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JARDINAGEM | CASA DE CAMPO | PAISAGISMO

Eternas Orquídeas para


violetas iniciantes
Conheça as Cinco espécies para você
novidades com começar sua coleção
flores dobradas
e dicas para que
voltem a florescer

Saborosas
mangas
Tudo que você
precisa saber para
cultivar no jardim
e até em vaso

Jardim e lazer em
Pequenos
espaços
5 projetos compactos
com sala de estar,
fogo de chão e piscina para
aproveitar bem o seu quintal
Edição 341
+ Piscina elegante com spa, prainha e um paisagismo harmonioso Ano 30
Junho 2016
EDITORIAL

Senta que lá vem história


2PHOKRUpTXHWHPJHQWHQRYDFKHJDQGR$&DURO

T
udo que tem história é muito melhor. Acho
fascinante quando leio sobre plantas que &RVWDTXHID]VXFHVVRQDVUHGHVVRFLDLVQRUiGLRHQD79
viajaram pelos mares do planeta para colonizar traz agora toda a sua simpatia para a Natureza, contando
outras terras. São demais as aventuras que nesta edição suas alegrias e tristezas na vivência com as
YLYHUDPRVFDoDGRUHVGHRUTXtGHDVTXHVHHQ¿DYDP RUTXtGHDV$''RU{XPDERWkQLFDDSRVHQWDGDGHTXHP
SHODVPDWDVEUDVLOHLUDVDWUiVGDVÀRUHVGDFDWOHLD contei a história no livro A Magia do Jardim, me propôs
Narrativas que ensinam não apenas sobre as plantas e eu achei demais dar um toque esotérico (quem nunca?)
mas também sobre os sonhos e ambições daqueles que na revista com a coluna Sob o Signo das Árvores. E o
viveram e se encantaram por elas. GRXWRUHPERWkQLFD(GXDUGR*RQoDOYHVTXHHVFUHYHXR
Sem nome, sem história, sem mitos, uma planta – excelente livro Se não Fugir, é Planta!, passa a nos dar
PHVPRTXHWHQKDOLQGDVÀRUHV±QmRSDVVDGHXPPDWR uma gota de seu conhecimento a cada edição.
qualquer. É por isso que a gente sempre procura aqui na Uma boa combinação essa de plantas e pessoas. No
Revista Natureza relatar os casos e causos que rodeiam meio do jardim, em torno da mais ancestral fogueira, cada
cada uma das plantas e jardins dos quais falamos. um contando suas histórias de ciência, amores e magias.
Só que para haver histórias é preciso alguém que Em volta, as plantas escutam com suas
saiba fazer delas narrativas que prendam a atenção e que orelhas de folhas e seus olhos coloridos
WDPEpPVHMDPFRUUHWDVFLHQWL¿FDPHQWH$&KULVR9DOpULR GHÀRUHVDVDYHQWXUDVGDVTXDLVVmR
a Aida, a Aninha... toda a redação se empenha nisso sempre as heroínas.

Valerio Romahn
cotidianamente. E já há algum tempo o grande mestre de
WRGRVQyVR5DXO&kQRYDVWHPQRVEULQGDGRFRPVHXV Roberto Araújo
textos repletos de sensibilidade e conhecimento. araujo@europanet.com.br
e paisagista), tel.: (61) 3367-1755, foto: Valerio Romahn
Projeto: Mauro Barros (engenheiro agrônomo

Se for o caso, reclame. Nosso Objetivo é a Excelência. Visite nosso site: www.europanet.com.br
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SUMÁRIO EDIÇÃO 341 | JUNHO DE 2016

Diretores
Aydano Roriz
Luiz Siqueira

Projeto: Uilame Miranda e Iris Boulos (paisagistas da Iris Green Garden Paisagismo),
Tânia Roriz

Editor e Diretor Responsável: Aydano Roriz

tel.: (11) 2093-9396; ambientação: Mostra MMorar; foto: Valerio Romahn


Diretor Executivo: Luiz Siqueira
Diretor Editorial e Jornalista Responsável:
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Redação
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Editor contribuinte: Valerio Romahn (fotografia e
consultoria botânica)
Repórteres: Ana Luísa Vieira, Ana Vazzola e Marina Gabai
Editora de arte: Ludmila Viani Taranenko
Colaboraram: Carol Costa, Nancy Weber, Murilo Soares e Renata
Turbiani (texto); André Fortes (fotos); Eliane Domaneschi (revisão)
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14 CAPA Pequenos espaços Santa Catarina: MC Representações – (48) 9983-2515


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Cinco projetos compactos de jardins com sala de Circulação e Livrarias
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6 60 72 Gabriela Silva, Bruna Fernandes, Bia Moreira, e Isabela Lino


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Famosas violetas Orquídeas A saborosa manga Produção e eventos
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Administração
Gerente: Renata Kurosaki
Outras reportagens Equipe: Paula Orlandini, Vinícius Serpa e William Costa
Desenvolvimento de Pessoal
Plantas do Mundo .............. A bela florada dos lupinos........................................12 Tânia Roriz e Elisangela Harumi
Jardim ................................ Mistura de estilos ....................................................32
Curiosidades ...................... O majestoso sobreiro ...............................................42 Rua MMDC, 121 – São Paulo, SP – CEP 05510-900
Piscina ............................... Projeto compacto e cheio de atrações .....................46 Telefone: 0800-8888-508 (ligação gratuita)
São Paulo: (11) 3038-5050
Clube.................................. A coleção de tilândsias de Rômulo Braga.................52 Pela Internet: www.europanet.com.br
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Jardinagem ........................ Como produzir mudas por enxertia ..........................56
Garimpo ............................. O que há de novo no mercado...................................64 A Revista Natureza é uma publicação da Editora Europa Ltda.
(ISSN 0104-3609). A Editora Europa não se
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Correio................................ O espaço do leitor.....................................................84
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Horóscopo........................... A influência da macieira...........................................92 Dinap Ltda. Distribuidora Nacional de Publicações
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tel.: (11) 4161-8070, www.vasart.com.br; flores: Garden Center Morumbi, Impressão: Log&Print Gráfica e Logística S.A.
tel.: (11) 3772-3001; mandala de flores: Fernanda Bastos (artista plástica),
tel.: (11) 97153-9432; produção: Aida Lima; foto: Valerio Romahn
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4 Natureza
CONHEÇA MELHOR

As violetas têm

Pequena espaço garantido na


decoração da casa
e agora podem ser

notável
encontradas com
pétalas dobradas e
bordas frisadas

6 Natureza
TEXTO ANA VAZZOLA | FOTOS VALERIO ROMAHN

ELFRORUHV±TXHGiSDUDDEXVDUGDVFRPELQDo}HVVHP

Q
ue atire a primeira pétala quem nunca
cultivou uma violeta (Saintpaulia ionantha). o risco de cair na mesmice.
Ou várias de uma só vez, pelo puro prazer &RPRDSODQWDpDPSODPHQWHKLEULGDGDpQDWXUDO
de ver o beiral da janela todo colorido com que de tempos em tempos novas violetas surjam no
DVÀRU]LQKDVTXHEURWDPVHPSDUDUHPPHLRjVIROKDV mercado brasileiro. As mais recentes, lançadas pela
DUUHGRQGDGDVHFKHLDVGHSHOLQKRVGDHVSpFLH *UHHQ:RUOGH50:RUOGVmRWmRGLIHUHQWHVTXHKi
$KHUEiFHDEDL[LQKDTXHQmRSDVVDGRVFP até quem duvide que se trate de violetas. A dobrada,
GHDOWXUDpXPDGDVPDLVXVDGDVQDGHFRUDomR SRUH[HPSORH[LEHSpWDODVDJUXSDGDVHPURVHWDV
de interiores em todo o mundo. Conta com tantas TXHPDLVSDUHFHPPLQLUURVDV6mRTXDWURFRUHVSDUD
YDULHGDGHV±VyQR%UDVLOVmRPDLVGHRSo}HV HVFROKHUURVDUR[RURVDPHVFODGRFRPEUDQFRH
com pétalas brancas, violeta, lilases, azuis e até UR[RPHVFODGRFRPEUDQFR

Natureza 7
CONHEÇA MELHOR

Já a violeta-bordada – outro lançamento –


WHPDVERUGDVGDVSpWDODVWUDEDOKDGDVHFKHLDVGH
WH[WXUD2IULVDGRDPDUHORHVYHUGHDGRVHGHVWDFD
GHWDOIRUPDGRFRORULGRGDVSpWDODVTXHQmRKi
As flores trabalhadas são o diferencial das novas FRPRQmRQRWiOR
violetas. Enquanto as bordadas (acima e abaixo) têm
as margens das pétalas frisadas, as dobradas (acima
Tanto a violeta-dobrada quanto a bordada
à direita) se parecem com as minirrosas WrPÀRUHVPDLVGXUiYHLV±¿FDPDEHUWDVSRUPDLV
GHXPPrVFRQWUDRVFHUFDGHGLDVGDYLROHWD
FRPXP±HUHVLVWHPPHOKRUDSUDJDVHDRFRQWDWR
FRPDiJXDeXPPRWLYRDPDLVSDUDDSRVWDUQHVVDV
QRYLGDGHVQDGHFRUDomR

ENFEITE DENTRO DE CASA


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RQGH¿TXHPSURWHJLGDVGRVROHGDFKXYD
'DtVHUHPWmRSRSXODUHVQDGHFRUDomRe
TXHHQTXDQWRDH[SRVLomRGLUHWDDRVUDLRV
VRODUHVTXHLPDDIROKDJHPGDVSODQWDVR
FRQWDWRFRPDiJXDID]DVÀRUHVPHODUHP
HPXUFKDUHP
(ODVVmRFRPSUDGDVHPYDVLQKRV
e podem ser mantidas no próprio
recipiente, que é acomodado em
FDFKHS{VSDUD¿FDUFRPXPDFDEDPHQWR
PDLVERQLWR2XWUDRSomRpFRORFDUYiULRV
YDVLQKRVGHQWURGHXPDMDUGLQHLUDHFREULU

8
Sol forte e chuva não combinam com a violeta. Por isso ela é tão indicada para enfeitar ambientes internos

tudo com casca de pínus, escondendo os recipientes. FLORES O ANO TODO


$VVLPTXHPROKDWHPDLPSUHVVmRGHTXHDVÀRUHV 3DUDWHUYLROHWDVVHPSUHÀRULGDVUHJXHDVWUrV
IRUDPSODQWDGDVGLUHWRQDMDUGLQHLUD YH]HVSRUVHPDQDQRYHUmRHXPDYH]QRLQYHUQR2
6HSUHIHULUYRFrSRGHDLQGDWUDQVSODQWDUDYLROHWD SURGXWRU5LFDUGR2XGH*URHQLJHUHQVLQDFRPRID]HU
SDUDYDVRVPDLRUHV$UHFRPHQGDomRQHVVHFDVRp LVVR³'XUDQWHDÀRUDGDPROKHDSHQDVRVXEVWUDWR
RSWDUSHORVGHEDUURTXHHYLWDPRDF~PXORGHiJXD SDUDQmRPHODUDVÀRUHV4XDQGRHODVFDtUHPUHJXHD
HRDSRGUHFLPHQWRGDVUDt]HVHSUHHQFKrORVFRP SODQWDWRGDGHL[DQGRDiJXDHVFRUUHUSHODIROKDJHP´
VXEVWUDWREHPGUHQDGRFRPRWHUUDYHJHWDOOHYH 2XWUDGLFDGRHVSHFLDOLVWDpXVDUVHPSUHiJXD

Ao todo são
quatro as opções
de cores da
violeta dobrada. O
roxo é uma delas

9
CONHEÇA MELHOR

Uma das vantagens da violeta-dobrada é a maior durabilidade das flores: permanecem vistosas por mais de um mês

OLJHLUDPHQWHPRUQD±SRGHVHUDGRFKXYHLUR±
QDVLUULJDo}HV³$iJXDIULDDFDEDPDQFKDQGR
DVIROKDVGDSODQWD´MXVWL¿FD
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YDVRSDUDQmRFRUUHURULVFRGHPROKDUDV
ÀRUHVFRORTXHFPGHiJXDQRSUDWLQKR
HGHL[HDDOLGXUDQWHWRGDDQRLWHSDUDTXH
DYLROHWDDDEVRUYDSHODVUDt]HV6yQmRVH
HVTXHoDGHUHWLUDURH[FHVVRQDPDQKm
VHJXLQWHSRLVRHQFKDUFDPHQWROHYDDR
apodrecimento das raízes.
$YLROHWDWDPEpPpH[LJHQWH
QRTXHVLWRDGXEDomRIHUWLOL]DQWHV
HVSHFt¿FRVSDUDDHVSpFLH±HOHV
VmRYHQGLGRVHPgarden centers e
supermercados – devem ser aplicados
duas vezes por semana.
4XDQGRDSODQWDGHL[DGHÀRULUQHP
SHQVHHPGHVFDUWDURYDVLQKR*URHQLJHUHQVLQD
XPWUXTXHSDUDUHYLJRUDUDHVSpFLHpVyUHWLUDU
DVIROKDVGHWRGDDYROWDGDYLROHWDLQFOXVLYH
RVEURWRVQRYRVHGHL[DUDSHQDVVHXPLROR
'XUDQWHDVWUrVVHPDQDVVHJXLQWHVDDGXEDomR
GHYHVHUVXVSHQVDHDVUHJDVPDQWLGDVFRPD
IUHTXrQFLDXVXDO
De quatro a seis semanas depois, a muda

10 Natureza
Nas variedades bicolores, às vezes é possível encontrar flores de duas cores em uma mesma planta

FRPHoDUiDÀRUHVFHUQRYDPHQWHHFRPPDLVIRUoD(VVH
SURFHVVRSRGHVHUUHSHWLGRDWpWUrVYH]HVQRPHVPRYDVLQKR
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$YLROHWDpEDVWDQWHVXVFHWtYHODRDWDTXHGHIXQJRVFDXVDGRV
SHODXPLGDGH8PGHOHVpRGDDQWUDFQRVHTXHGHL[DDVIROKDV
HÀRUHVHVFXUDV6HDVXDSODQWDIRULQIHFWDGDRPHOKRUDID]HU
pGHVFDUWiODHVXEVWLWXLODSRURXWUD,VVRSRUTXHRVIXQJLFLGDV
FDSD]HVGHWUDWDUDGRHQoDVyVmRYHQGLGRVFRPUHFHLWDGHXP Para a violeta voltar
a florescer, retire as
HQJHQKHLURDJU{QRPR folhas de toda a volta
2VYDVLQKRVGHYLROHWDVmRIiFHLVGHHQFRQWUDUHP garden da planta, deixando
centersHVXSHUPHUFDGRVHFXVWDPFHUFDGH5 apenas o miolo

Violetas em detalhes
Ī Nome científico: devido à fina pelugem que as a variedade da violeta, podem Ī Plantio: a violeta geralmente
Saintpaulia ionantha encobre, elas são largas, ovaladas durar até um mês e meio é mantida no vaso em que é
Ī Nomes populares: e verde-escuras Ī Solo: solto, poroso e vendida, acomodado em
violeta-africana, violeta Ī Flores: despontam bem drenado cachepôs ou jardineiras. Outra
Ī Família: Gesneriáceas praticamente o ano todo no Ī Luz: meia-sombra opção é transplantá-la
Ī Origem: a espécie-tipo é nativa topo das hastes florais. Ī Clima: tropical para vasos grandes de
da Tanzânia e os híbridos foram Pequenas, de até 3 cm de Ī Regas: três vezes por semana barro, preenchidos com terra
desenvolvidos a partir de diâmetro, elas podem ter pétalas durante o verão e uma vez por vegetal leve
melhoramentos genéticos simples, dobradas ou bordadas. semana no inverno, com água ĪAdubação: aplicar duas
Ī Características: herbácea São encontradas em uma grande ligeiramente morna. Quando a vezes por semana fertilizantes
perene que atinge até 15 cm variedade de cores, entre as planta estiver florida, molhar específicos para violetas
de altura quais branco, roxo, lilás, rosa, apenas o substrato e evitar o ĪPropagação: por estaquia
Ī Folhas: de textura aveludada, azul e bicolores. Conforme contato da água com as flores das folhas

CONSULTORIA: Adriana Pereira Leite (produtora da Agatha Flores), tel.: (19) 98124-8459; Ricardo Oude Groeniger
(produtor da RM World), tel.: (19) 3802-1361 e Marina Tomioka (engenheira agrônoma), tel: (11) 98944-0220
Natureza 11
PLANTAS DO MUNDO

A mulher que
ņRULXDSDLVDJHP
TEXTO ROBERTO
ROBE
ROBE
ERTO ARAÚJO
ARAÚJO
RA
AÚJO

12 Natureza
7DOYOYH]
H] HPQH QHQK
QKXP
XP RXW
XWUR
UR OXJJDU D JLJJDQ
7DOYH]HPQHQKXPRXWUROXJDUDJLJDQWHVFD DQWH
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S
e puder,
p de
pu derr, abra
abr
braa uma
uma cerveja
cerv
ce rvej
ejja antes
ante
an tess de ler
este texto.
este tex
exto. Como mo aacepipes,
cepi
ce pipe
pes,s, ppegue
eggue uumam porção
ma LQÀR
ÀRRUHVFFrQ
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GRLu
LQÀRUHVFrQFLDGRLupinusLupi
pinu po lyph
phyl lussTX
yllu TXHHFK
nuss polyphyllusTXHFKHJD
poly FKHJ
KHJJDD
GHWUHPRRoR
GHWUHPRoReGDÀRUTXHGi
oRe
eGD
G ÀRU TXH Gi 1,5 m, tenha encontrado uma paisagem melhor
a 1,5 melho horr
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RULJHPDHVVDVVHPHQWHVDPDUHODGDVTXH D HOODG
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SDUDVHH[LELUTXHDRODGRGR/DJR7HNDSRQD1RYD RYD
vamos falar. São os
vamos os lupinos (Lupinus
( albu
al buss),
albus),) oouu Zelâlândia. Mas nem sempre foi assim. Em 1952,
Zelândia. 195
952,2 uumama
WUUHPRFHLURV TXH SURGX]HPRV JUmRV TXHH FX
WUHPRFHLURVTXHSURGX]HPRVJUmRVTXHFXUWLGRV FXUWLG GRV mulh l er chamada Connie Scott não se conformava
mulher conform mavva
emm conserva,
conserva, podem serr comidos
com
o idos com casca, casca,, ou TXXHRODJRWXUTXHVDIRUPDGRSHORGH GHUUHWLP
TXHRODJRWXUTXHVDIRUPDGRSHORGHUUHWLPHQWRGH PHQ HQWRWRR GH
VHHP HTXHSDUHFHP WHUVLGGR LQ LQYHQWDGRV SDUDD
VHPHTXHSDUHFHPWHUVLGRLQYHQWDGRVSDUD JHHOHLLUDVQmRIRVVHERUGDGRSRUÀRUH
JHOHLUDVQmRIRVVHERUGDGRSRUÀRUHV UHV
accompanhar a cerveja.
acompanhar cerveeja. 'HHFLGLXHQWmRLPSRUWDUFHUFDGHH NJ
'
'HFLGLXHQWmRLPSRUWDUFHUFDGHNJ
(P3RUWXJDOVmR UH UHDOOL]
L]DG
DGDV
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HPHQWHVGD,QJODWHUUDHFKDPRXXVHX ¿OKR
GHVHPHQWHVGD,QJODWHUUDHFKDPRXVHX¿OKR OKKR 
emm muitas
muitas cidades. Mas Mas a planta
pla
lantntaa é cultivada
cult
cu ltiv
ivad
adaa emm ' DYL
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FDUU
UUR
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'DYLGSDUDXPSDVVHLRGHFDUUR9H]RXRXWUD WUUD
YiiULRRVOXJDUHVGRPXQGRHKiPXLWRWHPSR
YiULRVOXJDUHVGRPXQGRHKiPXLWRWHPSRQR  QRR jo
ogavam um punhado de sementes
jogavam sementntes
es pela
pel
elaa janela.
jannela
ja la.
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0HGLWHUUkQHRKiPDLVGHDQRVHQRV$QGHVV H QRQRVV$Q
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mutabilis. WUD]LGRSRU&RQQLHHVWLFDVHXSHQGmRHHPGH]HPEUR
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gênero LupinusWHPPDLVGHHVSpFLHVWRGDV
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FRPEHOtVVLPDVLQÀRUHVFrQFLDVHPERUDPXLWDVQmR RUDDPX
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Shutterstock

Natureza 13
CAPA

Pequenos
espaços

14 Natureza
Cinco projetos
recheados de boas
ideias para você
aproveitar melhor o
espaço do seu quintal
e incluir no jardim
spa, piscina e outras
opções de lazer
TEXTO ANA LUÍSA VIEIRA
FOTOS VALERIO ROMAHN | PRODUÇÃO AIDA LIMA

F
oi-se o tempo em que restrição de
espaço era desculpa para não ter
um jardim recheado com opções
de conforto e lazer. Os cinco
ambientes reunidos nesta reportagem
comprovam: por menor que seja o seu
quintal, é possível transformá-lo em um
recanto de diversão e relaxamento em
meio à Natureza.
Com muita criatividade e bom gosto,
RVSUR¿VVLRQDLVGULEODUDPDVPHWUDJHQV
modestas e criaram ambientes que reúnem
atrações como spa, hortinha, fogo de
chão, cozinha gourmet e até piscina. As
tradicionais saletas de estar ao ar livre em
que as pessoas descansam e apreciam a
SDLVDJHPWDPEpPQmR¿FDUDPGHIRUD
Escolha o estilo que melhor combina
com a sua área externa e inspire-se nas
boas ideias apresentadas: pode apostar
que aquele pequeno espaço esquecido nos
fundos do terreno vai se tornar o point mais
frequentado da casa.
Projeto: Silvana Novaes (jardinista); vasos de polietileno: Vasart, tel.: (11) 4161-8070,
www.vasart.com.br; mandala de flores: Fernanda Bastos (artista plástica),
tel.: (11) 97153-9432; flores: Garden Center Morumbi, tel.: (11) 3772-3001; produção: Beth Macedo
Natureza 15
CAPA

Sob a cobertura de policarbonato, a cozinha gourmet garante bons momentos em família e ainda abriga os vasinhos com temperos

Compacto e cheio de atrações


Cozinha gourmet, ofurô, jardim... não eram poucas
as aspirações dos proprietários da casa para um quintal
de apenas 40 m². Coube à jardinista Silvana Novaes
conciliar todas as atrações em um belo paisagismo.
O primeiro passo foi providenciar uma cobertura
para abrigar o ambiente de refeições. A opção foi pelo
telhado de policarbonato com estrutura de metal, que
protege a cozinha da chuva sem bloquear a luz do sol –
condições perfeitas para o cultivo em vaso das hortaliças
e temperos que condimentam os pratos da família. No
FKmRDGHOLPLWDomRGRHVSDoRTXHWRWDOL]DPð¿FRX
por conta do piso de porcelanato.
A céu aberto, os outros 24 m² da área externa foram
revestidos por pedriscos e ornamentados com plantas
em canteiros e recipientes de polietileno – há desde
ÀRUtIHUDVFRORULGDVFRPRODQWDQD Lantana camara) (1)
HEHLMRSLQWDGR Impatiens x hawkeri) (2), até esculturais
HIROKDJHQVYLVWRVDVFRPRSDWDGHHOHIDQWH Beaucarnea
recurvata) (3)HFUyWRQ Codiaeum variegatum) (4).
Em meio ao verde, os visitantes podem relaxar no
ofurô – cujos 2 m de diâmetro ocupam o cantinho da
intersecção entre os muros. Logo acima da banheira,
XPDPDQGDODÀRULGDGDDUWLVWDSOiVWLFD)HUQDQGD%DVWRV
quebra a aridez da parede.

16 Natureza
3

Em meio a plantas como lantana e pata-de-elefante, é possível relaxar no ofurô, que ocupa o cantinho onde os muros se encontram

Todo
To
Tod
od do o paisagismo
paisa
pa isa
isagis
gis
ismo
mo
da
da áre
área externa
a ex
ext na
xtern
xte na foi
foi
elaborado
ellabor
e ado com
borado com
folhagens
folhag
fo hag gens e floríferas
ens flor
orrífe
feras
ras
ass
cultivadas
cultivada
ti as em
em canteiros
cant
anteir
e ros
ei
e vasos
as s de
vaso de polietileno
polieti
tile
lenno

Natureza 17
CAPA

Projeto: Ricardo Pessuto (paisagista), tel.: (11) 2093-0515, www.pessutopaisagismo.com.br, fotos: Luffi

A piscina de 30 m² é o
centro das atenções no
jardim. Integradas a ela,
cascatas e prainha fazem
a festa dos visitantes

Lazer e conforto na cidade


Pontuado por árvores nativas, este jardim conta DKHUDIROKDGHFDUYDOKR Cissus rhombifolia ‘Ellen
com tantas opções de convívio, descanso e lazer que Danica’) (1) fazem companhia a quem se acomoda nas
nem parece estar localizado em uma residência no EDQTXHWDVGH¿EUD&DVFDWDVHSUDLQKDFRPSOHPHQWDP
meio da cidade de São Paulo. as atrações na área molhada, cujo entorno foi
No projeto, o centro das atenções é a piscina de delimitado com porcelanato antiderrapante.
PðTXH¿FDTXDVHJUXGDGDDXPGRVPXURVGD Já na porção do jardim que abriga atrações como
propriedade. Para aproveitar o 1,5 m de recuo entre casa do Tarzan e saleta de estar ao ar livre, a opção
as estruturas, o paisagista Ricardo Pessuto ergueu um foi pelo revestimento com placas drenantes. Canteiros
deque de cumaru que funciona como solário. O pano FRPHVSpFLHVFRPRDIDOVDtULV Neomarica
de fundo é o jardim vertical, onde folhagens como caerulea) (2) dão conta de quebrar a aridez do piso.

18 Natureza
1

Valerio Romahn
Enquanto o entorno da piscina foi delimitado com porcelanato antiderrapante, a área de lazer
que inclui casa na árvore e saleta de estar ao ar livre foi revestida com placas drenantes

No paisagismo
da área externa,
ganham destaque
floríferas como
a falsa-íris e
folhagens como a
hera-folha-
de-carvalho 1
Valerio Romahn
CAPA

Filodendro-xanadu, aspargo-pendente e orquídea-bambu são algumas das plantas


escolhidas para compor o jardim, que é sombreado por árvores nativas

ENTRE ÁRVORES E FOLHAGENS


Como boa parte da área externa é sombreada $VSDUDJXVGHQVLÀRUXV‘Sprengeri’) (2).
por árvores que já estavam no terreno antes da $VÀRUtIHUDVDSHVDUGHFRDGMXYDQWHVWDPEpP
implantação do projeto, Pessuto preferiu apostar nas marcam presença nas composições. Uma das
folhagens na hora de compor o paisagismo. HVFROKLGDVIRLDRUTXtGHDEDPEX Arundina
Para disfarçar a intersecção entre os muros, por graminifolia) (3)FXMDVÀRUHVURVDVDOSLFDPWDQWR
H[HPSORIRUDPHVFROKLGRVR¿ORGHQGUR[DQDGX o canteiro recortado no solário quanto os maciços
Philodendron xanadu) (1) e o aspargo-pendente junto da parede. «

20 Natureza
CAPA

4
3

Em um dos cantinhos do ambiente,


a horta formada com caixas de
madeira de diferentes tamanhos
segue o estilo criativo do projeto
22
Projeto: Uilame Miranda e Iris Boulos (paisagistas da Iris Green Garden Paisagismo), tel.: (11) 2093-9396,
www.irisgreengarden.com.br; ambientação: Mostra MMorar Party & Gift 2016, www.mmorar.com.br
1

Ao lado da pintura abstrata, o jardim vertical de samambaias complementa o visual alegre da parede toda pintada de laranja

Recanto de boas ideias Pimenta, alface e


outras hortaliças
Sem quebra-quebra e com muita criatividade,
garantem aos
os paisagistas Iris Boulos e Uilame Miranda visitantes do espaço
transformaram este corredor de 50 m² em um um contato próximo
simpático recanto de lazer e conforto em com a Natureza
meio às plantas.
Para garantir que a alegria fosse a marca do
projeto, eles pintaram as paredes do espaço com
um chamativo tom de laranja. A vivacidade da
cor é complementada pelo jardim vertical de
samambaias (Nephrolepis exaltata) (1) e pela 2
pintura abstrata do artista Alexandre Puga.
/RJRjIUHQWHRVRIiGH¿EUDVLQWpWLFDFRP
estofado resistente às intempéries garante que
o conjunto da obra possa ser apreciado com
conforto. O contato mais próximo com a Natureza,
por sua vez, é assegurado pela pequena horta
criada com caixas de tamanhos e alturas distintos,
todas de madeira muiracatiara. Pimenta (Capsicum
annuum) (2), alecrim (5RVPDULQXVRI¿FLQDOLV) (3)
e alface (Lactuca sativa) (4) são algumas das
espécies cultivadas nas peças, que ocupam um dos
cantinhos do ambiente.

Natureza 23
CAPA

No chão, o piso com placas drenantes, tijolos intertravados e ladrilhos hidráulicos foi assentado diretamente sobre o solo

SIMPLES E EFICIENTE
A adoção de soluções práticas e
materiais acessíveis é outro trunfo do
projeto. No chão, por exemplo, placas
drenantes se intercalam com tijolos
intertravados – tudo permeável e
assentado diretamente sobre o solo. “Não
usamos uma gota de cimento para dar
vida à composição”, endossa o paisagista
Uilame Miranda. Em meio às peças,
os ladrilhos hidráulicos trazem o
toque de originalidade que faltava
ao revestimento.
Na decoração, o aparador que sombreia
o canteiro de musgos, suculentas e seixos
de rio segue a linha da praticidade: é
formado por duas pranchas de granito
1
sustentando um tampo de madeira de
demolição. Pacovás (Philodendron
martianum) (1) e dinheiro-em-penca
(Callisia repens) (2) cultivados em vasos
vietnamitas complementam o paisagismo.
2
Com tampo de madeira
de demolição e laterais em
granito, o aparador sombreia
o canteiro de suculentas «

24 Natureza
CAPA

1
3
4
2
5

Helicônias, crótons e samambaias ornamentam o quiosque, que conta com cobertura de vidro e esteiras de bambu

Relax em meio ao verde


Conforto e proximidade com a Natureza nortearam
o projeto deste pequeno espaço, criado especialmente
para funcionar como uma extensão dos ambientes de
convívio na área interna da residência.
Para relaxar, os visitantes têm à disposição o spa
abrigado por um quiosque de madeira cumaru – cuja
FREHUWXUDFRQWDFRPHVWHLUDVGHEDPEXTXH¿OWUDPD
luz do sol, e placas de vidro aramado, para bloquear a

Folhagens e vasos de cerâmica: Garden Center Alphaville, tel.: (11) 4195-5238


passagem da chuva. Quem quiser simplesmente curtir
uma preguiça sem entrar na água ainda pode aproveitar
DUHGH¿[DGDjVFROXQDVGDFRQVWUXomR
A presença do verde no espaço é garantida pelo
paredão de helicônias (Heliconia rostrata) (1) e pelos 3
vasos com crótons (Codiaeum variegatum) (2)
e samambaias-boston (Nephrolepis exaltata
‘Bostoniensis’) (3). 2
Ao ar livre, a boa é jogar conversa fora na sala de
estar criada na área forrada por pedriscos. Ali, renques
de plantas como murta (Murraya paniculata) (4)
e dianela (Dianella tasmanica ‘Variegata’) (5)
asseguram a privacidade de quem se acomoda nos
PyYHLVGH¿EUDVLQWpWLFD±DOpPGHRUQDPHQWDUHP
o ambiente. “Os brizes de cumaru que escondem as
construções ao redor reforçam a proteção”, salienta o
paisagista Alexandre Galhego.

26 Natureza
5

Integrado a ambientes de convívio na área interna da residência, o pequeno espaço dispõe de spa e sala de estar ao
ar livre. Brizes de madeira cumaru e renques asseguram a privacidade de quem usufrui dos móveis de fibra sintética

Projeto: Alexandre Galhego (paisagista), tel.: (19) 3294-9836, www.alexandregalhego.com.br;


4 poltronas e mesas de fibra sintética: Pau Brasil Móveis, tel.: (11) 4611-1010

Natureza 27
CAPA

Ofurô e fogo de chão


Com apenas 25 m², esta área ao ar livre situada Confeccionada em cedro-rosa, a banheira dispõe
entre a casa e a sauna se tornou um dos ambientes de 1,1 m de altura e 1,5 m de diâmetro – espaço
mais frequentados da propriedade. Um dos VX¿FLHQWHSDUDFLQFRXVXiULRVUHOD[DUHP
responsáveis pela façanha é o fogo de chão erguido 1RFDQWLQKRGRVEDQKRVTXHQWHVRFRORULGR¿FD
com tijolos refratários: além de servir como uma SRUFRQWDGRVFDFKHS{VSUHHQFKLGRVFRPÀRUtIHUDV
lareira a céu aberto, ele conta com um tampo de como calanchoe (Kalanchoe blossfeldiana) (1) e
ferro onde é possível aquecer sopas, fondues e outras orquídea-cimbídio (Cymbidium hybrid) (2). Típicas
delícias em noites de inverno. de meia-sombra, as espécies são protegidas do sol
Para curtir o fogo de chão, os visitantes são IRUWHSHOREHLUDOGDVDXQDTXH¿FDORJRDRODGR$OL
convidados a se sentar no banco de madeira ganha destaque o espelho preso à parede: ele quebra
cumaru que se estende ao longo do muro. A peça, a aridez do cimento queimado da construção e ainda
que acomoda até seis pessoas, tem forma de L aumenta a sensação de amplitude para quem
e é integrada ao ofurô, outra estrela do projeto. frequenta o pequeno jardim.

O fogo de chão de tijolos


refratários é uma das
estrelas do pequeno
espaço. A peça aquece
a área externa em dias
frios e serve como apoio
para pratos quentes

Almofadas: Espaço Til, tel.: (11) 3063-5593, www.espacotil.com.br

28 Natureza
Projeto: Ana Luiza Almeida Prado Sawaia (arquiteta), tel.: (11) 98100-4200, ana.almeidaprado@gmail.com e Carla Banietti
(jardinista); flores e vasos: Garden Center Morumbi, tel.: (11) 3772-3001; produção: Beth Macedo; fotos: André Fortes

2
1

Cachepôs com calanchoes (1) e orquídeas-cimbídio (2) levam colorido ao cantinho do ofurô. A banheira fica
junto à sauna, cuja parede decorada com um espelho aumenta a sensação de amplitude no ambiente

2 1

Natureza 29
CRÔNICAS DO RAUL
Há décadas convivendo com plantas, o paisagista Raul
Cânovas tem uma forma diferenciada de se relacionar com elas.
Conheça algumas histórias e aprenda com suas dicas

BROMÉLIAS
– Ah, vida sofrida! – sussurrou a
bromélia-neoregelia.
– Xi! Está queixosa por quê? –
respondeu a bromélia-imperial.
– Sei lá, ultimamente somos vistas
como plantas indesejáveis. Tem gente
dizendo que somos as responsáveis por
dar abrigo ao mosquito da dengue.
– Mas isso não é verdade! Eu
‡•ƒϐ‹…‘ƒ„‘””‡…‹†ƒ“—ƒ†‘‡Ž‡•
tentam botar ovos no meu tanque,
que acumula água para minha
sobrevivência.
– Você tem razão – ponderou a
neoregelia respeitosamente, enquanto
admirava a majestosa bromélia-
imperial. Todas nós, bromélias, somos
incumbidas de ajudar a manter o
equilíbrio ecológico na América
tropical, onde nascemos.
– Peraí! Nem todas somos americanas.
A Pitcairnia feliciana surgiu na África.
– É verdade, porém ela é a única não
oriunda do nosso continente.
– Voltando à questão do genocídio
ambiental que os insensatos cometem
tentando acabar com a gente, o que
deveríamos fazer?
– Botar a boca no trombone e os
pingos nos “is” – trovejou alto a
neoregelia. – Os jardinistas e os
paisagistas vão nos ajudar!
– É isso aí! E as libélulas vão colaborar
conosco abocanhando esses mosquitos
chatos e irritantes.

Dúvidas? Pergunte ao Raul: www.jardimcor.com


PUBLIEDITORIAL

Divulgação
A dica do Raul
No passado, os jardineiros
confeccionavam com feixes de gravetos
de piaçava ou giestas um apetrecho que
servia para varrer o quintal. Com o auxílio

Fotos: Shutterstock
de um cabo improvisado, geralmente um
galho seco, empurravam as folhas e os
restos de grama cortada para um canto,
queimando tudo em seguida.

INVERNO Mas, como improvisar na manutenção do


jardim não é uma prática recomendável,
Enquanto o frio arrepia a carne, uma brisa traz o perfume do vale a pena investir na vassoura VS 7830,
jasmim-dos-poetas e o brilho das eritrinas, aquecendo minha alma. da Trapp, projetada especialmente para
varrer as aparas de grama depois do corte.
Žƒ”‡‘˜‡‘ƒ–‡”‹ƒŽ…‘‡ϐ‹…‹²…‹ƒǡ
protegendo o gramado de doenças
causadas pelos fungos que se proliferam
quando esse material fermenta.

PERIQUITOS Fabricada em plástico, a ferramenta é


econômica, durável e muito resistente.
Com o pomposo nome Ela mede 78 cm de largura e conta
de Melopsittacus undulatus, com um total de 30 palhetas para
os periquitos australianos facilitar a varreção.
fazem parte da paisagem
urbana nas cidades brasileiras.
Embora não sejam nativos, voam
em bandos com 20 ou 30 componentes – às vezes
até mais – pelos corredores ecológicos, conectando áreas rurais Conheça o canal da Trapp no YouTube:
com zonas urbanas, como se estivessem por aqui desde sempre. www.youtube.com/trappempresa
Parentes dos papagaios e das araras, estes psitacídeos, que
medem mais ou menos 20 cm, eram originalmente verde-claros. Apoio cultural
Mas depois surgiram os amarelos, azuis-escuros, celestes,
albinos, acinzentados e até malhados. Hoje são mais de 100
tons diferentes. Eles são tão sociáveis e resistentes
que suportam longas estiagens ao longo de seus 12 a 14 anos
de vida, alimentando-se de sementes de gramíneas em
parques e jardins.
A despeito de serem ótimos como aves de estimação e
viverem com saúde em gaiolas, é preferível vê-los nas ruidosas
”‡˜‘ƒ†ƒ•‘•ϐ‹ƒ‹•†‡–ƒ”†‡ǡƒŽ‡‰”ƒ†‘‘Œƒ”†‹ƒ–‡•†‡ƒ•
plantas caírem no sono. Conheça
o APP de
jardinagem
da Trapp

Acesse: www.trapp.com.br/clubedajardinagem
JARDIM

Mistura
de estilos TEXTO NANCY WEBER
FOTOS VALERIO ROMAHN
PAISAGISMO ALEXANDRE GALHEGO
ARQUITETURA FABIO BRESCIA

A combinação da arquitetura neoclássica com o paisagismo


contemporâneo rendeu um jardim pra lá de interessante
32 Natureza
Colunas greco-romanas
e plantas tropicais
convivem em paz no
projeto equilibrado

S
ó mesmo um paisagismo contemporâneo descartado. “Só sobraram algumas árvores adultas,
para conciliar a arquitetura neoclássica e a maior parte delas melaleucas, e as palmeiras, que
imponente desta casa, no interior de São foram transplantadas da frente da casa para a área
Paulo, com o desejo dos proprietários de GDSLVFLQD´H[SOLFDRSUR¿VVLRQDO
ter uma piscina com ar bem praiano. Até porque “Uma de minhas preocupações foi trabalhar os
as linhas marcantes do estilo greco-romano estão volumes vegetais para contrabalançar as grandes
por todos os lados: na fachada da residência, no áreas ‘impermeáveis’ no entorno da piscina e
pergolado branco com colunas dóricas e na cascata trazer uma personalidade mais forte e vibrante aos
em forma de pórtico junto à piscina. HVSDoRV´GL]HOHMXVWL¿FDQGRRSRUTXrGDHVFROKD
Para dar vida a um projeto harmonioso, o de plantas tropicais. O verde é a cor predominante,
engenheiro agrônomo e paisagista Alexandre mas há sempre um ou outro maciço colorido ao
Galhego trabalhou em parceria com o arquiteto DOFDQFHGRVROKRV³$VÀRUDGDVYmRVHVXFHGHQGR
Fabio Brascia, responsável pela reforma da casa. acendendo e apagando determinados pontos do
Quase tudo que existia no antigo jardim foi MDUGLP´MXVWL¿FD*DOKHJR

Natureza 33
JARDIM

3
1

Altas como as
arecas-de-
lucuba, ou mais
compactas como
as tamareiras-
de-jardim, as
palmeiras trazem
um ar tropical à
área da piscina
1

Lazer completo
Com desenho irregular, a piscina foi circundada tanto queriam, Alexandre Galhego abusou das
por inúmeras áreas de convivência, umas palmeiras no paisagismo. As arecas-de-lucuba
mobiliadas com confortáveis daybeds e outras com (Dypsis madagascariensis) (1) adultas foram
mesas de refeições. A ponte de piso cimentício transplantadas para o espaço e ganharam a
imitando madeira que corta a estrutura separa a companhia de tamareiras-de-jardim (Phoenix
área mais funda da prainha em forma de U, onde roebelinii) (2)-iRFRORULGRGRFHQiULR¿FD
deságua uma cascata sustentada por colunas por conta dos hibiscos (Hibiscus rosa-sinensis
dóricas iguais às do pergolado. hybrid) (3) e das helicônias-papagaio (4), que
Para criar o clima praiano que os proprietários formam maciços junto à cascata.

34 Natureza
3

Quando floridos,
os maciços de
helicônias-papagaio
e hibiscos pincelam
cor na paisagem

Natureza 35
JARDIM

2
4
2
Com portes,
texturas e tons de
verde distintos, as
folhagens criam a
sensação de mata
6
no entorno do lago
3 e do pergolado

Relax total
De todos os ambientes de estar do jardim, menos ornamentais, folhas da sombrinha-chinesa
nenhum é tão bucólico quanto a pequena sala de (Cyperus involucratus) (3). Plantado junto a uma das
estar instalada sob o pergolado de alvenaria com colunas, o pleomele-variegado ('UDFDHQDUHÀH[D
cobetura de vidro aramado. O laguinho com peixes ‘Variegata’) (4) joga um pouco de luz no cenário com
logo ao lado, o “bosque” de tamareiras-de-jardim (1) sua mescla de verde e amarelo.
e os maciços verdes que parecem abraçar o espaço Função semelhante exerce a dianela (Dianella
criaram um oásis voltado ao relaxamento. tasmanica ‘Variegata’) (5), herbácea escolhida
Para compor o paisgismo junto ao lago e ao para forrar as tamareiras-de-jardim e as melaleucas
pergolado, Galhego escolheu folhagens contrastantes. (Melaleuca leucadendra) (6) que já estavam no
'HXPODGR¿FDPDVOkPLQDVDJLJDQWDGDVGR terreno. Própria para áreas de meia-sombra, a espécie
guaimbê-de-folhas-onduladas (Philodendron GiXPVKRZFRPVXDVIROKDV¿QDVFRPSULGDVHGH
undulatum) (2). Do outro, as delicadas, porém não bordas esbranquiçadas.

2
4
O barulhinho de
água em movimento
emitido pelas 3
duas cascatas
integradas ao lago
deixa a sala de
estar ainda mais
aconchegante

36 Natureza
1

As bordas esbranquiçadas da
dianela, que foi usada como
forração, iluminam a área
sombreada pelas tamareiras-
de-jardim e melaleucas
JARDIM

As pedras nas margens do lago foram esculpidas pela Natureza. Em meio a elas crescem espécies como a planta-vela

Beleza natural
Pedras de rio apoiadas umas sobre as outras, como
em um quebra-cabeça, delimitam o laguinho de
50 m² e conferem um aspecto natural ao espaço onde
vivem peixes e plantas aquáticas. Esculpidas ao longo
dos anos pela Natureza, elas ganharam formas, cores
HGHVHQKRVLPSUHVVLRQDQWHV³$VPDLRUHV¿FDPQDV
margens e formam as duas cascatas enquanto as
menores ocupam o interior da estrutura, que teve o 2
fundo coberto por pó de quartzo de minério”, explica
Amauri Hernandes Vanderlei, proprietário da Viva
Casa, empresa que implantou o lago.
As plantas foram escolhidas com base não
apenas na estética, mas também na rusticidade, para
tornar mais prática a manutenção. Destaque para o
dinheiro-em-penca (Callisia repens) (1), que cresce
HQWUHDVSHGUDVHDÀRUtIHUDKHUDVXHFD Plectranthus
verticillatus) (2), usada para encobrir a cascata.

PROJETO: Alexandre Galhego (engenheiro agrônomo e paisagista),


tel.: (19) 3294-9836, www. alexandregalhego.com.br e
Fábio Brescia (arquiteto), www.fabiobresciaarquitetura.com; execução
do laguinho: Viva Casa, tel: (19) 3243-3618, www.vivacasa.com.br

38 Natureza
CURIOSIDADES

Majestoso
sobreiro
É dessa árvore de casca grossa que vem
a cortiça usada na fabricação de rolhas,
painéis e muitos outros produtos úteis no dia a dia TEXTO ROBERTO ARAÚJO

UROKDVSDLQpLVSDUDVH¿[DUREMHWRVQDSDUHGH

O
carvalho é daquelas plantas superconhecidas
que a maioria dos brasileiros nunca viu. bolsas, revestimentos para carros e, mais
Seja pelos barris, usados para envelhecer recentemente, até guarda-chuvas.
vinhos e uísques, ou por causa de obras Por um dos caprichos da Natureza, a espécie ganhou
literárias como o poema O Carvalho, que atravessa HVVDFDVFDSDUDVHSURWHJHUGHLQFrQGLRVQDÀRUHVWD(
todo o romance Orlando, de Virginia Woolf. Mas com toda a majestade característica dos carvalhos, nem
talvez nenhuma espécie de carvalho esteja mais SUHFLVRXGHVHQYROYHUÀRUHVERQLWDV3ROLQL]DGDVSHOR
presente no dia a dia das pessoas do que o sobreiro. vento, elas têm pétalas pequenas e sem graça. O mesmo
Nunca ouviu falar em sobreiro, ou Quercus não se pode dizer do fruto, uma bolota muito apreciada
suber? Pois é da casca desse carvalho que é por animais, especialmente pelo porco-negro do qual é
extraída a cortiça. Aquela mesma de que são feitas feito o presunto-ibérico ou pata-negra.

Ambientação: Palácio Osborne House – Isle of Wight, Inglaterra; foto: Valerio Romahn
Fotos: Shutterstock
Wikipedia

Pintado em 1905 por D. Carlos I, o quadro O sobreiro é uma das obras de arte que fazem referência à majestosa árvore

42 Natureza
A função inicial
da casca grossa
dos sobreiros era
proteger a espécie
dos incêndios, mas o
homem deu um jeito
de usá-la para os
mais variados fins

Natureza 43
CURIOSIDADES

A cada nove anos, o Quercus


suber é despido de sua
Wikipedia / Juan Carlos

casca, a cortiça. Quanto


mais velha a árvore, melhor
a qualidade do material

TESTE DE PACIÊNCIA
Se são raros no Brasil, os sobreiros H[WUDomR(HVVDSULPHLUDFRUWLoD
formam imensos bosques em Portugal. chamada virgem, é considerada muito
Metade da produção mundial de cortiça vem ruim. O sobreiro se recupera bem e,
de lá e, na região do Alentejo, se concentram nove anos depois, está pronto para
os “Montados”, um sistema agrícola uma nova extração, dessa vez de valor
tradicional que combina o agropastoril com econômico um pouco melhor.
a preservação do ecossistema. É assim, com a casca retirada a cada
Vale lembrar que em terras lusitanas o nove anos, que quanto mais velho o
VREUHLURpSURWHJLGRSRUOHL(LVVRQmRp VREUHLUR¿FDPDLVYDOLRVDpVXDFRUWLoD
nenhuma novidade, já que Portugal desde o Os mais antigos têm cerca de 300 anos.
século 14 já exportava cortiça para o Reino A partir de agora, a cada vez que
Unido e Flandres. abrir um vinho ou pregar uma foto na
(PERUDPXLWROXFUDWLYDDSURGXomRGD parede do escritório, esteja certo de que
cortiça pede uma boa dose de paciência: terá nas mãos a casca do carvalho
depois de plantar a árvore, é preciso Quercus suber. Uma belíssima árvore
esperar de 25 a 30 anos para a primeira que você, provavelmente, nunca viu.
44 Natureza
Fotos: Shutterstock

Antes mesmo de sonhar em aportar no Brasil, os portugueses já dominavam a


extração da cortiça e a exportavam para outros países. Hoje, Portugal é o maior
produtor mundial, responsável por metade de toda a cortiça usada no planeta

Da casca extraída da árvore são fabricadas


rolhas para vinhos, bolsas e guarda-chuvas
caríssimos. O retratado à esquerda custa
cerca de R$ 450 em Portugal
Divulgação

Natureza 45
PISCINA

Elegância a
toda prova
1
3

46 Natureza
Plantas esculturais
dão o tom do
paisagismo desta
piscina compacta,
mas repleta de
atrações para a família
TEXTO RENATA TURBIANI
FOTOS VALERIO ROMAHN
PROJETO MARIA LUIZA ACEITUNO
PRODUÇÃO AIDA LIMA

É
impossível olhar para essa
piscina de linhas sinuosas
sem desviar a atenção para
4 as imponentes palmeiras
washingtônia-de-saia (Washingtonia
¿OLIHUD) (1) em seu entorno. Estrelas
do paisagismo, elas parecem
esculturas vivas e determinam o
estilo de toda a área de lazer.
Como suas folhas são grandes e
não sujam a água, elas são as únicas
plantas cultivadas junto à borda da
SLVFLQD$VGHPDLV¿FDP
nos limites do terreno e foram
distribuídas de modo a criar a
sensação de perspectiva e suavizar
o muro, integrando visualmente o
jardim à mata do lado de fora.
“Por enquanto ainda dá para ver
parte da parede, mas a tendência
é que em breve ela passe
despercebida”, diz a arquiteta
paisagista Maria Luiza Aceituno.
Entre as espécies selecionadas por
ela para compor o cenário estão cicas
(&\FDVUHYROXWD) (2), tamareira-de-
jardim (3KRHQL[URHEHOHQLL) (3) e os
fórmios (3KRUPLXPWHQD[) (4).

Natureza 47
PISCINA

Em apenas 30 m², a
piscina reúne prainha,
spa, escada embutida
e área para banho

Compacta e eficiente
A piscina de linhas sinuosas parece ter sido
milimetricamente desenhada para contornar o
canteiro onde cresce uma das washingtônias-de-
saia (1). Em seus 30,5 m², ela reúne uma área
reservada para quem quer relaxar e até dar algumas
braçadas – a profundidade nesse espaço é de
1,20 m; prainha para as crianças brincarem e os
adultos refrescarem os pés; escada para acesso dos
banhistas; e um pequeno spa de 2,5 m de diâmetro.
O revestimento interno de pastilhas de vidro
contrasta com o tom mais claro da borda, de
piso cimentício; e do solário, de porcelanato
antiderrapante. Essa área, responsável por fazer a
transição entre a casa e o jardim, foi mobiliada com
1 dois bancos de madeira, um ombrelone e um jogo
de mesa de mármore carrara anticato e cadeiras de
¿EUDVLQWpWLFD
Para que a sombra da copa das palmeiras
não atrapalhe quem quer se bronzear, as
espreguiçadeiras de alumínio foram acomodadas do
lado oposto da piscina, sobre o gramado de grama-
esmeralda (Zoyzia japonica) (2). A ducha, presa a
XPSDLQHOGHSRUFHODQDWRTXHLPLWDPDGHLUD¿FDHP
um cantinho, entre o spa e o talude.

48 Natureza
As espreguiçadeiras
foram dispostas sobre
o gramado, em uma
área sem plantas

Para acompanhar o
desenho da piscina, a
prainha e os degraus que
O painel que sustenta dão acesso a ela exibem
a ducha parece linhas curvas
de madeira, mas
na verdade é de
alvenaria revestida
com porcelanato

PROJETO: Maria Luiza Aceituno (arquiteta paisagista),


tel.: (15) 3232-5356, www.projetoverde.com.br
Natureza 49
NONONONONONON
O I N F O R M AT I V O O F I C I A L D O

Admirável
coleção
Rômulo Braga se encantou com as
tilândsias e hoje reúne milhares Tillandsia roseiflora
de exemplares em sua coleção
TEXTO ANA CAROLINA VAZZOLA
Rômulo exibe a
inflorescência da

S
Tillandsia ferreyrae,
e tem uma planta que pode ser chamada de
que pode passar de independente é a tilândsia. A bromélia é tão
2,5 m de altura DXWRVVX¿FLHQWHTXHQmRSUHFLVDGHVRORHPXLWR
menos de água para brotar: capta os nutrientes da
poeira dispersa no ar e suas sementes germinam sozinhas
onde der na telha. De repente, como que por mágica,
mudas despontam no topo de muros, em grades e até
QD¿DomRHOpWULFDGDVJUDQGHVFLGDGHV(IRLDVVLPGH
IRUPDLQHVSHUDGDWDPEpPTXHHVVDVSODQWDVVXUJLUDPQR
caminho do aposentado Rômulo Braga.
2SULPHLURFRQWDWRGHOHFRPDVWLOkQGVLDVIRLHP
quando se deparou com uma barba-de-velho (Tillandsia
usneoides QDH[SRVLomR2UTXtGHDVQD&HQWUDO)ORUHVGH
%UDVtOLD1DpSRFD5{PXORXVDYDRXWUDVEURPpOLDVSDUD
criar arranjos em restos de árvores e enxergou na nova
GHVFREHUWDDVROXomRLGHDOSDUDDFRQIHFomRGHVXDVSHoDV
Pesquisou sobre outras tilândsias e viu que, além
GHVHUHPPXLWRUHVLVWHQWHVHODVH[LELDPÀRUHVGHXPD
EHOH]DtPSDUFRPSpWDODVD]XLVUR[DVYHUPHOKDVODUDQMD
RXEUDQFDVTXHEURWDYDPGRFHQWURGDURVHWDGHIROKDV
6RXEHWDPEpPTXHDJUDQGHPDLRULDpSHUIXPDGDHH[DOD
aromas de baunilha e lavanda.

52 Natureza
Fotos: arquivo pessoal
Instigado pela rusticidade da barba-de-velho (acima), o aposentado buscou outras espécies como a Tillandsia ionantha ‘Fuego’

Decidido a testar as tilândsias em seus trabalhos, que incluem desde plantas minúsculas, como a Tillandsia
comprou mudas de barba-de-velho e prendeu nos ramos ionanthaµ)XHJR¶GHDSHQDVFPGHDOWXUDDWpD
GHXPDMDEXWLFDEHLUDVHFDWUDQVIRUPDQGRDHPXPD Tillandsia ferreyraeFXMDKDVWHÀRUDOSDVVDGRVPGH
³iUYRUHGDIRUWXQD´2VXFHVVRIRLWRWDOHRVDPLJRVORJR altura. A Tillandsia secundaTXHWHPIROKDVSUDWHDGDV
FRPHoDUDPDHQFRPHQGDUDUUDQMRVFRPWLOkQGVLDV HÀRUHVTXHPHVFODPYHUPHOKRODUDQMDHYHUGHHD
$VGHPDLVEURPpOLDVIRUDPSHUGHQGRHVSDoR exuberante 7LOODQGVLDURVHLÀRUDGHLQÀRUHVFrQFLDV
DWpVHUHPWRWDOPHQWHVXEVWLWXtGDVSRUHVSpFLHVGDSODQWD rosadas, estão entre as mais belas.
recém-descoberta. O aposentado, no entanto, revela uma quedinha
HVSHFLDOSHODVWLOkQGVLDVEUDVLOHLUDV(VHRUJXOKDGH
NOVOS EXEMPLARES FXOWLYDUHPFDVDDOJXPDVGDVPDLVGHHVSpFLHVQDWLYDV
O que Rômulo não esperava é que os exemplares daqui, como a rara Tillandsia reclinata e a Tillandsia
comprados inicialmente apenas para decorar suas crocataTXHpPXLWRFRELoDGDQRH[WHULRUSRUFDXVDGH
FULDo}HVSXGHVVHPVHWRUQDUXPDSDL[mR(QFDQWDGR VXDVGHOLFDGDVÀRUHVDPDUHODV
FRPDVWLOkQGVLDVRDSRVHQWDGRIRLDWUiVGHSURGXWRUHV +RMHDQRVDSyVDTXHOHHQFRQWURLQHVSHUDGR
e colecionadores e garimpou variedades cada vez mais 5{PXORDLQGDVHHVSDQWDSHODIRUPDFRPRDVWLOkQGVLDV
UDUDVSDUDVXDFROHomRSHVVRDO$SUHQGHXDWpDUHSURGX]LU DSDUHFHUDPH¿]HUDPDGLIHUHQoDHPVXDYLGD6HX
a espécie por sementes, procedimento que, além de FDULQKRSHODSODQWDVyIRLDXPHQWDQGRFRPRWHPSR
trabalhoso, é muito complicado. DVVLPFRPRVXDFROHomR3RUpPGLIHUHQWHPHQWH
+RMHPLOKDUHVGHWLOkQGVLDVHQFKHPDVTXDWURHVWXIDV da espécie, que é independente e bem resolvida em
que o colecionador montou no quintal de sua casa, em TXDOTXHUHVSDoRRDSRVHQWDGRQmRFRQVHJXHQHPVH
%UDVtOLD6mRHVSpFLHVFRPWDPDQKRVHIRUPDVGLIHUHQWHV LPDJLQDUORQJHGHVHXV[RGyV

A brasileira Tillandsia crocata é uma das preferidas do colecionador. Abaixo, a exuberante Tillandsia secunda

53
JARDINAGEM

A união faz
Aprenda a
produzir mudas
por enxertia

a força
para obter
plantas mais
resistentes
TEXTO MARINA GABAI

A
ssim como as pessoas, as plantas também $UHVLVWrQFLDSRUpPpDSHQDVXPDGDVYDQWDJHQV
têm pontos fortes e fracos: enquanto algumas GDVPXGDVHQ[HUWDGDV&RPRRUDPRTXHGDUiRULJHPjV
FRQWDPFRPÀRUHVYLVWRVDVHIUXWRVVDERURVRV ÀRUHVHDRVIUXWRVpUHWLUDGRGHXPDSODQWDDGXOWDTXHMi
PDVVmRVXVFHWtYHLVDRDWDTXHGHSUDJDV HVWiSURGX]LQGRDVPXGDVGHVHQYROYLGDVDSDUWLUGHVVD
outras são menos atraentes, porém resistem melhor às WpFQLFDWHQGHPDÀRUHVFHUHIUXWL¿FDUPDLVFHGR'Dt
FRQGLo}HVDGYHUVDV3DUDXQLUHPXPVyH[HPSODUR HVVHVHURPpWRGRGHSURGXomRGHPXGDVPDLVDGRWDGR
TXHKiGHPHOKRUHPGXDVHVSpFLHVIRLGHVHQYROYLGDD SHORVYLYHLURVGHIUXWtIHUDV
HQ[HUWLDXPDWpFQLFDTXHFRQVLVWHHPLPSODQWDURUDPR ([LVWHPGXDVIRUPDVGLIHUHQWHVGHVHSURGX]LU
GHXPDSODQWD±DTXHODGHÀRUHVDWUDHQWHVRXIUXWRV PXGDVHQ[HUWDGDVDJDUIDJHPHDERUEXOKLD9HMDFRPR
VDERURVRV±QRFDXOHGHRXWUDPDLVU~VWLFD H[HFXWDUFDGDXPDGHODV

A ESCOLHA DAS ESPÉCIES


3DUDTXHDHQ[HUWLDGrFHUWRpSUHFLVRTXHDV HROLPmRFUDYR Citrus × limonia RXGDPHVPD
SODQWDVXVDGDVQDSURGXomRGDPXGDWHQKDPDOJXP IDPtOLDFDVRGRPoncirus trifoliataHGDODUDQMD
SDUHQWHVFR(ODVSRGHPVHUGXDVYDULHGDGHVGH (Citrus sinensis 
XPDPHVPDHVSpFLH±FDVRGDFDUDPERODFRPXP $HVSpFLHPDLVUHVLVWHQWHpSODQWDGDGLUHWRQR
(Averrhoa carambola HGDFDUDPERODµ)ZDQJ VRORRXHPYDVR±HODVHUiRSRUWDHQ[HUWRRXFDYDOR
Tung’ (Averrhoa carambolaµ)ZDQJ7XQJ¶ GR ±HVHUYHGHVXSRUWHSDUDXPUDPRRXJHPDGD
mesmo gênero, como a tangerina (Citrus reticulata) SODQWDTXHSURGX]LUiDVÀRUHVHIUXWRV
Fotos: Shutterstock

Frutíferas como a tangerineira


costumam ser produzidas por
enxertia: além de resistirem
melhor às pragas, elas frutificam
mais rapidamente

56
56 Natureza
Para que a enxertia
seja possível, as
plantas devem
ter algum grau de
parentesco. No
caso da carambola,
são usadas duas
variedades de uma
mesma espécie

Natureza 57
JARDINAGEM

Fotos: Valerio Romahn


Shutterstock

Por meio da garfagem, é possível obter mudas mais resistentes de


frutíferas como a maçã e manga. Para aprender bem a técnica, a dica
é praticá-la com hibiscos, que têm alto índice de sucesso

COMO ENXERTAR
$VGXDVWpFQLFDVGHHQ[HUWLDPDLVXVDGDV
VmRDJDUIDJHPHDERUEXOKLD(QWHQGDD
VHJXLUFRPRFDGDXPDGHODVpIHLWD

Garfagem
(VWHPpWRGRGHSURGXomRGHPXGDV
FRQVLVWHQRHQFDL[HGRUDPRGHXPDHVSpFLH
QRFDYDORGHRXWUD)XQFLRQDSDUDIUXWtIHUDV
como a macieira, a pereira, o abacateiro e a
PDQJXHLUDDOpPGRVFtWULFRV(ODWDPEpPp
LQGLFDGDSDUDKLELVFRV³&RPHoDUHQ[HUWDQGR
KLELVFRVpXPDERDLGHLDSRLVRHQ[HUWRWHPJUDQGH
FKDQFHVGHGDUFHUWRHDSHVVRDYDLSHJDQGRD
SUiWLFD´H[SOLFDRSURGXWRU(GLOVRQ*LDFRQ

2. O próximo passo é escolher o ramo da planta que


1. Escolha a planta que será o será enxertada. Busque um ramo que tenha florescido
porta-enxerto. No caso dos ou frutificado há mais tempo, pois ele estará mais
hibiscos, Giacon recomenda o próximo de brotar novamente. Corte um pedaço de
uso do hibisco-comum 15 cm desse ramo e lasque a extremidade que estava
(Hibiscus rosa-sinensis), mais próxima do caule – a ponta deve ficar com
que é rústico e cresce formato de estaca. Depois encaixe-a na
rápido. O ideal é que a muda abertura do cavalo. Cubra o ponto de união
que será usada no das duas plantas com uma fita plástica
procedimento tenha própria para enxertia – ela é vendida em lojas
sido produzida por sementes, de jardinagem – para protegê-lo do ataque
pois elas têm raízes mais fortes. Quando o de bactérias. Algumas espécies
Ilustrações: Euroimagem

caule estiver com diâmetro de uma ou duas precisam de um cuidado extra nessa fase:
canetas esferográficas, corte-o em linha reta para não desidratar, o abacateiro, por
para deixar a planta com 20 cm a 40 cm de exemplo, deve ter a parte acima do
altura. Depois, abra uma fenda de cerca de ponto de enxerto coberta por
3 cm de profundidade bem no meio da estaca. um saquinho plástico
O porta-enxerto está pronto. até que comece a brotar.

58
58 Natureza
A borbulhia é a
técnica mais usada
para a produção de
mudas de limão e
outros cítricos

Borbulhia
$ERUEXOKLDpLQGLFDGDSULQFLSDOPHQWHSDUDDHQ[HUWLD 1. Escolha um ponto do 1
GHFtWULFRVHVHJXQGR(GLOVRQ*LDFRQROLPmRFUDYR caule cerca de 20 cm acima
(Citrus × limonia SRGHVHUXVDGRFRPRSRUWDHQ[HUWRSDUD do solo e, com o canivete,
GLYHUVDVYDULHGDGHVGHODUDQMDWDQJHULQDHOLPmRSRLVp faça um corte vertical e um
PXLWRUHVLVWHQWHHFUHVFHUiSLGR3DUDGDURULJHPjQRYD horizontal, formando a
PXGDXPDJHPD±RXERUEXOKD±GHXPDSODQWDpLQVHULGD letra T. É aí que a borbulha
QRFDXOHGHRXWUD será encaixada. Tire todas
$HQ[HUWLDSRGHVHUIHLWDHPXPDSODQWDFXOWLYDGDD as folhas e espinhos de uma
SDUWLUGHVHPHQWHV±QHVVHFDVRpSUHFLVRHVSHUDUGHVHLVD área de 2 cm para cima e
RLWRPHVHVSDUDTXHDPXGDSRVVDUHFHEHUDERUEXOKD±RX para baixo do T, para que
GHPXGDVFRPSUDGDVGHYLYHLULVWDVTXHSRGHPUHFHEHUR a gema enxertada receba
HQ[HUWRLPHGLDWDPHQWH mais seiva da planta.

2. Na hora de escolher a gema que caso ela esteja em vaso e uma vez
será enxertada, procure um ramo por semana se estiver direto no solo.
jovem – ele tem gemas triangulares, Passados 20 dias, torça a parte do
enquanto as dos mais antigos caule que está acima do enxerto e
são arredondadas. Retire apenas amarre-o para baixo. Aproveite para
a camada superficial da gema e remover os novos brotos que tenham
encaixe no T do porta-enxerto. Para surgido. Assim, a seiva se concentrará
garantir que água ou doenças não na parte enxertada.
2 estraguem o enxerto, cubra o ponto Cinco dias depois já será
de junção com a fita plástica. possível retirar o plástico que cobre
a borbulhia e, em 15 dias, o broto
Depois que o enxerto estiver começará a aparecer. Quando ele
pronto, é preciso manter a planta atingir 10 cm, corte a parte do cavalo
hidratada. Regue-a todos os dias que estava amarrada para baixo.

CONSULTORIA: Edilson Giacon (produtor do Viveiro Ciprest), tel.: (19) 3451-5824,


www.ciprest.com.br; e Luis Bacher (produtor da Fazenda Citra), tel.: (19) 3451-1221

Natureza 59
PAPO VERDE

Em paz com as
as orquídeas
A jardinista e apresentadora Carol Costa compartilha seus
erros e acertos no cultivo de orquídeas para estimular você a
se aventurar no mundo dessas flores espetaculares

“E
ssa é a mesma orquídea que eu te dei no Natal
Fotos: Valerio Romahn

passado? Não é outra planta?”. Eu segurava


pasma um vaso de Phalaenopsis tão carregado
de flores que a haste envergava suavemente
com o peso da florada. “É exatamente o mesmo vaso”,
assentiu minha sogra. “E aquela que você trouxe no
aniversário do Bininho continua com flor”. Faltavam
poucos dias para o começo de 2002 e eu me negava a
acreditar em três coisas: que uma orquídea estivesse viva
um ano depois; que florisse mais de uma vez por ano; e
que uma única florada durasse dois meses in-tei-ri-nhos.
Se a orquídea nas minhas mãos falasse, sussurraria:
“Carol, sua mirim…”.
Veja bem, eu não era uma completa ignorante no
mundo das plantas. Tinha crescido numa casa com
um enorme quintal visitado por gatos, passarinhos e
uma ou outra galinha perdida do vizinho. Gostava de
ver como o feijão crescia vigoroso à primeira chuva, a
forma bizarra das flores de maracujá e a mania curiosa
de minha mãe plantar dois chuchus juntinhos, “macho
e fêmea, pra vingar”.
Já tinha plantado com sucesso tomates em uma
jardineira e, quando me mudei para São Paulo, colhido
morangos, alecrins e salsinhas cultivados na janela da

Doritis pulcherrima
Não é porque você é iniciante que só vai ter Phalaenopsis
híbridas em casa. Que tal uma Doritis, prima-irmã da
orquídea-borboleta e de cultivo tão fácil quanto ela? Há
variedades de flores rosa-claro e branco-rosado, mas minha
preferida é esta pink vibrante. A espécie floresce de forma
sequencial, então, você terá flores por muitos meses no ano.

60 Natureza
Sergio Oyama Junior
Polystachya neobenthamia
Conheci esta planta por seu nome popular – buquê-
de-noiva – sem saber que era uma orquídea. Pudera,
ela é uma espécie terrestre, uma completa novidade
para quem iniciava na orquidofilia como eu! Muitos a
chamam de Neobenthamia gracilis, seu antigo nome
científico. A espécie gosta de sol fraco, solo leve e
produz flores várias vezes ao ano.

Carol Costa

Ornithophora radicans
Foi a primeira orquídea que sobreviveu na minha mão.
Comprei numa placa de xaxim e a mantive ao lado de
uma janela com muita claridade. Uma vez por semana,
coloco a placa num balde com água até encharcar,
então, escorro e devolvo para a parede. Nativa da Mata
Atlântica, ela floresce até três vezes por ano.

minha quitinete. Não, definitivamente o problema


eram as orquídeas, não eu!
Toda vez que passava pelo km 72 da Rodovia
Castelo Branco, meu coração palpitava. Dentro de um
posto na estrada, um pequeno orquidário guardava
as plantas mais espetaculares que eu já tinha visto.
E não falo só de Cattleya bicolores, perfumadas,
repolhudas, não! Num cantinho sombreado de uma
grande floricultura, entre a minifazendinha e uma
loja de jeans, cresciam Brassia que pareciam grandes
aranhas brancas; Oncidium delicadíssimos que era
preciso ver de perto de tão pequenos; Bulbophyllum
cheios de pelos que imitavam animais mortos. Era
como se uma impressora 3D tivesse materializado os
desenhos mais bizarros de flores feitos por crianças.
Nem a Disney poderia ser tão legal quanto passar
alguns minutos no Orquidário Shirozu. Vanda tricolor
Assim, toda visita a meus sogros envolvia uma Todo orquidófilo sonha em ter uma caríssima Vanda de
parada obrigatória no posto de Itu. E eu saía da loja flores enormes, duráveis e de cores vibrantes – e perde
carregada de vasos e recomendações, na esperança muito dinheiro e horas sem dormir tentando adaptar a
de agradar minha sogra e, ao mesmo tempo, ter uma planta ao clima brasileiro. Quer ser feliz? Experimente
planta bonita em casa. Comprava tudo de parzinho: a Vanda tricolor: essa graciosa espécie tem flores
uma Phalaenopsis pra ela, outra para mim. Ao chegar bem menores do que as das vandas híbridas, mas
para mais uma festa ou reunião familiar, encontrava igualmente duráveis, e é bem mais fácil de cultivar.

Natureza 61
PAPO VERDE

Dicas para iniciar


uma coleção de orquídeas
- Prefira orquídeas baratas e de fácil cultivo
- Não tenha mais vasos do que você consegue cuidar
- Resista à tentação de comprar plantas sem flor
- Fiscalize o verso das folhas atrás de pragas
- Tire as plantas de vidros, cachepôs e embalagens
- Deixe o sonho da vanda para quando tiver
mais experiência
- Registre num caderno o que acontece com as plantas
- Evite insistir num gênero que não deu certo
na sua casa

os vasos da sogra lindos e carregados de flores enquanto,


em casa, minhas orquídeas malemá me davam folhas.
Aquilo era quase um insulto! Depois de meses dando Dendrobium loddigesii
água e luz para as plantas, elas se negavam a florir. Muitas
perdiam folhas e enormes manchas amarelas ou pequenas Vem da Ásia essa orquídea capaz de arrancar
pintas pretas surgiam como um aviso. Eu mudava o vaso suspiros e garantir selfies em tudo quanto é
de lugar, diminuía as regas, acendia vela, dava bronca e exposição. Pudera! Ela entouceira e, na primavera,
nada! Ao jogar a planta morimbunda no lixo, às vezes forma uma massa compacta de folhas e flores
descobria uma piscina dentro do cachepô daquele vaso rosadas com o labelo ligeiramente franjado
que eu molhava a conta-gotas. e manchado de amarelo-vivo. É uma planta
Enquanto isso, em Laranjal Paulista, as orquídeas resistente ao calor e à estiagem, e que vai bem
da minha sogra tomavam sol e chuva o tempo todo e presa a tocos de madeira ou árvores.
floresciam como chuchu na cerca. Será que eu era tão
má jardineira ou as orquídeas tinham feito um complô
contra mim?
Quatorze anos mais tarde, posso dizer que as
orquídeas da minha sogra continuam espetaculares. E as
minhas também! Nesse tempo, fiz muitos cursos, montei
uma biblioteca com mais de 200 livros e, depois de muita
tentativa e erro, fiz as pazes com essas flores. De vez em
quando, ainda perco uma planta, mas tento investigar
o que não funcionou para corrigir no futuro. Nessas
páginas, compartilho algumas dicas para você também se
entender com as orquídeas e apresento algumas espécies
de encher os olhos de ideias para quem está começando Para aprender
der mais sobre o cu
cultivo
ultivo das
uma coleção. Boa sorte! orquídeas, adquira os livros daa sé
sériee
Orquídeas – Coleção Rubi. Ao todo são dez
volumes de 80 páginas. Cada livro
Carol Costa é jornalista, jardinista e custa R$ 59 e a coleção completa sai por
idealizadora do blog Minhas Plantas 10 x de R$ 42 no site www.europanet.com.br
(www.minhasplantas.com.br). Tem uma
ou nos telefones 0800 8888 508 e
coluna na rádio BandNews FM e apresenta o
programa Mais cor, por favor no canal GNT (11) 3038-5050 (São Paulo).

62 Natureza
GARIMPO

Na trilha do verde
De novas variedades de espécies já conhecidas a plantas de
colecionador, nosso colaborador encontrou um pouco de tudo
em suas andanças pelos viveiros
TEXTO E FOTOS MURILO SOARES

Primavera-dobrada (Bougainvillea ‘Thai Gold’)


RGHDFUHGLWDUHVWDSODQWDGHÀRUDGDHQFDQWDGRUDp ÀRUDGDVHGiGRRXWRQRDWpDSULPDYHUD
P XPDSULPDYHUD6yTXHDRFRQWUiULRGDHVSpFLHWLSR
TXHpQDWLYDGR%UDVLOHODDSUHVHQWDEUiFWHDV IROKDV
$SULPDYHUDGREUDGDSRGHVHUXVDGDSDUDHQFREULU
JUDGHVUHIRUoDGDVPXURVSHUJRODGRVSyUWLFRVH
PRGL¿FDGDV GREUDGDVTXHFRQIHUHPjVLQÀRUHVFrQFLDV FDUDPDQFK}HVHYDLEHPHPWRGRR%UDVLOH[FHWRHP
XPYLVXDODLQGDPDLVH[XEHUDQWH UHJL}HVVXMHLWDVDJHDGDV'HYHVHUFXOWLYDGDDVROSOHQR
(ODVQDVFHPDPDUHORDODUDQMDGDVHFRPRSDVVDU HPVRORULFRHPPDWpULDRUJkQLFDHEHPGUHQDGR
GRWHPSRDGTXLUHPXPDFRORUDomRURVDGD'XUiYHLV 26U2UODQGRGD)ORUD0RQWDJQHU ZZZ
SHUPDQHFHPYLVWRVDVSRUPDLVGHGLDVHRSLFRGD PHUFDGRGHÀRUHVFRPEU FREUD5SRUFDGDPXGD

64 Natureza
Hemerocale ‘Born to Run’
(Hemerocallis x hybrida ‘Born to Run’)
VWHKHPHURFDOHID]SDUWHGDTXHODOLVWDGHHVSpFLHV
E H[FOXVLYtVVLPDVFRELoDGDVSRUFROHFLRQDGRUHV
GHSODQWDVUDUDV3XGHUDXPD~QLFDPXGDQmRVDL
SRUPHQRVGH5QD$JUtFRODGD,OKD ZZZ
KHPHURFDOOLVFRPEU 
6XDVÀRUHVGHDWpFPGHGLkPHWURH[LEHPSpWDODV
HVpSDODVDYHUPHOKDGDVFRPERUGDGRXUDGDHJDUJDQWD
HVYHUGHDGDHGHVSRQWDPGXUDQWHDSULPDYHUDHPKDVWHV
GHDWpFPGHDOWXUD$IROKDJHPSRUVXDYH]p
SHUHQHYHUGHFODUDHQmRSDVVDGRVFPGHDOWXUD
3RUVHUWmRHVSHFLDORKHPHURFDOHµ%RUQWR5XQ¶
merece ser cultivado em vasos em lugar de destaque
QRMDUGLPVHPSUHDVROSOHQRHHPVXEVWUDWRULFRHP
PDWpULDRUJkQLFD~PLGRHEHPGUHQDGR
$SyVDÀRUDomRDVIROKDVGHYHPVHUSRGDGDV
7DPEpPpLPSRUWDQWHID]HUXPDVHJXQGDSRGDQR
LQtFLRGDSULPDYHUDSDUDHVWLPXODUDÀRUDomR Orquídea-cuitlauzina
(Cuitlauzina pulchella)
RUTXtGHDFXLWODX]LQDpGDTXHODVTXHSDVVDP
A GHVSHUFHELGDVTXDQGRQmRHVWmRÀRULGDV0DVEDVWD
RLQYHUQRFKHJDUHDVÀRUHVEUDQFDVGHDWp
FPGHGLkPHWURFRPHoDUHPDGHVSRQWDUSDUDWRGDV
DVDWHQo}HVVHYROWDUHPSDUDHODeTXHDOpPGHWHUDV
SpWDODVVDUDSLQWDGDVGHPDUURPHODEHORDPDUHORJHPD
DVÀRUHVGDHVSpFLHH[DODPXPGHOLFLRVRSHUIXPH(ODV
VHIRUPDPQRLQYHUQRHPKDVWHVÀRUDLVGHDWpFP
2ULJLQiULDGDVUHJL}HVWURSLFDLVGHDOWLWXGHGR
0p[LFRH$PpULFD&HQWUDODSODQWDSRGHVHUFXOWLYDGD
jPHLDVRPEUDSUHVDDRVFDXOHVGHiUYRUHVHSDOPHLUDV
RXHPYDVRVHVSHFt¿FRVSDUDRUTXtGHDV(ODDSUHFLD
XPLGDGHHYDULDomRGHWHPSHUDWXUDHQWUHRGLDHDQRLWH
1D&HDVDGH&DPSLQDV ZZZPHUFDGRGHÀRUHV
FRPEU RVYDVRVGDHVSpFLHFXVWDPDSDUWLUGH5

Peperômia
(Peperomia caperata ‘Rosso’)
RLDSDUWLUGHXPDSODQWDEUDVLOHLUDTXHRVKLEULGL]DGRUHV
F GHVHQYROYHUDPHVWHEHORFXOWLYDUGHSHSHU{PLD'H
JUDQGHHIHLWRRUQDPHQWDOHOHGHPDQGDSRXFRVFXLGDGRVp
LGHDOSDUDGDUDFDEDPHQWRDYDVRVIRUUDUFDQWHLURVRXVHU
PDQWLGRFRPRSODQWDGHGHVWDTXHHPYDVRVQRHVWLOREDFLD
SRLVQmRSDVVDGRVFPGHDOWXUD
$VIROKDVODQFHRODGDVGHDWpFPGHFRPSULPHQWR
WrPQHUYXUDVVXOFDGDVHHQTXDQWRDIDFHVXSHULRUpYHUGH
HVFXUDDLQIHULRUDSUHVHQWDXPWRPYHUPHOKRDFREUHDGR
3DUDDSHSHU{PLDFUHVFHUVDXGiYHOPDQWHQKDDVRE
PHLDVRPEUDHHPVRORULFRHPPDWpULDRUJkQLFDH~PLGR
2VYDVRVGDHVSpFLHFXVWDPDSDUWLUGH5QD
&HDJHVS ZZZIHLUDGHÀRUHVFRPEU 
GARIMPO

Rosa-de-pedra-gigante
(Echeveria hybrid)
SDUWLUGRFUX]DPHQWRGDFRELoDGDEcheveriaµ0DXQD
A /RD¶FRPRXWUDVSODQWDVGRJrQHURRSURGXWRUH
FROHFLRQDGRU6pUJLR'DYLGFULRXHVWDEHOtVVLPDVXFXOHQWD
HVFXOWXUDO(ODWHPIROKDVHVSDWXODGDVYHUGHEULOKDQWHV
HFRPDVERUGDVRQGXODGDVHDYHUPHOKDGDVDJUXSDGDV
HPURVHWDVGHDWpFPGHGLkPHWUR$VSHTXHQDVÀRUHV
YHUPHOKDVSRUVXDYH]GHVSRQWDPGXUDQWHRRXWRQRHR
LQYHUQRHPLQÀRUHVFrQFLDVGHDWpFPGHDOWXUD
$URVDGHSHGUDJLJDQWHSRGHVHUFXOWLYDGDHPYDVRV
RXHPMDUGLQVGHSHGUDVVREVROSOHQRHHPVRORDUHQRVR
DFUHVFLGRGHPDWpULDRUJkQLFDHEHPGUHQDGR5~VWLFD
HODVXSRUWDVHPSUREOHPDVDVEDL[DVWHPSHUDWXUDV
0XGDVGDHVSpFLHSRGHPVHUHQFRPHQGDGDVQD
&DFWRV%UDVLO ZZZFDFWRVEUDVLOFRPEU &DGDXPD
FXVWD5

Jasmim-floco-de-neve
(Wrightia antidysenterica)
XHPJRVWDGHYHURMDUGLPÀRULGRHSHUIXPDGRRDQR
Q WRGRWHPPRWLYRVGHVREUDSDUDDSRVWDUQHVWDHVSpFLH
TXHDFDEDGHVHUODQoDGDQR%UDVLOQDWLYRGR6UL/DQND
HGDËQGLDRMDVPLPÀRFRGHQHYHYDLPXLWREHPSRU
DTXLHHQFDQWDFRPVXDVÀRU]LQKDVEUDQFDVHVWUHODGDVH
DURPiWLFDV(PUHJL}HVGHFOLPDTXHQWHHODVGHVSRQWDP
VHPSDUDUHPPHLRjVIROKDVYHUGHVHEULOKDQWHV
3ODQWDGDHPYDVRVDHVSpFLHQmRFRVWXPDSDVVDUGRV
FPGHDOWXUDPDVHPFDQWHLURVSRGHFKHJDUDDWpP
3DUDWDQWRGHYHVHUPDQWLGDVREVROSOHQRHPVRORULFR
HPPDWpULDRUJkQLFDH~PLGR
1D&HDVDGH&DPSLQDV ZZZPHUFDGRGHÀRUHV
FRPEU FDGDYDVRGDHVSpFLHFXVWD5

Camélia-bicolor
(Camellia japonica)
DSpWDODVEUDQFDVFRPDVERUGDVPHVFODGDVGHURVD
A TXHVHDJUXSDPHPÀRUHVGHFPGHGLkPHWURQmR
GHL[DPHVWDFDPpOLDSDVVDUGHVSHUFHELGD,QGLFDGDSDUDR
FXOWLYRFRPRDUEXVWRLVRODGRIRUPDQGRPDFLoRVRXHP
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PXGDVÀRUHVFHQGRSRU5 «

66 Natureza
DeAà Z
aprendatudosobreo
mundodasorquídeas!

O mundodas orquídeaséincrível!Cheiodecores,vidaemuitadedicação.
Nosso site, ABC das Orquídeas, é um guia on-line completo para quem Utilize o aplicativo leitor de
QR code do seu celular!
quer aprender a cuidar dessas plantas com dicas simples, fáceis e úteis!
Vamosjuntosdesbravaresseuniversoeaprendertudosobreelas?
www.forthjardim.com.br/abc-das-orquideas
GARIMPO

Marmelinho-
ornamental
(Chaenomeles
speciosa)

B elo e escultural, o
marmelinho-ornamental se enche
GHÀRUHVQRLQYHUQRHLQtFLRGDSULPDYHUD
EHPQDpSRFDHPTXHVXDUDPDJHPHVWijPRVWUD
SRUFRQWDGDTXHGDGDVIROKDVRYDODGDV'HXP
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)ORULFXOWXUDÒUVXOD ZZZÀRULFXOWXUDXUVXODFRPEU 

68 Natureza
POMAR

Fruto
troPicaL
As deliciosas mangas são o principal atrativo da árvore
TEXTO MARINA GABAI

frondosa, que ainda brinda com boa sombra quem a cultiva

S
e você nunca se lambuzou com uma manga Chegou a essas bandas de navio, com os colonizadores
suculenta em um dia de verão, não sabe o que SRUWXJXHVHVH³¿QFRXRSp´)DYRUHFLGDSHORFOLPD
está perdendo! A fruta de polpa doce, carnuda e quente, se adaptou rapidamente ao país, que hoje é o
jVYH]HV¿EURVDTXHFRPELQDGRoXUDHIUHVFRU terceiro maior produtor da espécie e a exporta para
na medida certa, tem tudo a ver com o clima dos diversos lugares, como Europa, Japão e Estados Unidos.
trópicos e conquistou o mundo. Tanto que, segundo uma Em todo o mundo existem pelo menos 1.600
pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa variedades de manga, que diferem entre si no tamanho,
Agropecuária), ela é uma das frutas mais consumidas no formato, cor e consistência da polpa dos frutos. No
planeta, seja in natura, seja como ingrediente de receitas Brasil, são comercializados cerca de 30 tipos, alguns
doces e salgadas. deles desenvolvidos por pesquisadores locais.
No Brasil ela é sucesso absoluto e tão fácil de Para o cultivo em pomares domésticos, os preferidos
encontrar que há até quem acredite que seja nativa são os que produzem frutos mais doces, iguais aos
GDTXL1HPGHVFRQ¿DPTXHDiUYRUHGHFRSDIURQGRVD comprados no supermercado, caso da manga Palmer,
e sombra agradável surgiu no Sudeste Asiático, onde famosa pelos frutos grandes de polpa lisa e suculenta;
há indícios de seu cultivo há mais de 4.000 anos. GD7RPP\$WNLQVTXHpGRFHHWHPSRXFD¿EUDHGD

Fotos: Shutterstock

Conforme a varidade da manga, os frutos podem apresentar diferenças no formato, cor e tamanho

70 Natureza
A manga é um dos frutos
mais consumidos em
todo o mundo e vai muito
bem em regiões de clima
tropical, como o do Brasil

Natureza 71
POMAR
Manga em detalhes
ĪNome científico: Mangifera indica
ĪNome popular: mangueira, manga
ĪFamília: Anacardiáceas
ĪOrigem: sudeste da Ásia

ĪCaracterísticas: árvore frutífera perenifólia.


Pode chegar a 30 m de altura e tem copa frondosa

ĪFlores: as inflorescências são


pequenas, delicadas e
amareladas. Surgem no
inverno ao longo de
uma haste formando
uma espiga
ĪFrutos: costumam
ter polpa amarela e
suculenta, fibrosa ou
não. O sabor e a cor
da casca variam de acordo
com o cultivar. Surgem
entre o fim da primavera e o verão

ĪLuz: sol pleno


ĪSolo: pode ser arenoso ou argiloso, ácido ou
alcalino, mas preferencialmente rico em matéria
orgânica e bem drenado
ĪClima: nativa de uma região tropical, a mangueira se
desenvolve bem em climas quentes e secos, com as
estações bem definidas
Fotos: Valerio Romahn

Quando adulta, a espécie ĪPlantio: para plantar direto no solo, acomode a muda
pode medir até 30 m de em um berço de 50 cm x 50 cm. Complete com terra
altura e sua copa frondosa do local misturada a 10 litros de esterco bovino ou terra
proporciona boa sombra vegetal acrescida de 500 g de farinha de ossos. Regue
bem. Já para o plantio em vaso, escolha um recipiente
de 15 ou 20 litros, preencha o fundo com argila
%RXUERQFRPIUXWRVPHQRUHVHGHSROSDEHP¿EURVD expandida, coloque uma camada de manta geotêxtil e
Também fazem sucesso a manga Extrema e a Itamaracá, depois terra própria para vasos
ambas de polpa aquosa e saborosa; e a Espada, que tem a ĪRegas: três vezes por semana até a planta estabelecer
suas raízes no solo e começar a brotar. A partir daí,
FDVFDYHUGHPHVPRTXDQGRPDGXUDHSROSD¿EURVD regue apenas quando o solo estiver seco. Para
mangueiras em vaso, molhe o substrato uma vez por dia
AO ALCANCE DAS MÃOS ĪPodas: mangueiras plantadas no solo dispensam Shutterstock

Por ser uma árvore grande – atinge até 30 m – e podas. As em vaso precisam
ecisam ter os ramos
Shutte

de copa frondosa, a mangueira é perfeita para grandes aparados uma vez ao ano, sempre após a
MDUGLQV8PDERDRSomRpSODQWiODLVRODGDFRPRSRQWR frutificação. Corte
um pouco menos
de destaque, fornecendo uma aconchegante sombra o ano de 50% do
LQWHLUR'XUDQWHRLQYHUQRLQÀRUHVFrQFLDVSHTXHQDVHGH comprimento deles
FRUFODUDVXUJHPHQIHLWDQGRDFRSDHWUD]HPPDLVJUDoDDR ĪAdubação: aplique
ambiente. Já no verão, é a hora dos frutos, que têm a casca NPK 10-10-10 a cada
normalmente em tons de amarelo e vermelho, encherem a três meses em árvores
plantadas no solo. Paraa
mangueira de cor e sabor. vasos, aplique 10 g do
4XHPWHPSRXFRHVSDoRQRMDUGLPQmRSUHFLVDSDVVDU mesmo adubo a cada
vontade: pode cultivar a espécie em vasos – nessas 20 ou 30 dias
FRQGLo}HVHODQmRSDVVDGRVPGHDOWXUD±HFROKHU ĪReprodução: por
frutos tão saborosos quanto os de grandes árvores. É sementes, alporquia
ou enxertia
preciso, porém, tomar alguns cuidados adicionais: podar
RVUDPRVDSyVDIUXWL¿FDomRSDUDFRQWURODURWDPDQKRGD «

72 Natureza
POMAR

Fotos: Shutterstock
Nas mangueiras enxertadas, os frutos demoram cerca de um ano para começar a despontar

copa, e substituir o vaso por outro maior a cada quatro é importante lembrar que, seja para plantá-la direto no
ou cinco anos. solo ou em vaso, o mais indicado é comprar mudas
Em algumas cidades, é comum ver mangueiras HQ[HUWDGDVTXHFRPHoDPDIUXWL¿FDUHPXPDQR YHMD
na arborização urbana, apesar do risco de seus frutos PDLVQDUHSRUWDJHP³$XQLmRID]DIRUoD´QDSiJLQD
caírem sobre as pessoas e os carros. Belém, no Pará, por 56). Caso sejam plantadas a partir de sementes, os
exemplo, conta com tantas árvores do tipo nas calçadas frutos só aparecerão em sete ou oito anos.
– todas plantadas no século 17 para amenizar o calor – Para cultivar direto no solo, abra um berço de 50 cm
TXH¿FRXFRQKHFLGDFRPRD³FLGDGHGDVPDQJXHLUDV´ de diâmetro por 50 cm de profundidade e misture à
Em 1993, as árvores foram até declaradas patrimônio terra do local 10 litros de esterco bovino ou terra vegetal
material do estado do Pará. HJGHIDULQKDGHRVVRV5HJXHDEXQGDQWHPHQWH
após o plantio e três vezes por semana até as raízes se
CULT IVO FÁCIL estabelecerem – o surgimento de novas brotações é um
A manga se adapta praticamente a todo o Brasil. indício de que isso aconteceu. Depois, regue apenas
As únicas exceções são a região Sul e áreas de grandes quando o solo estiver seco. A adubação deve ser feita
altitudes no Sudeste. Mas antes de partir para o cultivo com NPK 10-10-10 a cada três meses.

SAGU DE COCO COM MANGA


Ingredientes
~ 300 g de sagu de tapioca ~ 2 xícaras de água
~ 2 mangas grandes ~ ½ xícara de açúcar demerara
~ 3 xícaras de leite de coco ~ 2 colheres (sopa) de chia
restaurante Vegano, @veganosp; foto: Tomaz Vello

Modo de preparo
Receita: Daniella Duarte e Daniel Simas, do

Ferva uma panela grande de água. Acrescente o sagu e, sem parar


de mexer, escalde por três minutos e escorra. Na mesma panela,
coloque a água, o leite de coco, o açúcar e o sagu. Leve ao fogo
médio, mexendo sempre até engrossar e o sagu começar a ficar
transparente. Corte a manga em pequenos cubos e reserve metade
da quantidade para a cobertura. Leve a outra metade ao fogo
numa frigideira com três colheres de açúcar demerara. Deixe ferver por três minutos e tire do fogo. Monte a
sobremesa em taças, formando camadas. Coloque a compota de manga no fundo, o creme de sagu e por cima a
manga crua em cubinhos. Polvilhe sementes de chia. Sirva gelado. Rendimento: 6 porções

CONSULTORIA: Luis Bacher (produtor da Fazenda Citra), tel.: (19) 3451-1221, www.fazendacitra.com.br;
74 Natureza Ângela Konig (produtora da Arvoria), tel.: (19) 98179-5802, www.arvoria.com.br
ALMANAQUE

Água que

Shutterstock
orquídea não bebe
Famosas por suas flores diferentonas, essas plantas são
exigentes e não devem ser regadas com água encanada
TEXTO MARINA GABAI

iJXDSDUDPROKDUHVVDVSODQWDVpGDFKXYD³(OD

S
e você não bebe qualquer água para
matar a sede, por que suas orquídeas não contém grandes quantidades de sais minerais e
deveriam? Delicadas e exigentes, elas DLQGDpXPDRSomRVXVWHQWiYHO%DVWDFROHWiODHP
podem ter a saúde afetada pelo simples XPWRQHORXEDOGHDUPD]HQiODHPXPUHFLSLHQWH
fato de serem regadas com água inadequada. Daí fechado e usar quando necessário”, explica ele.
a importância de dar uma atenção especial a esse Na falta da água da chuva, a sugestão é usar
quesito na hora de cuidar dessas plantas. iJXDPLQHUDO(ODWHPVDLVPLQHUDLVPDVHPPHQRU
A água encanada, que normalmente é usada quantidade que a água da torneira.
para a irrigação do jardim como um todo, tem uma Quem não puder usar a água da chuva ou
quantidade muito grande de sais minerais, que mineral em todas as regas, deve tentar fazer isso
interferem no desenvolvimento das orquídeas: eles pelo menos na hora de dissolver o adubo. Assim,
prejudicam a absorção dos nutrientes da adubação a absorção dos nutrientes não é prejudicada. Nas
e, consequentemente, afetam o crescimento e o demais irrigações, recorra à água encanada, e tome
ÀRUHVFLPHQWRGDSODQWD&RPRVHQmREDVWDVVHR o cuidado de replantar a orquídea anualmente.
cloro aplicado no tratamento da água faz mal para Assim, o substrato, que retém boa parte dos
as raízes das orquídeas. compostos que fazem mal à planta, será renovado
6HJXQGRRRUTXLGy¿OR(UZLQ%RKQNHDPHOKRU antes de se esgotar.

Livre de cloro e com poucos sais minerais, a água da chuva é a mais indicada para molhar as orquídeas
Fotos: Valerio Romahn

«
76 Natureza
ALMANAQUE

| NOTAS |

Shutterstock
Ferramentas
A Tramontina lançou uma
nova linha de ferramentas
de jardinagem própria para
bonsai. Fazem parte dela
alicate de corte lateral, tesoura de folhas,
alicate arame, tesoura de poda, alicate
bola e rastelo.
Todos os utensílios são feitos de aço
inoxidável e têm tamanho que possibilita

Shutterstock
o manuseio das “miniárvores”. Eles podem
ser comprados separadamente – os preços
Questão de altura
variam de R$ 180 a R$ 250 – ou em um kit Um estudo realizado por pesquisadores americanos
que reúne as seis ferramentas em um estojo e publicado no periódico Nature Plants revelou que
de camurça e sai por R$ 1.671,40. Mais as árvores mais altas são as que mais sofrem com as
informações em bit.ly/1WXXGrr. secas – que são cada vez mais constantes. O grupo
analisou 40 períodos de estiagem em 38 florestas ao
redor do mundo e constatou que, além de desacelerar
o crescimento, a falta de chuva também leva as árvores
mais altas a perecer.
Devido ao tamanho avantajado, essas plantas
precisam de mais energia para transportar a água do
solo até o alto de suas copas e, com menos água no solo,
o trabalho fica mais difícil. Outro problema é que, para
ão

segurar a pouca água que resta, a árvore fecha seus


Fotos: divulgaç

estômatos – responsáveis pela saída de água e entrada


de CO2 – diminuindo a transpiração. Isso deixa a árvore
mais frágil e suscetível ao ataque de pragas.

Valerio Romahn
A VOLTA DA GUERRA FRIA
POR EDUARDO GOMES GONÇALVES

Enquanto o friozinho começa a tomar conta de boa parte


do país e as pessoas prospectam animadamente no fundo do
armário em busca de gorros, cachecóis e botas, a maior parte
das plantas já está pronta para a mesma guerra silenciosa de
todos os anos: sobreviver ao inverno.
Nessa estação em que todo crescimento se desacelera,
nem mesmo as pragas de jardim crescem com a mesma
vontade. Árvores, como os ipês e as paineiras, despem-se
sem nenhum pudor de suas valiosas folhas. Como a Natureza
não oferece garantias de que a água será suficiente durante
todo o inverno, elas preferem jogar fora seus órgãos vitais
a correr o risco de ficarem desidratadas. E vão mais longe,
investindo todas as suas fichas em florescer e se reproduzir.
O espetáculo é estonteante, mas não se engane: para as Na luta contra o frio, as paineiras abrem mão
plantas, é temporada de guerra. Mesmo que seja a mais de suas folhas e concentram toda a energia na
bonita do mundo! produção de flores para a reprodução

Eduardo Gomes Gonçalves é paisagista, doutor em botânica, autor do livro


Se não fugir, é planta!, e escreve sobre curiosidades do mundo da biologia
78 Natureza
Redescoberta
A Saranthe ustulata, uma herbácea que era tida como
extinta, voltou a ser vista na cidade de Blumenau, SC. A
descoberta foi feita pelo biólogo Luís Funez, que avistou um
exemplar da espécie à beira de uma estrada.
Inicialmente, o biólogo desconfiou apenas que se tratava de
uma planta do gênero Saranthe, nativo do Brasil. Foi só depois
de oito meses de análise que ele chegou à conclusão de que se
tratava da Saranthe usulata, até então considerada extinta.
Descoberta na mesma região pelo naturalista alemão Fritz
Müller, por volta de 1890, a planta teve uma amostra coletada
e levada para a Alemanha, onde foi registrada. Um bombardeio
durante a Segunda Guerra Mundial, porém, destruiu essa
amostra. Como mais de 50 anos se passaram sem que a espécie
fosse avistada novamente, ela foi considerada extinta.
A notícia do reaparecimento da Saranthe ustulata, porém, não
significa que ela não corra mais o risco de ser extinta: a área em
que ela se concentra fica próxima a uma região urbanizada e a
uma usina hidrelétrica, duas ameaças à sua sobrevivência.

Plantas para enfeitar


Com resina, flores e folhagens naturais,
a artista Dayane Vecchi cria peças que
eternizam a Natureza. A técnica usada por
ela é a mesma adotada na fabricação de
orgonites – peças que misturam resina,
metal e cristal de quartzo e prometem
equilibrar os ambientes. A diferença é que
os círculos levam em seu interior flores
colhidas do jardim.
A variedade de espécies adotada é
grande e inclui desde trevos-de-quatro-
folhas até orquídeas, passando por
samambaias, margaridas e dentes-de-
leão. Disponíveis em diversos tamanhos,
as peças podem ser usadas como brincos
e colares ou, no caso das maiores, como
objetos decorativos.
Os produtos são feitos sob encomenda
a partir do site http://bit.ly/24HjoWp e
custam de R$ 35 a R$ 150. «

Natureza 79
ALMANAQUE

Fotos: Jefferson Valsko


| NOTAS |

Adubo
sustentável Novas orquídeas

Divulgação
Usando restos Duas novas espécies de orquídeas foram
vegetais que iriam descobertas na Amazônia, nos arredores da cidade
parar no lixo, a de Manaus, pelo pesquisador Jefferson José Valsko.
empresa Jardim Batizada em homenagem à capital amazonense, a
Bonito desenvolveu um fertilizante líquido Anathallis manausesis já é considerada uma das
concentrado que pode ser usado em menores orquídeas da região e produz flores de
todo tipo de planta. O produto tem alto apenas 3 mm. Já a Dichaea bragae tem a flor um pouco
rendimento – cada 1 ml precisa ser diluído maior – são 5 mm – e seu nome é uma homenagem ao
em 100 ml de água – e está disponível em orquidólogo Pedro Ivo Soares Braga.
embalagens de 250 ml (R$ 15), 500 ml Encontrar orquídeas na Amazônia não é tarefa
(R$ 25) e 1 L (R$ 40). Para saber onde fácil, já que por lá essas plantas costumam ser muito
encontrar o adubo, acesse o site www. pequenas e ter floradas curtas e espaçadas. Algumas
jardimbonito.com.br. flores não chegam a durar um dia. «

80 Natureza
ALMANAQUE

| CURSOS |

CURSOS LOCAL DATA CONTATO

Curso avançado
Universidade
de paisagismo e
Federal Rural do 17 a 19
representação (19) 99213-5227
Rio de Janeiro de junho
gráfica com Gustaaf
(Seropédica, RJ)
Winters

Jardinagem Sabor de Fazenda


22 de junho (11) 2631-4915
gastronômica (São Paulo, SP)

Oficina de Sabor de Fazenda


25 de junho (11) 2631-4915
aromaterapia (São Paulo, SP)

Orquidário da
Descobrindo a
Mata 2 de julho (11) 5542-7627
orquídea
(São Paulo, SP)

O uso mágico das


Sabor de Fazenda
ervas - módulo 2 2 de julho (11) 2631-4915
(São Paulo, SP)
águas e ervas

Centro
Curso de jardinagem Paisagístico
4 e 5 de julho (19) 99213-5227
e manutenção Gustaaf Winters
(Holambra, SP)

Perspectiva Instituto Brasileiro


4, 11 e 18 (11) 3061-9887 e
para projetos de Paisagismo
de julho (11) 3085-0941
paisagísticos (São Paulo, SP)

Orquidário da Ao formar
Noções sobre
Mata turmas de (11) 5542-7627
orquídeas
(São Paulo, SP) 3 alunos

Cultivando Companhia Verde Ao formar


orquídeas sem Paisagismo turmas de (11) 98231-3847
receio (São Paulo, SP) 5 alunos

EVENTOS LOCAL DATA CONTATO


a
10 Exposição
Nacional de 10, 11 e orquideavalinhos
Valinhos, SP
Orquídeas de 12 de junho @uol.com.br
Valinhos

23a Mostra de 20 a 30
Assis, SP (18) 99696-3626
Decoração de Assis de junho

21 de junho
Casa Cor Paraná Curitiba, PR (41) 3029-6956
a 31 de julho

Visita ao Viveiro
Trees com Raul Amparo, SP 25 de junho (11) 3813-3212
Cânovas

Mande informações de seu curso, workshop ou palestra para


natureza@europanet.com.br até o dia 5 do mês anterior ao evento

| CORREÇÃO |
O trabalho de marcenaria da varanda retratada nas páginas
22 e 23 da edição 340 da Revista Natureza foi creditado erroneamente.
Ele foi executado por Daniel Cury Agnelli, tel: (11) 98266-8588.
História do Brasil, Portugal e Espanha em
EN TO ROMANCES
LA NÇAM
O Desbravador
UMA AVENTURA EXTRAORDINÁRIA

Em O Desbravador, Aydano Roriz revela os bastidores da


extraordinária Era dos Descobrimentos e dos primeiros
anos da colonização do Brasil. Tempos heroicos, quando,
em busca de vida melhor no Novo Mundo, as pessoas
se metiam em embarcações de madeira, movidas a
vento, para atravessar oceanos. Baseado em fatos reais,
descobertos em profundas pesquisas; devidamente
temperados com doses da melhor ficção; no seu peculiar
estilo bem-humorado e de leitura agradável, o autor O Desejado
compôs este romance épico, fascinante e divertido. A FASCINANTE HISTÓRIA DE
DOM SEBASTIÃO
16cm x 23cm
R$ 39,90 360 páginas Autor: Aydano Roriz
Rei aos três anos de idade. Desaparecido
em batalha aos 24. Descubra segredos
reais, escondidos por quase 500 anos, que
O Fundador mudaram a História. Um livro tão excitante,
Autor: Aydano Roriz que não se consegue parar de ler.
Venturas e desventuras 16cm x 23cm
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Caramuru e Garcia d’Ávila
para fundar, na Bahia, a
primeira capital do Brasil.
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Carlos Quinto
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Ousado, divertido e apaixonante,
Carlos V é um romance histórico
que revela as memórias e
inconfidências desse todo-poderoso
imperador, depois de abdicar do trono. Invasão à Bahia, Jornada dos Vassalos
R$ 39,90 16cm x 23cm e Invasão a Pernambuco
512 páginas Autor: Aydano Roriz
Por que eles vieram de tão longe para se apossar do Brasil.
Três grandes romances, repletos de aventura,
Joana, a Louca conhecimento e diversão, da primeira à última página.
Autora: Linda Carlino
Um olhar feminino sobre
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na Europa dos séculos 15 e 16.
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R$ 39,90 416 páginas

Compre nas livrarias, pelos telefones 0800 8888 508 ou


(11) 3038-5050 (SP), e pelo site www.europanet.com.br/livraria
CORREIO

Tire suas
dúvidas
Que flor é esta?
Poderiam me ajudar a
LGHQWL¿FDUHVVDSODQWDTXH
FKDPDDWHQomRSRUVXDVÀRUHV"
Osvaldo Amaral

| Valerio Romahn responde |


Esta é a $OFHDURVHD, mais conhecida
como malva-rosa. Grandes e vistosas,
VXDVÀRUHVGHDWpFPGHGLkPHWUR
despontam na parte superior dos ramos
entre o verão e meados do outono. As pétalas
podem ser simples ou dobradas e, conforme
a variedade, exibir tons de rosa, vermelho,
amarelo ou branco. As folhas, por sua vez, são
ásperas ao tato, devido aos minúsculos pelos
que as encobrem. Originária da Ásia Ocidental,
a malva-rosa é típica de clima temperado,
tolerante ao calor tropical serrano, e atinge até
PGHDOWXUD3RGHVHUFXOWLYDGDHPJUXSRVRX
na forma de renques ao longo de muros e cercas,
sempre sob sol pleno.

Valerio Romahn
NOSSOS CONSULTORES

MARINA TOMIOKA VALERIO ROMAHN MARCELLO MANZANO ERWIN BOHNKE MURILO SOARES LUIS BACHER
Engenheira agrônoma Fotógrafo da Natureza Engenheiro agrônomo Orquidólogo há mais de Formado em Engenharia Apaixonado por plantas,
formada pela Escola há mais de 20 anos, formado pela Universidade 20 anos, dá palestras e Florestal, hoje é diretor comercial da
Superior de Agricultura dedica-se à busca de Estadual Paulista cursos sobre orquídeas administra o segundo Dierberger, viveiro com
Luiz de Queiroz (Esalq), novas plantas durante (Unesp), em Jaboticabal, no Brasil e no exterior. maior parque público mais de 115 anos.
em Piracicaba, SP. É fera suas viagens, para SP. Dedica-se à Descobriu muitas de Campinas, SP, e dá Bacher se especializou
em desvendar ataques de testá-las no jardim adubação e aos cuidados espécies, que ganharam aulas de jardinagem e em frutíferas e
pragas e de doenças. de sua casa. com plantas. seu nome. de educação ambiental. plantas ornamentais.

84 Natureza
Arquivo pessoal
Orquídea pintada
3RGHULDPPHGL]HURQRPH
GHVWDRUTXtGHDGHSpWDODV
SLQWDGDVTXHFXOWLYRSUHVDDR
FDXOHGDWDPDUHLUDGHMDUGLP"
Vanessa Souza Rodrigues

| Erwin Bohnke responde |

As pétalas e sépalas
amarronzadas e salpicadas
com pontinhos marrom-
avermelhados indicam que sua
RUTXtGHDHSt¿WDpXPD&DWWOH\D
WLJULQD. Originária de toda a
0DWD$WOkQWLFDGR%UDVLOHOD
SURGX]VHPSUHQRYHUmRÀRUHVGHWH[WXUDFHURVDHTXHH[DODPXP
agradável perfume. Típica de climas tropical e subtropical, deve ser
cultivada à meia-sombra, em substrato à base de casca de pínus ou
¿EUDGHFRFR$VUHJDVSRGHPVHUGLiULDVRXDFDGDGRLVGLDVHDV
DGXEDo}HVTXLQ]HQDLVFRP13.

Valerio Romahn

A gardênia é muito exigente quanto ao solo e, sem adubações, deixa de florescer

Gardênia sem flores


0LQKDJDUGrQLDHVWiKiPDLVGHXPDQRVHPÀRUHVFHUHVXDVIROKDVSHUGHUDP
RDVSHFWREULOKDQWH2TXHGHYRID]HUSDUDTXHHODUHFXSHUHDYLWDOLGDGH"
Fabiano Barreto
| Marcello Manzano responde |
Ao que tudo indica, sua gardênia (*DUGHQLDMDVPLQRLGHV) está sofrendo
com a falta de nutrientes. Essa espécie exige muito do solo e requer
adubações trimestrais com fertilizantes ricos em macro e micronutrientes.
Outro procedimento que ajuda a melhorar o aspecto da planta é regar muito
EHPVXDVIROKDVSRUpPVHPPROKDUDVÀRUHV3DUDWDQWRXVHXPDSLVWROD
de irrigação, que é facilmente encontrada em garden centers. Afora isso,
mantenha a gardênia sob sol pleno e em substrato bem drenado.

Natureza 85
CORREIO

Perda de folhas
Jabuticabeira desnutrida 3RGHULDPPHH[SOLFDUSRUTXHPLQKDVXFXOHQWD
0LQKDMDEXWLFDEHLUDWHPPDLVGH VHPSUHSHUGHDVIROKDV"
DQRVHHVWiFRPDVSHFWRDFLQ]HQWDGR Lourdes
GDQGRSRXFRVIUXWRV4XDOpRSUREOHPD
HFRPRSRVVRWUDWiOD" | Marcello Manzano responde |
Marco Pilon As suculentas costumam perder suas folhas
TXDQGRQmRUHFHEHPVROVX¿FLHQWHSDUDVHX
| Luis Bacher responde | desenvolvimento. Como elas são bastante
exigentes quanto à iluminação, escolha um local
3HORDVSHFWRGHVIROKDGRVXDMDEXWLFDEHLUD que receba no mínimo quatro horas de sol diárias
(3OLQLDFDXOLÀRUD) deve estar desnutrida. pela manhã e que seja bem arejado. Com essas
Antes de qualquer coisa, observe se a grama medidas, o problema deve ser solucionado.
está crescendo muito próximo ao caule da
planta. Se este for o caso, faça um círculo de
FPDRUHGRUGHODHOLPSHWRGDHVVDiUHD
'HSRLVDGXEHDSODQWDDSOLFDQGRNJGH
13.QHVVDiUHDOLPSDHPDQWHQKD Desconhecida
o solo sempre úmido. Repita a adubação no Nordeste
após dois meses.
4XHÀRUpHVWDTXH
HQFRQWUHLHPXPSDVVHLR
SRU1DWDO51"
Mariano Santos

| Valerio Romahn responde |


Esta espécie é o (SLGHQGUXPK\EULG, uma
orquídea híbrida desenvolvida a partir de
cruzamentos entre epidendros nativos da região
1RUGHVWHGR%UDVLO6XDVÀRUHVVHIRUPDPQD
ponta de uma longa haste e podem despontar
sucessivamente por quase um ano. Elas são
pequenas, mas numerosas, de colorido variável
em tons alaranjados, lilases, avermelhados e
amarelos. Os epidendros são muito usados
em canteiros de jardim, compondo maciços
Fotos: arquivo pessoal

Com adubação de grande efeito ornamental. Típicos de clima


adequada, a tropical quente, devem ser cultivados ao sol
jabuticabeira
pleno em locais bem arejados, em substrato à
desnutrida voltará
a frutificar EDVHGHFDVFDGHStQXVRX¿EUDGHFRFR

86 Natureza
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Confira as postagens que fizeram mais sucesso no Facebook e no Instagram da Revista Natureza

Nas páginas da Revista Natureza nas redes sociais você fica por dentro das novidades do mundo das plantas,
confere os bastidores da redação e ainda pode compartilhar com outros leitores fotos de seu jardim.

Inspiração digital
O minijardim de suculentas clicado
pela produtora Aida Lima fez
VXFHVVRQR)DFHERRNGDRevista
Natureza. Os seguidores adoraram
a ideia e resolveram reproduzir em
casa o trabalho.

#varandacharmosa
As fotos de bastidores da
reportagem sobre o paisagismo em
YDUDQGDVSXEOLFDGDQDHGLomR
da Revista Natureza, deram o que
falar nas redes sociais. Este clique
GHXPFDQWLQKRÀRULGRGRSDLVDJLVWD
Alcione de Oliveira foi o recordista
de OLNHV no Instagram.
GALERIA DO LEITOR

Janela
florida

Fotos: arquivo pessoal


Adoro esta
moldura
colorida que
DVÀRUHV
criam ao
redor das
janelas da
minha casa.
| Lidia
Massaglia |

ANUNCIO
1/3 DE PÁGINA Cantinho perfumado
Meu jardim de lavandas (/DYDQGXODGHQWDWD) com
manacá-de-cheiro (%UXQIHOVLDXQLÀRUD exala um
perfume maravilhoso durante o dia.
| Miguel Gusmão Sanches |
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SOB O SIGNO DAS ÁRVORES


POR D. DORÔ

N
ão tenho a menor dúvida de que toda vida A vida é múltipla e diferente. Por isso, cada
está interligada. Numa floresta, até as raízes pessoa fica marcada pelo dia em que nasceu.
das árvores se trançam umas nas outras num Recebe da Natureza uma árvore para simbolizar a
sistema de proteção que a gente não vê. O sua personalidade. Os druidas já sabiam disso, os
mesmo acontece com as energias que fazem com que hinduístas nunca negaram e há citações às árvores na
a Árvore da Vida esteja dentro da alma de cada um Bíblia e no Alcorão.
de nós, atuando, dando força e construindo o futuro. Descobrir qual é a árvore ancestral que
A Árvore da Vida está presente em todas as influencia a sua vida faz diferença. A cada mês vou
religiões. É ela que liga as raízes fincadas na terra e na falar de uma, correspondente às pessoas que fazem
alma, faz com que os galhos e espíritos se estendam aniversário no período. Que a paz das árvores esteja
aos céus, e conectem todas as formas da existência. com você.

Macieira
21 de junho a 20 de julho

Os ligados à macieira são emotivos e sensíveis.


A influência da extraordinária beleza da florada da planta induz
as pessoas a exercerem uma forte atração sobre os que estão
à sua volta, normalmente de forma não intencional. Solidários
e gentis, defendem tudo o que amam, são caseiros e tendem a
entender a alma das outras pessoas.
A extrema generosidade marca toda a vida dos filhos da
macieira. Espalham seus frutos onde vão, têm uma excelente
memória e jamais se esquecem daqueles por quem têm afeto.
Precavidos, os protegidos pela macieira gostam de guardar
dinheiro para as épocas mais difíceis. Apesar das variações de
humor, costumam se sair bem no casamento, mesmo quando
não há muito amor. Agora, se houver paixão, proporcionam
relacionamentos divinos.
Eles sabem usar seus poderes de compreensão e até
mediúnicos para ajudar os outros. Por isso, são excelentes
pais e grandes terapeutas. É preciso, porém, controlar essa
generosidade para não sufocar os que querem bem. Momentos
de solidão são essenciais para reequilibrar as energias.

Dorotéia Crann, 58 anos, abandonou as ciências biológicas


para se dedicar ao poder holístico das plantas
Shutterstock

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ritmo de thriller bem-humorado. O cenário é Autor: Roberto Araújo
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no meio do oceano começam a morrer É difícil: o dedo e o anel recusam a
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Navegando em águas internacionais, suportar a indiferença do marido, Giba,
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