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Nervoso
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Programa de aula
Introdução e definições
Fisiopatologia das neurotoxicidades
Características intrínsecas e únicas do S.N.
Barreira hemato-encefálica
Problema do espaço físico
Manutenção de ambiente rico em lípidas
Transmissão de informação no espaço extra-celular.
Desenvolvimento do Sistema nervoso
Neuropatias
Doxorubicina
Metil-mercúrio
Compostos orgânicos de estanho
Axonopatias
Gama-dicetonas
Dissulfeto de carbono
Acrilamidas
Mielinopatias
Hexaclorofeno
Chumbo
Toxicidade relacionada a neuro-transmissão
Nicotina 2
Cocaína
Neurotoxicidade
Para compreender as doenças neurotoxicológicas:
– Anatomia
– Fisiologia
– Desenvolvimento
– Capacidade regenerativa do sistema nervoso
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Características do Sistema Nervoso
Barreira Hemato-encefálica
• Ehrlich (1885) estudando a distribuição de agentes corantes no
organismo, observou que somente o cérebro e a medula
espinhal não se coravam.
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Características do Sistema Nervoso
Manutenção de um ambiente rico em
lípidas
Bainha de mielina
• É formada no SNC pelos oligodendrócitos e no
SNP pelas células de Schwann.
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Características do Sistema Nervoso
Desenvolvimento do Sistema nervoso
• O desenvolvimento do SN é composto dos seguintes processos básicos:
– Replicação
– Diferenciação
– Mielinização
– Formação das sinapses
1. Replicação: os precursores neuronais e gliais replicam-se no saco germinal.
2. Camadas sucessivas da córtex cerebral, assim como neurônio, astrócitos estruturais e
oligodendrócitos migram do saco germinal em seqüência ordenada ainda na fase uterina e
após o nascimento.
3. A mielinização começa no útero e durante a primeira infância.
4. A formação de sinapses é um processo dinâmico que dura toda a vida.
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Doenças Neurotóxicas
• Neuronopatias
– Perda de toda célula, corpo e processos, sem chance de regeneração.
• Axonopatias
– O dano ocorre no axônio, a porção distal degenera, mas o corpo sobrevive.
Pode regenerar-se.
• Neuropatias desmielinizantes (mielinopatia)
• Doenças relacionadas com a neurotransmissão.
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Neuronopatias
• Certos agentes tóxicos são específicos para os
neurônios ou algumas vezes para grupos particulares de
neurônios.
• Perda neuronal é irreversível.
• Degeneração de toda a sua extensão citoplasmática,
dendritos, axônio e bainha de mielina.
• A expressão do dano neuronal massivo é a
ENCEFALOPATIA com disfunção geral.
• Se houver seletividade do agente, leva a interrupção de
uma função em particular.
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Neuronopatias
Doxorubicina
• Quimioterápico derivado da antraciclina
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Neuronopatias
Metil-mercúrio
• A neurotoxicidade dos organo-mercuriais foi observado na população
do Iraque e do Japão.
– Iraque: grãos fumigados com esse pesticida barato, 400 morte e 6.000
hospitalizadas.
– Japão: baía de Minamata.
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Axonopatias
g-Dicetonas
• Determinados hidrocarbonetos
alifáticos que são precursores de
cetonas duplas afastadas por dois
átomos de carbonos:
– N-hexano
– Metil-siobutilcetona
• Mecanismo de Ação
– Baseado na biologia do axônio e na
reatividade química das dicetonas.
– As g-dicetonas reagem com
grupamentos amino, formando pirrols.
– As proteínas dos neurofilamentos
sofrem ligação covalente cruzada.
– Formação de agregados de
neurofilamentos, incham e bloqueiam o
transporte de nutrientes para a porção
distal.
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Axonopatias
Dissulfeto de Carbono CS2
• Exposição ocupacional na vulcanização da borracha e na produção de viscose.
Laboratórios de químicos.
• Antigamente devido a exposição elevada: psicose maníaca.
• Exposição crônica causa axonopatia distal semelhante ao n-hexano.
• O próprio CS2 reage com os graupamentos amino das proteínas dos
neurofilamentos, formando os adutos de ditiocarbamato.
Acrilamida
• É um monômero de vinila usada na manufatura de produtos de papel; na
floculação no tratamento de água, agente impermeabilizante, na produção do
gel de poli-acrilamida usada nos laboratórios de pesquisa.
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Mielinopatias
• A mielina promove o isolamento elétrico do processo neuronal.
• Sua ausência causa uma redução da velocidade de condução, assim
como condução aberrante dos impulsos.
• O agente tóxico atua provocando a separação da lamela mielínica e
edema intra-mielínico.
• Outros atuam seletivamente na célula mielínica, causando
desmilienização.
– No SNP: ocorre a remielinização. As células de Schwann regeneram-se
facilmente.
– No SNC: a recuperação ocorre em menor extensão.
• Hexaclorofeno
– Foi usada na profilaxia da infecção estafilocócica em recém-nascidos.
– Há absorção dérmica e penetração no SN central e periférico.
– Causa edema intra-mielínico.
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Mielinopatias
Chumbo
Exposição aguda em crianças muitos novas leva a encefalopatia:
edema cerebral severo, devido ao dano às células endoteliais.
Adultos:
Exposição crônica: neuropatia periférica e manifestações fora
dos S.N.
– Gastrite
– Dor abdominal (cólica)
– Anemia
– Há envolvimento de axônios motores: neuropatia motora.
Manifestação clássica é a mão em forma de garra.
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Toxicidade relacionada a neuro-transmissão
• Nicotina
• Cocaína
• Inseticidas organofosforados e carbamatos
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