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Disciplina: Direito Processual Penal

Professor: Guilherme Madeira


Aula: 28| Data: 25/04/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PROVAS
9. Prova Testemunhal
10. Reconhecimento
11. Acareação
12. Documentos
13. Busca e Apreensão

PROVAS

9. Prova Testemunhal

5. Deveres da Testemunha

II – Comparecimento: Caso seja violado este dever: Condução coercitiva, Multa de 1 a 10 salários mínimos e
responderá por desobediência (Art. 436, §2º e 458, CPP).

Art. 436, CPP - O serviço do júri é obrigatório. O alistamento


compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória

§ 2o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no


valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de
acordo com a condição econômica do jurado.

Art. 458, CPP - Se a testemunha, sem justa causa, deixar de


comparecer, o juiz presidente, sem prejuízo da ação penal pela
desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2o do art. 436
deste Código.

Atenuações do dever de comparecimento:

a) Pessoas impossibilitadas de comparecer (Art. 220, CPP). Serão ouvidas onde estiverem;
b) Autoridades com prerrogativas do art. 221, caput, CPP. Exemplo: O juiz pode escolher a data e o local
onde será ouvido. Se a autoridade não exercer a prerrogativa em 30 dias, ela perde a prerrogativa. AP 421 QO-SP,
Joaquim Barbosa, DJe 04.02.11.

EMENTA: QUESTÃO DE ORDEM. AÇÃO PENAL. DEPUTADO FEDERAL ARROLADO COMO TESTEMUNHA. NÃO
INDICAÇÃO DE DIA, HORA E LOCAL PARA A OITIVA OU NÃO COMPARECIMENTO NA DATA JÁ INDICADA. AUSÊNCIA
DE JUSTA CAUSA PARA O NÃO ATENDIMENTO AO CHAMADO JUDICIAL. DECURSO DE MAIS DE TRINTA DIAS.
PERDA DA PRERROGATIVA PREVISTA NO ART. 221, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. Passados mais de
trinta dias sem que a autoridade que goza da prerrogativa prevista no caput do art. 221 do Código de Processo

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Penal tenha indicado dia, hora e local para a sua inquirição ou, simplesmente, não tenha comparecido na data,
hora e local por ela mesma indicados, como se dá na hipótese, impõe-se a perda dessa especial prerrogativa, sob
pena de admitir-se que a autoridade arrolada como testemunha possa, na prática, frustrar a sua oitiva,
indefinidamente e sem justa causa. Questão de ordem resolvida no sentido de declarar a perda da prerrogativa
prevista no caput do art. 221 do Código de Processo Penal, em relação ao parlamentar arrolado como
testemunha que, sem justa causa, não atendeu ao chamado da justiça, por mais de trinta dias.

(AP 421 QO, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 22/10/2009, DJe-023 DIVULG 03-
02-2011 PUBLIC 04-02-2011 EMENT VOL-02457-01 PP-00001 RTJ VOL-00222-01 PP-00011)

c) Carta Precatória (Art. 222, CPP) e Carta Rogatória (Art. 222-A).


Atenção 1: O juiz fixa um prazo para a precatória ser cumprida. Vencido o prazo sem o cumprimento da
precatória, o juiz poderá julgar o processo sem ela. RHC 59448-RS, Ribeiro Dantas, DJe 17.06.16.

PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIMES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA, USO DE
DOCUMENTO FALSO, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E LAVAGEM DE DINHEIRO. INOBSERVÂNCIA DA ORDEM DE
INQUIRIÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 400 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. TESTEMUNHAS OUVIDAS POR CARTA
PRECATÓRIA. ATO REALIZADO EM CONFORMIDADE COM A NORMA PROCESSUAL. NULIDADE INEXISTENTE.
RECURSO DESPROVIDO.
1. O art. 400, caput, do CPP, cuja redação foi conferida pela Lei 11.719/08, revela a sistemática instrutória do
procedimento ordinário do processo penal, segunda a qual faz-se necessária a ouvida prévia das testemunhas da
acusação e, depois, aquelas indicadas pela defesa. Entrementes, para viabilizar a instrução processual, ressalva
explicitamente a ordem ritual, com o apontamento do art. 222, do CPP.
2. A prescindibilidade de observância da ordem ordinária da ouvida de testemunhas que estejam fora da
competência territorial do juízo é, pois, corolário do impedimento legal de suspensão da instrução processual, por
ocasião da expedição de carta precatória ou rogatória (CPP, arts. 222, §1º e 222-A, parágrafo único). Outrossim,
em consonância com essa conclusão, em homenagem ao princípio da razoável duração da prestação jurisdicional,
mais que o prosseguimento da instrução com a ouvida das demais testemunhas, o magistrado pode, inclusive,
sentenciar, malgrado pendência da devolução da carta pelo juízo deprecado, caso ultrapassado o prazo marcado
pelo juízo deprecante para o seu cumprimento, nos termos do § 2º do artigo 222 do diploma processual penal.
Precedentes.
3. Recurso desprovido.
(RHC 59.448/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 17/06/2016)

Atenção 2: Súmula 155, STF e Súmula 273, STJ.

SÚMULA 155, STF – “É relativa a nulidade do processo criminal por


falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de
testemunha.”

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SÚMULA 273, STJ – “ Intimada a defesa da expedição da carta
precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no
juízo deprecado.”

III – Prestar compromisso e IV - dizer a verdade: Atenção: Atenuações ao dever de prestar compromisso:

a) Testemunha dispensada, Art. 206, CPP;


b) Testemunha menor de 14 anos, Art. 208, CPP;
c) Deficientes e doentes mentais, Art. 208, CPP;
d) A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos que possam incriminá-la.

V – Comunicar alteração de endereço: Art. 224, CPP.

6. Procedimento na Colheita da Prova

I – Qualificação;

II – Contradita – Compromisso;

III – Acusação; Perguntas diretas “cross examination, Art. 212, CPP.

IV – Defesa; Perguntas diretas “cross examination, Art. 212, CPP.

V - Juiz

As partes perguntam diretamente para a testemunha. A violação do “cross examination” gera nulidade relativa
(HC 383337-SC, Jorge Mussi, DJe 22.03.17).

HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO CABÍVEL.

UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. VIOLAÇÃO AO SISTEMA RECURSAL. NÃO


CONHECIMENTO.

1. A via eleita revela-se inadequada para a insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento
jurídico prevê recurso específico para tal fim, circunstância que impede o seu formal conhecimento. Precedentes.

2. O alegado constrangimento ilegal será analisado para a verificação da eventual possibilidade de atuação “ex
officio”, nos termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal.

TRÁFICO DE DROGAS. NULIDADE DA AÇÃO PENAL. INOBSERVÂNCIA DA ORDEM DE INQUIRIÇÃO PREVISTA NO


ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 11.690/2008. EIVA RELATIVA.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO OPORTUNA DA DEFESA. MÁCULA SUSCITADA APENAS NO RECURSO DE APELAÇÃO.
PRECLUSÃO. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.

AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO CONCRETO AO RÉU. COAÇÃO ILEGAL NÃO CARACTERIZADA. 1.


Eventual inobservância à ordem estabelecida no artigo 212 do Código de Processo Penal caracteriza vício relativo,

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devendo ser arguido no momento processual oportuno, com a demonstração da ocorrência do dano sofrido pela
parte, sob pena de preclusão. Precedentes do STJ e do STF.

2. No caso dos autos, tendo a defesa anuído com a manutenção do sistema presidencialista de inquirição, não
arguido tempestivamente a matéria, e tampouco demonstrado eventual dano concreto acarretado ao paciente,
não há que se falar em invalidação do ato como requerido na impetração. Inteligência dos artigos 571 e 563 do
Código de Processo Penal.

CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ARTIGO 33 DA LEI DE DROGAS. PRETENDIDA APLICAÇÃO.


REQUISITOS. NÃO PREENCHIMENTO.

INDEFERIMENTO DA MINORANTE JUSTIFICADO.

1. Para a incidência do redutor previsto no § 4º do artigo 33 da Lei 11.343/2006, é necessário o preenchimento


dos requisitos legais: a) o agente seja primário; b) com bons antecedentes; c) não se dedique às atividades
delituosas; e d) não integre organização criminosa.

2. No caso, revela-se inviável a aplicação da aludida causa especial de diminuição, tendo em vista que as
instâncias de origem concluíram, fundamentadamente, com esteio nas provas acostadas aos autos, notadamente
nas circunstâncias em que se deu o flagrante, na confissão do réu, e na quantidade de entorpecentes apreendida,
que se dedica a atividades criminosas. Precedentes.

3. Habeas corpus não conhecido.

(HC 383.337/SC, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/03/2017, DJe 22/03/2017)

Exceção: No plenário do Júri o juiz é o primeiro a perguntar.

10. Reconhecimento

Art. 226 a 228, CPP.

Art. 226, CPP - Quando houver necessidade de fazer-se o


reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:

I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a


descrever a pessoa que deva ser reconhecida;

Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se


possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer
semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a
apontá-la;

III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o


reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não
diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a
autoridade providenciará para que esta não veja aquela;

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IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado,
subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao
reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.

Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação


na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.

Art. 227, CPP - No reconhecimento de objeto, proceder-se-á com as


cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicável.

Art. 228, CPP - Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o


reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em
separado, evitando-se qualquer comunicação entre elas.

Premissa Reconhecimento Fotográfico – O CPP não prevê e a jurisprudência autoriza desde que não seja a única
fonte de prova (HC 84002-RJ, Reynaldo Soares da Fonseca, DJe 01.08.17).

RECURSO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO E TORTURA (DUAS VEZES). NEGATIVA DE AUTORIA.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO DE PESSOA NO ÂMBITO INVESTIGATIVO
AMPARADO EM OUTROS ELEMENTOS DE PROVA. MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE SOCIAL. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. O habeas corpus não é o meio adequado para a análise de tese de negativa de autoria ou participação por
exigir, necessariamente, uma avaliação do conteúdo fático-probatório, procedimento incompatível com a via
estreita do writ, ação constitucional de rito célere e de cognição sumária.

2. Conforme precedentes desta Corte, o reconhecimento fotográfico pode ser valorado em conjunto com outros
elementos probatórios, que o reforcem, para o fim de convencimento quanto ao fato criminoso (HC n.
29.644/MS, Relator Ministro NEFI CORDEIRO, Sexta Turma, julgado em 07/08/2014, DJe 01/09/2014).

3. A privação antecipada da liberdade do cidadão acusado de crime reveste-se de caráter excepcional em nosso
ordenamento jurídico, e a medida deve estar embasada em decisão judicial fundamentada (art.

93, IX, da CF), que demonstre a existência da prova da materialidade do crime e a presença de indícios suficientes
da autoria, bem como a ocorrência de um ou mais pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal.
Exige-se, ainda, na linha perfilhada pela jurisprudência dominante deste Superior Tribunal de Justiça e do
Supremo Tribunal Federal, que a decisão esteja pautada em motivação concreta, sendo vedadas considerações
abstratas sobre a gravidade do crime.

4. No particular, as decisões que decretaram/mantiveram a prisão preventiva do paciente demonstraram a


necessidade da medida extrema, destacando o modus operandi (o paciente, em concurso com outros indivíduos
ainda não identificados, torturaram as vítimas e executaram uma delas e liberando a vítima sobrevivente sob
ameaças e coações morais), revelador da periculosidade social do agente e a necessidade de garantia da ordem
pública, com adequação aos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal. 5. Com efeito, se a conduta do
agente - seja pela gravidade concreta da ação, seja pelo próprio modo de execução do crime - revelar inequívoca

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periculosidade, imperiosa a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública, sendo despiciendo qualquer
outro elemento ou fator externo àquela atividade (HC n. 296.381/SP, Relator Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
Quinta Turma, julgado em 26/8/2014, DJe 4/9/2014).

6. Recurso em habeas corpus não provido.

(RHC 84.002/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe
01/08/2017)

Procedimento: Art. 226, CPP. A pessoa descreve quem vai reconhecer, a pessoa é colocada, se possível, ao lado
de outras que com ela tenham semelhança. É realizado o apontamento e lavra-se um auto de reconhecimento
que pode ser positivo ou negativo, se a pessoa não reconhecer.

Para a jurisprudência o art. 226, CPP é mera recomendação legal. Ag Rg no AResp 1054280-PE, Sebastião Reis
Júnior, DJe 13.06.17.

PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ART. 157, § 2º, I
E II, CP. RECONHECIMENTO PESSOAL. ART. 226 DO CPP. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO EM
CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA MAJORITÁRIA DO STJ. ARTS. 155 E 386, IV, DO CPP. ALEGAÇÃO DE
FRAGILIDADE DAS PROVAS. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO. DECRETO CONDENATÓRIO COM MOTIVAÇÃO IDÔNEA E
AMPARO EM AMPLO CONTEXTO PROBATÓRIO. REVISÃO. INVIABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO.

1. O acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência desta Corte Superior, no sentido de que as disposições
contidas no art. 226 do Código de Processo Penal configuram uma recomendação legal, e não uma exigência
absoluta, não se cuidando, portanto, de nulidade quando praticado o ato processual (reconhecimento pessoal) de
forma diversa da prevista em lei. Precedentes. 2. O Tribunal estadual consignou que o conjunto probatório dos
autos, notadamente os depoimentos das vítimas e das testemunhas ouvidas em juízo, não deixa dúvida de que foi
o ora agravante o autor do delito, e que a tese de negativa de autoria se encontra totalmente divorciada das
provas colhidas nos autos; entender de forma diversa, tal como pretendido, demandaria o revolvimento das
provas carreadas aos autos, procedimento sabidamente inviável na instância especial.

Inafastável, assim, a aplicação da Súmula 7/STJ.

3. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp 1054280/PE, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA
TURMA, julgado em 06/06/2017, DJe 13/06/2017)

11. Acareação

Art. 229 e 230, CPP.

Art. 229, CPP - A acareação será admitida entre acusados, entre


acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou
testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas,
sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou
circunstâncias relevantes.

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Parágrafo único. Os acareados serão reperguntados, para que
expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de
acareação.

Art. 230, CPP - Se ausente alguma testemunha, cujas declarações


divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se darão a
conhecer os pontos da divergência, consignando-se no auto o que
explicar ou observar. Se subsistir a discordância, expedir-se-á
precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente,
nos pontos em que divergirem, bem como o texto do referido auto, a
fim de que se complete a diligência, ouvindo-se a testemunha
ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha
presente. Esta diligência só se realizará quando não importe demora
prejudicial ao processo e o juiz a entenda conveniente.

Quem pode ser acareado – Todos podem ser acareados.

Cabimento – Cabe quando houver divergência sobre fato ou circunstância relevante.

Pressuposto – Que as pessoas que serão acareadas já tenham prestado depoimento

Procedimento – As pessoas são colocadas lado a lado, é apontada a divergência, e tenta-se saná-la.

A acareação entre ausentes é possível por meio de carta precatória.

12. Documentos

Pode ser juntado a qualquer tempo no processo. Exceção: No plenário do Júri só pode ser lido documento que
tenha sido juntado com 3 dias úteis de antecedência, Art. 479, CPP.

Art. 479, CPP - Durante o julgamento não será permitida a leitura de


documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos
autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se
ciência à outra parte.

Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura


de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição de vídeos,
gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro
meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato
submetida à apreciação e julgamento dos jurados

Atenção: É o único prazo em dia útil do processo penal.

13. Busca e Apreensão

Art. 240 e seguintes, CPP.

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Art. 240, CPP - A busca será domiciliar ou pessoal.

§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a


autorizarem, para:

a) prender criminosos;

b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;

c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e


objetos falsificados ou contrafeitos;

d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática


de crime ou destinados a fim delituoso;

e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do


réu;

f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em


seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu
conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;

g) apreender pessoas vítimas de crimes;

h) colher qualquer elemento de convicção.

§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita


de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados
nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.

Art. 241, CPP - Quando a própria autoridade policial ou judiciária não


a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da
expedição de mandado.

Art. 242, CPP - A busca poderá ser determinada de ofício ou a


requerimento de qualquer das partes.

Art. 243, CPP - O mandado de busca deverá:

I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada


a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no
caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os
sinais que a identifiquem;

II - mencionar o motivo e os fins da diligência;

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III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer
expedir.

§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do


mandado de busca.

§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do


defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de
delito.

Art. 244, CPP - A busca pessoal independerá de mandado, no caso


de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja
na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam
corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de
busca domiciliar.

Art. 245, CPP - As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo


se o morador consentir que se realizem à noite, e, antes de
penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao
morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a
porta.

§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua


qualidade e o objeto da diligência.

§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a


entrada.

§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força


contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do
que se procura.

§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os


moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência
qualquer vizinho, se houver e estiver presente.

§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o


morador será intimado a mostrá-la.

§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será


imediatamente apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de
seus agentes.

§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado,


assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do
disposto no § 4o.

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Art. 246, CPP - Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior,
quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou
em aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento
não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade.

Art. 247, CPP - Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada,


os motivos da diligência serão comunicados a quem tiver sofrido a
busca, se o requerer.

Art. 248, CPP - Em casa habitada, a busca será feita de modo que
não moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito
da diligência.

Art. 249, CPP - A busca em mulher será feita por outra mulher, se
não importar retardamento ou prejuízo da diligência.

Art. 250, CPP - A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no


território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando,
para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa,
devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da
diligência ou após, conforme a urgência desta.

§ 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em


seguimento da pessoa ou coisa, quando:

a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a


seguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista;

b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações


fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou
transportada em determinada direção, forem ao seu encalço.

§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar


da legitimidade das pessoas que, nas referidas diligências, entrarem
pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que
apresentarem, poderão exigir as provas dessa legitimidade, mas de
modo que não se frustre a diligência.

1. Objeto da Busca – Art. 240, §1º. Decorar as opções, apenas uma merece destaque:

F) Apreender cartas abertas ou não – A grande discussão é saber se foi ou não recepcionado pelo Art. 5º, XII, CF.
Para o Supremo a inviolabilidade das comunicações não é absoluta, podendo o interesse público em situações
excepcionais, autorizar que o juiz determine a apreensão de cartas HC 115983-RJ, Ricardo Lewandowski, DJe
03.09.13.

Art. 5º, CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes

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no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações


telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal;

Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL PENAL. DELITO DE


HOMICÍDIO. BUSCA E APREENSÃO DE CARTAS AMOROSAS ENVIADAS PELA RECORRENTE A UM DOS CORRÉUS
COM QUEM MANTINHA RELACIONAMENTO EXTRACONJUGAL. ART. 240, § 1º, F, DO CPP. VIOLAÇÃO DO DIREITO
À INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. GARANTIA QUE NÃO É ABSOLUTA. AUTORIA
INTELECTUAL EVIDENCIADA POR OUTRAS PROVAS COLHIDAS NA INSTRUÇÃO CRIMINAL. AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DO EFETIVO PREJUÍZO. IMPOSSIBILIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO NA VIA ESTREITA DO HABEAS CORPUS. SOBERANIA DOS VEREDICTOS PROFERIDOS PELO TRIBUNAL
DO JÚRI. TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ADMITIR-SE O WRIT CONSTITUCIONAL
COMO SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL. PRECEDENTES. RECURSO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta
Corte consagrou o entendimento de que o princípio constitucional da inviolabilidade das comunicações (art. 5º,
XII, da CF) não é absoluto, podendo o interesse público, em situações excepcionais, sobrepor-se aos direitos
individuais para evitar que os direitos e garantias fundamentais sejam utilizados para acobertar condutas
criminosas. II – A busca e apreensão das cartas amorosas foi realizada em procedimento autorizado por decisão
judicial, nos termos do art. 240, § 1º, f, do Código de Processo Penal. III – A condenação baseou-se em outros
elementos de prova, em especial nos depoimentos de testemunhas, reproduzidos em plenário, sob o crivo do
contraditório. IV – Esta Corte assentou o entendimento de que a demonstração de prejuízo, “a teor do art. 563 do
CPP, é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que, (…) o âmbito normativo do dogma
fundamental da disciplina das nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas” (HC
85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). V – Não cabe a este Tribunal, na via do remédio constitucional, decidir de
modo diverso, ainda mais quando se analisa a questão sob a ótica do preceito fundamental da soberania dos
veredictos, assegurado ao Tribunal do Júri na alínea c do inciso XXXVIII do art. 5º da Carta Magna. VI – O habeas
corpus, em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser utilizado como sucedâneo
da revisão criminal, salvo em situações nas quais se verifique flagrante ilegalidade ou nulidade, o que não é o caso
dos autos. VII – Recurso ordinário improvido.

(RHC 115983, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 16/04/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-172 DIVULG 02-09-2013 PUBLIC 03-09-2013)

2. Busca e Apreensão Pessoal – Não precisa de mandado, basta que haja fundada suspeita de que a pessoa porte
os objetos do Art. 240, §1º, CPP, (isto está no art. 240, §2º, CPP).

Fundada Suspeita é a existência de indícios concretos de que a pessoa porte as coisas proibidas (Art. 244, CPP).

Atenção: A busca e apreensão em mulher será feita por outra mulher, salvo se importar em prejuízo ou
retardamento da diligência (9Art. 249, CPP).

2. Busca e Apreensão Domiciliar – Próxima Aula.

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