Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
O Papa sublinha que é Deus quem está na raiz deste desejo presente no
coração dos jovens. «OO desejo da vida maior é um sinal dede que foi Ele quem nos
criou, de que temos a Sua “marca”.»
“marca”. Observação que é já um juízo sobre o
mundo contemporâneo: «Compreendemos
Compreendemos então que é um contra-
contra-senso pretender
eliminar Deus para fazer viver o homem! Deus é a fonte da vida; eliminá eliminá--lo
equivale a separar-
separar-se desta fonte e, inevitavelmente, a privar-
privar-se da plenitude e da
alegria: “De facto, sem o Criador
Criador a criatura esvaece” (Conc.
(Conc. Ecum. Vat. II, II,
Const. Gaudium et spes,
spes, 36). Em algumas áreas do mundo, sobretudo no
Ocidente, a cultura actual tende a excluir Deus, ou a considerar a fé como um
facto privado, sem qualquer relevância para a vida social. Embora o conjunto de
valores que estão na base da sociedade — como o sentido da dignidade da
pessoa, da solidariedade, do trabalho e da família — provenha do Evangelho,
constata-
constata-se uma espécie de “eclipse de Deus”, uma certa amnésia, ou até uma
verdadeira rejeição do Cristianismo e uma negação
negação do tesouro da fé recebida,
com o risco de perda da própria identidade profunda.»
profunda.
Mas o eclipse de Deus gera insegurança, perda, porque a busca que Deus
depositou no coração dos jovens permanece sem resposta. Hoje em dia, «muitos
muitos
não têm pontos de referência estáveis para construir a sua vida, tornando-
tornando-se
assim profundamente inseguros. O relativismo generalizado, segundo o qual
todas as coisas se equivalem e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de
referência absoluto, não gera verdadeira liberdade,
liberdade, mas instabilidade,
desorientação, conformismo com as modas do momento.»
momento
2. A verdadeira resposta: a fé
A terceira expressão que São Paulo usa na Carta aos Colossenses convida-os
a permanecerem «firmes na fé». Trata-se, explica o Papa, de uma referência
histórica a certos problemas dos primeiros cristãos, bem como a uma forma de
heresia que anunciava o gnosticismo, ambos frutos daquilo a que Bento XVI
chama «determinadas tendências culturais da época, que afastavam os fiéis do
Evangelho». «O O nosso contexto cultural,
cultural, queridos jovens, tem numerosas
analogias com o dos Colossenses daquela época. De facto, há uma forte corrente
de pensamento laicista que pretende marginalizar Deus da vida das pessoas e da
sociedade, perspectivando e tentando criar um “paraíso” sem sem Ele. Mas a
experiência ensina que o mundo sem Deus se torna um “inferno”: prevalecem os
egoísmos, as divisões nas famílias, o ódio entre as pessoas e entre os povos, a
falta de amor, de alegria e de esperança. Ao contrário, onde as pessoas e os povos
acolhem constrói--
acolhem a presença de Deus, O adoram na verdade e ouvem a Sua voz, constrói
se concretamente a civilização do amor.»
amor.
3. A fé é da Igreja
Na última parte da carta, Bento XVI comenta com os jovens outra passagem
da Escritura, o conhecido episódio relativo ao apóstolo São Tomé, ausente
quando, na tarde do dia de Páscoa, o Senhor ressuscitado aparece aos discípulos.
Quando os outros lhe narram esta aparição, Tomé duvida: «quando lhe contaram
que Jesus estava vivo e lhes tinha aparecido, declarou: “Se eu não vir o sinal dos
cravos nas Suas mãos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e não meter a
mão no Seu lado, não acreditarei” (Jo 20, 25).»
Mas é evidente que, para ser capaz de «ver» deste modo, é preciso ter fé. E
que, para não secar, a fé tem de ser «cultivada». Para adquirirem «uma uma fé
fé
madura,
madura, sólida, que não esteja unicamente fundada num sentimento religioso ou
numa vaga recordação da catequese da vossa infância»,
infância o Papa recomenda aos
jovens: «Abri
Abri e cultivai um diálogo pessoal com Jesus Cristo, na fé. Conhecei-
Conhecei-o
mediante a leitura dos Evangelhos
Evangelhos e do Catecismo da Igreja Católica;
Católica; entrai em
diálogo com Ele na oração,
oração, dai-
dai-Lhe a vossa confiança: Ele nunca a trairá!»
trairá!