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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROVAS
9. Prova Testemunhal
10. Reconhecimento
11. Acareação
12. Documentos
13. Busca e Apreensão
PROVAS
9. Prova Testemunhal
5. Deveres da Testemunha
II – Comparecimento: Caso seja violado este dever: Condução coercitiva, Multa de 1 a 10 salários mínimos e
responderá por desobediência (Art. 436, §2º e 458, CPP).
a) Pessoas impossibilitadas de comparecer (Art. 220, CPP). Serão ouvidas onde estiverem;
b) Autoridades com prerrogativas do art. 221, caput, CPP. Exemplo: O juiz pode escolher a data e o local
onde será ouvido. Se a autoridade não exercer a prerrogativa em 30 dias, ela perde a prerrogativa. AP 421 QO-SP,
Joaquim Barbosa, DJe 04.02.11.
EMENTA: QUESTÃO DE ORDEM. AÇÃO PENAL. DEPUTADO FEDERAL ARROLADO COMO TESTEMUNHA. NÃO
INDICAÇÃO DE DIA, HORA E LOCAL PARA A OITIVA OU NÃO COMPARECIMENTO NA DATA JÁ INDICADA. AUSÊNCIA
DE JUSTA CAUSA PARA O NÃO ATENDIMENTO AO CHAMADO JUDICIAL. DECURSO DE MAIS DE TRINTA DIAS.
PERDA DA PRERROGATIVA PREVISTA NO ART. 221, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. Passados mais de
trinta dias sem que a autoridade que goza da prerrogativa prevista no caput do art. 221 do Código de Processo
(AP 421 QO, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 22/10/2009, DJe-023 DIVULG 03-
02-2011 PUBLIC 04-02-2011 EMENT VOL-02457-01 PP-00001 RTJ VOL-00222-01 PP-00011)
PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIMES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA, USO DE
DOCUMENTO FALSO, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E LAVAGEM DE DINHEIRO. INOBSERVÂNCIA DA ORDEM DE
INQUIRIÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. TESTEMUNHAS OUVIDAS POR CARTA
PRECATÓRIA. ATO REALIZADO EM CONFORMIDADE COM A NORMA PROCESSUAL. NULIDADE INEXISTENTE.
RECURSO DESPROVIDO.
1. O art. 400, caput, do CPP, cuja redação foi conferida pela Lei 11.719/08, revela a sistemática instrutória do
procedimento ordinário do processo penal, segunda a qual faz-se necessária a ouvida prévia das testemunhas da
acusação e, depois, aquelas indicadas pela defesa. Entrementes, para viabilizar a instrução processual, ressalva
explicitamente a ordem ritual, com o apontamento do art. 222, do CPP.
2. A prescindibilidade de observância da ordem ordinária da ouvida de testemunhas que estejam fora da
competência territorial do juízo é, pois, corolário do impedimento legal de suspensão da instrução processual, por
ocasião da expedição de carta precatória ou rogatória (CPP, arts. 222, §1º e 222-A, parágrafo único). Outrossim,
em consonância com essa conclusão, em homenagem ao princípio da razoável duração da prestação jurisdicional,
mais que o prosseguimento da instrução com a ouvida das demais testemunhas, o magistrado pode, inclusive,
sentenciar, malgrado pendência da devolução da carta pelo juízo deprecado, caso ultrapassado o prazo marcado
pelo juízo deprecante para o seu cumprimento, nos termos do § 2º do artigo 222 do diploma processual penal.
Precedentes.
3. Recurso desprovido.
(RHC 59.448/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 17/06/2016)
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SÚMULA 273, STJ – “ Intimada a defesa da expedição da carta
precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no
juízo deprecado.”
III – Prestar compromisso e IV - dizer a verdade: Atenção: Atenuações ao dever de prestar compromisso:
I – Qualificação;
II – Contradita – Compromisso;
V - Juiz
As partes perguntam diretamente para a testemunha. A violação do “cross examination” gera nulidade relativa
(HC 383337-SC, Jorge Mussi, DJe 22.03.17).
1. A via eleita revela-se inadequada para a insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento
jurídico prevê recurso específico para tal fim, circunstância que impede o seu formal conhecimento. Precedentes.
2. O alegado constrangimento ilegal será analisado para a verificação da eventual possibilidade de atuação “ex
officio”, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal.
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devendo ser arguido no momento processual oportuno, com a demonstração da ocorrência do dano sofrido pela
parte, sob pena de preclusão. Precedentes do STJ e do STF.
2. No caso dos autos, tendo a defesa anuído com a manutenção do sistema presidencialista de inquirição, não
arguido tempestivamente a matéria, e tampouco demonstrado eventual dano concreto acarretado ao paciente,
não há que se falar em invalidação do ato como requerido na impetração. Inteligência dos artigos 571 e 563 do
Código de Processo Penal.
2. No caso, revela-se inviável a aplicação da aludida causa especial de diminuição, tendo em vista que as
instâncias de origem concluíram, fundamentadamente, com esteio nas provas acostadas aos autos, notadamente
nas circunstâncias em que se deu o flagrante, na confissão do réu, e na quantidade de entorpecentes apreendida,
que se dedica a atividades criminosas. Precedentes.
(HC 383.337/SC, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/03/2017, DJe 22/03/2017)
10. Reconhecimento
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IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado,
subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao
reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Premissa Reconhecimento Fotográfico – O CPP não prevê e a jurisprudência autoriza desde que não seja a única
fonte de prova (HC 84002-RJ, Reynaldo Soares da Fonseca, DJe 01.08.17).
RECURSO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E TORTURA (DUAS VEZES). NEGATIVA DE AUTORIA.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO DE PESSOA NO ÂMBITO INVESTIGATIVO
AMPARADO EM OUTROS ELEMENTOS DE PROVA. MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE SOCIAL. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. O habeas corpus não é o meio adequado para a análise de tese de negativa de autoria ou participação por
exigir, necessariamente, uma avaliação do conteúdo fático-probatório, procedimento incompatível com a via
estreita do writ, ação constitucional de rito célere e de cognição sumária.
2. Conforme precedentes desta Corte, o reconhecimento fotográfico pode ser valorado em conjunto com outros
elementos probatórios, que o reforcem, para o fim de convencimento quanto ao fato criminoso (HC n.
29.644/MS, Relator Ministro NEFI CORDEIRO, Sexta Turma, julgado em 07/08/2014, DJe 01/09/2014).
3. A privação antecipada da liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de caráter excepcional em nosso
ordenamento jurídico, e a medida deve estar embasada em decisão judicial fundamentada (art.
93, IX, da CF), que demonstre a existência da prova da materialidade do crime e a presença de indícios suficientes
da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal.
Exige-se, ainda, na linha perfilhada pela jurisprudência dominante deste Superior Tribunal de Justiça e do
Supremo Tribunal Federal, que a decisão esteja pautada em motivação concreta, sendo vedadas considerações
abstratas sobre a gravidade do crime.
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periculosidade, imperiosa a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública, sendo despiciendo qualquer
outro elemento ou fator externo àquela atividade (HC n. 296.381/SP, Relator Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
Quinta Turma, julgado em 26/8/2014, DJe 4/9/2014).
(RHC 84.002/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe
01/08/2017)
Procedimento: Art. 226, CPP. A pessoa descreve quem vai reconhecer, a pessoa é colocada, se possível, ao lado
de outras que com ela tenham semelhança. É realizado o apontamento e lavra-se um auto de reconhecimento
que pode ser positivo ou negativo, se a pessoa não reconhecer.
Para a jurisprudência o art. 226, CPP é mera recomendação legal. Ag Rg no AResp 1054280-PE, Sebastião Reis
Júnior, DJe 13.06.17.
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ART. 157, § 2º, I
E II, CP. RECONHECIMENTO PESSOAL. ART. 226 DO CPP. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO EM
CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA MAJORITÁRIA DO STJ. ARTS. 155 E 386, IV, DO CPP. ALEGAÇÃO DE
FRAGILIDADE DAS PROVAS. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO. DECRETO CONDENATÓRIO COM MOTIVAÇÃO IDÔNEA E
AMPARO EM AMPLO CONTEXTO PROBATÓRIO. REVISÃO. INVIABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO.
1. O acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência desta Corte Superior, no sentido de que as disposições
contidas no art. 226 do Código de Processo Penal configuram uma recomendação legal, e não uma exigência
absoluta, não se cuidando, portanto, de nulidade quando praticado o ato processual (reconhecimento pessoal) de
forma diversa da prevista em lei. Precedentes. 2. O Tribunal estadual consignou que o conjunto probatório dos
autos, notadamente os depoimentos das vítimas e das testemunhas ouvidas em juízo, não deixa dúvida de que foi
o ora agravante o autor do delito, e que a tese de negativa de autoria se encontra totalmente divorciada das
provas colhidas nos autos; entender de forma diversa, tal como pretendido, demandaria o revolvimento das
provas carreadas aos autos, procedimento sabidamente inviável na instância especial.
3. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 1054280/PE, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA
TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe 13/06/2017)
11. Acareação
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Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que
expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de
acareação.
Procedimento – As pessoas são colocadas lado a lado, é apontada a divergência, e tenta-se saná-la.
12. Documentos
Pode ser juntado a qualquer tempo no processo. Exceção: No plenário do Júri só pode ser lido documento que
tenha sido juntado com 3 dias úteis de antecedência, Art. 479, CPP.
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Art. 240, CPP - A busca será domiciliar ou pessoal.
a) prender criminosos;
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III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer
expedir.
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Art. 246, CPP - Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior,
quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou
em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento
não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade.
Art. 248, CPP - Em casa habitada, a busca será feita de modo que
não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito
da diligência.
Art. 249, CPP - A busca em mulher será feita por outra mulher, se
não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
1. Objeto da Busca – Art. 240, §1º. Decorar as opções, apenas uma merece destaque:
F) Apreender cartas abertas ou não – A grande discussão é saber se foi ou não recepcionado pelo Art. 5º, XII, CF.
Para o Supremo a inviolabilidade das comunicações não é absoluta, podendo o interesse público em situações
excepcionais, autorizar que o juiz determine a apreensão de cartas HC 115983-RJ, Ricardo Lewandowski, DJe
03.09.13.
Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
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no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(RHC 115983, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 16/04/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-172 DIVULG 02-09-2013 PUBLIC 03-09-2013)
2. Busca e Apreensão Pessoal – Não precisa de mandado, basta que haja fundada suspeita de que a pessoa porte
os objetos do Art. 240, §1º, CPP, (isto está no art. 240, §2º, CPP).
Fundada Suspeita é a existência de indícios concretos de que a pessoa porte as coisas proibidas (Art. 244, CPP).
Atenção: A busca e apreensão em mulher será feita por outra mulher, salvo se importar em prejuízo ou
retardamento da diligência (9Art. 249, CPP).
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