ANDALÓ Carmem Silvia de Arruda: O papel do Psicólogo Escolar. Psicologia:
Ciência e Profissão, Brasília.
Carmem Silvia de Arruda Andaló possui graduação pela Universidade de São
Paulo (1968) e doutorado pela Universidade de São Paulo (1989). Atualmente é professora adjunto III aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina e professora do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: psicologia social e educação. Carmem Silva em seu artigo pontua de maneira esclarecedora que a prática do psicólogo na escola deve ser reconhecida como um modo de atuação do psicólogo enquanto profissional, tendo como fins para o cumprimento de seus objetivos, um olhar diferenciado para o aluno, a família, a instituição e a sociedade. Para ela, A Psicologia Escolar não deve ser considerada como uma área secundária da Psicologia, vista como relativamente simples, não requerendo muito preparo, nem experiência profissional. O psicólogo escolar na visão da autora é um agente de mudanças dentro da instituição-escola, onde funcionaria como um elemento catalizador de reflexões, um conscientizador dos papéis representados pelos vários grupos que compõem a instituição, assim, compete a esse profissional desenvolver trabalhos de orientação vocacional e profissional com alunos; trabalhar no desenvolvimento de ações preventivas; desenvolver ações com o corpo docente sobre temas pertinentes que merecem atenção na escola; realizar trabalhos com familiares; participar da construção do projeto político pedagógico da escola, dentre outros. Desse modo, a atuação do psicólogo nas instituições educativas baseia-se na perspectivas de promover saúde, devendo ser como um interlocutor atento, na postura de agentes de mudanças. Esse comportamento pressupõe relacionamento, participação, comunicabilidade, aceitação e poder de fluência. A especificidade do psicólogo escolar se dá na articulação da atitude clínica e a sensibilidade da escuta dos processos subjetivos. Pretende-se que o psicólogo escolar, ao exercitar a atividade complexa da escuta clínica psicológica, possa reconhecer-se e capacitar-se como profissional. Aborda o conceito de prevenção na atuação do psicólogo escolar, e está relacionada com a ação de antecipar determinado fenômeno com o objetivo de evitar que ele ocorra e ajustar soluções a possíveis problemas. Recomenda-se a leitura a todos os educadores, psicólogos e profissionais da educação.