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Ação do Vento em Telhados’, do engenheiro civil e professor Joaquim Blessmann

5.02.16

Coberturas contra o vento

Túnel de vento testa sombrites que serão usados na cobertura de novo


estacionamento no Aeroporto do Galeão

Uma série de ensaios de carregamento estático do vento nos sombrites que serão usados no novo
estacionamento do RioGaleão – Aeroporto Internacional Tom Jobim, em construção pelo Consórcio
Construtor Galeão na capital carioca, foi realizada no túnel de vento do Centro de Metrologia Mecânica,
Elétrica e de Fluidos do IPT. Também conhecidos como coberturas isoladas por conta da configuração
sem paredes ou fechamentos, os sombrites são telas de proteção comumente fabricadas em polietileno de
alta densidade que precisam estar estruturalmente projetadas para suportar tanto as forças de sobrepressão
quanto as de sucção que se alternam conforme a incidência do vento.

Os testes usualmente feitos no IPT são referenciados em função da norma NBR 6123, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estipula as condições exigíveis na consideração das forças
devidas à ação estática e dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações. Para a execução dos
ensaios, no entanto, a equipe se deparou com uma questão não contemplada pelo documento da ABNT:
quando a norma trata dos coeficientes de pressão, ela estabelece que para as coberturas isoladas a uma ou
duas águas planas (superfícies) – isto é, as coberturas
sobre suportes de reduzidas dimensões e que, por este
motivo, não constituem obstáculo significativo ao
fluxo de ar –
a ação do vento é exercida diretamente sobre as faces
superior e inferior, mas não há referência à
configuração a quatro águas, que foi o modelo testado
no IPT.

“Quando se refere a coberturas isoladas, a norma


brasileira trata somente de telhados em duas águas ou
em uma água. A configuração em quatro águas não é
considerada pelas normas nem mesmo para
Ensaios foram feitos com e sem a inclusão de residências fechadas”, explica Gilder Nader,
maquetes de automóveis para verificar a sua
influência no carregamento do vento nos pesquisador do IPT e coordenador do estudo. “No
sombrites entanto, é conhecido que em coberturas em quatro
águas o carregamento do vento é menor. Esse fato
começou a ser objeto de estudos na década de 1930
em Porto Rico ao se verificar que os furacões
causavam danos nos telhados duas águas, enquanto os
de quatro águas resistiam”.

Para auxiliar na execução dos ensaios, os pesquisadores recorreram a uma série de dados de estudos
executados no exterior e no Brasil, como o livro ‘Ação do Vento em Telhados’, do engenheiro civil e
professor Joaquim Blessmann, que foi lançado em 2009. A obra inclui uma série de estudos em telhados a
quatro águas, mas somente para residências, ou seja, totalmente fechados. Uma das conclusões do estudo
apontou que, para um mesmo ângulo de inclinação do telhado, em relação aos telhados a uma ou duas
águas, a força do vento pode ser até 30% menor, o que é uma diminuição significativa do carregamento
do vento.

ESFORÇOS E REAÇÕES – Para simular as condições reais do vento no local em que as coberturas serão
instaladas, os pesquisadores do IPT realizaram o ensaio com vento em regime de escoamento suave e
também com escoamento turbulento – e, conforme relatado na literatura, as maiores pressões de vento nos
sombrites foram obtidas no segundo caso.

Os ensaios feitos no túnel de vento buscaram detectar os esforços no sombrite e também determinar as
reações nos apoios. Os sombrites são usualmente fixados em uma estrutura em balanço, que conta com
um pilar e uma treliça horizontal – no caso do aeroporto, os modelos a serem instalados terão as
dimensões de 7,5 metros de comprimento, cinco metros de largura e 0,3 metro de altura da cumeeira. “Por
conta das características da ação do vento nos sombrites, há um predomínio das forças de sustentação e
do momento fletor, o que levou à necessidade de avaliar se a estrutura metálica e o seu sistema de fixação
suportariam as forças do vento”, explica Nader.

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