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Universidade Federal de Sergipe – Departamento de Física – Laboratório de Física C – 2017.

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Redes de Difração e o Espectro do Mercúrio (1/5)

1. Breve apresentação da teoria envolvida

1.1 Rede de difração

Uma rede de difração é um dos dispositivos ópticos mais utilizados para


se estudar a luz e os objetos que emitem e absorvem radiação. Ela consiste,
basicamente, de um arranjo contendo um número muito grande de fendas,
comumente chamadas de ranhuras. Em uma rede de difração, o número de fendas
por unidade de comprimento pode chegar a milhares por milímetro.

Considere, então, uma rede de difração na qual ao longo de uma determinada


dimensão (largura) w existem N ranhuras, equidistantes entre si por uma
distância d. Pode-se relacionar diretamente essas quantidades, de tal
forma que
d = w/N. (1)
Comumente, d é chamado de espaçamento da rede, medido em unidade de
comprimento (em metros, no S.I.). Define-se para caracterizar uma rede de
difração uma grandeza chamada de densidade de ranhuras da rede, dada pelo
inverso do seu espaçamento
ρ = 1/d. (2)
A unidade de medida da densidade de ranhuras da rede é número de ranhuras
por unidade de comprimento (em metros-1, no S. I.).

A exemplo do que acontece com a luz ao atravessar um par de fendas, os


fenômenos de difração e intereferência atuam em conjunto, formando um
padrão de claros e escuros quando a luz transmitida através da rede chega
a um anteparo. O resultado obtido é apresentado esquematicamente na figura
abaixo, supondo uma onda monocromática. Conforme pode ser observado na
figura 1(b), o padrão formado apresenta máximos com a mesma intensidade e
igualmente espaçados.

Figura 1: (a) Representação esquemática para a difração da luz por uma rede de difração.
(b) Padrão de intensidade formado no anteparo de observação.
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Redes de Difração e o Espectro do Mercúrio (2/5)

Considerando que o anteparo de observação está muito distante do plano das


fendas, podemos supor que os raios que chegam a um determinado ponto P na
tela são aproximadamente paralelos ao deixarem as fendas, conforme a figura
2. Chamando de θm o ângulo entre o eixo central da rede e a reta que liga
a rede ao ponto Pm, consideramos que a diferença entre a distância
percorrida por raios vizinhos é d sen θ. Haverá uma linha, ou seja, um
máximo de intensidade no ponto Pm toda vez que a diferença entre as
distâncias percorridas por raios vizinhos for igual a um múltiplo inteiro
do comprimento de onda, satisfazendo a relação

𝑑 𝑠𝑒𝑛 𝜃𝑚 = 𝑚𝜆, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚 = 0, 1, 2, … (3)

Figura 2: (a) Detalhe dos raios ópticos provenientes das ranhuras para anteparo muito
distante da rede. (b) Padrão formado no anteparo.

Note que esta é exatamente a mesma equação usada para se determinar as


posições dos máximos de interferência no experimento de fenda dupla. O
índice m é chamado de ordem de difração. Dessa forma, conhecendo
previamente o comprimento de onda da luz, a partir do padrão de difração
formado é possível se obter o espaçamento da rede usando a eq. (1).

Por outro lado, se soubermos o valor do espaçamento da rede utilizada,


podemos determinar o comprimento de onda da luz difratada pela rede,
aplicando a mesma eq. (1) ao padrão de difração observado.

Caso a luz que atravesse a rede tenha mais de uma componente espectral
(diferentes comprimentos de onda), a rede de difração irá separar estas
componentes, formando um padrão de linhas espaçadas com as diferentes
"cores". Usando a eq. (1), é possível identificar os diferentes
comprimentos de onda que compunham o feixe original, a partir do padrão
de difração observado.
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2. Objetivos

2.1 Estudar o fenômeno da difração da luz em redes de difração e analisar


espectralmente a emissão proveniente de uma lâmpada de mercúrio (Hg).

2.2 Para isso, determine:

2.2.1 O espaçamento da rede e a densidade de linhas da rede de difração


fornecida, utlizando um laser de HeNe (632,8 nm). Para isso, anote na
tabela 1 os valores da distância da rede de difração até o anteparo (D) e
a distância entre o centro dos máximos de luz associados à difração de
ordem zero e à difração de ordem 1 (P0P1), repetindo essa medida quatro
vezes. Compare com o valor fornecido pelo fabricante, quando possível.

2.2.2 Os comprimentos de onda (valor e incerteza) de pelo menos quatro


raias de emissão do mercúrio (Hg). Nessa etapa, proceda da mesma forma que
no item 2.2.1. Aqui, você irá obter o valor de P0P1 para cada uma das raias
estudadas, completando a tabela 2.

2.3 Responda as questões seguintes:

2.3.1 É possível usar a ordem zero de difração para separar as diferentes


componentes espectrais de um feixe de luz? Por que?

2.3.2 Suponha que você pretenda identificar os diferentes componentes


espectrais que uma determinada fonte de luz emite. Duas redes de difração
lhe estão disponíveis, as duas são retangulares e têm a mesma área. Porém
a rede A tem uma densidade de linhas duas vezes maior do que a rede B.
Fixando as áreas iluminadas sobre as redes e a ordem de difração usada,
quais destas apresentariam a melhor resolução espectral? Justifique.

2.3.3 Considere a figura abaixo, que apresenta os valores tabelados pelo


fornecedor da lâmpada para as linhas de emissão do Hg. Calcule o erro
relativo entre os valores medidos em seu experimento e os valores
fornecidos na tabela.
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3. Materiais

Banco óptico, laser de HeNe, rede de difração, trena, régua, lâmpada de


mercúrio, lâmina com fendas, lente, suportes diversos.

4. Roteiro simplificado

ATENÇÃO: Não olhe diretamente contra o feixe do LASER. Risco de dano ao


olho.

Instale o laser no banco óptico, o mais próximo possível do final do banco


óptico e instale o suporte com a rede de difração em frente do laser.
Posicione um anteparo adequadamente e efetue medidas para obter as
grandezas solicitadas.

Em seguida, troque o suporte com a rede de difração de lado em relação ao


anteparo, posicionando-o entre a lente e o anteparo. Ajuste as posições
da lente e do anteparo de tal forma a observar as raias principais de
emissão do Hg com maior nitidez.

Atenção: como a lâmpada de mercúrio demora alguns minutos para


aquecer e atingir a sua temperatura de equilíbrio, ligue-a assim
que puder e a mantenha ligada até o final do experimento. Ao
ser desligada, ela precisa esfriar primeiro para depois ser
religada.
NÃO DESLIGUE DA TOMADA O CONECTOR DA LÂMPADA.
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5. MEMÓRIA DE DADOS

Tabela 1

D (cm) P0P1 (cm) Sen θ1


Medida 1
Medida 2
Medida 3
Medida 4
Medida 5
Média
Incerteza

Tabela 2

Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4


D
P0P1 P0P1 P0P1 P0P1
(cm) Sen θ1 Sen θ1 Sen θ1 Sen θ1
(cm) (cm) (cm) (cm)
Medida 1
Medida 2
Medida 3
Medida 4
Medida 5
Média
Incerteza

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