m et r os x 2,5 m et r os) é i gu al ao con ven ci o-
Assi m , o p ap el d a p ar cer i a en t r e ONG e n al . Em ban an ai s j á i n st al ados, o pr i m ei r o
EMATER/ RS t em sido apoiar , en r iqu ecer e passo foi per m i t i r o cr esci m en t o das er vas 19
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
R elato
de Experiência
Tabela1
Fonte:Vivan(2000).
e a r egen er ação n at u r al de ár vor es, ar bu s- sobr agi (Colubrina glandulosa). En t r e as er -
t os e pal m ei r as. Um a vez qu e est a r egen e- vas espon t ân eas con sider adas ben éficas, qu e
r ação passou a ser acom pan h ada e aval i a- cost u m am cr escer em ár eas de solos m ais
da, o agr i cu l t or pôde i den t i fi car as di fer en - equ ilibr ados e com cer t o n ível de som br ea-
t es si t u ações de n u t r i en t es, en t r ada de l u z m en t o, est ão a er va-gor da (Erechtites valeri-
e de u m i dade n o ban an al . As er vas espon - anaefolia), a t r an ça de cigan o ou t r apoer aba
t ân eas at u am com o in dicador as qu e aju dam (Comelina spp.) e a er va-de-ju n t a (Piper gau -
a i den t i fi car os l ocai s on de exi st e en t r ada dich au dian u m ). As er vas qu e t êm ciclo an u -
de l u z em excesso, fal t a ou excesso de u m i - al são r oçadas som en t e após com plet ar o ci-
dade, ou bai xa fer t i l i dade. Tam bém m os- clo, visan do a au m en t ar a qu an t idade de se-
t r am on de ser á n ecessár i o i n t r odu zi r ár vo- m en t es n o ban co do solo.
r es e pal m ei r as, ou on de o pr ocesso de r e- A r oçagem é, por t an t o, selet iva. Ela t an t o
gen er ação n at u r al j á as est á t r azen do. Es- m an eja a su cessão n at u r al com o iden t ifica
t es passos ger ar am o "zon eam en t o" qu e or i - lacu n as ou "vazios ecológicos". Con for m e o
en t a o agr i cu l t or . saber ecológico qu e acu m u lou sobr e a vege-
O passo segu in t e foi aju st ar u m m an ejo t ação, cada agr icu lt or deixa ou in t r odu z es-
a d eq u a d o p a r a c a d a u m a d a s " zon a s " pécies difer en t es. Exist em , por ém , pon t os em
iden t ificadas. Gr am ín eas pion eir as in dicam com u m n est e pr ocesso. Espécies ar bór eas pi-
pon t os de en t r ada de lu z acim a do n or m al n o on eir as e secu n dár ias pr esen t es n a r egen e-
ban an al. Elas são en t ão elim in adas por capi- r ação, com o a cap or or oqu i n h a (My r si n e
n a, e bu sca-se cobr ir o local com r est os de cor ea cea ), a a r oei r a ver m el h a (Sch i n u s
t alos e folh as de ban an eir a, além de ou t r os t er eb en t i f ol i a ), o a l ec r i m (Ma ch a er i u m
m at er i ai s d i sp on ívei s. In t r od u z- se n est es st i pi t a t u m, Fa ba cea e), can el as em ger al
pon t os fr u t ífer as, com o o m am ão3 (Carica (Lauraceae), in gás (Inga spp., Leguminosae-
papaya), de u m a var iedade cr iou la, e ár vor es Papilionoideae) são ger alm en t e m an t idas por -
de m adeir a valiosa, en t r e elas o lou r o (Cordia qu e podem at u ar com o fer t ilizador as, at r avés
20 tr ichotoma), o ced r o (Ced r ela f issilis) e o de podas per iódicas. Espécies secu n dár ias
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
R elato
de Experiência
peza" é sin ér gica com os objet ivos da fer t ili- en t e cr iado n a t in a, favor ece a m at u r ação
zação. Nas du as r oçadas an u ais, qu e visam a u n ifor m e. As caixas qu e r ecebem as fr u t as
facilit ar o t r ân sit o n o ban an al, se faz t am - par a post er ior t r an spor t e at é Por t o Alegr e são
bém a r et ir ada de folh as secas e o r aleio de for r adas com papel. As plan t as or n am en t ais
br ot os, visan do a m an t er t r ês ger ações por e con dim en t ar es/ m edicin ais são acon dicio-
t ou cei r a, n o esp açam en t o p ad r ão d e 2 ,5 n adas em sacos plást icos ou vasos, em bala-
m et r os x 2,5 m et r os. Todo est e m at er ial (er - das e en viadas às feir as, bem com o ar r an jos
vas r oçadas, desbr ot es, folh as e t alos secos) flor ais. A fam ília t oda en volve-se n a pr odu -
p assam a com p or a l i t ei r a e en t r am n a ção e com er ci al i zação, sej a n as fei r as em
r eciclagem de n u t r ien t es do SAF. Por t o Alegr e ou em Tor r es, além de par t ici-
Fin alm en t e, é im por t an t e r essalt ar o cu i- par at ivam en t e das at ividades de for m ação,
dado com a qu alidade do pr odu t o, desde a co- plan ejam en t o e fest ividades da Associação e
lh eit a at é a ven da. Mam ões e ban an as são da com u n idade. A exper iên cia de "Ton in h o"
t r an spor t ados em car r o de boi, em caixas for - é m u it o visit ada, o qu e ocu pa u m t em po con -
r adas com espu m a par a evit ar dan os, at é o sider ável do agr icu lt or , qu e at u a com o u m
galpão, on de os cach os são t r an sfor m ados em "monitor agroflorestal" informal dentro do gru -
pen cas e m er gu lh ados em águ a con ten do pr o- po, além de r eceber visit an t es in t er essados
du t o biológico à base de sem en t e de cit r u s, n a exper iên cia da fam ília Model.
qu e au xilia n a con ser vação e am adu r ecim en -
t o. Após, eles são post os a am adu r ecer em 5 Decisões de manejo
u ma grande tina de madeira forrada com plás-
t ico, con t en do pen cas m adu r as. O et ilen o li- O m an ejo da lu m in osidade, r egen er ação,
ber ado pelas fr u t as m adu r as, além do am bi- cober t u r a e fer t ilidade do solo são fu n dam en -
Figura1-ComposiçãodoBananalAgroflorestal
Obananalagroflorestalestácompostodequatroestratosprincipais(verfigura1):
1)oestratomaisbaixo(0-1m),compostoporervasnativaseintroduções.Bromélias,orquídeaseoutrasornamentaisestãointroduzidasemalgumasáreasjá
sombreadaspelabanana,ouutilizandoárvorescomoestacasvivas.
2)Oestratoarbustivo(1-5m)éocupadopelabananaeoselementosarbóreosqueestãoemregeneraçãoouemimplantação,comomudasjovensdepalmito,louro,
sobragi,licurana,cedro,alecrim,canjerana,entreoutrasespéciesnativas.Omamãoocupaomesmoestratodabananaempontosmaisabertos,emcrescimento.
3)Oestratointermediário(5-8m)abrigaárvoresepalmeirasjádesenvolvidasdasespéciescitadas.
22 4)Oestratosuperior(8-15m+)atualmenteéocupadoprincipalmenteporsobragielouro,numespaçamentoaleatório,masnuncamaiorque10mx10m.
Figura2-SAFBananeirodaPropriedadedoSr.Model
t ais par a o su cesso do SAF. Todas as deci- e às r edes de com er cialização e pr ocessam en -
sões r elat ivas às podas, a per m it ir ou en r i- t o qu e se pu der m obilizar n os pr óxim os an os,
qu ecer a r egen er ação, bem com o à fer t iliza- n u m cen ár io de in t egr ação in t er in st it u cio-
ção são t om adas a par t ir das obser vações r e- n al.
alizadas pelo agr icu lt or , den t r o de su a con vi-
vên cia diár ia, apr en dizado pessoal e colet ivo 6 Resultados
com o agr oam bien t e e esfer a de r elações so- Con sider an do o u n iver so da agr icu lt u r a
ciais e de t r abalh o. Na r egião, com exceção fam iliar da r egião com est as car act er íst icas,
da ár ea do Sr . Model, qu e foi acom pan h ada os r esu lt ados são an im ador es. Afor a a m a-
n u m a pesqu isa de cam po (ver Vivan , 2000), n u t en ção de u m a pr odu ção est ável de ban a-
n ão exist e ain da u m "m on it or am en t o" sist e- n a-pr at a, o sist em a de som br eam en t o t em
m át ico e r egist r ado das con dições e fen ôm e- per m it ido u m a pr esen ça cada vez m aior de
n os obser vados n as dem ais exper iên cias em ban an a-m açã, qu e t em u m pr eço de m er ca-
SAF em an dam en t o. do 100% su per ior à ban an a-pr at a e at u al-
O qu e h oje alim en t a a t om ada de decisão m en t e 200k g m en sais são ven didos n a fei-
do agr icu lt or em r elação aos pon t os acim a ci- r a, além da ven da do m am ão, qu e já acr es-
t ados são, por t an t o, in for m ações qu e r esu l- cen t ava m il r eais ao an o desde 1999. Est e
t am de u m a acu m u lação e in t egr ação de sa- con j u n t o r efl et e-se n os i n di cador es sóci o-
b er es q u e a i n d a es t á em p r oc es s o d e econ ôm icos abaixo:
for m alização. Fat or es ext er n os, com o falt a de E m 2 a n os , t od a u m a ger a ç ã o d e
m ão-de-obr a, per íodos pr olon gados de ch u va p a l m i t ei r os es t a r á en t r a n d o em f a s e
ou seca, falt a de u m a polít ica pú blica, de su - r epr odu t iva, o qu e sign ifica u m a possibilida-
por t e t écn ico e legislação adequ ada poder ão de de r en da ext r a. Est a poder á en t r ar t an t o
afet ar essas decisões. A velocidade do avan - pela colet a de fr u t os par a ext r ação de polpa
ço desse t ipo de sist em a depen der á, assim , (qu e h oje alcan ça en t r e R$ 4,00 qu ilos a R$
além de fat or es con ju n t u r ais sociais e eco- 6,00 q/ k g n os m er cados r egion ais), com o pelo
n ôm icos, do apoio à in vestigação par ticipativa r epovoam en t o de ár eas de capoeir a e cor t e 23
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
R elato
de Experiência
Tabela2.Indicadorescomparadosparaomesmoestratofundiário,faixasocioeconômicaetipodesolo.
Fonte:Mazurana(1999);EscritórioMunicipaldeDomPedrodeAlcântara,(EMATER/RS,2002).
zação pr opor cion ada, bem com o as r elações pécie qu e n ão o cu lt ivo pr in cipal u m "com -
en t r e o t ipo de ár vor es de som br a e qu alidade pet idor ". A n oção de qu e "a in t r odu ção das
visu al dos fr u t os. ár vor es r edu z a pr odu ção, e qu e as espécies
Um a am eaça à est abilidade do sist em a é n ão vão poder ser m an ejadas, t or n an do-se
o r ou bo de palm it o da pr ópr ia ár ea do agr i- in t ocáveis pela lei am bien t al" n ão t em base
c u l t or , o q u e s ó s er á r es ol v i d o c om o n em cien t ífi ca (vi de Gar n i ca, op. cit.) n em
en gajam en t o de t oda a vizin h an ça n a fisca- legal, m as se per pet u a pelo saber ecológico
lização do acesso de pessoas às ár eas. A fal- escasso en t r e t écn icos e en t r e m u it os agr i-
t a de pessoal n os ór gãos am bien t ais, bem cu lt or es da n ova ger ação, além do descon h e-
com o a in adequ ação dos m ecan ism os at u - cim en t o da legislação am bien t al. O in t er es-
ais de licen ciam en t o par a fazer fr en t e a u m san t e é qu e n ão exist e u m acú m u lo r eal de
possível au m en t o de dem an da par a SAF pode exper iên cias n egat ivas com ban an ais som -
pesar n a decisão de in vest ir t em po e r ecu r - br eados e SAF n a r egião com o, pelo con t r á-
sos em plan t as n at ivas u m a vez qu e, con si- r io, são in ú m er os os r elat os de ban an ais at a-
der an do o m an ejo at u al, algu m as pr át icas c a d os p el o M a l d o Pa n a m á (Fu s a r i u m
em SAF n ecessit am su por t e legal via plan o oxysporum) qu e, u m a vez aban don ados e par -
de m an ejo. De m odo ger al, n ão é r ecom en - cialm en t e som br eados, volt ar am a pr odu zir .
dável qu e o m an ejo exija o cor t e r aso de es- Tr at a-se, por t an t o, ju st am en t e de u m a "fal-
pécies n at ivas em ár eas de pr ot eção per m a- t a de exper iên cias" sist em at izadas. A difu -
n en t e (m ín im o de 30m de n ascen t es e cu r - são e adoção dos SAF ban an eir os im plica os
sos d'águ a e declividades su per ior es a 45o), segu in t es passos:
n em pr evej a el i m i n ação de espéci es i m u - — est i m u l ar , si st em at i zar e aval i ar , de
n es ao cor t e n o RS, com o a figu eir a (Ficus m odo par t icipat ivo, o saber ecológico local,
qu e m u i t as vezes est á r est r i t o a al gu n s
or ga n en s i s ) e a c or t i c ei r a - d a - s er r a
agr icu lt or es(as) em u m a com u n idade;
(Ery thrina falcata). Por ém o cor t e selet ivo de
— en t en der qu e a diver sificação im plica
n at i vas est á pr evi st o em l ei e passível de
viabilizar u m flu xo de m er cado e for m ação/
plan o de m an ejo den om in ado "Plan o de M a-
assessor ia par a m an ejo, colh eit a, pr ocessa-
n ejo em Regim e Ajar din ado".
m en t o e ven da de pr odu t os qu e n ão est ão n o
En t r et an t o est es são pr oblem as con ju n t u -
flu xo pr in cipal dos m er cados estabelecidos n a
r ais qu e devem ser en fr en t ados por polít icas
r egião;
pú blicas, o qu e r efor ça a n oção de qu e est e
— con solidar u m ban co de in for m ações e
t ipo de exper iên cia pilot o deve ser apoiada e
dados de apoio qu e in cor por e o saber local e o
r efor çada, n a m edida em qu e con st r ói alt er -
acadêm ico, at r avés de u m a r ede de in vest i-
n at ivas e apon t a cam in h os n a pr át ica, ju n -
gação par t icipat iva, qu e ger e t an t o ações por
t an do saber es e in st it u ições.
par t e dos t écn icos e agr icu lt or es in t er essa-
8 Conclusão: dos nos SAF, como políticas pú blicas de apoio.
Estes são algu ns dos fator es fu ndam entais
reproduzindo SAFs para qu e o agricu ltor aceite os "riscos" de cons-
O m an ejo in t en cion al e com plexo qu e se tr u ir de for m a par ticipativa u m a "nova" tec-
ver ifica n a pr opr iedade do Sr . Model t em ain - n ol ogi a. Por ém , p od e- se afi r m ar qu e t ai s
da u m n ú m er o r edu zido de sim ilar es n a r e- lim itantes são válidos par a gr ande par te das
gião. Est e fat o pode ser at r ibu ído à desin for - m odificações qu e se pr etende qu ando o objeti-
m ação e à aplicação r igor osa do m odelo de vo são sistem as de pr odu ção m ais su stentá-
in t en sificação, qu e con sider a qu alqu er es- veis, e isso coloca em evidência a im por tân- 25
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
R elato
de Experiência
cia das r edes sociais par ticipativas par a a Tel (51) 664 00 58; (51) 664 00 60. E-mail:
constr u ção de novos conhecim entos e ações. jlvivan@ter r a.com .br ; vivan@em ater .tche.br
Co n t a t o s s o b r e o t e m a d e s t e a r t i g o — Laér cio Meir elles e/ ou An dr é Gon çal-
p o d e m s e r fe it o s c o m : ves, Cen t r o Ecológico Lit or al Nor t e, Coor -
— J or ge Lu iz Vivan , Nú cleo de In vest i- denador . Ru a Padr e Jor ge, s/ no, Dom Pedr o
gação Par t icipat iva, EMATER-RS. de Alcân t ar a, RS, CEP 95568-970.
Ru a J oão T. Hen dler , 251, Dom Pedr o de Tel (51) 664 02 20, e-mail:
Alcân t ar a, RS, CEP 95 560-000. cen t r o.lit or al@t er r a.com .br
ReferênciasBibliográficas
ANDERSON, E. N. Sou theast Asian gardens: MAZURANA, Ju lian a. Tr a ba l h o fi n a l d a
n u t r i t i on , cash an d et h n i ci t y. Bi o t i c a : d i s c i p l i n a d e P r o g r a m a ç ã o Ag r í c o l a ,
Nu eva Época, n. 1, p. 1-11, 1993. XVIII s e m e s t r e . Por t o Alegr e: Facu ldade
CALDECOTT, J. De s i g n i n g Con s e r va t i on de Agr on om ia da Un iver sidade Feder al do
P r o je c t s . Cam b r i d ge: Un i ver si t y Pr ess, Rio Gr an de do Su l, 1999.
1996. 312p. PEIXOTO, A. Ba n a n a . Rio de Jan eir o: SIA,
DIMER, A.K.; PRESA, D.; SACKNIES, R. Or i- 1961. 61 p. (SIA. Ser ie Pr odu tos Ru r ais, 15).
gem , qu a n t id a d e e p r eço d a ba n a n a REIS, M. S. dos. Man ejo su st en t ável e pr o-
c o m e r c i a l i z a d a n a CE AS A/RS n o p e r í - du t ividade do palm it eir o (Eu t er pe edu lis
od o d e ja n e i r o d e 1 9 8 3 a d e z e m br o d e Mar t iu s Ar ecaceae). In : E UTE R P E edu lis
1 9 9 2 . Por t o Alegr e, 1993. n .p. Mar t iu s (palm it o): biologia, con ser vação e
GARNICA, Alfonso M. Uso de la agroforesteria m anejo. Itajaí: Her bár io Bar bosa Rodr igu es,
par a dism in u ir la sever idad de la Sigat ok a 2000. p. 202-224.
n egr a (Micosph aer ella fijien sis) en el cu lt i- SE CCH I , Val d i r An t ôn i o. Agr ot óx i cos
vo de plátano (Mu sa AAB, Sim m on ds) en zo- r egist r ados por cu lt u r a: ban an a. In for m a -
n as de pr odu cción de econ om ia cam pesin a t i vo d a E MATE R-RS : DSV, Por t o Alegr e,
del piedem on t e llan er o de Colom bia. In : v. 10, n . 6, m ar . 1998
CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS VIVAN, Jorge L. S a be r Ec ológ ic o e S is t e -
AGROFLORESTAIS, 3., 2000, Man au s, AM. m a s Agr oflor es t a is : um estudo de caso na
p. 319-322. Floresta Atlântica do Litoral Norte do RS, Bra-
LANDAUER, Kat h leen ; BRAZIL, Mar k . Tr o- sil. 2000. 124 p. Dissertação (Mestrado em Agro-
p i c a l Ho m e Ga r d e n s . Un it ed Nat ion s ecossistemas) - UFSC, Florianopolis, Brasil.
Un iver sit y Pr ess, 1990. 257 p.
Notas
1
O preço da banana-prata na CEASA-RS passou de US$ de elaboração até o fechamento deste artigo.
3
0,08 em dezembro de 1992 para US$ 0,10 em junho Mais de 20 espécies diferentes, entre exóticas e nati-
de 2002 (DIMER et al, 1993; PRESA, D., 2002, Inf. vas, já foram introduzidas no SAF.
4
Pessoal). Mais dados sobre a mão-de-obra ainda são necessários,
2
A exploração de ornamentais nativas depende ainda de embora a ausência de capinas e aplicações de
plano de manejo e certificação que estava em processo agroquímicos aliviem a lista de tarefas.
26
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
Agroecología, sustentabilidad y reforma
agraria: la superioridad de la pequeña
producción familiar
p r od u c c i ón f a m i l i a r p or s ob r e l a s
explot acion es agr ícolas y pecu ar ias m edian as
y gr an d es. Con b ase en u n a ex h au st i va
r evisión de lit er at u r a, el pr esen t e ar t ícu lo
m u es t r a l a s v en t a j a s d e l a p eq u eñ a
pr odu cción fam iliar y discu t e su im por t an cia
par a la r econ ver sión agr oecológica. El ar tícu lo
t er m i n a l l am an d o l a at en ci ón sob r e l a
n ecesi d ad d e h acer ef ect i va l a r ef or m a
agr ar ia, com o u n a con dición obligat or ia par a
h acer u n m an ejo adecu ado de los r ecu r sos
n at u r ales y t r an sit ar por los cam in os de la
sociedad su st en t able.
P a la b r a s -c la v e : Agr oecología, Agr icu lt u -
r a f a m i l i a r , E f i c i en c i a p r od u c t i v a ,
Sost en ibilidad, Refor m a Agr ar ia.
1 Introducción
L a d i scu si ón sob r e l as ven t aj as y
d esven t aj as d e l a p r od u cci ón r u r al
(agropecu aria, forestal y pesqu era), en relación
T o le d o , V íc t o r M .* con la escala o el tamaño de la propiedad, ha
si d o u n d eb at e ál gi d o con en or m es
Para Francisco Julião y el Movimento de repercu siones en los ámbitos de las políticas
los Trabajadores sin Tierra de Brasil agropecu arias, forestales, ecológicas, económi-
cas y de desar r ol l o r u r al . Basado en u n a
R e s u m e n - El debat e sobr e la r elación en - exhau stiva revisión de literatu ra sobre el tema,
t r e la eficien cia o pr odu ct ividad y el t am añ o el presente artícu lo está dirigido a cu estionar
de la pr opiedad agr ar ia h a sido siem pr e in - u no de los pr incipales m itos de la ideología
t en so y polém ico. Sin em bar go, en los ú lt i- d esar r ol l i st a: l a su p u est a su p er i or i d ad
m os añ os se h an acu m u lado n u m er osas evi- produ ctiva de la produ cción a gran escala y, por
d en ci as qu e m u est r an l a su p er i or i d ad consigu iente, la su pu esta ventaja de las medi-
ec on óm i c a y ec ol ógi c a d e l a p eq u eñ a an as y gr an des pr opiedades por sobr e las
pequ eñas. Por el contrario, los análisis revisa-
* Instituto de Ecología, Universidad Nacional dos en éste ensayo mu estran como la pequ eña
Autónoma de México. Apdo 41-H, Sta. María p r od u cci ón agr ícol a y p ecu ar i a, qu e
Guido, Morelia, Michoacán 58090. MÉXICO. E- generalmente es de carácter familiar y mu chas
mail: vtoledo@oikos.unam.mx veces de familias agru padas en comu nidades 27
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
ru rales (campesinas o indígenas), resu lta más u n a di syu n t i va soci al de pr opor ci on es h i s-
produ ctiva tanto en términos económicos como t ór i cas: l a vi ab i l i d ad o i n vi ab i l i d ad d el
ecológicos qu e las medianas y grandes. cam pesi n ado o de l a agr i cu l t u r a fam i l i ar ,
Esta demostración tiene repercu siones de qu e h aci a 1990 aú n m an ej aba en t r e u n 60
carácter económico y agrario, no solo porqu e y u n 80 por ci en t o de l a pr odu cci ón pr i m a-
cu estiona la su pu esta eficiencia de las media- r i a del m u n do (véase Cu adr o 1). Por el l o, a
n as y gr an des explot acion es agr opecu ar ias f i n a l es d e l os s et en t a s , el ec on om i s t a
impu lsadas por el modelo agroindu strial, sino
porqu e repercu te en aqu ellas regiones y paí-
ses donde dominan las grandes propiedades y Los análisis muestran como la
donde se hace necesaria y u rgente u na refor-
ma agraria. En la perspectiva de u n desarrollo
pequeña producción agrícola y
r u r al su st en t ab l e, l a su p r em acía d e l as pecuaria resulta más productiva
pequ eñas produ cciones obliga a generar mo-
delos agr oecológicos de pequ eñ a escala qu e tanto en términos económicos
sean apropiados a las condiciones ambientales, como ecológicos que las medianas
cu ltu rales y produ ctivas de cada región.
y grandes
2 Una antigua discusión
La di scu si ón sobr e l a su pu est a m ayor Er n est Feder se r efi r i ó a l a pol ém i ca com o
v i a b i l i d a d d e l a s m ed i a n a s y gr a n d es u n en c u en t r o en t r e " c a m p es i n i s t a s " y
pr opiedades es t an an t igu a qu e, segú n J . L. "descam p esi n i st as".
Cal va (1988), se r em on t a a l a an t i gü edad
gr ecolat in a. En los siglos XVIII y XIX, est a 3 Premisas
discu sión se dio con t al in t en sidad qu e dividió
a los gr an des econ om istas políticos de su épo- Par a en cu adr ar la polém ica es n ecesar io
ca. Mien t r as qu e F. Qu esn ay, Adam Sm it h y r ea l i za r a n á l i s i s c om p a r a t i v os d e l a
Th . R. Malt h u s fu er on decididos det r act or es pr odu ct ividad o eficien cia en con t r ada a dife-
del m in ifu n dio, ot r os, com o S. Sism on di y J . r en t es escalas y bajo con dicion es t écn icas y
St u ar t MilI, fu er on apasion ados defen sor es am bi en t al es sem ej an t es, o al m en os m u y
de la pr odu cción a pequ eñ a escala. si m i l ar es. El con cept o de pr odu ct i vi dad o
En t i em pos m ás r eci en t es, est e debat e eficien cia de u n sist em a pr odu ct ivo r u r al o
r esu r gi ó con fu er za en l a d écad a d e l os pr im ar io (es decir , agr ícola, pecu ar io, for est al
set en t as (en Lat i n oam ér i ca y M éx i co), y o pesqu er o) com ú n m en t e se defin e com o la
adqu ir ió u n a n u eva per spect iva u n a vez qu e r elación qu e exist e en t r e lo qu e se in vier t e
se i n i ci ar on l as dem ol edor as cr ít i cas de l a (in su m os) y lo qu e se obt ien e (pr odu ct os), es
ecol ogía p ol ít i ca al m od el o "m od er n o" d e decir , se t r at a de u n balan ce de in su m os/
agr i cu l t u r a i n d u st r i al i zad a (b asad a en el pr odu ct os (o an álisis ou t pu t / in pu t ). Est o per -
m on ocu l t i vo y qu e u t i l i za pet r ól eo, fer t i l i - m it e ar r ibar a difer en t es ín dices de eficien cia
zan t es qu ím i cos, pest i ci das y m aqu i n ar i a). o p r od u ct i vi d ad (econ óm i ca, en er gét i ca,
El debat e h a si do, por l o gen er al , i n t en so y t ecn o-am bien t al, et c.), depen dien do de los
a p a s i on a d o p or q u e l o q u e p a r ec e u n a par ám et r os u t ilizados (din er o, jor n adas de
di scu si ón m er am en t e t écn i ca sobr e l a es- t r abajo, k ilocalor ías, et c.). De est a for m a, u n
28 cal a de l a pr odu cci ón , en r eal i dad en ci er r a si st em a agr opecu ar i o, for est al o pesqu er o
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
ser á m ás pr odu ct ivo en t an t o u t ilice la m e- gicas en las que se encuentra la propiedad, pues
n or can t idad de in su m os par a obt en er los n o es lo m ism o r ealizar la pr odu cción bajo
m a y or es v ol ú m en es d e p r od u c t os . L a situaciones de máxima humedad y temperatu-
in t r odu cción del cr it er io de su st en t abilidad ra (como sucede en las regiones tropicales cáli-
es t a b l ec e, a d em á s , q u e es n ec es a r i o do húmedas), que en condiciones donde existen
d em os t r a r el m a n t en i m i en t o d e l a limitaciones térmicas, hidrológicas o edáficas.
pr odu ct ividad de u n cier t o sist em a a t r avés M ás al l á de est as con si der aci on es, pu ede
del t iem po, es decir , a lo lar go de var ios ci- afirmarse que una pequeña propiedad familiar
clos an u ales (véase Maser a, et al., 1999, par a será aquella que no rebasa las 10 a 15 hectáreas,
u n a m et odología par a evalu ar el gr ado de pues por encima de estos tamaños comienzan
su st en t abilidad de u n sist em a pr odu ct ivo). El a manifestarse ciertos "factores de escala" que
m an t en im ien t o de la m áxim a pr odu ct ividad tienden a modificar la lógica o racionalidad de
d u r a n t e el m a y or l a p s o s er á en t on c es la producción, es decir, del manejo de los recur-
in dicat ivo del valor ópt im o, dem ost r an do qu e sos naturales y de la tecnología. No obstante lo
se h ace u n u so efi ci en t e d e l os r ecu r sos an t er i or , au n cu an d o ad op t ár am os u n a
n at u r ales y de la t ecn ología. definición m ás r ígida de pequ eña pr opiedad
como aquella con una extensión de no más de 5
4 ¿Qué se entiende por hectáreas, el número de productores del mun-
do en esa situación es inmenso: más de 1,500
pequeña producción? millones, es decir, la mayoría de los propietarios
La n oci ón d e "p equ eñ a p r od u cci ón " o agrarios del planeta (Cuadro 1).
"pequ eñ a pr opiedad" var ía de acu er do con las
con dicion es agr ar ias de cada país o r egión y 5 Eficiencia o
par ece ser l a r esu l t an t e de l as r el aci on es
en t r e den sidad dem ogr áfica y dispon ibilidad
productividad economica
de t ier r a o r ecu r so. Por ejem plo, en bu en a De la abu n dan t e lit er at u r a sobr e el t em a,
par t e de las ár eas m ás den sam en t e pobladas es posible seleccion ar t r es ejem plos por ser
com o Ch in a, In dia, In don esia, El Salvador o alt am en t e con fiables, con ocidos y m ás o m e-
la m ayor par t e de los países eu r opeos, don de n os r ecien t es. El pr im er o es el libr o Peasan t
los pr om edios de la pr opiedad agr ar ia se dan Econ om ics, del econ om ist a in glés Fr an k Ellis
por debajo de las cin co h ect ár eas, la pequ eñ a (1988). Con base en var ios est u dios de caso y
pr odu cción fam iliar gen er alm en t e se u bica en u n a cier t a ar gu m en t ación t eór ica, Ellis
alr ededor de u n a h ect ár ea. En países con est ablece qu e exist e u n apar en t e descen so
m ayor dispon ibilidad de r ecu r sos la exten sión de la pr odu ct ividad con for m e se in cr em en t a
au m en t a. En México, por ejem plo, se con si- el t am añ o de u n a par cela. Est e pat r ón lo ex-
dera qu e los tamaños de la pequ eña propiedad plica en fu n ción del u so cada vez m en os in -
oscilan en t r e las cin co y las dez h ect ár eas. t en so qu e h acen los pr odu ct or es con for m e su
F i n a l m en t e, en p a í s es c on gr a n d es pr opiedad va en au m en t o, y a cier t os fact or es
ext en sion es de t ier r a, com o Ar gen t in a o Br a- ligados al est ablecim ien t o de los pr ecios.
sil, h ablar de pequ eñ a pr odu cción es r efer ir se A con cl u si on es si m i l ar es l l ega R. M .
a pr opiedades de 20 h ect ár eas, e in clu so de Net t i n g, u n r econ oci d o an t r op ól ogo
m ayor ext en sión . nor team er icano de tem as r u r ales, en el qu e
A la situ ación an ter ior debe agr egar se la f u e su ú l t i m o y m ás i m p or t an t e l i b r o:
variación resu ltante de las condiciones ecoló- Sm allh older s, Hou seh older s, pu blicado en 29
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
1993 y dedicado a r evisar el tem a de la agr i- de el pu n t o de vist a del u so y con ser vación de
cu ltu r a fam iliar o m inifu ndista a nivel m u n- l os r ec u r s os n a t u r a l es (s u el o, a gu a ,
dial. En su capítu lo cinco, ese au tor confir m a, b i od i ver si d ad , en er gía, ecosi st em as). La
con base en estu dios em pír icos r ealizados en explicación es bast an t e sim ple y pu ede se-
la India, Bangladesh y Costa Rica, la m ayor gu ir var ios cam in os. Un a pr opiedad gr an de
ef i ci en ci a econ óm i ca d e l a p equ eñ a n o per m it e de en t r ada el m an ejo m et icu loso
explotación. Citando a F. Ellis, este segu ndo y fin o qu e r equ ier e u n u so ecológicam en t e
au t or du da, adem ás, de l a val i dez de u n apr opiado (por ejem plo, la delicada var iación
concepto r ecu r r entem ente m anejado por los de los su elos qu eda su pr im ida en las gr an des
econom istas agr ícolas: el de econom ía de es- ext en sion es o la m an ipu lación de cu lt ivos
cala, y dem u estr a qu e este su pu esto efecto es m ú lt iples o el con t r ol biológico de las plagas).
m ás u n r esu ltado del tipo de tecnología y de la Por otra parte, u na gran propiedad requ iere
valor ación qu e se haga de la tier r a, el capital casi obl i gat or i am en t e del u so de i n su m os
y el tr abajo qu e del tam año de la explotación. qu ím icos par a m an t en er la fer t ilidad del su elo
El ter cer ejem plo es el m ás contu ndente. y / o ev i t a r l a en t r a d a d e p l a ga s o d e
Teniendo com o base el análisis detallado de en fer m edades, pu es casi sin excepción las
la evolu ción histórica de los derechos agrarios, explot acion es lat ifu n dar ias se basan en ex-
H . P. B i sw an ger y col ab or ad or es (1 9 9 3 ) t en sos m on ocu lt ivos, sean agr ícolas, par a el
conclu yen qu e "(...) la m ayor ía de los estu dios ganado (pastizales) o for estales (plantaciones).
sobre la relación entre produ ctividad y tamaño Est a vez u t ilizar em os, sin em bar go, u n
d e p r ed i o su gi er e m ay or es n i vel es d e ej em p l o cu an t i t at i vo u sad o con ci er t a
pr odu ctividad en las u nidades fam iliar es qu e fr ecu encia en la liter atu r a par a dem ostr ar la
en las gr andes gr anjas oper adas con base en m ayor pr odu ctividad ecológica de la pequ eña
t r abajo asalar iado". Los au t or es m u est r an finca por sobr e la gr an pr opiedad agr ícola: el
entonces qu e las su pu estas ventajas de la gran u so de la ener gía. El ejem plo fu e intr odu cido
en su ver si ón pr i m er a por el i n vest i gador
pr opiedad han sido u n m ito, u tilizado a lo lar -
n or t eam er i can o D . Pi m en t el (Pi m en t el &
go de la histor ia par a ju stificar la explotación
Pim entel, 1979) y u na ver sión aplicada al caso
del trabajo asalariado y de los campesinos, me-
de México fu e pr esentada por este au tor y co-
dian te el cobr o de tr abajo esclavo, tr ibu tos,
legas u nos años despu és (Toledo, et al., 1989).
r entas (en diner o, especie o tr abajo) y otr os
El Cu adr o 2 m u est r a la en er gía in ver t ida
m ecanism os. Destaca el hecho de qu e estos
y obt en ida (m edida en k ilocalor ías) du r an t e
au t or es son t r es r i gu r osos econ om i st as
la pr odu cción de u n a h ect ár ea de m aíz en 15
nor team er icanos, y qu e la pu blicación citada
difer en t es sit u acion es: (a) siet e r epr esen t an
es u n reporte financiado y pu blicado por el Ban-
u n a t ípica pr odu cción cam pesin a don de n o se
co Mu ndial.
em plea m ás en er gía qu e aqu ella der ivada del
p r op i o esf u er zo d el p r od u ct or ; (b ) sei s
6 La productividad o con st i t u yen est ados i n t er m edi os don de l a
eficiencia ecológica pr odu cci ón cam pesi n a com bi n a el u so de
en er gía h u m an a con en er gía der ivada de la
Tr as t r es décadas de in vest igación agr o- tr acción anim al; (c) los dos ú ltim os confor m an
ecol ógi ca y et n o- ecol ógi ca, ex i st e ya u n casos m oder n os don de el em pleo de m aqu i-
r espet able r eper t or io de ejem plos m ost r an do n ar ia y de fer t ilizan t es y pest icidas qu ím i-
cóm o el m i n i fu n di o fam i l i ar (cam pesi n o o cos, accionados y elabor ados con ener gía fósil,
30 in dígen a) r esu lt a m u ch o m ás eficien t e des- son par t e del sist em a de pr odu cción .
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
En los primeros dos conju ntos, el produ ctor por u nidad de su perficie en las fincas de me-
dedica enormes períodos de tiempo en el proceso nor tamaño (de 200 a 1,000 por ciento más) qu e
produ ctivo: entre 500 y 1,500 horas para hacer en las grandes. Rosset atribu ye ese patrón al
produ cir u na sola hectárea de maíz. Por el con- h ech o d e qu e p or l o gen er al l as gr an d es
trario, el produ ctor moderno, qu e sólo emplea a propiedades agrícolas se basan en extensos y
través de su s sistema tecnificado u nas cu antas monótonos cu ltivos de u na sola especie, en tan-
horas, pu ede hacer produ cir más de 100 veces to qu e en las pequ eñas parcelas de carácter
lo qu e u n pr odu ct or cam pesin o u t ilizan do fam iliar (cam pesin o o in dígen a) se t ien de a
energía hu mana y/ o animal. No obstante lo sembrar más de u na especie (policu ltivos) y a
an t er i or , en t ér m i n os est r i ct am en t e integrar a la ganadería con la agricu ltu ra. La
energéticos, qu e es la forma como los investi- sim ple com par ación de lo pr odu cido en u n
gadores calcu lan la eficiencia ecológica de u n monocu ltivo contra u n policu ltivo por u nidad
sistema produ ctivo, los produ ctores campesi- de su perficie revela u na mayor produ ctividad
nos resu ltan más eficientes qu e los modernos. en el segundo, no obstante que en la explotación
La explicación se en cu en t r a en el h ech o de mayor escala la produ ctividad de cada u no
de qu e, m ien t r as la pr odu cción cam pesin a de los cu lt ivos pu eda ser m ayor qu e en la
i n vi er t e de 200,000 a 1,500,000 k cal por pequ eña explotación.
hectár ea, los sistem as m oder nos r equ ier en de
15 a 20 m illones k cal par a r ealizar el m ism o 8 Estudios de caso: China,
pr oceso. Dado qu e la ener gía total obtenida en
los sistem as m oder nos sólo es de tr ês a cinco
Usa, Europa y Cuba
veces m ay or qu e l as d os p r i m er as, l a Adem ás de las r efer en cias ofr ecidas en los
pr odu cción m oder n a sobr e gr an des escalas apar t ados an t er ior es, t am bién es posible dar
r esu lta ener géticam ente m enos eficiente qu e u n r ápido r epaso a la sit u ación qu e exist e en
la del pequ eño pr edio cam pesino. algu n os países. El m ás n ot able es, sin du da,
el d e C h i n a , u n p a í s l egen d a r i a m en t e
7 El análisis de Rosset m in ifu n dist a desde h ace por lo m en os 3,000
añ os, y don de se con cen t r a u n a qu in t a par t e
La contribu ción más reciente al debate es de la población del m u n do. En Ch in a, m ás de
el detallado an álisis r ealizado por P. Rosset 200 m illon es de u n idades fam iliar es r u r ales
(1999a, 1999b y www.foodfi r st .or g/ pu bs/ - qu e en pr om edio det en t an m en os de u n a
policybs/ pb4.html) sobre la productividad de fin- h ect ár ea cada u m a - logr an la au t osu ficien cia
cas agrícolas de diferentes escalas en 15 paí- al i m en t ar ía d e u n a p ob l aci ón d e 1 , 2 0 0
ses del mu ndo. Las conclu siones a las qu e llega m illon es de h abit an t es sobr e u n a su per ficie
ese au tor son evidentes: "Using evidence from qu e es solam en t e cin co veces el ár ea agr íco-
Sou t h er n an d Nor t h er n cou n t r i es I la de México o cin co veces el t er r it or io de Rio
dem on st r at e t h at sm al l far m s ar e ‘m u l t i - Gr an de do Su l, est o es, u n as 100 m illon es de
fu nctional’ - more produ ctive, more efficient, h ect ár eas (Hsu , 1982; Net t in g,1993).
and contribu te more to economic development En el im per io de las gr an des pr opiedades,
than large farms. Small farmers can also mak e los Est ados Un idos, Mar t y St r an ge h a escr it o
b et t er st ew ar d s of n at u r al r esou r ces, u n libr o en t er o sobr e la agr icu lt u r a fam iliar
conserving biodiversity and safe-gu arding the (1 9 8 8 ) p ar a d em ost r ar , con ab u n d an t e
future sustainability of agricultural production". in for m ación est adíst ica, qu e el pr in cipio de
La tendencia predominante encontrada por ese "bigger is bet t er " (lo gr an de es lo m ejor ) es u n
au tor es la de u na mu cho mayor produ ctividad m it o en la agr icu lt u r a n or t eam er ican a. Un a 31
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
década despu és, el Depar t am en t o de Agr icu l- n u evo en el ú n i co sect or qu e r esi st i ó el
t u r a de los Est ados Un idos r econ oció, a t r a- pr oceso de colect ivización : el pequ eñ o agr i-
vés de u n r epor t e especialm en t e pr epar ado cu lt or fam iliar y pr ivado.
sobre la agricu ltu ra de pequ eña escala (USDA, En 1996, este au tor obser vó en Cu ba cóm o
1998), las vir t u des de la agr icu lt u r a fam iliar . u na fam ilia cam pesina, u bicada m u y cer ca de
De acu er do con dich o r epor t e, la pr odu cción La H aban a, h abía l ogr ado evi t ar l a cr i si s
agr ícol a a p equ eñ a escal a m an t i en e l a econ óm ica qu e afect aba a t odo el país, er a
diver sidad (biológica, paisajíst ica, agr ícola y au tosu ficiente en alim entos y ener gía y er a,
cu l t u r al ), gen er a n u m er osos b en ef i ci os com o otr as fam ilias de pr odu ctor es sim ilar es,
am bi en t al es (pu es se t i en de a r eal i zar u n gener ador a de excedentes en el agr o cu bano.
m an ejo r espon sable del su elo, el agu a y la Su pr opiedad de solam ente 1 caballer ía (13.6
vida silvest r e), pr odu ce opor t u n idades econ ó- h ect ár eas) pr odu cía 15 clases difer en t es de
m icas m ás ju st as, m an t ien e u n m an ejo per - cer eal es, h or t al i zas y f r u t os, m an t en ía
son al i zado de l os al i m en t os y en m u ch as gallinas, patos, cer dos y caballos, y pr odu cía
r egion es es vit al par a la econ om ía r egion al. 24 litr os de leche diar ios, par a conver tir se en
E n E u r op a, d on d e l a al t a d en si d ad u na u nidad de pr odu cción con excedentes. En
d em ogr áfi ca l ogr ó m an t en er en cl aves d e Cu ba el pr oceso de la r evolu ción socialist a
pequ eña escala pesar de la com pactación qu e r edu jo la pr odu cción fam iliar de pequ eña es-
pr ovocó la "m oder nización" r u r al de las ú lti- cala al solo 20% del ter r itor io isleño, pu es el
m as d écad as, l as est ad íst i cas m u n d i al es r est o f u e con ver t i d o a l a m od al i d ad
indican qu e las m ayor es pr odu ctividades agr í- agr oindu str ial de gr an escala: cooper ativas y
colas están en los países donde pr evalece el gr anjas colectivas de car ácter estatal basadas
m i n i fu n d i o: H ol an d a, Al em an i a, B él gi ca, en el u so de m áqu inas m ovidas por petr óleo.
It al i a. At en t o a ést e fen óm en o, A. Pal er m Hoy, ante la cr isis ener gética qu e su fr e el país
por la au sencia del petr óleo qu e le abastecía
(1980), u no de los m ás destacados estu diosos
la antigu a ex Unión Soviética, Cu ba no solo
de la antropología económica, recomendó, des-
r ecu per a el valor de la pr odu cción fam iliar y
de hace m ás de dos décadas, tom ar en cu enta
d e p equ eñ a escal a, t am b i én r eal i za u n a
lo qu e él llamó el "modelo holandés" para llevar
r econver sión aceler ada de su agr o, tr anspor -
a cabo u n desar r ollo r u r al apr opiado, ahí don-
te y ciu dades, con énfasis en la agr icu ltu r a
de pr edom ina u n r égim en agr ar io cam pesino,
orgánica o ecológica (Rosset & Benjamin, 1997;
plu r icu ltu r al y m inifu ndista.
ALTIERI, et al., 1999).
El caso de Cu ba r esu lt a t am bién alt am en -
t e ilu st r at ivo por qu e m u est r a de m an er a des-
car n ada com o la gr an pr opiedad qu e se h a 9 Sustentabilidad,
im pu lsado en las sociedades in du st r iales de
Occi den t e (USA, Can adá, Eu r opa) r esu l t a
Agroecología y Reforma
igu alm en t e im pr odu ct iva desde el pu n t o de Agraria
vist a econ óm ico y ecológico, en su m odalidad
La bú squ eda de u n a sociedad su st en t able
col ect i vi st a o est at i st a. E st e m od el o fu e
im pu lsado a par t ir de la r evolu ción r u sa y im plica, en t r e ot r as cosas, la r econ ver sión
ext r apolado al "socialism o t r opical" cu ban o. de los sist em as pr odu ct ivos pr im ar ios (agr i-
Sin pet r óleo su ficien t e par a alim en t ar la agr i- c u l t u r a , ga n a d er í a , p es c a , f or es t er í a ,
cu lt u r a in du st r ializada de las gr an des gr an - ext r acción ) h acia m odalidades ecológicam en -
jas y cooper at ivas est at ales, y con u n a agu da t e adecu adas. En los países con u n a in ju st a
32 escasez de alim en t os, los ojos est án h oy de d i s t r i b u c i ón a gr a r i a , s e h a c e a d em á s
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
n ecesar io im pu lsar la dem ocr at ización de la
la innovación tecnológica, el extensionismo y
pr opiedad de la t ier r a. En países com o Br asil,
el desarrollo ru rales. En su ma, se requ iere de
lo an t er ior es u n a asign at u r a pen dien t e y
investigadores y técnicos (natu rales y sociales)
cada vez m ás u r gen t e. Br asil posee el r ecor d
d e s er l a n a c i ón c on l a m á s i n j u s t a
dist r ibu ción de la t ier r a en el plan et a: u n os
Brasil esla nación con la más
50,000 pr opiet ar ios, r epr esen t an do apen as el
u n o por cien t o, det en t an m ás de la m it ad de injusta distribución de la tierra en
l a t i er r a d el ex t en so t er r i t or i o b r asi l eñ o,
m i en t r as qu e se est i m a ex i st en u n os 1 2
el planeta: unos 50.000
m i l l on es d e d em an d an t es d e p r op i ed ad propietarios (uno por ciento)
agr ar ia.
La distribu ción equ itativa de los recu rsos detentan más de la mitad de la
implica el impu lsar la pequ eña produ cción de tierra. Se estima existen unos 12
carácter familiar y, de acu erdo a lo examinado
en los apartados anteriores, fomentar u n ma- millones de demandantes de
nejo agro-ecológico de los recu rsos natu rales.
propiedad agraria
Ello implica u n reto para la investigación cien-
tífica y tecnológica porqu e se hace necesario
el diseñar y llevar a la práctica, dentro de u na y de institu ciones de carácter mu ltidisciplinar
modalidad de investigación participativa, mo- cap aces d e en t en d er l as r el aci on es qu e
delos integrales y mú ltiples de manejo de los i n ex or ab l em en t e se est ab l ecen en t r e
recu rsos natu rales a pequ eña escala (véase u n Su st en t abi l i dad, Agr o- ecol ogía y Refor m a
ejemplo en la Figu ra 1), es decir, de carácter Agraria. La su perioridad económica y ecológi-
f am i l i ar . E st o con l l eva u n a m an er a d e ca de la pequ eña produ cción familiar mostrada
visu alizar la problemática radicalmente dife- en este artícu lo confirma qu e estas relaciones
r en te a com o se h a ven ido r ealizan do en la n o sol o son p osi b l es, si n o u r gen t es y
mayoría de los centros académicos dedicados a n ecesar ias. A
10 Literatura citada
ALTIERI, M.; COMPANIONI, N.; CAÑOZARES, E L L I S, F . P e a s a n t E c o n o m i c s ' f a r m
K. et al. Th e gr een in g of t h e "bar r ios": u r ban h o u s e h o l d s a n d a g r a r i a n d e ve l o p m e n t .
agr i cu l t u r e f or f ood secu r i t y i n Cu b a. Cam br idge: Un iver sily Pr ess, 1988.
Ag r i c u l t u r e a n d Hu m a n Va l u e s , v. 16, HSU. R. C. F o o d fo r On e Bi l l i o n : Ch in a´s
p. 131-140, 1999. Agr i cu l t u r e si n ce 1949. West vi ew Pr ess,
BINSWANGER, H. P.; DEININGER, K.; FEDER, 1982.
G. Power , Dis t or t ion s , Re volt a n d Re for m MASERA, O.; ASTIER, M.; LÓPEZ-RIDAURA,
i n Ag r i c u l t u r a l La n d R e l a t i o n s : T h e S. S u s t e n t a b i l i d a d y m a n e jo d e r e c u r -
W o r l d 8 B a n k , 1 9 9 3 . (Wor k i n g Pap er s o s n a t u r a l e s . M éx i co: M u n d i - Pr en sa;
Ser ies 1164). GIRA, A.C. y UNAM, 1999.
C AL V A, J . L . L o s C a m p e s i n o s y s u NE TTI NG, R. M cC. S m a l l h o l d e r s ,
d e v e n ir e n la s e c o n o m ía s d e m e r c a - H o u s e h o l d e r s : f ar m f am i l i es an d t h e
d o . México: Siglo XXI Edit or es, 1988. Ecology of intensive, su stainable Agricu ltu re.
33
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
Stanfor d: Univer sity Pr ess, 1993. econ om i c vi si on . Li n col n : U n i ver si t y of
PALERM, A. An t r op olog ía y Ma r x is m o. Mé- Nebr ask a Pr ess an d Food Fir st Book s, 1988.
xico: Edit or ial Nu eva Im agen , 1980. TOLEDO, V. M. 2000. La p a z e n Ch i a p a s :
PIMENTEL. D.; PIMENTEL, M. Food , e n e r g y ecología, lu ch as in dígen as y m oder n idad al-
a n d s o c i e t y . New Yor k : Wiley, 1979. t er n at iva. México: UNAM y Edicion es Qu in -
t o Sol, 2000.
ROSSET, P. On t h e ben efit s of Sm all Far m s.
F o o d F i r s t Ba c k g r o u n d e r , v. 6, n . 4, p. 1- --------------, CARABIAS, J .; TOLEDO, C.;
4, 1999ª. GONZALEZ-PACHECO, C. La Pr od u cción Ru -
r a l en Méx ico: alternativas ecológicas. Mé-
— Sm all is beau t ifu l. Th e E c o l o g i s t , n . 29,
xico: Fu ndación Universo Veintiu no, 1989.
p. 452-456, 1999 b .
U N I TE D STATE S. D ep a r t m en t of
— B E N J AM I N , M . T h e G r e e n i n g o f
Agr icu lt u r e. 1998. A Ti m e t o Ac t : A Repor t
R e v o l u t i o n : C u b a ´s ex p er i m en t w i t h
of t h e USDA Nat ion al Com m ission on Sm all
or gan ic agr icu lt u r e. Ocean Pr ess 84, 1994.
F a r m s . W a s h i n gt on , 1 9 9 8 . (U SD A
STRANGE, M . F a m i l y F a r m i n g : a n ew Miscellan eou s Pu blicat ion 1545).
Pies de figuras
34
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
1. M odel o eco-pr odu ct i vo de escal a fam i - con t r ol ador es bi ol ógi cos de pl agas, or gan i s-
l i a r en d ez h ec t á r ea s p a r a l a S el v a m os d el su el o, sem i l l as, fu en t es p ar a l a
Lacan d on a, Ch i ap as, M éx i co. El m od el o, p r od u cci ón d e m i el , ab on os n at u r al es y
b a s a d o en l a es t r a t egi a i n d í gen a es t a b i l i za d o r es d el cl i m a. Com o
m esoam er i can a, i n cl u ye si et e si st em as y con t r apar t e en con t r am os l a con ver si ón del
su s r el aci on es t an t o con l os ecosi st em as est i ér col y l a or i n a an i m al es en ab on os
com o con l os m er cados: el h u er t o fam i l i ar par a l a agr i cu l t u r a o el u so de l os desech os
u bicado ju n t o a la vivien da, y la par cela par a d el c a f é (p u l p a y m u c í l a go ) p a r a l a
m aíz o m i l pa (doi s h ect ár eas), el pot r er o (1 p r o d u c c i ó n d e h o n go s o a b o n o s
h ec t á r ea ), un á r ea de cu l t i vos (ver m i com post a), o l a t r an sfor m aci ón de l a
com pl em en t ar i os (cañ a de azú car y ot r os) c a ñ a d e a zú c a r en f o r r a j es , a b o n o y
y u n á r ea f o r es t a l y a gr o - f o r es t a l (6 en er gía. La vi abi l i dad econ óm i ca del m o-
h ect ár eas) di vi di da en t r es secci on es: u n a del o se l ogr a m edi an t e: a) el abast o de m aíz,
por ci ón con sel va m adu r a, ot r a con cafet al fr i j ol es, azú car y ot r os al i m en t os pr oven i -
baj o som br a y u n a t er cer a con sel vas se- en t es de l as ár eas agr ícol as, l ech e y car n e
c u n d a r i a s d e d i f er en t es ed a d es . L a d el p ot r er o, f r u t os d i ver sos, h or t al i zas,
vi abi l i dad ecol ógi ca del m odel o se l ogr a por h u evo, m i el y car n e de cer do y de pol l o del
l a s c o n ex i o n es en er gét i c a s q u e s e h u er t o fam i l i ar , así com o l eñ a, m edi ci n as,
est abl ecen en t r e l os si st em as y l os ci er r es m at er i al es de con st r u cci ón y ot r os al i m en -
l ogr a d os p or el r ec i c l a j e d e m a t er i a y t os de l as ár eas for est al es. Y b) por l a ven -
en er gía al i n t er i or d e cad a si st em a. Por t a de m aíz, l ech e, gan ado en pi e, café y di -
ej em pl o, l os desech os o esqu i l m os agr íco- ver sos pr odu ct os de l as ár eas for est al es (es-
l as y ci er t os m at er i al es de or i gen veget al peci al m en t e fr u t os y h oj as de pal m a), así
p r oven i en t es d e l as ár eas f or est al es se com o m i el , m oscabado, cer dos y fr u t os di -
em p l ea n c o m o f o r r a j es en el p o t r er o v er s os d el h u er t o. A l o a n t er i or d eb e
(gan ad o b ovi n o) y en el h u er t o fam i l i ar su m ar se u n ci er t o pago por l os ser vi ci os
(gan ado por ci n o y gal l i n as). Por su par t e, am bi en t al es de l as 6 h ect ár eas con cober -
l os si st em as for est al es ofr ecen ser vi ci os al t u r a for est al . Par a m ayor es det al l es véase
r es t o, t a l es c om o l eñ a , p ol i n i za d or es , Tol edo (2000).
35
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
Cuadro2.Análisiscomparativodelaeficienciaenergéticaenlaproduccióndeunahectáreademaízbajotrescondiciones
tecnológicas:conenergíahumana,conenergíaanimalyconenergíafósil.TomadodeToledoetal.,1989.
36 (a)confertilizantesquímicos;(b)utilizayunta,tractoryfertilizantesquímicos;(c)en1975.
Estrumeirasde solo-cimento
CampinasdasMissões 30 25 750
SãoPaulodasMissões 27 50 1.350
RoqueGonzales 30 30 900
VistaGaúcha 85 25 2.125
Total 172 — 4.315
1.Capacidadeestática
com o u n m ecan ism o n ecesar io de fijación de de los alu mnos, pero, por otro lado, también la
con ocim ien t os y de det ección de du das por au toevalu ación de los docentes. Teniendo en
par t e de los pr opios alu m n os qu e qu izás n o cu enta qu e este cu rso plantea objetivos relaci-
r esu lt an eviden t es en u n a clase exposit iva. onados con conocimientos, actitu des, criterios
Se con sider an fu n dam en t ales las visit as y el o destrezas, la evalu ación se adecu ará a estos
an álisis de sist em as pr odu ct ivos r eales con aspectos, bu scando valorar al alu mno desde u n
difer en t es est ilos y m odalidades de m an ejo: punto de vista holístico, evaluando los progresos
or gán icos, con ven cion ales; ext en sivos, in t en - en el desarro-llo de la capacidad crítica y de
sivos; gan ader os, agr ícolas, et c. análisis. Se u tilizan para ello evalu aciones a
Sintetizando, el curso consiste en clases te- libro abierto, qu e se le entregan al alu mno con
óricas, trabajos prácticos, seminarios a cargo de varias semanas de anticipación.
los alumnos, lectura y discusión de trabajos ci-
entíficos relevantes rela-cionados con el tema. 5 Impedimentos o
A su vez, se complementa con visitas de campo
a establecimientos donde los alu mnos hacen
limitaciones para la
una evaluación de la sustentabilidad de diferen- introducción de
tes sistemas de producción y un posterior infor-
me para su discusión en grupos. este enfoque en las
4 .4 Eval uac i ó n universidades
La evalu ación es u n pr oceso per m anente Au n qu e la agr icu lt u r a su st en t able es u n
qu e permite, por u n lado, analizar la evolu ción objetivo teóricamente aceptado por todos, los 45
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
• La au sen cia de u n a m asa
cr ít ica de docen t es for m ados con
el en foqu e h olíst ico y sist ém ico.
• La exist en cia de u n im por -
t an t e n ú m er o de docen t es e in -
vest igador es qu e con t in ú an pr i-
vilegian do su s lín eas de t r abajo
de acu er do al pr est igio de cier t as
pu blicacion es.
• La fal t a de un
r econ oci m i en t o "académ i co" a
t odo aqu ello qu e se r elacion e con
la Agr oecología o agr icu lt u r as al-
t er n at i vas. Ex i st e al r esp ect o
u n a s ob r ev a l or a c i ón d e l a
t ecn ología in su m o depen dien t e
asociada a m ayor es r en dim ien -
avan ces par a in cor por ar la efect ivam en t e en t os, qu e apar ece aú n h oy com o
las u niversidades, más allá de los aspectos me- el par adigm a dom in an t e.
ramente discu rsivos, no son mu y alentadores. • La m ayor sim plicidad qu e sign ifica el
Lograr este cambio no es fácil, sobre todo, por- plan t eo de los pr oblem as desde u n a sola dis-
qu e r equ i er e, de par t e de l os p r ofesor es, ciplin a (en foqu e r edu ccion ist a).
reconocer qu e el perfil del profesional qu e han • Necesidad cr ecien t e de fon dos por par t e
estado formando (y en el qu e se han formado la de las Un iver sidades, lo qu e con du ce a u n a
mayoría de ellos) debe ser revisado y cambia- vin cu lación y asociación con em pr esas qu e,
do. Por otra parte, la incorporación definitiva en gen er a l , p r i v i l egi a n l í n ea s d e
del enfoqu e agroecológico en las IEAS tropieza in vest igación depen dien t es de in su m os.
con otras serie de dificultades (Sarandón y Hang,
1995, modificado):
6 Inconvenientes o
• Escasa con cien cia sobr e el im pact o am -
bien t al y social, de algu n os sist em as m oder - aspectos atener
n os de pr odu cción agr ícola. en cuenta para el
• Poca o n u la per cepción sobr e el r ol qu e el
pr ofesion al de la Agr on om ía debe cu m plir en dictado del curso de
u n a gest i ón su st en t ab l e d e l os r ecu r sos
(agr oecosist em as).
Agroecología
• La falt a de flexibilidad de los plan es de
est u d i o, p ar a i n cor p or ar , con su fi ci en t e U n a v ez i n c or p or a d o el c u r s o d e
agilidad, n u evas m et odologías, en foqu es y Agr oecología en el plan de est u dio de las Un i-
con t en idos. ver sidades, se pr esen t an aú n u n a ser ie de
• La r esist en cia al cam bio, pr opio de los in con ven ien t es a r esolver , par a su dict ado:
pr ofesor es for m ados en el an t igu o par adigm a.
I n cer t i d u m b r e sob r e el r ol o l u gar qu e • Se r equ ier e u n plan t el de docen t es con -
46 ocu par an en el n u evo escen ar io. ven ci d os y con h er r am i en t as t eór i cas y
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
pr áct icas en Agr oecología de m u y bu en n ivel A su vez, du r an t e el dict ado del cu r so, es
("n o im pr ovisar "). com ú n qu e su r jan dem an das, por par t e de los
• Exist e poca pr epar ación de los alu m n os alu m n os, de r ecet as o t ecn ologías alt er n at i-
par a est e en foqu e. Edu cación fr agm en t ada y vas, n o siem pr e dispon ibles par a t odos los
m em or íst ica. "Est o es m u y difícil". casos. Es decir , est a asign at u r a plan t ea los
• Dem an da de tecn ologías o r ecetas de par - p r ob l em a s p er o n o t i en e s ol u c i on es
t e de los alu m n os. "Todo eso est a bien , per o, in m ediat as par a t odos ellos. En Facu lt ades
¿Cóm o h acem os?". don de, en gen er al, la edu cación h a con sist i-
• Poca dispon ibilidad de t ecn ologías alt er - do en dar les pr ecisam en t e las r ecet as par a
n at ivas adapt adas a t odas las r ealidades. No casi t odos los pr oblem as, est o pu ede pr ovocar
h ay r espu est as o ej em pl os par a t odas l as cier t a in cer t idu m br e y descon cier t o. Es im -
pr egu n t as o dem an das. Escasa bibliogr afía por t an t e en est e sen t ido h acer les com pr en der
apropiada. qu e la Agr oecología n o r eem plaza u n a ser ie
• Casi t odo el r est o de la Facu lt ad sigu e de r ecet as de la agr icu lt u r a con ven cion al por
fu n cion an do bajo ot r o par adigm a. ot r a ser ie de r ecet as "ecológicas", sin o qu e
pretende darle los criterios y metodologías para
Un o de l os pr i m er os pr obl em as qu e se qu e con st r u yan , en cada caso par t icu lar , la
deben afr on t ar par a el di ct ado de u n cu r so m ej or a l t er n a t i v a p a r a l os s i s t em a s
de Agr oecol ogía, es con segu i r el cu er po de pr odu ct ivos con los qu e t r abajen .
d ocen t es qu e i m p ar t i r án l a asi gn at u r a, L a f a l t a d e b i b l i ogr a f í a a d ec u a d a y
¿D ón de con segu i r docen t es "agr oecól ogos" dispon ible es u n ser io pr oblem a, debido, en
en u n a Facu l t ad con ven ci on al ? ¿D ón de se par t e, a qu e las Facu lt ades, don de h a pr edo-
su pon e qu e se h an for m ado y cu án do? Par a m in ado el en foqu e con ven cion al, n o se h an
el di ct ado de l a Agr oecol ogía n o bast a con pr eocu pado en adqu ir ir bibliogr afía con el
el ap r en d i zaj e d e n u evos con t en i d os. Se en foqu e agr oecológico. Per o, por el ot r o lado,
r equ i er e m u ch o m ás qu e eso: u n cam bi o
en el en foqu e de l os docen t es qu e deber án
Esta claro que la agricultura
t en er u n a vi si ón si st ém i ca y h ol íst i ca, ot r o
per fi l , di fer en t e al con ven ci on al de l as u n i - sustentable sólo podrá
ver si dades. Adem ás, al ser l a Agr oecol ogía
u n a asi gn at u r a qu e abar ca m u ch os cam -
concretarse cuando las
pos de con oci m i en t o, su di ct ado n o es al go Instituciones de Educación Agrí-
sen ci l l o.
Ot r a di fi cu l t ad qu e pu ede apar ecer du - cola formen nuevos profesionales
r an t e el di ct ado del cu r so est á r el aci on ada preparados para ello
c o n l a d ef i c i en t e p r ep a r a c i ó n d e l o s
al u m n os par a el abor daj e de pr obl em át i cas
c o m p l ej a s c o m o l a s q u e p l a n t ea l a
Agr oecol ogía y l as qu e se r ef i er en a l a d eb em os r econ ocer u n d éf i ci t ci er t o d e
su st en t abi l i dad. Su for m aci ón fr agm en t a- bibliogr afía en españ ol y adecu ada a las dis-
d a y m em or íst i ca p u ed e d i fi cu l t ar l es, d e t in t as ár eas de in flu en cia de las Facu lt ades.
m an er a i m p or t an t e, el ap r en d i zaj e d e l a Est o se ve cl ar am en t e en l a Facu l t ad d e
Agr oecol ogía qu e bu sca en t en der l as r el a- Agr on om ía de La Pl at a, u bi cada en pl en a
c i o n es en t r e l o s c o m p o n en t es d e l o s Pam pa Hú m eda, don de los sist em as ext en si-
agr oecosi st em as. vos de clim a t em plado, com o la pr odu cción de 47
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
A r t i go
cer eales, oleagin osas y gan ader ía ext en sivas la UNLP, im plica u n r econ ocim ien t o de qu e
son las act ividades pr in cipales. Exist e poca n o es posible qu e u n pr ofesion al car ezca del
bi bl i ogr afía adecu ada, en i di om a españ ol , en foqu e agr oecológico en su for m ación . Est a
par a est e t ipo de r ealidad. Y est o con st it u ye decisión es u n pr im er paso im por t an t e y n o
u n a lim it an t e im por t an t e par a el dict ado de debe ser desapr ovech ado.
la asign at u r a en el ám bit o de gr ado. E s t a c l a r o q u e l a a gr i c u l t u r a
Fin alm en t e, debem os ser con scien t es qu e, su st en t able sólo podr á con cr et ar se cu an do
en u n a Facu lt ad don de pr edom in a aú n el pa- l as In st i t u ci on es de Edu caci ón Agr ícol a
r adigm a de la agr icu lt u r a con ven cion al, u n for m en n u evos pr ofesi on al es pr epar ados
cu r so de Agr oecología con st it u ye, por ah or a, par a el l o. El i m pact o qu e l a i n t r odu cci ón
u n a s i n gu l a r i d a d . A p es a r d e es t o, l a de l a asi gn at u r a Agr oecol ogía pu ede t en er
i n c or p or a c i ón of i c i a l d e es t a n u ev a en el cu m pl i m i en t o de est e obj et i vo, sól o
asign at u r a con car áct er obligat or io en el plan p od r á ser d eb i d am en t e eval u ad o en el
de est u dios de la Facu lt ad de Cs. Agr ar ias de t i em po. A
7 Bibliografía citada
ALEAS. Con clu sion es de la XI Reu n ión de Latin oam er icana de Edu cación Agr ícola Su -
ALEAS. In: CONFERENCIA LATINOAMERICA- per ior , 1993. 46 p.
NA DE ALEAS, 11., 1997, San t iago, Ch ile.
SARANDÓN, S.J.; HANG, G.H. El Rol de la
Ed u c a c ión Ag r íc ola S u p e r ior , De s a r r ollo
Un i ver si d ad en l a I n cor p or aci ón d e u n
S o s t e n i b l e In t e g r a c i ó n r e g i o n a l y
en foqu e agr oecológico par a el Desar r ollo
Globa liz a c ión . San t iago: ALEAS, 1999.
Ru r a l Su st en t a b l e. Ag r o e c o l o g í a y
ALTIERI, M.A.; FRANCIS, Ch.A. Incorporating De s a r r ol l o, CLADES (Ch ile), n . 8/ 9, p. 17-
agroecology into a conventional agricu ltu ral 20, Oct. 1995.
cu r r i cu l u m . Am e r i c a n J o u r n a l o f
SARANDÓN, S.J.; CERDÁ, E.; PIERINI, N.;
Alt er n a t ive Pr od u ct ion , v. 7, n.1-2, p. 93, 1992.
V AL L E J O S, J .; G ARATTE , M .L.
MELO ARAUJO, S. Discurso Inaugural en XI In cor por ación de la Agr oecología y la agr i-
Reunión de ALEAS. In: CONFERENCIA LATI- cu l t u r a su st en t a b l e en l a s escu el a s
NOAMERICANA DE ALEAS, 11., 1997, Santia- agr opecu ar ias de n ivel m edio en la Ar gen -
go, Ch ile. E d u c a c i ó n Ag r í c o l a S u p e r i o r , t in a. El caso de la Escu ela Ag r op e c u a r i a
De s a r r ollo S os t e n ible In t e g r a c ión r e g io- d e T r e s Ar r o y o s . Tópicos en Edu cación
n a l y Globa liza ción . Santiago, 1999. p. 9-13.
Ambiental, México, v. 3, n. 7, p. 30-42, 2001.
ROJAS, J. La com plejidad am bien t al en la
V I ÑAS- ROM ÁN, J . A. E l r ol d e l as
Un iver sidad. In : LEFF, En r iqu e (Coor d.). La
institu ciones de edu cación agrícola su peri-
Co m p l e ji d a d a m b i e n t a l . M éx i co: Si gl o
or en el desarrollo sostenible. In: XI CONFE-
Vein t iu n o Edit or es, 2000. p.193-215.
RENCIA LATINOAMERICANA DE ALEAS, 11.,
SARAND ÓN, S. J . ; H ANG, G. M . (E d s. ). 1997, Santiago, Chile. Ed u c a c ión Ag r íc o-
Co n c l u s i o n e s d e l a X Co n f e r e n c i a l a S u p e r i o r , De s a r r o l l o S o s t e n i b l e
La t i n o a m e r i c a n a d e E d u c a c i ó n Ag r í c o - In t e g r a c i ó n r e g i o n a l y Gl o b a l i z a c i ó n .
50 As tecnologias limpas fazem parte de uma ci- Fonte: www.agrolink.com.br, 17 de junho, 2002.
dic
○
○
○
○
○
O combate sistemático que atualmente se faz animal em até 98% do total aplicado, chegando
○
○
contra os carrapatos, baseado nas aplicações de ao ambiente com 45% de droga ativa e perma-
○
○
químicos -venenos em profusão-, não tem resol- necendo nas fezes por até 240 dias, entrando
○
○
vido o problema, pois os parasitas adquirem re- na cadeia alimentar. Sabe-se também que os
○
cada vez mais, exigindo novos produtos e aplica- mais- afetam o sistema nervoso, a pele, os mús-
○
○
ções mais constantes nos animais. Tais produtos culos e o trato respiratório de humanos. Além
○
○
são eliminados no leite, na carne, nas fezes e na nando o leite, a carne, a nata, o queijo, as pes-
○
○
urina, indo parar na água e nos alimentos e vol- soas e o meio ambiente como um todo.
○
○
tando a se integrar no ciclo da vida. Como con- A natureza e a ciência nos fornecem conheci-
○
○
* Médico Veterinário, Assistente Técnico do Escritório podem ser usados no controle e combate desse
○
51
○
○
dic
○
○
○
○
○
○
sobre o animal ou girando-as levemente
○
○
para o lado direito ou esquerdo, ou mes-
○
○
mo retirando-as com alguma raspadeira
○
ou mesmo um facão, as fêmeas devem ser
○
○
coletadas em vasilhames ou vidros e, após,
○
○
queimadas ou enterradas. Jamais devem
○
ser jogadas no chão, pisadas ou coloca-
○
○
das no esterco, pois os pequenos ovos
○
○
podem ser transportados até a pastagem
○
○
através dos calçados, dos insetos ou do
○
próprio esterco. Dessa forma não nasce-
○
○
rão filhotes, já que as mães foram mortas
○
○
e não tiveram a chance de ir sobre o ani-
○
○
mal e cair na pastagem. Essa prática pode
○
ser usada no dia-a-dia tanto com vacas
○
○
que vão para a ordenha como com aque-
○
○
os alimentos. Enquanto o macho, bem menor, les animais de sangue doce, que são mais
○
○
permanece até cinco semanas sobre o animal, a carrapateados.
○
○
fêmea atinge um tamanho bem maior, permane- Os agricultores conhecem ovos de carrapa-
○
cendo sobre o animal apenas 22 dias, tempo tos? Temos feito esta pergunta para milhares de
○
○
necessário para se acasalar e, no último dia, chu- agricultores e, invariavelmente, quase todos di-
○
○
par sangue. Após ficar grávida, a fêmea cai na zem nunca ter visto ovos de carrapato. E se não
○
○
pastagem e bota em média três mil ovos durante conhecem a vida deste parasita, é obvio que não
○
15 dias. Após, até dez dias (dependendo da saberão controlá-lo sem a aplicação de venenos.
○
○
umidade e da temperatura), as larvas nascem e Para aqueles que querem conhecer ovos de car-
○
○
sobem nas pastagens à procura dos animais. Em rapato, basta catar algumas fêmeas que estão
○
○
regiões quentes, o ciclo do carrapato pode levar sobre o animal e colocá-las dentro de uma caixa
○
de 60 dias (primavera e verão) a 120 dias (outo- de fósforo ou recipiente de vidro bem fechado.
○
○
no e inverno). Após sete a dez dias, abre-se a tampa e obser-
○
○
Para combater os carrapatos e diminuir sua in- va-se a massa de ovos liberados pelas fêmeas.
○
○
cidência nos animais sem lançar mão de insumos Os ovos sao de cor escura, marrom, cor de cho-
químicos, podemos utilizar: plantas e ervas medici- colate e brilhosos, e ficam amontoados e bem ○
○
○
nais; homeopatias; controles caseiros, conforme grudados uns aos outros. E são esses ovos que,
○
○
dezenas de receitas disponíveis; pastoreio rotativo; caindo na pastagem, vão gerar larvas (micuins)
○
○
resistência animal; pastagens limpas e manejadas; que subirão no animal, gerando novamente ma-
○
○
predadores naturais e, sobretudo, a técnica casei- chos e fêmeas que se acasalarão, reiniciando per-
○
ra de "catar as fêmeas dos carrapatos à mão, quei- manentemente seu ciclo de vida.
○
○
mando-as ou enterrando-as". Essa prática, alta- Em nosso ponto de vista, esta tecnologia ca-
○
○
mente resolutiva, de alto poder tecnológico, de bai- seira precisa ser adotada imediatamente por to-
○
○
xo custo e possível de ser realizada por qualquer dos os agricultores, pois é altamente econômica
○
agricultor, consiste em retirar com as mãos, de so- e ecológica e traz benefícios a todos. Na região
○
○
bre o animal, as fêmeas grávidas e ingorgitadas, noroeste do RS, milhares de agricultores vêm
○
○
que são parecidas com um grão de feijão. usando essa tecnologia simples e prática, dispen-
○
○
Após retirá-las com a mão, puxando-as de sando assim o uso de produtos químicos.
52
○
○
○
R e s u m o : M er u r i é at u al m en t e a m ai or 1 Introdução
aldeia dos ín dios Bor or o, povo h abit an t e dos
Os povos in dígen as con st it u em u m a par -
cer r ados do Br asil Cen t r al. A h ist ór ia do con -
cela m u it o pecu liar da popu lação r u r al br asi-
t at o dest e povo com a soci edade n ão-ín di a e
leir a. Por ém , apesar da su a par t icipação di-
as t r an sfor m ações decor r en t es n o m odo de
r et a n a pr odu ção agr ícola de vár ios est ados e
vi da e n o si st em a agr ícol a t r adi ci on al são
de ser em det en t or es de valioso con h ecim en -
r epr esen t at i vos da si t u ação de gr an de par -
t o sobr e o m an ejo dos r ecu r sos n at u r ais de
t e d os gr u p os i n d ígen as r em an escen t es.
u m a for m a m ais h ar m on iosa, est es povos n ão
Est es povos, ao l on go de cen t en as de an os,
t êm r ecebido ain da a devida at en ção por par -
acu m u l ar am con h eci m en t os e desen vol ve-
t e dos ór gãos r espon sáveis por eles.
r am t écn icas m u it o adapt adas aos seu s am -
Desde a chegada dos primeiros não-índios,
bi en t es n at u r ai s. Técn i cas e con h eci m en -
a popu lação indígena caiu de cerca de seis mi-
t os qu e i n cl u si ve con st i t u em i m p or t an t e
lhões de pessoas, divididos em 900 etnias, para
fon t e de est u dos par a a Agr oecol ogi a e par a
apenas 180 mil em 225 nações no final dos anos
o d esen vol vi m en t o d e si st em as agr ícol as
60. A gravidade deste genocídio se dá não ape-
su st en t ávei s. Apesar di st o, a soci edade ex-
nas pelo número total de pessoas mortas ao lon-
t er n a descon si der a a i m por t ân ci a dos si s-
go dos 500 anos de história de ocu pação estran-
t em as de pr odu ção t r adi ci on al e t en t a, por
geira, mas especialmente pelo desaparecimen-
m ei o de seu s vár i os agen t es, "m oder n i zar "
to de qu ase 700 povos, cada u m com su a cu ltu -
t ai s si st em as.
ra própria e conhecimentos ú nicos sobre os
recu rsos natu rais e seu manejo.
* Artigo resultante do trabalho "Agroecossistema e
Par alelam en t e a est e m assacr e físico ocor -
Subsistência emuma aldeia dos índios Bororo", financiado
r eu , e ain da ocor r e, u m ou t r o m ais su t il, po-
pelo PIBIC - CNPq/USP e realizado nosperíodosde
r ém igu alm en t e desu m an o. Tr at a-se da im -
2000/2001 e2001/2002. Osdadosiniciaisforam
posição, a est es povos, da cu lt u r a e do m odo
apresentados no 9°Simpósio Internacional de Iniciação
Científica da USP. de vida do n ão-ín dio. Est im a-se qu e exist am
* * Bolsistado PIBIC - CNPq/USP e estudante do 5° h oje apr oxim adam en t e 551 m il ín dios, em -
ano de Engenharia Agronômica da Escola Superior de bor a qu ase 192 m il vivam n as per ifer ias dos
Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP. E-mail: cen t r os u r ban os, lon ge de seu m eio e cu lt u r a
jgpinto@esalq.usp.br. or igin ais. Mesm o par a os qu e con qu ist ar am
* * * Professora da Escola Superior de Agricultura "Luiz de o dir eit o de per m an ecer em su as t er r as, a
Queiroz" /USP, Mestre emSociologia Rural e Doutora em pr essão da sociedade ext er n a os im pele cada
Antropologia Social pela USP. E-mail: vez m ais a aban don ar o m odo de vida t r adici-
54 mepegara@esalq.usp.br. on al e adot ar alt er n at ivas e t écn icas in du s-
7 Referências Bibliográficas
ADAMS, C. Ca iç a r a s n a Ma t a At lâ n t ic a : POSEY, D. A. Os Kayapó e a natureza. Ciê n -
pesquisa científica versus planejamento am- c ia H o je , Rio de J an eir o, v. 2, n . 12, p. 35-
biental. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2000. 41, 1984.
ALTIERI, M. Agr oecologia : a dinâmica produ- SERPA, P. M. N. Boé Ép a , o cu lt ivo d e r oça
tiva da agricultura sustentável. 2.ed. Porto Ale- e n t r e os Bor or o d o Ma t o Gr os s o. 1988.
gre: Ed. Universidade/ UFRGS, 2000. 392 p. (Mestrado ) - Faculdade de Filosofia, Le-
LÉVI-STRAUSS, C. Tr is t es t r óp icos . São Pau- tras e Ciências Humanas/ USP, São Paulo.
lo: Companhia das Letras, 1996. SOARES, A. C. et al. (Orgs.). Milh o cr iou lo:
OCHOA CAM ARGO, G. Me r u r i n a vi s ã o conservação e uso da biodiversidade. Rio de Ja-
d e u m a n c i ã o B o r o r o : m em ór i a s d e neiro: AS-PTA, 1998.
Fr eder ico Coqu eir o. Cam po Gr an de: UCDB, VIERTLER, R. B. A vaca-louca: t endências do
2001. 579p. processo de mudança sócio-cultural entre os
PETERSEN, P.; TARDIN, J. M.; MAROCHI, F. M. Bororo - MT. Re vis t a d e An t rop ologia : USP,
Tr a d içã o (a gr i)cu lt u r a l e in ova çã o a gr oe- São Paulo, n. 33, p. 19-32, 1990a.
cológica : facetas complementares do desen- VIERTLER, R. B. A d u r a s p e n a s : u m histó-
volvimento agrícola socialmente sustentado na rico das relações entre índios Bororo e "civili-
região centro-sul do Paraná. União da Vitória: zados" no Mato Grosso. São Pau lo: FFLCH/
AS-PTA, 2002. USP, 1990b. 212 p.
Notas
1
Exemplo disto é o caso do manejo da floresta variedades selvagens de arroz. Estas, porém, eram
secundária pelos Caiapó (Posey, 1984). Em sua coletadase não cultivadas.
4
obra, Posey mostra que um caso de economia A aldeia não conta atualmente com a figura do
baseada, à primeira vista, na caça e na coleta, era Bári, sendo que o último delesfaleceu há algunsanos.
na verdade um refinado manejo de fauna e flora, Osjovensnão querem passar pelo processo de rituais
de alta produtividade. O sistema desenvolvido e sacrifícios exigidos para a obtenção do título, que
pelos Caiapó reuniu conhecimentos profundos em já não confere o mesmo statusdentro da comunidade.
5
ecologia, pedologia, zoologia, botânica, agronomia Este processo não foi exclusivo do caso dosBororo
e agroflorestamento que facilmente superam os ou das sociedades indígenas. É o mesmo processo
conhecimentos exigidos para o desenvolvimento do resultante da "modernização conservadora"observado
arado. em todo o meio rural. Exemplo bastante ilustrativo
2
Levantamento da população Bororo - Janeiro, está no trabalho "Tradição (agri)cultural e inovação
2000, P. Gonçalo Ochoa. Documento pessoal cedido tecnológica" (Petersen, Tardin e Marochi, 2002).
6
em entrevista em agosto de 2000. Exemplo disto são as perdas causadas pelo
3
Serpa (1988) afirma que osBororo já conheciam ataque de caititus(Tayassu tajacu) ao milho.
60
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
WILSON, Edward em que o autor relaciona estas questões com
O. O futuro d a aspectos da macroeconomia, para mostrar que
vid a : um estudo o crescimento ilimitado é impossível, pois jamais
da biosfera para conseguiremos substituir os serviços ofertados
a proteção de to- pela natureza por recursos artificiais. Assim
das as espécies, in- mesmo, desde uma posição conservadora, o
clusive a humana. Rio autor destaca os riscos dos cultivos e produtos
de Janeiro: Campus, transgênicos. Ainda que veja na engenharia
2002. 242 p. genética uma arma para o que chama de "re-
volução verde sustentável", Wilson destaca a
Ganhador do Prêmio necessidade de adotar-se o princípio da pre-
Pulitzer, Edward Wilson caução.
apresenta agora uma obra importantíssima Trata-se, pois, de um livro que pode ajudar
para quem ainda se preocupa com o futuro da os iniciantes nos temas ambientais a familiari-
vida sobre o planeta. Ainda que apresente per- zar-se com um conjunto de aspectos que estão
manentemente uma posição conservadora, O em jogo neste século XXI e que serão decisivos
Futuro da Vida nos traz, ao mesmo tempo, in- para o futuro da humanidade, inclusive o po-
formações relevantes sobre os impactos que
tencial para a vida que a natureza ainda nos
estamos causando à biodiversidade e reflexões
oferece, pela biodiversidade que nós ainda não
de fundo sobre nosso modo de vida e as con-
conseguimos destruir com a "avalanche do capi-
seqüentes externalidades causadas pelo nosso
talismo baseado na tecnologia" que só será en-
estilo de desenvolvimento. Entre os destaques,
frentada a partir de uma "ética ambiental a lon-
poderíamos citar o "diálogo" entre o economis-
go prazo e que conte com o apoio da maioria".
ta e o ambientalista, uma montagem de dados
e discursos correntes em nosso meio (e no dele, Re s e n h a e la b o r a d a p e lo En g e n h e ir o
nos USA), sustentado por diferentes visões de A g r ô n o m o Fr a n c is c o Ro b e r t o C a p o r a l,
mundo e diferentes pontos de vista sobre o fu- D ir e t o r T é c n ic o d a EM A T ER/ RS . E- m a il:
turo. Como ele afirma, os economistas "sabem c a p o r a l@e m a t e r .t c h e .b r
que a humanidade está destruindo a biodiver-
sidade, simplesmente não gostam de passar FURTADO, Celso. In-
muito tempo pensando sobre o assunto". Des- trodução ao de-
te "diálogo", o autor conclui que o grande "dile- senvol vi mento:
ma do ambientalismo" é resultado da falta de enfoque histórico-
aproximação e acordo entre "dois sistemas de estrutural, 3ª ed. re-
valores": o conflito entre valores de curto prazo vista pelo autor, Rio
e de longo prazo. Encontrar o meio termo so- de Janeiro: Paz e Ter-
bre o agora e o futuro que queremos seria fun- ra, 2000. 126 p.
damental para que se possa "passar pelo gar-
galo em que nossa espécie imprudentemente N ascido na Pa-
se meteu". raíba em 1920, o autor
A exterminação de espécies, o impacto dos apresenta uma marcante
processos de colonização e a ocupação huma- trajetória de vida - publicando várias obras
na dos espaços são abordados de uma manei- e ocupando importantes cargos públicos - e
ra singela e compreensível, ao mesmo tempo continua mantendo a chama de suas idéias
61
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
e sugestões que sempre estimularam o de- suas condutas, distintas dos países subdesen-
bate. N a obra em questão, Celso Furtado volvidos, os quais operam às margens das gran-
procura ir além da visão da economia, para des decisões, tornando-se periféricos. Essa aná-
realizar uma análise multidisciplinar, com o l i se é i m p r esci n d ível em u m p er ío d o d e
foco na história e na filosofia, contribuindo globalização, quando surgem novas formas de
dessa forma com a temática do desenvolvi- apreender a realidade social. Tudo visto dentro
mento, fortemente presente em nossa reali- de um contexto histórico, jamais estanque ao
dade local. Incorpora na análise razões que momento presente. A partir desta realidade
possam ter levado os países do Terceiro Mun- dicotômica, estabelece-se uma relação de po-
do a adotar modelo de desenvolvimento que der que é bem distinta em cada realidade, e a
se mantém sob a tutela tecnológica e finan- respectiva submissão nacional geralmente se re-
ceira dos países centrais, cujas regras pro- produz nas relações internas. Em épocas distin-
vavelmente tenham que ser urgentemente tas, alguns setores podem ser beneficiados com
rediscutidas. N o decorrer da obra, é possí- as posições dos países desenvolvidos e acumu-
vel identificar nos diversos momentos histó- lar poder, como também podem ficar à margem.
ricos os beneficiários de determinada deci- O desenvolvimento ainda é analisado sob o pris-
são, que puderam incorporar excedentes, e ma das estruturas agrárias e das possibilidades
aqueles que sempre operam à margem dos de formação de excedentes. Além disso, a obra
processos, dificilmente decidindo algo. A par- conta com uma análise do progresso técnico,
tir desses cenários, trabalha os limitados ca- considerado fruto da criatividade humana, que
minhos que restam dentro deste complexo nos últimos dois séculos vem sendo canalizada
contexto macroeconômico. especialmente para a inovação técnica.
Através desta obra, o autor deixa vários Em síntese, o livro fornece elementos que po-
questionamentos e interrogações para os lei-
dem contribuir na compreensão do contexto
tores: por que certas sociedades apresentam
dos últimos dois séculos e meio, com ênfase na
em determinados períodos de sua história tão
análise do presente, momento em que as em-
grande capacidade de inovação, como ocor-
presas globais possuem sede em países desen-
reu na Grécia de Péricles? Por que outras fa-
volvidos e procuram elevar a apropriação de
vorecem em dado momento a invenção de téc-
seus excedentes através da atuação em países
nicas em detrimento da criação de valores,
periféricos. N esses, buscam encontrar mão-de-
como aconteceu na Inglaterra da Revolução
obra mais barata, menos impostos, mais incen-
Industrial? Será que o avanço tecnológico re-
tivos, menos restrições quanto a poluição e, não
prime a criação dos valores substantivos que
raras vezes, seus excedentes são obtidos com
são a conquista maior do espírito humano?
a devastação dos recursos naturais. A obra é
Pode haver desenvolvimento sem criatividade
de fácil leitura e recomendada para todos que
própria? A globalização agrava este proces-
trabalham com a questão do desenvolvimento,
so? Este ambiente provocativo ilustra a rique-
principalmente com os limites de um desenvol-
za da obra, que se encontra na terceira edi-
vimento endógeno.
ção, toda revista pelo autor e com abordagens
bem atuais sobre o assunto.
Re s e n h a e la b o r a d a p e lo En g e n h e ir o A g r ô -
O debate se estende também à compreen- n o m o d a EM A T ER/ RS Iv a r J o s é K r e u t z,
são das relações internas dos países desen- m e s t r a n d o e m A g r o e c o s s is t e m a s - U FS C .
E- m a il: ijk r e u t z@t e r r a .c o m .b r
62 volvidos e às respectivas implicações sobre
Re s e n h a e la b o r a d a p o r L u is a H e le n a
S c h w a n t z d e S iq u e ir a , s o c ió lo g a d a
EM A T ER/ RS , m e s t r a n d a e m D e s e n v o lv i-
m e n t o Ru r a l - U FRG S . E- m a il:
lu iza @e m a t e r .t c h e .b r
64
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO
1. AgroecologiaeDesenvolvimentoRural Sustentável éuma debateeao “estado daarte” do campo deestudo aque
publicação daEMATER/RS, destinadaàdivulgação de se refere. Assim mesmo, terão prioridade os textos
trabalhos de agricultores, extensionistas, professores, encomendadospelaRevista.
pesquisadoreseoutrosprofissionaisdedicadosaostemas
centraisdeinteressedaRevista. 7. Serãoenviados5 (cinco) exemplaresdonúmerodaRevista
paratodososautoresquetiveremseusartigosou textos
2. AgroecologiaeDesenvolvimentoRural Sustentável éum publicados. Emqualquercaso, ostextosnãoaceitospara
periódico depublicação trimestral quetemcomo público publicação não serão devolvidosaosseusautores.
referencial todasaquelaspessoasque estão empenhadas
naconstrução daAgriculturaedo Desenvolvimento Rural 8. Ascontribuiçõesdevemter no máximo 10 (dez) laudas
Sustentáveis. (usando editor de textos Word) em formato A-4,
devendo ser utilizadaletra TimesNew Roman, tamanho
3. AgroecologiaeDesenvolvimentoRural Sustentável publica 12 e espaço 1,5 entre linhas (dois espaços entre
artigoscientíficos, resultadosdepesquisa, estudosdecaso, parágrafos). Poderãoserutilizadasnotasdepédepágina
resenhasdeteseselivros, assimcomoexperiênciaserelatos ou notasao final, devidamente numeradas, devendo ser
detrabalhosorientadospelosprincípiosdaAgroecologia. escritasemletraTimesNewRoman, tamanho10 eespaço
Alémdisso, aceitaartigoscomenfoquesteóricose/oupráticos simples. Quandoforocaso, fotos, mapas, gráficosefiguras
nos campos do Desenvolvimento Rural Sustentável e da devemser enviados, obrigatoriamente, emformato digital
Agricultura Sustentável, esta entendida como toda forma epreparadosemsoftwarescompatíveiscomaplataforma
ou estilo de agricultura de base ecológica, windows, depreferênciaemformato JPG ouGIF.
independentemente daorientação teóricasobre aqual se
assenta. Como não poderiadeixar deser, aRevistadedica 9. Os artigos devem seguir as normas da ABNT (NBR
especial interesse à Agricultura Familiar, que constitui o 6022/2000). Recomenda-se que sejam inseridas no
públicoexclusivodaExtensãoRural gaúcha. Nestesentido, corpodotextotodasascitaçõesbibliográficas, destacando,
são aceitos para publicação artigos e textos que tratem entreparênteses, osobrenomedoautor, anodepublicação
teoricamenteestetemae/ouabordemestratégiasepráticas e, se for o caso, o número da página citada ou letras
quepromovamo fortalecimento daAgriculturaFamiliar. minúsculasquandohouvermaisdeumacitaçãodomesmo
autoreano. Exemplos: ComojámencionouSilva(1999,
4. Os artigos e textos devemser enviados empapel e em p.42); como jámencionouSouza(1999 a,b); ou, no
disquete à Biblioteca da EMATER/RS (A/C Mariléa final dacitação, usando (Silva, 1999, p.42).
Fabião Borralho, RuaBotafogo, 1051 – Bairro Menino
Deus– CEP90150-053 – PortoAlegre– RS) oupor 10. As fontes consultadas devemconstar no fimdo texto,
correio eletrônico (paraagroeco@emater.tche.br) atéo nas Referências Bibliográficas, seguindo as normas da
últimodiadosmesesdemarço, junho, setembroedezembro ABNT(NBR6023/2000).
decadaano. Ademais, devemseracompanhadosdecarta
autorizando sua publicação na Revista Agroecologia e 11. Sobreaestruturadosartigostécnico-científicos:
Desenvolvimento Rural Sustentável, devendo constar o a) Título do artigo: emnegrito e centrado
endereçocompletodoautor. b) Nome(s) do(s) autor(es): iniciando pelo(s)
sobrenome(s), acompanhado(s) denotaderodapé
5. SerãoaceitosparapublicaçãotextosescritosemPortuguês onde conste: profissão, titulação, atividade
ou Espanhol, assimcomo tradução de textos para estes profissional, local detrabalho, endereço e E-mail.
idiomas. Salienta-seque, no caso dastraduções, deveser c) Resumo: no máximo em10 linhas.
mencionadodeformaexplícita, empédepágina, “Tradução d) Corpo do trabalho: deve contemplar, no mínimo,
autorizadaerevisadapeloautor” ou“Traduçãoautorizada 4 (quatro) tópicos, a saber: introdução,
enãorevisadapeloautor”, conformeforocaso. desenvolvimento, conclusões e referências
bibliográficas. Poderão ainda constar listas de
6. Terãoprioridadenaordemdepublicaçãoostextosinéditos, quadros, tabelasefiguras, relaçãodeabreviaturase
ainda não publicados, assimcomo aqueles que estejam outros itens julgados importantes para o melhor
centradosemtemasdaatualidade e contemporâneosao entendimento do texto.
65
Agroecol.eDesenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.3, n.2, abr./junh.2002