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A ula 05

L eis E specíficas

__________________ Sumário__________________
1 - Considerações Iniciais................................................................................................. 1
2 - Direitos no sistema de transporte coletivo.................................................................... 2
3.1 - Lei 8.899/94 ....................................................................................................... 2
3.2 - Decreto 3.691/2000............................................................................................. 2
3 - Símbolo de identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva............................. 3
4 - Normas de apoio às pessoas portadoras de deficiência e sua integração social...................4
4.1 - Introdução.......................................................................................................... 4
4.2 - Lei n° 7.853/1989................................................................................................ 5
4.3 - Decreto n° 3.298/99.......................................................................................... 18
5 - Lei n° 11.126/2005.................................................................................................. 41
6 - Questões................................................................................................................ 42
6.1 - Lista de Questões sem Comentários.....................................................................42
6.2 - Gabarito........................................................................................................... 65
6.3 - Lista de Questões com Comentários.....................................................................65
7 - Legislação Destacada..............................................................................................110
8 - Resumo................................................................................................................. 115
9 - Considerações Finais...............................................................................................119

___________ 1 - Considerações Iniciais___________


Para este encontro, reservamos o estudo de algumas leis específicas que estão
inseridas no universo dos direitos das pessoas com deficiência. São elas:
Direitos no sistema de transporte coletivo, que está regrado pela Lei n°
8.899/1994 e regulamentado pelo Decreto n° 3.691/2000.
Símbolo de identificação de pessoas com deficiência auditiva, que
observa a Lei n° 8.160/1991.
^ Apoio às pessoas com deficiência e sua integração social, que observa a
Lei n° 7.853/1989 e o Decreto n° 3.298/1999.
^ Direito de a pessoa com deficiência permanecer e ingressar em locais de
uso coletivo com cão-guia, conforme a Lei n° 11.126/2005
Bons estudos!

2 - Direitos no sistema de transporte coletivo

3.1 - Lei n° 8.899/94


A Lei n° 8.899/1994 é um diploma curto, que foi criado para conceder passe livre
às pessoas com deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual. Ou
seja, é válida para transporte realizado entre estados.
Essa norma contém quatro dispositivos, dos quais dois interessam:
Art. I o É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência,
comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual.
Art. 2o O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias a contar de
sua publicação.
Portanto, ao criar os benefícios aos deficientes hipossuficientes, a legislação
federal conferiu ao Poder Executivo o dever de regulamentar esse direito, que foi
posteriormente normatizado pelo Decreto n° 3.691/2000, que será estudado na
sequência.

3.2 - Decreto n° 3.691/2000


O referido decreto, de forma direita e objetiva (em três artigos), define que as
empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de
passageiros reservarão dois assentos de cada veículo, destinado a serviço
convencional, para ocupação das pessoas com deficiência, conforme disciplina e
fiscalização a ser empreendida pelo Ministério dos Transportes.
Desses pontos, para a prova, é relevante:

TRANSPORTE COLETIVO São reservados dois assentos por ônibus


INTERESTADUAL DE para o passe livre de pessoas com
DEFICIENTES deficiência.

Vejamos os dispositivos:
Art. I o As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual
de passageiros reservarão dois assentos de cada veículo, destinado a serviço
convencional, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo art. Io da Lei no 8.899,
de 29 de junho de 1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro de
1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos
nos 1.744, de 8 de dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
Art. 2o O Ministro de Estado dos Transportes disciplinará, no prazo de até trinta dias, o
disposto neste Decreto.
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

É importante deixar claro que essas normas se aplicam ao transporte


interestadual, ou seja, quando o deslocamento se dá entre estados-membros da
federação. Quando envolver transporte municipal, intermunicipal ou estadual a
competência será do município respectivo ou do estado em relação às duas
últimas hipóteses.

3 - Símbolo de identificação de pessoas com


deficiência auditiva_____________
Na mesma esteira do tópico anterior, a Lei n° 8.160/1991 disciplina a necessidade
de adoção de símbolo para permitir a identificação por pessoas com deficiência
auditiva. A finalidade dessa norma é facilitar a identificação de locais acessíveis
para pessoas que possuam surdez.
A aposição desse símbolo, de acordo com o art. I o, da Lei, é obrigatória em todos
os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas com
deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou
que possibilitem o seu uso, devendo ser fixado em local acessível ao Poder
Público.
Além disso, esse símbolo não poderá ser usado para outra finalidade a não ser a
identificação, a assinalação ou a indicação do local do serviço destinado ao
deficiente, sob pena de caracterizar conduta discriminatória.
Pergunta-se, e qual é esse símbolo?

S ím b o l o I n t e r n a c i o n a l da S urdez

Para a prova...
Professor, e a legislação?!
Segue:
Art. I o E obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez"
em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas
portadoras de deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua
disposição ou que possibilitem o seu uso.
Art. 2o O "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado, obrigatoriamente, em
local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho
reproduzido no anexo a esta lei.
Art. 3o É PROIBIDA a utilização do "Símbolo Internacional de Surdez" para finalidade
outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado
ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em
publicações e outros meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente
auditivo, a exemplo de adesivos específicos para veículos oor ele conduzidos.
Art. 4o O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias, a contar de sua
vigência.
Art. 5o Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6o Revogam-se as disposições em contrário.

Sigamos!

4 - Normas de apoio às pessoas com deficiência e


sua integração social___________

4.1 - Introdução
O estudo das normas de integração social da pessoa com deficiência passa pela
Lei n° 7.853/1989 e pelo Decreto n° 3.298/1999, de caráter regulamentar.
Notamos que o assunto é frequente em provas, razão pela qual devemos dar a
devida atenção aos dispositivos mais relevantes sobre o assunto.
De todo modo, podemos identificar os assuntos mais relevantes, de forma que a
nossa recomendação é pelo estudo atento da norma e de alguns aspectos do
decreto, conforme destacaremos adiante.
4.2 - Lei n° 7.853/1989
Conceitos Iniciais
A presente lei visa estabelecer políticas e ações voltadas à integração das pessoas
com deficiência. A ideia de inclusão social passa pela criação de mecanismos que
visem conferir acessibilidade.
Confira:
Art. 1° Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos
direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva
integração social, nos termos desta Lei.
§ I o Na aplicação e interpretação desta Lei, serão considerados os valores básicos da
igualdade de tratamento e oportunidade, da iustica social, do respeito à dignidade da pessoa
humana, do bem-estar, e outros, indicados na Constituição ou justificados pelos princípios
gerais de direito.
§ 2o As normas desta Lei visam garantir às pessoas portadoras de deficiência as ações
governamentais necessárias ao seu cumprimento e das demais disposições constitucionais
e legais que lhes concernem, afastadas as discriminações e os preconceitos de
qualquer espécie, e entendida a matéria como obrigação nacional a cargo do Poder Público
e da sociedade.

Do dispositivo acima, devemos extrair duas informações importantes:


^ parâmetros de interpretação de aplicação da norma

atuação
ATUAÇAO

vedação à discriminação e ao
ações governamentais
preconceito

Em relação à atuação temos, portanto, por um lado, a vertente promocional, por


intermédio do qual o Poder Público deverá desenvolver políticas públicas e ações
afirmativas de apoio e inclusão. Por outro, atuará repressivamente, combatendo
a discriminação e o preconceito contra a pessoa com deficiência.

Ações promocionais
Na proteção dos direitos das pessoas com deficiência, o Poder Público deverá
adotar uma série de medidas de acordo com o direito a ser tutelado, conforme
vem estabelecido no art. 2o, que estudaremos.
Antes de iniciar, entretanto, é importante destacar que essa atuação é prioritária,
ou seja, deve ser adotada com preferência em relação às demais políticas
estatais.
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
0 pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde,
ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de
outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social
e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratam ento prioritário e adequado, tendente
a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes MEDIDAS;
A partir desse momento, a lei passa a enumerar, em cada um dos incisos do art.
2o, as ações governamentais de apoio e inclusão de acordo com o direito social
específico. Temos, portanto, normas promocionais da educação, da saúde, do
trabalho, do lazer, da previdência social, do amparo à infância e maternidade.
Vamos lá?!
Começamos pela educação!
1 - na área da EDUCAÇÃO;
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educacão Especial como modalidade educativa
que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação
próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas:
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educacão Especial em estabelecimento público de
ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educacão Especial a nível pré-escolar. em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares
de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de
ensino:

Podemos notar que há um esforço no sentido de conferir educação à pessoa com


deficiência, seja por intermédio do sistema regular de ensino (quando possível)
ou por intermédio do ensino especial.
Nesse contexto, as ações devem ser providas para a inclusão e inserção da
pessoa com deficiência na rede de ensino, constituindo obrigatoriedade da rede
pública proporcionar o ensino gratuito especial à pessoa com deficiência.
Além disso, temos regras que buscam proporcionar o ensino das pessoas com
deficiência que permanecerem internadas há mais de ano.
Por fim, garante-se a matrícula obrigatória tanto em instituições públicas como
em privadas, quando a pessoa com deficiência possa ser inserida dentro do
sistema regular de ensino.
Para a prova...

---- NA ÁREA DE EDUCAÇÃO ------------------------

•Inclusão da educação especial (educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o


graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais)
•Inserção da educação especial no ensino público (obrigatório e gratuito) e
privado.
•Obrigatoriedade da educação especial em nível pré-escolar nas unidades
hospitalares (quando prazo de internação for superior a 1 ano).
•Acesso à pessoa com deficiência dos mesmos direitos assegurados aos demais
educandos.
•Matrícula obrigatória, quando possível a integração no sistema regular de
ensino.

Sigamos!
II - na área da SAÚDE;
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do oueroério. à
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto
risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento
precoce de outras doenças causadoras de deficiência;
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de
trânsito, e de tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação:
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de
saúde públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e
padrões de conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado:
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de
deficiência, desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração
social;
Em relação à saúde, temos atuação no sentido preventivo, no fornecimento de
serviços especializados de habilitação e reabilitação e também na garantia de
acesso aos serviços públicos e privados de saúde, inclusive com atendimento
domiciliar.
Para a prova...

---- NA ÁREA DE SAÚDE -------------------------

•Promoção de ações preventivas (como planejamento familiar, aconselhamento


genético, acompanhamento da gravidez, parto e puerpério, imunização e
controle e tratamento de doenças)
•Desenvolvimento de políticas especiais para prevenir acidente de trabalho e de
trânsito.
•Oferta de serviços especializados para habilitação e reabilitação.
•Acesso aos serviços públicos e privados de saúde.
•Atendimento domiciliar de deficiente grave não internado.

Em frente!
III - na área da FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DO TRABALHO;
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos,
inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham
acesso aos empregos comuns;
c) a oromocão de ações eficazes oue propiciem a inserção, nos setores públicos e privado,
de pessoas portadoras de deficiência;
d) a adoção de leoislacão específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em
favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do
setor privado, e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao
mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas portadoras de deficiência;

No que diz respeito à formação profissional e do mercado de trabalho da pessoa


com deficiência, a Lei n° 7.853/1989 reserva ao Poder Público o papel de apoiar
e promover ações de inserção no mercado de trabalho.
Para a prova, base memorizar as informações centrais:
F '

---- NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL ------------------------

•Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos


de trabalho para a pessoa com deficiência.
•Promoção de políticas e ações afirmativas para surgimento de vagas e para
inserção das pessoas com deficiência no emprego.
•Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.
Veremos, adiante, previsão específica, destinando percentual de vagas em
grandes empresas às pessoas com deficiência.
Sigamos!
IV - na área de RECURSOS HUMANOS;
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial', de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação
profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas
portadoras de deficiências;
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do
conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;
Para a prova...

EM RECURSOS HUMANOS --------

•Formação e qualificação de profissionais que atuem em diversos setores,


especialmente na educação.
•Incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico na área.

Vejamos o último inciso do art. 2o :


V - na área das EDIFICAÇÕES;
a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações
e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência,
permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.

Para a prova...
f *

---- NAS EDIFICAÇÕES -------------------------

•Adoção de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias


públicas

Ações coletivas
É muito comum, em se tratando de proteção a grupos vulneráveis, que tenhamos
ações coletivas propostas com o objetivo de tutelar o direito de um grupo de
pessoas protegidas ao mesmo tempo ou para a proteção de direitos indisponíveis,
mesmo que individualmente considerados. Essas ações coletivas têm por
finalidade a proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais coletivos. Sem a necessidade de distinguir esses termos para fins do
nosso estudo, é relevante que você saiba quem são os legitimados a ajuizar essas
ações coletivas. Veja:
Art. 3- As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão
ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados,
pelos Municípios, oelo Distrito Federal, oor associação constituída há mais de 1 íum ) ano,
nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de
economia mista aue inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses
e a oromocão de direitos da oessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei n° 13.146, de
2015)

Primeiramente, cumpre compreender os denominados "interesses" que podem


ser tutelados por intermédio dessas ações coletivas. Sem maior aprofundamento
teórico, é importante ter em mente que falamos em interesses, pois envolvem
pretensões que podem, ou não, se consubstanciar em direitos a serem tutelados
coletivamente. Leva-se em consideração a natureza da pretensão para que
possamos aferir se a ação é coletiva. Uma vez sendo admitida a tutela dessa
pretensão na forma judicial, somente com a sentença é que teremos certeza de
que aquela pretensão inicial é, de fato, direito ou não, a depender da procedência
da demanda.
Ainda dentro de conceitos iniciais, vamos, de forma objetiva e direta, distinguir
as espécies de interesses mencionados pelo legislador.
Os interesses ou direitos difusos são os interesses ou direitos objetivamente
indivisíveis, cujos titulares são pessoas indeterminadas e
indetermináveis, ligadas entre si por circunstâncias de fato.
Pense, por exemplo, em uma ação destinada a garantir acessibilidade em órgãos
do Poder Judiciário.
Essa tutela caracteriza-se:

O fato de o objeto da ação ser indivisível irá conferir à decisão judicial o caráter
erga omnes, ou seja, abrangerá todos que possam ser afetados pelo
descumprimento do direito tutelado em juízo. Os efeitos não estão limitados às
partes da ação, mas a todas as pessoas com deficiência que possam necessitar
dessas normas de acessibilidade.
Entende-se como interesses ou direitos coletivos stricto sensu os interesses ou
direitos objetivamente indivisíveis, de que seja titular grupo, classe ou
categoria de pessoas, ligadas entre si ou com a parte contrária por um
vínculo jurídico base e, por tal razão, determináveis.
Diferentemente da situação acima, aqui temos uma coletividade, mas
determinada. Logo, podemos identificar as seguintes características:

Por exemplo, grupo de empregados de determinada concessionária de serviço


público buscam exigir que a empregadora fixe norma interna que garanta
tratamento isonômico às pessoas com deficiência no que diz respeito à
participação em cursos de formação e progressão profissional.
Podem ser entendidos como sendo direitos subjetivos individuais,
objetivamente divisíveis, cuja defesa judicial é passível de ser feita
coletivamente, cujos titulares são determináveis e têm em comum a
origem desses direitos, e cuja defesa judicial convém que seja feita
coletivamente.
Esses direitos caracterizam-se:

Por exemplo, grupo de empregados de determinada concessionária de serviço


público buscam exigir o cumprimento de norma interna que garanta tratamento
isonômico às pessoas com deficiência no que diz respeito à participação em
cursos de formação e progressão profissional.
No caso acima, a norma existe, mas é descumprida. O empregado podería,
isoladamente, ingressar em juízo para exigir respeito à norma, logo, o objeto é
divisível, contudo, recomenda-se que haja tratamento coletivo do tema para
beneficiar a todos os que estejam na mesma situação de violação de direitos.
Para a prova...
*
LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS
(interesses coletivos, difusos, individuais, homogêneos)

•Ministério Público
•Defensoria Pública
•União, estados-membros, Distrito Federal e Municípios.
•Autarquia, EP e por fundação ou SEM que inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa
com deficiência.
•Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a
proteção e a promoção de direitos das pessoas com deficiência

Estabelece, ainda, o §5°, do art. 3o, que se a ação for proposta por um dos
legitimados, os demais podem se habilitar no processo como legitimados ativos
nas ações coletivas, na condição de litisconsortes.
§ 5 ° Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas
ações propostas oor aualauer deles.
O §6°, por sua vez, estabelece que, caso algum dos legitimados acima desistir
da ação, os demais podem assumir a titularidade ativa da ação. Confira:
§ 6o Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.

Os demais §§, do art. 3o, tratam da requisição de documentos de órgãos e de


autoridades. Leia com atenção:
§ 1° Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as
certidões e informações que iulaar necessárias.
§ 2o As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas
dentro de 15 (quinze) dias da entreaa. sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só
poderão ser utilizadas para a instrução da ação civil.
§ 3o SOMENTE nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser
sigilo, poderá ser NEGADA certidão ou informação.
§ 4o Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta
desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento, e. salvo guando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitar umas e outras: feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça,
que cessará com o trânsito em julgado da sentença.
Esses dispositivos estabelecem duas regras:
1° - requisição das informações pelo próprio legitimado, com prazo de 15 dias para a
entrega da informação.
2o - caso haja negativa de fornecimento administrativo da certidão ou da informação
requisitada por razões de interesse público, a ação deve ser proposta sem os documentos
e conter o requerimento para que o juiz aprecie a requisição de documentos. Com base
nisso, decidirá:
a) se envolver documentos de segurança nacional, o juiz negará indeferimento de
requisição dos documentos;
b) caso envolva outra hipótese de interesse público, defere-se o requerimento e,
com a juntada dos documentos, o processo passará a tramitar em segredo de
justiça.

Sigamos!
O art. 4o trata dos efeitos da sentença coletiva voltada para a proteção de direitos
das pessoas com deficiência. Em regra, a sentença é erga omnes a não ser que
seja julgada improcedente a ação por deficiência probatória, hipótese em que
nova ação poderá ser ajuizada caso haja novas provas.
Art. 4o A sentença terá eficácia de coisa iulaada oponível eraa omnes. EXCETO no caso
de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra acão com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova.
§ I o A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita
ao duplo arau de jurisdição. NÃO produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal.
§ 2o Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso,
poderá recorrer qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.

Em relação aos §§ acima citados, uma informação é relevante. As ações coletivas


voltadas para a proteção de pessoas com deficiência estão sujeitas ao duplo
grau de jurisdição obrigatório. Desse modo, a ação somente produzirá efeitos
após reanálise pelo tribunal (órgão ad quem).
Para a prova, lembre-se de que:
Ministério Público e a acão civil pública
Na sequência, vamos analisar os dispositivos relativos à atuação do Ministério
Público e, principalmente, sobre a ação civil pública.
O art. 5o prevê que o Ministério Público deve intervir obrigatoriamente nas ações,
públicas, coletivas ou individuais, que envolvam a tutela de direitos de pessoas
com deficiência. Assim, quando não for parte na demanda, o MP deverá atuar
como fiscal da ordem jurídica.
Art. 5o O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas
ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.

Os arts. 6o e 7o disciplinam a ação civil pública. A ação civil pública observa a


Lei n° 7.347/1985. O procedimento antecedente à ação civil pública é o inquérito
civil. Assim, primeiramente o MP instaura um inquérito civil que tem por
finalidade averiguar administrativamente fatos a fim de convencer o órgão a
ajuizar, ou não, a ação civil pública.
Desse modo, se, ao final do procedimento do inquérito, o órgão do MP concluir
que existem elementos suficientes, ajuizará a ação civil pública, caso contrário,
arquivará o procedimento.
Art. 6o O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou
requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões,
informações, exame ou perícias, no prazo oue assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ I o Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da
inexistência de elementos para a propositura de ação civil, promoverá
fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das peças informativas. Neste
caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas pecas, em 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público, oue os examinará, deliberando a respeito,
conforme dispuser seu Regimento.
§ 2o Se a promoção do arquivamento for reformada, o Conselho Superior do Ministério
Público desionará desde looo outro óroão do Ministério Público para o aiuizamento da acão.
Art. 7o Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985.
Em relação ao inquérito preliminar à ação civil pública, lembre-se de que:
Sigamos para o artigo 8o, que prevê as hipóteses tipificadas penalmente:
Art. 8° Constitui CRIME punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e
multa: (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar
inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou arau. público ou
privado, em razão de sua deficiência: (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
II - obstar inscricão em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego
público, em razão de sua deficiência; (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à oessoa em razão de sua
deficiência: (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-
hospitalar e ambulatória! à pessoa com deficiência; (Redação dada pela Lei n° 13.146, de
2015)
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execucão de ordem judicial expedida na ação
civil a que alude esta Lei; (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil
pública obieto desta Lei, quando requisitados. (Redação dada pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 1QSe o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito)
anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 2a A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para indeferimento de inscrição,
de aprovação e de cumprimento de estágio probatório em concursos públicos não exclui a
responsabilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos danos
causados. (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 3a Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de oessoa com
deficiência em planos privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores
diferenciados. (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 4a Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é
agravada em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015)
As hipóteses são as seguintes:
%

CONSTITUI CRIME (2 a 5 anos) -----------------

•Criar obstáculos à inscrição de pessoa com deficiência na escola.


•Criar obstáculos à inscrição em concurso público ou acesso a cargos e empregos
públicos em razão da deficiência.
•Negar ou dificultar o acesso ao trabalho de pessoas em razão da deficiência.
•Recusar, retardar ou dificultar a internação ou não prestar assistência médico-
hospitalar e ambulatorial.
•Deixar de cumprir, retardar ou frustrar a execução de ordem judicial decorrentes
de ações que tenham por fundamento a Lei n° 7.853/1989.
•Dificultar ou impedir o curso de procedimento de inquérito civil.
•Impedir ou dificultar o acesso de pessoa com deficiência em planos de saúde.

Caso o fato seja praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 anos ou,
independentemente de idade, se praticado em atendimento de urgência ou de
emergência, a penalidade será agravada em 1/3.
Assim:

A partir do art. 9o, temos regras referentes às políticas públicas praticadas pela
Administração Pública Federal para promover a defesa dos direitos das pessoas
com deficiência.
Art. 9o A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas
portadoras de deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja
efetivamente ensejado o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como
sua completa integração social.
§ I o Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos
órgãos da Administração Pública Federal, e incluir-se-ão em Política Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, na qual estejam compreendidos planos,
programas e projetos sujeitos a prazos e objetivos determinados.
§ 2o Ter-se-ão como integrantes da Administração Pública Federal, para os fins desta Lei,
além dos órgãos públicos, das autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia
mista, as respectivas subsidiárias e as fundações públicas.
O art. 10 trata da criação do CORDE, órgão voltado para coordenar ações
governamentais e medidas referentes às pessoas com deficiência. No art. 11,
temos o rol de competências descritas do CORDE, cuja leitura é o suficiente para
fins da nossa prova.
Art. 10. A coordenação superior dos assuntos, ações governamentais e medidas referentes
a pessoas portadoras de deficiência caberá à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República. (Redação dada pela Lei n° 11.958, de 2009)
Parágrafo único. Ao órgão a que se refere este artigo caberá formular a Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, seus planos, programas e projetos e
cumprir as instruções superiores que lhes digam respeito, com a cooperação dos demais
órgãos públicos. (Redação dada pela Lei n° 8.028, de 1990)
Art. 11. (Revogado pela Lei n° 8.028, de 1990)
Art. 12. Compete à Corde:
I - coordenar as ações governamentais e medidas que se refiram às pessoas portadoras de
deficiência;
II - elaborar os planos, programas e projetos subsumidos na Política Nacional para a
Integração de Pessoa Portadora de Deficiência, bem como propor as providências
necessárias a sua completa implantação e seu adequado desenvolvimento, inclusive as
pertinentes a recursos e as de caráter legislativo;
III - acompanhar e orientar a execução, pela Administração Pública Federal, dos planos,
programas e projetos mencionados no inciso anterior;
IV - manifestar-se sobre a adequação à Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos
respectivos;
V - manter, com os Estados, Municípios, Territórios, o Distrito Federal, e o Ministério Público,
estreito relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas à integração social
das pessoas portadoras de deficiência;
VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que
constituam objeto da ação civil de que esta Lei, e indicando-lhe os elementos de convicção;
VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos
da Administração Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência;
VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes à pessoa
portadora de deficiência, visando à conscientização da sociedade.
Parágrafo único. Na elaboração dos planos, programas e projetos a seu cargo, deverá a
Corde recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas, bem
como considerar a necessidade de efetivo apoio aos entes particulares voltados para a
integração social das pessoas portadoras de deficiência.
O art. 15, na sequência, prevê a criação de uma Secretaria específica, que integra
o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde e o Ministério da Previdência
Social, que atuará como coordenadora setorial referente à promoção dos direitos
das pessoas com deficiência.
Art. 13. (Revogado).
Art. 14. (Vetado).
Art. 15. Para atendimento e fiel cumprimento do que dispõe esta Lei, será reestruturada a
Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação, e serão instituídos, no Ministério
do Trabalho, no Ministério da Saúde e no Ministério da Previdência e Assistência Social,
órgão encarregados da coordenação setorial dos assuntos concernentes às pessoas
portadoras de deficiência.
Para encerrar a parte teórica, confira os dispositivos finais da Lei n° 7.853/1989,
cuja leitura é suficiente para fins prova.
Art. 16. O Poder Executivo adotará, nos 60 (sessenta) dias posteriores à vigência desta Lei,
as providências necessárias à reestruturação e ao regular funcionamento da Corde, como
aquelas decorrentes do artigo anterior.
Art. 17. Serão incluídas no censo demográfico de 1990, e nos subseqüentes, questões
concernentes à problemática da pessoa portadora de deficiência, objetivando o
conhecimento atualizado do número de pessoas portadoras de deficiência no País.
Art. 18. Os órgãos federais desenvolverão, no prazo de 12 (doze) meses contado da
publicação desta Lei, as ações necessárias à efetiva implantação das medidas indicadas no
art. 2 o desta Lei.
Art. 19. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 20. Revogam-se as disposições em contrário.

4.3 - Decreto n° 3.298/99


O Decreto dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência, a qual representa uma série de normas que objetivam assegurar
o exercício dos direitos das pessoas com deficiência.
O decreto estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos da Política
Nacional, que devem ser seguidos pela União, pelos Estados e pelos Municípios.
Trata-se de um documento extenso e detalhado. Assim, a fim de dinamizar nosso
estudo, não comentaremos todos os dispositivos, mas procuraremos sistematizar
e explicar os mais importantes e citar aqueles que merecem uma rápida leitura.

Disposições Gerais
O Decreto inicia explicando que a Política Nacional tem por objetivo garantir o
pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência.
Observe que a linguagem do Decreto é antiga, pois o documento foi editado em
1999. Assim, devemos adaptar a leitura terminológica conforme exposto em
nossa primeira aula do curso.
Art. I o A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende
o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos
direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência.

O art. 2o menciona a quem compete assegurar os direitos das pessoas com


deficiência.
Art. 2o Cabe aos óraãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa
portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos
direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência
social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao
amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis,
propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Vejamos o rol de direitos citados no dispositivo:


Direitos cujo pleno exercício é assegurado à pessoa
com deficiência
•educação;
•saúde;
•trabalho;
•desporto;
•turismo;
•lazer;
•previdência social;
•assistência social;
•transporte;
•edificação pública;
•habitação;
•cultura;
•amparo à infância e à maternidade;
•outros direitos que propiciem seu be -estar pessoal, social e econômico.

O art. 3o traz alguns conceitos de pessoa com deficiência. Esses conceitos foram
atualizados pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. De toda forma, seguem os
dispositivos para uma rápida leitura:
Art. 3o Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do
padrão considerado normal para o ser humano;
II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período
de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere,
apesar de novos tratamentos; e
III - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social,
com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a
pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu
bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

O art. 4o traz as categorias de pessoas com deficiência:


Art. 4° E considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma
de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

Observe que a deficiência será física quando houver uma alteração em uma parte
do corpo que acarrete o comprometimento da função física. Em sequência a esse
conceito geral, o inciso traz exemplos de deficiência física.
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e
3.000Hz;
Note que a deficiência auditiva é verificada quando houver perda de audição,
parcial ou total, em ambos os ouvidos. Além disso, há menção de um montante
específico de perda auditiva: 41 decibéis.
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual
entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou
a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

A deficiência visual também é aferida por padrões estabelecidos:


• Cegueira - acuidade visual é igual ou menor que 0,05;
• Baixa visão - acuidade visual entre 0,3 e 0,05;
• Casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos
for igual ou menor que 60°;
• Ocorrência simultânea de quaisquer uma das condições anteriores.
IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à média,
com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;

Observe que o conceito de deficiência mental é vago ao utilizar o termo


"funcionamento intelectual significativamente inferior à média". Assim, a pessoa,
para ser considerada com deficiência mental, deverá possuir limitações em duas
ou mais áreas citadas nas alíneas.
| V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

Princípios
Vejamos os princípios que regem a Política Nacional para Integração das pessoas
com deficiência:
Art. 5o A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em
consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes
princípios:
I - desenvolvim ento de acão coniunta do Estado e da sociedade civil, de modo a
assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-
econômico e cultural:
II - e sta b e le cim e n to de m e ca n ism o s e in stru m e n to s legais e operacionais QUS.
a sse g u re m às pessoas portadoras de deficiência o p le n o e x e rc íc io de se u s d ire ito s
básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal,
social e econômico; e
III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de
oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem
privilégios ou paternalismos.

São três os princípios da Política:

desenvolver ações estabelecer mecanismos e


conjuntas para a plena instrumentos que respeitar as pessoas com
integração da pessoa com assegurem o pleno exercício deficiência
deficiência na sociedade dos direitos

Diretrizes
Vamos 1er as diretrizes da Política Nacional e depois esquematizá-las:
Art. 6o São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa
portadora de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com óraãos e entidades públicos e privados.
bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em
todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à
edificação pública, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à
cultura, ao esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases
de implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - amoliar as alternativas de inserção econômica da oessoa portadora de
deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado
de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.

Essa parte de diretrizes e princípios não há muito o que comentar. Trata-se de


um rol que deve ser memorizado. Segue um esquema para ajudá-los nessa
tarefa:
/■ N

Diretrizes da Política Nacional para a Integração

•estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social;


•adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados,
bem como com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da
Política;
•incluir a pessoa com deficiência em todas as iniciativas governamentais
relacionadas aos direitos fundamentais;
•viabilizar a participação da pessoa com deficiência em todas as fases de
implementação da Política, por intermédio de suas entidades representativas;
•ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa com deficiência;
•garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa com deficiência,
sem o cunho assistencialista.

Objetivos
Verifique os objetivos da Política Nacional de Integração:
Art. 7o São objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos
os serviços oferecidos à comunidade:
II - integração das ações dos óraãos e das entidades públicos e privados nas áreas
de saúde, educação, trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência
social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção das deficiências. à
eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social:
III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das
necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência;
IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de
deficiência; e
V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado
e de inclusão social.
Note que o principal objetivo da política é favorecer a integração da pessoa com
deficiência à sociedade, por meio do acesso aos serviços públicos, inclusão social
em termos gerais, do desenvolvimento de programas para atendimento da
pessoa com deficiência, da formação de pessoal para atendimento e da garantia
de efetividade dos programas criados.

Instrumentos
A fim de alcançar os objetivos tratados, o Decreto prevê os instrumentos que
poderão ser utilizados:
Art. 8o São instrumentos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - a articulação entre entidades governamentais e não-oovernamentais que tenham
responsabilidades quanto ao atendimento da pessoa portadora de deficiência, em nível
federal, estadual, do Distrito Federal e municipal;
II - o fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente
atendimento da pessoa portadora de deficiência;
III - a aplicacão da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de
trabalho, em favor da pessoa portadora de deficiência, nos órgãos e nas entidades públicos
e privados;
IV - o fomento da tecnologia de bioenaenharia voltada para a pessoa portadora de
deficiência, bem como a facilitação da importação de equipamentos; e
V - a fiscalização do cumprimento da legislação pertinente ã pessoa portadora de
deficiência.

Vejamos essas informações em um esquema, para facilitar a memorização:

Aspectos Institucionais
O art. 9o, do Decreto n° 3.298/99, versa sobre o tratamento prioritário que deve
ser concedido às pessoas com deficiência pelos órgãos e entidades da
Administração, com o objetivo de assegurar o pleno exercício dos direitos
fundamentais.
Art. 9o Os óraãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
deverão conferir, no âmbito das respectivas competências e finalidades, tratamento
prioritário e adequado aos assuntos relativos à pessoa portadora de deficiência, visando
a assegurar-lhe o pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
A Administração, ao implementar o previsto no Decreto, deverá criar planos e
programas integrados, aprovados pelo CONADE.
Art. 10. Na execução deste Decreto, a Administração Pública Federal direta e indireta atuará
de modo integrado e coordenado, seguindo planos e programas, com prazos e objetivos
determinados. aprovados oelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora
de Deficiência - CONADE.
O CONADE é um órgão de deliberação coleqiada que foi criado com o objetivo de
acompanhar e de avaliar o desenvolvimento da Política de Integração e das
políticas setoriais dirigidas às pessoas com deficiência. O CONADE faz parte da
estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
(SDH/PR).
O art. 11 prescreve as competências do CONADE. Esse dispositivo é importante,
por isso, leia com atenção.
Art. 11. Ao CONADE. criado no âmbito do Ministério da Justiça como órgão superior de
deliberação colegiada, compete:
I - zelar pela efetiva implantação da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência;
II - acompanhar o planejamento e avaliar a execucão das políticas setoriais de educação,
saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer, política
urbana e outras relativas à pessoa portadora de deficiência;
III - acompanhar a elaboração e a execucão da proposta orçamentária do Ministério da
Justiça, sugerindo as modificações necessárias à consecução da Política Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
IV - zelar oela efetivação do sistema descentralizado e participativo de defesa dos direitos
da oessoa portadora de deficiência:
V - acompanhar e apoiar as políticas e as ações do Conselho dos Direitos da Pessoa
Portadora de Deficiência no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - orooor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a melhoria da qualidade de
vida da pessoa portadora de deficiência;
VII - orooor e incentivar a realização de campanhas visando à prevenção de deficiências e
à promoção dos direitos da pessoa portadora de deficiência;
VIII - aorovar o olano de acão anual da Coordenadoria Nacional oara Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência - CORDE:
IX - acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas e projetos
da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; e
X - elaborar o seu regimento interno.

Note que as competências do CONADE se relacionam com a implementação e


com a fiscalização da aplicação da Política Nacional de Integração da Pessoa com
Deficiência.
O art. 12 trata da constituição do órgão. O CONADE será composto por
representantes do governo e da sociedade civil de forma paritária.
Art. 12. O CONADE será constituído, parítaríamente. oor representantes de
instituições governamentais e da sociedade civil. sendo a sua composição e o seu
funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justiça.
Parágrafo único. Na composição do CONADE, o Ministro de Estado da Justiça disporá sobre
os critérios de escolha dos representantes a que se refere este artigo, observando, entre
outros, a representatividade e a efetiva atuação, em nível nacional, relativamente à defesa
dos direitos da pessoa portadora de deficiência.

O artigo 13 permite que sejam criados órgãos deliberativos, como o CONADE,


por exemplo, nos Estados, DF e Municípios, como forma de descentralizar o
sistema de defesa.
Art. 13. Poderão ser instituídas outras instâncias deliberativas pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, que integrarão sistema descentralizado de defesa dos direitos
da pessoa portadora de deficiência.

O art. 14 traz as competências do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos


Humanos. Leia com atenção.
Art. 14. Incumbe ao Ministério da Justiça, oor intermédio da Secretaria de Estado dos
Direitos Humanos, a coordenação superior, na Administração Pública Federal, dos
assuntos, das atividades e das medidas que se refiram às pessoas portadoras de deficiência.
§ Io No âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, compete à CORDE:
I - exercer a coordenação superior dos assuntos, das ações governamentais e das medidas
referentes à pessoa portadora de deficiência;
II - elaborar os planos, programas e projetos da Política Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, bem como propor as providências necessárias à sua completa
implantação e ao seu adequado desenvolvimento, inclusive as pertinentes a recursos
financeiros e as de caráter legislativo;
III - acompanhar e orientar a execucão pela Administração Pública Federal dos planos,
programas e projetos mencionados no inciso anterior;
IV - manifestar-se sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, dos projetos federais a ela conexos, antes da liberação dos recursos
respectivos;
V - manter com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e o Ministério Público, estreito
relacionamento, objetivando a concorrência de ações destinadas â integração das pessoas
portadoras de deficiência;
VI - provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que
constituam objeto da ação civil de que trata a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, e
indicando-lhe os elementos de convicção;
VII - emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos demais órgãos
da Administração Pública Federal, no âmbito da Política Nacional para a Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência; e
VIII - promover e incentivar a divulgação e o debate das questões concernentes á pessoa
portadora de deficiência, visando á conscientização da sociedade.
§ 2o Na elaboração dos planos e programas a seu cargo, a CORDE deverá:
I - recolher, sempre que possível, a opinião das pessoas e entidades interessadas; e
II - considerar a necessidade de ser oferecido efetivo aooio às entidades privadas voltadas
à inteoracão social da pessoa portadora de deficiência.

Equiparação de Oportunidade
Esse capítulo do Decreto trata da equiparação, ou seja, da possibilidade de
igualdade de oportunidades oferecidas às pessoas com deficiência. Como
sabemos, na convivência em sociedade são oferecidas oportunidades que as
pessoas com deficiência não têm acesso, assim, é necessário promover ações
positivas que garantam o pleno exercício dos direitos e a equiparação e as
oportunidades para as pessoas com deficiência.
Iniciamos pelo art. 15, que dispõe quais os serviços devem ser prestados pela
Administração às pessoas com deficiência.
Art. 15. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou
indiretamente à pessoa portadora de deficiência os seguintes serviços:
I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da
pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua atividade laborai, educativa e
social;
II - formação profissional e aualificacão para o trabalho:
III - escolarizacão em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos apoios
necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial; e
IV - orientação e promoção individual, familiar e social.

^ Saúde:
Art. 16. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
responsáveis pela saúde devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento
prioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - a oromocão de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do oueroério. à
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto
risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico, ao encaminhamento
precoce de outras doenças causadoras de deficiência, e à deteccão precoce das doenças
crônico-degenerativas e a outras potencialmente incapacitantes;
II - o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes
domésticos, de trabalho, de trânsito e outros, bem como o desenvolvimento de programa
para tratamento adequado a suas vítimas;
III - a criacão de rede de serviços regionalizados, descentralizados e hierarquizados em
crescentes níveis de complexidade, voltada ao atendimento à saúde e reabilitação da
pessoa portadora de deficiência, articulada com os serviços sociais, educacionais e com
o trabalho;
IV - a garantia de acesso da oessoa portadora de deficiência aos estabelecimentos
de saúde públicos e privados e de seu adequado tratamento sob normas técnicas e padrões
de conduta apropriados;
V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave
não internado;
VI - o desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa portadora de
deficiência, desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a inclusão
social; e
VII - o papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das
équipés de saúde da família na disseminação das práticas e estratégias de
reabilitação baseada na comunidade.

Vamos resumir e sistematizar essas medidas:


MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO
PARA TRATAMENTO PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE

•promoção de ações preventivas;


•desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes;
•criação de rede de serviços regionalizados voltada ao atendimento à saúde e à
reabilitação da pessoa com deficiência
•garantia de acesso da pessoa com deficiência aos estabelecimentos de saúde;
•garantia de atendimento domiciliar de saúde;
•desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa com
deficiência;
•papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes
de saúde da família na disseminação das práticas e estratégias de reabilitação
baseadas na comunidade.

Vejamos os §§, do art. 16:


§ 1° Para os efeitos deste Decreto, prevenção compreende as ações e medidas orientadas
a evitar as causas das deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a
evitar sua progressão ou derivação em outras incapacidades.
§ 2o A deficiência ou incapacidade deve ser diagnosticada e caracterizada por eauioe
multidisciplinar de saúde, para fins de concessão de benefícios e serviços.
§ 3o As ações de promoção da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência deverão
também assegurar a igualdade de oportunidades no campo da saúde.
O § I o traz o conceito de prevenção. Em suma, prevenção significa a adoção de
ações e de medidas que tenham por fim evitar situações e doenças que causem
deficiência.
O § 2o aborda a necessidade de avaliação de uma equipe multidisciplinar para
diagnosticar a deficiência. Somente a partir dessa avaliação por equipe
multidisciplinar de saúde poderão ser concedidos benefícios e serviços.
Por fim, destaca-se a igualdade de oportunidades na área da saúde em vista da
promoção da qualidade de vida.
Os sistemas de saúdes também devem estar aptos a fornecer a reabilitação da
pessoa com deficiência. Essa reabilitação terá uma duração limitada, com o
objetivo de permitir a melhora do estado físico, mental ou social funcional da
pessoa com deficiência.
Assim, toda pessoa que tiver sua deficiência atestada por equipe multidisciplinar
terá direito de acesso aos processos de reabilitação, quando a deficiência
obstaculizar a integração educativa, laborai e social da pessoa.
Vejamos essas regras previstas no art. 17:
Art. 17. É beneficiária do processo de reabilitação a oessoa aue apresenta
deficiência, qualquer que seja sua natureza, agente causai ou grau de severidade.
§ I o Considera-se reabilitação o processo de duração limitada e com objetivo definido,
destinado a permitir que a pessoa com deficiência alcance o nível físico, mental ou social
funcional ótimo, proporcionando-lhe os meios de modificar sua própria vida, podendo
compreender medidas visando a compensar a perda de uma função ou uma limitação
funcional e facilitar ajustes ou reajustes sociais.
§ 2o Para efeito do disposto neste artigo, toda pessoa que apresente redução funcional
devida mente diagnosticada d or équipé multiorofissional terá direito a beneficiar-
se dos processos de reabilitação necessários para corrigir ou modificar seu estado físico,
mental ou sensorial, quando este constitua obstáculo para sua integração educativa, laborai
e social.

O art. 18 prevê que o fornecimento de próteses de demais materiais auxiliares é


considerado como assistência à saúde e à reabilitação à pessoa com deficiência.
Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de
deficiência a concessão de órteses. próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares.
dado que tais equipamentos complementam o atendimento, aumentando as possibilidades
de independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.

O art. 19 traz o conceito de "ajudas técnicas" e lista um rol de materiais e de


equipamentos que têm a finalidade de compensar as limitações funcionais e de
permitir que as pessoas com deficiência superem as barreiras de comunicação e
de mobilidade.
Art. 19. Consideram-se aiudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos
que permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou
mentais da pessoa portadora de deficiência, com o obietivo de permitir-lhe superar as
barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social.
Parágrafo único. São ajudas técnicas:
I - próteses auditivas, visuais e físicas;
II - órteses que favoreçam a adequação funcional;
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa portadora de
deficiência;
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente desenhados ou
adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência;
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a
autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência;
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização para
pessoa portadora de deficiência;
VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação
da pessoa portadora de deficiência;
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a
autonomia pessoal; e
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.

Além disso, o art. 20 deixa claro que o fornecimento de medicamentos faz parte
do processo de reabilitação.
Art. 20. É considerado parte integrante do processo de reabilitação o provimento
de medicamentos que favoreçam a estabilidade clínica e funcional e auxiliem na limitação
da incapacidade, na reeducação funcional e no controle das lesões que geram
incapacidades.
Da mesma forma, o tratamento psicológico deve ser prestado durante a
reabilitação. Esse tratamento deve ser prestado ao mesmo tempo que os
tratamentos funcionais, de forma integrada.
Art. 21. O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as
distintas fases do processo reabilitador. destinados a contribuir para que a pessoa
portadora de deficiência atinja o mais pleno desenvolvimento de sua personalidade.
Parágrafo único. O tratamento e os apoios psicológicos serão simultâneos aos tratamentos
funcionais e, em todos os casos, serão concedidos desde a comprovação da deficiência ou
do início de um processo patológico que possa originá-la.
Para encerrar os direitos atinentes à saúde, vamos 1er os artigos 22 e 23:
Art. 22. Durante a reabilitação, será propiciada, se necessária, assistência em saúde
mental com a finalidade de permitir que a pessoa submetida a esta prestação desenvolva
ao máximo suas capacidades.
Art. 23. Será fomentada a realização de estudos epidemiolóaicos e clínicos, com
periodicidade e abrangência adequadas, de modo a produzir informações sobre a
ocorrência de deficiências e incapacidades.
^ Acesso à Educação:
Art. 24. Os óraãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
responsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e adequado aos
assuntos objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares
de pessoa portadora de deficiência capazes de se integrar na rede regular de ensino;
II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação
escolar que permeia transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino;
III - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas
e privadas;
IV - a oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentos públicos de
ensino;
1/- o oferecimento obrigatório dos serviços de educacão especial ao educando portador de
deficiência em unidades hospitalares e congêneres nas quais esteia internado oor prazo
igual ou superior a um ano; e
VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos. inclusive material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.

Vejamos um esquema para ajudar a memorizar esses dispositivos:


•matrícula compulsória em cursos regulares de
pessoa com deficiência capazes de se integrar na
rede regular de ensino;
•inclusão, no sistema educacional, da educação
especial como modalidade de educação escolar;
MEDIDAS QUE DEVEM SER •inserção, no sistema educacional, das escolas ou
TOMADAS PELA instituições especializadas;
ADMINISTRAÇÃO PARA •oferta, obrigatória e gratuita, da educação
TRATAMENTO especial;
PRIORITÁRIO E •oferecimento obrigatório dos serviços de
ADEQUADO DAS PESSOAS educação especial ao educando com deficiência
COM DEFICIÊNCIA NA em unidades hospitalares e congêneres nas quais
ÁREA DA EDUCAÇÃO esteja internado por prazo igual ou superior a um
ano;
•acesso de aluno com deficiência aos benefícios
conferido ao demai educando , indu ive
material escolar, transporte, merenda escolar e
bolsas de estudo.

Vejamos os §§, do art. 24:


§ 1° Entende-se o o r educacão especial, para os efeitos deste Decreto, a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educando com
necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficiência.
§ 2o A educação especial caracteriza-se por constituir processo flexível, dinâmico e
individualizado, oferecido principalmente nos níveis de ensino considerados obrigatórios.
§ 3o A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir de
zero ano.
§ 4o A educação especial contará com equipe multiprofissional, com a adequada
especialização, e adotará orientações pedagógicas individualizadas.
§ 5o Quando da construção e reforma de estabelecimentos de ensino deverá ser observado
o atendimento as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT
relativas à acessibilidade.

A educação especial é conceituada como a educação oferecida na rede regular de


ensino à pessoa com necessidades educacionais especiais. Essa educação
especial deve ser um processo flexível, dinâmico e individualizado.
A educação da pessoa com deficiência inicia-se com a educação infantil e não
possui idade mínima. O § 3o fala em zero anos para o início da educação infantil.
O art. 25, na sequência, trata da educação especial, que deve ser desenvolvida
de forma integrada no sistema regular ou por intermédio de escola especializada.
Art. 25. Os serviços de educação especial serão ofertados nas instituições de ensino
público ou privado do sistema de educação geral, de forma transitória ou permanente,
mediante programas de apoio para o aluno que está integrado no sistema regular de ensino,
ou em escolas especializadas exclusivamente quando a educação das escolas comuns
não puder satisfazer as necessidades educativas ou sociais do aluno ou quando necessário
ao bem-estar do educando.
Se, eventualmente, a pessoa com deficiência estiver internada em instituição
hospitalar e essa internação durar mais de um ano, haverá obrigatoriedade de
fornecimento de educação especial.
Art. 26. As instituições hospitalares e congêneres deverão assegurar atendimento
pedagógico ao educando portador de deficiência internado nessas unidades dor prazo iaual
ou superior a um ano, com o propósito de sua inclusão ou manutenção no processo
educacional.

O art. 27 estabelece que, para propiciar o ingresso de pessoas com deficiência


no ensino superior, haverá adaptação do processo seletivo, segundo instruções
do Ministério da Educação.
Art. 27. >4s instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e
os apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive
tempo adicional para realização das provas, conforme as características da deficiência.
§ I o As disposições deste artigo aplicam-se, também, ao sistema geral do processo
seletivo para ingresso em cursos universitários de instituições de ensino superior.
§ 2o 0 Ministério da Educação, no âmbito da sua competência, expedirá instruções para que
os programas de educação superior incluam nos seus currículos conteúdos, itens ou
disciplinas relacionados à pessoa portadora de deficiência.
Quanto ao ensino técnico, o art. 28, na esteira dos demais dispositivos que vimos
acima, prevê a necessidade de concessão de ensino adaptado à realidade das
pessoas com deficiência, a fim de que esse estudo seja ofertado de forma ampla
e generalizada.
Veja:
Art. 28. 0 aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou
médio, de instituições públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim
de obter habilitação profissional que lhe proporcione oportunidades de acesso ao mercado
de trabalho.
§ I o A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será oferecida nos
níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e
nos ambientes de trabalho.
§ 2o As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional deverão,
obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível básico à pessoa portadora de
deficiência, condicionando a matrícula à sua capacidade de aproveitamento e não a seu
nível de escolaridade.
§ 3o Entende-se por habilitação profissional o processo destinado a propiciar à pessoa
portadora de deficiência, em nível formal e sistematizado, aquisição de conhecimentos
e habilidades especificamente associados a determinada profissão ou ocupação.
§ 4o Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional expedidos por instituição
credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente terão validade em todo o
território nacional.

Por fim, a leitura do art. 29 é o suficiente para a prova.


Art. 29. As escolas e instituições de educação profissional oferecerão, se necessário,
serviços de apoio especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de
deficiência, tais como:
I - adaotacão dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e currículo;
II - capacitação dos recursos humanos: professores, instrutores e profissionais
especializados; e
III - adequação dos recursos físicos: eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e
de comunicação.

^ Habilitação e da Reabilitação Profissional


A ideia de habilitação e de reabilitação profissional é simples, consiste em
viabilizar o exercício de atividades profissionais. Nesse contexto, de acordo com
o que disciplinam os arts. 30 e 31, devem ser empreendidas ações para:
> Propiciar o acesso ao trabalho por pessoas com deficiência;
> Assegurar à pessoa com deficiência condições para manter o emprego; e
> Conferir a possibilidade de progressão funcional.
Veja:
Art. 30. A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou não do Regime Geral de
Previdência Social, tem direito às prestações de habilitação e reabilitação profissional
para capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e progredir profissionalmente.
Art. 31. Entende-se por habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a
possibilitar que a pessoa portadora de deficiência, a partir da identificação de suas
potencialidades laborativas, adquira o nível suficiente de desenvolvimento profissional para
ingresso e reinoresso no mercado de trabalho e participar da vida comunitária.
Em relação ao art. 32, a leitura é o suficiente para a prova:
Art. 32. Os serviços de habilitação e reabilitação profissional deverão estar dotados dos
recursos necessários para atender toda pessoa portadora de deficiência,
independentemente da origem de sua deficiência, desde que possa ser preparada para
trabalho que lhe seja adequado e tenha perspectivas de obter, conservar e nele progredir.

Para encerrar a parte relativa à habilitação e à reabilitação, confira o art. 33, que
trata da orientação profissional da pessoa com deficiência. Essa orientação deve
ser elaborada com fundamento nas potencialidades da pessoa com deficiência e
será realizada por uma equipe multidisciplinar, com vistas a aferir as melhores
condições para o exercício de atividades profissionais por pessoas com
deficiência. Veja o art. 33 e preste atenção nas hipóteses relacionadas nos
incisos, que constituem os parâmetros que devem pautar a elaboração do
relatório da equipe multiprofissional.
Art. 33. A orientação profissional será prestada pelos correspondentes serviços de
habilitação e reabilitação profissional, tendo em conta as potencialidades da pessoa
portadora de deficiência, identificadas com base em relatório de eouioe multiprofissional.
que deverá considerar:
I - educação escolar efetivamente recebida e por receber;
II - expectativas de promoção social;
III - possibilidades de emprego existentes em cada caso;
IV - motivações, atitudes e preferências profissionais; e
V - necessidades do mercado de trabalho.
^ Acesso ao Trabalho
A regra geral da garantia ao acesso ao trabalho é, como se depreende do art.
34, a criação de regime específico de trabalho à pessoa com deficiência:
Art. 34. E finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de
deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante
regime especial de trabalho protegido.
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no
caput deste artigo poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de
que trata a Lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999.
O art. 35 traz modalidades de inserção no mercado laborai. São elas:

MODALIDADES DE
INSERÇÃO
LABORAL

________________

colocação
colocação seletiva
competitiva

1
_______ _________L
1
contratação regular
contratação regular
com apoios
sem apoio específico
ta ta específicos

Confira:
Art. 35. São modalidades de inserção laborai da pessoa portadora de deficiência:
I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua
concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;
II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista
e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua
concretização; e
III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais
pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar,
com vista à emancipação econômica e pessoal.

Em relação aos §§, do art. 35 (abaixo citado), entendemos que possuem menor
relevância para os fins do nosso estudo. Contudo, como segurança, sugere-se
uma leitura.
§ 1° As entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão intermediar
a modalidade de inserção laborai de que tratam os incisos II e III, nos seguintes casos:
I - na contratação para prestação de serviços, por entidade pública ou privada, da pessoa
portadora de deficiência física, mental ou sensorial: e
II - na comercialização de bens e serviços decorrentes de programas de habilitação
profissional de adolescente e adulto portador de deficiência em oficina protegida de
produção ou terapêutica.
§ 2o Consideram-se procedimentos especiais os meios utilizados para a contratação de
pessoa que, devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, exija condições
especiais, tais como jornada variável, horário flexível, proporcionalidade de salário,
ambiente de trabalho adequado às suas especificidades, entre outros.
§ 3o Consideram-se apoios especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas
entre outros elementos que auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações
funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa portadora de deficiência, de modo a
superar as barreiras da mobilidade e da comunicação, possibilitando a plena utilização de
suas capacidades em condições de normalidade.
§ 4o Considera-se oficina protegida de produção a unidade que funciona em relação de
dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo
desenvolver programa de habilitação profissional para adolescente e adulto portador de
deficiência, provendo-o com trabalho remunerado, com vista à emancipação econômica e
pessoal relativa.
§ 5o Considera-se oficina protegida terapêutica a unidade que funciona em relação de
dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo
a integração social por meio de atividades de adaptação e capacitação para o trabalho de
adolescente e adulto que devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, não
possa desempenhar atividade laborai no mercado competitivo de trabalho ou em oficina
protegida de produção.
§ 6o O período de adaptação e capacitação para o trabalho de adolescente e adulto
portador de deficiência em oficina protegida terapêutica não caracteriza vínculo
empregatício e está condicionado a processo de avaliação individual que considere o
desenvolvimento biopsicossocial da pessoa.
§ 7o A prestação de serviços será feita mediante celebração de convênio ou contrato formal,
entre a entidade beneficente de assistência social e o tomador de serviços, no qual constará
a relação nominal dos trabalhadores portadores de deficiência colocados à disposição do
tomador.
§ 8o A entidade que se utilizar do processo de colocação seletiva deverá promover, em
parceria com o tomador de serviços, programas de prevenção de doenças profissionais e de
redução da capacidade laborai, bem assim programas de reabilitação caso ocorram
patologias ou se manifestem outras incapacidades.

O art. 36, por sua vez, prevê que um número mínimo de vagas seja preenchida
nas entidades privadas por pessoas com deficiência.
Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a
cinco por cento de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com
pessoa portadora de deficiência habilitada, na seguinte proporção:
I - até duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados; três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
§ I o A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se tratar de
contrato por prazo determinado, superior a noventa dias, e a dispensa imotivada, no
contrato por prazo indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de
substituto em condições semelhantes.
§ 2o Considera-se pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que concluiu curso de
educação profissional de nível básico, técnico ou tecnológico, ou curso superior, com
certificação ou diplomação expedida por instituição pública ou privada, legalmente
credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, ou aquela com certificado
de conclusão de processo de habilitação ou reabilitação profissional fornecido pelo Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS.
§ 3o Considera-se, também, pessoa portadora de deficiência habilitada aquela que, não
tendo se submetido a processo de habilitação ou reabilitação, esteja capacitada para o
exercício da função.
§ 4o A pessoa portadora de deficiência habilitada nos termos dos §§ 2o e 3o deste artigo
poderá recorrer à intermediação de órgão integrante do sistema público de emprego, para
fins de inclusão laborai na forma deste artigo.
§ 5° Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização,
avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que
propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas
preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput deste artigo.

São fixados dois percentuais, um mínimo de 2% e um máximo de 5%, que irá


variar de acordo com o número geral de empregados.
Assim:

Até 200 empregados 2%

De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%

Mais de 1.000 empregados 5%

Em relação a essas vagas, está previsto que a dispensa de pessoa com deficiência
gera a obrigatoriedade de contratação de outra pessoa com deficiência para o
seu lugar.
O art. 37, na sequência, possui maior relevância para fins do nosso estudo. O
dispositivo prevê a obrigatoriedade de que haja, primeiramente, igualdade de
condições entre as pessoas com deficiência e os demais candidatos. De todo
modo, prevê o dispositivo, de forma ampla, que devem ser assegurados ao
menos 5% das vagas. Esse percentual não impede a fixação de percentuais
maiores, tal como temos na Lei n° 8.112/1990.
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em
concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento
de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.
§ I o O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições,
concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento
em face da classificação obtida.
§ 2o Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número
fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subseqüente.

O art. 38, por sua vez, traz duas ressalvas.


As regras acima não se aplicam para o preenchimento de cargos em comissão ou
para as funções de confiança e para cargos ou empregos públicos para os quais
não haja a possibilidade de regular exercício pelas pessoas com deficiência.
Art. 38. Não se aplica o disposto no artigo anterior nos casos de provimento de:
I - cargo em comissão ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração; e
II - cargo ou emprego público integrante de carreira que exija aptidão plena do candidato.

Para a prova...

O art. 39 estabelece algumas exigências a serem observadas em editais de


concursos públicos, para disciplinar a questão relativa
Art. 39. Os editais de concursos públicos deverão conter:
I - o número de vagas existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada à
pessoa portadora de deficiência;
II - as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;
III - previsão de adaptação das provas, do curso de formação e do estágio probatório,
conforme a deficiência do candidato; e
IV - exigência de apresentação, pelo candidato portador de deficiência, no ato da inscrição,
de laudo médico atestando a espécie e o grau ou nível da deficiência, com expressa
referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doença - CID, bem
como a provável causa da deficiência.

Além de especificar as vagas reservadas, os editais devem descrever as funções


que serão desempenhadas, a acessibilidade das provas e eventuais análises
clínicas necessárias.
O art. 40 traz uma vedação. Não podem as entidades que realizam concurso
público obstar o acesso a cargos públicos por pessoas com deficiência.
Art. 40. É VEDADO à autoridade competente obstar a inscrição de pessoa portadora
de deficiência em concurso público para ingresso em carreira da Administração Pública
Federal direta e indireta.
§ I o No ato da inscrição, o candidato portador de deficiência que necessite de tratamento
diferenciado nos dias do concurso deverá reauerê-lo. no prazo determinado em edital,
indicando as condições diferenciadas de que necessita para a realização das provas.
§ 2o O candidato portador de deficiência que necessitar de tempo adicional para realização
das provas deverá requerê-lo, com justificativa acompanhada de parecer emitido por
especialista da área de sua deficiência, no prazo estabelecido no edital do concurso.
O art. 41 trata da igualdade entre os candidatos em relação ao conteúdo da
prova, aos critérios de aprovação, ao horário e local de aplicação e à nota mínima
exigida. Esses critérios são relevantes para esclarecera igualdade e não impedem
a previsão de vagas específicas (vagas reservadas), desde que observadas as
igualdades abaixo listadas.
Art. 41. A pessoa portadora de deficiência, resguardadas as condições especiais previstas
neste Decreto, participará de concurso em igualdade de condições com os demais
candidatos no que concerne:
I - ao conteúdo das provas;
II - à avaliação e aos critérios de aprovação;
III - ao horário e ao local de aplicação das provas; e
IV - à nota mínima exigida para todos os demais candidatos.

O art. 42 trata da lista de publicação do resultado final do concurso, que conterá


em uma delas a pontuação de todos os candidatos do certame, que incluirá as
pessoas com deficiência e outra lista adicional, apenas com os candidatos com
deficiência.
Art. 42. A publicação do resultado final do concurso será feita em duas listas, contendo, a
primeira, a pontuação de todos os candidatos, inclusive a dos portadores de deficiência, e
a segunda, somente a pontuação destes últimos.
O art. 43 trata da necessidade de que o procedimento de seleção de servidores
ou empregados públicos com deficiência seja acompanhada por equipe
multidisciplinar. Essa equipe atuará na descrição das atividades, na avalição das
pessoas com deficiência, à luz das informações prestadas, e na viabilidade do
exercício da função.
Art. 43. O órgão responsável pela realização do concurso terá a assistência de equipe
muitiprofissionai composta de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das
deficiências em questão, sendo um deles médico, e três profissionais integrantes da carreira
almejada pelo candidato.
§ I o A equipe muitiprofissionai emitirá parecer observando:
I - as informações prestadas pelo candidato no ato da inscricão:
II - a natureza das atribuições e tarefas essenciais do cargo ou da função a desempenhar:
III - a viabilidade das condições de acessibilidade e as adequações do ambiente de trabalho
na execucão das tarefas:
IV - a possibilidade de uso, pelo candidato, de equipamentos ou outros meios aue
habitualmente utilize; e
V - a CID e outros padrões reconhecidos nacional e internacionalmente.
§ 2o A equipe muitiprofissionai avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a
deficiência do candidato durante o estágio probatório.

A leitura dos arts. 44 e 45 é o suficiente para fins de prova:


Art. 44. A análise dos aspectos relativos ao potencial de trabalho do candidato portador de
deficiência obedecerá ao disposto no art. 20 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
Art. 45. Serão implementados programas de formação e qualificação profissional voltados
para a pessoa portadora de deficiência no âmbito do Plano Nacional de Formação Profissional
- PLANFOR.
Parágrafo único. Os programas de formação e qualificação profissional para pessoa
portadora de deficiência terão como objetivos:
I - criar condições que garantam a toda pessoa portadora de deficiência o direito a receber
uma formação profissional adequada;
II - organizar os meios de formação necessários para qualificar a pessoa portadora de
deficiência para a inserção competitiva no mercado laborai; e
III - ampliar a formação e qualificação profissional sob a base de educação geral para
fomentar o desenvolvimento harmônico da pessoa portadora de deficiência, assim como
para satisfazer as exigências derivadas do progresso técnico, dos novos métodos de
produção e da evolução social e econômica.

Cultura, do Desporto, do Turismo e do Lazer


Nota-se, no art. 46, grande preocupação em inserir a pessoa com deficiência na
prática de esportes, seja como forma recreativa ou profissional. De todo modo,
leia com atenção o dispositivo que trata de uma série de medidas que devem ser
adotadas com a finalidade de promover a aproximação dos deficientes desses
direitos sociais.
Art. 46. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
responsáveis pela cultura, pelo desporto, pelo turismo e pelo lazer dispensarão tratamento
prioritário e adequado aos assuntos objeto deste Decreto, com vista a viabilizar, sem
prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - promover o a ce sso da pessoa portadora de deficiência aos m e io s de co m u n ica çã o
social;
II - criar incentivos para o exercício de atividades criativas, mediante:
a) participação da pessoa portadora de deficiência em concursos de prêmios no campo das
artes e das letras; e
b) exposições, publicações e representações artísticas de pessoa portadora de deficiência;
III - incentivar a prática desportiva formal e não-formal como direito de cada um e o
lazer como forma de promoção social;
IV - estimular meios que facilitem o exercício de atividades desportivas entre a
pessoa portadora de deficiência e suas entidades representativas;
V - assegurar a acessibilidade às instalações desportivas dos estabelecimentos de
ensino, desde o nível pré-escolar até à universidade;
VI - promover a inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência
na prática da educação física ministrada nas instituições de ensino públicas e privadas;
VII - apoiar e promover a publicação e o uso de guias de turismo com informação
adequada à pessoa portadora de deficiência; e
VIII - estimular a ampliação do turismo à pessoa portadora de deficiência ou com
mobilidade reduzida, mediante a oferta de instalações hoteleiras acessíveis e de serviços
adaptados de transporte.
* '

CULTURA, DESPORTO, TURISMO E LAZER ------------


-

•Acesso aos meios de comunicação.


•Incentivo para a prática de atividades criativas.
•Incentivo, promoção, acessibilidade e inclusão nos esportes (recreativos ou
profissional).
•Ampliação do turismo acessível.

Quanto aos arts. 47 e 48, a leitura é o suficiente:


Art. 47. Os recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura financiarão, entre outras
ações, a produção e a difusão artístico-cultural de pessoa portadora de deficiência.
Parágrafo único. Os projetos culturais financiados com recursos federais, inclusive oriundos
de programas especiais de incentivo à cultura, deverão facilitar o livre acesso da pessoa
portadora de deficiência, de modo a possibilitar-lhe o pleno exercício dos seus direitos
culturais.
Art. 48. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta,
promotores ou financiadores de atividades desportivas e de lazer, devem concorrer técnica
e financeiramente para obtenção dos objetivos deste Decreto.
Parágrafo único. Serão prioritariamente apoiadas a manifestação desportiva de rendimento
e a educacional, compreendendo as atividades de:
I - desenvolvimento de recursos humanos especializados;
II - promoção de competições desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais;
III - pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, documentação e informação; e
IV - construção, ampliação, recuperação e adaptação de instalações desportivas e de lazer.

Política de Capacitação de Profissionais Especializados


O art. 49, por sua vez, trata da formação de servidores que atuam no setor de
recursos humanos, a fim de atender às exigências constantes do decreto.
Art. 49. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta,
responsáveis pela formação de recursos humanos, devem dispensar aos assuntos objeto
deste Decreto tratamento prioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as
seguintes medidas:
I - formação e qualificação de professores de nível médio e superior para a educação
especial, de técnicos de nível médio e superior especializados na habilitação e reabilitação,
e de instrutores e professores para a formação profissional;
II - formação e qualificação profissional, nas diversas áreas de conhecimento e de recursos
humanos que atendam às demandas da pessoa portadora de deficiência; e
III - incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do
conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência.

Observação: os arts. 50 a 54 estão revogados.

Sistema Integrado de Informações


O art. 55 trata da instituição de um sistema integrado de informações a fim de
promover e fomentar a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Art. 55. Fica instituído, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos do
Ministério da Justiça, o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência, sob a
responsabilidade da CORDE, com a finalidade de criar e manter bases de dados, reunir e
difundir informação sobre a situação das pessoas portadoras de deficiência e fomentar a
pesquisa e o estudo de todos os aspectos que afetem a vida dessas pessoas.
Parágrafo único. Serão produzidas, periodicamente, estatísticas e informações, podendo
esta atividade realizar-se conjuntamente com os censos nacionais, pesquisas nacionais,
regionais e locais, em estreita colaboração com universidades, institutos de pesquisa e
organizações para pessoas portadoras de deficiência.

Disposições Finais e Transitórias


Em relação às disposições finais e transitórias, do mesmo modo, a simples leitura
é o suficiente para fins de prova.
Art. 56. A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, com base nas diretrizes e metas do
Plano Plurianual de Investimentos, por intermédio da CORDE, elaborará, em articulação com
outros órgãos e entidades da Administração Pública Federal, o Plano Nacional de Ações
Integradas na Área das Deficiências.
Art. 57. Fica criada, no âmbito da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, comissão
especial, com a finalidade de apresentar, no prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua
constituição, propostas destinadas a:
I - implementar programa de formação profissional mediante a concessão de bolsas de
qualificação para a pessoa portadora de deficiência, com vistas a estimular a aplicação do
disposto no art. 36; e
II - propor medidas adicionais de estímulo à adoção de trabalho em tempo parcial ou em
regime especial para a pessoa portadora de deficiência.
Parágrafo único. A comissão especial de que trata o caput deste artigo será composta por
um representante de cada órgão e entidade a seguir indicados:
I - CORDE;
II - CONADE;
III - Ministério do Trabalho e Emprego;
IV - Secretaria de Estado de Assistência Social do Ministério da Previdência e Assistência
Social;
V - Ministério da Educação;
VI - Ministério dos Transportes;
VII - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; e
VIII - INSS.
Art. 58. A CORDE desenvolverá, em articulação com órgãos e entidades da Administração
Pública Federal, programas de facilitação da acessibilidade em sítios de interesse histórico,
turístico, cultural e desportivo, mediante a remoção de barreiras físicas ou arquitetônicas
que impeçam ou dificultem a locomoção de pessoa portadora de deficiência ou com
mobilidade reduzida.
Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação,
Art. 60. Ficam revogados os Decretos nos 93.481, de 29 de outubro de 1986, 914, de 6 de
setembro de 1993, 1.680, de 18 de outubro de 1995, 3.030, de 20 de abril de 1999, o § 2o
do art. 141 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6
de maio de 1999, e o Decreto no 3.076, de lo de junho de 1999.
____________ 5 - Lei n° 11.126/2005____________
Para encerrar a aula de hoje, vamos analisar a Lei n° 11.126/2005, que trata de
um tema bastante específico: do direito da pessoa com deficiência visual
ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo com cão-guia.
O impedimento para que pessoas ingressem em determinados locais de acesso
coletivo sempre se fez presente. Por exemplo, é comum observar nos shoppings
a advertência de que é proibido ingressar com cães. Isso, contudo, não se aplica
ao deficiente visual, que necessita do cão-guia para a locomoção.
Nesse contexto, a fim de evitar tal barreira na sociedade, dispõe o art. I o :
Art. 1° E assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-auia o direito
de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em
estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
Assim:

A lei aplica-se - conforme descreve o §1° - àquele que for cego ou que tiver
"baixa visão".
§ 1° A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa
visão.
Por fim, no que diz respeito ao transporte coletivo, o §2°, do art. I o, da Lei n°
11.123/2005, declina que todas as modalidades de transporte estão abrangidas.
Assim, poderá ingressar com cão-guia em transportes municipais,
intermunicipais, estaduais, interestaduais e internacionais que tenham origem
em território nacional.
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do
serviço de transporte coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem
no território brasileiro.
Sigamos com os demais artigos!
Art. 20 (VETADO)
Art. 3o Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer
tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no art. Io desta
Lei.
No caso de descumprimento do direito de ingresso e permanência com cães-guias
em locais públicos, o art. 3o prevê que o agente poderá sofrer pena administrativa
de interdição do estabelecimento e multa.
Por fim, confira:
Art. 4o Serão obieto de regulam ento os requisitos mínimos para identificação do cão-
auia. a forma de comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de
interdição impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado
responsável pela discriminação. (Regulamento)
Art. 50 (VETADO)
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
O que o art. 4o acima estabelece é que decreto do Poder Executivo irá
regulam entara aplicação da Lei n° 11.126/2005.
Com isso, finalizamos o conteúdo teórico.

________________ 6 - Questões________________

6.1 - Lista de Questões sem Comentários


Q l. FCC/TRT-24aR/2017
Gilberto tem mobilidade reduzida em razão de um acidente automobilístico
que o vitimou, e pretende realizar uma viagem em transporte coletivo
interestadual. Neste caso, Gilberto, segundo a Lei n° 8.899/1994 e o Decreto
n° 3.691/2000:
a) não tem direito ao passe livre, uma vez que esse direito não se estende
para o transporte coletivo interestadual, mas somente em meios de
transporte local.
b) não tem direito ao passe livre, uma vez que a existência de mobilidade
reduzida não caracteriza deficiência, razão pela qual ele não se enquadra
nas hipóteses legais.
c) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente,
mas as empresas de transporte somente têm o dever de reservar dois
assentos a cada veículo destinado a serviço convencional.
d) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente
ou do número de assentos reservados pela empresa de transporte em
veículo destinado a serviço convencional.
e) pode ter direito ao passe livre, desde que comprove ser carente, mas as
empresas de transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a
cada veículo destinado a serviço convencional.

Q2. CONSULPLAIM/TRF-2aR/2017
Conforme o Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, constituem
modalidades de inserção laborai da pessoa portadora de deficiência,
EXCETO:
a) Colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da
legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de
procedimentos e apoio especiais para a sua concretização.
b) Promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de
uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado, ou em
regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal
c) Colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da
legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de
procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a
possibilidade de utilização de apoios especiais.
d) Colocação em igualdade de condições: assegura à pessoa portadora de
deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de
condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

Q3. CONSULPLAN/TRF-2aR/2017
Segundo a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, nos termos do Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
assinale a alternativa correta.
a) A empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 2%
de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com
pessoa portadora de deficiência habilitada.
b) Compete ao Ministério da Saúde estabelecer sistemática de fiscalização,
avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e
formulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados
portadores de deficiência e de vagas preenchidas.
c) O CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de
Deficiência - será constituído, paritariamente, por representantes de
instituições governamentais e da sociedade civil, sendo a sua composição e
o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justiça.
d) Os editais de concursos públicos deverão conter o número de vagas
existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada à pessoa
portadora de deficiência; caso a aplicação do percentual resulte em número
fracionado, este deverá ser arredondado para o número inteiro inferior
correspondente.

Q4. FCC/TRT l l aR/2017


A proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência encontra guarida no
Poder Judiciário, conforme regula a Lei no 7.853/1989, e estabelece que
(A) as ações judiciais para esse fim podem ser propostas por associação
constituída há mais de seis meses, nos termos da lei civil.
(B) todas as ações judiciais para esse fim correm em segredo de justiça.
(C) uma vez proposta a ação judicial para esse fim, o interesse público
impede a desistência ou abandono da ação.
(D) autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista
que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e
a promoção de direitos da pessoa com deficiência podem propor as medidas
judiciais destinadas a esse fim.
(E) a sentença proferida em ação judicial para esse fim terá, em todos os
casos, eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.

Q5. FCC/TRT l l aR/2017


Alunos de um curso de Direito participaram de um evento organizado pelo
Governo do Estado do Amazonas sobre os direitos das pessoas com
deficiência. A primeira discussão tratou dos seguintes temas relacionados à
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de
modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no
contexto socioeconômico e cultural.
II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos
e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a
implantação da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência.
III. O desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento
das necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência.
IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa
portadora de deficiência, bem como a facilitação da importação de
equipamentos.
V. A fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora
de deficiência.
Para a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
e nos termos do Decreto no 3.298/1999, esses temas são conceituados,
respectivamente, como:
(A) instrumento, princípio, diretriz, objetivo e instrumento.
(B) princípio, diretriz, objetivo, instrumento e instrumento.
(C) princípio, princípio, diretriz, instrumento e objetivo.
(D) diretriz, princípio, instrumento, princípio e objetivo.
(E) objetivo, princípio, princípio, diretriz e diretriz.

Q6. FCC/TRT 11R/2017


Um simpósio sobre os direitos das pessoas com deficiência tratou da Lei no
7.853/1989, a qual dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência e sua integração social, além de estabelecer que os órgãos e
entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de
sua competência e finalidade, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar ações em várias áreas, como a educação.
O palestrante comentou as seguintes ações:
I. Inclusão da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a
educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, a qual é obrigatória no sistema
educacional público e facultativa no privado.
II. Matrícula compulsória de pessoas portadoras de deficiência capazes de
se integrarem no sistema regular de ensino em cursos regulares de
estabelecimentos públicos e particulares.
III. Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-
escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados educandos portadores de deficiência por prazo igual ou superior
a seis meses.
A forma como essas ações foram abordadas contrariou a mencionada
legislação APENAS
(A) no caso I, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como
no privado.
(B) nos casos I e II, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público
como no privado e a matrícula não é compulsória, respectivamente.
(C) no caso III, pois é obrigatório para educandos internados há um ano ou
mais.
(D) nos casos I e III, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público
como no privado e é obrigatório para educandos internados há um ano ou
mais, respectivamente.
(E) nos casos II e III, pois a matrícula não é compulsória e é obrigatória para
educandos internados há um ano ou mais, respectivamente.

Q7. FCC/TRT l l aR/2017


O Decreto no 3.298/1999, que regulamenta normas relativas à Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, no que se
refere ao acesso ao trabalho, estabelece que
(A) a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho
ou sua incorporação ao sistema produtivo através de regime especial de
trabalho protegido não pode ser feita através da contratação das
cooperativas sociais.
(B) as entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão
intermediar a colocação competitiva.
(C) a oficina protegida de produção é caracterizada pela relação de
dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social.
(D) a inserção laborai da pessoa portadora de deficiência por meio do
processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e
previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para
sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios
especiais, é denominada colocação seletiva.
(E) a inserção laborai da pessoa portadora de deficiência não pode ser feita
por meio de promoção do trabalho por conta própria.

Q8. FCM/IF-RJ/2017
A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
estabelece que os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal
direta e indireta responsáveis pela educação devem dispensar tratamento
prioritário e adequado a esse público. Sobre esse assunto, considere as
afirmativas a seguir:
I- Uma das medidas a serem viabilizadas por órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta para o atendimento de
pessoas com deficiência é a inclusão, no sistema educacional, da educação
especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino.
II- Os serviços de educação especial devem ser oferecidos ao educando
portador de deficiência em unidades hospitalares e congêneres nas quais
esteja internado por um prazo máximo de um ano. Passado esse tempo,
após perícia médica, se o educando portador de deficiência permanecer
internado, deve ser desligado do serviço e sua rematrícula garantida quando
tiver alta.
III- A educação especial é modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino para educando com
necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficiência.
Conta com equipe multiprofissional, com a adequada especialização, e
adotará orientações pedagógicas coletivizadas, evitando individualizar tais
orientações para, assim, não reforçar preconceitos contra o educando com
necessidades educacionais especiais.
IV- Alunos portadores de deficiência, matriculados ou egressos do ensino
fundamental ou médio de instituições públicas ou privadas, terão acesso à
educação profissional, oferecida nos níveis básico, técnico e tecnológico, em
escola regular, em instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.
V- Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional para a
pessoa portadora de deficiência, expedidos por instituição credenciada pelo
Ministério da Educação ou órgão equivalente, terão validade restrita à
unidade da federação em que está situada a instituição que emitiu o
certificado. Garante-se, desse modo, maiores chances de acesso delas ao
mercado de trabalho de seus estados.
VI- As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional
para a pessoa portadora de deficiência deverão, obrigatoriamente, oferecer
cursos profissionais de nível avançado à pessoa portadora de deficiência,
condicionando a matrícula dela ao seu nível de escolaridade.
corretas apenas as afirmativas
a) I e IV.
b) I, III e IV.
c) II, V e VI.
d) I, II, III e IV.
e) II, III, V e VI.

Q9. CESPE/SEDF/2017
A respeito da educação infantil oferecida a alunos com e sem deficiência,
julgue o item subsequente.
Segundo o Decreto n.° 3.298/1999, para que uma criança seja reconhecida
como deficiente mental — atualmente, deficiente intelectual —, é necessário
que ela apresente funcionamento intelectual inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos de idade, e limitação em pelo menos
duas das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, cuidado
pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e
segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Q10.FCC/TRT-20aR/2016
A Lei n° 7.853/1989 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a
atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências),
prevê como medidas que os órgãos e entidades da Administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos
assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, na área da formação profissional e do trabalho, SALVO:
a) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de
empregos, inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas com deficiência
que não tenham acesso aos empregos comuns.
b) a criação de incentivos tributários para as empresas que contratarem
pessoas com deficiência em número superior ao mínimo exigido por lei.
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores
públicos e privados, de pessoas com deficiência.
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas com deficiência, nas entidades da
Administração pública e do setor privado, e que regulamente a organização
de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação,
nelas, das pessoas com deficiência.
e) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso
aos serviços concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à
formação profissional.

Q ll.FC C / T R T -2 0 aR/2017
Considere:
I. Atendimento domiciliar.
II. Órteses e próteses.
III. Tratamento e orientação psicológica no processo reabilitador.
IV. Esterilização compulsória.
De acordo com o Decreto no 3.298/1999, o direito à saúde da pessoa com
deficiência consta APENAS nos itens
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

Q12. UFPel-CES/UFPEL/2017
A Lei n° 7.853 de 24 de Outubro de 1989, que trata das Pessoas Portadoras
de Deficiência, diz que os órgãos e entidade da administração direta e
indireta devem dispensar tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar na área de recursos humanos a/o:
a) adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da
Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a organização
de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho e a situação
nelas, das pessoas portadoras de deficiência.
b) formação de professores de nível superior para a Educação Especial, de
técnicos de nível médio especializados na habilitação e reabilitação e de
instrutores para a formação profissional.
c) oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
público de ensino.
d) formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de
conhecimento, inclusive de nível superior, atendam à demanda e às
necessidades reais das pessoas portadoras de deficiência.
e) incentivo à pesquisa em apenas àquelas áreas do conhecimento
relacionadas com a pessoa portadora de deficiência.

Q13. FUNRIO/IF-PA/2016
Identifique as afirmativas verdadeiras (com "V") e falsas (com "F") e, depois,
marque a alternativa que apresenta a sequência correta. A Lei n° 7.853/89,
ao dispor sobre o apoio às pessoas com deficiência, define o que é crime,
punível com reclusão e multa:
( ) Negar, sem justa causa, à pessoa com deficiência, como decorrência de
sua deficiência, emprego ou trabalho;
( ) Negar, sem justa causa, por motivos derivados da deficiência, vaga em
estabelecimento público ou privado de ensino;
( ) Negar acesso à pessoa com deficiência a cargo público, sem justa causa
e por motivos derivados da deficiência;
( ) Negar ou retardar dados técnicos, solicitados pelo Ministério Público, com
a finalidade de ação civil decorrente de aplicação desta Lei.
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, V, V.
e) F, V, V, V.

Q14. FUNRIO/IF-BA/2017
O Decreto-Lei n° 3.298/99 define as Diretrizes Gerais da Política Nacional
para Pessoa Portadora de Deficiência, são elas:
I. estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da
pessoa portadora de deficiência;
II. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e
privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros, para a
implantação desta Política;
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas
peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à
educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer;
IV. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as
fases de implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades
representativas;
V. ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de
deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no
mercado de trabalho;
VI. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.
Pode-se afirmar que
a) Apenas os itens I, II e III fazem parte das Diretrizes.
b) Apenas os itens IV, V e VI fazem parte das Diretrizes.
c) Apenas os itens I e II fazem parte das Diretrizes.
d) Os itens referem-se aos Princípios da Lei, não às Diretrizes.
e) Todos os itens fazem parte das Diretrizes.

Q15. FCM/IF Sudeste - MG/2016


De acordo com o Decreto 3.298 de 1999, que regulamenta a Lei n° 7.853,
de 24 de outubro de 1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, as escolas e as instituições
de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de apoio
especializado para atender as peculiaridades da pessoa portadora de
deficiência, tais como
a) auxílio moradia no valor de l(um ) salário mínimo.
b) bolsa de estudos no valor de l(um ) salário mínimo.
c) transporte para o deslocamento das pessoas com dificuldade de
locomoção.
d) tutores especializados para a oferta domiciliar de conteúdos e aplicação
de provas.
e) adaptação de recursos institucionais: material pedagógico, equipamento
e currículo.

Q16. FUNRIO/IF-PA/2016
As normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e
sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração
social são definidos na lei n° 7.853/89. Especificamente na área da educação
podemos considerar como medida:
a) Matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e
particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
b) Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-
escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 2 (dois) anos, educandos
portadores de deficiência.
c) Acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos
demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de
estudo.
d) Promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento
familiar, ao aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do
parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao
controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do
metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outras
doenças causadoras de deficiência.
e) Garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos
estabelecimentos de saúde públicos e privados, e de seu adequado
tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados.

Q17. MPE-SC/MPE-SC/2016
O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam
interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de
ação individual, conforme determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas
com Deficiência).

Q18. IF-PE/IF-PE/2016
O apoio à pessoa com deficiência é fator decisivo na construção de uma
sociedade mais fraterna igualitária e justa; isto envolve a reflexão sobre
preconceitos por parte de todos e o cumprimento de leis que garantem os
diretos e atendimento diferenciado à pessoa com deficiência. A Lei n° 7.853,
de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras
de deficiência e sua integração social, determina medidas de tratamento
prioritário e adequado a ser dado por órgãos e entidades da administração
direta e indireta nos termos da lei. Deste modo, será garantida
a) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se
integrarem no sistema regular de ensino.
b) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema
regular de ensino.
d) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino.
e) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema especializado de ensino.

Q19. VUNESP/Câmara de Marília - SP/2016


A Lei n° 7.853/89 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência,
sua integração social, dentre outras providências. Dentro do que prevê essa
legislação, é correto afirmar que
a) as medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos,
difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com
deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal,
por associação constituída há mais de 180 dias, nos termos da lei civil, por
autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia
mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado deverá anexar todas as certidões e
informações que julgar necessárias, sendo que estas só serão entregues se
deferidas pelo juiz, uma vez que os órgãos competentes não são obrigados
a entregar nenhuma informação a pessoa comum, senão por meio de ordem
judicial.
c) as certidões e informações deferidas pelo juiz deverão ser fornecidas
dentro de 45 (quarenta e cinco dias) da data da entrega do ofício, e só
poderão ser utilizadas para a instrução da ação civil.
d) não cabe formação de litisconsórcio nas ações propostas para defesa dos
interesses protegidos por essa lei.
e) a sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal.

Q20. VUNESP/IPSMI/2016
No que concerne às ações civis públicas destinadas à proteção de interesses
coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência, nos termos da
Lei Federal no 7.853/89, é correto asseverar que
a) poderão ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação ou
sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que deverão
ser fornecidas dentro de 30 (trinta) dias.
c) poderá ser negada certidão ou informação acerca de seu andamento, com
a finalidade de preservar o interesse da pessoa portadora de deficiência ou
de empresa envolvida na demanda.
d) sendo ajuizada por um dos colegitimados, os demais devem habilitar-se
como litisconsortes.
e) em caso de desistência ou abandono da ação por um dos legitimados
concorrentes, apenas o Ministério Público pode assumir a titularidade ativa.

Q21. IDECAN/Prefeitura de Natal - RN/2016


O Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamentou a Lei
n° 7.853, de 24 de outubro de 1989 e a Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, estabelece que os órgãos e as entidades
da Administração Pública Federal prestarão serviços específicos de forma
direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência. Em relação aos
serviços específicos que deverão ser prestados de forma direta ou
indiretamente à pessoa portadora de deficiência, conforme legislação e
contexto anterior, analise.
I. Reabilitação parcial, entendida como o desenvolvimento parcial das
potencialidades da pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua
atividade laborai, educativa e social.
II. Formação profissional e qualificação para o trabalho.
III. Escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos
apoios necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial.
IV. Orientação e promoção individual, familiar e social.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Q22. FUNRIO/IF-BA/2016
O Decreto-Lei n° 3.298/99 e Lei n° 7.853/89 buscam assegurar um
tratamento equitativo às pessoas com deficiências, sejam elas permanentes
ou não, e com incapacidade. A equiparação das oportunidades, para estas
pessoas, é assegurada por lei. Entre os serviços incluídos como necessários
à equiparação de oportunidades, encontram-se a formação profissional e
qualificação para o trabalho e a escolarização em estabelecimentos de ensino
regular com a provisão dos apoios necessários, entre outros. Para
viabilização do acesso à educação, é determinado, pela legislação vigente,
que
a) somente nas escolas públicas serão ofertadas as condições para a inclusão
no sistema educacional.
b) a inclusão deve ser prioritariamente em estabelecimentos, públicos ou
privados, que ofereçam exclusivamente a educação especial.
c) os estudantes portadores de deficiência tenham acesso aos benefícios
oferecidos aos demais estudantes: material escolar, transporte, merenda
escolar e bolsas de estudo.
d) a educação do estudante com deficiência deve iniciar-se, prioritariamente,
no ensino fundamental.
e) a matrícula de estudantes com necessidades educativas especiais está
condicionada à capacidade do estabelecimento de ensino em atenderas suas
necessidades específicas.

Q23. FCC/DPE-RR/2015
O Decreto n° 3.298/1999 aponta que a Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, inclusive a deficiência mental,
compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar
o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência, que devem receber
a) igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos
que lhes são assegurados.
b) atenção particularizada, mediada por instituição de assistência social de
orientação paternalista, assegurando-lhes benefícios.
c) medidas pseudoeducativas privilegiadas que gerem adaptação social e
inserção adequada na sociedade.
d) contribuições financeiras quando confirmada inclusão social do grupo
primário de pertencimento vulnerável.
e) cuidados médicos e psicológicos com distinção de classe social,
garantindo-lhes emprego futuro.

Q24. FCC/TRT - 3a Região (MG)/2015


O Decreto-Lei n° 3.298/1999, regulamenta a Lei n° 7.853/1989, que dispõe
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência. O Capítulo VII Da Equiparação de Oportunidades, determina que
a proporção para contratação de pessoa portadora de deficiência reabilitada
pela Previdência Social, em empresas,
a) com até trezentos empregados, deve ser de um por cento.
b) que possuem entre setecentos e mil empregados, deve ser de cinco por
cento.
c) que possuem entre cem e quinhentos empregados, deve ser de três por
cento.
d) com até duzentos empregados, deve ser de dois por cento.
e) com até duzentos empregados, deve ser de três por cento.

Q25. VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba - SP/2015


A Lei de Proteção aos Portadores de Deficiência (Lei no 7.853/89) estabelece
que
a) as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou
difusos das pessoas portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo
Ministério Público, pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal; por
associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil,
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas
portadoras de deficiência.
b) é defeso aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes
nas ações propostas por qualquer dos legitimados que propuserem a ação.
c) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível ultra partes, exceto no
caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
d) a sentença que concluir pela carência ou pela procedência da ação fica
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal.
e) o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil,
ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,
certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não
inferior a 20 (vinte) dias úteis.

Q26. VUNESP/Prefeitura de Caieiras - SP/2015


Nos termos da Lei n o 7.853, de 1989, cabe ao Poder Público e seus órgãos
assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus
direitos básicos, conferindo tratamento prioritário e adequado, através de
várias medidas, dentre elas, na área da educação,
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como
modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de
1 o e 2 o graus, a supletiva, a habilitação e a reabilitação profissionais, com
currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
b) a oferta, facultativa e preferencialmente gratuita, da Educação Especial
em estabelecimento público de ensino
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível
pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 6 (seis) meses, educandos
portadores de deficiência.
e) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
privado de ensino.

Q27. MPE-RS/MPE-RS/2014
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo, relativas
às Ações Civis Públicas destinadas à proteção dos interesses coletivos ou
difusos das pessoas com deficiência, nos termos do disposto na Lei n°
7.853/89.
( ) O Ministério Público, a União, os Estados, Municípios e Distrito Federal,
as associações constituídas há mais de seis meses, nos termos da lei civil,
além das autarquias, empresas públicas, fundações ou sociedades de
economia mista, independente da finalidade institucional, possuem
legitimidade ativa para propositura das ações civis públicas destinadas à
proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência.
( ) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública, qualquer dos
co-legitimados pode assumir a titularidade ativa.
( ) A sentença em ação civil pública ajuizada para a proteção dos interesses
coletivos das pessoas com deficiência terá sempre eficácia de coisa julgada
oponível erga omnes.
( ) Instaurado Inquérito Civil, esgotadas as diligências, caso se convença o
órgão do Ministério Público da inexistência de elementos para a propositura
de ação civil, promoverá, fundamentadamente o arquivamento do inquérito
civil, com remessa, no prazo de 3 (três) dias, ao Órgão Especial do Colégio
de Procuradores, que o examinará, deliberando a respeito.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é
a) V - V - F - V.
b) F - V - F - F.
c) F - F - V - F.
d) V - F - V - V.
e) V - V - F - F.

Q28. MPE-RS/MPE-RS/2014
0 ordenamento jurídico pátrio tem buscado compensar juridicamente a
desigualdade de fato enfrentada por aqueles que possuem deficiência,
assegurando-lhes acesso à saúde, à educação, à habilitação ou reabilitação
profissional, ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao turismo e ao lazer. As
principais regras sobre a política nacional de integração da pessoa com
deficiência foram estabelecidas pela Lei n.° 7.853/89 e seu regulamento.
Nesse contexto, o Decreto n.° 3.298/99 arrola elementos que permitem
compensar determinadas limitações, visando à assistência integral à saúde
e reabilitação da pessoa com deficiência, complementando o atendimento e
aumentando as possibilidades de independência e inclusão social.
A esse respeito, considere os itens abaixo.
1 - próteses auditivas, visuais e físicas, órteses que favoreçam a adequação
funcional e bolsas coletoras para os portadores de ostomia
2 - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente
desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência
3 - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a
sinalização para pessoa portadora de deficiência
De acordo com o Decreto n.° 3.298/99, quais desses itens são considerados
ajudas técnicas?
a) Apenas 1.
b) Apenas 2.
c) Apenas 3.
d) Apenas 1 e 2.
e) 1, 2 e 3.

Q29. CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014
Conforme o Decreto no 3.298, de 20/12/1999, que regulamenta a Lei no
7.853, de 24/10/1989 e que dispõe sobre a Política Nacional para a
integração da Pessoa Portadora de Deficiência, considere as afirmativas
abaixo.
I - As diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência incluem a garantia do efetivo atendimento das necessidades
da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho assistencialista.
II - Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa
portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive
dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao
lazer, dentre outros.
III - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e
indireta deverão conferir, no âmbito das respectivas competências e
finalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativos à
pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o pleno exercício
de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III

Q30. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
É garantido a todas as pessoas portadoras de deficiência o atendimento
domiciliar de saúde, independentemente do grau de deficiência.

Q31. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
Às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns o
poder público deve estimular a criação e a manutenção de empregos,
inclusive de tempo parcial.

Q32. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
As ações públicas, coletivas ou individuais, relativas aos interesses das
pessoas com deficiência são passíveis de intervenção do Ministério Público,
o qual, para resguardar o interesse dessas pessoas, poderá requisitar de
qualquer pessoa física ou jurídica informações, exame ou perícia, em prazo
não inferior a dez dias úteis.
Q33. CESPE/Polícia Federal/2014
Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
Diferentemente das entidades da administração pública, cometerá crime
punível unicamente por meio de pagamento de multa a empresa privada que
negar, sem justa causa, emprego ou trabalho a alguém em razão de sua
deficiência.

Q34. FCC/TRF - 3a REGIÃO/2014/adaptada


Manoel, 22 anos de idade, é deficiente e teve sua inscrição de um
estabelecimento de ensino privado cancelada, sem justa causa, por motivos
derivados da sua deficiência. Conforme as prerrogativas, definidas na Lei no
7.853/1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, a medida
prevista para a situação apresentada é
a) a realização de fiscalização pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa
com Deficiência para que aplique a pena cabível.
b) a aplicação de pena alternativa ao Diretor/Proprietário, com a prestação
de serviços à comunidade, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois
constitui-se como crime.
c) a reclusão do Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa,
pois se constitui como crime.
d) a obrigação de concessão de cesta básica à instituição de caridade de 2
(dois) a 5 (cinco) anos, pois se constitui como descumprimento de normativa
legal.
e) o financiamento de programa específico para pessoa com deficiência na
área da educação em âmbito municipal.

Q35. CESPE/MPE-RO/2013
Em relação ao direito das pessoas com deficiência, assinale a opção correta.
a) A sentença proferida em ação prevista na Lei n.° 7.853/1989 sempre terá
eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, dada a natureza da referida
ação.
b) Nos termos da Lei n.° 7.853/1989, o MP, ao instaurar inquérito civil sob
sua presidência, poderá requisitar informações de qualquer pessoa física.
c) Nos termos do Decreto n.° 3.298/1999, considera-se pessoa deficiente o
indivíduo portador de qualquer espécie de deformidade congênita ou
adquirida.
d) Consoante o disposto na Lei n.° 10.098/2000, para a viabilização da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência, deve-se adaptar, no
mínimo, tanto quanto tecnicamente possível, a terça parte dos brinquedos
dispostos em parques de diversões públicos.
e) De acordo com o disposto na Lei n.° 7.853/1989, não pratica crime aquele
que omite dados técnicos indispensáveis à propositura de ACP, quando
requisitado pelo MP.

Q36. CESPE/TJ-RO/2012
A Lei n.° 7.853/1989 regulamenta e assegura os direitos de pessoas
portadoras de necessidades especiais. Esse dispositivo legal
a) determina o pagamento de multa correspondente a dez salários mínimos
a quem negar emprego ou trabalho a alguém, sem justa causa, por motivos
derivados de sua deficiência.
b) restringe o atendimento domiciliar de saúde às pessoas com idade acima
de 65 anos com deficiência grave.
c) assegura o oferecimento de programas de educação especial, por período
máximo de seis meses, em unidades hospitalares, quando o aluno com
deficiência estiver internado.
d) restringe o acesso aos cursos regulares voltados à formação profissional
às pessoas com deficiência e que têm até 16 anos de idade.
e) recomenda que os assuntos relativos às pessoas com deficiência sejam
incluídos na Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, por meio de planos, programas e projetos sujeitos a prazos e
objetivos determinados.

Q37. FCC/TRT - 3a Região (MG)/2009


A Lei n° 7.853/89, regulamentada pelo Decreto n° 3.238/99, dispõe sobre a
Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
consolida as normas de proteção e dá outras providências. Ela estabelece
que as instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de
provas e os apoios necessários previamente solicitados pelo aluno portador
de deficiência. Quando da realização de provas, o aluno poderá solicitar,
conforme característica da deficiência,
a) tempo adicional para realização das provas.
b) tempo limitado e cronometrado devido à deficiência.
c) prazo mais extenso, garantindo a habilitação profissional.
d) prazo superior ao regular para sua manutenção no processo educacional.
e) tempo ilimitado para a realização das provas, devido à deficiência.

Q38. FCC/MPE-SE - Analista do Ministério Público/2009


A Lei n° 7.853/89 disciplinou dentre outras, a atuação do Ministério Público
no sentido de
a) recusar, retardar ou dificultar a internação em abrigo especializado de
pessoa com deficiência para salvaguardar o seu direito à convivência familiar
e comunitária.
b) punir com reclusão de quatro anos a pessoa que obstar o acesso de
alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados da sua deficiência.
c) intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em
que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
d) fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas, orientando e instaurando
inquéritos.
e) emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos
demais órgãos, no âmbito da Política Nacional para a integração da pessoa
com deficiência.

Q39. FCC/MPE-RS/2008
De acordo com o Decreto no 3.298/99, é INCORRETO afirmar que é
considerada pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta
a) paralisia cerebral.
b) hemiplegia.
c) ostomia.
d) deformidade estética.
e) nanismo.

Q40. UEG/TJ-GO/2006
Para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das
pessoas portadoras de deficiência, e sua efetiva integração social, há o
seguinte dispositivo legal que garante os direitos ao referido segmento
social:
a) Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
b) Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990
c) Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989
d) Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994

Q41. MPT/MPT/2013/adaptada
Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a
jurisprudência do STF, considere as seguintes proposições:
A Lei n° 8.899/1994, ao conceder passe livre às pessoas com deficiência,
carece de constitucionalidade por deixar de indicar a respectiva fonte de
custeio.

Q42. FCC/DPE-RS/2014/adaptada
Julgue:
Na hipótese de cometimento de crime de lesão corporal contra pessoas
portadoras de deficiência, incidirá tipo penal específico previsto na Lei n°
7.853/89 (Lei de Proteção ao Portador de Deficiência).

Q43. FCC/TST/TJAA/2017
O Ministério Público de determinado Estado ingressou com medida judicial
destinada à proteção de interesses difusos das pessoas com deficiência. Nos
termos da Lei n° 7.853/1989,
a) o Estado é o único legitimado ativo que poderá habilitar-se como
litisconsorte na referida ação.
b) apenas o Ministério Público Estadual deverá figurar no polo ativo da
referida ação, não cabendo litisconsórcio na hipótese.
c) faculta-se aos demais legitimados ativos habilitarem-se como
litisconsortes na referida ação.
d) é dever dos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes
na referida ação.
e) o Estado e a União Federal são os únicos legitimados ativos que poderão
habilitar-se como litisconsortes na referida ação.

Q44. FCC/TST/A JAA/2017


Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo
responsável pelo setor de internação de pacientes que chegam ao hospital.
No mês de maio de 2017, Carla, propositadamente, dificultou a internação
hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na época, com 40 anos de
idade. Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento de
urgência ou emergência, sendo a internação destinada à realização de
exames médicos específicos. Nos termos da Lei no 7.853/1989, o ato de
Carla
a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em
outras searas do direito.
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa
hipótese.
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.

Q45. FCC/TST/AJ AA/2017


A Defensoria Pública da União propôs ação civil pública para a defesa de
direitos difusos de pessoas com deficiência. A ação foi julgada improcedente
por deficiência de prova, tendo a sentença sido confirmada em segundo grau
de jurisdição e transitado em julgado. Nesse caso, conforme preceitua a Lei
no 7.853/1989,
a) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
independentemente da existência ou não de nova prova.
b) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
c) apenas a Defensoria Pública da União poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, desde que haja nova prova.
d) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
desde que haja nova prova.
e) apenas o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, desde que haja nova prova.

Q46.FCC/TST/AJAJ/2017
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano
de saúde, foi atendida por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano
de saúde, em razão de sua deficiência, foi dificultado por Manoel, cobrando,
inclusive, valores exorbitantes para a obtenção do plano. Nos termos da Lei
no 7.853/1989, a conduta de Manoel
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
b) não constitui crime.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa
hipótese.
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico
em razão da circunstância em que praticado.

Q47.FCC/TST/AJAJ/2017
Determinado Estado requereu à autoridade competente certidão necessária
à instrução de medida judicial destinada à proteção dos interesses difusos
da pessoa com deficiência. A certidão foi negada, em decisão devidamente
justificada, por se tratar de hipótese em que o interesse público impõe sigilo.
Nos termos da Lei no 7.853/1989, a medida judicial pretendida pelo Estado
a) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, não cabendo
ao juiz, em qualquer hipótese, requisitar a certidão, tendo em vista o
exaurimento do tema na seara administrativa.
b) não poderá ser proposta, haja vista a ausência da certidão.
c) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar
de razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da sentença.
d) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento e, salvo quando se tratar de
razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até a fase recursal.
e) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, inclusive quando se tratar
de razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da sentença.

Q48. CESPE/TRFlaR/2017
A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue os itens a
seguir, considerando a legislação pertinente.
Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos
difusos de pessoa portadora de deficiência, o poder público poderá se recusar
a fornecer certidão requerida pelo interessado.

Comentários
A assertiva está incorreta. A negativa da requisição somente será judicialmente
admitida quando envolver caso de segurança nacional. Nos demais casos, as
informações devem ser juntadas aos autos. No caso de envolver interesse público
(mas não de segurança nacional), as informações serão juntadas aos autos, mas
o processo tramitará em segredo de justiça, tudo conforme os §§3° e 4 o do art.
3o da Lei 7.853/1989. Além disso, de acordo com o art. 8o, da Lei 7.853/84,
constitui crime recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à
propositura de ação civil pública com objeto na lei de proteção das pessoas com
deficiência. Dessa forma, não é possível a recusa a fornecimento de certidão pelo
Poder Público.

Q49. CESPE/TRFlaR/2017
A respeito do direito das pessoas com deficiência, julgue os itens a seguir,
considerando a legislação pertinente.
Sendo previsto tratamento especial nos casos de deficiência grave ou severa,
constitui finalidade da política de emprego a incorporação da pessoa com
deficiência ao sistema produtivo, mediante regime especial de trabalho
protegido.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prescreve o art. 34, parágrafo
único, do Decreto n° 3.298/99.
Art. 34. E finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de
deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante
regime especial de trabalho protegido.
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto
no caput deste artigo poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais
de que trata a Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999.

6.2 - Gabarito
Q l. B Q18. A Q35. B
Q2. D Q19. E Q36. E
Q3. C Q20. A Q37. A
Q4. D Q21. D Q38. C
Q5. B Q22. C Q39. D
Q6. D Q23. A Q40. C
Q7. C Q24. D Q41. INCORRETA
Q8. A Q25. A Q42. INCORRETA
Q9. CORRETA Q26. A Q43. C
Q10. B Q27. B Q44. E
Q ll. C Q28. E Q45. D
Q12. D Q29. E Q46. A
Q13. D Q30. INCORRETA Q47. C
Q14. E Q31. CORRETA Q48. INCORRETA
Q15. E Q32. CORRETA Q49. CORRETA
Q16. C Q33. INCORRETA
Q17. CORRETA Q34. C

6.3 - Lista de Questões com Comentários


Q l. FCC/TRT-24aR/2017
Gilberto tem mobilidade reduzida em razão de um acidente automobilístico
que o vitimou, e pretende realizar uma viagem em transporte coletivo
interestadual. Neste caso, Gilberto, segundo a Lei n° 8.899/1994 e o Decreto
n° 3.691/2000:
a) não tem direito ao passe livre, uma vez que esse direito não se estende
para o transporte coletivo interestadual, mas somente em meios de
transporte local.
b) não tem direito ao passe livre, uma vez que a existência de mobilidade
reduzida não caracteriza deficiência, razão pela qual ele não se enquadra
nas hipóteses legais.
c) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente,
mas as empresas de transporte somente têm o dever de reservar dois
assentos a cada veículo destinado a serviço convencional.
d) pode ter direito ao passe livre, independente de prova de que seja carente
ou do número de assentos reservados pela empresa de transporte em
veículo destinado a serviço convencional.
e) pode ter direito ao passe livre, desde que comprove ser carente, mas as
empresas de transporte somente têm o dever de reservar dois assentos a
cada veículo destinado a serviço convencional.

Comentários
De acordo com o art. I o, da Lei n° 8.899/94, Gilberto não tem direito ao passe
livre, uma vez que a existência de mobilidade reduzida não caracteriza
deficiência.
Art. 1° E concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente
carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual.

Além disso, o art. I o, do Decreto n° 3.691/00, estabelece que as empresas


permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de passageiros
reservarão dois assentos de cada veículo.
Art. Io As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual de
passageiros reservarão dois assentos de cada veículo, destinado a serviço convencional,
para ocupação das pessoas beneficiadas pelo art. Io da Lei no 8.899, de 29 de junho de
1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro de 1989, 8.742, de 7
de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos nos 1.744, de 8
de dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.

Assim, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Q2. COIMSULPLAN/TRF-2aR/2017
Conforme o Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, constituem
modalidades de inserção laborai da pessoa portadora de deficiência,
EXCETO:
a) Colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da
legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de
procedimentos e apoio especiais para a sua concretização.
b) Promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de
uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado, ou em
regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal
c) Colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da
legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de
procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a
possibilidade de utilização de apoios especiais.
d) Colocação em igualdade de condições: assegura à pessoa portadora de
deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de
condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

Comentários
O art. 35, do Decreto n° 3.298/99, prevê quais hipóteses constituem modalidades
de inserção laborai da pessoa com deficiência. Vejamos:
Art. 35. São modalidades de inserção laborai da pessoa portadora de deficiência:
I - colocacão competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua
concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;
II - colocacão seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação
trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais
para sua concretização; e
III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais
pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar,
com vista à emancipação
O art. 37, do referido Decreto, estabelece que fica assegurado à pessoa com
deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de
condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cuias atribuições
sejam compatíveis com a deficiência que possui.
Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Q3. CONSULPLAN/TRF-2aR/2017
Segundo a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, nos termos do Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
assinale a alternativa correta.
a) A empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher 2%
de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com
pessoa portadora de deficiência habilitada.
b) Compete ao Ministério da Saúde estabelecer sistemática de fiscalização,
avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e
formulários que propiciem estatísticas sobre o número de empregados
portadores de deficiência e de vagas preenchidas.
c) O CONADE - Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de
Deficiência - será constituído, paritariamente, por representantes de
instituições governamentais e da sociedade civil, sendo a sua composição e
o seu funcionamento disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justiça.
d) Os editais de concursos públicos deverão conter o número de vagas
existentes, bem como o total correspondente à reserva destinada à pessoa
portadora de deficiência; caso a aplicação do percentual resulte em número
fracionado, este deverá ser arredondado para o número inteiro inferior
correspondente.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 36, IV, do Decreto n°
3.298/99, a empresa com mais de mil empregados está obrigada a preencher
5%, e não 2%, de seus cargos com beneficiários da Previdência Social
reabilitados ou com pessoa com deficiência habilitada.
Art. 36. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a
cinco por cento de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com
pessoa portadora de deficiência habilitada, na seguinte proporção:
IV - mais de mil empregados. CINCO POR CENTO.
A a ternativa B está incorreta. Com base no §5°, do art. 36, do referido Decreto,
o descrito na alternativa é de competência do Ministério do Trabalho e Emprego,
e não do Ministério da Saúde.
§ 5a Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer sistemática de fiscalização,
avaliação e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que
propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de deficiência e de vagas
preenchidas, para fins de acompanhamento do disposto no caput deste artigo.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o


art. 12, do Decreto n° 3.298/99:
Art. 12. O CONADE será constituído, paritariamente, por representantes de instituições
governamentais e da sociedade civil, sendo a sua composição e o seu funcionamento
disciplinados em ato do Ministro de Estado da Justiça.
A a ternativa D está incorreta. O §2°, do art. 37, do referido Decreto, estabelece
que, caso a aplicação do percentual resulte número fracionado, este deverá ser
arredondado para o número inteiro superior correspondente.
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em
concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento
de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.
§12- 0 candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições,
concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento
em face da classificação obtida.
§ 2a Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número
fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente.

Q4. FCC/TRT l l aR/2017


A proteção de interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência encontra guarida no
Poder Judiciário, conforme regula a Lei no 7.853/1989, e estabelece que
(A) as ações judiciais para esse fim podem ser propostas por associação
constituída há mais de seis meses, nos termos da lei civil.
(B) todas as ações judiciais para esse fim correm em segredo de justiça.
(C) uma vez proposta a ação judicial para esse fim, o interesse público
impede a desistência ou abandono da ação.
(D) autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista
que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e
a promoção de direitos da pessoa com deficiência podem propor as medidas
judiciais destinadas a esse fim.
(E) a sentença proferida em ação judicial para esse fim terá, em todos os
casos, eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois as associações devem estar constituídas há
mais de 1 ano para que possam ajuizar medidas judiciais para proteção das
pessoas com deficiência, conforme disciplina o art. 3o, da Lei n° 7.853/1989.
Lembre-se de que:
--- ^
LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS

individuais indisponíveis)

•Ministério Público
•Defensoria Pública
•União, estados-membros, Distrito Federal e Municípios
•Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a
proteção e a promoção de direitos das pessoas com deficiência

A alternativa B está incorreta, pois somente tramitará em segredo de justiça a


ação pautada na Lei n° 7.853/1989 quando for caso de segurança nacional, assim
decretada pelo Juiz. Confira o que disciplina o art. 3o, §4°:
§ 4° Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta
desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar
os m otivos do indeferim ento, e. salvo guando se tratar de razão de segurança nacional,
requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça,
que cessará com o trânsito em julgado da sentença.

O §6°, do art. 3o, da referida lei, estabelece que, caso algum dos legitimados
acima desistir da ação, os demais podem assumir a titularidade ativa da ação.
Confira:
§ 6° Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.
Logo, a alternativa C está incorreta, pois prevê a possibilidade de desistência
ou abandono da ação.
A alternativa D é a correta e gabarito da questão, pois está em consonância
com o que está disposto no quadro acima exposto.
A alternativa E está incorreta. O art. 4o trata dos efeitos da sentença coletiva
voltada para a proteção de direitos das pessoas com deficiência. Em reara, a
sentença é erga omnes, a não ser que seja julgada improcedente a ação por
deficiência probatória, hipótese em que nova ação poderá ser ajuizada caso haja
novas provas.

Q5. FCC/TRT l l aR/2017


Alunos de um curso de Direito participaram de um evento organizado pelo
Governo do Estado do Amazonas sobre os direitos das pessoas com
deficiência. A primeira discussão tratou dos seguintes temas relacionados à
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência:
I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de
modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no
contexto socioeconômico e cultural.
II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos
e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a
implantação da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência.
III. O desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento
das necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência.
IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia voltada para a pessoa
portadora de deficiência, bem como a facilitação da importação de
equipamentos.
V. A fiscalização do cumprimento da legislação pertinente à pessoa portadora
de deficiência.
Para a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
e nos termos do Decreto no 3.298/1999, esses temas são conceituados,
respectivamente, como:
(A) instrumento, princípio, diretriz, objetivo e instrumento.
(B) princípio, diretriz, objetivo, instrumento e instrumento.
(C) princípio, princípio, diretriz, instrumento e objetivo.
(D) diretriz, princípio, instrumento, princípio e objetivo.
(E) objetivo, princípio, princípio, diretriz e diretriz.

Comentários
Para responder à questão, é necessário ter conhecimento do Decreto n°
3.298/1999. Veja:
^ PRINCÍPIO, conforme o art. 5o, I - I. O desenvolvimento de ação conjunta do Estado e
da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de
deficiência no contexto socioeconômico e cultural.
DIRETRIZ, conforme o art. 6o, II - II. A adoção de estratégias de articulação com órgãos
e entidades públicos e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros
para a implantação da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência.
OBJETIVO, conforme o art. 7o, III - III. O desenvolvimento de programas setoriais
destinados ao atendimento das necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência.
<í>INSTRUMENTO, conforme o art. 8o, IV - IV. O fomento da tecnologia de bioengenharia
voltada para a pessoa portadora de deficiência, bem como a facilitação da importação de
equipamentos.
^ INSTRUMENTO, conforme o art. 8o, V - V. A fiscalização do cumprimento da legislação
pertinente à pessoa portadora de deficiência.
Assim, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.
Q6. FCC/TRT 11R/2017
Um simpósio sobre os direitos das pessoas com deficiência tratou da Lei no
7.853/1989, a qual dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência e sua integração social, além de estabelecer que os órgãos e
entidades da Administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de
sua competência e finalidade, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar ações em várias áreas, como a educação.
O palestrante comentou as seguintes ações:
I. Inclusão da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a
educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, a qual é obrigatória no sistema
educacional público e facultativa no privado.
II. Matrícula compulsória de pessoas portadoras de deficiência capazes de
se integrarem no sistema regular de ensino em cursos regulares de
estabelecimentos públicos e particulares.
III. Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-
escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados educandos portadores de deficiência por prazo igual ou superior
a seis meses.
A forma como essas ações foram abordadas contrariou a mencionada
legislação APENAS
(A) no caso I, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público como
no privado.
(B) nos casos I e II, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público
como no privado e a matrícula não é compulsória, respectivamente.
(C) no caso III, pois é obrigatório para educandos internados há um ano ou
mais.
(D) nos casos I e III, pois é obrigatória tanto no sistema educacional público
como no privado e é obrigatório para educandos internados há um ano ou
mais, respectivamente.
(E) nos casos II e III, pois a matrícula não é compulsória e é obrigatória para
educandos internados há um ano ou mais, respectivamente.

Comentários
O art. 2o, I, da Lei n° 7.853/1989, estabelece as prioridades em relação à
educação de pessoas com deficiência:
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educacão, à saúde,
ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de
outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social
e econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente
a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes MEDIDAS;
I - na área da EDUCAÇÃO;
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa
que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação
próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas:
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educacão Especial em estabelecimento público de
ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educacão Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares
de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de
ensino;
Em síntese:
* ----------------------------------------------------------------------------------------------------------\

---- NA AREA DE EDUCAÇAO ------------------------

•Inclusão no ensino e inserção em escolas especiais públicas e privadas.


•A escola especial para o deficiente é obrigatória e deve ser gratuita.
•O nível pré-escolar de ensino deve ser obrigatório em unidades hospitalares.
•Matrícula compulsória.

Desde modo, as orientações I e III estão corretas, de modo que a alternativa D


é a correta e gabarito da questão.

Q7. FCC/TRT l l aR/2017


O Decreto no 3.298/1999, que regulamenta normas relativas à Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, no que se
refere ao acesso ao trabalho, estabelece que
(A) a inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho
ou sua incorporação ao sistema produtivo através de regime especial de
trabalho protegido não pode ser feita através da contratação das
cooperativas sociais.
(B) as entidades beneficentes de assistência social, na forma da lei, poderão
intermediar a colocação competitiva.
(C) a oficina protegida de produção é caracterizada pela relação de
dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social.
(D) a inserção laborai da pessoa portadora de deficiência por meio do
processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e
previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para
sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios
especiais, é denominada colocação seletiva.
(E) a inserção laborai da pessoa portadora de deficiência não pode ser feita
por meio de promoção do trabalho por conta própria.

Comentários
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está incorreta, pois contraria a previsão de contratação por
cooperativas sociais previstas no art. 34, parágrafo único, do Decreto:
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto no
caput deste artigo poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais de
que trata a Lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999.

A alternativa B está incorreta, pois as entidades beneficentes de assistência


sociais podem interm ediara modalidade de inserção laborai na colocação seletiva
e na promoção do trabalho por conta própria em face do que prevê o §1°, do art.
35, do Decreto.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois representa
justamente o conceito do §4°, do art. 35:
§ 4° Considera-se oficina protegida de produção a unidade que funciona em relação de
dependência com entidade pública ou beneficente de assistência social, que tem por objetivo
desenvolver programa de habilitação profissional para adolescente e adulto portador de
deficiência, provendo-o com trabalho remunerado, com vista à emancipação econômica e
pessoal relativa.

As alternativas D e E estão incorretas, pois a modalidade de contratação regular


depende de apoio específico e, além disso, pode ser promovida a inserção no
mercado de trabalho da pessoa com deficiência por intermédio do fomento do
empresário e do desenvolvimento de atividades liberais.
Lembre-se de que:
MODALIDADES DE INSERÇÃO LABORAL
^ colocação competitiva - contratação regular sem apoio específico
^ colocação seletiva - contratação regular com apoios específicos
^ promoção do trabalho por conta própria - fomento do empresariado e de atividades liberais
^ número mínimos de empregados:

Até 200 empregados 2%

De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%


Mais de 1.000 empregados 5%

Q8. FCM/IF-RJ/2017
A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
estabelece que os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal
direta e indireta responsáveis pela educação devem dispensar tratamento
prioritário e adequado a esse público. Sobre esse assunto, considere as
afirmativas a seguir:
I- Uma das medidas a serem viabilizadas por órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta para o atendimento de
pessoas com deficiência é a inclusão, no sistema educacional, da educação
especial como modalidade de educação escolar que permeia
transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino.
II- Os serviços de educação especial devem ser oferecidos ao educando
portador de deficiência em unidades hospitalares e congêneres nas quais
esteja internado por um prazo máximo de um ano. Passado esse tempo,
após perícia médica, se o educando portador de deficiência permanecer
internado, deve ser desligado do serviço e sua rematrícula garantida quando
tiver alta.
III- A educação especial é modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino para educando com
necessidades educacionais especiais, entre eles o portador de deficiência.
Conta com equipe multiprofissional, com a adequada especialização, e
adotará orientações pedagógicas coletivizadas, evitando individualizar tais
orientações para, assim, não reforçar preconceitos contra o educando com
necessidades educacionais especiais.
IV- Alunos portadores de deficiência, matriculados ou egressos do ensino
fundamental ou médio de instituições públicas ou privadas, terão acesso à
educação profissional, oferecida nos níveis básico, técnico e tecnológico, em
escola regular, em instituições especializadas e nos ambientes de trabalho.
V- Os diplomas e certificados de cursos de educação profissional para a
pessoa portadora de deficiência, expedidos por instituição credenciada pelo
Ministério da Educação ou órgão equivalente, terão validade restrita à
unidade da federação em que está situada a instituição que emitiu o
certificado. Garante-se, desse modo, maiores chances de acesso delas ao
mercado de trabalho de seus estados.
VI- As instituições públicas e privadas que ministram educação profissional
para a pessoa portadora de deficiência deverão, obrigatoriamente, oferecer
cursos profissionais de nível avançado à pessoa portadora de deficiência,
condicionando a matrícula dela ao seu nível de escolaridade.
corretas apenas as afirmativas
a) I e IV.
b) I, III e IV.
c) II, V e VI.
d) I, II, III e IV.
e) II, III, V e VI.

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, com base no art. 24, II, do Decreto n° 3.298/99:
Art. 24. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
responsáveis pela educação dispensarão tratamento prioritário e adequado aos assuntos
objeto deste Decreto, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
II - a inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação
escolar que permeia transversa Imente todos os níveis e as modalidades de ensino;

O item II está incorreto. De acordo com o art. 24, V, do referido Decreto, os


serviços de educação especial devem ser oferecidos ao educando com deficiência
em unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por prazo igual
ou superior a um ano.
O item III está incorreto. De fato, se entende por educação especial, para os
efeitos deste Decreto, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino para educando com necessidades
educacionais especiais, entre eles a pessoa com deficiência, conforme prevê o
§1°, do art. 24, do Decreto n° 3.298/99.
Porém, o §4° estabelece que a educação especial contará com equipe
multiprofissional, com a adequada especialização, e adotará orientações
pedagógicas individualizadas.
O item IV está correto, pois é o que dispõe o caput, do art. 28, e §1°, do Decreto
n° 3.298/99:
Art. 28. O aluno portador de deficiência matriculado ou egresso do ensino fundamental ou
médio, de instituições públicas ou privadas, terá acesso à educação profissional, a fim de
obter habilitação profissional que lhe proporcione oportunidades de acesso ao mercado de
trabalho.
§ I e- A educação profissional para a pessoa portadora de deficiência será oferecida nos
níveis básico, técnico e tecnológico, em escola regular, em instituições especializadas e nos
ambientes de trabalho.

O item V está incorreto. Segundo o art. 28, §4°, do referido Decreto, os diplomas
e certificados de cursos de educação profissional expedidos por instituição
credenciada pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente terão validade em
todo o território nacional.
Por fim, o item VI também está incorreto. De acordo com o §2°, do art. 28, do
Decreto n° 3.298/99, as instituições públicas e privadas que ministram educação
profissional deverão, obrigatoriamente, oferecer cursos profissionais de nível
básico à pessoa com deficiência, condicionando a matrícula à sua capacidade de
aproveitamento e não a seu nível de escolaridade.
Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Q9. CESPE/SEDF/2017
A respeito da educação infantil oferecida a alunos com e sem deficiência,
julgue o item subsequente.
Segundo o Decreto n.° 3.298/1999, para que uma criança seja reconhecida
como deficiente mental — atualmente, deficiente intelectual —, é necessário
que ela apresente funcionamento intelectual inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos de idade, e limitação em pelo menos
duas das seguintes áreas de habilidades adaptativas: comunicação, cuidado
pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e
segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Comentários
A assertiva está correta, pois é o que dispõe o art. 4°, IV, do Decreto n°
3.298/99:
Art. 4o É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias:
IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização da comunidade;
d) utilização dos recursos da comunidade; (Redação dada pelo Decreto n° 5.296, de 2004)
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;

Q10.FCC/TRT-20aR/2016
A Lei n° 7.853/1989 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a
atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências),
prevê como medidas que os órgãos e entidades da Administração direta e
indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos
assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, na área da formação profissional e do trabalho, SALVO:
a) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de
empregos, inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas com deficiência
que não tenham acesso aos empregos comuns.
b) a criação de incentivos tributários para as empresas que contratarem
pessoas com deficiência em número superior ao mínimo exigido por lei.
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores
públicos e privados, de pessoas com deficiência.
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas com deficiência, nas entidades da
Administração pública e do setor privado, e que regulamente a organização
de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação,
nelas, das pessoas com deficiência.
e) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso
aos serviços concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à
formação profissional.

Comentários
A questão cobra o art. 2o, parágrafo único, inciso III, da Lei.
Observe que todas as questões trazem o que está disposto em uma das alíneas,
exceto a alternativa B.
Assim, a alternativa B é o gabarito da questão.
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e
econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
III - na área da formação profissional e do trabalho:
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de empregos,
inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham
acesso aos empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores públicos e privado,
de pessoas portadoras de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em
favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do
setor privado, e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao
mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas portadoras de deficiência;
Q ll.FC C / T R T -2 0 aR/2017
Considere:
I. Atendimento domiciliar.
II. Órteses e próteses.
III. Tratamento e orientação psicológica no processo reabilitador.
IV. Esterilização compulsória.
De acordo com o Decreto no 3.298/1999, o direito à saúde da pessoa com
deficiência consta APENAS nos itens
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

Comentários
O item I está correto, pois se refere a um direito à saúde da pessoa com
deficiência, conforme prevê o art. 16, V, do Decreto n° 3.298/99:
Art. 16. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta
responsáveis pela saúde devem dispensar aos assuntos objeto deste Decreto tratamento
prioritário e adequado, viabilizando, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
V - a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave não
internado;
O item II está correto. Vejamos o art. 18, do referido Decreto:
Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de
deficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado
que tais equipamentos complementam o atendimento, aumentando as possibilidades de
independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.

O item III também está correto, com base no art. 21, do Decreto n° 3.298/99:
Art. 21. O tratamento e a orientação psicológica serão prestados durante as distintas fases
do processo reabilitador, destinados a contribuir para que a pessoa portadora de deficiência
atinja o mais pleno desenvolvimento de sua personalidade.

Portanto, o direito à saúde da pessoa com deficiência consta apenas nos itens I,
II e III. Dessa forma, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Q12. UFPel-CES/UFPEL/2017
A Lei n° 7.853 de 24 de Outubro de 1989, que trata das Pessoas Portadoras
de Deficiência, diz que os órgãos e entidade da administração direta e
indireta devem dispensar tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar na área de recursos humanos a/o:
a) adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da
Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a organização
de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho e a situação
nelas, das pessoas portadoras de deficiência.
b) formação de professores de nível superior para a Educação Especial, de
técnicos de nível médio especializados na habilitação e reabilitação e de
instrutores para a formação profissional.
c) oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
público de ensino.
d) formação e qualificação de recursos humanos que, nas diversas áreas de
conhecimento, inclusive de nível superior, atendam à demanda e às
necessidades reais das pessoas portadoras de deficiência.
e) incentivo à pesquisa em apenas àquelas áreas do conhecimento
relacionadas com a pessoa portadora de deficiência.

Comentários
Para responder à questão, devemos conhecer o art. 2o, IV, "b", da Lei n°
7.853/89:
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e
econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
IV - na área de recursos humanos:
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação
profissional;
b) a formação e qualificação de recursos humanos aue. nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas
portadoras de deficiências:
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do
conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;
Observe que todas as alternativas trazem uma previsão do dispositivo, exceto a
alternativa D. Assim, a alternativa D é o gabarito da questão.

Q13. FUNRIO/IF-PA/2016
Identifique as afirmativas verdadeiras (com "V") e falsas (com "F") e, depois,
marque a alternativa que apresenta a sequência correta. A Lei n° 7.853/89,
ao dispor sobre o apoio às pessoas com deficiência, define o que é crime,
punível com reclusão e multa:
( ) Negar, sem justa causa, à pessoa com deficiência, como decorrência de
sua deficiência, emprego ou trabalho;
( ) Negar, sem justa causa, por motivos derivados da deficiência, vaga em
estabelecimento público ou privado de ensino;
( ) Negar acesso à pessoa com deficiência a cargo público, sem justa causa
e por motivos derivados da deficiência;
( ) Negar ou retardar dados técnicos, solicitados pelo Ministério Público, com
a finalidade de ação civil decorrente de aplicação desta Lei.
a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, F.
d) V, V, V, V.
e) F, V, V, V.

Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Todas as afirmativas
descrevem crimes, puníveis com reclusão e multa. Vejamos o art. 8o, da Lei n°
7.853/89:
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar
inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou arau. público
ou privado, em razão de sua deficiência;
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou
emprego núblico. em razão de sua deficiência :
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua
deficiência;
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-
hospitalar e ambulatorial à pessoa com deficiência;
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execucão de ordem judicial expedida na
acão civil a que alude esta Lei;
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à orooositura da
acão civil pública objeto desta Lei, quando requisitados.

Q14. FUNRIO/IF-BA/2017
O Decreto-Lei n° 3.298/99 define as Diretrizes Gerais da Política Nacional
para Pessoa Portadora de Deficiência, são elas:
I. estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da
pessoa portadora de deficiência;
II. adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e
privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros, para a
implantação desta Política;
III. incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas
peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à
educação, à saúde, ao trabalho, à edificação pública, à previdência social, à
assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao esporte e ao
lazer;
IV. viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as
fases de implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades
representativas;
V. ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de
deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no
mercado de trabalho;
VI. garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.
Pode-se afirmar que
a) Apenas os itens I, II e III fazem parte das Diretrizes.
b) Apenas os itens IV, V e VI fazem parte das Diretrizes.
c) Apenas os itens I e II fazem parte das Diretrizes.
d) Os itens referem-se aos Princípios da Lei, não às Diretrizes.
e) Todos os itens fazem parte das Diretrizes.

Comentários
As Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa Portadora de Deficiência
estão previstas no art. 6o, do Decreto n° 3.298/99. Vejamos:
Art. 6a São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora
de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem
assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas
as iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à edificação
pública, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à cultura, ao
esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de
implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência,
proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência,
sem o cunho assistencialista.

Todos os itens fazem parte das Diretrizes Gerais da Política Nacional para Pessoa
Portadora de Deficiência. Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito
da questão.

Q15. FCM/IF Sudeste - MG/2016


De acordo com o Decreto 3.298 de 1999, que regulamenta a Lei n° 7.853,
de 24 de outubro de 1989 e dispõe sobre a Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, as escolas e as instituições
de educação profissional oferecerão, se necessário, serviços de apoio
especializado para atender as peculiaridades da pessoa portadora de
deficiência, tais como
a) auxílio moradia no valor de l(um ) salário mínimo.
b) bolsa de estudos no valor de l(um ) salário mínimo.
c) transporte para o deslocamento das pessoas com dificuldade de
locomoção.
d) tutores especializados para a oferta domiciliar de conteúdos e aplicação
de provas.
e) adaptação de recursos institucionais: material pedagógico, equipamento
e currículo.

Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
29, I, do Decreto n° 3.298/99.
Art. 29. As escolas e instituições de educação profissional oferecerão, se necessário,
serviços de apoio especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de
deficiência, tais como:
I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e
currículo:

As outras alternativas não estão previstas no decreto.

Q16. FUNRIO/IF-PA/2016
As normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e
sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração
social são definidos na lei n° 7.853/89. Especificamente na área da educação
podemos considerar como medida:
a) Matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos e
particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
b) Oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-
escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 2 (dois) anos, educandos
portadores de deficiência.
c) Acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos
demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de
estudo.
d) Promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento
familiar, ao aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do
parto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao
controle da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças do
metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento precoce de outras
doenças causadoras de deficiência.
e) Garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos
estabelecimentos de saúde públicos e privados, e de seu adequado
tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta apropriados.

Comentários
A questão exige o conhecimento do art. 2o, da Lei n° 7.853/89:
A alternativa A está incorreta. De acordo com o inciso I, "f", na área da educação
temos como medida a matrícula compulsória em cursos regulares de
estabelecimentos públicos e particulares de pessoas com deficiência capazes de
se integrarem no sistema regular de ensino.
A alternativa B está incorreta. Conforme o inciso I, "d", na área de educação
tem o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-
escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados,
por prazo iaual ou superior a 1 (uml ano, educandos com deficiência.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz o inciso I,
w _//
e .
I - na área da educação:
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
A alternativa D está incorreta, pois diz respeito a uma medida na área de
saúde, prevista no inciso II, "a", e não na área de educação.
A alternativa E está incorreta. Com base no inciso II, "d", a garantia de acesso
das pessoas com deficiência aos estabelecimentos de saúde públicos e privados,
e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões de conduta
apropriados, é mais uma medida da área de saúde.

Q17. MPE-SC/MPE-SC/2016
O Ministério Público intervirá, obrigatoriamente, nas ações que discutam
interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo que se trate de
ação individual, conforme determina a Lei n. 7.853/89 (Proteção às Pessoas
com Deficiência).
Comentários
O art. 5o, da Lei n° 7.853/89, prevê que o Ministério Público intervirá
obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se
discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Art. 5o O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou
individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Portanto, a assertiva está correta.

Q18. IF-PE/IF-PE/2016
O apoio à pessoa com deficiência é fator decisivo na construção de uma
sociedade mais fraterna igualitária e justa; isto envolve a reflexão sobre
preconceitos por parte de todos e o cumprimento de leis que garantem os
diretos e atendimento diferenciado à pessoa com deficiência. A Lei n° 7.853,
de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras
de deficiência e sua integração social, determina medidas de tratamento
prioritário e adequado a ser dado por órgãos e entidades da administração
direta e indireta nos termos da lei. Deste modo, será garantida
a) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se
integrarem no sistema regular de ensino.
b) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema
regular de ensino.
d) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino.
e) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema especializado de ensino.

Comentários
De acordo com o art. 2o, I, "f", da Lei n° 7.853/89, uma das medidas na área da
educação é a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos
públicos e particulares de pessoas com deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
Art. 2° Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e
econômico.
Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da
administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e
finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a
viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas:
I - na área da educação:
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e
particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no
sistema regular de ensino;

Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Q19. VUNESP/Câmara de Marília - SP/2016


A Lei n° 7.853/89 dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência,
sua integração social, dentre outras providências. Dentro do que prevê essa
legislação, é correto afirmar que
a) as medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos,
difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com
deficiência poderão ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal,
por associação constituída há mais de 180 dias, nos termos da lei civil, por
autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia
mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado deverá anexar todas as certidões e
informações que julgar necessárias, sendo que estas só serão entregues se
deferidas pelo juiz, uma vez que os órgãos competentes não são obrigados
a entregar nenhuma informação a pessoa comum, senão por meio de ordem
judicial.
c) as certidões e informações deferidas pelo juiz deverão ser fornecidas
dentro de 45 (quarenta e cinco dias) da data da entrega do ofício, e só
poderão ser utilizadas para a instrução da ação civil.
d) não cabe formação de litisconsórcio nas ações propostas para defesa dos
interesses protegidos por essa lei.
e) a sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 3o, da Lei, as medidas
judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais
homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser
propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos
Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há
mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública
e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com
deficiência.
A alternativa B está incorreta. Ainda com base no art. 3o, §1° e §3°, preveem
que, para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e as informações que julgar necessárias, sendo que
somente nos casos em aue o interesse público, devidamente justificado,
impuser siailo. poderá ser neaada certidão ou informação.
A alternativa C está incorreta. Segundo o art. 3o, §2°, as certidões e
informações deferidas pelo juiz deverão ser fornecidas dentro de 15 (auinzel
dias da data da entrega do ofício, e só poderão ser utilizadas para a instrução da
ação civil.
A alternativa D está incorreta. Conforme o art. 3o, §5°, fica facultado aos
demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações
propostas por qualquer deles.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art.
4°, §1°.
Art. 4o A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de
haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer
legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
§ Io A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal.

Q20. VUNESP/IPSMI/2016
No que concerne às ações civis públicas destinadas à proteção de interesses
coletivos ou difusos das pessoas portadoras de deficiência, nos termos da
Lei Federal no 7.853/89, é correto asseverar que
a) poderão ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação ou
sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades
institucionais, a proteção das pessoas portadoras de deficiência.
b) para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades
competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que deverão
ser fornecidas dentro de 30 (trinta) dias.
c) poderá ser negada certidão ou informação acerca de seu andamento, com
a finalidade de preservar o interesse da pessoa portadora de deficiência ou
de empresa envolvida na demanda.
d) sendo ajuizada por um dos colegitimados, os demais devem habilitar-se
como litisconsortes.
e) em caso de desistência ou abandono da ação por um dos legitimados
concorrentes, apenas o Ministério Público pode assumir a titularidade ativa.

Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 3o, da Lei n° 7.853/89. Vamos
analisar cada uma das alternativas:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
3°.
Art. 3s- As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser
propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos
Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos
termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade
de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos
interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.

A alternativa B está incorreta. Com base no §2°, para instruir a inicial, o


interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e
informações que julgar necessárias, que deverão ser fornecidas dentro de 15
(auinzel dias.
§ 2° As certidões e informações a que se refere o parágrafo anterior deverão ser fornecidas
dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só
poderão se utilizadas para a instrução da ação civil.
A a ternativa C está incorreta. Segundo o §3°, poderá ser negada certidão ou
informação somente nos casos em que o interesse público, devidamente
justificado, impuser sigilo.
§ 3° Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo,
poderá ser negada certidão ou informação.

A alternativa D está incorreta. 0 §5° prevê que fica facultado aos demais
legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações propostas por
qualquer um deles.
§ 5° Fica facultado aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas
ações propostas por qualquer deles.

A a ternativa E está incorreta. De acordo com o §6°, em caso de desistência ou


de abandono da ação, qualquer dos colegitimados pode assumir a titularidade
ativa.
§ 6° Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.

Q21. IDECAN/Prefeitura de Natal - RN/2016


O Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamentou a Lei
n° 7.853, de 24 de outubro de 1989 e a Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, estabelece que os órgãos e as entidades
da Administração Pública Federal prestarão serviços específicos de forma
direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência. Em relação aos
serviços específicos que deverão ser prestados de forma direta ou
indiretamente à pessoa portadora de deficiência, conforme legislação e
contexto anterior, analise.
I. Reabilitação parcial, entendida como o desenvolvimento parcial das
potencialidades da pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua
atividade laborai, educativa e social.
II. Formação profissional e qualificação para o trabalho.
III. Escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos
apoios necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial.
IV. Orientação e promoção individual, familiar e social.
Estão corretas apenas as alternativas
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Comentários
O art. 15, do Decreto n° 3.298/99, prevê quais os serviços que os órgãos e as
entidades da Administração Pública Federal prestarão, direta ou indiretamente, à
pessoa com deficiência.
Art. 15. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou
indiretamente à pessoa portadora de deficiência os seguintes serviços:
I - reabilitação integral, entendida como o desenvolvimento das potencialidades da
pessoa portadora de deficiência, destinada a facilitar sua atividade laborai, educativa e
social;
II - formação profissional e qualificação para o trabalho;
III - escolarização em estabelecimentos de ensino regular com a provisão dos
apoios necessários, ou em estabelecimentos de ensino especial; e
IV - orientação e promoção individual, familiar e social.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Q22. FUNRIO/IF-BA/2016
O Decreto-Lei n° 3.298/99 e Lei n° 7.853/89 buscam assegurar um
tratamento equitativo às pessoas com deficiências, sejam elas permanentes
ou não, e com incapacidade. A equiparação das oportunidades, para estas
pessoas, é assegurada por lei. Entre os serviços incluídos como necessários
à equiparação de oportunidades, encontram-se a formação profissional e
qualificação para o trabalho e a escolarização em estabelecimentos de ensino
regular com a provisão dos apoios necessários, entre outros. Para
viabilização do acesso à educação, é determinado, pela legislação vigente,
que
a) somente nas escolas públicas serão ofertadas as condições para a inclusão
no sistema educacional.
b) a inclusão deve ser prioritariamente em estabelecimentos, públicos ou
privados, que ofereçam exclusivamente a educação especial.
c) os estudantes portadores de deficiência tenham acesso aos benefícios
oferecidos aos demais estudantes: material escolar, transporte, merenda
escolar e bolsas de estudo.
d) a educação do estudante com deficiência deve iniciar-se, prioritariamente,
no ensino fundamental.
e) a matrícula de estudantes com necessidades educativas especiais está
condicionada à capacidade do estabelecimento de ensino em atenderas suas
necessidades específicas.

Comentários
Essa questão exige o conhecimento do art. 24, do Decreto n° 3.298/99.
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 24, III, nas escolas públicas
e privadas serão ofertadas as condições para a inclusão no sistema educacional.
Ill - a inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas públicas
e privadas;
A a ternativa B está incorreta. A inclusão do educando deve ser prioritariamente
em cursos regulares, para aqueles capazes de se integrar na rede regular de
ensino.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois se refere ao inciso
VI.
VI - o acesso de aluno portador de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
A a ternativa D está incorreta. Conforme o §3°, a educação do estudante com
deficiência deve iniciar-se na educação infantil, a partir de zero ano.
§ 3a- A educação do aluno com deficiência deverá iniciar-se na educação infantil, a partir
de zero ano.
A a ternativa E está incorreta. A matrícula é compulsória no caso de a pessoa
com deficiência ser capaz de se integrar à rede regular de ensino. Vejamos o
inciso I, do art. 24:
I - a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e
particulares de pessoa portadora de deficiência capazes de se integrar na rede regular de
ensino;

Q23. FCC/DPE-RR/2015
O Decreto n° 3.298/1999 aponta que a Política Nacional para a Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, inclusive a deficiência mental,
compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar
o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência, que devem receber
a) igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos
que lhes são assegurados.
b) atenção particularizada, mediada por instituição de assistência social de
orientação paternalista, assegurando-lhes benefícios.
c) medidas pseudoeducativas privilegiadas que gerem adaptação social e
inserção adequada na sociedade.
d) contribuições financeiras quando confirmada inclusão social do grupo
primário de pertencí mento vulnerável.
e) cuidados médicos e psicológicos com distinção de classe social,
garantindo-lhes emprego futuro.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 5o,
III, do Decreto n° 3.298/99, a Pessoa Portadora de Deficiência deve receber
igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que
lhes são assegurados. O dispositivo menciona, ainda, que não haverá privilégios
ou paternalismos para a pessoa com deficiência, apenas igualdade.
Art. 5o A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em
consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes
princípios;
III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de
oportunidades na sociedade p o r reconhecim ento dos direitos que lhes são
assegurados, sem privilégios ou paternalismos.
As demais alternativas não estão dispostas no art. 5o, do Decreto.

Q24. FCC/TRT - 3a Região (MG)/2015


O Decreto-Lei n° 3.298/1999, regulamenta a Lei n° 7.853/1989, que dispõe
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência. O Capítulo VII Da Equiparação de Oportunidades, determina que
a proporção para contratação de pessoa portadora de deficiência reabilitada
pela Previdência Social, em empresas,
a) com até trezentos empregados, deve ser de um por cento.
b) que possuem entre setecentos e mil empregados, deve ser de cinco por
cento.
c) que possuem entre cem e quinhentos empregados, deve ser de três por
cento.
d) com até duzentos empregados, deve ser de dois por cento.
e) com até duzentos empregados, deve ser de três por cento.

Comentários
O art. 36, do Decreto n° 3.298/99, prevê que a empresa com cem ou mais
empregados é obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com
pessoas com deficiência. Vejamos a proporção para determinadas quantidades
de empregados:
Art. 36. A empresa com CEM OU MAIS EMPREGADOS está obrigada a preencher de
DOIS A CINCO POR CENTO de seus cargos com beneficiários da Previdência Social
reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada, na seguinte
proporção:
I - até DUZENTOS empregados; DOIS por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Q25. VUNESP/Câmara Municipal de Itatiba - SP/2015


A Lei de Proteção aos Portadores de Deficiência (Lei no 7.853/89) estabelece
que
a) as ações civis públicas destinadas à proteção de interesses coletivos ou
difusos das pessoas portadoras de deficiência poderão ser propostas pelo
Ministério Público, pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal; por
associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil,
autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista que
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção das pessoas
portadoras de deficiência.
b) é defeso aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes
nas ações propostas por qualquer dos legitimados que propuserem a ação.
c) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível ultra partes, exceto no
caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova,
hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
d) a sentença que concluir pela carência ou pela procedência da ação fica
sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal.
e) o Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil,
ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular,
certidões, informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não
inferior a 20 (vinte) dias úteis.

Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art.
3°, da Lei n° 7.853/89.
Art. 3a- As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser
propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos
Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos
termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de
economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses
e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 3o, §5°, fica facultado
aos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes nas ações
propostas por qualquer deles.
A alternativa C está incorreta. Conforme o art. 4o, a sentença terá eficácia de
coisa julgada oponível eraa omnes. exceto no caso de haver sido a ação julgada
improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
A alternativa D está incorreta. O §1°, do art. 4o, prevê que a sentença que
concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau
de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal. O
erro da questão está em mencionar a procedência da ação.
A alternativa E está incorreta. Com base no art. 6o, o Ministério Público poderá
instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa
física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias,
no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dezVdias úteis. A alternativa aponta
apenas o prazo incorreto.

Q26. VUNESP/Prefeitura de Caieiras - SP/2015


Nos termos da Lei n o 7.853, de 1989, cabe ao Poder Público e seus órgãos
assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus
direitos básicos, conferindo tratamento prioritário e adequado, através de
várias medidas, dentre elas, na área da educação,
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como
modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de
1 o e 2 o graus, a supletiva, a habilitação e a reabilitação profissionais, com
currículos, etapas e exigências de diplomação próprios.
b) a oferta, facultativa e preferencialmente gratuita, da Educação Especial
em estabelecimento público de ensino
c) a matrícula facultativa em cursos regulares de estabelecimentos públicos
e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem
no sistema regular de ensino.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível
pré-escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam
internados, por prazo igual ou superior a 6 (seis) meses, educandos
portadores de deficiência.
e) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento
privado de ensino.

Comentários
A questão requer o conhecimento do art. 2o, I, da Lei n° 7.853/89.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois reproduz a alínea

I - na área da educação:
a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa
que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação
próprios;
A a ternativa B está incorreta. De acordo com a alínea "c", a oferta é obrigatória
e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino. O erro
da questão está em dizer que a oferta é facultativa.
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de
ensino;
A alternativa C está incorreta. A Lei prevê a matrícula compulsória, e não
facultativa. Vejamos a alínea "f".
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e
particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema
regular de ensino;

A alternativa D está incorreta. A alínea "d" estabelece o oferecimento


obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em unidades
hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos com deficiência. A alternativa menciona o prazo
errado de internamento.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;

A alternativa E está incorreta. Como já mencionado, a oferta da Educação


Especial é obrigatória e gratuita em estabelecimento público de ensino.

Q27. MPE-RS/MPE-RS/2014
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as afirmações abaixo, relativas
às Ações Civis Públicas destinadas à proteção dos interesses coletivos ou
difusos das pessoas com deficiência, nos termos do disposto na Lei n°
7.853/89.
( ) O Ministério Público, a União, os Estados, Municípios e Distrito Federal,
as associações constituídas há mais de seis meses, nos termos da lei civil,
além das autarquias, empresas públicas, fundações ou sociedades de
economia mista, independente da finalidade institucional, possuem
legitimidade ativa para propositura das ações civis públicas destinadas à
proteção dos interesses coletivos ou difusos das pessoas com deficiência.
( ) Em caso de desistência ou abandono da ação civil pública, qualquer dos
co-legitimados pode assumir a titularidade ativa.
( ) A sentença em ação civil pública ajuizada para a proteção dos interesses
coletivos das pessoas com deficiência terá sempre eficácia de coisa julgada
oponível erga omnes.
( ) Instaurado Inquérito Civil, esgotadas as diligências, caso se convença o
órgão do Ministério Público da inexistência de elementos para a propositura
de ação civil, promoverá, fundamentadamente o arquivamento do inquérito
civil, com remessa, no prazo de 3 (três) dias, ao Órgão Especial do Colégio
de Procuradores, que o examinará, deliberando a respeito.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é
a) V - V - F - V.
b) F - V - F - F.
c) F - F - V - F.
d) V - F - V - V.
e) V - V - F - F.

Comentários
Vamos analisar cada uma das afirmativas:
A primeira afirmativa é falsa. Conforme o art. 3o, da Lei n° 7.853/89, as medidas
judiciais para a proteção dos interesses da pessoa com deficiência podem ser
propostas por associação constituída há mais de 1 ano e não 6 meses, como diz
a assertiva.
Art. 3a As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser
propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos
Municípios, pelo Distrito Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano,
nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por fundação ou sociedade de
economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses
e a promoção de direitos da pessoa com deficiência.
A segunda afirmativa é verdadeira, pois reproduz o §6°, do art. 3o.
§ 6° Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos co-legitimados pode
assumir a titularidade ativa.

A terceira afirmativa é falsa. De acordo com o art. 4o, a sentença terá eficácia de
coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a ação julgada
improcedente por deficiência de prova. O erro da assertiva está em dizer
"sempre".
Art. 4o A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de
haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova.

A quarta afirmativa é falsa. Com base no art. 6o, §1°, instaurado Inquérito Civil
e esgotadas as diligências, caso o órgão do Ministério Público se convença da
inexistência de elementos para a propositura de ação civil, promoverá,
fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil, com remessa, no prazo
de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público, que o examinará,
deliberando a respeito. A assertiva menciona o órgão incorreto.
§ I o Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da inexistência
de elementos para a propositura de ação civil, promoverá fundamentadamente o
arquivamento do inquérito civil, ou das peças informativas. Neste caso, deverá remeter a
reexame os autos ou as respectivas peças, em 3 (três) dias, ao Conselho Superior do
Ministério Público, que os examinará, deliberando a respeito, conforme dispuser seu
Regimento.
Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

Q28. MPE-RS/MPE-RS/2014
0 ordenamento jurídico pátrio tem buscado compensar juridicamente a
desigualdade de fato enfrentada por aqueles que possuem deficiência,
assegurando-lhes acesso à saúde, à educação, à habilitação ou reabilitação
profissional, ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao turismo e ao lazer. As
principais regras sobre a política nacional de integração da pessoa com
deficiência foram estabelecidas pela Lei n.° 7.853/89 e seu regulamento.
Nesse contexto, o Decreto n.° 3.298/99 arrola elementos que permitem
compensar determinadas limitações, visando à assistência integral à saúde
e reabilitação da pessoa com deficiência, complementando o atendimento e
aumentando as possibilidades de independência e inclusão social.
A esse respeito, considere os itens abaixo.
1 - próteses auditivas, visuais e físicas, órteses que favoreçam a adequação
funcional e bolsas coletoras para os portadores de ostomia
2 - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente
desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência
3 - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a
sinalização para pessoa portadora de deficiência
De acordo com o Decreto n.° 3.298/99, quais desses itens são considerados
ajudas técnicas?
a) Apenas 1.
b) Apenas 2.
c) Apenas 3.
d) Apenas 1 e 2.
I e) 1, 2 e 3.

Comentários
Ajudas técnicas são elementos que permitem compensar as limitações funcionais
motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência, com o objetivo de
permitir-lhe superar as barreiras da comunicação e da mobilidade e de possibilitar
a plena inclusão social.
O art. 19, do Decreto n° 3.298/99, elenca quais são as ajudas técnicas.
Art. 19. Consideram-se ajudas técnicas, para os efeitos deste Decreto, os elementos que
permitem compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da
pessoa portadora de deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da
comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social.
Parágrafo único. São ajudas técnicas:
I - próteses auditivas; visuais e físicas;
II - órteses que favoreçam a adequação funcional;
III - equipamentos e elementos necessários à terapia e reabilitação da pessoa
portadora de deficiência;
IV - equipamentos, maquinarias e utensílios de trabalho especialmente
desenhados ou adaptados para uso por pessoa portadora de deficiência;
V - elementos de mobilidade, cuidado e higiene pessoal necessários para facilitar a
autonomia e a segurança da pessoa portadora de deficiência;
VI - elementos especiais para facilitar a comunicação, a informação e a sinalização
para pessoa portadora de deficiência;
VII - equipamentos e material pedagógico especial para educação, capacitação e recreação
da pessoa portadora de deficiência;
VIII - adaptações ambientais e outras que garantam o acesso, a melhoria funcional e a
autonomia pessoal; e
IX - bolsas coletoras para os portadores de ostomia.

Os três itens mencionados na questão são considerados ajudas técnicas, Desse


modo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

Q29. CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014
Conforme o Decreto no 3.298, de 20/12/1999, que regulamenta a Lei no
7.853, de 24/10/1989 e que dispõe sobre a Política Nacional para a
integração da Pessoa Portadora de Deficiência, considere as afirmativas
abaixo.
I - As diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência incluem a garantia do efetivo atendimento das necessidades
da pessoa portadora de deficiência, sem o cunho assistencialista.
II - Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa
portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive
dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao
lazer, dentre outros.
I ll - Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e
indireta deverão conferir, no âmbito das respectivas competências e
finalidades, tratamento prioritário e adequado aos assuntos relativos à
pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe o pleno exercício
de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III

Comentários
Vamos analisar cada um dos itens:
O item I está correto, pois está previsto no art. 6o, VI, do Decreto n° 3.298/99.
Art. 6e São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência,
sem o cunho assistencialista.
O item II está correto, com base no art. 2o.
Art. 2a Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de
deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à
saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência
social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à
maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
O item III está correto, conforme prevê o art. 9o.
Art. 9e Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão
conferir, no âmbito das respectivas competências e finalidades, tratamento prioritário e
adequado aos assuntos relativos à pessoa portadora de deficiência, visando a assegurar-lhe
o pleno exercício de seus direitos básicos e a efetiva inclusão social.
Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

Q30. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
É garantido a todas as pessoas portadoras de deficiência o atendimento
domiciliar de saúde, independentemente do grau de deficiência.

Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 2o, II, "e", da Lei n° 7.853/89,
é garantido o atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave que não foi
internado.
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e
econômico.
II - na área da saúde:
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não
internado;

Assim, o erro da assertiva está em dizer que é garantido o atendimento domiciliar


de saúde independentemente do grau de deficiência. Como vimos, a deficiência
deve ser grave.

Q31. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
Às pessoas com deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns o
poder público deve estimular a criação e a manutenção de empregos,
inclusive de tempo parcial.

Comentários
A assertiva está correta, conforme prevê o art. 2o, III, "b", da Lei n° 7.853/89.
Art. 2o Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência
o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao
trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros
que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e
econômico.
III - na área da formação profissional e do trabalho:
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de
empregos, inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de
deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;

Q32. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
As ações públicas, coletivas ou individuais, relativas aos interesses das
pessoas com deficiência são passíveis de intervenção do Ministério Público,
o qual, para resguardar o interesse dessas pessoas, poderá requisitar de
qualquer pessoa física ou jurídica informações, exame ou perícia, em prazo
não inferior a dez dias úteis.

Comentários
De acordo com os art. 5o e 6o, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente
nas ações públicas, coletivas ou individuais, em que se discutam interesses
relacionados à deficiência das pessoas. O Ministério Público poderá instaurar, sob
sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no
prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
Art. 5o O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas,
coletivas ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência
das pessoas.
Art. 6o O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou
requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões,
informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.

Dessa forma, a assertiva está correta.

Q33. CESPE/Polícia Federal/2014


Considerando o disposto na Lei n.° 7.853/1989, julgue os próximos itens,
acerca do apoio às pessoas com deficiência.
Diferentemente das entidades da administração pública, cometerá crime
punível unicamente por meio de pagamento de multa a empresa privada que
negar, sem justa causa, emprego ou trabalho a alguém em razão de sua
deficiência.

Comentários
A assertiva está incorreta. Conforme o art. 8o, III, da Lei n° 7.853/89, negar ou
obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência,
constitui crime punível com reclusão de 2 a 5 anos e multa.
Art. 8o Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;

Q34. FCC/TRF - 3a REGIÃO/2014/adaptada


Manoel, 22 anos de idade, é deficiente e teve sua inscrição de um
estabelecimento de ensino privado cancelada, sem justa causa, por motivos
derivados da sua deficiência. Conforme as prerrogativas, definidas na Lei no
7.853/1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, a medida
prevista para a situação apresentada é
a) a realização de fiscalização pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa
com Deficiência para que aplique a pena cabível.
b) a aplicação de pena alternativa ao Diretor/Proprietário, com a prestação
de serviços à comunidade, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois
constitui-se como crime.
c) a reclusão do Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa,
pois se constitui como crime.
d) a obrigação de concessão de cesta básica à instituição de caridade de 2
(dois) a 5 (cinco) anos, pois se constitui como descumprimento de normativa
legal.
e) o financiamento de programa específico para pessoa com deficiência na
área da educação em âmbito municipal.

Comentários
Conforme o art. 8o, I, da Lei n° 7.853/89, que dispõe sobre o apoio às pessoas
com deficiência, a medida prevista para a situação apresentada é a reclusão do
Diretor/Proprietário de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa, pois tal conduta
constitui crime.
Art. 8a Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos £, multa:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar
inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau,
público ou privado, em razão de sua deficiência;

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Q35. CESPE/MPE-RO/2013
Em relação ao direito das pessoas com deficiência, assinale a opção correta.
a) A sentença proferida em ação prevista na Lei n.° 7.853/1989 sempre terá
eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, dada a natureza da referida
ação.
b) Nos termos da Lei n.° 7.853/1989, o MP, ao instaurar inquérito civil sob
sua presidência, poderá requisitar informações de qualquer pessoa física.
c) Nos termos do Decreto n.° 3.298/1999, considera-se pessoa deficiente o
indivíduo portador de qualquer espécie de deformidade congênita ou
adquirida.
d) Consoante o disposto na Lei n.° 10.098/2000, para a viabilização da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência, deve-se adaptar, no
mínimo, tanto quanto tecnicamente possível, a terça parte dos brinquedos
dispostos em parques de diversões públicos.
e) De acordo com o disposto na Lei n.° 7.853/1989, não pratica crime aquele
que omite dados técnicos indispensáveis à propositura de ACP, quando
requisitado pelo MP.

Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 4 o, da Lei n° 7.853/89, a
sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de
a ação ter sido julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, conforme prevê o art.
6°, da Lei n° 7.853/89.
Art. 6o O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil,
ou requisitar, de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões,
informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
A a ternativa C está incorreta. Com base no art. 4o, I, do Decreto n° 3.298/99,
é considerada pessoa com deficiência aquela que apresenta membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as
que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
A alternativa D está incorreta. Segundo o art. 4 o, da Lei n° 10.098/00, os
parques de diversões, públicos e privados, devem adaptar, no mínimo, 5%
(cinco por cento) de cada brinquedo e equipamento e identificá-lo para
possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida, tanto quanto tecnicamente possível.
A alternativa E está incorreta. O art. 8o, VI, da Lei n° 7.853/89, prevê que
recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação
civil pública objeto desta Lei, quando requisitados, constitui crime punível com
reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa.

Q36. CESPE/TJ-RO/2012
A Lei n.° 7.853/1989 regulamenta e assegura os direitos de pessoas
portadoras de necessidades especiais. Esse dispositivo legal
a) determina o pagamento de multa correspondente a dez salários mínimos
a quem negar emprego ou trabalho a alguém, sem justa causa, por motivos
derivados de sua deficiência.
b) restringe o atendimento domiciliar de saúde às pessoas com idade acima
de 65 anos com deficiência grave.
c) assegura o oferecimento de programas de educação especial, por período
máximo de seis meses, em unidades hospitalares, quando o aluno com
deficiência estiver internado.
d) restringe o acesso aos cursos regulares voltados à formação profissional
às pessoas com deficiência e que têm até 16 anos de idade.
e) recomenda que os assuntos relativos às pessoas com deficiência sejam
incluídos na Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, por meio de planos, programas e projetos sujeitos a prazos e
objetivos determinados.

Comentários
A alternativa A está incorreta. Conforme art. 8o, III, da Lei n° 7.853/89,
constitui crime punível com reclusão e multa a conduta de negar ou obstar
emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência.
Art. 8a Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:
I III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência;

A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 2o, II, "e", só é garantido
o atendimento domiciliar ao deficiente grave não internado.
I e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
A alternativa C está incorreta. O art. 2o, I, "d", prevê que será fornecido
programas de educação em unidades hospitalares a quem estiver internado por
um ano ou mais. A lei não prevê um prazo máximo para o oferecimento dos
programas de educação.
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;
A a ternativa D está incorreta, pois não há tal restrição na lei.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois está previsto no art.
9°, §1°.
Art. 9o A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas
portadoras de deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja
efetivamente ensejado o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como
sua completa integração social.
§ I o Os assuntos a que alude este artigo serão objeto de ação, coordenada e integrada, dos
órgãos da Administração Pública Federal, e incluir-se-ão em Política Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, na qual estejam compreendidos
planos, programas e projetos sujeitos a prazos e objetivos determinados.

Q37. FCC/TRT - 3a Região (MG)/2009


A Lei n° 7.853/89, regulamentada pelo Decreto n° 3.238/99, dispõe sobre a
Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência,
consolida as normas de proteção e dá outras providências. Ela estabelece
que as instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de
provas e os apoios necessários previamente solicitados pelo aluno portador
de deficiência. Quando da realização de provas, o aluno poderá solicitar,
conforme característica da deficiência,
a) tempo adicional para realização das provas.
b) tempo limitado e cronometrado devido à deficiência.
c) prazo mais extenso, garantindo a habilitação profissional.
d) prazo superior ao regular para sua manutenção no processo educacional.
e) tempo ilimitado para a realização das provas, devido à deficiência.

Comentários
De acordo com o art. 27, do Decreto n° 3.238/99, as instituições de ensino
superior deverão oferecer adaptações de provas e os apoios necessários
previamente solicitados pelo aluno com deficiência, inclusive tempo adicional
para realização das provas.
Art. 27. As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e os
apoios necessários, previamente solicitados pelo aluno portador de deficiência, inclusive
tempo adicional para realização das provas, conforme as características da deficiência.

Desse modo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

Q38. FCC/MPE-SE - Analista do Ministério Público/2009


A Lei n° 7.853/89 disciplinou dentre outras, a atuação do Ministério Público
no sentido de
a) recusar, retardar ou dificultar a internação em abrigo especializado de
pessoa com deficiência para salvaguardar o seu direito à convivência familiar
e comunitária.
b) punir com reclusão de quatro anos a pessoa que obstar o acesso de
alguém a qualquer cargo público, por motivos derivados da sua deficiência.
c) intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em
que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
d) fiscalizar o cumprimento da Lei de Cotas, orientando e instaurando
inquéritos.
e) emitir opinião sobre os acordos, contratos ou convênios firmados pelos
demais órgãos, no âmbito da Política Nacional para a integração da pessoa
com deficiência.

Comentários
A Lei n° 7.853/89 disciplinou, dentre outras regras, a atuação do Ministério
Público no sentido de intervir obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou
individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das
pessoas. Vejamos o art. 5o.
Art. 5o O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou
individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Q39. FCC/MPE-RS/2008
De acordo com o Decreto no 3.298/99, é INCORRETO afirmar que é
considerada pessoa portadora de deficiência física aquela que apresenta
a) paralisia cerebral.
b) hemiplegia.
c) ostomia.
d) deformidade estética.
e) nanismo.

Comentários
Com base no art. 4°, I, do Decreto n° 3.298/99, não é considerada pessoa com
deficiência física aquela que apresentar deformidade estética.
Art. 4a E considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma
de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia. amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo. membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deform idades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de
funções;
Ainda de acordo com o art. 4o, paralisia cerebral, hemiplegia, ostomia e nanismo
são consideradas deficiências físicas. Assim, a alternativa D está correta e é o
gabarito da questão.

Q40. UEG/TJ-GO/2006
Para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das
pessoas portadoras de deficiência, e sua efetiva integração social, há o
seguinte dispositivo legal que garante os direitos ao referido segmento
social:
a) Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
b) Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990
c) Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989
d) Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994

Comentários
A Lei n° 9.394/96 estabelece as diretrizes e bases da educação.
A Lei n° 8.069/90 dispõe sobre o ECA.
A Lei n° 7.853/89 serve para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais
e sociais das pessoas com deficiência, e sua efetiva integração social.
A Lei n° 8.842/94 dispõe sobre a política nacional do idoso.
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

Q41. MPT/MPT/2013/adaptada
Em relação à Ordem Social, considerando-se o texto constitucional e a
jurisprudência do STF, considere as seguintes proposições:
A Lei n° 8.899/1994, ao conceder passe livre às pessoas com deficiência,
carece de constitucionalidade por deixar de indicar a respectiva fonte de
custeio.

Comentários
Acerca dessa questão, ela é importante mais para aprofundar conhecimentos do
que como algo que possa ser cobrado, objetiva e diretamente, em provas.
A assertiva está incorreta. A matéria foi levada à discussão perante o STF, mas
a ADI foi julgada improcedente. Veja a ementa do julgado1:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS
EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E
INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS - ABRATI. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 8.899,
DE 29 DE JUNHO DE 1994, QUE CONCEDE PASSE LIVRE ÀS PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA, DA
ISONOMIA, DA LIVRE INICIATIVA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE, ALÉM DE AUSÊNCIA
DE INDICAÇÃO DE FONTE DE CUSTEIO (ARTS. 1<>, INC. IV, 5°, INC. XXII, E 170 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA): IMPROCEDÊNCIA. 1. ...3. Em 30.3.2007, o Brasil assinou,
na sede das Organizações das Nações Unidas, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, comprometendo-se a implementar
medidas para dar efetividade ao que foi ajustado. 4. A Lei n. 8.899/94 é parte das políticas
públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade e objetiva a
igualdade de oportunidades e a humanização das relações sociais, em cumprimento aos
fundamentos da República de cidadania e dignidade da pessoa humana, o que se concretiza
pela definição de meios para que eles sejam alcançados. 5. Ação Direta de
Inconstitucionalidade julgada improcedente.
Em síntese, entendeu o STF que a criação da obrigação independe de definição
de fonte de custeio por se tratar de política pública promotora da dignidade de
pessoas com deficiência.

Q42. FCC/DPE-RS/2014/adaptada
Julgue:
Na hipótese de cometimento de crime de lesão corporal contra pessoas
portadoras de deficiência, incidirá tipo penal específico previsto na Lei n°
7.853/89 (Lei de Proteção ao Portador de Deficiência).

Comentários
Está incorreta a assertiva, pois a lesão corporal contra pessoa com deficiência
está prevista no Código Penal. A Lei n° 7.853/1989 trata apenas do crime de
discriminação contra o deficiente no art. 8o.

Q43. FCC/TST/TJAA/2017
O Ministério Público de determinado Estado ingressou com medida judicial
destinada à proteção de interesses difusos das pessoas com deficiência. Nos
termos da Lei n° 7.853/1989,
a) o Estado é o único legitimado ativo que poderá habilitar-se como
litisconsorte na referida ação.
b) apenas o Ministério Público Estadual deverá figurar no polo ativo da
referida ação, não cabendo litisconsórcio na hipótese.

1ADI 2649, Rei. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ 16-10-2008.


c) faculta-se aos demais legitimados ativos habilitarem-se como
litisconsortes na referida ação.
d) é dever dos demais legitimados ativos habilitarem-se como litisconsortes
na referida ação.
e) o Estado e a União Federal são os únicos legitimados ativos que poderão
habilitar-se como litisconsortes na referida ação.
Comentários
De acordo com o §5° do art. 3o da Lei 7.853/1989 qualquer dos legitimados
podem ser habilitados como litisconsortes ativos em medidas judiciais que
envolvam direitos coletivos de pessoas com deficiência. No caput do mesmo
dispositivo temos o rol dos legitimados:
Ministério Público;
Defensoria Pública,
União, Estados, Municípios e Distrito Federal
Associação constituída há mais de um ano
Fundação
Sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a
proteção dos interesses e a promoção de direitos das pessoas com deficiência
Desse modo, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.

Q44. FCC/TST/A JAA/2017


Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo
responsável pelo setor de internação de pacientes que chegam ao hospital.
No mês de maio de 2017, Carla, propositadamente, dificultou a internação
hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na época, com 40 anos de
idade. Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento de
urgência ou emergência, sendo a internação destinada à realização de
exames médicos específicos. Nos termos da Lei no 7.853/1989, o ato de
Carla
a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em
outras searas do direito.
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa
hipótese.
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
Comentários
No caso, note que Carla "dificultou a internação hospitalar de José". Ainda que
não se trate de procedimento de urgência, não poderia Carla dificultar a
internação de uma pessoa com deficiência que necessite de atendimento médico-
hospitalar e ambulatorial. Tal conduta representa, de acordo com o art. 8o, IV,
da Lei 7.853/1989 crime apenável com reclusão de dois a cinco anos e multa.
Note que a prioridade de atendimento também será assegurada na forma do art.
9o da Lei 13.146/2015, contudo, por não se tratar de procedimento urgente, deve
respeitar os protocolos médicos da instituição. De todo modo, isso não justifica a
atuação no sentido de dificultara internação necessária a atendimento hospitalar.
Assim, a alternativa E é a correta e gabarito.

Q45. FCC/TST/AJAA/2017
A Defensoria Pública da União propôs ação civil pública para a defesa de
direitos difusos de pessoas com deficiência. A ação foi julgada improcedente
por deficiência de prova, tendo a sentença sido confirmada em segundo grau
de jurisdição e transitado em julgado. Nesse caso, conforme preceitua a Lei
no 7.853/1989,
a) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
independentemente da existência ou não de nova prova.
b) a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes.
c) apenas a Defensoria Pública da União poderá intentar outra ação com
idêntico fundamento, desde que haja nova prova.
d) qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento,
desde que haja nova prova.
e) apenas o Ministério Público poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, desde que haja nova prova.
Comentários
Nas ações coletivas a improcedência da ação por falta de provas não implica em
formação da coisa julgada material, dado que não impede que a matéria seja
rediscutidas, quando novas provas forem obtidas.
Essa é a regra expressa no caput do art. 4o da Lei 7.853/1989, que assim dispõe:
Art. 4o A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, EXCETO no
caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se
de nova prova.
Tendo em vista o dispositivo acima, conclui-se que a alternativa D é a correta
e gabarito da questão.

Q46.FCC/TST/AJAJ/2017
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano
de saúde, foi atendida por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano
de saúde, em razão de sua deficiência, foi dificultado por Manoel, cobrando,
inclusive, valores exorbitantes para a obtenção do plano. Nos termos da Lei
no 7.853/1989, a conduta de Manoel
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa.
b) não constitui crime.
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa.
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa
hipótese.
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico
em razão da circunstância em que praticado.
Comentários
O art. 8o da Lei 7.853/1989 estabelece crimes específicos contra pessoas com
deficiência. Esses crimes são, todos, apenados com reclusão de dois a cinco anos
e multa. Nesse contexto, prevê o §3° que a conduta de "dificultar o ingresso de
pessoa com deficiência em planos privados de assistência à saúde, inclusive com
a cobrança de valores diferenciado" é crime sujeito às penas acima.
Logo, a alternativa A é a correta e gabarito da questão.

Q47.FCC/TST/AJAJ/2017
Determinado Estado requereu à autoridade competente certidão necessária
à instrução de medida judicial destinada à proteção dos interesses difusos
da pessoa com deficiência. A certidão foi negada, em decisão devidamente
justificada, por se tratar de hipótese em que o interesse público impõe sigilo.
Nos termos da Lei no 7.853/1989, a medida judicial pretendida pelo Estado
a) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, não cabendo
ao juiz, em qualquer hipótese, requisitar a certidão, tendo em vista o
exaurimento do tema na seara administrativa.
b) não poderá ser proposta, haja vista a ausência da certidão.
c) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e, salvo quando se tratar
de razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da sentença.
d) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento e, salvo quando se tratar de
razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até a fase recursal.
e) poderá ser proposta desacompanhada da certidão negada, cabendo ao
juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, inclusive quando se tratar
de razão de segurança nacional, requisitá-la, hipótese em que o processo
correrá em segredo de justiça até o trânsito em julgado da sentença.
Comentários
De acordo com o art. 3o da Lei 7.853/1989, a negativa de certidões requisitadas
é admitida quando envolver interesse público que requeiram sigilo. Nesse caso,
o legitimado da ação coletiva, poderá propor a ação sem a certidão ou
documentos. Caberá ao juiz, na análise de admissibilidade da ação, apreciar os
motivos do indeferimento e, exceto se se tratar de caso de segurança nacional,
poderá requisitar os documentos para que sejam juntados aos autos, hipótese
em que o processo tramitará em segredo de justiça.
Desse modo, a alternativa C é a correta e gabarito da questão.
A alternativa A está equivocada, pois cabe ao magistrado apreciar o mérito da
negativa.
A alternativa B está incorreta, poios a ação poderá ser proposta sem os
documentos. Não há impedimento.
As alternativas D e E estão incorretas, pois se documento que seja de segurança
nacional não será juntado aos autos.

Q48. CESPE/TRFlaR/2017
A respeito dos direitos da pessoa portadora de deficiência, julgue os itens a
seguir, considerando a legislação pertinente.
Ainda que tenha como objeto instruir ação civil para a defesa de direitos
difusos de pessoa portadora de deficiência, o poder público poderá se recusar
a fornecer certidão requerida pelo interessado.

Comentários
A assertiva está incorreta. A negativa da requisição somente será judicialmente
admitida quando envolver caso de segurança nacional. Nos demais casos, as
informações devem ser juntadas aos autos. No caso de envolver interesse público
(mas não de segurança nacional), as informações serão juntadas aos autos, mas
o processo tramitará em segredo de justiça, tudo conforme os §§3° e 4 o do art.
3o da Lei 7.853/1989. Além disso, de acordo com o art. 8o, da Lei 7.853/84,
constitui crime recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à
propositura de ação civil pública com objeto na lei de proteção das pessoas com
deficiência. Dessa forma, não é possível a recusa a fornecimento de certidão pelo
Poder Público.

Q49. CESPE/TRFlaR/2017
A respeito do direito das pessoas com deficiência, julgue os itens a seguir,
considerando a legislação pertinente.
Sendo previsto tratamento especial nos casos de deficiência grave ou severa,
constitui finalidade da política de emprego a incorporação da pessoa com
deficiência ao sistema produtivo, mediante regime especial de trabalho
protegido.
Comentários
A assertiva está correta, tendo em vista o que prescreve o art. 34, parágrafo
único, do Decreto n° 3.298/99.
Art. 34. É finalidade primordial da política de emprego a inserção da pessoa portadora de
deficiência no mercado de trabalho ou sua incorporação ao sistema produtivo mediante
regime especial de trabalho protegido.
Parágrafo único. Nos casos de deficiência grave ou severa, o cumprimento do disposto
no caput deste artigo poderá ser efetivado mediante a contratação das cooperativas sociais
de que trata a Lei n° 9.867, de 10 de novembro de 1999.

___________ 7 - Legislação Destacada___________


^ art. I o, da Lei n° 8.899/1994: passe livre interestadual para pessoa com
deficiência.
Art. I o É concedido passe livre às pessoas portadoras de deficiência,
comprovadamente carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual.

**>art. I o, do Decreto n° 3.691/2000: reserva de dois assentos para o transporte


interestadual.
Art. I o As empresas permissionárias e autorizatárias de transporte interestadual
de passageiros reservarão dois assentos de cada veículo, destinado a serviço
convencional, para ocupação das pessoas beneficiadas pelo art. Io da Lei no 8.899,
de 29 de junho de 1994, observado o que dispõem as Leis nos 7.853, de 24 de outubro de
1989, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.048, de 8 de novembro de 2000, e os Decretos
nos 1.744, de 8 de dezembro de 1995, e 3.298, de 20 de dezembro de 1999.

^ art. 2o, I, da Lei n° 7.853/1989: normas de inclusão na educação


I - na área da EDUCAÇÃO:
a) a inclusão. no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa
que abranja a educação precoce, a pré-escolar, as de I o e 2o graus, a supletiva, a
habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação
próprios;
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas;
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educacão Especial em estabelecimento público de
ensino;
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educacão Especial a nível pré-escolar, em
unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência;
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais
educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsas de estudo;
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares
de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem no sistema regular de
ensino;

^ art. 2o, II, da Lei n° 7.853/1989: normas de inclusão na saúde


II - na área da SAÚDE;
a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao
aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle da gestante e do feto de alto
risco, à imunização, às doenças do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento
precoce de outras doenças causadoras de deficiência;
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidente do trabalho e de
trânsito, e de tratamento adequado a suas vítimas;
c) a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação:
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência aos estabelecimentos de
saúde públicos e privados, e de seu adequado tratamento neles, sob normas técnicas e
padrões de conduta apropriados;
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente grave não internado;
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as pessoas portadoras de
deficiência, desenvolvidos com a participação da sociedade e que lhes ensejem a integração
social;

^ art. 2o, III, da Lei n° 7.853/1989: normas de inclusão na formação profissional


e no trabalho
III - na área da FORMAÇÃO PROFISSIONAL E DO TRABALHO;
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso aos serviços
concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados ã formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e ã manutenção de emoreoos.
inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de deficiência que não tenham
acesso aos empregos comuns;
c) a oromocão de ações eficazes oue propiciem a inserção, nos setores públicos e privado,
de pessoas portadoras de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em
favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da Administração Pública e do
setor privado, e que regulamente a organização de oficinas e congêneres integradas ao
mercado de trabalho, e a situação, nelas, das pessoas portadoras de deficiência;
art. 2o, IV, da Lei n° 7.853/1989: normas de inclusão em recursos humanos
IV - na área de RECURSOS HUMANOS;
a) a formação de professores de nível médio para a Educação Especial, de técnicos de nível
médio especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação
profissional;
b) a formação e oualificacão de recursos humanos que, nas diversas áreas de conhecimento,
inclusive de nível superior, atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas
portadoras de deficiências;
c) o incentivo à oesouisa e ao desenvolvimento tecnológico em todas as áreas do
conhecimento relacionadas com a pessoa portadora de deficiência;

^ art. 2o, V, da Lei n° 7.853/1989: normas de inclusão nas edificações


V - na área das EDI FICAÇÕES ;
a) a adoção e a efetiva execução de normas oue garantam a funcionalidade das edificações
e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência,
permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios de transporte.
^ art. 3o, da Lei n° 7.853/1989: legitimados para ações coletivas
Art. 3e- As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos,
individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão
ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados,
oelos Municípios, oelo Distrito Federal, oor associação constituída há mais de 1 íum ) ano,
nos termos da lei civil, oor autarquia, oor empresa oública e oor fundação ou sociedade de
economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses
e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei n° 13.146, de
2015)
^ art. 4 o, da Lei n° 7.853/1989: eficácia da sentença em ações coletivas para
inclusão
Art. 4° A sentença terá eficácia de coisa iulaada ooonível eraa omnes. EXCETO no caso
de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que
qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova.
§ I o A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita
ao duplo grau de jurisdição. NÃO produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal.
§ 2o Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso,
poderá recorrer qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público.

^ art. 5o, da Lei n° 7.853/1989: obrigatoriedade de intervenção do Ministério


Público nas ações coletivas
Art. 5o O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas
ou individuais, em que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas.

*k>arts. 6o e 7o, da Lei n° 7.347/1985: ação civil pública para inclusão social
Art. 6o O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou
requisitar, de aualauer pessoa física ou jurídica, oública ou particular, certidões,
informações, exame ou perícias, no prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ I o Esgotadas as diligências, caso se convença o órgão do Ministério Público da
inexistência de elementos para a propositura de ação civil, promoverá
fundamentadamente o arquivamento do inquérito civil, ou das peças informativas. Neste
caso, deverá remeter a reexame os autos ou as respectivas pecas, em 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público, oue os examinará, deliberando a respeito,
conforme dispuser seu Regimento.
§ 2o Se a promoção do arquivamento for reformada, o Conselho Superior do Ministério
Público desionará desde looo outro óroão do Ministério Público oara o aiuizamento da acão.
Art. 7o Aplicam-se à ação civil pública prevista nesta Lei, no que couber, os dispositivos
da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985.

art. 3o, do Decreto n° 3.298/1999: conceitos


Art. 3o Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - deficiência - toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do
padrão considerado normal para o ser humano;
II - deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período
de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere,
apesar de novos tratamentos; e
I l l - incapacidade - uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social,
com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a
pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu
bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.

art. 4o, do Decreto n° 3.298/1999: classificação das deficiências


Art. 4° E considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma
de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e
3.000Hz;
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual
entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou
a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à média,
com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.

^ art. 5o, do Decreto n° 3.298/1999: princípios que regem a Política Nacional


para Integração das pessoas com deficiência.
Art. 5o A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em
consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes
orincíoios:
I - desenvolvimento de acão coniunta do Estado e da sociedade civil, de modo a
assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-
econômico e cultural:
II - estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais aue
assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos
básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal,
social e econômico; e
I l l - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de
oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem
privilégios ou paternalismos.

^ art. 6o, do Decreto n° 3.298/1999: diretrizes da Política são bastante simples.


Art. 6o São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - estabelecer mecanismos aue acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa
portadora de deficiência;
II - adotar estratégias de articulação com óraãos e entidades públicos e privados.
bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política;
III - incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em
todas as iniciativas governamentais relacionadas à educação, à saúde, ao trabalho, à
edificação pública, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à habitação, à
cultura, ao esporte e ao lazer;
IV - viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases
de implementação dessa Política, por intermédio de suas entidades representativas;
V - ampliar as alternativas de inserção econômica da oessoa portadora de
deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado
de trabalho; e
VI - garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de
deficiência, sem o cunho assistencialista.
^ art. 7o, do Decreto n° 3.298/1999: objetivos da Política Nacional de
Integração:
Art. 7o São objetivos da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência:
I - o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos
os serviços oferecidos à comunidade:
II - inteoracão das ações dos óraãos e das entidades públicos e privados nas áreas
de saúde, educação, trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência
social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção das deficiências, à
eliminação de suas múltiplas causas e à inclusão social:
III - desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das
necessidades especiais da pessoa portadora de deficiência;
IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de
deficiência; e
V - garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado
e de inclusão social.
^ arts 30 e 31: habilitação e reabilitação
Art. 30. A pessoa portadora de deficiência, beneficiária ou não do Regime Geral de
Previdência Social, tem direito às prestações de habilitação e reabilitação profissional
para capacitar-se a obter trabalho, conservá-lo e progredir profissionalmente.
Art. 31. Entende-se dor habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a
possibilitar que a pessoa portadora de deficiência, a partir da identificação de suas
potencialidades laborativas, adauira o nível suficiente de desenvolvimento profissional para
ingresso e reinaresso no mercado de trabalho e participar da vida comunitária.
^ Art. I o, da Lei n° 11.126/2005: direito de ingresso e permanência com cão-
guia.
Art. I o E assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-auia o direito
de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em
estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
§ I o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à baixa
visão.
§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do
serviço de transporte coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem
no território brasileiro.

8 - Resumo
Direitos no sistema de transporte coletivo

TRANSPORTE COLETIVO São reservados dois assentos por ônibus


INTERESTADUAL DE para o passe livre de pessoas com
DEFICIENTES deficiência.

Símbolo de identificação de pessoas com deficiência auditiva


• SÍMBOLO INTERNACIONAL DA SURDEZ
Necessidade de adoção de símbolo para permitir a identificação por pessoas com deficiência
auditiva.
^ Deve ser obrigatoriamente fixado em estabelecimentos acessíveis às pessoas com surdez.
^ Tem por finalidade permitir a identificação, a assinalação ou a indicação do local do serviço
destinado ao deficiente.

Normas de apoio às pessoas com deficiência e sua integração social

Lei n» 7.853/1989
• FINALIDADE: ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos
direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência, e sua efetiva integração
social.
• NA ÁREA DE EDUCAÇÃO
<
*>Inclusão no ensino e inserção em escolas especiais públicas e privadas.
A escola especial para o deficiente é obrigatória e deve ser gratuita.
^ O nível pré-escolar de ensino deve ser obrigatório em unidades hospitalares.
^ Matrícula compulsória.
• NA ÁREA DE SAÚDE
^ Promoção de ações preventivas (como planejamento familiar, aconselhamento genético,
acompanhamento da gravidez, parto e puerpério, imunização e controle e tratamento de doenças)
^ Desenvolvimento de políticas especiais para prevenir acidente de trabalho e de trânsito.
^ Oferta de serviços especializados para habilitação e reabilitação.
^ Atendimento domiciliar de deficiente grave não internado.
• NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
^ Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos de trabalho.
Promoção de políticas e ações afirmativas.
^ Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.
• NO QUE DIZ RESPEITO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Incentivo e apoio estatais para criação de empregos e manutenção dos postos de trabalho.
^ Promoção de políticas e ações afirmativas.
Legislação específica com reserva de mercado para as pessoas com deficiência.
• EM RECURSOS HUMANOS
Formação e qualificação de profissionais que atuem nos mais diversos setores, especialmente
na educação.
^ Incentivo à pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área.
• NAS EDIFICAÇÕES
Adoção de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas.
• LEGITIMADOS PARA PROPOR AÇÕES COLETIVAS (interesses coletivos, difusos, individuais
homogêneos e individuais indisponíveis)
Ministério Público
^ Defensoria Pública
União, estados-membros, Distrito Federal e Município
^ Autarquia, EP e por fundação ou SEM que inclua, entre suas finalidades institucionais, a
proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência
Associação constituída há mais de 1 ano que inclua, entre suas finalidades, a proteção e a
promoção de direitos das pessoas com deficiência.
• CONSTITUI CRIME (2 a 5 anos)
^ Criar obstáculos à inscrição de pessoa com deficiência na escola.
Criar obstáculos à inscrição em concurso público ou acesso a cargos e empregos públicos em
razão da deficiência.
^ Negar ou dificultar o acesso ao trabalho de pessoas em razão de deficiência.
<*> Recusar, retardar ou dificultar a internação ou prestar assistência médico-hospitalar e
ambulatorial.
Deixar de cumprir, retardar ou frustrar a execução de ordem judicial decorrentes de ações que
tenham por fundamento a Lei n° 7.853/1989.
^ Dificultar ou impedir o curso de procedimento de inquérito civil.
^ Impedir ou dificultar o acesso de pessoa com deficiência em planos de saúde.
> A PENA SERÁ AGRAVADA EM 1/3, SE
o Praticado contra menores de 18 anos.
o Praticado em atendimento de urgência ou de emergência
Decreto n° 3.298/99
DIREITOS CUJO PLENO EXERCÍCIO É ASSEGURADO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
^ educação; ^ transporte;
saúde; ^ edificação pública;
^ trabalho; ^ habitação;
^ desporto; ^ cultura;
^ turismo; ^ amparo à infância e à maternidade;
^ lazer; ^ outros direitos que propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico.
^ previdência social;
^ assistência social;
DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO
^ estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social;
^ adotar estratégias de articulação com órgãos e entidades públicos e privados, bem como com
organismos internacionais e estrangeiros para a implantação da Política;
incluir a pessoa com deficiência em todas as iniciativas governamentais relacionadas aos
direitos fundamentais;
^ viabilizar a participação da pessoa com deficiência em todas as fases de implementação da
Política, por intermédio de suas entidades representativas;
ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa com deficiência;
^ garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa com deficiência, sem o cunho
assistencialista.
OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
o acesso, o ingresso e a permanência da pessoa com deficiência em todos os serviços oferecidos
à comunidade;
^ integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados nas áreas de saúde,
educação, trabalho, transporte, assistência social, edificação pública, previdência social,
habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção das deficiências, à eliminação de suas
múltiplas causas e à inclusão social;
^ desenvolvimento de programas setoriais destinados ao atendimento das necessidades especiais
da pessoa com deficiência;
formação de recursos humanos para atendimento da pessoa com deficiência; e
^ garantia da efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de
inclusão social.
INSTRUMENTOS
^ a articulação entre entidades governamentais e não governamentais
fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento
^ aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho
^ fomento da tecnologia de bioengenharia
^ fiscalização do cumprimento da legislação pertinente
MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA TRATAMENTO
PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE
^ promoção de ações preventivas;
^ desenvolvimento de programas especiais de prevenção de acidentes;
^ criação de rede de serviços regionalizados voltada ao atendimento à saúde e reabilitação da
pessoa com deficiência;
garantia de acesso da pessoa com deficiência aos estabelecimentos de saúde;
^ garantia de atendimento domiciliar de saúde;
desenvolvimento de programas de saúde voltados para a pessoa com deficiência;
papel estratégico da atuação dos agentes comunitários de saúde e das equipes de saúde da
família na disseminação das práticas e estratégias de reabilitação baseada na comunidade.
MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PARA TRATAMENTO
PRIORITÁRIO E ADEQUADO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO
^ matrícula compulsória em cursos regulares de pessoa com deficiência capaz de se integrar na
rede regular de ensino;
^ inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar;
inserção, no sistema educacional, das escolas ou instituições especializadas;
^ oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial;
oferecimento obrigatório dos serviços de educação especial ao educando com deficiência em
unidades hospitalares e congêneres nas quais esteja internado por prazo igual ou superior a um
ano;
^ acesso de aluno com deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive
material escolar, transporte, merenda escolar e bolsas de estudo.
MODALIDADES DE INSERÇÃO LABORAL
colocação competitiva - contratação regular sem apoio específico
^ colocação seletiva - contratação regular com apoios específicos
^ promoção do trabalho por conta própria - fomento do empresariado e de atividades liberais
^ número mínimos de empregados:

Até 200 empregados 2%

De 200 até 500 empregados 3%

De 500 até 1.000 empregados 4%

Mais de 1.000 empregados 5%

^ PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO


> Regra - Igualdade de condições, com reserva de, pelo menos, 5% das vagas.
> Não se aplica a:
o Cargos em comissão e função comissionada
o Emprego público
o Cargos ou empregos públicos que, pela natureza, não possibilitem o exercício por
pessoas com deficiência
CULTURA, DESPORTO, TURISMO E LAZER
^ Acesso aos meios de comunicação.
^ Incentivo para a prática de atividades criativas.
^ Incentivo, promoção, acessibilidade e inclusão nos esportes (recreativos ou profissional).
Ampliação do turismo acessível.

Lei n° 11.126/2005
O FIXA: direito de a pessoa com deficiência ingressar e permanecer com cão-guia em local
público.
O A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL PODE INGRESSAR COM CÃO-GUIA EM
meio de transporte
estabelecimento aberto ao público
estabelecimento de uso público
estabelecimento privado de uso coletivo
O Quem DESCUMPRIR:
^ pena de interdição do estabelecimento; E
^ multa.

____________9 - Considerações Finais___________


Chegamos ao final de mais uma aula. Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas
entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso, por e-mail e,
inclusive, pelo Facebook.

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