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1. FORMA OLIGOSSINTOMÁTICA:
A mais comum nas áreas endêmicas;
Sinais/sintomas inespecíficos: febre, tosse seca,
adinamia, diarreia, sudorese e hepatomegalia;
Laboratório: hiperglobuminemia e VHS alta.
Demais parâmetros não se alteram.
Difícil dx: sintomas inespecíficos;
A maioria evolui com resolução espontânea em
3-6 meses. O resto vai p/ o calazar clássico
Sorologia (IFI/ELISA): Positiva
Punção aspirativa de MO: Pode ou não
mostrar os parasitas, por isso, na forma
oligossintomática, não está a princípio indicada
IDRM pode estar indicada
2. FORMA AGUDA
Febre alta, calafrios, diarreia,
esplenomegalia, hmg com pancitopenia;
DD:
-Febre tifoide;
-Malária;
-Esquistossomose;
-DC.
Exames sorológicos (IFI/ELISA): reativos
IDRM: negativa
Aspirado de MO/baço geralmente mostram
os amastigotas
ANFOTERICINA B
- Mecanismo de ação: atua nas formas
promastigotas e amastigotas, através da ligação
preferencial com esteres (ergosterol ou episterol)
presentes na membrana plasmática da
Leishmania
- Sempre administrar via EV em infusão lenta
Anfotericina B desoxicolato. 1ª escolha em:
- Gestantes
- Coinfecção HIV/calazar
Anfotericina B lipossomal. 1ª escolha em:
- > 50 anos
- Transplantados de: fígado, rim e/ou coração
- DRC estabelecida
- Refratários ao desoxicolato
- Pacientes que desenvolveram IR ou toxicidade
cardíaca durante tto com glucantime
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:
1. LV EM GRÁVIDAS
Antimoniais estão contra-indicados nos dois
primeiros trimestres da gravidez. Não há contra-
indicação durante a amamentação;
Anfotericina B: droga de escolha durante 14
dias consecutivos.
2. DX DA CO-INFECÇÃO LEISHMANIA/HIV
Testes sorológicos tem baixa sensibilidade
(imunossupressão)
Exame direto é mais sensível: aspirado de
MO
Localizações não usuais: amastigotas observados
em: TGI, fígado, líquido pleural, pulmão, laringe,
LCR e linfonodos
PCR: muito bom, primeira linha se o serviço
permitir
Tto da coinfecção: o mesmo do paciente
imunocompetente. Mas como os indivíduos com HIV
podem apresentar outras doenças oportunistas
debilitantes, a vulnerabilidade às reações adversas
podem ser maiores
Característica marcante da coinfecção:
muitas recidivas
CONDIÇÕES EM QUE DEVE SER OFERECIDA A
SOROLOGIA PARA HIV EM PORTADORES DE LV
1. Qualquer forma clínica sem exposição recente a uma
área de transmissão de leishmaniose
2. Uso de drogas EV
3. Período de estado associado a ausência de anticorpos
anti-Leishmania (sorologia negativa na fase inicial)
4. Achado de formas amastigotas no sangue periférico
5. Envolvimento de órgãos raramente acometidos na LV
6. Falha terapêutica (ausência de cura clínica após 2
tentativas de tto com antimoniais) ou recidiva
(recrudescimento dos sintomas em até 12 meses após
cura clínica)
7. Desenvolvimento de infecções sugestivas de
imunodeficiência após o uso de antimoniais – HZ,
TB miliar, etc.
8. Isolamento de leishmaniasdermotrópicas ou
leishmanias não descritas como causadoras de
comprometimento visceral
CONDIÇÕES EM QUE PORTADORES DE HIV/AIDS
DEVEM SER INVESTIGADOS PARA LV
1. Febre + hepatoesplenomegalia + citopenias
2. Expostos à áreas de transmissão
3. Usuários de drogas EV
LV E OUTRAS DOENÇAS TROPICAIS
LV + ESQUISTOSSOMOSE
- Trata primeiro a esquistossomose (oxaminique
ou praziquantel) em doses habituais e depois trata
a LV com antimoniais na dose usual
- Se há a forma grave da esquistossomose
(hipertensão porta e volumosa hepatoesplenomegalia)
-> reduz a dose do antimonial pela metade
LV + MALÁRIA
- Primeiro trata a malária com as doses habituais
de antimaláricos. Depois trata a LV com doses
usuais de antimoniais.
CRITÉRIOS DE CURA
Essencialmente clínicos
Febre desaparece no 5º dia de medicação
Hepatoesplenomegalia reduz nas primeiras
semanas
Final do tto: baço reduz em 40%
Hb e leucócitos: melhoram na 2ª semana
Eletroforese de proteínas: normalizam em meses
Ganho ponderal e melhora do EG é evidente
Se há melhora do EG, o controle parasitológico
ao final do tto é dispensável
SEGUIMENTO:
3, 6, 12M. Se na última avaliação estiver
estável = CURADO
Eosinofilia ao final do tto = bom prognóstico
Provas sorológicas: NÃO servem para
seguimento, pois se negativam tardiamente
CONDUTAS DO ABANDONO DE TTO
Considerar:
- Nº de doses
- Estado clínico atual
- Tempo decorrido desde a última dose
Retorno antes de 7d: completa o tto
Depois de 7d: reinicia o tto, a não ser que
tenha tomado mais de 10 doses e esteja
clinicamente curado. Aí só obs.
NÚMERO CLINICAMENTE CLINICAMENTE
DE DOSES CURADO DOENTE
MENOS DE REINICIAR REINICIAR
10 D
MAIS DE OBS REINICIAR
10D
PROFILAXIA
Detecção ativa e passiva de casos suspeitos de
calazar
Detecção e eliminação de reservatórios
infectados: cão
Controle dos vetores flebotomíneos: inseticida
piretróide (efeito residual)