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A DIMENSÃO ESTÉTICA DA AÇÃO HUMANA:

COMPREENDER A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA


A NATUREZA DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
Os objetos capazes de suscitar experiências estéticas- e que por isso recebem o nome de
objetos estéticos- são de dois tipos:

 OBJETOS ARTÍSTICOS: São criações humanas, objetos artificiais, que, produzimos pela
atividade artística, são capazes de despertar emoções e sentimentos que os avaliem
como belos, horríveis ou sublimes. Ex: Uma pintura ou sinfonia.
 OBJETOS NATURAIS: São produtos da natureza e não criações humanas; descobrimo-
los e são capazes de despertar emoções e sentimentos que os avaliem como belos,
horríveis ou sublimes.

Quer a natureza quer as artes podem proporcionar prazer estético. Na experiência estética dá-
se assim a relação entre um sujeito que observa e contempla um objeto- natural ou artístico. É
na atitude do observador que reside o carater especial da experiência estética.

Só há prazer ou satisfação estéticos se nos relacionarmos com os objetos naturais ou artísticos


de uma determinada forma, se os observarmos e apreciarmos de um certo modo. Só uma
determinada atitude torna possível o prazer característico da experiência estética. Esta atitude
tem o nome de atitude estética.

A ATITUDE ESTÉTICA É UMA ATITUDE QUE NÃO DEPENDE DE INTERESSES OU DE


NECESSIDADES
A experiência estética só é possível se na relação com os objetos adotarmos uma atitude
desinteressada. Que consiste numa relação que não se interessa pela utilidade do objeto
observado, não o transforma em meio ao serviço de um fim. Na atitude estética apreciamos o
objeto por si mesmo, afastando quaisquer considerações relativas ao proveito que nós ou
alguém teríamos em possui-lo, aos valores morais que promove ou não, e pondo fora do
circuito a vontade de ampliar conhecimentos.

CARATERÍSTICAS GERAIS DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA


É UMA ATITUDE CONTEMPLATIVA E DESINTERESSADA
NÃO É UMA ATITUDE PRÁTICA OU NÃO É UMA ATITUDE COGNITIVA NÃO É UMA ATITUDE SUBORDINADA EM SI
UTILITARISTA (DE CONHECIMENTO) MESMA, A PRÍNCIPIOS E OBJETIVOS
MORAIS
A atitude estética é alheia a qualquer A relação com os objetos naturais e
consideração sobre a utilidade do objeto, artísticos na experiência estética A nossa atitude só terá forma estética se
não é determinada pelo desejo de posse, não é motivada primordialmente dermos atenção ao objeto contemplado por
ou pelo eventual valor monetário ou pela vontade de adquirir e de si mesmo e não à relação do objeto com os
comercial do objeto comtemplado. ampliar o conhecimento. nossos conceitos e princípios morais.

Exemplo: Exemplo: Exemplo:


O caso do agente imobiliário que, quando O biólogo que estuda um bosque de Se uma pessoa sente prazer na
observa as paisagens do Gerês, não arvores milenares para verificar o contemplação de um objeto estético
consegue evitar pensar no seu valor estado da sua flora manifesta uma somente porque lhe reconhece valor moral,
monetário, no excelente negócio que seria atitude cognitiva e não estética. a sua atitude não é estética.
construir um aldeamento naquele local.
A experiência estética é, segundo kant, meramente contemplativa, isto é, livre de qualquer
interesse de relação com objetos naturais ou artísticos. Consideramos algo simplesmente por
si mesmo e não por referência à sua utilidade para nós ou para o todo social. Não
subordinamos a obra de arte a desejos sensoriais ou a qualquer conceito moral, político ou
religioso.

O PROBLEMA DA JUSTIFICAÇÃO DOS JUÍZOS ESTÉTICOS


JUÍZO ESTÉTICO: Um ato mediante o qual formulamos uma proposição que atribui
determinada qualidade estética (beleza, sublimidade, fealdade) a um objeto “Este palácio é
belo”.

Muitas pessoas julgam determinadas coisas belas enquanto outras discordam. Então o que
fazemos quando dizemos algo é belo ou feio? Existem duas teorias que respondem a esta
questão:

 SUBJETIVISMO MORAL: Teoria segundo a qual um objeto é belo ou feio em virtude de


sentirmos prazer ou desprazer ao observá-lo. A beleza ou fealdade dependem, não das
propriedades intrínsecas do objeto, mas de sentimentos que em nós provoca ou
desperta. A beleza e a fealdade dos objetos não dependem dos sentimentos ou das
reações que quem os observa. Também recebe o nome de realismo estético. Ao dizer
que algo é belo não estão a caracterizar essa coisa, mas sim a descrever sentimentos e
gostos
Os partidários do subjetivismo justificam a sua posição baseando-se no desacordo
generalizado das pessoas acerca do que é belo (ou artístico). Dizem que se os juízos
estéticos fossem objetivamente verdadeiros, haveria acordo ou pelo menos muito
mais acordo acerca do que é belo ou não, do que é artístico ou não.
 OBJETIVISMO MORAL: Teoria segundo a qual um objeto é belo ou feio em virtude das
propriedades intrínsecas e não de sentirmos prazer ou desprazer ao observá-lo. A
beleza ou fealdade ou outra característica dependem das propriedades intrínsecas do
objeto, e não dos sentimentos que em nós desperta ou provoca.

Então porque razão as pessoas discordam acerca da beleza dos objetos estéticos?

Os defensores do objetivismo estético afirmam convictamente que há coisas belas por


si e obras de arte objetivamente melhores do que outras. O desacordo em questões
estéticas não significa que não hajam verdades objetivas quanto à beleza ou fealdade
dos objetos estéticos. Significa que há pessoas que estão enganadas ou são incapazes
de descobrir as qualidades que certos objetos têm. Como o caso das pessoas que não
conseguem assumir um ponto de vista puramente estético.

Uma obra de arte é bela se possuir as seguintes características:

1. UNIDADE: Não tem elementos deslocados do todo.


2. COMPLEXIDADE: Tem variedade de elementos bem integrados.
3. INTENSIDADE: Tem um tema bem definido e bem tratado.

A RESPOSTA DE KANT AO PROBLEMA D'A JUSTIFICAÇÃO DOS JUÍZOS ESTÉTICOS:

Se digo que um certo objeto é belo, implicitamente afirmo que é, de direito, belo para todos.
Como o meu juízo não se baseia em inclinações ou interesses (por mais elevados que sejam)
que me são peculiares (unicamente meus), posso julgar-me no direito de que os outros
reconheçam também a beleza do objeto, isto é, experimentem o tipo de satisfação que eu
sinto. O sentido de gosto asseguraria a universalidade dos juízos estéticos, o consenso em
questões de gosto: tais juízos não seriam o fruto de opiniões arbitrárias.

O QUE É A ARTE?
O QUE TORNA ARTÍSTICA UMA OBRA DE ARTE? O QUE FAZ COM QUE ALGO SEJA ARTE?
TRÊS RESPOSTAS
ARTE COMO FORMA DE TEORIA EXPRESSISTA TEORIA FORMALISTA
EMITAÇÃO
Uma obra é artística se expressar e Uma obra só é artística se possuir forma
Uma obra é artística se imitar a comunicar de forma genuína as emoções do significante que provoque a emoção
realidade que representa. artista. estética. Dá-se atenção, por exemplo,
aqueles elementos visuais que lhe dão
OBJEÇÕES: Muitas obras de arte OBJEÇÕES: Há obras que dificilmente figura: a forma, a composição, as cores
não representam nada. podemos considerar que experimentem ou a estrutura.
Mais do que representar o artista emoções.
cria novas formas de ver a É difícil falar de uma convergência entre as OBJEÇÕES: Há pessoas que não sentem
realidade. emoções do artista e as do espetador. emoção estética perante determinados
aspetos formais da obra artística.
Esta teoria não estabelece uma relação
clara entre a forma significante e a
emoção estética.

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